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CENTRO DE PÓSGRADUAÇÃO ANDREW JUMPER (CPAJ)
WILLIAM ROBERTO DA SILVA
PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CONGREÇÃO PRESBITERIANA DE PORTO
FERREIRA
São Paulo
2019
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WILLIAM ROBERTO DA SILVA
PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CONGREÇÃO PRESBITERIANA DE PORTO
FERREIRA
São Paulo
2019
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Centro de Pós-graduação Andrew Jumper, no
curso de Revitalização e Multiplicação de Igrejas
(RMI), como requisito para obtenção de certificado.
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................3
1. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS..........................................................4
2. DADOS ACADÊMICOS E PESSOAIS DO ALUNO .......................................5
3. DADOS, DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA CONGREGAÇÃO .......................6
4. PESQUISA DE CAMPO.................................................................................7
5. DIAGNÓSTICO DAS ENFERMIDADES MINISTERIAIS ENCONTRADAS ...8
6. REMÉDIOS PREVISTOS A SEREM UTILIZADOS........................................9
7. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O TREINAMENTO DE PRESBITEROS,
DIÁCONOS E LÍDERES DE DEPARTAMENTOS.................................................11
8. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O DISCIPULADO..............................14
9. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO ........................16
10. SEMANA MINISTERIAL...............................................................................18
11. MÊS MINISTERIAL......................................................................................19
12. UMA APLICAÇÃO PARA CADA DISCIPLINA DO RMI ...............................20
CONCLUSÃO............................................................................................................22
BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................23
3
INTRODUÇÃO
Baseando-se em Mateus 28.19-20 (ALMEIDA, 1999), pode-se afirmar que
Igreja é uma comunidade de Discípulos de Jesus Cristo com a missão de fazer novos
discípulos. O processo para isso é: batizando (formalizando um compromisso com a
comunidade e com a missão); e ensinando obedecer a tudo o que Jesus ordenou
(repensando valores e princípios para uma cosmovisão bíblica). (AGRESTE, 2009, p.
109)
Quando se olha, porém, para a maioria das Igrejas, no Brasil e no mundo, com
um olhar humilde e sincero, podemos afirmar que a maioria delas está bastante
perdida em sua definição e missão. Tirando aquelas falsas igrejas que já nascem
completamente desnorteadas da visão bíblica, o restante são, em sua grande maioria,
Igrejas que já foram cheias de vida. Mas o que isso significaria? Estariam, essas
Igrejas, em processo de morte?
Para Harry Reeder III essas Igrejas precisam, na verdade, de uma revitalização
urgente. (REEDER III, 2011, p. 11)
O curso de RMI (Revitalização e Multiplicação de Igrejas) serve justamente
para isso. Cada módulo, cada aula, cada leitura, cada trabalho, cada pesquisa, etc.
levam a refletir a necessidade que muitas Igrejas possuem de passar por um processo
de revitalização. Uma Igreja cheia de vida cumpre sua missão na terra e se multiplica
de maneira saudável, porém, uma Igreja em processo de morte se mantém doente e
quando se multiplica, forma igrejas, também, doentes.
Nesse Trabalho de Conclusão de Curso, será elaborado um projeto para
revitalizar uma Congreção Presbiteriana, que se encontra na cidade de Porto Ferreira
– SP. Essa Congregação já foi, um dia, uma Igreja cheia de Vida, mas passou por
várias enfermidades que a levou para um processo de divisão até chegar a seu estado
atual: Uma Igreja fraca, rebaixada ao status de Congregação, e desnorteada quanto
a sua definição e missão.
Espera-se que ao fim desse projeto, a referida Congregação consiga colocar
em prática o processo para que haja uma revitalização completa.
4
1. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
A. Objetivo Geral
Através da Pesquisa ensinada no curso de RMI, pretende-se diagnosticar as
enfermidades recorrentes na Congregação Presbiteriana de Porto de Ferreira, bem
como, identificar quais remédios podem ser utilizados para levá-la ao processo de
Revitalização. O Mesmo deve ser feito com a vida do obreiro responsável pelo
trabalho.
B. Objetivos Específicos
Uma vez que, claramente, a Congregação Presbiteriana de Porto Ferreira se
encontra enferma, esse trabalho destina-se a traçar métodos teóricos e práticos para
que haja total revitalização nas seguintes áreas:
a. Obreiro e família. Verificar quais são os possíveis impedimentos para que o
atual Obreiro e sua família possam realizar o processo de revitalização e trata-los.
b. Liderança: A Congregação, que já possui alguns membros com claros dons
de liderança, precisará ser diagnosticada quanto a visão e convicção desses
membros. Deverão ser traçados planos para a formação de uma liderança eficiente e
bíblica.
c. Pregação e Ensino: Esses itens precisarão ser planejados de maneira a
evidenciar a Palavra de Deus com fidelidade e zelo.
d. Discipulado: Cada membro precisará ser conscientizado da definição de um
verdadeiro discípulo de Cristo, bem como sua missão de discipular novas pessoas.
e. Oração: A Congregação deverá ser levada a orar pelo próximo, pela Igreja,
pela liderança, pelo obreiro, pela evangelização e de forma geral.
f. Equilíbrio no uso dos recursos: A Congregação deverá ser instruída na
utilização dos recursos, para que todo investimento (humano e financeiro) seja
revertido em vidas sendo salvas e comunhão dos discípulos de Cristo.
g. Moldes da IPB: A Congregação, num processo de revitalização e preparo
para reorganização, deverá ser moldada conforme os moldes da IPB, seja nos cultos
ou nas divisões de ministérios.
5
2. DADOS ACADÊMICOS E PESSOAIS DO ALUNO
William Roberto da Silva, nascido em Mogi Guaçu – SP em 10 de abril de 1986.
Batizado e professo na Igreja Presbiteriana de Mogi Guaçu em 11 de agosto de 2002.
Casado com Caroline Miranda Palmieri da Silva desde 14 de setembro de 2013.
Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (2012), e Universidade
Presbiteriana Mackenzie (2015).
Licenciado para o Sagrado Ministério na Igreja Presbiteriana de Mogi Guaçu,
Presbitério de São João da Boa Vista (PRSJ) em 2013 e ordenado ao Sagrado
Ministério em fevereiro de 2014.
Pastor auxiliar nas Igrejas: Presbiteriana Bela Jerusalém, Ribeirão Preto – SP (2014
a 2018) e Presbiteriana de São Carlos (2019 até data atual).
Desde o tempo de Seminário, desenvolvendo trabalho com Jovens e Adolescentes,
bem como auxiliando em aulas e pregações. Capelão na Fundação Casa em Ribeirão
Preto (2014 a 2018) e atual secretário Sinodal de UPAs no sínodo de Limeira.
Colaborador no processo de revitalização da Congregação Presbiteriana de Porto
Ferreira – SP.
6
3. DADOS, DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA CONGREGAÇÃO
A Igreja, em si, teve uma história bastante conturbada, iniciada em 1914,
fechando e reiniciando diversas vezes nos anos 1934, 1951 e 1959. Em 1977 o
trabalho se fixou em torno de três famílias vindas de Leme, Casa Branca e
Muzambinho. Aos poucos a Igreja foi crescendo numericamente a ponto de sentirem-
se prontos a alugar um Salão. Em 1980 o trabalho tornou-se campo missionário do
Presbitério de Campinas, porém com seu desdobramento em 1982, passou para o
presbitério de Limeira. Depois de algumas dificuldades financeiras, as reuniões
passaram a ser na Igreja Metodista da cidade em 1983. Em 1987 houve a
possibilidade de construir um pequeno salão com 4 salas de aula. A partir de 1988 o
trabalho foi transferido para o presbitério de Ribeirão Preto. O trabalho prosperou
numericamente a ponto de precisarem construir um templo maior. Em 14 de abril de
1991 a Congregação, que até então pertencia a Igreja Presbiteriana de Descalvado,
foi organizada como Igreja Presbiteriana de Porto Ferreira. Em 2002 já possuíam um
templo semiacabado onde realizavam os cultos.
Até o ano de 2016, depois de organizada, sete pastores passaram pela Igreja.
Em meados deste mesmo ano, após ter completado 25 anos de organização,
começaram a surgir uma série de problemas relacionados a liderança da Igreja e as
famílias fundadoras. A Igreja iniciou um processo de divisão que culminou em um
retorno ao status de congregação no ano de 2017. O grupo que saiu da, outrora, Igreja
Presbiteriana de Porto Ferreira foi transferido para a Igreja Presbiteriana de Santa Rita
do Passa Quatro e o grupo restante, que permaneceu na, agora, Congregação de
Porto Ferreira passou a ser assistido pelo Presbitério. Houve calorosas discussões
tanto na Congregação quanto nas reuniões do presbitério. O grupo que permaneceu
na Congregação, liderado por membros de uma das famílias fundadoras resistiu as
decisões do presbitério, recorrendo ao sínodo, e até ao Supremo Concílio (sem
respostas que agradaram aos mesmos). Infelizmente não conseguiriam mais
permanecer como Igreja Organizada por falta de recursos, tanto humanos quanto
financeiros. Em 2018 houve a decisão do Presbitério de ligar a, então, Congregação
de Porto Ferreira à Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém em Ribeirão Preto. A partir daí
iniciou-se o projeto para revitalizar a Igreja. A Congregação se encontra, hoje, com 35
membros comungantes.
7
4. PESQUISA DE CAMPO
Com 243.906 km², o município de Porto Ferreira é formado por uma população
estimada de 56.150 pessoas. Sua densidade demográfica é de 209,89 hab/km² (IBGE,
2017), ficando em 127º do ranking das cidades do Estado de São Paulo e 596º das
cidades do Brasil (IBGE, 2019).
Suas vias de ligação são: Via Anhanguera (SP 330) que liga a cidade à Ribeirão
Preto e São Paulo; Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215) que liga à cidade a
Descalvado e a São Carlos e Rodovia Luiz Pizetta (SP-328) trecho de Porto Ferreira
à Santa Rita do Passa Quatro e trecho sem denominação, que liga a cidade à
Pirassununga
Em 2017, o salário médio mensal era de 2.4 salários mínimos. A proporção de pessoas
ocupadas em relação à população total era de 30.9%. Na comparação com os outros
municípios do estado, ocupava as posições 220 de 645 e 124 de 645, respectivamente.
Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 684 de 5570 e 432 de
5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio
salário mínimo por pessoa, tinha 29.4% da população nessas condições, o que o colocava
na posição 456 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 4801 de 5570 dentre as
cidades do Brasil. (IBGE, 2017)
A religião predominante do município é Católica Apostólica Romana, com
33.814 hab. O número dos que se declaram evangélicos em geral é de 10.993 hab.
Estima-se 850 cidadãos Espíritas. (IBGE, 2017)
No dia 21 de setembro de 2017, o Plenário do Senado aprovou o projeto que
confere à cidade o título de Capital Nacional da Cerâmica Artística e da Decoração.
A Taxa de escolarização, de 6 a 14 anos de idade, é 98,1%. O PIB per capita
é de R$ 31.674,93. Apresenta 98.8% de domicílios com esgotamento sanitário
adequado, 97.4% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 23.5%
de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de
bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). (IBGE, 2017)
Todas essas informações tornam Porto Feirreira uma ótima cidade para se
morar. Encontram-se crianças, adolescentes e adultos que conseguiram empregos
na própria cidade. Muitos jovens (entre 18 e 22 anos) saem da cidade para estudar
em Universidades fora. Alguns retornam e outros não. É uma cidade
predominantemente comercial.
8
5. DIAGNÓSTICO DAS ENFERMIDADES MINISTERIAIS ENCONTRADAS
Tendo em vista todos os acontecimentos até aqui, e olhando de forma
superficial para a situação da Congregação, poderia se dizer que tudo estava bem até
o ano de 2016, quando iniciou-se o processo de divisão. Porém, um diagnóstico
eficiente precisa aprofundar-se. Esse aprofundamento leva a uma percepção de que
já, há muito tempo, a Igreja vinha passando pelo processo de enfermidade, e que só
foi evidenciado quando apareceram as consequências mais graves. Quais, então,
seriam as enfermidades que a Igreja adquiriu ao longo dos anos e aquelas que ainda
permanecem e precisam ser tratadas urgentemente?
A. Resumidamente falando, Harry Reeder III em seu livro “A revitalização da
sua Igreja segundo Deus” lista as seguintes enfermidades que uma Igreja pode
adquirir até chegar em seu estado terminal: Falta de Conversão (Evangelho não
evidenciado); Falta de Oração (ausência de clamor sincero, humilde e verdadeiro);
Falta de Pregação na Palavra de Deus (sermões não cristocêntricos,
transformadores e relevantes); Falta de liderança (que seja eficiente e pautada nos
ensinos de Jesus); Desvios da Missão e Ausência de discipulado (REEDER,
2011). Esse trabalho não se destina a julgar os pastores, presbíteros, líderes e
membros da Igreja Presbiteriana de Porto Ferreira, porém, está claramente
evidenciado que para ela chegar ao estado em que chegou, gradativamente passou
por todas essas enfermidades.
B. Somado a todas essas enfermidades, pode-se acrescentar o fator trabalhado
pelo autor Colin Marshall em sua obra “A Treliça e a Videira”. Ele aponta como uma
grande enfermidade o fato de a Igreja desequilibrar o esforço e recursos gastos
na estrutura (física e de programações) e na vida dos membros da Igreja
(discipulado) (MARSHALL, 2016). Essa enfermidade, também, pode ser evidenciada
na Congregação de Porto Ferreira. Ela precisou de muito tempo para se consolidar
como Igreja, e foi desmantelada em menos de um ano, porém, ainda hoje se percebe
a ênfase que se dá, por parte dos membros que permaneceram, na estrutura física e
programações e a apatia quanto as vidas das pessoas.
9
6. REMÉDIOS PREVISTOS A SEREM UTILIZADOS
Olhando para o diagnóstico descrito acima podemos, então, formular os
seguintes remédios:
a. Aproximação pastoral dos membros remanescentes: Podemos entender
pelo histórico e diagnóstico que vários pastores passaram pela Igreja em 25 anos. O
rodízio de pastores pode ser uma boa estratégia em alguns sentidos, porém, nesse
caso específico gerou um afastamento anormal dos membros da Igreja com seus
ministros. O pastor destinado a revitalizar deverá iniciar com um compromisso de se
fixar naquela cidade por um tempo mínimo de 10 anos, e urgentemente iniciar uma
aproximação de seus membros com amizade e vínculos intencionais.
Resumidamente, será necessário ganhar a confiança destas ovelhas feridas e
enfermas. Para tal, o obreiro e sua família, precisarão ser diagnosticados e instruídos
a passarem por uma revitalização, assim como a Congregação, para que o trabalho
esteja isento de falsas esperanças.
b. Fidelidade com a Palavra de Deus e o Evangelho: Antes de planejar
qualquer programação, o ministro terá de formular um plano de pregações que
evidenciem o seu comprometimento com as Escrituras e Proclamação do Evangelho.
Não se sabe quais membros verdadeiramente são convertidos e vivem o verdadeiro
evangelho. Muitos ali, por causa dos últimos acontecimentos, sentem muita
dificuldade de perdoar. Isso precisará ser enfatizado nos estudos semanais.
c. Formação de Liderança: Alguns dos membros remanescentes da
Congregação faziam parte da liderança, porém, percebe-se que suas feridas os
impossibilitam de enxergar seu verdadeiro propósito. Deverá ser trabalhado,
intensamente, o tratamento dessas pessoas, bem como o treinamento de liderança
para que novas pessoas equilibrem esse quadro.
d. Discipulado Formal e Informal: Os membros dessa Congregação,
infelizmente, se acostumaram com as várias programações da Igreja, mas ainda não
sabem o que significa ser discípulo e discipular. Isso precisará ser ensinado e
praticado. Mesmo os membros mais velhos precisarão, urgentemente ser avaliados
quanto as suas convicções doutrinárias e desejo real de serem discípulos de Cristo.
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e. Momentos de oração: A Congregação precisará ser ensinada sobre os
princípios para oração, bem como levada a momentos em que poderão praticar essa
disciplina espiritual. Precisará ser levada a orar por sua cidade, igreja, membros,
liderança, obreiro etc.
f. Evangelismo Missionário: Depois que a Igreja começar a apontar sinais
internos de saúde, deverá ser incentivado o evangelismo missionário, para que a
Igreja possa novamente crescer e dar frutos. Esse evangelismo precisará ser
trabalhado, levando em consideração os dados pesquisados da cidade, para que o
evangelho verdadeiro possa ser pregado de forma relevante e cativante. Os membros
da Congregação, precisarão ser trabalhados para que aprendam a ser hospitaleiros e
receptivos aos novos na fé.
g. Plano de segmentação em departamentos internos: A Congregação, que
possuí hoje, apenas uma SAF formada, após seus primeiros frutos, deverá se
conscientizar da existência e funcionamento dos demais departamentos internos da
IPB. Isso os ajudará a planejar uma melhor divisão ministerial para trabalhos futuros
com crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens.
Mas, para que todos esses remédios possam ser aplicados na Congregação
enferma, serão trabalhados a seguir como tudo isso irá funcionar na prática.
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7. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O TREINAMENTO DE PRESBITEROS,
DIÁCONOS E LÍDERES DE DEPARTAMENTOS
A liderança é parte essencial da Igreja. Uma liderança enferma ou desnorteada
da sua real missão pode ser extremamente prejudicial no trabalho de revitalização,
sendo assim, serão tratados os métodos e estratégias para revitalização da mesma.
A Congregação de Porto Ferreira, que outrora foi Igreja organizada, teve seu conselho
dissolvido, bem como sua junta diaconal. Alguns dos antigos presbíteros e diáconos
continuam frequentando a Congregação, porém, vale lembrar que um dos fotores para
a Igreja chegar em seu estado terminal foi a má administração do conselho e sua
relação ruim com os pastores. A tarefa da revitalização da liderança deve iniciar-se na
busca por aspirantes a liderança, sejam eles potenciais presbíteros, diáconos ou
líderes de departamentos (ainda que essa lista inclua alguns dos antigos líderes). Uma
vez feito o levantamento dessas pessoas, será iniciado o treinamento que deverá
durar um ano. Para isso, seguem-se as estratégias e métodos propostos:
A. Primeiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica do
evangelho. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (O Evangelho: Como
a Igreja reflete a beleza de Cristo). Serão explorados 2 capítulos por semana e o
objetivo é avaliar qual a definição de evangelho que esses aspirantes possuem e
definir, juntamente com eles, a versão bíblica e verdadeira. (ORTLUND, 2016)
B. Segundo mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de
conversão e a importância de professar aquilo que se crê. A base desse estudo será
o livreto da série 9Macas (Conversão: Como Deus cria um povo). Serão explorados 2
capítulos por semana e o objetivo será avaliar a profissão de fé dos aspirantes e
juntamente com eles definir qual a fé bíblica e verdeira que devemos professar.
(LAWRENCE, 2017)
C. Terceiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de
evangelização e a importância de se criar um cultura de evangelismo. A base desse
estudo será o livreto da série 9Marcas (Evangelização: Como criar uma cultura
contagiante de evangelismo na Igreja local). Serão explorados 2 capítulos do livro por
semana. O Objetivo será definir uma cultura de evangelização bem como motivar os
aspirantes a serem os primeiros evangelistas da Igreja revitalizada. (STILES, 2015)
12
D. Quarto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de
discipulado, a importância de ser discípulo de Cristo e discípular novas pessoas. A
base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Discipulado: Como ajudar outras
pessoas a seguir Jesus). Será feita uma introdução ao assunto na primeira semana e
exploradas uma parte do livro por semana. O Objetivo será definir uma cultura de
discipulado bem como motivar os aspirantes a serem os primeiros discipuladores da
Igreja revitalizada. (DEVER, 2016)
E. Quinto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Sã
doutrina e a importância de crescer em amor e santidade. A base desse estudo será
o livreto da série 9Marcas (Sã Doutrina: Como uma igreja cresce no amor e na
santidade de Deus). Serão explorados 2 capítulos do livro por semana. O Objetivo
será motivar os aspirantes no estudo da Palavra, bem como a busca pela santidade e
prática do amor cristão. (JAMIESON, 2016)
F. Sexto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Membresia
e a importância de levar as pessoas a serem membros da Igreja. A base desse estudo
será o livreto da série 9Marcas (Membreisa na Igreja: Como o mundo sabe quem
representa Jesus). Serão explorados 3 capítulos do livro por semana. O Objetivo será
definir estratégias para levar os discipulos de Cristo a assumirem um compromisso
com a Igreja. (LEEMAN, 2016)
G. Sétimo mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de
Disciplina Eclesiástica e a importância da restauração. A base desse estudo será o
livreto da série 9Marcas (Disciplina: Como a Igreja protege o nome de Jesus). Será
trabalhada uma introdução ao assunto e exploradas 1 parte do livro por semana. O
Objetivo é conscientizar os aspirantes sobre a importância da correção em amor e a
restauração pós queda. (LEEMAN, 2016)
H. Oitavo a décimo mês: Série de estudos semanais, aos sábados, da
formulação de uma eclesiologia saudável. A base desse estudo será a síntese das
obras: A treliça e a Videira (MARSHALL e PAYNE, 2015); Igreja Simples (RAINER e
GEIGER, 2011); Qual a missão da Igreja? (DEYOUNG e GILBERT, 2012) e Todos se
comunicam, poucos se conectam (MAXWELL, 2010). O objetivo será desenvolver,
junto aos potenciais líderes, uma identidade eclesiológica bíblica, bem como traçar
projetos para o crescimento saudável da Igreja no próximo ano.
13
I. Décimo primeiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de
Missões. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Missões: Quando a
Igreja local se torna global). Serão trabalhados 2 capítulos do livro por semana. O
Objetivo é preparar a nova liderança para uma visão global da Igreja.
J. Décimo segundo mês: Estudo semanal, aos sábados, apenas com os
aspirantes a presbíteros, da relação entre presbíteros e pastores. A base desse
estudo será o livro “Paz nas Estrelas” (NASCIMENTO,2013). Serão trabalhadas as
sínteses de três capítulos do livro por semana. O Objetivo é demonstrar através do
estudo bíblico que é possível e essencial que haja hamonia entre os pastores e
presbíteros dentro de um conselho eclesiástico.
Nesse ano de treinamento, cada aspirante deverá ser avaliado. Serão dadas
algumas funções para eles irem desenvolvendo na Congregação, conforme a
necessidade. Ao final desse ano de treinamento, será feita uma reunião em que cada
um será direcionado para o trabalho do ano seguinte, conforme sua vocação e perfil.
Estes líderes receberão a função principal de evangelizar, discipular e receber
novovs membros. No segundo ano de revitalização, serão relembrados os pontos
principais do treinamento, bem como o incentivo para o treinamento de novos líderes
(conforme o crescimento da Igreja).
Nos anos posteriores o corpo de liderança poderá ser renovado conforme a
demanda. Novos materiais poderão ser acrescentados, porém, sempre com o objetivo
raiz de formar líderes saudáveis e bíblicos.
14
8. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O DISCIPULADO
Tendo em vista que a melhor definição para uma igreja é “Comunidade de
discípulos de Cristo em missão”, o discipulado é parte essencial da mesma. A Igreja
se forma a partir dos eleitos de Deus, que foram impactadas pelo evangelho e
professaram sua fé no senhorio de Jesus Cristo. Essas pessoas, então, assumem o
compromisso de serem discípulos e fazerem novos discípulos. (OAK, 2006, p. 45)
Entende-se que a Congregação de Porto Ferreira é, hoje, formada por pessoas
feridas, confusas, desesperançosas e desnorteadas de seu real propósito como
Igreja. Apesar, de muitos deles, terem crescido no ambiente eclesiástico, é muito difícil
julgar quais são aqueles que: realmente foram impactados pelo verdadeiro Evangelho;
que passaram por uma conversão jenuína e que entendem claramente o que significa
ser discípulo de Cristo. A metodologia para o primeiro ano, então, é rever nossos
simbolos de fé (WESTMINSTER, 2018) durante as EBDs (Escola Bíblica Dominical),
da seguinte forma:
A. Momento devocional: Ler com breve explicação, 4 perguntas do Catecismo
Maior de Westminster (CMW) por domingo.
B. Aula: Estudar, de maneira mais aprofundada, um capítulo da Confissão de
Fé de Westminster (CFW) por domingo.
C. Encerramento: Repetir o Credo Apostólico uma vez por domingo.
O objetivo com estes estudos é rever e aprofundar os temas básicos da fé, bem
como criar uma identidade confessional que desafia o individualismo e a
minimalização doutrinária presentes na pós-modernidade. É muito importante para o
discípulo de Cristo perceber que sua fé foi experimentada por muitos outros díscipulos
na história, e que, por séculos, vários cristãos autenticos trabalhram por uma
interpretação correta da Palavra de Deus. Essas ferramentas estão disponíveis e
devem ser estudadas.
Outra estrátégia de discipulado será através de reunião nos lares. No primeiro
ano, sendo liderado pelo pastor e um co-lider à sua escolha. Esse grupo familiar
deverá ter a função de ampliar a comunhão num espaço menos formal. Essa reunião
deverá ser marcada às terças-feiras e/ou quartas-feiras, em lares diversos dos
membros que frenquentam a Igreja. Segue o modelo da reunião:
15
A. Introdução com quebra-gelo relacionado ao tema do sermão do último
domingo e seguido de oração;
B. Momento de louvor e testemunhos de gratidão;
C. Revisão e aprofundamento do último sermão pregado no domingo;
D. Intercessão e encerramento.
A partir do segundo ano, alguns líderes formados no primeiro ficarão
responsáveis por multiplicar esse grupo em outros lares. Será criado um ambiente que
proporciona o convite de novos na fé para o estreitamento da comunhão e
aprofundamento.
Por último, será usada a estratégia de discipulado individual, em que um
membro maduro ficará sempre responsável por uma caminhada com um novo na fé.
16
9. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO
Quase tudo, até aqui, nesse projeto visou ações de fortalecimento interno da
Igreja (restauração do ministro, da liderança e da membresia). Considera-se que o
primeiro ano de revitalização precisa enfatizar essas questões internas, porém, é
sabido que ao fazer isso, logo aparecerá um novo desafio: Como trazer pessoas novas
para a Igreja? É nesse ponto que a evangelização se torna crucial. É lógico, que
mesmo no primeiro ano da revitalização, naturalmente essa evangelização começará
a se manifestar daqueles que se tornarem verdadeiros discípulos de Cristo. Mas a
intenção, nesse projeto é que o segundo ano seja focado especialmente nesse
trabalho.
Textos bíblicos como: Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18 e Lucas 24.44-49
(ALMEIDA, 1999) definem a missão dos discípulos de Cristo (testemunhar, pregar,
batizar e ensinar). Atos 1.8 (_____, 1999) define como isso será feito (com o poder do
Espírito Santo). Quando se observa a história, percebe-se que que o legítimo cristão,
sempre buscou testemunhar o evangelho de seu mestre. Se a Igreja permaneceu viva
até hoje, quase dois mil anos depois da encarnação de Jesus, é porque aprouve a
Deus, através dos discípulos de Cristo, manifestar o poder do evangelho pela
pregação e o testemunho. Aprouve, também, a Deus converter os corações dos seus
eleitos através do poder restaurador do Espírito Santo.
O ponto crítico dessa metodologia da evangelização é o desafio de comunicar
o evangelho nesse período da história denominado pós-moderno (ou hipermoderno).
Por isso, o estudo do contexto e a preparação dos membros da congregação são
muito importantes nesse estágio da revitalização.
A pesquisa de campo realizada outrora determinou o perfil do cidadão de Porto
Ferreira e agora, será traçada a estratégia para comunicar a ele o evangelho
verdadeiro, puro e transformador. Abaixo, seguem as principais estratégias:
A. Evangelização de Crianças: Ficou claro que a cidade possui muitas crianças,
e é sabido, pela experiência, que crianças são um foco muito importante para
evangelização, uma vez que pais, ainda que não convertidos, buscam sempre um
ambiente saudável para criar seus filhos. A Igreja é esse ambiente saudável, o qual
proporcionará segurança e ensino a essas crianças. Essa evangelização infantil será
proporcionada pela EBD, e EBFs (Escola Bíblica de Férias).
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B. Evangelização de adolescentes: Os adolescentes de Porto Ferreira vivem
uma grande crise, uma vez que precisam decidir entre estudar em uma Universidade
fora da cidade (tendo que ir morar longe da família) ou buscar cursos técnicos para
garantir um bom emprego na cidade, ou mesmo manter os negócios dos pais. Nesse
sentido a Igreja será treinada a acolher esses adolescentes em amor, demonstrando
que com Cristo, qualquer que seja a opção, será uma caminhada cheia de propósito.
Serão proporcionadas reuniões de sexta-feira à noite, em que o adolescente será
levado ao estudo da Palavra a medida em que experimenta comunhão com outros
adolescentes.
C. Evangelização de Jovens: A pesquisa mostrou que muitos jovens saem da
cidade para estudar e poucos voltam depois de formados. Porém, a cidade também
possuí muitos jovens (casados e solteiros) que buscam naquela cidade do interior,
uma oportunidade de crescimento. São jovens promissores, sedentos por
crescimento, mas, principalmente, procurando sentido e propósito para sua existência.
Por isso, quanto antes se conseguir, deverão ser desenvolvidas aos sábados à noite,
reuniões com esses jovens. Será criado um ambiente de reflexão e comunhão, para
que os jovens da cidade possam trocar suas experiências e fazer network a medida
em que aprendem e se aprofundam na Palavra de Deus.
D. Evangelização de Adultos: A maioria dos adultos (entre 30 e 55 anos) na
cidade são comerciantes, pequenos empresários e servidores públicos. São pessoas
que permanecem na cidade por tradição familiar e por amarem a vida do interior.
Apesar da religião predominante na cidade ser o catolicismo, as pessoas estão muito
abertas a fé reformada. Nesse sentido, serão formados mais grupos familiares nos
lares dos membros da Igreja, cada um com dois líderes treinados para receber essas
pessoas e pregar a elas o evangelho através do testemunho e da Palavra de Deus.
E. Pregação Cristocêntrica: Todo culto público, aos domingos à noite, será
centralizado na pregação bíblica e cristocêntrica da Palavra de Deus, com apelo
evangelístico ao final.
Nessa altura do processo de revitalização, espera-se que os líderes estejam
devidamente treinados e capacitados a colocar em prática uma cultura de
evangelização.
18
10. SEMANA MINISTERIAL
Entende-se que para um ótimo aproveitamento da aplicação desse projeto na
revitalização da Congregação Presbiteriana de Porto Ferreira é necessário um
planejamento ministerial bem elaborado. Nesse sentido, é sugerida uma agenda
prévia para a semana do obreiro. Segue-se na tabela abaixo:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
7h00 Devocional Dev. Dev. Dev. Dev. Dev. Dev.
8h00
Estudos p/
sermão
Estudos p/
discipulado
Questões
adm.
Estudos
para
treinam.
Estudos
p/
planejam.
Disc.
formal
individual
9h00
EBD10h00
11h00
12h00
Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
13h00
14h00
Visitas e
acons.
Visitas e
acons.
Visitas e
acons.
Campo Campo
Prep.
Prep. p/ o
Culto
15h00 Treinam.
de
Líderes
16h00
17h00
18h00 - - - - - -
19h00
Estudos p/
Sermão
Disc. nos
lares
Disc. nos
lares
Oração e
Intercessão
Reuniões
de dep.
Reuniões
de dep.
Culto
Público
20h00
21h00
22h00 descanso descanso descanso descanso descanso descanso descanso
É claro que seria utópico pensar que é possível seguir à risca uma agenda
como essa, porém, manter um mínimo de organização e direção é extremamente
necessário.
19
11. MÊS MINISTERIAL
O planejamento ministerial envolve, também, uma visão mais ampla, que
abrange cada mês do ano com seu propósito primário. Segue-se sugestão na tabela
abaixo:
Jan. Fev. Março Abril Maio Junho
Pregação
Exp. João Exp. João Exp. João Exp. João
Exp.
João
Exp. João
Estudo
Líderes
Evangelho Conversão Evangelização
Discipula-
do
Sã
Doutrina
Membresia
Estudo
Discipulado
CMW
1-16
CFW
1-4
CMW
17-32
CFW
5-9
CMW
33-52
CFW
10-15
CMW
53-68
CFW
16 -20
CMW
69-88
CFW
21-24
CMW
89-104
CFW
25-28
Evangelização EBF Interna
Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Pregação Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên
Estudo
Líderes
Disciplina Planejamento Eclesiástico Missões Presbíteros
Estudo
Discipulado
CMW
105-120
CFW
29-33
CMW
121-140
CMW
141-156
CMW
157-172
CMW
173-188
CMW
189-196
Evangelização EBF Externa
20
12. UMA APLICAÇÃO PARA CADA DISCIPLINA DO RMI
Nessa parte do projeto o objetivo é demonstrar como cada disciplina do RMI foi
importante em cada uma de suas fases. Segue abaixo uma breve descrição:
A. Fundamentos bíblicos teológicos para revitalização e multiplicação de
igrejas. Essa disciplina foi essencial na reflexão da necessidade da revitalização de
uma Igreja, bem como em dar base bíblica para ela. Quando se está imerso em uma
Igreja ou Congregação enferma, dificilmente se consegue enxergar o que está tão
óbvio. Nesse sentido, essa disciplina serviu como um despertar inicial e uma chamada
para uma avaliação mais minuciosa da Igreja.
B. Introdução a teologia reformada. Nessa disciplina foi demonstrada a
importância de trazer a luz a definição real de uma igreja reformada. Aos fazer isso,
constrói-se um crivo essencial para corrigir problemas doutrinários e teológicos tanto
na igreja como no próprio ministro. Uma das principais ferramentas oferecida foi um
retorno aos fundamentos através da tradição dos símbolos de fé. Foi ensinada a
maneira correta de se moldar uma cosmovisão bíblica cristã, capaz de direcionar as
escolhas e decisões no memento da revitalização.
C. Identidade eclesiástica. Essa disciplina ensinou a avaliar a saúde da Igreja
através das nove marcas essenciais que ela deve expressar (Pregação Expositiva,
Teologia Bíblica, Evangelho, Conversão, Evangelismo, Membresia, Disciplina,
Discipulado, Liderança). Essa avaliação ajuda a detalhar o que precisa ser corrigido e
como. O objetivo geral da matéria foi dar uma direção na formação de uma identidade
bíblica para a Igreja a ser revitalizada.
D. Comunicando o evangelho na pós modernidade. Essa disciplina foi
extremamente importante para dar ferramentas que ajudam a analisar a sociedade
presente ao redor da Igreja. Junto a essas ferramentas, foi apresentada uma proposta
para que haja evangelização eficaz e esforços bem direcionados.
E. Governo da Igreja. Uma disciplina que direcionou a atenção para os
documentos normativos da IPB, enxergando-os como ferramentas essenciais para os
diversos aspectos de uma plantação ou revitalização. Mostrou-se a importância do
treinamento e acompanhamento de uma equipe, sendo a família a primeira delas.
21
Evidenciou a importância da harmonia entre pastores e presbíteros, e como nos
movemos para que ela exista.
F. Dinâmica da Vida Espiritual. Abriu a mente para definir o que é uma vida
espiritual, bem como a importância de uma dinâmica saudável nesse sentido através
do tripé “Ministério Público, Ministério Privado e Ministério Relacional”. Dentro de tudo
isso, os benefícios de se ter uma caminhada verdadeira com Deus como um projeto.
G. Aconselhamento Bíblico. Essa tarefa envolve uma grande porcentagem do
ministério de um pastor, em especial um revitalizador. Essa disciplina veio relembrar
os princípios para essa tarefa, e trazer várias ferramentas para que ela seja realizada
com fidelidade e zelo.
H. Pregação para revitalização e multiplicação de igrejas. Essa é outra tarefa
importantíssima de um pastor, e uma igreja saudável precisa pregar as Escrituras com
Fidelidade. Essa disciplina veio relembrar alguns princípios importantes sobre a vida
do pregador e como ele pregará a vida em seu ministério.
I. Diagnóstico em revitalização de Igrejas. Um dos passos após definir que uma
Igreja está enferma ou em processo de morte é diagnosticar qual ou quais são as suas
enfermidades. Essa disciplina ensinou a fazer isso de maneira bíblica e com precisão.
Mas, não ensinou apenas a diagnosticar enfermidades na Igreja. O pastor revitalizador
é uma peça importante nesse processo, e precisa ser diagnosticado e tratado. Com
maestria, o professor desse módulo mostrou o caminho de forma didática e aplicável.
J. Princípio de produção e administração de projetos. Foi a base para que esse
trabalho pudesse ser realizado. Deu os passos e sistematizou o que é essencialmente
necessário para um projeto de revitalização.
22
CONCLUSÃO
Conclui-se que, ao definir a necessidade de revitalização da Congregação de
Porto Ferreira, o curso do RMI trouxe cada ferramenta necessária para que isso possa
acontecer verdadeiramente. Uma Igreja que exala a vida é uma Igreja segundo a
definição do próprio Senhor. Esse trabalho de projeto pode até parecer muito teórico
e utópico em alguns momentos, mas é o princípio necessário para que exista uma
revitalização. Com certeza, muitas dificuldades surgirão no meio da caminhada que
não foram apresentadas nesse projeto, porém, a base que o curso oferece, prepara e
equipa para o enfrentamento delas.
A conclusão desse trabalho de pesquisa e projeção é o resultado de pessoas
que foram transformadas por Deus e se dispuseram a fazer sua vontade. Ao
transmitirem sua experiência, cada professor e companheiro de curso pôde ajudar na
formação de um perfil saudável e preparado para um trabalho de revitalização.
A Igreja de Porto Ferreira é um exemplo de tantas outras que vêm enfrentado
dificuldades e passam por um processo de morte. Essas Igrejas podem desaparecer,
caso não iniciem um processo real e bíblico de revitalização. Que cada capítulo desse
projeto possa ser aplicado e até mesmo melhorado durante esse processo na vida da
Igreja. Que outras igrejas possam enxergar essa necessidade e que cada vez mais
presbitérios entendam a necessidade de capacitar seus ministros através desse
curso.
É com muita gratidão que podemos afirmar que, muito mais do que um diploma,
esse curso ofereceu sabedoria, experiência, amor e transformação real. Cada aluno
pode afirmar que não apenas se tornou um “especialista em RMI”, mas sim um
discípulo de Cristo em meio a outros que buscam viver com zelo a sua vocação.
Que Deus abençoe cada professor, aluno ou funcionário que proporcionou, na
vida de tantas pessoas, a oportunidade de aprender mais um pouco de sua Palavra e
como aplica-la nas vidas de suas Igrejas.
23
BIBLIOGRAFIA
AGRESTE, Ricardo. Igreja? Tô fora. Santa Bárbara d'Oeste: SOCEP, 2009.
ALMEIDA, João Ferreira de, trad. A Bíblia Sagrada. Revista e Atualizada. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
DEVER, Mark. Discipulado: Como ajudar outras pessoas a seguir Jesus. São Paulo:
Vida Nova, 2016.
DEYOUNG, Kevin, e GILBERT, Greg. Qual é a Missão da Igreja? . São José dos
Campos: Fiel, 2012.
IBGE. Município de Porto Ferreira. 2017. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/porto-
ferreira/panorama (acesso em julho de 2019).
—. Ranking Cidades do Brasil. 2019. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/porto-
ferreira/pesquisa/33/29168?tipo=ranking (acesso em Julho de 2019).
JAMIESON, Bobby. Sã Doutrina: Como uma Igreja cresce no amor e na santidade de
Deus. São Paulo: Vida Nova, 2016.
JOHNSON, Andy. Missões: Quando a Igreja local se torna global. São Paulo: Vida
Nova, 2018.
LAWRENCE, Michael. Conversão: Como Deus cria um povo. São Paulo: Vida Nova,
2017.
LEEMAN, Jonathan. Disciplina na Igreja: Como a Igreja protege o nome de Jesus.
São Paulo: Vida Nova, 2016.
—. Membresia na Igreja: Como o mundo sabe quem representa Jesus. São Paulo:
Vida Nova, 2016.
MARSHALL, Colin, e Tony PAYNE. A treliça e a videira. São José dos Campos: Fiel,
2015.
MAXWELL, John C. Todos se comunicam, poucos se conectam. Rio de Janeiro:
Thomas Nelson Brasil, 2010.
24
NASCIMENTO, Adão Carlos. Paz nas Estrelas: Relacionamentos saudáveis entre
pastores e presbíteros. Santa Bárbara d'Oeste: Z3, 2013.
OAK, John H. H. Chamado para acordar o leigo. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
ORTLUND, Ray. O Evagelho: Como a igreja reflete a beleza de Cristo. São Paulo:
Vida Nova, 2016.
RAINER, Thom S., e Eric GEIGER. Igreja Simples. Brasília: Palavra, 2011.
REEDER III, Harry L. A revitalização da sua Igreja segundo Deus. São Paulo: Cultura
Cristã, 2011.
STILES, J. Mack. Evangelização: Como criar uma cultura contagiante de evangelismo
na Igreja local. São Paulo: Vida Nova, 2015.
WESTMINSTER, Assembleia de. Símbolos de fé de Westminster. São Paulo: Cultura
Cristã, 2018.

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  • 1. CENTRO DE PÓSGRADUAÇÃO ANDREW JUMPER (CPAJ) WILLIAM ROBERTO DA SILVA PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CONGREÇÃO PRESBITERIANA DE PORTO FERREIRA São Paulo 2019
  • 2. 1 WILLIAM ROBERTO DA SILVA PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CONGREÇÃO PRESBITERIANA DE PORTO FERREIRA São Paulo 2019 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Pós-graduação Andrew Jumper, no curso de Revitalização e Multiplicação de Igrejas (RMI), como requisito para obtenção de certificado.
  • 3. 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................3 1. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS..........................................................4 2. DADOS ACADÊMICOS E PESSOAIS DO ALUNO .......................................5 3. DADOS, DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA CONGREGAÇÃO .......................6 4. PESQUISA DE CAMPO.................................................................................7 5. DIAGNÓSTICO DAS ENFERMIDADES MINISTERIAIS ENCONTRADAS ...8 6. REMÉDIOS PREVISTOS A SEREM UTILIZADOS........................................9 7. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O TREINAMENTO DE PRESBITEROS, DIÁCONOS E LÍDERES DE DEPARTAMENTOS.................................................11 8. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O DISCIPULADO..............................14 9. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO ........................16 10. SEMANA MINISTERIAL...............................................................................18 11. MÊS MINISTERIAL......................................................................................19 12. UMA APLICAÇÃO PARA CADA DISCIPLINA DO RMI ...............................20 CONCLUSÃO............................................................................................................22 BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................23
  • 4. 3 INTRODUÇÃO Baseando-se em Mateus 28.19-20 (ALMEIDA, 1999), pode-se afirmar que Igreja é uma comunidade de Discípulos de Jesus Cristo com a missão de fazer novos discípulos. O processo para isso é: batizando (formalizando um compromisso com a comunidade e com a missão); e ensinando obedecer a tudo o que Jesus ordenou (repensando valores e princípios para uma cosmovisão bíblica). (AGRESTE, 2009, p. 109) Quando se olha, porém, para a maioria das Igrejas, no Brasil e no mundo, com um olhar humilde e sincero, podemos afirmar que a maioria delas está bastante perdida em sua definição e missão. Tirando aquelas falsas igrejas que já nascem completamente desnorteadas da visão bíblica, o restante são, em sua grande maioria, Igrejas que já foram cheias de vida. Mas o que isso significaria? Estariam, essas Igrejas, em processo de morte? Para Harry Reeder III essas Igrejas precisam, na verdade, de uma revitalização urgente. (REEDER III, 2011, p. 11) O curso de RMI (Revitalização e Multiplicação de Igrejas) serve justamente para isso. Cada módulo, cada aula, cada leitura, cada trabalho, cada pesquisa, etc. levam a refletir a necessidade que muitas Igrejas possuem de passar por um processo de revitalização. Uma Igreja cheia de vida cumpre sua missão na terra e se multiplica de maneira saudável, porém, uma Igreja em processo de morte se mantém doente e quando se multiplica, forma igrejas, também, doentes. Nesse Trabalho de Conclusão de Curso, será elaborado um projeto para revitalizar uma Congreção Presbiteriana, que se encontra na cidade de Porto Ferreira – SP. Essa Congregação já foi, um dia, uma Igreja cheia de Vida, mas passou por várias enfermidades que a levou para um processo de divisão até chegar a seu estado atual: Uma Igreja fraca, rebaixada ao status de Congregação, e desnorteada quanto a sua definição e missão. Espera-se que ao fim desse projeto, a referida Congregação consiga colocar em prática o processo para que haja uma revitalização completa.
  • 5. 4 1. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS A. Objetivo Geral Através da Pesquisa ensinada no curso de RMI, pretende-se diagnosticar as enfermidades recorrentes na Congregação Presbiteriana de Porto de Ferreira, bem como, identificar quais remédios podem ser utilizados para levá-la ao processo de Revitalização. O Mesmo deve ser feito com a vida do obreiro responsável pelo trabalho. B. Objetivos Específicos Uma vez que, claramente, a Congregação Presbiteriana de Porto Ferreira se encontra enferma, esse trabalho destina-se a traçar métodos teóricos e práticos para que haja total revitalização nas seguintes áreas: a. Obreiro e família. Verificar quais são os possíveis impedimentos para que o atual Obreiro e sua família possam realizar o processo de revitalização e trata-los. b. Liderança: A Congregação, que já possui alguns membros com claros dons de liderança, precisará ser diagnosticada quanto a visão e convicção desses membros. Deverão ser traçados planos para a formação de uma liderança eficiente e bíblica. c. Pregação e Ensino: Esses itens precisarão ser planejados de maneira a evidenciar a Palavra de Deus com fidelidade e zelo. d. Discipulado: Cada membro precisará ser conscientizado da definição de um verdadeiro discípulo de Cristo, bem como sua missão de discipular novas pessoas. e. Oração: A Congregação deverá ser levada a orar pelo próximo, pela Igreja, pela liderança, pelo obreiro, pela evangelização e de forma geral. f. Equilíbrio no uso dos recursos: A Congregação deverá ser instruída na utilização dos recursos, para que todo investimento (humano e financeiro) seja revertido em vidas sendo salvas e comunhão dos discípulos de Cristo. g. Moldes da IPB: A Congregação, num processo de revitalização e preparo para reorganização, deverá ser moldada conforme os moldes da IPB, seja nos cultos ou nas divisões de ministérios.
  • 6. 5 2. DADOS ACADÊMICOS E PESSOAIS DO ALUNO William Roberto da Silva, nascido em Mogi Guaçu – SP em 10 de abril de 1986. Batizado e professo na Igreja Presbiteriana de Mogi Guaçu em 11 de agosto de 2002. Casado com Caroline Miranda Palmieri da Silva desde 14 de setembro de 2013. Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (2012), e Universidade Presbiteriana Mackenzie (2015). Licenciado para o Sagrado Ministério na Igreja Presbiteriana de Mogi Guaçu, Presbitério de São João da Boa Vista (PRSJ) em 2013 e ordenado ao Sagrado Ministério em fevereiro de 2014. Pastor auxiliar nas Igrejas: Presbiteriana Bela Jerusalém, Ribeirão Preto – SP (2014 a 2018) e Presbiteriana de São Carlos (2019 até data atual). Desde o tempo de Seminário, desenvolvendo trabalho com Jovens e Adolescentes, bem como auxiliando em aulas e pregações. Capelão na Fundação Casa em Ribeirão Preto (2014 a 2018) e atual secretário Sinodal de UPAs no sínodo de Limeira. Colaborador no processo de revitalização da Congregação Presbiteriana de Porto Ferreira – SP.
  • 7. 6 3. DADOS, DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA CONGREGAÇÃO A Igreja, em si, teve uma história bastante conturbada, iniciada em 1914, fechando e reiniciando diversas vezes nos anos 1934, 1951 e 1959. Em 1977 o trabalho se fixou em torno de três famílias vindas de Leme, Casa Branca e Muzambinho. Aos poucos a Igreja foi crescendo numericamente a ponto de sentirem- se prontos a alugar um Salão. Em 1980 o trabalho tornou-se campo missionário do Presbitério de Campinas, porém com seu desdobramento em 1982, passou para o presbitério de Limeira. Depois de algumas dificuldades financeiras, as reuniões passaram a ser na Igreja Metodista da cidade em 1983. Em 1987 houve a possibilidade de construir um pequeno salão com 4 salas de aula. A partir de 1988 o trabalho foi transferido para o presbitério de Ribeirão Preto. O trabalho prosperou numericamente a ponto de precisarem construir um templo maior. Em 14 de abril de 1991 a Congregação, que até então pertencia a Igreja Presbiteriana de Descalvado, foi organizada como Igreja Presbiteriana de Porto Ferreira. Em 2002 já possuíam um templo semiacabado onde realizavam os cultos. Até o ano de 2016, depois de organizada, sete pastores passaram pela Igreja. Em meados deste mesmo ano, após ter completado 25 anos de organização, começaram a surgir uma série de problemas relacionados a liderança da Igreja e as famílias fundadoras. A Igreja iniciou um processo de divisão que culminou em um retorno ao status de congregação no ano de 2017. O grupo que saiu da, outrora, Igreja Presbiteriana de Porto Ferreira foi transferido para a Igreja Presbiteriana de Santa Rita do Passa Quatro e o grupo restante, que permaneceu na, agora, Congregação de Porto Ferreira passou a ser assistido pelo Presbitério. Houve calorosas discussões tanto na Congregação quanto nas reuniões do presbitério. O grupo que permaneceu na Congregação, liderado por membros de uma das famílias fundadoras resistiu as decisões do presbitério, recorrendo ao sínodo, e até ao Supremo Concílio (sem respostas que agradaram aos mesmos). Infelizmente não conseguiriam mais permanecer como Igreja Organizada por falta de recursos, tanto humanos quanto financeiros. Em 2018 houve a decisão do Presbitério de ligar a, então, Congregação de Porto Ferreira à Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém em Ribeirão Preto. A partir daí iniciou-se o projeto para revitalizar a Igreja. A Congregação se encontra, hoje, com 35 membros comungantes.
  • 8. 7 4. PESQUISA DE CAMPO Com 243.906 km², o município de Porto Ferreira é formado por uma população estimada de 56.150 pessoas. Sua densidade demográfica é de 209,89 hab/km² (IBGE, 2017), ficando em 127º do ranking das cidades do Estado de São Paulo e 596º das cidades do Brasil (IBGE, 2019). Suas vias de ligação são: Via Anhanguera (SP 330) que liga a cidade à Ribeirão Preto e São Paulo; Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215) que liga à cidade a Descalvado e a São Carlos e Rodovia Luiz Pizetta (SP-328) trecho de Porto Ferreira à Santa Rita do Passa Quatro e trecho sem denominação, que liga a cidade à Pirassununga Em 2017, o salário médio mensal era de 2.4 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 30.9%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 220 de 645 e 124 de 645, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 684 de 5570 e 432 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 29.4% da população nessas condições, o que o colocava na posição 456 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 4801 de 5570 dentre as cidades do Brasil. (IBGE, 2017) A religião predominante do município é Católica Apostólica Romana, com 33.814 hab. O número dos que se declaram evangélicos em geral é de 10.993 hab. Estima-se 850 cidadãos Espíritas. (IBGE, 2017) No dia 21 de setembro de 2017, o Plenário do Senado aprovou o projeto que confere à cidade o título de Capital Nacional da Cerâmica Artística e da Decoração. A Taxa de escolarização, de 6 a 14 anos de idade, é 98,1%. O PIB per capita é de R$ 31.674,93. Apresenta 98.8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 97.4% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 23.5% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). (IBGE, 2017) Todas essas informações tornam Porto Feirreira uma ótima cidade para se morar. Encontram-se crianças, adolescentes e adultos que conseguiram empregos na própria cidade. Muitos jovens (entre 18 e 22 anos) saem da cidade para estudar em Universidades fora. Alguns retornam e outros não. É uma cidade predominantemente comercial.
  • 9. 8 5. DIAGNÓSTICO DAS ENFERMIDADES MINISTERIAIS ENCONTRADAS Tendo em vista todos os acontecimentos até aqui, e olhando de forma superficial para a situação da Congregação, poderia se dizer que tudo estava bem até o ano de 2016, quando iniciou-se o processo de divisão. Porém, um diagnóstico eficiente precisa aprofundar-se. Esse aprofundamento leva a uma percepção de que já, há muito tempo, a Igreja vinha passando pelo processo de enfermidade, e que só foi evidenciado quando apareceram as consequências mais graves. Quais, então, seriam as enfermidades que a Igreja adquiriu ao longo dos anos e aquelas que ainda permanecem e precisam ser tratadas urgentemente? A. Resumidamente falando, Harry Reeder III em seu livro “A revitalização da sua Igreja segundo Deus” lista as seguintes enfermidades que uma Igreja pode adquirir até chegar em seu estado terminal: Falta de Conversão (Evangelho não evidenciado); Falta de Oração (ausência de clamor sincero, humilde e verdadeiro); Falta de Pregação na Palavra de Deus (sermões não cristocêntricos, transformadores e relevantes); Falta de liderança (que seja eficiente e pautada nos ensinos de Jesus); Desvios da Missão e Ausência de discipulado (REEDER, 2011). Esse trabalho não se destina a julgar os pastores, presbíteros, líderes e membros da Igreja Presbiteriana de Porto Ferreira, porém, está claramente evidenciado que para ela chegar ao estado em que chegou, gradativamente passou por todas essas enfermidades. B. Somado a todas essas enfermidades, pode-se acrescentar o fator trabalhado pelo autor Colin Marshall em sua obra “A Treliça e a Videira”. Ele aponta como uma grande enfermidade o fato de a Igreja desequilibrar o esforço e recursos gastos na estrutura (física e de programações) e na vida dos membros da Igreja (discipulado) (MARSHALL, 2016). Essa enfermidade, também, pode ser evidenciada na Congregação de Porto Ferreira. Ela precisou de muito tempo para se consolidar como Igreja, e foi desmantelada em menos de um ano, porém, ainda hoje se percebe a ênfase que se dá, por parte dos membros que permaneceram, na estrutura física e programações e a apatia quanto as vidas das pessoas.
  • 10. 9 6. REMÉDIOS PREVISTOS A SEREM UTILIZADOS Olhando para o diagnóstico descrito acima podemos, então, formular os seguintes remédios: a. Aproximação pastoral dos membros remanescentes: Podemos entender pelo histórico e diagnóstico que vários pastores passaram pela Igreja em 25 anos. O rodízio de pastores pode ser uma boa estratégia em alguns sentidos, porém, nesse caso específico gerou um afastamento anormal dos membros da Igreja com seus ministros. O pastor destinado a revitalizar deverá iniciar com um compromisso de se fixar naquela cidade por um tempo mínimo de 10 anos, e urgentemente iniciar uma aproximação de seus membros com amizade e vínculos intencionais. Resumidamente, será necessário ganhar a confiança destas ovelhas feridas e enfermas. Para tal, o obreiro e sua família, precisarão ser diagnosticados e instruídos a passarem por uma revitalização, assim como a Congregação, para que o trabalho esteja isento de falsas esperanças. b. Fidelidade com a Palavra de Deus e o Evangelho: Antes de planejar qualquer programação, o ministro terá de formular um plano de pregações que evidenciem o seu comprometimento com as Escrituras e Proclamação do Evangelho. Não se sabe quais membros verdadeiramente são convertidos e vivem o verdadeiro evangelho. Muitos ali, por causa dos últimos acontecimentos, sentem muita dificuldade de perdoar. Isso precisará ser enfatizado nos estudos semanais. c. Formação de Liderança: Alguns dos membros remanescentes da Congregação faziam parte da liderança, porém, percebe-se que suas feridas os impossibilitam de enxergar seu verdadeiro propósito. Deverá ser trabalhado, intensamente, o tratamento dessas pessoas, bem como o treinamento de liderança para que novas pessoas equilibrem esse quadro. d. Discipulado Formal e Informal: Os membros dessa Congregação, infelizmente, se acostumaram com as várias programações da Igreja, mas ainda não sabem o que significa ser discípulo e discipular. Isso precisará ser ensinado e praticado. Mesmo os membros mais velhos precisarão, urgentemente ser avaliados quanto as suas convicções doutrinárias e desejo real de serem discípulos de Cristo.
  • 11. 10 e. Momentos de oração: A Congregação precisará ser ensinada sobre os princípios para oração, bem como levada a momentos em que poderão praticar essa disciplina espiritual. Precisará ser levada a orar por sua cidade, igreja, membros, liderança, obreiro etc. f. Evangelismo Missionário: Depois que a Igreja começar a apontar sinais internos de saúde, deverá ser incentivado o evangelismo missionário, para que a Igreja possa novamente crescer e dar frutos. Esse evangelismo precisará ser trabalhado, levando em consideração os dados pesquisados da cidade, para que o evangelho verdadeiro possa ser pregado de forma relevante e cativante. Os membros da Congregação, precisarão ser trabalhados para que aprendam a ser hospitaleiros e receptivos aos novos na fé. g. Plano de segmentação em departamentos internos: A Congregação, que possuí hoje, apenas uma SAF formada, após seus primeiros frutos, deverá se conscientizar da existência e funcionamento dos demais departamentos internos da IPB. Isso os ajudará a planejar uma melhor divisão ministerial para trabalhos futuros com crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens. Mas, para que todos esses remédios possam ser aplicados na Congregação enferma, serão trabalhados a seguir como tudo isso irá funcionar na prática.
  • 12. 11 7. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O TREINAMENTO DE PRESBITEROS, DIÁCONOS E LÍDERES DE DEPARTAMENTOS A liderança é parte essencial da Igreja. Uma liderança enferma ou desnorteada da sua real missão pode ser extremamente prejudicial no trabalho de revitalização, sendo assim, serão tratados os métodos e estratégias para revitalização da mesma. A Congregação de Porto Ferreira, que outrora foi Igreja organizada, teve seu conselho dissolvido, bem como sua junta diaconal. Alguns dos antigos presbíteros e diáconos continuam frequentando a Congregação, porém, vale lembrar que um dos fotores para a Igreja chegar em seu estado terminal foi a má administração do conselho e sua relação ruim com os pastores. A tarefa da revitalização da liderança deve iniciar-se na busca por aspirantes a liderança, sejam eles potenciais presbíteros, diáconos ou líderes de departamentos (ainda que essa lista inclua alguns dos antigos líderes). Uma vez feito o levantamento dessas pessoas, será iniciado o treinamento que deverá durar um ano. Para isso, seguem-se as estratégias e métodos propostos: A. Primeiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica do evangelho. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (O Evangelho: Como a Igreja reflete a beleza de Cristo). Serão explorados 2 capítulos por semana e o objetivo é avaliar qual a definição de evangelho que esses aspirantes possuem e definir, juntamente com eles, a versão bíblica e verdadeira. (ORTLUND, 2016) B. Segundo mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de conversão e a importância de professar aquilo que se crê. A base desse estudo será o livreto da série 9Macas (Conversão: Como Deus cria um povo). Serão explorados 2 capítulos por semana e o objetivo será avaliar a profissão de fé dos aspirantes e juntamente com eles definir qual a fé bíblica e verdeira que devemos professar. (LAWRENCE, 2017) C. Terceiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de evangelização e a importância de se criar um cultura de evangelismo. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Evangelização: Como criar uma cultura contagiante de evangelismo na Igreja local). Serão explorados 2 capítulos do livro por semana. O Objetivo será definir uma cultura de evangelização bem como motivar os aspirantes a serem os primeiros evangelistas da Igreja revitalizada. (STILES, 2015)
  • 13. 12 D. Quarto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de discipulado, a importância de ser discípulo de Cristo e discípular novas pessoas. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Discipulado: Como ajudar outras pessoas a seguir Jesus). Será feita uma introdução ao assunto na primeira semana e exploradas uma parte do livro por semana. O Objetivo será definir uma cultura de discipulado bem como motivar os aspirantes a serem os primeiros discipuladores da Igreja revitalizada. (DEVER, 2016) E. Quinto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Sã doutrina e a importância de crescer em amor e santidade. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Sã Doutrina: Como uma igreja cresce no amor e na santidade de Deus). Serão explorados 2 capítulos do livro por semana. O Objetivo será motivar os aspirantes no estudo da Palavra, bem como a busca pela santidade e prática do amor cristão. (JAMIESON, 2016) F. Sexto mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Membresia e a importância de levar as pessoas a serem membros da Igreja. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Membreisa na Igreja: Como o mundo sabe quem representa Jesus). Serão explorados 3 capítulos do livro por semana. O Objetivo será definir estratégias para levar os discipulos de Cristo a assumirem um compromisso com a Igreja. (LEEMAN, 2016) G. Sétimo mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Disciplina Eclesiástica e a importância da restauração. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Disciplina: Como a Igreja protege o nome de Jesus). Será trabalhada uma introdução ao assunto e exploradas 1 parte do livro por semana. O Objetivo é conscientizar os aspirantes sobre a importância da correção em amor e a restauração pós queda. (LEEMAN, 2016) H. Oitavo a décimo mês: Série de estudos semanais, aos sábados, da formulação de uma eclesiologia saudável. A base desse estudo será a síntese das obras: A treliça e a Videira (MARSHALL e PAYNE, 2015); Igreja Simples (RAINER e GEIGER, 2011); Qual a missão da Igreja? (DEYOUNG e GILBERT, 2012) e Todos se comunicam, poucos se conectam (MAXWELL, 2010). O objetivo será desenvolver, junto aos potenciais líderes, uma identidade eclesiológica bíblica, bem como traçar projetos para o crescimento saudável da Igreja no próximo ano.
  • 14. 13 I. Décimo primeiro mês: Estudo semanal, aos sábados, da definição bíblica de Missões. A base desse estudo será o livreto da série 9Marcas (Missões: Quando a Igreja local se torna global). Serão trabalhados 2 capítulos do livro por semana. O Objetivo é preparar a nova liderança para uma visão global da Igreja. J. Décimo segundo mês: Estudo semanal, aos sábados, apenas com os aspirantes a presbíteros, da relação entre presbíteros e pastores. A base desse estudo será o livro “Paz nas Estrelas” (NASCIMENTO,2013). Serão trabalhadas as sínteses de três capítulos do livro por semana. O Objetivo é demonstrar através do estudo bíblico que é possível e essencial que haja hamonia entre os pastores e presbíteros dentro de um conselho eclesiástico. Nesse ano de treinamento, cada aspirante deverá ser avaliado. Serão dadas algumas funções para eles irem desenvolvendo na Congregação, conforme a necessidade. Ao final desse ano de treinamento, será feita uma reunião em que cada um será direcionado para o trabalho do ano seguinte, conforme sua vocação e perfil. Estes líderes receberão a função principal de evangelizar, discipular e receber novovs membros. No segundo ano de revitalização, serão relembrados os pontos principais do treinamento, bem como o incentivo para o treinamento de novos líderes (conforme o crescimento da Igreja). Nos anos posteriores o corpo de liderança poderá ser renovado conforme a demanda. Novos materiais poderão ser acrescentados, porém, sempre com o objetivo raiz de formar líderes saudáveis e bíblicos.
  • 15. 14 8. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA O DISCIPULADO Tendo em vista que a melhor definição para uma igreja é “Comunidade de discípulos de Cristo em missão”, o discipulado é parte essencial da mesma. A Igreja se forma a partir dos eleitos de Deus, que foram impactadas pelo evangelho e professaram sua fé no senhorio de Jesus Cristo. Essas pessoas, então, assumem o compromisso de serem discípulos e fazerem novos discípulos. (OAK, 2006, p. 45) Entende-se que a Congregação de Porto Ferreira é, hoje, formada por pessoas feridas, confusas, desesperançosas e desnorteadas de seu real propósito como Igreja. Apesar, de muitos deles, terem crescido no ambiente eclesiástico, é muito difícil julgar quais são aqueles que: realmente foram impactados pelo verdadeiro Evangelho; que passaram por uma conversão jenuína e que entendem claramente o que significa ser discípulo de Cristo. A metodologia para o primeiro ano, então, é rever nossos simbolos de fé (WESTMINSTER, 2018) durante as EBDs (Escola Bíblica Dominical), da seguinte forma: A. Momento devocional: Ler com breve explicação, 4 perguntas do Catecismo Maior de Westminster (CMW) por domingo. B. Aula: Estudar, de maneira mais aprofundada, um capítulo da Confissão de Fé de Westminster (CFW) por domingo. C. Encerramento: Repetir o Credo Apostólico uma vez por domingo. O objetivo com estes estudos é rever e aprofundar os temas básicos da fé, bem como criar uma identidade confessional que desafia o individualismo e a minimalização doutrinária presentes na pós-modernidade. É muito importante para o discípulo de Cristo perceber que sua fé foi experimentada por muitos outros díscipulos na história, e que, por séculos, vários cristãos autenticos trabalhram por uma interpretação correta da Palavra de Deus. Essas ferramentas estão disponíveis e devem ser estudadas. Outra estrátégia de discipulado será através de reunião nos lares. No primeiro ano, sendo liderado pelo pastor e um co-lider à sua escolha. Esse grupo familiar deverá ter a função de ampliar a comunhão num espaço menos formal. Essa reunião deverá ser marcada às terças-feiras e/ou quartas-feiras, em lares diversos dos membros que frenquentam a Igreja. Segue o modelo da reunião:
  • 16. 15 A. Introdução com quebra-gelo relacionado ao tema do sermão do último domingo e seguido de oração; B. Momento de louvor e testemunhos de gratidão; C. Revisão e aprofundamento do último sermão pregado no domingo; D. Intercessão e encerramento. A partir do segundo ano, alguns líderes formados no primeiro ficarão responsáveis por multiplicar esse grupo em outros lares. Será criado um ambiente que proporciona o convite de novos na fé para o estreitamento da comunhão e aprofundamento. Por último, será usada a estratégia de discipulado individual, em que um membro maduro ficará sempre responsável por uma caminhada com um novo na fé.
  • 17. 16 9. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO Quase tudo, até aqui, nesse projeto visou ações de fortalecimento interno da Igreja (restauração do ministro, da liderança e da membresia). Considera-se que o primeiro ano de revitalização precisa enfatizar essas questões internas, porém, é sabido que ao fazer isso, logo aparecerá um novo desafio: Como trazer pessoas novas para a Igreja? É nesse ponto que a evangelização se torna crucial. É lógico, que mesmo no primeiro ano da revitalização, naturalmente essa evangelização começará a se manifestar daqueles que se tornarem verdadeiros discípulos de Cristo. Mas a intenção, nesse projeto é que o segundo ano seja focado especialmente nesse trabalho. Textos bíblicos como: Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18 e Lucas 24.44-49 (ALMEIDA, 1999) definem a missão dos discípulos de Cristo (testemunhar, pregar, batizar e ensinar). Atos 1.8 (_____, 1999) define como isso será feito (com o poder do Espírito Santo). Quando se observa a história, percebe-se que que o legítimo cristão, sempre buscou testemunhar o evangelho de seu mestre. Se a Igreja permaneceu viva até hoje, quase dois mil anos depois da encarnação de Jesus, é porque aprouve a Deus, através dos discípulos de Cristo, manifestar o poder do evangelho pela pregação e o testemunho. Aprouve, também, a Deus converter os corações dos seus eleitos através do poder restaurador do Espírito Santo. O ponto crítico dessa metodologia da evangelização é o desafio de comunicar o evangelho nesse período da história denominado pós-moderno (ou hipermoderno). Por isso, o estudo do contexto e a preparação dos membros da congregação são muito importantes nesse estágio da revitalização. A pesquisa de campo realizada outrora determinou o perfil do cidadão de Porto Ferreira e agora, será traçada a estratégia para comunicar a ele o evangelho verdadeiro, puro e transformador. Abaixo, seguem as principais estratégias: A. Evangelização de Crianças: Ficou claro que a cidade possui muitas crianças, e é sabido, pela experiência, que crianças são um foco muito importante para evangelização, uma vez que pais, ainda que não convertidos, buscam sempre um ambiente saudável para criar seus filhos. A Igreja é esse ambiente saudável, o qual proporcionará segurança e ensino a essas crianças. Essa evangelização infantil será proporcionada pela EBD, e EBFs (Escola Bíblica de Férias).
  • 18. 17 B. Evangelização de adolescentes: Os adolescentes de Porto Ferreira vivem uma grande crise, uma vez que precisam decidir entre estudar em uma Universidade fora da cidade (tendo que ir morar longe da família) ou buscar cursos técnicos para garantir um bom emprego na cidade, ou mesmo manter os negócios dos pais. Nesse sentido a Igreja será treinada a acolher esses adolescentes em amor, demonstrando que com Cristo, qualquer que seja a opção, será uma caminhada cheia de propósito. Serão proporcionadas reuniões de sexta-feira à noite, em que o adolescente será levado ao estudo da Palavra a medida em que experimenta comunhão com outros adolescentes. C. Evangelização de Jovens: A pesquisa mostrou que muitos jovens saem da cidade para estudar e poucos voltam depois de formados. Porém, a cidade também possuí muitos jovens (casados e solteiros) que buscam naquela cidade do interior, uma oportunidade de crescimento. São jovens promissores, sedentos por crescimento, mas, principalmente, procurando sentido e propósito para sua existência. Por isso, quanto antes se conseguir, deverão ser desenvolvidas aos sábados à noite, reuniões com esses jovens. Será criado um ambiente de reflexão e comunhão, para que os jovens da cidade possam trocar suas experiências e fazer network a medida em que aprendem e se aprofundam na Palavra de Deus. D. Evangelização de Adultos: A maioria dos adultos (entre 30 e 55 anos) na cidade são comerciantes, pequenos empresários e servidores públicos. São pessoas que permanecem na cidade por tradição familiar e por amarem a vida do interior. Apesar da religião predominante na cidade ser o catolicismo, as pessoas estão muito abertas a fé reformada. Nesse sentido, serão formados mais grupos familiares nos lares dos membros da Igreja, cada um com dois líderes treinados para receber essas pessoas e pregar a elas o evangelho através do testemunho e da Palavra de Deus. E. Pregação Cristocêntrica: Todo culto público, aos domingos à noite, será centralizado na pregação bíblica e cristocêntrica da Palavra de Deus, com apelo evangelístico ao final. Nessa altura do processo de revitalização, espera-se que os líderes estejam devidamente treinados e capacitados a colocar em prática uma cultura de evangelização.
  • 19. 18 10. SEMANA MINISTERIAL Entende-se que para um ótimo aproveitamento da aplicação desse projeto na revitalização da Congregação Presbiteriana de Porto Ferreira é necessário um planejamento ministerial bem elaborado. Nesse sentido, é sugerida uma agenda prévia para a semana do obreiro. Segue-se na tabela abaixo: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 7h00 Devocional Dev. Dev. Dev. Dev. Dev. Dev. 8h00 Estudos p/ sermão Estudos p/ discipulado Questões adm. Estudos para treinam. Estudos p/ planejam. Disc. formal individual 9h00 EBD10h00 11h00 12h00 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço 13h00 14h00 Visitas e acons. Visitas e acons. Visitas e acons. Campo Campo Prep. Prep. p/ o Culto 15h00 Treinam. de Líderes 16h00 17h00 18h00 - - - - - - 19h00 Estudos p/ Sermão Disc. nos lares Disc. nos lares Oração e Intercessão Reuniões de dep. Reuniões de dep. Culto Público 20h00 21h00 22h00 descanso descanso descanso descanso descanso descanso descanso É claro que seria utópico pensar que é possível seguir à risca uma agenda como essa, porém, manter um mínimo de organização e direção é extremamente necessário.
  • 20. 19 11. MÊS MINISTERIAL O planejamento ministerial envolve, também, uma visão mais ampla, que abrange cada mês do ano com seu propósito primário. Segue-se sugestão na tabela abaixo: Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Pregação Exp. João Exp. João Exp. João Exp. João Exp. João Exp. João Estudo Líderes Evangelho Conversão Evangelização Discipula- do Sã Doutrina Membresia Estudo Discipulado CMW 1-16 CFW 1-4 CMW 17-32 CFW 5-9 CMW 33-52 CFW 10-15 CMW 53-68 CFW 16 -20 CMW 69-88 CFW 21-24 CMW 89-104 CFW 25-28 Evangelização EBF Interna Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez. Pregação Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Exp. Gên Estudo Líderes Disciplina Planejamento Eclesiástico Missões Presbíteros Estudo Discipulado CMW 105-120 CFW 29-33 CMW 121-140 CMW 141-156 CMW 157-172 CMW 173-188 CMW 189-196 Evangelização EBF Externa
  • 21. 20 12. UMA APLICAÇÃO PARA CADA DISCIPLINA DO RMI Nessa parte do projeto o objetivo é demonstrar como cada disciplina do RMI foi importante em cada uma de suas fases. Segue abaixo uma breve descrição: A. Fundamentos bíblicos teológicos para revitalização e multiplicação de igrejas. Essa disciplina foi essencial na reflexão da necessidade da revitalização de uma Igreja, bem como em dar base bíblica para ela. Quando se está imerso em uma Igreja ou Congregação enferma, dificilmente se consegue enxergar o que está tão óbvio. Nesse sentido, essa disciplina serviu como um despertar inicial e uma chamada para uma avaliação mais minuciosa da Igreja. B. Introdução a teologia reformada. Nessa disciplina foi demonstrada a importância de trazer a luz a definição real de uma igreja reformada. Aos fazer isso, constrói-se um crivo essencial para corrigir problemas doutrinários e teológicos tanto na igreja como no próprio ministro. Uma das principais ferramentas oferecida foi um retorno aos fundamentos através da tradição dos símbolos de fé. Foi ensinada a maneira correta de se moldar uma cosmovisão bíblica cristã, capaz de direcionar as escolhas e decisões no memento da revitalização. C. Identidade eclesiástica. Essa disciplina ensinou a avaliar a saúde da Igreja através das nove marcas essenciais que ela deve expressar (Pregação Expositiva, Teologia Bíblica, Evangelho, Conversão, Evangelismo, Membresia, Disciplina, Discipulado, Liderança). Essa avaliação ajuda a detalhar o que precisa ser corrigido e como. O objetivo geral da matéria foi dar uma direção na formação de uma identidade bíblica para a Igreja a ser revitalizada. D. Comunicando o evangelho na pós modernidade. Essa disciplina foi extremamente importante para dar ferramentas que ajudam a analisar a sociedade presente ao redor da Igreja. Junto a essas ferramentas, foi apresentada uma proposta para que haja evangelização eficaz e esforços bem direcionados. E. Governo da Igreja. Uma disciplina que direcionou a atenção para os documentos normativos da IPB, enxergando-os como ferramentas essenciais para os diversos aspectos de uma plantação ou revitalização. Mostrou-se a importância do treinamento e acompanhamento de uma equipe, sendo a família a primeira delas.
  • 22. 21 Evidenciou a importância da harmonia entre pastores e presbíteros, e como nos movemos para que ela exista. F. Dinâmica da Vida Espiritual. Abriu a mente para definir o que é uma vida espiritual, bem como a importância de uma dinâmica saudável nesse sentido através do tripé “Ministério Público, Ministério Privado e Ministério Relacional”. Dentro de tudo isso, os benefícios de se ter uma caminhada verdadeira com Deus como um projeto. G. Aconselhamento Bíblico. Essa tarefa envolve uma grande porcentagem do ministério de um pastor, em especial um revitalizador. Essa disciplina veio relembrar os princípios para essa tarefa, e trazer várias ferramentas para que ela seja realizada com fidelidade e zelo. H. Pregação para revitalização e multiplicação de igrejas. Essa é outra tarefa importantíssima de um pastor, e uma igreja saudável precisa pregar as Escrituras com Fidelidade. Essa disciplina veio relembrar alguns princípios importantes sobre a vida do pregador e como ele pregará a vida em seu ministério. I. Diagnóstico em revitalização de Igrejas. Um dos passos após definir que uma Igreja está enferma ou em processo de morte é diagnosticar qual ou quais são as suas enfermidades. Essa disciplina ensinou a fazer isso de maneira bíblica e com precisão. Mas, não ensinou apenas a diagnosticar enfermidades na Igreja. O pastor revitalizador é uma peça importante nesse processo, e precisa ser diagnosticado e tratado. Com maestria, o professor desse módulo mostrou o caminho de forma didática e aplicável. J. Princípio de produção e administração de projetos. Foi a base para que esse trabalho pudesse ser realizado. Deu os passos e sistematizou o que é essencialmente necessário para um projeto de revitalização.
  • 23. 22 CONCLUSÃO Conclui-se que, ao definir a necessidade de revitalização da Congregação de Porto Ferreira, o curso do RMI trouxe cada ferramenta necessária para que isso possa acontecer verdadeiramente. Uma Igreja que exala a vida é uma Igreja segundo a definição do próprio Senhor. Esse trabalho de projeto pode até parecer muito teórico e utópico em alguns momentos, mas é o princípio necessário para que exista uma revitalização. Com certeza, muitas dificuldades surgirão no meio da caminhada que não foram apresentadas nesse projeto, porém, a base que o curso oferece, prepara e equipa para o enfrentamento delas. A conclusão desse trabalho de pesquisa e projeção é o resultado de pessoas que foram transformadas por Deus e se dispuseram a fazer sua vontade. Ao transmitirem sua experiência, cada professor e companheiro de curso pôde ajudar na formação de um perfil saudável e preparado para um trabalho de revitalização. A Igreja de Porto Ferreira é um exemplo de tantas outras que vêm enfrentado dificuldades e passam por um processo de morte. Essas Igrejas podem desaparecer, caso não iniciem um processo real e bíblico de revitalização. Que cada capítulo desse projeto possa ser aplicado e até mesmo melhorado durante esse processo na vida da Igreja. Que outras igrejas possam enxergar essa necessidade e que cada vez mais presbitérios entendam a necessidade de capacitar seus ministros através desse curso. É com muita gratidão que podemos afirmar que, muito mais do que um diploma, esse curso ofereceu sabedoria, experiência, amor e transformação real. Cada aluno pode afirmar que não apenas se tornou um “especialista em RMI”, mas sim um discípulo de Cristo em meio a outros que buscam viver com zelo a sua vocação. Que Deus abençoe cada professor, aluno ou funcionário que proporcionou, na vida de tantas pessoas, a oportunidade de aprender mais um pouco de sua Palavra e como aplica-la nas vidas de suas Igrejas.
  • 24. 23 BIBLIOGRAFIA AGRESTE, Ricardo. Igreja? Tô fora. Santa Bárbara d'Oeste: SOCEP, 2009. ALMEIDA, João Ferreira de, trad. A Bíblia Sagrada. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. DEVER, Mark. Discipulado: Como ajudar outras pessoas a seguir Jesus. São Paulo: Vida Nova, 2016. DEYOUNG, Kevin, e GILBERT, Greg. Qual é a Missão da Igreja? . São José dos Campos: Fiel, 2012. IBGE. Município de Porto Ferreira. 2017. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/porto- ferreira/panorama (acesso em julho de 2019). —. Ranking Cidades do Brasil. 2019. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/porto- ferreira/pesquisa/33/29168?tipo=ranking (acesso em Julho de 2019). JAMIESON, Bobby. Sã Doutrina: Como uma Igreja cresce no amor e na santidade de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2016. JOHNSON, Andy. Missões: Quando a Igreja local se torna global. São Paulo: Vida Nova, 2018. LAWRENCE, Michael. Conversão: Como Deus cria um povo. São Paulo: Vida Nova, 2017. LEEMAN, Jonathan. Disciplina na Igreja: Como a Igreja protege o nome de Jesus. São Paulo: Vida Nova, 2016. —. Membresia na Igreja: Como o mundo sabe quem representa Jesus. São Paulo: Vida Nova, 2016. MARSHALL, Colin, e Tony PAYNE. A treliça e a videira. São José dos Campos: Fiel, 2015. MAXWELL, John C. Todos se comunicam, poucos se conectam. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2010.
  • 25. 24 NASCIMENTO, Adão Carlos. Paz nas Estrelas: Relacionamentos saudáveis entre pastores e presbíteros. Santa Bárbara d'Oeste: Z3, 2013. OAK, John H. H. Chamado para acordar o leigo. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. ORTLUND, Ray. O Evagelho: Como a igreja reflete a beleza de Cristo. São Paulo: Vida Nova, 2016. RAINER, Thom S., e Eric GEIGER. Igreja Simples. Brasília: Palavra, 2011. REEDER III, Harry L. A revitalização da sua Igreja segundo Deus. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. STILES, J. Mack. Evangelização: Como criar uma cultura contagiante de evangelismo na Igreja local. São Paulo: Vida Nova, 2015. WESTMINSTER, Assembleia de. Símbolos de fé de Westminster. São Paulo: Cultura Cristã, 2018.