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Entre o não ainda e o já
passou: 20 anos do uso do
computador na educação brasileira

              Vera Menezes (UFMG/CNPq)
A Internet no Brasil

Em 1991 = Fase I da RNP para interligar 11 capitais com
conexões dedicadas a velocidades de 9.600 a 64.000 bps

Em meados de 1994, a RNP conectava cerca de 30.000
usuários (educadores e pesquisadores em sua
maioria), através de 3.300 hosts dispersos por mais de 400
instituições no país, boa parte delas universidades, centros
de pesquisa e órgãos do governo.

1996 = grande "boom" da rede no Brasil.
A Internet no Brasil


2001 = cerca de 6 milhões de usuários

2002 = conexões wireless assim como provedores sem fio, e
ondas de serviços online modificam o comportamento do
internauta, como álbum de fotos, e-mail, blogs e instant
messengers.

Março 2011 = 73,9 milhões de usuários
             52,8 milhões de domicílios com acesso
http://pesquisamundi.blogspot.com/2011/08/historia-dos-livros-eletronicos.html
http://en.s.digitalkamera.com/wp-content/uploads/2010/06/EvolutionBook.jpg
Qual é o uso do computador
       hoje na educação?




http://www.cetic.br/educacao/2010/
Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da
Informação e da Comunicação no Brasil
Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da
 Informação e da Comunicação no Brasil
• Amostra de 497 escolas públicas municipais e estaduais em
  áreas urbanas em todas as regiões.

• Entrevistas presenciais, utilizando questionários estruturados.

• 1541 professores de português e matemática.

• 4987 alunos do 5º do ensino fundamental I; 9º anos do
  ensino fundamental II e 2º ano do ensino médio.

• 497 diretores

• 482 coordenadores
Quem possui computador?
Itens da pesquisa

 A - Perfil demográfico e profissional

 B - Perfil do usuário de computador e Internet

 C - Habilidades relacionadas com o computador e a
 Internet

 D - Capacitação específica

 E - Atividades em âmbito educacional e escolar

 F - Barreiras para o uso
Atividades em âmbito educacional
Prática Docente – Uso do Computador e
                Internet




Proporção sobre o total de professores que costumam
                realizar a atividade.
Prática Docente – Uso Do Computador e
                   Internet




Proporção sobre o total de professores que costumam realizar a
                            atividade.
Atividades realizadas pelos alunos
Atividades realizadas pelos alunos
Consulta ao GT de Linguagem e Tecnologia
  O que vocês faziam com o computador no passado e
                que não fazem mais?

• Brincava.
• Chat, Orkut, imprimia estêncil na matricial
• baixava e-mails para o meu computador; agora só usa
  webmail; usava listas de discussão para cursos
  Jogava paciência; Skype e MSN
• Chats; ouvia músicas em mp3; usava a calculadora;
  Orkut; imprimia notas de aula na impressora matricial.
O que estão fazendo no momento?
• Outlook; blog; lattes; músicas no Terra (Sonora),
  Youtube; Word; PowerPoint; Excel, atualização de página
  no Joomla; notícias, jornais (Portal G1); download de
  artigos (principalmente em PDF);webmail;
  Google; Google Scholar; Google Books;bancos de dados
  especializados; Google Translator; dicionários on-line;
  Moodle; Google Docs; Dropbox; Slideshare; serviços
  bancarios;YahooGrupos; jogo on-line; compras on-line;
  Twitter; Facebook; Linkedin; elaboração de material
  didático para EaD; estudo da língua inglesa; Skype;
  MSN; portais de periódicos científicos; site dos órgãos de
  fomento; apoio a aulas presenciais; encontrar amigos e
  desconhecidos; reuniões com colegas de outras
  universidades por videoconferência, qualificações e
  defesas por videoconferência.
O que esperam fazer no futuro?
• Integração das mídias: computador, televisão, rádio do
  carro, smartphone, Iphone, LapTop, Ipad, etc.
• Computação em nuvens;
• Uma banda realmente larga;
• Acesso sem fio pleno, livre, gratuito e de qualidade;
• leitura em tela com desgaste visual no mínimo similar ao
  impresso;
• Navegar livremente na Internet pela TV;
• Que a internet (e as diversas telas) fique invisível na
  escola;
• Internet na geladeira;
• Imprimir cédulas de dinheiro em casa para não ter que
  sair para os caixas eletrônicos;
•   que o teletransporte de átomos chegue antes da minha desmaterialização e
    que eu possa, de fato, abraçar os amigos
O que esperam fazer no futuro?

• Gostaria que as inovações tecnológicas nos dessem
  mais tempo para fazer mais coisas fora da Internet e
  não apenas mais coisas dentro dela.
Já passou
            • Internet discada
Vão chegar!



• O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets. “A
  ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares.
  Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição
  de tablets.”
• “Nós estamos investindo em conteúdos digitais
  educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$
  70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos
  portais importantes, como o Portal do Professor e o
  Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais
  digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do
  ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”
Não passaram, não chegaram para todos,
                 vão passar
Leitores de livros digitais (kindle)
Quadro interativo
Mouse mischief
Não ainda
• Liberdade (Google proibido na China, redes sociais nas
  escolas)
• Banda larga
• Baterias de longa duração
• Equipamentos sem fio
• Controle de spam confiável
• Netiqueta
• Linguagem como prática social (ver Talk Fast)
• Novas formações profissionais (ex. personal digital =
  espécie de assessor tecnológico, encarregado de ajudar a
  direcionar a vida do cliente no ambiente digital, como
  gerenciar suas correspondências e conduzir toda a parte de
  informação da empresa com conteúdo específico e
  linguagem adequada)
Não ainda: Normalização da EAD
Na propaganda do Talk Fast Adriane Galisteu diz:
“Nas escolas online você está constantemente rodeado de
desconhecidos, gente que (sic) você não vai desenvolver
nenhuma ligação”.




              http://vimeo.com/28515668
Não ainda: Otimização do hipertexto
• 14ª Jornada de Passo Fundo

“A editora Kate Wilson, que produz livros e aplicativos para
leitura digital, apresentou números segundo os quais as
crianças convivem cada vez mais com a tecnologia. É por
meio da tecnologia, portanto, que deve-se buscar os novos
leitores, defendeu. Quando concluiu a apresentação,
Alberto Manguel imediatamente tomou o microfone e, em
espanhol, promoveu um ataque frontal ao que havia
ouvido:

– Achei que esta mesa falaria de formação de leitores, e
não de deformação. Leitura não é comércio.
Manguel foi apoiado por Beatriz Sarlo e Afonso Romano
apaziguou.”
http://wp.clicrbs.com.br/passofundo/2011/08/27/bate-boca-marca-fim-da-jornada/?topo=77,1,1
O hipertexto ainda é subutilizado
• 14ª Jornada de Passo Fundo
Cinderella
Affonso Romano

Em sua coluna de 4/9/2011, o poeta disse coisas
importantes:

“A discussão se polarizou em pontos que pareciam
falsamente inconciliáveis: o uso da tecnologia versus a
leitura tradicional. Minha tese é que a leitura é uma
tecnologia. Na discussão acabou parecendo que Manguel
era um conservador e tradicionalista que só aceitava a
leitura dos livros e Kate uma pessoa que só queria vender
seu produto audiovisual. “
Affonso Romano

“Há um novo universo da leitura aportado pela internet e
que o Brasil que não construiu bibliotecas nem tem
livrarias suficientes tinha a chance de dar pulo histórico
caso se desse conta que os Ipads, os telefones celulares,
os computadores e as lanhouses podem fazer o que não
fizemos em 500 anos. A tecnologia não e má nem boa,
tudo depende do uso que se faz dela.”
Affonso Romano
“Ao invés de sermos contra, temos que aliciá-los,
reinventar com eles o livro e os modos de leitura.

É bom lembrar dessa parábola verdadeira: quando o
Marechal Rondon foi designado para implantar o telégrafo
com fio por todo o país, ele saiu por aí campeando,
encontrando índios, atravessando rios e montanhas e
plantando postes e fios por todo o país. Era uma façanha
histórica cobrir todo o país com o telégrafo com fio.

Pois bem. Quando ele botou o último poste na fronteira do
Brasil com a Bolívia recebeu a noticia de que tinham
acabado de descobrir o telégrafo sem fio.”
Affonso Romano
A tecnologia, portanto, pode nos socorrer e resgatar os
500 anos de atraso na área do livro, da leitura e das
bibliotecas. Se o Brasil levou 500 anos para ter cerca de
seis mil bibliotecas públicas, hoje temos 109.000
lanhouses em toda parte. Se numa favela como a da
Rocinha no Rio, existe só uma precária biblioteca, lá
existem por outro lado, 200 lanhouses. Igualmente uma
pessoa na margem esquerda do Tapajós ou no Mato
Grosso pode ler pelo Google obras clássicas em várias
línguas, mesmo que sua cidade não tenha biblioteca nem
livraria. A livraria e a biblioteca que ficavam longe de
nossa casa, hoje estão em nossa mão. Basta acessar.
CONCLUINDO

•   Folhetim deu espaço ao livro
•   Imprensa escrita dá lugar a web, incluem vídeo, etc.
•   Napster foi o início da decadência do comércio musical
•   Library.nu e englishtips.org são o início da decadência
    das editoras.
•   Revistas acadêmicas estão migrando para a internet
    com acesso pago, mas autores dão acesso a textos
•   Os textos acadêmicos precisam mudar
•   Estamos bem na pesquisa, mas precisamos investir
    mais no ensino
•   Os alunos mudaram, precisamos mudar.

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20 anos do uso do computador na educação brasileira

  • 1. Entre o não ainda e o já passou: 20 anos do uso do computador na educação brasileira Vera Menezes (UFMG/CNPq)
  • 2. A Internet no Brasil Em 1991 = Fase I da RNP para interligar 11 capitais com conexões dedicadas a velocidades de 9.600 a 64.000 bps Em meados de 1994, a RNP conectava cerca de 30.000 usuários (educadores e pesquisadores em sua maioria), através de 3.300 hosts dispersos por mais de 400 instituições no país, boa parte delas universidades, centros de pesquisa e órgãos do governo. 1996 = grande "boom" da rede no Brasil.
  • 3. A Internet no Brasil 2001 = cerca de 6 milhões de usuários 2002 = conexões wireless assim como provedores sem fio, e ondas de serviços online modificam o comportamento do internauta, como álbum de fotos, e-mail, blogs e instant messengers. Março 2011 = 73,9 milhões de usuários 52,8 milhões de domicílios com acesso
  • 5. Qual é o uso do computador hoje na educação? http://www.cetic.br/educacao/2010/
  • 6. Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil
  • 7. Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil • Amostra de 497 escolas públicas municipais e estaduais em áreas urbanas em todas as regiões. • Entrevistas presenciais, utilizando questionários estruturados. • 1541 professores de português e matemática. • 4987 alunos do 5º do ensino fundamental I; 9º anos do ensino fundamental II e 2º ano do ensino médio. • 497 diretores • 482 coordenadores
  • 8.
  • 10.
  • 11. Itens da pesquisa A - Perfil demográfico e profissional B - Perfil do usuário de computador e Internet C - Habilidades relacionadas com o computador e a Internet D - Capacitação específica E - Atividades em âmbito educacional e escolar F - Barreiras para o uso
  • 12. Atividades em âmbito educacional
  • 13. Prática Docente – Uso do Computador e Internet Proporção sobre o total de professores que costumam realizar a atividade.
  • 14. Prática Docente – Uso Do Computador e Internet Proporção sobre o total de professores que costumam realizar a atividade.
  • 17. Consulta ao GT de Linguagem e Tecnologia O que vocês faziam com o computador no passado e que não fazem mais? • Brincava. • Chat, Orkut, imprimia estêncil na matricial • baixava e-mails para o meu computador; agora só usa webmail; usava listas de discussão para cursos Jogava paciência; Skype e MSN • Chats; ouvia músicas em mp3; usava a calculadora; Orkut; imprimia notas de aula na impressora matricial.
  • 18. O que estão fazendo no momento? • Outlook; blog; lattes; músicas no Terra (Sonora), Youtube; Word; PowerPoint; Excel, atualização de página no Joomla; notícias, jornais (Portal G1); download de artigos (principalmente em PDF);webmail; Google; Google Scholar; Google Books;bancos de dados especializados; Google Translator; dicionários on-line; Moodle; Google Docs; Dropbox; Slideshare; serviços bancarios;YahooGrupos; jogo on-line; compras on-line; Twitter; Facebook; Linkedin; elaboração de material didático para EaD; estudo da língua inglesa; Skype; MSN; portais de periódicos científicos; site dos órgãos de fomento; apoio a aulas presenciais; encontrar amigos e desconhecidos; reuniões com colegas de outras universidades por videoconferência, qualificações e defesas por videoconferência.
  • 19. O que esperam fazer no futuro? • Integração das mídias: computador, televisão, rádio do carro, smartphone, Iphone, LapTop, Ipad, etc. • Computação em nuvens; • Uma banda realmente larga; • Acesso sem fio pleno, livre, gratuito e de qualidade; • leitura em tela com desgaste visual no mínimo similar ao impresso; • Navegar livremente na Internet pela TV; • Que a internet (e as diversas telas) fique invisível na escola; • Internet na geladeira; • Imprimir cédulas de dinheiro em casa para não ter que sair para os caixas eletrônicos; • que o teletransporte de átomos chegue antes da minha desmaterialização e que eu possa, de fato, abraçar os amigos
  • 20. O que esperam fazer no futuro? • Gostaria que as inovações tecnológicas nos dessem mais tempo para fazer mais coisas fora da Internet e não apenas mais coisas dentro dela.
  • 21. Já passou • Internet discada
  • 22. Vão chegar! • O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets. “A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets.” • “Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”
  • 23. Não passaram, não chegaram para todos, vão passar Leitores de livros digitais (kindle) Quadro interativo Mouse mischief
  • 24. Não ainda • Liberdade (Google proibido na China, redes sociais nas escolas) • Banda larga • Baterias de longa duração • Equipamentos sem fio • Controle de spam confiável • Netiqueta • Linguagem como prática social (ver Talk Fast) • Novas formações profissionais (ex. personal digital = espécie de assessor tecnológico, encarregado de ajudar a direcionar a vida do cliente no ambiente digital, como gerenciar suas correspondências e conduzir toda a parte de informação da empresa com conteúdo específico e linguagem adequada)
  • 25. Não ainda: Normalização da EAD Na propaganda do Talk Fast Adriane Galisteu diz: “Nas escolas online você está constantemente rodeado de desconhecidos, gente que (sic) você não vai desenvolver nenhuma ligação”. http://vimeo.com/28515668
  • 26. Não ainda: Otimização do hipertexto • 14ª Jornada de Passo Fundo “A editora Kate Wilson, que produz livros e aplicativos para leitura digital, apresentou números segundo os quais as crianças convivem cada vez mais com a tecnologia. É por meio da tecnologia, portanto, que deve-se buscar os novos leitores, defendeu. Quando concluiu a apresentação, Alberto Manguel imediatamente tomou o microfone e, em espanhol, promoveu um ataque frontal ao que havia ouvido: – Achei que esta mesa falaria de formação de leitores, e não de deformação. Leitura não é comércio. Manguel foi apoiado por Beatriz Sarlo e Afonso Romano apaziguou.” http://wp.clicrbs.com.br/passofundo/2011/08/27/bate-boca-marca-fim-da-jornada/?topo=77,1,1
  • 27. O hipertexto ainda é subutilizado • 14ª Jornada de Passo Fundo
  • 28.
  • 30. Affonso Romano Em sua coluna de 4/9/2011, o poeta disse coisas importantes: “A discussão se polarizou em pontos que pareciam falsamente inconciliáveis: o uso da tecnologia versus a leitura tradicional. Minha tese é que a leitura é uma tecnologia. Na discussão acabou parecendo que Manguel era um conservador e tradicionalista que só aceitava a leitura dos livros e Kate uma pessoa que só queria vender seu produto audiovisual. “
  • 31. Affonso Romano “Há um novo universo da leitura aportado pela internet e que o Brasil que não construiu bibliotecas nem tem livrarias suficientes tinha a chance de dar pulo histórico caso se desse conta que os Ipads, os telefones celulares, os computadores e as lanhouses podem fazer o que não fizemos em 500 anos. A tecnologia não e má nem boa, tudo depende do uso que se faz dela.”
  • 32. Affonso Romano “Ao invés de sermos contra, temos que aliciá-los, reinventar com eles o livro e os modos de leitura. É bom lembrar dessa parábola verdadeira: quando o Marechal Rondon foi designado para implantar o telégrafo com fio por todo o país, ele saiu por aí campeando, encontrando índios, atravessando rios e montanhas e plantando postes e fios por todo o país. Era uma façanha histórica cobrir todo o país com o telégrafo com fio. Pois bem. Quando ele botou o último poste na fronteira do Brasil com a Bolívia recebeu a noticia de que tinham acabado de descobrir o telégrafo sem fio.”
  • 33. Affonso Romano A tecnologia, portanto, pode nos socorrer e resgatar os 500 anos de atraso na área do livro, da leitura e das bibliotecas. Se o Brasil levou 500 anos para ter cerca de seis mil bibliotecas públicas, hoje temos 109.000 lanhouses em toda parte. Se numa favela como a da Rocinha no Rio, existe só uma precária biblioteca, lá existem por outro lado, 200 lanhouses. Igualmente uma pessoa na margem esquerda do Tapajós ou no Mato Grosso pode ler pelo Google obras clássicas em várias línguas, mesmo que sua cidade não tenha biblioteca nem livraria. A livraria e a biblioteca que ficavam longe de nossa casa, hoje estão em nossa mão. Basta acessar.
  • 34. CONCLUINDO • Folhetim deu espaço ao livro • Imprensa escrita dá lugar a web, incluem vídeo, etc. • Napster foi o início da decadência do comércio musical • Library.nu e englishtips.org são o início da decadência das editoras. • Revistas acadêmicas estão migrando para a internet com acesso pago, mas autores dão acesso a textos • Os textos acadêmicos precisam mudar • Estamos bem na pesquisa, mas precisamos investir mais no ensino • Os alunos mudaram, precisamos mudar.