Suicídio infantil: estudo dos multifatores da ideação suicida
1. Aluna: Danielle Maxeniuc Silva Coura
Orientadores: Prof. Hewdy Lobo Ribeiro,
Ana Carolina Schmidt de Oliveira
UNIP – São Paulo / 2013
2. Suicídio Infantil: Estudo dos Multifatores da
Ideação Suicida
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Saúde Mental para Equipes
Multiprofissionais da Universidade Paulista, como
requisito para obtenção do título de Especialista.
3. “[...] não se pode esquecer que o suicídio
não é nada mais que uma saída, uma ação,
um término de conflitos psíquicos.”
(FREUD, 1910).
4. Introdução
O conceito:
"Chama-se suicídio todo caso de morte que resulte direta ou
indiretamente de um ato positivo ou negativo, praticado pela própria
vítima, sabedora de que devia produzir esse resultado."
(DURKHEIM, 2000, p 11).
5. Introdução
Concepções sobre o suicídio:
- Tishler, Reiss e Rhodes, 2007: Tema considerado tabu em nossa
cultura, que deve ser tratado com manejo diferenciado;
- Durkheim, 2000: Fenômeno complexo;
Causas gerais ou específicas.
Cotidianas Inerentes a vontade do indivíduo
6. Introdução
Concepções sobre o suicídio:
- Capitão, 2007: Tudo começa com a ideação suicida;
Suicídio
- Costa, 2010: Processo suicida: o desejo suicida, a ideia suicídio e
o ato do suicídio.
Consciente
Inconsciente
7. Introdução
Dados estatísticos:
- Suicídio Problema de saúde pública;
- Taxa total de suicídio no Brasil cresceu de 4,4 para 5,7 mortes por
100.000 habitantes;
- Crescimento da taxa de suicídio nos grupos de idade de: 10-14 e 15-19,
de 20% e 30%, respectivamente;
- Quinta causa de óbito entre jovens com idade entre 10 e 19 anos.
- Taxa mundial de suicídio entre crianças de 5-10 anos aumenta em 10
vezes.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000)
8. Introdução
A criança suicida x significado:
Situação de sofrimento insuportável (DURKHEIM, 2000):
a. Ambivalência;
b. Impulsividade;
c. Rigidez.
Para a psicanálise (FRESIA, 1993):
- Fuga de situaçãos problemáticas;
- Busca por atenção;
- Culpa - uma forma de autopunição.
- (FREUD, 1917/1987): Suicídio como homicídio.
9. Justificativa
Necessidade de:
- Novos estudos sobre o tema;
- Novas alternativas de prevenção e de manejo
terapêutico;
- Demarcação do grupo e dos multifatores de risco.
11. Metodologia
- Revisão bibliográfica;
- Base de dados: PUBMED e LILACS;
- Palavras chaves “criança”, “suicídio”, “fator de risco”
e “coorte”;
- Filtros utilizados foram: textos completos;
- Idiomas: português, espanhol ou inglês;
- Ano de publicação de 1990 à 2013;
12. Resultados
Bases de dados:
PUBMED: 5 artigos.
LILACS: 4 artigos.
Dos 9 artigos, 4 atenderam ao critério de exclusão por
falta de conteúdo relativo com a pesquisa.
15. Resultados
- Importância do significado da morte para a criança;
- Maior predominância em crianças do sexo feminino e crianças negras
(NOK E KAZDIN, 2002);
- Transtorno psiquiátricos x suicídio infantil;
- Processo suicida: aumento gradativo da letalidade (BUITRAGO, 2011);
- Manifestações suicidas são de fundo emocionais e podem ser
consideradas como: atitudes de escape, vingança a si próprio,
altruísmo, tendência a ser percebido como um perdedor, baixa
tolerância à frustração, dificuldade em resolver conflito, desesperança e
sensação de abandono (BUITRAGO, 2011).
16. Resultados
- Fatores precipitantes da ideação suicida (FRESIA, 1993):
a. Problemas de rendimento e conduta escolar;
b. Problemas amorosos, abuso físico ou sexual;
c. Conduta suicida de familiares ou amigos e problemas familiares de
diversas naturezas;
d. Separação dos pais;
e. Ausência do pai ou da alguma figura parental;
f. Violência familiar;
g. Falta de comunicação entre os pais e filhos.
17. Discussão/Conclusão
De acordo com os referências teóricos podemos destacar os principais
multifatores da ideação suicida em crianças:
18. Discussão/Conclusão
- Suicídio é um fenômeno complexo que atinge o indivíduo em seus
aspectos biopsicossociais;
- Preocupação com o contexto Brasileiro;
- Necessidade de maior produção cientifica sobre o tema;
- Necessidade do diagnostico antecipado;
- Psicoeducação;
- Atuação preventiva nos fatores de risco.
19. “[...]crianças também são capazes de compreender as
situações de estresse que cercam, e sofrer tão
desesperadamente,
que acabam cogitando tirar suas curtas vidas para não mais
encarar
os problemas”.
(SEMINOTTI, 2011, p. 2)
20. Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Comportamento suicida conhecer para prevenir.
Disponível em:
http://www.cvv.org.br/site/images/stories/saibamais/cartilhasuicidio_profissionaisimprensa_out2009.pd
f. Acesso em: 29 de mar. de 2013, às 14h.
CAPITÃO, Cláudio Garcia. Depressão e Suicídio na Infância e Adolescência.
Disponível em: http://www.adolescenza.org/capitao.pdf. Acesso em: 10 de fev. de 2013, às 20h.
COSTA, D. S. S. Ato Suicida na Infância: do acidental ao ato. Disponível em:
http://www1.pucminas.br/documentos/dissertacao_daniela_scarpa.pdf. Acesso em 20 de mar. de
2013, as 20h15.
DURKHEIM, Émile. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
FREUD, Sigmund. Luto e Melancolia. (1917) In: A história do movimento psicanalítico Vol XIV. Rio de
Janeiro: Ed.Imago, 1976.
FREUD, Sigmund. Contribuições para uma discussão acerca do suicídio (1910) in Cinco lições de
Psicanálise vol. XI. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1976.
MINAYO. MC. Suicídio: violência auto-infligida. In: Impactos da violência na saúde dos brasileiros.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.
21. Referências
Revista Brasileira de Psiquiatria (vol.31). Epidemiological analysis of suicide in Brazil from 1980
to 2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462009000600007&script=sci_arttext.
Acesso em 10 de mar. de 2013, às 21h.
Revista Brasileira de Psiquiatria (vol.27). Epidemiology of suicide in Brazil (1980 - 2000):
characterization of age and gender rates of suicide. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462005000200011. Acesso em 10 de
mar. de 2013, as 21h30.
Revista Cubana Medicina General Integral; 18(2). Epidemiología de la conducta suicida. Disponível
em: http://bvs.sld.cu/revistas/mgi/vol18_2_02/mgi07202.htm. Acesso em 10 de mar. de 2013, as
21h45.
SCIVOLETTO, Sandra et al. Emergências psiquiátricas na infância e adolescência. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v32s2/v32s2a08.pdf. Acesso em 29 de mar. de 2013, às 20h.
TISHLER.C.L; REISS N.S; RHODES A.R. Suicidal behavior in children younger than twelve: a
diagnostic challenge for emergency department personnel. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17726127. Acesso em 04 de abr. de 2013, às 20h.
UNICEF. Situação Mundial da Infância 2011: Adolescência Uma fase de oportunidades. Disponível
em: http://www.unicef.org/brazil/pt/br_sowcr11web.pdf. Acesso em: 29 de mar. de 2013, às 21h15.