1. Esta celebração inicial tem como objetivo acolher os participantes e apresentar os temas e objetivos dos encontros dos Grupos Bíblicos em Família durante a Quaresma e a Páscoa de 2007.
2. Serão abordados os temas da Campanha da Fraternidade deste ano, que é a Amazônia, espaço de vida, e o lema "Cristo aponta para a Amazônia". Também serão apresentados os objetivos do Projeto Pastoral "Rumo ao Centenário" da Arquidiocese de
1. 1
Arquidiocese de Florianópolis
VIDA E MISSÃO
Encontros para Grupos Bíblicos em Família
Campanha da Fraternidade 2007 – Quaresma e Páscoa
Florianópolis
2007
2. 2
Sumário
Apresentação .......................................................................................... 3
Orientações para animadores e animadoras dos grupos....................... 4
Anexo 1: Projeto Pastoral “Rumo ao Centenário” ................................... 6
Celebração inicial: Vida e Missão neste Chão ...................................... 10
1º encontro: Amazônia: Berço acolhedor de tanta vida! ....................... 19
2º encontro: Amazônia: Espaço de Vida ............................................... 25
3º encontro: Nosso chão, nossa vida, na Amazônia e aqui .................. 31
4º encontro: A Grande Semana............................................................. 37
5º encontro: Via Sacra: Caminho de Esperança .................................. 43
6º encontro: Páscoa, Vida e Missão ..................................................... 57
7º encontro: Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que
Nele nossos Povos tenham Vida...................................................... 62
8º Encontro: Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe ................................... 68
9º Encontro: Pentecostes ..................................................................... 74
Celebração final: Celebrando a vida e a missão ................................... 79
Anexo 2: Biomas ................................................................................... 86
Avaliação ............................................................................................... 88
Equipes: Elaboração, revisão e editoração ........................................... 90
Equipe de articulação ............................................................................ 91
3. 3
Apresentação
Reconciliai-vos com Deus
Nesta Quaresma de 2007, com renovada disposição ouviremos a
advertência de Paulo: “Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos
com Deus” (2Cor 5,2).
Reconciliar-se com Deus é acreditar que Jesus Cristo está vivo no
meio de nós, renovando suas propostas; é confrontar-se continuamente
com seus ensinamentos e sua prática; é superar a rotina que esvazia o
sacramento da Penitência; é buscar o perdão oferecido por meio da ab-
solvição sacramental, dada pelos ministros do sacramento da Confissão;
é assumir o compromisso de começar uma existência nova; é inquietar-
se enquanto houver filhos pródigos que não descobriram ainda a alegria
da volta à casa paterna.
Reconciliar-se com Deus, lembra-nos a Campanha da Fraternidade,
é também voltar o olhar para aAmazônia. “Cristo aponta para aAmazô-
nia!” (Paulo VI). Conhecer a realidade daAmazônia, sua história, as ex-
pressões de sua cultura, os desafios vividos pela Igreja que lá está, a difícil
vida de seus missionários e missionárias – muitos deles, estrangeiros – é
um pequeno e humilde passo. Mas é um passo necessário.
Que as reflexões de nossos Grupos Bíblicos em Família ajudem
nossaArquidiocese a dar esse passo.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis
4. 4
ORIENTAÇÕES PARAOSANIMADORES
E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS
EM FAMÍLIA
Para dinamizar e melhorar o funcionamento dos Grupos Bíblicos
em Família vale a pena observar algumas recomendações:
1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a paróquia
na divulgação e organização da prioridade única daAção Pastoral
Evangelizadora em nossaArquidiocese, que são os Grupos Bíbli-
cos em Família.
2. DATA DA REALIZAÇÃO DOS ENCONTROS: A data não está no
livrete. Procure saber qual é o dia que sua paróquia escolheu para
fazer os encontros e, assim, estar em comunhão com a Igreja
Arquidiocesana.
3. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Se for possível, reunir
os vários grupos da comunidade ou da paróquia, para fazê-la em
comum.
4. SÍMBOLOS: São importantes para dar vida e embelezar os encon-
tros. Não é necessário preparar todos os símbolos recomendados
no livrete. Os símbolos permanentes são a Bíblia e a casinha. Os
outros ficam a critério do animador ou animadora, desde que este-
jam de acordo com o conteúdo do encontro e dentro da realidade.
5. A CASINHA: É o símbolo que identifica os nossos Grupos Bíblicos
em Família. “A Igreja nas casas”, como no tempo das primeiras co-
munidades cristãs. Nela poderão ser colocados os símbolos que
representam a caminhada dos grupos, como, por exemplo: fitas,
postais, fotos, frases, imagens, etc...
6. A BÍBLIA: Levá-la sempre. Ela é o centro do grupo. Pedir a todos os
participantes para trazê-la sempre. Ler com antecedência, em casa,
as leituras do encontro seguinte, para melhor entendimento.
7. GENTE NOVA:Apresentar os novos membros ao grupo. Promover
um clima de acolhida e bem-estar para todos.
8. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distribuin-
do responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças.
Se o grupo se tornar muito grande, a ponto de dificultar a participa-
5. 5
ção ativa de todos, a saída é estudar uma forma de reparti-lo, para
que todos tenham vez e voz.
9. QUESTÕES DACOMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar
sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da co-
munidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, locais para
esporte, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para
celebrações etc...), a fim de que o grupo esteja sempre atento a
participar e colaborar com o bem-estar da comunidade.
10. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não
fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o
compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser executa-
do, escolha-se outro. O importante é ligar sempre reflexão, oração e
ação.
11. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livrete.
Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nosso traba-
lho de evangelização.Após o último encontro, provoque o grupo a
fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no
final do livrete. Envie o resultado à CoordenaçãoArquidiocesana de
Pastoral.
12. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, motivan-
do-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano.Aequipe
de redação prepara um livrete para os encontros de cada tempo
litúrgico do ano, ou seja:Advento e Natal; Quaresma e Páscoa;Tem-
po Comum.
Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!
Equipe de Redação eArticulação
6. 6
Anexo – 1
Projeto Pastoral “Rumo ao Centenário”
A criação da Diocese de Florianópolis irá completar cem anos. No
dia 19 de março de 1908, o Papa São Pio X a desmembrou do bispado de
Curitiba. Seu território abrangia todo o Estado de Santa Catarina.
Conforme ilustração no gráfico abaixo, aos poucos, outras Dioceses
foram sendo criadas em nosso Estado. Assim, em 1927, no dia 17 de
janeiro, com a criação de Joinville e Lages, há 80 anos, Florianópolis pas-
sou aArquidiocese. Hoje Santa Catarina conta com dez Dioceses.
O ano que vem, 2008, será oAno do Centenário. Haverá uma cele-
bração de abertura no dia 19 de março, e outra, de encerramento, no dia
23 de novembro, festa de Cristo-Rei.
Desejamos, a partir de agora, com o estímulo da V Conferência,
fazer deste período de dois anos um tempo de crescimento espiritual,
pastoral e comunitário.
Diocese de Florianópolis
19/03/1908
7. 7
Fiéis às Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese, e ao
seu objetivo de “Evangelizar [...], envolvendo as Forças Vivas [...], a servi-
çodavidaplenaedaesperança”,vamosrealizarestePROJETO EVANGELIZADOR
com o Tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo” e com o Lema
“De graça recebestes, de graça dai!” (Mt 10,8).
Nossos Objetivos:
Geral:
“Celebrar o centenário da diocese de Florianópolis”.
Específicos:
- Fazer memória do passado, recebendo-o como dom de Deus;
- Tomar consciência do presente, com a oferta de nossa resposta
de fé;
- Cultivar a esperança no futuro, através de práticas pastorais re-
novadoras.
Nossas Motivações evangélicas:
• Fazer de nossa Igreja particular, em todas as suas forças vivas –
paróquias e comunidades, pastorais e movimentos, organismos
e serviços –, uma escola de santidade e de oração, de modo a
vivermos a espiritualidade de comunhão, própria dos discípulos
de Cristo.
• Viver a espiritualidade eucarística, de acordo com as grandes li-
nhas propostas pela Carta Eucarística de Florianópolis, conclusi-
va do 15º. Congresso Eucarístico Nacional.
• Ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, conforme indica
nosso tema, em vista da santidade pessoal, da renovação de
nossa Igreja particular e de um grande mutirão de evangelização,
conforme as indicações da Conferência deAparecida.
• Ser agradecidos e responsáveis, conforme indica nosso lema,
transmitindo às novas gerações e a todas as pessoas que vivem
em nossa Igreja Particular os dons recebidos de Deus nestes
cem anos.
Alegremo-nos, em ação de graças, por tudo o que se fez; tomemos
consciência do presente e, com esperança, aceitemos os desafios e as
novas exigências que o seguimento de Jesus nos pede neste novo milênio.
8. 8
1. Discípulos e missionários / de Jesus Cristo,
fiéis ao Evangelho, seguindo sua Cruz!
Cem anos já foram passados / que a diocese criada
por Pio Décimo, foi dom de Deus!
2. Em Santa Catarina a Igreja / cresceu, deu frutos:
de uma só diocese, agora [são] dez!
Com júbilo nós celebramos / o centenário
regado pelo suor, pela fé, pelo amor!
3. Aos bispos que aqui trabalharam / padres, diáconos,
a eles nosso preito de amor, gratidão.
Aos religiosos, religiosas, / leigos e leigas,
a todos a memória do imenso labor!
Refrão: DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAI!
DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAI!
4. O bem que nós realizamos / foi pura graça:
são obras que o Senhor preparou para nós! (cf Ef 2,8-10)
Queremos acolher a todos / em torno à Mesa,
e continuar clamando: Ele está entre nós!
5. Maria, Mãe de Deus e nossa, / Mãe do Desterro,
conosco ela caminhe e nos mostre Jesus!
E Catarina, a Padroeira, / Virgem e Mártir,
alcance-nos coragem, firmeza na fé!
6. Queremos, Pai, ser vosso povo, / Igreja santa,
Sinal do vosso amor, comunhão e missão!
O nosso ouvido está atento / à voz do Espírito.
O Espírito que fala às Igrejas, nos diz: (cf Ap 2,7).
Hino do Centenário
de Criação da Diocese de Florianópolis: 1908-2008
9. 9
Oração do Centenário
de Criação da Diocese de Florianópolis
Bendito sejais,
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
porque em vossa infinita bondade
nos dais a graça de celebrar
o centenário de criação da nossa Diocese.
Somos agradecidos pela fidelidade
dos que nos antecederam,
pelos bispos que aqui trabalharam,
pelos padres e diáconos que vos serviram,
pelos leigos e leigas que aqui viveram sua fé
e pelos religiosos e religiosas
que testemunharam o Reino futuro.
Os dons recebidos nos fazem lembrar
a advertência de vosso Filho:
“De graça recebestes, de graça dai!” (Mt 10,8).
Como discípulos e missionários de Jesus Cristo,
desejamos reconhecer sua presença
na Palavra e na Fração do Pão
e, com alegria, continuar proclamando:
Ele está no meio de nós!
Queremos, Pai, fazer vossa vontade,
sendo Povo Santo, Igreja diocesana,
sinal do vosso amor
na comunhão e na missão.
Na caminhada para vós, anima-nos
a intercessão da Mãe de vosso Filho,
Nossa Senhora do Desterro.
A vós, Pai,
com o Filho e o Espírito Santo,
honra e glória, louvor e gratidão,
pelos séculos sem fim.
Amém!
10. 10
Celebração Inicial
VIDA E MISSÃO NESTE CHÃO
“Deus viu tudo o que tinha feito,
e tudo era muito bom” (Gen 1,31).
Preparação do Ambiente: Bíblia, casinha, duas cru-
zes, pano roxo e branco, estola roxa, incenso,
vela, quadro da via-sacra, imagem de Nossa Se-
nhora Aparecida, cartaz da CF-2007, mapa do
Brasil, pote de cerâmica com terra, vasilha com
água, outros objetos que lembrem a cultura dos
povos daAmazônia.
Motivação e oração inicial
Animador/a 1: Grande é nossa alegria em contarmos com vocês, aqui
presentes. Nesta nossa igreja em que nos reunimos, vamos aco-
lher com um abraço fraterno quem está ao nosso lado. Iniciemos
nossa caminhada em nome do Deus da Vida.
Todos/as: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém
Canto: CF 2007
1. Sejaoverdeosinaldaesperança,naAmazônia,rincãodaaliança.
Sem os males que gera a cobiça, com o Cristo que tudo renova,
haveremos de ver terra nova, nova terra onde reina a justiça!
/: Rios, lagos, florestas e povos,
bendizei ao Senhor na canção,
Bendizei ao Senhor na canção.
Nossa vida e missão neste chão!
Nossa vida e missão neste chão! :/
2. Os apelos de Deus pela vida vêm na voz de Jesus que convida
ao convívio na diversidade. Pelo pobre que se há de acolher, a
Amazônia vai se converter na planície da fraternidade.
(Entra alguém com o cartaz da CF 2007, a casinha, o mapa)
11. 11
Animador/a 2: Mais uma vez vamos celebrar a Quaresma, tempo forte
para cultivar a espiritualidade que nos leva a uma conversão pesso-
al e comunitária de renascer em Cristo para uma vida nova.
(Entra a cruz com o pano roxo)
A1: Um tempo de graça e salvação, em que nos preparamos para viver
de forma intensa o momento mais importante do ano litúrgico, da
história da salvação: a Páscoa.Aliança definitiva, vitória sobre o pe-
cado, a escravidão, a morte.
(Entrada da cruz envolta com pano branco)
A2: Nesses nove encontros, que se estenderão até o início do tempo
comum, vamos viver em profundidade o espírito litúrgico, quaresmal
e pascal, em momentos fortes da vida cristã, através da Via-Sacra
(entra o quadro), do Sacramento da Reconciliação (entra a estola),
do Tríduo Pascal (entra o Pão e Vinho).
A1: A inspiração de Maria, nossa Mãe, nos une em oração aos prepara-
tivos e à realização da 5ª Conferência Geral dos Bispos daAmérica
Latina e do Caribe, de 13 a 31 de maio de 2007, emAparecida, cujo
objetivo é despertar em todos nós uma maior consciência de per-
tença à Igreja, com renovado ardor missionário.
(Entra a imagem de Nossa Senhora
e o cartaz da V Conferência, se possível)
Canto: Agora é tempo de ser Igreja.
/:Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar!:/
1. Somos povo da esperança: vamos juntos planejar ser Igreja a
serviço, e a fé testemunhar.
2. Somos povo a caminho, construindo em mutirão nova terra, novo
Reino de fraterna comunhão.
A2: A Igreja no Brasil, neste ano, através da Campanha da Fraternidade,
lança o seu olhar sobre aAmazônia. Ela nos convoca, como discí-
pulos e discípulas de Jesus, a um novo estilo de vida, mais acolhe-
dor e mais solidário com os pequenos.
T: Tema: Fraternidade eAmazônia
12. 12
Leitor/a 1: Com isso, a Igreja quer provocar uma intensa reflexão, para
despertar na sociedade brasileira e no mundo a necessidade de
conhecer o imenso valor daAmazônia, sua natureza e as necessi-
dades dos povos que a povoam.
L 2: Isso nos ajuda a conhecer melhor sua realidade, sua maneira cria-
tiva de viver e de se organizar e sua história de resistência frente
às agressões dos modelos econômicos e culturais que a querem
destruir.
T: Lema: Vida e Missão neste Chão
L 3: Esta Campanha da Fraternidade nos propõe um caminho quaresmal
de conversão, que nos leve ao compromisso na convivência cari-
nhosa e cuidadosa com a natureza.
Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai
voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! :/
A1: Vamos iniciar nossos encontros, rezando com toda a Igreja no Bra-
sil a Oração da Campanha da Fraternidade.
LadoA: Deus criador, Pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Lado B: Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que vossa
mão entregou aos nossos cuidados.
T: Ensinai-nos a reconhecer o valor de cada criatura que vive na
terra, cruza os ares ou se move nas águas.
Lado A: Perdoai, Senhor, a ganância e o egoísmo destruidor. Moderai
nossa sede de posse e poder.
Lado B: Que aAmazônia, berço acolhedor de tanta vida, seja também o
chão da partilha fraterna, pátria solidária de povos e culturas, casa
de muitos irmãos e irmãs.
T: Enviai-nos todos em missão!
Lado A: O Evangelho da vida, luz e graça para o mundo, fazendo-nos
discípulos e missionários de Jesus Cristo, indique o caminho da jus-
tiça e do amor,
Lado B: e seja anúncio de esperança e de paz para os povos daAmazô-
nia e de todo o Brasil.
T: Amém.
13. 13
Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai
voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! :/
A2: O lema da Campanha da Fraternidade: Vida e
Missão neste Chão nos convida para a
fraternidade efetiva e co-responsabilidade na
defesa e promoção da vida. Há muitas coisas
às quais não prestamos atenção.
A1: Portanto, estejamos atentos às iniciativas que
pedem nosso apoio solidário, especialmente
no anúncio do Evangelho da vida e da esperança aos povos ama-
zônicos.
L 1: AIgreja exige de nós um olhar para aAmazônia. Devemos entender
aAmazônia a partir da vida de seus povos: como eles pensam sua
terra, sua relação com a vida.
T: Será que todos nós sabemos o que está em jogo naAmazônia?
L 2: É fundamental ter presente que a Amazônia possui a maior
biodiversidade do planeta, abundância de águas, grande quantidade
de terras, fartura de madeiras e incalculável volume de minérios no
seu subsolo.
L 3: Há muitas empresas e grupos nacionais e multinacionais que estão
invadindo aAmazônia para atender ao mercado mundial.
L 4: São levados por interesses imediatistas, pela cobiça e ganância, sem
pensar no dano irreparável causado a esse rico dom da natureza.
T: Precisamos pensar a Amazônia como um todo, um grande
patrimônio nosso e da humanidade.
L 1: Durante milhares de anos, muitos povos viveram naAmazônia em
harmonia com a biodiversidade e no respeito às diferentes formas
de vida.
L 2: NaAmazôniabrasileira,quecompreendeosEstadosdoAcre,Amapá,
Amazonas,MatoGrosso,Pará,Rondônia,Roraima,Tocantinseparte
do Maranhão, vivem 20 milhões de pessoas, das quais a maior par-
te mora nas cidades.
T: Para a maioria dos brasileiros, aAmazônia continua a ser gran-
de, mas pouco conhecida.
14. 14
L 3: Hoje, além dos indígenas, habitam a região muitas comunidades de
seringueiros,ribeirinhos,caiçaras,remanescentesdequilombos,pes-
cadores e agricultores, que desenvolvem maneiras próprias de lidar
com essa riqueza.
Canto: Rios, lagos, florestas e povos, bendizei ao Senhor na can-
ção! Bendizei ao Senhor na canção! É canção que constrói tem-
pos novos, nossa vida e missão neste chão! Nossa vida e mis-
são neste chão. (Refrão da CF).
A2: Viver o tempo da quaresma é viver a conversão. É preparar-nos
para celebrar a Páscoa. Vamos pedir perdão, vamos assumir since-
ramente nosso amor a Deus e ao próximo, nosso compromisso
com a criação, nossa solidariedade com nossos irmãos e irmãs da
Amazônia, e com tantos outros que sofrem com as injustiças soci-
ais e a exclusão da sociedade.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
L 4: Perdão, Senhor, pela falta de conhecimento das necessidades dos
povos amazônicos e pela falta de consciência e cuidado para pre-
servarmos a natureza e o nosso próprio meio ambiente.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
L 1: Perdão, Senhor, pela cobiça dos poderosos que provocam a dispu-
ta entre os que querem preservar o valor ambiental daAmazônia e
aqueles que promovem uma exploração indiscriminada do território.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
L 2: Perdão, Senhor, por não acolhermos em profundidade o convite
quaresmal de fazer a experiência da morte e ressurreição com Cristo.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
L 3: Perdão, Senhor, por não abrirmos nosso coração para o perdão, o
acolhimento e a dedicação em favor de nossos irmãos e irmãs em-
pobrecidos.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
L 4: Perdão, Senhor, por não vivermos a prática da solidariedade, da jus-
tiça, da caridade, do jejum e da oração.
T: /: Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração. :/
15. 15
A Palavra de Deus ilumina
A1: Com alegria, acolhemos a Palavra de
Deus e vamos ouvir o texto bíblico do
Gênesis, que relata toda a criação divi-
na, cantando:
(Entrada festiva da Bíblia em cesto com
flores,incenso, água de cheiro, vela)
Canto: Fala, Senhor.
/: Fala, Senhor. Fala, Senhor,
palavra de fraternidade!
Fala, Senhor. Fala, Senhor. És luz
da humanidade. :/
1. A tua palavra que a terra alcança é luz, esperança, que faz
caminhar.
Leitor/a da Palavra: Leitura do Livro do Gênesis, capítulo 1 e versículos
de 1 a 31 (Gn 1, 1ss).
(Sugerimos dois leitores/as da Palavra)
Leitor/a da Palavra 1: No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra
estava deserta e vazia; as trevas cobriam a face do abismo e o
espírito de Deus pairava sobre as águas.
Deus disse: “Faça-se a luz!” Deus viu que a luz era boa. E separou
a luz das trevas: à luz Deus chamou dia, e às trevas, noite.
Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando
umas das outras”. E assim se fez. Ao firmamento Deus chamou
céu.
Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só
lugar, e apareça o solo enxuto!” E assim se fez.
Ao solo enxuto Deus chamou terra, e ao ajuntamento das águas,
mar.
T: E Deus viu que era bom.
Leitor/a da Palavra 2: Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plan-
tas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo
a sua espécie”. E assim se fez.
16. 16
Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu para separar
o dia da noite”. E assim se fez. Deus fez o luzeiro maior para presi-
dir ao dia e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas.
Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida, e voem
pássaros sobre a terra”. Deus criou todos os seres vivos que na-
dam, segundo as suas espécies, e todas as aves segundo as suas
espécies”.
T: E Deus viu que era bom.
Leitor/a da Palavra 1: E Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos,
multiplicai-vos e enchei as águas do mar; e que as aves se multipli-
quem sobre a terra”.
Deus disse: ”Produza a terra seres vivos segundo as suas espé-
cies”. E assim se fez.
T: E Deus viu que era bom.
Leitor/a da Palavra 2: Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa
imagemesemelhança”.EDeuscriouoserhumano,homememulher
os criou. Abençoou-os e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-
vos, enchei a terra e submetei-a!”
E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão se-
mentes sobre a terra, e todas as árvores que produzem frutos com
suas sementes, para vos servirem de alimento.Atodos os animais
da terra, a todas as aves do céu, a tudo o que rasteja sobre a terra e
a tudo o que é animado de vida eu dou todos os vegetais para ali-
mento”. E assim se fez.
T: E Deus viu tudo quanto havia feito, e tudo era muito bom. No
sétimo dia, Deus considerou acabada toda a sua obra. Deus
abençoou o sétimo dia e o santificou, e descansou de toda a
obra da criação.
Leitor/a da Palavra 1: Palavra do Senhor.
T: Graças a Deus.
(Momento de reflexão e partilha da Palavra)
A2: Para ajudar nossa reflexão, vamos ler todas as perguntas, lembran-
do o texto bíblico, e conversar sobre elas com quem está ao nosso
lado. Depois vamos partilhar com todos as nossas reflexões.
17. 17
• Como podemos relacionar o texto bíblico que acabamos de ouvir
com tudo o que lemos e rezamos anteriormente a respeito da
Amazônia?
• Tudo o que Deus criou foi um presente para a humanidade. Qual
deve ser a nossa atitude como cristãos, frente à sua Criação?
• Em nosso Estado também temos problemas que se asseme-
lham aos daAmazônia?
• O que a Campanha da Fraternidade tem a ver com Quaresma,
Páscoa, sociedade nova?
Canto: Povos todos, toda gente
/: Povos todos, toda gente, línguas, raças, religiões. Nova
história e horizonte. Novo chão sem exclusões! :/
1. Caminhamos para a terra,/ onde corre leite e mel. Dignidade nós
veremos: “Nova terra e novo céu”!
2. Solidários, irmanados/ na justiça e no perdão, romperemos as
cadeias da miséria e opressão.
Compromisso
A1: Diante do que estamos conhe-
cendo da nossa Amazônia, e
diante deste tempo litúrgico
que nos chama à conversão,
propomos dois compromissos
bem concretos, que iremos
relembrando durante os En-
contros e na Celebração final:
1) Assumir para valer a prio-
ridade arquidiocesana,
que são os Grupos Bíblicos
em Família, procurando
envolver mais pessoas e
formar novos grupos em nossa comunidade e na paróquia.
2) Promover a reciclagem do lixo, separando em nossas casas o
lixo orgânico e os detritos recicláveis, e reivindicar providências
dos órgãos públicos do município, onde ainda não existe esse
serviço.
18. 18
Oração e Bênção Final
A2: FaçamosaDeusnossospedidosapartirdo
queouvimoserefletimos.
(Preces espontâneas)
T: Ouvi nosso pedido, Senhor.
A1: Rezemos juntos:
T: Pai Nosso ... Glória ao Pai...
A2: O Senhor, nosso Deus, continua chaman-
do homens e mulheres para o trabalho do Reino, para, em Cristo,
reconciliar todas as coisas. Ele pergunta: “A quem enviarei, e quem
há de ir por nós?”
T: Nós, movidos pelo Espírito Santo, respondemos com alegria,
coragem e fé: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
A1: O Senhor nos abençoe e nos guarde; o Senhor faça resplandecer o
seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós; o Senhor olhe para
nós e nos dê a paz.Amém
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém
Canto: Mãe do céu morena
1. Mãe do céu morena, Senhora da América Latina, de olhar e
caridade tão divina, de cor igual à cor de tantas raças. Virgem tão
serena,Senhoradestespovostãosofridos,patronadospequenos
e oprimidos, derrama sobre nós as tuas graças.
Derrama sobre nós a tua luz, aos pobres vem mostrar o teu
Jesus, ao mundo inteiro traz o teu amor de mãe. Ensina quem
tem tudo a partilhar, ensina quem tem pouco a não cansar e
faz o nosso povo caminhar em paz.
3. Derrama a esperança sobre nós. Ensina o povo a não calar a
voz. Desperta o coração de quem não acordou. Ensina que a
justiça é condição de construir um mundo mais irmão. E faz o
nosso povo conhecer Jesus.
A2: Vamos pensar no próximo encontro: Dia, hora, local, tema.
Preparemo-nos bem, lendo com antecedência, em casa:
Êxodo 3, 7-10.
19. 19
1º Encontro:
AMAZÔNIA: BERÇOACOLHEDOR
DE TANTAVIDA!
“Eu vi, eu vi a miséria do meu povo...” (Ex 3,7)
Ambiente: Bíblia, casinha, flores, plantas verdes bem
vivas, jarra com água, copos de vidro, vela, cartaz
da Campanha da Fraternidade 2007 (se possível).
Acolhida: Pelos donos da casa
Animador/a: Sejam todos bem-vindos e bem-vin-
das. Vamos lembrar qual foi o nosso com-
promisso da semana anterior.
(Pausa para pensar e dizer)
A: É com muita alegria que retomamos os nossos encontros. Mais um
ano se inicia e com ele a caminhada do nosso Grupo Bíblico em
Família. Para animar esse momento, vamos nos acolher com um
gostoso abraço, dizendo uns para os outros: Que bom que estamos
aqui de novo!
Canto: /:Seja bem-vindo, olêlê! Seja bem-vinda, olálá! Paz e
bem pra você que veio participar!:/
Oração Inicial
A: Estamos no período quaresmal, tempo de conversão, de oração e
reflexão. Durante os encontros da primeira parte deste livreto, esta-
remos refletindo e rezando, ao lado da liturgia da Quaresma, o tema
da Campanha da Fraternidade 2007. Vamos, em dois lados, rezar
uma parte da Oração da Campanha da Fraternidade 2007.
LadoA: Deus criador, pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Lado B: Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que a vossa
mão entregou aos nossos cuidados.
Todos/as: Enviai-nos todos em missão!
20. 20
Lado A: O Evangelho da vida, luz e graça para o mundo, fazendo-nos
discípulos e missionários de Jesus Cristo, indique a todos o cami-
nho da justiça e do amor,
Lado B: e seja anúncio de esperança e de paz para os povos daAmazô-
nia e de todo o Brasil.
T: Amém.
Canto: Hino da CF 2007
1. Seja o verde o sinal da esperança, na Amazônia, rincão da
aliança.Sem os males que gera a cobiça, com o Cristo que tudo
renova,haveremos de ver terra nova, nova terra onde reina a
justiça!
/:Rios, lagos, florestas e povos,
bendizei ao Senhor na canção,
Bendizei ao Senhor na canção.
É canção que constrói tempos novos.
Nossa vida e missão neste chão!
Nossa vida e missão neste chão!:/
Iniciando a conversa
A: Nesse encontro de hoje, vamos conhecer um pouco sobre aAma-
zônia, seus povos e seus desafios.
L 1: Esta Campanha da Fraternidade 2007 nos convoca a olharmos a
Amazônia sob um olhar mais crítico diante das situações de agres-
são à vida e aos povos que lá vivem.
L 2: Somos chamados também a seguir a prática de Jesus no cuidado
com a vida humana, especialmente dos mais pobres, e no cuidado
com as riquezas da natureza.
T: Fraternidade eAmazônia: Vida e Missão neste chão!
L 3: Na região amazônica vivem diferentes povos, que carregam consi-
go suas culturas e seus valores. Vamos conhecer melhor quem são
eles.
L 4: Povos indígenas: Gente guerreira e lutadora, que busca diariamente
os seus direitos.Através da luta pela Demarcação das Terras Indí-
genas almejam a garantia do direito ao chão onde sempre viveram.
21. 21
L 1: Afro-descendentes:EntraramporSãoLuizdoMaranhãoeMatoGros-
so, para serem escravos, trabalhando nas empresas de mineração
de ouro. Hoje são mais de mil comunidades remanescentes de
quilombolas, que habitam aAmazônia.
T: Amazônia: Berço acolhedor de tanta vida.
L 2: Ribeirinhos: Água, rios, lagos, peixes e vida comunitária sempre fo-
ram assumidos por eles como parte essencial de sua existência.
São fiscais voluntários da natureza, colaborando com as autorida-
des na defesa daAmazônia.
L 3: Posseiros: Famílias que adquiriram o direito de usufruir da terra onde
moram, enquanto a cultivam para viver, oferecendo também aos
outros o que produzem.
L 4: Seringueiros: Gente que defende e protege a floresta, impedindo o
mau uso da madeira, buscando formas alternativas de utilização.
Muitas vezes pagam com a própria vida o seu zelo, como foi o caso
de Chico Mendes e, recentemente, de Irmã Doroty.
T: Amazônia: Berço acolhedor de tanta vida.
A: No início da colonização, ninguém se considerava dono da terra nem
de nada. Os povos indígenas conviviam com a natureza, sentindo-
se habitantes de um mundo que o Criador lhes tinha dado com ge-
nerosidade e fartura.
T: Senhor, ouve o clamor do teu povo e desce para libertá-lo!
L 1: Apopulação daAmazônia apresenta os mais baixos índices na qua-
lidade de vida, na educação e na saúde. Os direitos humanos e so-
ciais estão muito longe de serem respeitados naAmazônia.
L 2: O desmatamento é incentivado pelo agro-negócio, divulgado como
a salvação do campo brasileiro.As madeireiras clandestinas derru-
bam, em benefício próprio, árvores raras e em extinção. .
L 3: As construções de barragens, que alagam grande parte da floresta,
obrigam as comunidades ribeirinhas a se deslocarem, sendo
remanejadas para outros lugares, sempre em condições precárias
de sobrevivência.
T: Senhor, ouve o clamor dos teus filhos e filhas!
22. 22
Canto: Liberdade.
1. Liberdade vem e canta / e saúda este novo sol que vem./ Canta
com alegria / o escondido amor que no peito tem.
/: Mira o céu azul, espaço aberto pra te acolher. :/
2. Liberdade vem e pisa/ este firme chão de verde ramagem./ Canta,
louvando as flores/ que, ao bailar do vento, fazem sua mensagem.
/: Mira essas flores, abraço aberto pra te acolher. :/
3. Liberdade vem e pousa / nesta dura América, triste e vendida./
Canta com os seus gritos/ nossos filhos mortos e a paz ferida.
/: Mira este lugar, desejo aberto pra te acolher. :/
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Deus vê e ouve o sofrimento dos povos
da Amazônia, escuta os clamores da
Mãe Terra que sofre com as queimadas
e os desmatamentos.
Canto: Fala, Senhor.
1. Teu povo aqui reunido procura vida
nova./Tu és a esperança, o Deus que
nos consola.
/: Fala, Senhor, fala da vida. Só Tu
tens palavras eternas, queremos
ouvir! :/
Leitor/a da Palavra: Leitura do Êxodo, capítulo 3, versículos de 7 a 10
(Ex 3,7-10).
A: A Palavra de Deus nos diz que Deus ouve o clamor de seu povo e
desce para libertá-lo!
L 4: Sim, Deus desce para libertar o seu povo das mãos dos explorado-
res e empresários, e lhe oferece uma terra boa, terra vasta, terra
onde corre leite e mel.
L 1: Onde índios, negros, ribeirinhos, posseiros e seringueiros vivam
em harmonia com a natureza, colhendo da terra tudo o que Deus
lhes dá.
23. 23
L 2: Em nome de Deus surgem as comunidades de resistência, pasto-
rais sociais, missionários e missionárias, que vêm em auxílio das
comunidades amazônicas, promovendo mais vida.
Momento de conversa
A: Olhando para tudo isso que lemos e refletimos, podemos voltar nos-
sos olhos para a nossa realidade catarinense:
A. ComoestáasituaçãodenossaMataAtlânticaemSantaCatarina?
B. Como podemos contribuir para a preservação de nosso meio-
ambiente, a começar por nossa comunidade?
C. À luz da Palavra de Deus, como podemos ser instrumentos de
Deus no processo de libertação do povo que sofre?
(Tempo para conversar)
Canto:Axé.
/: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um
novo mar./ E nesse dia os oprimidos numa só voz a liberdade
irão cantar :/
1. Na nova terra o negro não vai ter corrente, e o nosso índio vai ser
visto como gente. Na nova terra o negro, o índio e o mulato, o
branco e todos vão comer no mesmo prato.
Assumindo compromissos
A: É hora de agir! Com algumas ações
simples,massignificativas,poderemos
estarcontribuindocomaCampanhada
Fraternidade 2007 e cuidando do meio
ambiente em que vivemos:
1) Incentivaracriaçãodehortascomu-
nitárias ou domésticas;
2) Separar em casa o lixo reciclável do
lixo orgânico e de outros resíduos;
3) Contribuir com a Coleta da Solida-
riedade, no dia 1.º de abril de 2007,
sabendo que grande parte dos recursos será destinada a proje-
tos sociais da CF 2007.
24. 24
Oração Final
A: Para terminarmos este encontro,
vamos rezar a outra parte da Ora-
ção da CF 2007, que não reza-
mos no início:
Lado A: Ensinai-nos a reconhecer o
valor de cada criatura que vive na
terra, que cruza os ares ou se
move nas águas.
Lado B: Perdoai, Senhor, a ganância, o
egoísmo destruidor. Moderai nos-
sa sede de posse e poder.
T: Que aAmazônia, berço acolhe-
dor de tanta vida, seja também o chão da partilha fraterna, pá-
tria solidária de povos e culturas, casa de muitos irmãos e ir-
mãs.Amém.
Bênção dos símbolos
T: Deus abençoe esta água, as flores e as plantas verdes. Que esta
água seja fonte de vida para todos os povos daAmazônia e de nos-
sas comunidades.Amém.
(Em seguida, todos bebem a água em copos de vidro.
Podemos marcar simbolicamente este encontro,
levando um ramo verde para casa e
comprometendo-nos com a CF)
A: Vamos pensar no próximo encontro: Dia, hora, local, tema.
Preparemo-nos bem, lendo com antecedência, em casa:
Mateus 5, 10-16.
25. 25
2º Encontro
AMAZÔNIA: ESPAÇO DE VIDA
“Deus plantou um jardim e aí
colocou o ser humano” (Gn 2,8).
Ambiente: Casinha, Bíblia, cartaz da CF 2007, faixas
com tema e lema da CF 2007; planta verde e
planta seca; água limpa e água poluída; terra;
flores e frutas.
Acolhida: Pela família da casa.
Animador/a:Vamos lembrar o nosso compromis-
so do encontro anterior e partilhar.
(Tempo para partilhar)
Motivação e Oração inicial
A: Continuaremos hoje nossa reflexão sobre o tema da Campanha da
Fraternidade e a Quaresma:
• Quaresma é tempo de conversão e reconciliação.
• Precisamos converter-nos, olhar para nossas atitudes do dia-a-
dia e reconhecer que nem sempre respeitamos as pessoas, cri-
adas à imagem e semelhança de Deus.
• Arealidade daAmazônia é um apelo a todos nós, para revermos
nossas atitudes.
• Para iniciar este encontro, saudemos a Santíssima Trindade, di-
zendo:
Todos/as: Em nome do Pai...
Canto: Eu quero o verde
1. Eu quero o verde entoando salmos mil à vida, E a flor abrindo para
o céu pequeno altar. Primeira bênção dada à terra ressequida, O
verde é nosso, e vamos todos preservar.
/: Perdão, Senhor, é idolatria amar a morte. Nosso egoísmo
mancha o céu, a terra, o mar.
O azul, o verde, as ondas vão ter outra sorte, se o nosso
coração se converter e amar. :/
26. 26
A: Rezemos com fé e confiança a oração da Campanha da
Fraternidade:
LadoA: Deus criador, Pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Lado B: Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que vossa
mão entregou aos nossos cuidados.
T: Ensinai-nos a reconhecer o valor de cada criatura que vive na
terra, cruza os ares ou se move nas águas.
LadoA: Perdoai, Senhor, a ganância e o egoísmo destruidor. Moderai nos-
sa sede de posse e poder.
Lado B: Que aAmazônia, berço acolhedor de tanta vida, seja também o
chão da partilha fraterna, pátria solidária de povos e culturas, casa
de muitos irmãos e irmãs.
T: Enviai-nos todos em missão!
LadoA: O Evangelho que dá vida, luz e graça para o mundo, fazendo-nos
discípulos e missionários de Jesus Cristo, indique o caminho da jus-
tiça e do amor.
Lado B: Seja o anúncio de esperança e de paz para todos os povos da
Amazônia e do Brasil.
T: Amém.
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2007
1. Sejaoverdeosinaldaesperança,naAmazônia,rincãodaaliança.
Sem os males que gera a cobiça, com o Cristo que tudo renova,
haveremos de ver terra nova, nova terra onde reina a justiça!
/: Rios, lagos, florestas e povos, bendizei ao Senhor na
canção. Bendizei ao Senhor na canção. É canção que
constrói tempos novos. Nossa vida e missão neste chão!
Nossa vida e missão neste chão! :/
A Palavra de Deus ilumina a vida
A: É tempo de reconciliação. Olhando a realidade da Amazônia, so-
mos chamados a rever nosso modelo de vida e de valores econômi-
cos. Os problemas amazônicos têm muito a nos dizer.
27. 27
T: Deus viu que aAmazônia era boa.
A: O projeto de Deus para a Amazônia,
esse grande presente da natureza, cer-
tamente previu e inclui:
Leitor/a 1: a proteção da terra e de toda a na-
tureza;
L 2: o direito dos pequenos à justiça, sem
corrupção;
L 3: a preservação das culturas, tanto dos indígenas quanto dos povos
ribeirinhos, dos afro-descendentes, e dos demais povos que ali se
estabeleceram;
L 4: e a preservação da vida, como valor fundamental.
T: “Deus viu o que havia feito e tudo era muito bom”(Gn 1,31).
Canto: Quão grande és tu
1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas
obras de tuas mãos, no céu azul de estrelas pontilhado, o teu
poder mostrando a criação,
/: Então minha alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu,
quão grande és tu. :/
A: Tomemos nas mãos o livro da Palavra de Deus e escutemos o que
o Criador nos diz
Canto: Bendita, bendita
Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor!
Bendito, bendito, bendito quem a vive com amor!
Leitor/a da Palavra: Proclamação do livro do Gênesis, capítulo 2,
versículos de 8 a 15 (Gn 2, 8-15)
(Silêncio para interiorizar a Palavra que ouvimos)
A: Para melhor compreendermos a Palavra, vamos refletir:
1) O que este texto nos fala?
2) O que mais nos chama atenção no texto?
3) Qual a responsabilidade confiada por Deus aAdão e Eva, quando
os colocou no Jardim?
(Tempo para responder)
28. 28
A: ABíblia fala do Jardim que o ser humano deve cultivar e guardar, isto
é, preservar e tratar com cuidado.
T: “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no Jardim do
Éden, para o cultivar e guardar ” (Gn 2, 15).
L 1: O que Deus pede ao homem e à mulher é a preservação do nosso
planeta, cuidando dele e zelando por esta nossa casa comum e por
tudo o que nela vive.
L 2: Com Deus, e com a força do seu Espírito, nós, seres humanos,
teremos a graça e a capacidade de continuar sua obra criadora.
L 3: É preciso tomar consciência de que o consumismo exagerado agri-
de o meio ambiente.
L 4: Basta observar o que acontece à nossa volta: garrafas pet jogadas
na rua ou nos aterros sanitários, eletrodomésticos descartados e
empilhados em toda parte, móveis jogados nos rios e lagos, e as-
sim por diante.
Canto: /: Pela água que dá vida, pelos dons da criação, ó Senhor do
universo, eis a nossa louvação! :/
A: Sejamos solidários com os povos daAmazônia:
L 1: reconhecendo e valorizando suas culturas, sua luta pela vida;
L 2: encontrando meios que facilitem uma evangelização a serviço da
vida e da esperança, na região amazônica;
L 3: incentivando as ações de grupos e entidades que buscam defender
a sobrevivência daquela região;
L 4: despertando em nossas comunidades e pastorais um espírito de
solidariedade e partilha com nossos irmãos e irmãs daAmazônia.
T: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”
(Jo 10, 10 ).
Para conversar
A: Diante do que estamos refletindo, o que podemos fazer, como gesto
concreto, durante a próxima semana?
(Deixar o grupo decidir)
29. 29
Oração e bênção final
A: Deus, nosso criador, entregou-nos
um jardim para que fosse cuidado e
cultivado. Muitas vezes, porém, nós
destruímos a natureza e não respei-
tamos nossos semelhantes.
T: Nesta quaresma somos convida-
dos a nos reconciliar com Deus,
com nossos irmãos e irmãs, com
a natureza e conosco mesmos.
Canto: Perdoai-nos, ó Pai, as nossas
ofensas, como nós perdoamos a
quem nos ofendeu!
A: Senhor, nós te pedimos perdão por todos os gestos de desrespeito,
indiferença e destruição para com a natureza.
L 1: Perdão, Senhor, por termos jogado lixo nos rios ou lagos e no mar.
(Alguém ergue a vasilha com água limpa,
outra com água poluída)
L 2: Perdão, Senhor, por termos colaborado na destruição das matas,
seja através de queimadas, desmatamentos ou de outro modo.
(Erguer pequenas plantas verdes/secas)
Canto: /: Piedade, piedade, piedade de nós. :/
L 3: Perdão, Senhor, pela exploração da terra, pelo uso de agrotóxicos e
produtos químicos.
(Erguer uma vasilha com terra)
L 4: Perdão, Senhor, pela nossa falta de conhecimento da Amazônia,
falta de interesse e de respeito por essa região tão importante do
Brasil.
(Apresentar cartaz da CF 2007)
Canto: /: Piedade, piedade, piedade de nós. :/
L 1: Perdão, Senhor, pelas vezes que substituímos o plantio de árvores
e plantas nativas pelo reflorestamento com eucaliptos e pinus.
30. 30
L 2: Perdão, Senhor, pelo egoísmo, ganância, injustiças, corrupção e todo
tipo de mal que praticamos.
Canto: /: Piedade, piedade, piedade de nós. :/
A: Senhor, nós te louvamos e agradecemos pelas frutas, pelas flores,
pela água, pela terra e por toda a obra da criação.
(Erguer todos os símbolos)
Canto: Eu louvarei.
/: Eu louvarei, eu louvarei, :/ eu louvarei o meu Senhor.
1. Somos filhos de ti, Pai eterno. Tu nos criaste por amor. Nós te
adoramos, te bendizemos, e todos cantamos teu louvor.
Bênção final
A: Por esta água aspergida sobre nós, Deus, nosso Pai, Criador do
céu, da terra, de todos os seres e das águas, nos abençoe e nos
guarde, nos dê a saúde e a paz.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém.
(O animador/a asperge todos os participantes)
Canto: Senhora da Esperança.
1. Senhora da Esperança, o povo te saúda, com grande confiança
hoje pede a tua ajuda.
Senhora da Esperança, ó mãe de Deus criança, protege o
nosso povo com teu grande amor! :/
2. Senhora da esperança, não olhas cor nem raça; por ti o povo
alcança todo o bem e toda a graça.
A: Vamospensarnopróximoencontro:Dia,hora,local,tema.Preparemo-
nos bem, lendo com antecedência em casa: Mt 5, 14-16.
Lembrete
Proposta de ação concreta permanente.
“Priorizar os GBF na paróquia.”
“Promover a reciclagem do lixo.”
31. 31
3º Encontro
NOSSO CHÃO, NOSSA VIDA,
NAAMAZÔNIAEAQUI
“Vocês são a luz do mundo” (Mt 5,14).
Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da CF, vela, dois pequenos ramos: um verde e
outro seco ou chamuscado pelo fogo, uma cai-
xa com lixo (copinhos plásticos, latinha de cer-
veja, pet, sacolas de supermercado...).
Acolhida: Espontânea, feita pelos donos da casa ou
por quem estiver à frente do grupo.
Animador/a:Antes de iniciarmos a reflexão de
hoje, vamos relembrar o compromisso
assumido no último encontro.
(Tempo para lembrar e partilhar)
Motivação e Oração inicial
A: Que bom estarmos novamente reunidos para refletir e rezar, tendo
por base passagens da Bíblia que nos levam a pensar sobre nossa
vida e a agir como cristãos e cristãs conscientes. E, por estarmos
na presença de Deus, comecemos em seu nome:
(Sinal da cruz, recitado ou cantado)
Todos/as: Em nome do Pai...
A: Rezemos alternadamente parte da Oração da Campanha da
Fraternidade:
LadoA: Deus criador, Pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Lado B: Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que vossa
mão entregou aos nossos cuidados.
Lado A: Ensinai-nos a reconhecer o valor de cada criatura que vive na
terra, cruza os ares ou se move nas águas.
32. 32
LadoB:Perdoai,Senhor,aganânciaeoegoísmodestruidor.Moderainossa
sede de posse e poder.
Canto: Rios, lagos, florestas e povos, bendizei ao Senhor na can-
ção. Bendizei ao Senhor na canção. É canção que constrói tem-
pos novos, nossa vida e missão neste chão! Nossa vida e mis-
são neste chão! (Refrão da CF).
A: Nos últimos encontros refletimos um pouco sobre a realidade ama-
zônica e o que Deus nos fala, na Bíblia, a respeito do Universo, da
Criação e da harmonia da Natureza, em favor da vida.
T: Fraternidade eAmazônia: vida e missão neste chão!
Leitor/a 1: A Campanha da Fraternidade deste ano nos motiva com o
tema: “Fraternidade eAmazônia” e com o lema: “Vida e Missão nes-
te Chão”. Pode parecer estranho que nós, do sul do Brasil, sejamos
convidados a tal reflexão, porque estamos aqui tão longe.
L 2: Na verdade, como brasileiros e brasileiras, e principalmente como
cristãos e cristãs, com a missão de sermos luz, devemos nos pre-
ocupar com a saúde de todo o nosso Planeta e com quem nele vive.
Tudo isso é obra de Deus.
T: “E Deus viu tudo quanto havia feito, e tudo era muito bom”
(Gn 1, 31).
L 3: Então faz sentido o interesse de todos, principalmente dos cristãos,
em nos sensibilizarmos para conservar e defender o meio ambien-
te, o chão em que vivemos.
L 4: Faz sentido, sobretudo, que nos preocupemos com que a luz do
Evangelho chegue àqueles povos e os ajude a sobreviver e a vencer
as ameaças e os desafios internos e externos.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Com alegria e atenção vamos ouvir a Palavra
de Deus e, em seguida, refletir sobre as pala-
vras e atos de Jesus Cristo, conforme está es-
crito no Evangelho.
Para acolher a Palavra de Deus, cantemos:
Canto: Teu povo aqui reunido.
33. 33
1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o
Deus que nos consola.
/: Fala, Senhor, fala da vida. Só Tu tens palavras eternas,
queremos ouvir. :/
Leitor/a da Palavra: (Em pé). Proclamação do Evangelho de Jesus Cris-
to, segundo Mateus, capítulo 5, versículos de10 a 16 (Mt 5,14-6).
(Ao final da leitura do Evangelho: Palavra da Salvação)
T: Glória a vós, Senhor.
A: Façamos um breve silêncio, para refletir sobre o que acabamos de
ouvir. (Pausa).
A: Vamos agora partilhar nossas idéias e/ou dificuldades:
1) O que me chamou mais atenção nesta leitura?
2) O que nela se aplica a nós, em relação à realidade daAmazônia?
3) Quando é que somos luz que brilha?
A: Podemos concluir que seguir a Jesus requer doação, serviço, cora-
gem, testemunho, fé e muito amor aos irmãos e irmãs, inclusive
aos povos daAmazônia.
L 1: Através do testemunho visível dos discípulos e discípulas de Jesus
é que as pessoas podem descobrir a presença e a ação do Deus
invisível.
L 2: Lembremo-nos sempre de que Cristo nos anima, dizendo:
T: “Não tenham medo” (Mt 10,31). “Eis que estarei com vocês to-
dos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).
A: Sabemos que Cristo não discrimina: veio para salvar a todos e mor-
reu na cruz por todos, para que todos tenham vida em abundância.
Reflitamos sobre suas palavras, enquanto cantamos:
Canto: Eu vim para que todos tenham vida.
/: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida
plenamente. :/
1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor. Reconstrói
a tua vida em comunhão com teu irmão. Onde está o teu irmão,
eu estou presente nele.
34. 34
2. Entreguei a minha vida pela salvação de todos. Reconstrói,
protege a vida de indefesos e inocentes. Onde morre teu irmão,
eu estou morrendo nele.
A: Eis algumas idéias que vão nos ajudar a pensar:
L 3: Não precisamos, necessariamente, embrenhar-nos na floresta ama-
zônica, para fazer o bem a quem lá vive. Podemos ser bons cris-
tãos e boas cristãs, ajudando de muitas outras formas.
L 4: Esta Campanha da Fraternidade nos dá a oportunidade de conhe-
cermos melhor a realidade amazônica, fazendo crescer a
fraternidade com os povos que lá vivem.
L 1: Ao mesmo tempo, porém, faz-nos ver melhor as necessidades da
“Amazônia” aqui perto de nós, em nossa rua, em nossa vizinhança.
T: “Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos ou-
tros” (Jo 13,34).
L 2: Os povos daAmazônia nos convidam a mudar o nosso estilo de vida.
Não basta preservar aAmazônia, para garantir a vida do Planeta.
L 3: Cada uma e todas as pessoas, dentro das condições e lugares
em que vivem, precisam converter-se a um estilo de vida baseado
na simplicidade e sobriedade, no respeito e no cuidado com a na-
tureza.
L 4: O modo de vida dos povos da Amazônia oferece uma referência
para uma reflexão sobre um novo caminho para o Brasil e para o
mundo..
T: “Vida e Missão neste chão”.
Momento de conversa
A: Ao despertarmos para aAmazônia, necessariamente somos leva-
dos a pensar também no lugar onde vivemos:
1) Como está nossa consciência ecológica?
2) Que mundo vamos deixar para nossos filhos e netos? Um plane-
ta poluído, irrespirável, sem água?
3) Nosso chão, nossa vida é aqui: qual nossa missão?
(Tempo para conversar)
35. 35
Canto: Pela água que dá vida.
/: Pela água que dá vida, pelos dons da criação, ó Senhor,
Deus do universo, eis a nossa louvação. :/
1. Senhor Deus, Pai de bondade, Criador de todo ser, vem trazer-
nos conversão e ensinar-nos a viver. Como outrora, no deserto,
saciaste o teu povo, vem, Senhor, vem saciar-nos, e faremos
mundo novo.
Compromisso
A: Como em todos os anos, no Domingo de
Ramos vai acontecer a Coleta da Campa-
nha da Solidariedade. O dinheiro arreca-
dado será distribuído da seguinte forma:
40% são encaminhados para o Fundo Na-
cional de Solidariedade (FNS) e 60% ficam
na Arquidiocese, para o Fundo Arquidio-
cesano de Solidariedade (FAS). Essas en-
tidades financiam projetos sociais nacionais
e locais.
Além do que refletimos hoje, e da oferta que, como cristãos e cris-
tãs, com certeza vamos fazer, o que mais podemos propor-nos:
L 1: Que tal, de hoje em diante, sempre que surgir oportunidade, ler ar-
tigos, ouvir debates, assistir a documentários, promover
questionamentos sobre problemas ambientais, preservação da na-
tureza, agro-ecologia?
L 2: Que tal ler notícias e nos inteirar sobre o trabalho missionário na
Amazônia, imaginar-nos na pele de um missionário?.
L 3: Que tal plantar uma árvore, cuidar dela e deliciar-nos em vê-la
crescer?
L 4: Que tal plantar em algum cantinho do terreno, ou num vaso, alguma
hortaliça, chá, ou tempero?
L 1: Que tal recolher plásticos, copinhos, pet e outras embalagens e
dar-lhes o devido destino?
L 2: Que tal, em nossa casa, separar o lixo orgânico do inorgânico, os
vidros e os tóxicos (pilhas e baterias), facilitando o trabalho dos ou-
36. 36
tros e colaborando com a melhoria da vida de todos? O Planeta
agradece. Nossos netos agradecerão.
A: Agradecidos por essa iluminação, bendigamos o Senhor pelo dom
da vida e pelas maravilhas da Criação:
Canto: Rios, lagos, florestas e povos, bendizei ao Senhor na can-
ção. Bendizei ao Senhor na canção. É canção que constrói tem-
pos novos, nossa vida e missão neste chão! Nossa vida e mis-
são neste chão! (Refrão da CF).
Oração Final e Bênção
A: Pelas estradas e ruas da vida, na cidade ou no campo, à beira de
um rio ou junto ao mar, na mata ou na lavoura, nunca sozinhos
estamos.
T: “Estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” ( Mt 8,20).
A: E junto com Cristo está Maria, sempre atenta e pronta a interceder
por nós, como nas bodas de Caná. Com devoção, cantemos:
Canto: Pelas estradas da vida.
1. Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás. Contigo pelo
caminho Santa Maria vai.
/: Oh, vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem. :/
2. Mesmo que digam os homens: tu nada podes mudar. Luta por
um mundo novo de unidade e paz.
3. Se parecer tua vida inútil caminhar, pensa que abres caminho:
outros te seguirão!
A: Conscientes de nossa condição de criaturas, elevemos nosso pen-
samento ao Criador:
T: O Senhor nos abençoe e nos guarde; o Senhor nos mostre
seu rosto radiante e tenha piedade de nós; o Senhor nos mos-
tre o seu rosto e nos conceda a paz.Amém!
A: Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe!
T: Graças a Deus.
A: Vamos pensar no próximo encontro: Dia, hora, local, tema.
Preparemo-nos bem, lendo com antecedência, em casa, o encon-
tro seguinte sobre a Semana Santa – a Grande Semana.
37. 37
4º Encontro
A GRANDE SEMANA
“Tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim” (Jo13,1).
Ambiente: Bíblia; casinha; vela; crucifixo; bacia com água; toalha; ramo verde
(palma); vasilha com água benta; cartões/imagens do Lava-pés, da Última
Ceia, do Crucificado, da Ressurreição.
Acolhida: Pela família que acolhe, convidando
a que todos se abracem.
Animador/a:Neste clima de fim de Quaresma,
de proximidade da Páscoa, queremos
hoje refletir mais intensamente sobre a
Liturgia da Semana Santa, essa liturgia
que é única em todo oAno Litúrgico.
Vamos olhar os símbolos que temos aqui
e relacioná-los com os vários momentos que refletiremos, passo a
passo, como que antecipando as celebrações dessa Semana.
(No momento certo, tomá-los na mão ou apontar para eles)
A: Vamos também lembrar ainda o compromisso anterior.
(Tempo para lembrar e partilhar)
Motivação e oração inicial
A: Na Semana Santa, também chamada a Grande Semana, a liturgia
da Igreja celebra como que uma síntese de todo o mistério da reden-
ção. Iniciemos o nosso encontro, rezando a Prece pela Igreja, da
Oração Universal da Sexta-feira Santa.
Todos/as: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém.
LadoA: Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa
glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor.
Lado B: Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça
inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome.
T: Por Cristo, nosso Senhor.Amém.
38. 38
Refletindo e rezando o tema à luz da Palavra de Deus
A: A Semana Santa vai do Domingo de
Ramos até o domingo da Páscoa. Va-
mos lembrar brevemente os nomes
litúrgicos e alguns momentos signifi-
cativos dos vários dias, rezando e re-
fletindo também uma frase bíblica do
respectivo contexto.
Leitor/a 1: Domingo de Ramos: Comemo-
ração da entrada do Senhor em Jeru-
salém.
L 2: A celebração começa com a bênção dos ramos e a procissão até a
igreja.
L 3: “Trouxeram o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus man-
tos, e Jesus montou” (Mc 11, 7).
L 4: A multidão apanhava ramos de palmeira e saía ao seu encontro,
gritando:
T: “Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei
de Israel!” (Jo 12, 14)
Canto: Hosana hey.
/: Hosana hey, hosana há. Hosana hey, hosana hey, hosana
há :/
1. Ele é o santo, é o filho de Maria, é o Deus de Israel, é o filho de
Davi.
2. Vamos a ele com as flores dos trigais, / com os ramos de oliveiras,
com alegria e muita paz.
3. Ele é o Cristo, é o unificador, / é hosana nas alturas, é hosana no
amor.
4. Ele é alegria, é razão do meu viver, / é a vida dos meus dias, é
amparo no sofrer.
A: A liturgia dos três primeiros dias da Semana Santa é simples, mas
toda perpassada pelo pensamento da sagrada paixão do Senhor.
39. 39
L 1: Em muitos lugares, os Grupos Bíblicos em Família e o povo em
geral rezam a Via-Sacra.
L 2: Muita gente aproveita nesses dias os horários marcados pela dispo-
nibilidade dos padres para receber o Sacramento da Reconciliação.
L 3: Também a preparação da casa, dos pequenos presentes próprios
desse tempo, especialmente para as crianças, faz parte do clima
da festa que se aproxima.
L 4: No espírito da Campanha da Fraternidade, pensamos em nossos
irmãos e irmãs daAmazônia, mas também nos da “Amazônia” aqui
perto de nós, com quem podemos partilhar um pouco da nossa fes-
ta pascal.
T: “Toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a
glória de Deus Pai” (Fl 2,11).
Canto: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor. Jesus Cristo é
o Senhor. Glória a Ti, Senhor.
A: Depois começa o solene Tríduo Pascal, os dias que antecedem
diretamente a Páscoa.As celebrações são mais longas, com rituais
que não se repetem em outros dias do ano.
L 1: A Quinta-Feira Santa é o grande dia do Lava-pés, da Última Ceia,
da Instituição da Eucaristia, do Sacerdócio ministerial e da Missa.
L 2: “Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado a sua
hora. ... Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até
o fim” (Jo 13,1).
L 3: Lava-pés: “Então Jesus se levantou da mesa ..., colocou água na
bacia e começou a lavar os pés dos discípulos” (Jo 13,4-5).
T: “Vocês compreenderam o que acabei de fazer? Eu lhes dei
um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz”
(Jo 13,12.15).
Canto: Prova de amor.
/: Prova de amor maior não há/ que doar a vida pelo irmão! :/
1) Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: “Amai-vos uns aos
outros, como eu vos tenho amado.”
L 4: Última Ceia: Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos. Disse-lhes:
40. 40
T: “Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de
sofrer” (Lc 22, 14-15).
L 1: Instituição da Eucaristia: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão,
benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei,
isto é o meu corpo.
L 2: Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele
todos, porque isto é o meu sangue” (Mt 26, 26-27).
T: Instituição do Sacerdócio e da Missa: “Fazei isto em memória
de mim” (Lc 22,19).
Canto: Comei, tomai.
1. Eu quis comer esta ceia agora, pois vou morrer, já chegou minha
hora.
/: Comei, tomai, é meu corpo e meu sangue que dou. Vivei
no amor, eu vou preparar a ceia na casa do Pai. :/
A: Sexta-Feira da Paixão do Senhor: Único dia do ano em que a Igre-
ja não celebra a Eucaristia.ALiturgia consta de quatro grandes mo-
mentos:
L 1: Liturgia da Palavra: Momento importante é a narração da Paixão,
segundo João. No momento de lembrar a morte de Jesus, todos se
ajoelham em silêncio.
T: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos,
porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”.
L 2: Oração universal: São preces pelas necessidades da Igreja e
do mundo, com um ritual próprio de ajoelhar, rezar em silêncio e
levantar.
T: “O que vocês pedirem em meu nome, eu o farei, para que o Pai
seja glorificado no Filho” (Jo14, 13).
L 3: Adoração da Cruz: É o ponto alto da celebração. Toda a nossa
atenção se volta a Cristo pendente da cruz. Por isso, a cruz tornou-
se o símbolo do infinito amor de Jesus por nós. Adorando a cruz,
adoramos, na verdade, aquele que nela deu a vida por nós.
T: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
Vinde, adoremos!”
Canto: /: Vitória! Tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! :/
41. 41
L 4: Comunhão.As hóstias para a Comunhão da Sexta-feira Santa, con-
sagradas na Missa do dia anterior, são trazidas do altar especial,
onde houve a adoração desde a noite. A celebração termina com
uma oração de bênção:
T: “Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso
povo, que acaba de celebrar a morte do vosso Filho, na espe-
rança de sua ressurreição.”
A: Sábado Santo, ou Sábado deAleluia: Não há nenhuma liturgia du-
rante o dia. Somente à noite – noite santa, noite da vida nova em
Cristo – celebra-se a solene Vigília Pascal. Vamos lembrar os vá-
rios momentos dessa belíssima liturgia:
L 1: Bênção do fogo. Entrada na igreja, escura, com o Círio Pascal
aceso, no qual todos acendem suas velas. Cristo é a verdadeira luz,
na qual tudo se renova.
T: Eis a luz de Cristo! Demos graças a Deus!
L 2: Proclamação da Páscoa , com o solene canto do “Exultet”!
T: “Ó noite de alegria verdadeira, que une de novo ao céu a terra
inteira!”
L 3: A solene Liturgia batismal, momento em que, em muitas igrejas,
há o batismo de crianças ou adultos. É nesta noite, a partir da res-
surreição do Senhor, que a Igreja renasce para uma vida nova.
L 4: Ladainha de todos os santos, bênção da água batismal, renovação
das promessas do batismo, aspersão com a água benta.
T: Batismo – fonte de todas as vocações.
Canto: Prometi no meu santo batismo.
1. Prometi no meu santo batismo a Jesus sempre e sempre adorar.
Pais cristãos em meu nome falaram, hoje os votos eu vim
confirmar.
Fiel,sincero,eumesmoquero/:aJesusprometermeuamor.:/
2. Creio, pois, na Divina Trindade, Pai e Filho e inefável Amor, no
mistério do Verbo encarnado, na paixão de Jesus Redentor.
A: Com essa renovada consciência de nosso batismo, podemos en-
cerrar aqui a nossa reflexão, conversando agora um pouco sobre o
que refletimos:
42. 42
1. Quais são os momentos da celebração
da Semana Santa, que aqui recordamos,
que mais nos tocam?
2. Essa visão de conjunto pode ajudar a vi-
vermos mais conscientemente a Sema-
na Santa? Como?
3. Participando, quanto possível, das ce-
lebrações, é possível ter presente a
grande preocupação da Igreja com a realidade da Amazônia,
que tanto meditamos como Campanha da Fraternidade, nesta
Quaresma?
4. Que compromisso queremos assumir hoje, nesse último encon-
tro antes da Grande Semana?
(Tempo para conversar e tomar um compromisso)
A: Com alegria encerramos este encontro, fazendo o sinal da cruz com
a água benta, que lembra a água do nosso batismo, e rezando de
mãos dadas:
T: Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para
que, fortalecidos pelos sacramentos pascais, permaneçamos
unidos no vosso amor.Amém.
Canto: Porque Ele vive.
1. Deus enviou seu Filho amado, para morrer no meu lugar. Na cruz
pagou por meus pecados, mas o sepulcro vazio está, porque Ele
vive.
/: Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele
vive, temor não há! Mas eu bem sei que o meu futuro está
nas mãos do meu Jesus, que vivo está. :/
2. Um dia eu vou cruzar os rios e verei, então, um céu de luz. E
verei que lá, em plena glória, vitorioso, vive e reina o meu Jesus.
A: Vamos pensar no próximo encontro: Dia, hora, local, tema. Prepare-
mos com carinho o encontro seguinte – a Via-Sacra –, que poderá
ser realizado na igreja, seguindo os quadros da via-sacra. Deve-se
caminhar levando uma cruz, e sobre ela um pano roxo, que deve ser
substituído por um pano branco ao chegar na 15ª estação (Ressur-
reição). Se o encontro for realizado na rua, procede-se da mesma
forma. Levar também o cartaz da CF 2007.
43. 43
5º Encontro
VIA-SACRA: CAMINHO DE ESPERANÇA
Ambiente: Cartaz da CF 2007, planta verde (natureza), água (rios daAmazônia) e
outros símbolos que lembram a região daAmazônia.
Animador/a:Amigos e amigas, companheiros e companheiras de cami-
nhada, irmãos e irmãs, vamos reviver o mistério pascal, iniciado na
Última Ceia, quando Jesus anuncia a sua morte, continuado na via-
sacra e na crucificação e morte e completado com a ressurreição.
Leitor/a 1:ACampanha da Fraternidade nos lembra, neste ano, a nossa
Amazônia, tão linda, tão promissora, rica e pobre, e tão cobiçada
por outros povos, em desrespeito ao seu povo.
Todos/as: Vamos caminhar nesta via-sacra, tendo presente o tema
da Campanha da Fraternidade 2007: Fraternidade eAmazônia,
e o lema: Vida e missão neste chão. Queremos fazer este cami-
nho com Jesus, que nos leva a uma transformação e conver-
são de atitudes diante do povo daAmazônia, porque, como bra-
sileiros, somos parte do mesmo povo.
L 2: Ahistória daAmazônia é a do Evangelho de Jesus Cristo e da pre-
sença da Mãe de Deus em meio a povos, culturas, raças e línguas.
A: Iniciemos a caminhada com Jesus ao Calvário, cantando:
T: Em nome do Pai...
Canto: Dentro de mim existe uma luz
1. Dentro de mim existe uma luz que mostra por onde deverei andar.
Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o
seu jeito de amar.
/: Minha luz é Jesus,/ e Jesus me conduz/ pelos caminhos da
paz. :/
2. Dentro de mim existe um farol que me mostra por onde deverei
remar. Dentro de mim, Jesus Cristo é o sol, que ensina a buscar
o seu jeito de sonhar.
44. 44
1ª Estação: Jesus é condenado à morte
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Jesus veio anunciar que “todos tenham vida e vida em abundância”,
mas ele é condenado à morte. Se as autoridades brasileiras, e to-
dos nós, brasileiros, não cuidarmos daAmazônia, ela também está
condenada à morte.
L 1: “Vida e missão neste chão”. Falando em Amazônia, vem à nossa
memória a grave questão ambiental dessa região: a devastação das
florestas, a ameaça da vida nesses ambientes, terras sendo ocupa-
das de forma desordenada... Esses problemas representam uma
ameaça e uma perda para toda a humanidade.
T: Fraternidade eAmazônia – Vida e missão neste chão.
L 2: Mas aAmazônia também faz pensar em situações humanas e ques-
tões sociais preocupantes: indígenas que são perturbados em seus
espaços e agredidos em suas culturas.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
A: Vamos rezar a 1ª estrofe da oração da CF 2007:
T: Deus criador, Pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que vos-
sa mão entregou aos nossos cuidados.
Canto: Senhor, meu Deus.
1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas
obras de tuas mãos, no céu azul de estrelas pontilhado, o teu
poder mostrando a criação,
/: Então minha alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu,
quão grande és tu. :/
45. 45
2ª Estação: Jesus toma a cruz e a carrega sobre os ombros
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o mun-
do.
A: Jesus inicia o caminho com a cruz às costas. Sobre ela irá sofrer e
oferecer sua vida em favor da humanidade.
L 1: No coração daAmazônia constatam-se grandes problemas sociais:
falta de estruturas e de serviços públicos nas extensas áreas fora
dos perímetros urbanos, desemprego, desagregação familiar e muita
violência...
T: Vida e missão neste chão: este é o desafio.AAmazônia, berço
generoso de tanta vida, precisa também ser chão fraterno en-
tre povos e culturas.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
L 2: Fazemos votos que a CF deste ano ajude a trazer aAmazônia mais
para dentro do coração de todos os brasileiros, e a despertar inicia-
tivas e ações eficazes de valorização e defesa daquela vasta e
ameaçada região, antes que seja tarde demais. (Dom Odilo Pedro
Scherer, BispoAuxiliar de S. Paulo)
A: Rezemos juntos:
T: Ó Deus, como é precioso o teu amor. Todos se alegram à som-
bra de tuas asas, pois em ti se encontra a fonte da vida, e com
a tua luz nós vemos a luz. (cf Sl 36)
Pai- nosso...
3ª Estação: Jesus cai pela 1ª vez
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!
T: Porque, pela vossa Santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Já enfraquecido, devido ao peso da cruz, Jesus cai no caminho.
46. 46
L 1: Existe ainda muita desinformação e preconceito em relação aos po-
vos daAmazônia. Eles não são selvagens que vivem no atraso e na
ignorância.
L 2: Os povos da Amazônia profeticamente nos convidam a mudar o
estilo de vida. Cada pessoa, dentro das condições e do bioma em
que vive, precisa converter-se a um estilo de vida baseado na sim-
plicidade, na sobrevivência, na sobriedade, no respeito, e no cuida-
do da natureza, que é vida.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
A: Na queda sofrida por Jesus está o apelo do povo maltratado daAma-
zônia, que clama por providências mais urgentes contra queimadas
e devastação desordenada.
Canto: Se calarem a voz dos profetas.
1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem
uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura
a verdade, nestas margens estreitas demais: Deus criou o infinito
pra vida ser sempre mais.
É Jesus este pão de igualdade, viemos pra comungar com a
luta sofrida do povo, que quer ter voz, ter vez, lugar.
Comungarétornar-seumperigo,viemospraincomodar.Com
a fé e união, nossos passos um dia vão chegar.
4ª Estação: Jesus se encontra com sua mãe
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
L 1: O Pai criador deu-nos a mãe natureza. Amãe natureza criou uma
floresta imensa, a que damos o nome de floresta amazônica. Mas
existem pessoas que não estão respeitando essa dádiva de Deus.
L 2: Há grandes problemas. E o problema crucial daAmazônia está liga-
do ao ser humano. As populações da região convivem com os ma-
les das desigualdades sociais do País. Direitos humanos, sociais e
econômicos, que deveriam ser garantidos a todas as pessoas, ain-
da estão longe de serem respeitados naquela região.
47. 47
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
A: Além da dificuldade de se garantir o seu direito ao controle de seus
territórios, é preciso destacar que a população daAmazônia sofre
os mais baixos índices na qualidade de vida, na educação e na
saúde.
T: Salve Rainha...
Canto: Imaculada.
/: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus.
Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à
cruz. :/
1. Um coração que era sim para a vida, um coração que era sim
para o irmão, um coração que era sim para Deus, Reino de Deus
renovando este chão.
5ª Estação: Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o mun-
do.
A: Na ajuda do Cireneu vemos um gesto de solidariedade.
L 1: Mesmo acontecendo o avanço de interesses financeiros naAmazô-
nia, ainda existem formas de economia solidária, em que o valor
“solidariedade” se faz presente nas relações entre as pessoas que
trabalham em conjunto, e com todas as forças, na preservação da
natureza.
L 2: Iniciativas solidárias mostram que é possível e vantajoso o reflores-
tamento das áreas destruídas, desde que de forma adequada, com
plantas nativas e árvores frutíferas daAmazônia.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
Pai Nosso...
Canto: Quando o Espírito de Deus soprou.
48. 48
1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou.A
esperança da terra brotou, e um povo novo deu-se as mãos e
caminhou.
/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz
hão de reinar, e viva o amor! :/
6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: No gesto de Verônica vemos outro gesto solidário e fraterno, que
procura fazer o pouco que é possível: ela se aproxima e enxuga o
rosto de Jesus.
L 1: Pôr a Amazônia no centro de nossas atenções fraternas significa
aceitar o desafio de nos deixarmos questionar a respeito de nossa
disponibilidade para prestar algum serviço a uma pessoa necessita-
da, que encontramos no nosso caminho.
L 2: É verdade que aAmazônia precisa de nós. Também é verdade que
nós precisamos daAmazônia.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
A: Fraternidade e amor ao próximo não são idéias a serem discutidas
teoricamente. São sinais concretos do Reino de Deus, anunciado
por Jesus Cristo, que declarou:
T: “Todas as vezes que fizestes isso a um desses mais peque-
nos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40).
Canto: Pela estradas da vida.
1. Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás. Contigo pelo
caminho, Santa Maria vai.
/: Oh, vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem. :/
49. 49
7ª Estação: Jesus cai pela 2ª vez na via da cruz
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: A capacidade de resistência de Jesus está chegando ao limite.
L 1: Quando usamos mal a terra, ela se cansa.As queimadas e a devas-
tação ameaçam a diversidade da vida. O egoísmo e a ganância de-
senfreados na exploração daAmazônia ameaçam seriamente esse
patrimônio nacional.
L 2: Os povos daAmazônia são perturbados em seu espaço geográfico
e agredidos em suas culturas. Há o esvaziamento do seu território,
já pouco povoado.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
A: Rezemos a 2ª estrofe da Oração da CF:
T: Ensinai-nos a reconhecer o valor de cada criatura, que vive na
terra, cruza os ares ou se move nas águas.
Perdoai, Senhor, a ganância e o egoísmo destruidor. Moderai
nossa sede de posse e poder.
Canto: Senhor, vem salvar teu povo!
1. Senhor, vem salvar teu povo das trevas da escravidão. Só tu és
nossa esperança, és nossa libertação.
/:Vem,Senhor,vemnossalvar,comteupovovemcaminhar.:/
2. Tu marchas à nossa frente, és força, caminho e luz. Vem logo
salvar teu povo. Não tardes, Senhor Jesus!
8ª Estação: Jesus consola as mulheres de Jerusalém
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Quem precisa ser consolado, consola.
50. 50
L 1: Na cena da via-sacra, vemos mulheres procurando consolar Jesus.
Vemos a participação das mulheres em sua caminhada. Jesus não
as discrimina. NaAmazônia, elas também têm direito de lutar pela
vida, pela justiça e pelos seus direitos.
L 2: A participação das mulheres trouxe uma nova maneira de as pesso-
as se organizarem, e novas causas foram assumidas em favor do
povo mais necessitado:
T: Os sindicatos tornaram-se mais participantes e voltaram a as-
sumir a luta concreta pelos direitos do povo e pela realização
de mudanças políticas e econômicas daAmazônia.
A: Salvai aAmazônia, Senhor Jesus!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
Ave Maria...
Canto: Eu confio em nosso Senhor.
Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor. Eu
confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor.
1. Nós queremos andar como irmãos, sempre juntos na paz e no
amor, procurando a verdade e a justiça, com fé, esperança e amor.
9ª Estação: Jesus cai pela 3ª vez
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Novamente, Jesus cai.Aforça física não o ajuda mais.
L 1: A população amazônica “caminha peregrina nas estradas de um
mundo desigual”. Muitas vezes, cansada de caminhar, cai por terra
e chega a desanimar. Mesmo nas maiores cidades da região, as
pessoas chegam hoje, e amanhã vão embora.
L 2: Esse processo de “peregrinação” tem um reflexo significativo na
maneira de ver e de viver da população. Muitas pessoas acabam
saindo de uma realidade comunitária solidária, em que eram co-
nhecidas e valorizadas, para viver numa situação diferente, perden-
do a sua identidade de pessoa.
51. 51
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
Canto: Por melhor que seja alguém
1. Por melhor que seja alguém, chega o dia em que há de faltar. Só
o Deus vivo a palavra mantém, e jamais Ele há de falhar.
/: Quero cantar ao Senhor, sempre, enquanto eu viver. Hei
de provar seu amor, seu valor e seu poder. :/
2. Nosso Deus põe-se do lado dos famintos e injustiçados, dos
pobres e oprimidos, dos injustamente vencidos.
10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Ao arrancar-lhe as vestes, estão também agredindo a sua dignida-
de. Jesus é despido, exposto ao ridículo diante da multidão. Teve
que entregar tudo, nada guardou para si. Entregou tudo para nos
libertar.
L 1: Hoje, muitos índios brasileiros, principalmente os daAmazônia, vi-
vem à beira das estradas e perambulam pelas ruas das cidades.
L 2: Para sobreviver, vendem seu artesanato, quando não o próprio
corpo.
T: Muitas vezes, maltrapilhos, ou vestidos com as roupas dos “ci-
vilizados”, mas despidos da própria cultura.
A: Vendo ferida a dignidade daAmazônia, também vem à nossa me-
mória a grave questão ambiental: a devastação das florestas, a
ameaça à riquíssima biodiversidade, rios sendo poluídos pela mine-
ração sem controle, terras que vão sendo ocupadas
desordenadamente.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
A: Rezemos a 3ª estrofe da Oração da CF:
52. 52
T: Que aAmazônia, berço acolhedor de tanta vida, seja também o
chão da partilha fraterna, pátria solidária de povos e culturas,
casa de muitos irmãos e irmãs.
Canto: Todo dia eu encontro
1. Todo dia eu encontro muita gente, que vai, que vem. O que pensa,
o que vive, o que sente, eu não sei se o sabe alguém.
/:Caminhar,comrazão,eisnavidaumalição.Esorrir,ecantar,
e o mundo a Deus levar. :/
2. Tenho pena de quem anda pela vida, sem ter pra quê. É jornada
que se vê quase perdida, quando há tanto que aprender.
11ª Estação: Jesus é pregado na cruz
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Olhando para Jesus pregado na cruz, lembramos o sofrimento do
povo nativo daAmazônia e da grande massa de povos sofredores
do Brasil. São as pessoas expulsas de suas terras, por causa da
exploração privada e predatória dos ambientes.
L 1: São essas pessoas, com suas cruzes, machucadas, maltrapilhas
e humilhadas, que chegam às periferias das maiores cidades, em
busca de socorro e de uma vida melhor.
L 2: A cruz é o trono de onde Jesus exerce a sua realeza. Ele não está
só, mas é o centro daqueles que o acompanham, dando a vida como
Ele.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
A: Há um letreiro na cruz que diz: JESUS DE NAZARÉ, O REI DOS
JUDEUS. Jesus é o Rei que entrega sua vida por todos nós. De
agora em diante, a cruz será o símbolo do amor de Deus, que vai
até o fim.
T: LembremososmártiresdaAmazônia,quecarregavamsuascru-
zes em favor dos injustiçados e perseguidos por causa da jus-
53. 53
tiça: Chico Mendes, Ir Doroty, Pe Josimo, Margarida MariaAlves
e tantos outros.
L 1: Testemunharam sua fé com a vida e a morte. Sabiam que Deus
estava com elas e com eles.
L 2: Há também o martírio sem derramamento de sangue, silencioso e
anônimo, dos missionários e missionárias que continuam como pre-
sença de Cristo e de sua Igreja no meio do povo daAmazônia.
A: Rezemos a oração que Jesus fez ao Pai, diante da proximidade de
sua morte:
T: Pai, chegou a hora! Glorifica teu filho, para que teu filho glorifi-
que a ti, pois lhe deste poder sobre todas as pessoas, para
que ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe destes. Eu te
glorifiquei na terra, completei a obra que me deste para fazer.
Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha junto de ti,
antes que o mundo existisse (Jo 17, 1-5).
12ª Estação: Jesus morre na cruz
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Dos companheiros de caminhada, apenas três mulheres e João vi-
ram jorrar sangue e água do lado de Jesus.
(Pausa para um silêncio profundo.Se possível, ajoelhemo-nos)
A: O projeto de Deus a respeito do ser humano se completa na morte
de Jesus. Pela sua morte, nós ganhamos a vida. É acreditando na
vida de Jesus, que venceu a morte, que o cristão continua a obra
libertadora de Jesus.
L 1: Não só naAmazônia, mas em todo o Brasil, os que lutam em favor
da vida, dos direitos dos povos indígenas, ribeirinhos, dos pobres do
campo e das cidades, são, muitas vezes, ameaçados de morte.
T: Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo, não se faça
a minha vontade, mas a tua! (Lc 22,42)
54. 54
L 2: Muitas pessoas, famílias inteiras, deixam de ser sujeitos da própria
história, não falam, têm de calar diante de “grandes forças” explora-
doras, que não lhes dão nem vez, nem voz.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade com o vosso sangue.
Canto: Bendita e louvada seja.
1. Bendita e louvada seja, no céu, a divina luz.
/: E nós também, na terra, louvemos a santa Cruz. :/
2. No mais alto do calvário, morreu nosso bom Jesus,
/: Dando o último suspiro, nos braços da santa Cruz. :/
13ª Estação: Jesus é descido da cruz
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Tudo indica que é o fim. Com o corpo de Jesus está Maria – a Mãe
das Dores. Resta uma esperança.
L 1: José deArimatéia, discípulo de Jesus, foi a Pilatos e pediu o corpo
de Jesus. Desceu-o da cruz, ajudado pelos que estavam ali, e o
enrolaram num lençol (Lc 23,25-28).
L 2: É preciso que Cristo reine, até que todos os seus inimigos estejam
debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte
(1Cor 15,25-28).
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
Pai- nosso...
Canto: Virgem dolorosa.
1. Virgem dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústias. Bendita
sejais.
/: Bendita sejais, Senhora das Dores. Ouvi nossos rogos,
Mãe dos pecadores. :/
55. 55
14ª Estação: Jesus é sepultado
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: O corpo de Jesus é colocado no sepulcro.Aí não existe mais vida.
L 1: É necessário que aAmazônia seja respeitada, para que se cumpra
o desígnio do Criador a seu respeito.
L 2: Calúnias, difamações e ameaças de morte são as armas que os
poderosos empregam para calarem a voz dos profetas, que usam
sua voz contra as agressões e a favor da dignidade humana.
T: Como no silêncio do túmulo, muitas vozes são caladas e silen-
ciadas, sem um mínimo de respeito à pessoa humana e às co-
munidades pobres daAmazônia, as quais têm direito a uma vida
digna.
A: Salvai aAmazônia, Senhor!
T: Como remistes a humanidade, com o vosso sangue.
Pai nosso...
Canto: Senhor, vem salvar.
1. Senhor, vem salvar teu povo das trevas da escravidão. Só tu és
nossa esperança, és nossa libertação.
/:Vem,Senhor,vemnossalvar!Comteupovovemcaminhar.:/
15ª Estação: Jesus ressuscita para a vida
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!
T: Porque, pela vossa santa Cruz e Ressurreição, remistes o
mundo.
A: Depois da noite, o dia. Depois do fim, o começo. Depois da morte, a
vida.
Canto: /:Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! :/
L 1: “AAmazônia está ocupada. Em todos os cantos, há populações in-
dígenas; há pessoas que trabalham, que colhem látex, e que, ao
mesmo tempo, lutam pela conservação da natureza. Enquanto hou-
ver indígenas, seringueiros, na floresta amazônica, há esperança
de salvá-la” (Chico Mendes).
56. 56
T: A vida ressurgiu, aleluia!
L 2: A Amazônia, o berço generoso de tanta vida, precisa ser chão
fraterno entre povos e culturas.
Canto: /:Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo
sua luz no povo, por isso, alegre estou!:/
A: Ao concluirmos esse caminho da cruz junto ao túmulo vazio da Res-
surreição, rezemos:
T: Enviai-nos todos e todas em missão! O Evangelho da vida, luz
e graça para o mundo, fazendo-nos discípulos e missionários e
missionárias de Jesus Cristo, indique o caminho da justiça e
do amor; e seja anúncio de esperança e de paz para os povos
daAmazônia e de toda a humanidade. Amém!
Pai Nosso...Ave Maria... Glória ao Pai...
Canto: Vitória, tu reinarás!
/: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! :/
1. Brilhando sobre o mundo, que vive sem tua luz, tu és um sol
fecundo de amor e de paz, ó cruz!
/: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! :/
2. Aumenta a confiança do pobre e do pecador. Confirma nossa
esperança, na marcha para o Senhor.
/: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! :/
3. À sombra dos teus braços a Igreja viverá. Por ti, no eterno abraço,
o Pai nos acolherá.
A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo,
T: Para sempre seja louvado.
A: Vamos pensar no próximo encontro: Dia, hora, local, tema.
Preparemo-nos bem, lendo com antecedência em casa:
João 20,1919-23.
FELIZEABENÇOADAPÁSCOA!
“Estarei convosco até o fim dos tempos” (Mt 28,20).
57. 57
6º Encontro
PÁSCOA, VIDA E MISSÃO
“A Paz esteja com vocês” (20,21).
Ambiente: Fazer o encontro em círculo, tendo no meio os
elementos essenciais para a vida: água, ar, fogo e
terra; a casinha, uma planta viva, uma pequena cruz
e um pano branco.
Acolhida: Feita pelos donos da casa, que acolhem a
todos.
Motivação e oração inicial
Animador/a: Iniciemos o nosso encontro com o canto, pedindo as luzes
do Espírito Santo:
Todos/as: /:Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós,
traze à Igreja um novo vigor!:/
A: Hoje refletiremos um pouco mais sobre a alegria pascal, dom do
nosso Deus que é vida, libertação e ressurreição. Faremos o nosso
momento de espiritualidade em nome da Trindade Santa, cantando
o sinal da cruz:
T: Em nome do Pai...
A: Jesus ressuscitou: É a vitória da vida sobre a morte! Páscoa é pas-
sagem, é vida nova, partilhada e respeitada. O nosso compromisso
cristão é preservar e reconstruir a vida em todas as suas dimen-
sões e expressões no planeta.
Canto: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo a
luz no povo, por isso alegre sou.
Leitor/a 1:APáscoa não pode ser plena, enquanto a mãe natureza estiver
sendo ameaçada e desrespeitada.
L 2: Dá-nos, Senhor, a confiança na vitória da vida e uma alegria pura,
forte e cativante, para anunciar o teu projeto de vida. Tu és o princí-
pio e o fim.
T: Nosso Deus é o Deus da vida! Ele renova todas as coisas e
nos torna vencedores do mal.
58. 58
L 3: A ressurreição de Jesus nos leva a refletir sobre o nosso compro-
misso com toda a criação divina.
L 4: Viver a Páscoa é lembrar também as ameaças à vida, sobretudo,
neste ano, todos os conflitos e a resistência dos povos daAmazô-
nia, que têm direito de defender sua cultura, sua organização e sua
maneira de conviver com a mãe natureza.
L 1: É acreditar num Deus libertador, presente na caminhada e na vida
do povo.
Canto: No raiar de um novo tempo, vida nova então se faz. A espe-
rança do teu povo é justiça, amor e paz!
A: Durante toda a caminhada do povo, Deus sempre esteve presente,
animando e dando forças para recomeçar.
T: “Eu vi a miséria do meu povo que está no Egito, ouvi o seu
clamor contra seus opressores. Por isso, desci para libertá-lo”
(Ex 3, 7-8).
L 2: Deus vem para junto de seu povo, que está sendo oprimido, e faz
com ele um processo de libertação: Passagem para uma vida me-
lhor, para uma terra onde a vida seja mais plena.
L 3: Como naquele tempo, Deus vem de novo. Desta vez, para dentro
da casa do povo, a casa de Maria. Não é o povo que se eleva até
Deus. É Deus que vem e se encarna (Jo 1,14).
L 4: Foi a partir deste mundo, pequeno e limitado, de uma “casa”, sem
poder e sem prestígio, que tudo continua renascendo até hoje.
Canto: /: “Eu vim para que todos tenham vida,/ que todos tenham
vida plenamente!” :/
A: Jesus nasce no meio do povo, vive no meio do povo, assume nos-
sas dores e alegrias. Por amor, ele vive, morre e ressuscita.
T: Senhor, ajuda-nos a mostrar, sempre mais claramente, sinais
de Ressurreição no meio em que vivemos. Que saibamos res-
peitar também o meio ambiente: reciclando, e não poluindo;
economizando,contemplandoeamandoavidaemtodasassuas
dimensões.
59. 59
Canto: O meu mandamento é este: amai-vos como eu vos amei. E
nisto conhecerão todos que vós sois discípulos meus.
O amor, o amor, o amor não há de acabar jamais.O amor, o amor,
por ele Deus vai nos julgar.
Escutando a Palavra
A: Jesus continua presente na vida de
seus amigos e amigas. E entra para
lhes dar coragem e desejar a paz.
Aclamemos, com muito carinho e
alegria, a palavra do Senhor ressus-
citado.
Canto: /:Aleluia,Aleluia,Aleluia,Aleluia!:/
Ponho-me a ouvir o que o Senhor
dirá. Ele vai falar, vai falar de paz.
Leitor/a da Palavra: Proclamação do Evan-
gelho de João, capítulo 20, versículos de 19 a 23 (Jo 20, 19-23).
A: Vamos meditar o texto e descobrir a Palavra de Deus na vida.
(Pausa)
A: Vamos relembrar o texto, conversando:
1. O que lhe chamou mais atenção? Por quê?
2. Qual a reação dos discípulos diante da chegada de Jesus?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema
A: Ao vencer a morte, Jesus revoluciona todos os anseios e sonhos do
mundo. Depois disso, é justificada a crença na vitória de tudo o que
é bom, sejam quais forem as forças do mal em contrário.
T: “Apaz esteja com vocês.Assim como o Pai me enviou, eu tam-
bém envio vocês” (Jo 20, 21).
L 4: Jesus liberta os discípulos e a nós de todo medo, mostrando que o
amor doado até a morte é sinal de vitória e alegria.
L 1: Depois de desejar a paz, dá sinal de sua vitória, infunde-lhes o Espí-
rito Santo, e convoca seus amigos e amigas para a missão.
60. 60
Canto: Quando o Espírito de Deus soprou.
1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou.A
esperança da terra brotou, e um povo novo deu-se as mãos e
caminhou.
/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador./ Justiça e paz
hão de reinar, e viva o amor. :/
Compromisso
A: Nós sabemos que a Páscoa de Jesus foi um processo de libertação
e vida. Como seus seguidores e seguidoras, somos convocados a
continuar esse processo. Que compromisso assumiremos, para que
a Páscoa continue acontecendo entre nós e no mundo?
(Tempo para conversa)
Oração final e bênção
A: Conscientes do nosso contato com Deus e com a vida na terra, no
mar e nos ares, contemplemos os símbolos e rezemos:
L 2: Senhor nosso Deus, por tua Ressurreição, da morte és vencedor,
da vida és o Senhor.
L 3: Ele é nosso Senhor. Por sua Ressurreição, é dos tristes consolador,
dos pobres libertador.
T: Anunciai a sua glória entre as nações, e suas maravilhas a to-
dos os povos (Sl 9,3).
L 4: Ele é nosso Senhor. Por sua ressurreição, as mãos se dão céus,
terra e toda a criação. É uma só louvação.
T: Que o céu se alegre e a terra exulte, estronde o mar e tudo
que ele contém. Louvado seja nosso Senhor (Sl 95,11).
L 1: Ó Deus, nosso Senhor! Do povo pobre e oprimido ouviste sempre o
clamor. Mandaste o teu filho ao mundo, do pobre és libertador.
L 2: Jesus por nós deu a vida, e a lei maior ensinou, Jesus, morrendo por
todos, a vida ressuscitou.
61. 61
T: Pela tua ressurreição, Senhor, envia-nos todos em missão. Que
o Evangelho da vida seja luz e graça para o mundo, “Vida e
Missão neste Chão”!
Canto: Pela água que dá vida – CF 2004.
1. Venham todos, vamos juntos ao encontro do Senhor. Ele mesmo
nos convida para a ceia do amor. Jesus Cristo, água viva, vem
conosco celebrar, num fraterno conviver, nossa vida renovar.
/: Pela água que dá vida, pelos dons da criação, ó Senhor,
Deus do Universo, eis a nossa louvação! :/
2. Senhor Deus, Pai de bondade, Criador de todo ser, vem trazer-
nos conversão e ensinar-nos a viver. Como outrora, no deserto,
saciaste o teu povo, / vem, Senhor, vem saciar-nos, e faremos
mundo novo.
A: Rezemos:
T: Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...
A: Com a água que está à nossa frente, vamos fazer o sinal da cruz na
pessoa que está ao nosso lado, pedindo a bênção de Deus.
(Tempo para esse gesto de bênção)
A: Desejemos Feliz Páscoa uns aos outros e cantemos com alegria
pascal:
Canto: Novo sol brilhou
1. Novo sol brilhou! A vida superou sofrimento, dor e morte, tudo,
enfim. Nosso olhar se abriu. Deus mesmo se incumbiu de tomar-
nos pela mão assim.
/: O Deus de amor jamais se descuidou. Em seu vigor, Jesus
ressuscitou. :/
2. Estender a mão, abrir o coração, acolher, compartilhar e perdoar
é fazer o céu cumprir o seu papel: já na terra tem de vigorar.
A: Vamospensarnopróximoencontro:Dia,hora,local,tema.Preparemo-
nos bem, lendo com antecedência, em casa: Lc 4,14-22.
62. 62
7º Encontro
DISCÍPULOS E MISSIONÁRIOS DE
JESUS CRISTO, PARA QUE NELE
NOSSOS POVOS TENHAM VIDA
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida” (Jo 14,6)
Símbolos: Bíblia, vela, casinha, sandálias, cartaz da Campanha da Fraternidade,
imagem de Nossa SenhoraAparecida, pão e vasilha com água.
Acolhida: Pelos donos da casa ou pelo animador ou animadora.
Motivação e oração inicial
Animador/a:Amados irmãos e irmãs, nós estamos reunidos aqui para,
em torno da Bíblia, meditarmos um pouco sobre a nossa vida e a
caminhada da nossa Igreja.
No nosso livreto do Tempo Comum, do ano de 2006, refletimos em
duas oportunidades sobre o que é e do que tratará a V Conferência
dos Bispos daAmérica Latina e do Caribe.
Todos/as: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele
nossos povos tenham vida”.
A: Vamos lembrar agora o compromisso da semana anterior. Conse-
guimos colocá-lo em prática?
(Tempo para partilhar)
A: Hoje, junto com o tema da V Conferência, conversaremos ainda
sobre a Campanha da Fraternidade, que trata do tema da Amazô-
nia. Por isso, unindo-nos a toda a comunidade eclesial, iniciemos,
saudando a SantíssimaTrindade:
T: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.Amém.
A: Rezemos juntos a oração da Campanha da Fraternidade:
LadoA: Deus criador, Pai da família humana, vós formastes aAmazônia,
maravilha da vida, bênção para o Brasil e para o mundo.
Lado B: Despertai em nós o respeito e a admiração pela obra que vossa
mão entregou aos nossos cuidados.
63. 63
Lado A: Ensinai-nos a reconhecer o valor de cada criatura que vive na
terra, cruza os ares ou se move nas águas.
LadoB:Perdoai,Senhor,aganânciaeoegoísmodestruidor.Moderainossa
sede de posse e poder.
LadoA: Que aAmazônia, berço acolhedor de tanta vida, seja também o
chão da partilha fraterna, pátria solidária de povos e culturas, casa
de muitos irmãos e irmãs.
T: Enviai-nos todos em missão!
Lado B: O Evangelho da vida, luz e graça para o mundo, fazendo-nos
discípulos e missionários de Jesus Cristo, indique o caminho da jus-
tiça e do amor,
T: e seja anúncio de esperança e de paz para os povos daAmazô-
nia e de todo o Brasil. Amém.
Refletindo o tema
A: Os Bispos da América Latina e do Caribe
irão reunir-se neste ano em Aparecida do
Norte, para discutir um dos assuntos mais
urgentesdanossaIgreja:amissionariedade,
isto é, o nosso compromisso de sermos
missionários e missionárias.
Leitor/a 1: Quando Jesus disse aos seus após-
tolos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evan-
gelho a toda criatura” (Mc 16,15), Ele nos
deu uma responsabilidade muito importante: a de sermos discípu-
los e missionários da sua Boa-Nova.
L 2: Quando olhamos para a realidade do mundo atual, constatamos que
ainda falta muito para cumprir este mandato do Senhor.
L 3: Nosso Brasil está carente de cristãos e cristãs à imagem de Jesus,
que “não se cansava de bater nas portas” (cf.Ap 3,20). Há ainda
muitos territórios e muitas pessoas que têm necessidade do anún-
cio da Boa Nova de Jesus!
L 4: Neste sentido, a Campanha da Fraternidade é um apelo para todos
nós. Ela nos convida a olharmos para aAmazônia com esse cora-
64. 64
ção de missionários e missionárias, buscando compreendê-la nos
seus desafios e nas suas necessidades.
T: Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele nos-
sos povos tenham vida.
A: Neste ano, nosso primeiro passo para a missionariedade será pro-
curar conhecer a realidade em que vivem os povos daAmazônia,
sua cultura, seus valores e as agressões que sofrem por causa do
atual modelo econômico e cultural.
L 1: Outro passo missionário será o de fazer com que o nosso testemu-
nho de vida seja um chamado à conversão, à solidariedade, a um
novo estilo de vida e a um projeto de desenvolvimento à luz dos
valores humanos e evangélicos, seguindo a prática de Jesus.
L 2: Enfim, ser discípulo e missionário, discípula e missionária, nos re-
mete ao seguimento concreto de Jesus, que nos convida a lutar por
um mundo mais justo e fraterno.
T: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
A Palavra de Deus nos ilumina
A: NotextodoEvangelhodeSão
Lucas, que ouviremos agora,
Jesus cita um trecho do pro-
feta Isaías, que nos convida
à missão de evangelizar os
pobres.
Canto: /: Palavra de Salvação so-
mente o céu tem pra dar.
Por isso, o meu coração se
abre para escutar. :/
Leitor/a da Palavra: Proclamação
do Evangelho de Jesus
Cristo, escrito por São Lucas, capítulo 4, versículos de 14 a 22
(Lc 4,14-22).
(Após a proclamação, fazer um momento de silêncio
para interiorização da Palavra)
65. 65
Refletindo a Palavra com o tema
A: No trecho bíblico que acabamos de ouvir, Jesus, cheio do Espírito
Santo,leunasinagogadeNazaréumtrechodolivrodoProfetaIsaías,
que dizia:
T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e en-
viou-me para anunciar a boa nova aos pobres...”(Lc 4, 18a).
L 1: Jesus, como missionário do Pai, passou toda a sua vida terrena em
função dos mais pobres. Por isso se fez pobre, para que, sendo
pobre, nos enriquecesse com sua vida.
L 2: Portanto, se quisermos ser verdadeiros cristãos, devemos lançar-
nos sem medo no trabalho da construção do Reino de Deus. Um
Reino para “proclamar a libertação aos presos, e aos cegos a recu-
peração da vista, para devolver a liberdade aos oprimidos e para
proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18b).
L 3: Podemos nos perguntar: “Mas quem sou eu, para fazer tantas coi-
sas? Eu sou uma pessoa como tantas outras, tenho as minhas limi-
tações!”.
L 4: Lucas diz que as pessoas, admiradas com as palavras cheias de
graça que saíam da boca de Jesus, se perguntavam:
T: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22b).
L 1: Certamente, assim também será conosco. Muitos dirão: “Esta não
é a fulana?” ou ainda: “Este não é o amigo do meu filho?”.
L 2: Discípulos e missionários somos nós, pessoas comuns, limitadas
e pecadoras.
L 3: Cabe a nós a evangelização do mundo, daAmérica Latina, do Bra-
sil, daAmazônia, de nós mesmos.
L 4: Gente como nós, da nossa arquidiocese, está em missões na Áfri-
ca, no Chile, em Barra, na Bahia, e em diversos estados brasileiros.
T: “Vida e missão neste chão”.