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Setembro Amarelo
É uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o
objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no
Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro,
desde 2015, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a
cor amarela e ampla divulgação de informações.
CVV
A primeira medida
preventiva é a educação:
é preciso deixar de ter
medo de falar sobre o
assunto, derrubar tabus
e compartilhar
informações ligadas ao
tema.
(CVV, 2013)
O que é suicídio?
“Ato deliberado, intencional, de causar morte a si mesmo; iniciado e executado por
uma pessoa que tem clara noção ou forte expectativa de que o desfecho seja fatal e
resulte em sua própria morte.”
É um transtorno multidimensional, que resulta de uma interação complexa entre
fatores ambientais, sociais, fisiológicos, genéticos e biológicos.
(BERTOLOTE, 2012; OMS, 2000)
Classificação do comportamento suicida
Três categorias:
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MAIS DE 800 MIL
tiram a própria vida por
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Terceira maior causa
entre 15 a 29 anos
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Pensei nessa palavra muitas vezes.
É algo difícil de dizer em voz alta.
É ainda mais assustador quando
você sente que pode estar falando sério.
13 Reasons Why
O que leva alguém ao suicídio?
Normalmente, a pessoa tem necessidade de aliviar pressões externas como
cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso,
humilhação etc.
O comportamento suicida tem sido frequentemente associado a quadros de
transtornos psiquiátricos, como depressão e esquizofrenia, ou ao abuso de
álcool e outras drogas (ABP, 2014).
(CVV, 2013; ABP, 2014)
“Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.”
Augusto Cury
Fatores de risco
Tentativa prévia de suicídio:
Estima-se que 50% daqueles que se
suicidaram já haviam tentado
previamente. Pacientes que passaram
por tentativa previamente tem de cinco a
seis vezes mais chances de tentar
novamente.
Doença mental:
Suponham que muitas vezes as pessoas tenham
uma doença mental não diagnosticada,
frequentemente não tratada ou não tratada de
forma adequada.
Se destacam:
• depressão;
• transtorno bipolar;
• alcoolismo e abuso/dependência de outras
drogas;
• transtornos de personalidade e esquizofrenia.
Fatores de risco
Outros fatores de risco
• Desesperança, desespero, desamparo e impulsividade;
• Gênero;
• Idade;
• Doenças clínicas não psiquiátricas;
• Eventos adversos na infância e na adolescência;
• História familiar e genética;
• Fatores sociais;
• Fatores protetores.
Sintomas depressivos mais associados ao suicídio: prejuízo da autoestima,
e resolver
sentimentos de desesperança e incapacidade de enfrentar
problemas.
Esses sintomas podem não estar presentes no início do quadro, mas à medida
que a depressão vai se tornando mais grave, a baixa da autoestima vai piorando,
vão surgindo sentimentos de inutilidade e, progressivamente, o indivíduo vai
ficando mais desesperado.
Ballone (2003)
Depressão e suicídio
Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
Ambivalência: o desejo de viver e o desejo de morrer batalham numa
gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de sair da dor de viver e um
desejo de viver.
Impulsividade: o impulso para cometer suicídio é transitório e dura alguns
minutos ou horas. É usualmente desencadeado por eventos negativos do dia-a-
dia.
Rigidez: pessoas suicidas pensam rígida e drasticamente.
(OMS, 2000)
Características psicopatológicas comuns no
estado mental do suicida
(OMS, 2000)
Sentimentos Pensamentos
Tristeza, depressão “Eu preferia estar morto”
Solidão “Eu não posso fazer nada”
Desamparo “Eu não agüento mais”
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Cabeça
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Ficar em
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Comportamentos sugestivos de desinteresse social,
isolamento, afetos negativos
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Uma proporção substancial de pessoas que cometem o suicídio morrem sem
nunca terem visto um profissional de saúde mental.
Sabemos hoje que praticamente 100% dos suicidas tinham uma doença mental,
muitas vezes não diagnosticada e não tratada. De fato, dos que morrem por
suicídio, cerca de 50% a 60% nunca se consultaram com um profissional de saúde
mental ao longo da vida.
ABP, 2014
Atendimento profissional
Pesquisas sobre prevenção apontam para o fato que o desfecho
nefasto pode ser evitado, na maioria das vezes, caso haja o devido
acolhimento ao sofrimento, e acompanhamento da situação.
BRASIL, 2013
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Fontes de Apoio
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Fonte: https://belem.com.br/noticia/5885/belem-ganha-espaco-especializado-para-tratamento-de-doencas-mentais
http://www.saude.pa.gov.br/servicos/ao-publico/locais-de-atendimento/centros-de-atencao-psicossocialcaps/#uagb-tabs__tab5
Onde buscar ajuda
• Serviços de Saúde
(CAPS e Unidades Básicas de Saúde)
• Emergência
(Samu 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais)
•Centro de Valorização da Vida – CVV
(141 ou www.cvv.org.br)
(CVV, 2017)
Referências
• BERTOLOTE, J. M. O suicídio e sua prevenção. São Paulo: Unesp, 2012.
• ABP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Suicídio: informando para prevenir, Brasília, DF: CFM: ABP,
2014.
• CVV – CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. Falando abertamente sobre suicídio. São Paulo, 2013.
• Organização Mundial da Saúde. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção
primária. Genebra, 2000.
• CVV – CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. Suicídio – Saber, Agir e Prevenir. São Paulo, 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental. Brasília, DF, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 34).
• SUS. Suicídio. Saber, agir e prevenir. Acesso em:
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/20/Folheto-jornalistas-15x21cm.pdf.
Folheto Jornalistas. 2017
• José Tadeu Arantes. Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão. Agência FAPESP. 22. Fevereiro.
2016.

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Prevenção Suicídio

  • 2. Setembro Amarelo É uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2015, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações. CVV
  • 3. A primeira medida preventiva é a educação: é preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema. (CVV, 2013)
  • 4.
  • 5. O que é suicídio? “Ato deliberado, intencional, de causar morte a si mesmo; iniciado e executado por uma pessoa que tem clara noção ou forte expectativa de que o desfecho seja fatal e resulte em sua própria morte.” É um transtorno multidimensional, que resulta de uma interação complexa entre fatores ambientais, sociais, fisiológicos, genéticos e biológicos. (BERTOLOTE, 2012; OMS, 2000)
  • 6. Classificação do comportamento suicida Três categorias: • Ideação suicida • Tentativa de suicídio • Suicídio consumado
  • 7. MAIS DE 800 MIL tiram a própria vida por ano SEGUNDA MAIOR CAUSA de morte entre jovens de 15 a 29 anos 11 MIL tiram a própria vida, em média, por ano QUARTA MAIOR CAUSA de morte entre jovens de 15 a 29 anos HOMENS Terceira maior causa entre 15 a 29 anos MULHERES Oitava maior causa entre 15 a 29 anos
  • 8. Eu queria morrer. Pensei nessa palavra muitas vezes. É algo difícil de dizer em voz alta. É ainda mais assustador quando você sente que pode estar falando sério. 13 Reasons Why
  • 9. O que leva alguém ao suicídio? Normalmente, a pessoa tem necessidade de aliviar pressões externas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação etc. O comportamento suicida tem sido frequentemente associado a quadros de transtornos psiquiátricos, como depressão e esquizofrenia, ou ao abuso de álcool e outras drogas (ABP, 2014). (CVV, 2013; ABP, 2014) “Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.” Augusto Cury
  • 10. Fatores de risco Tentativa prévia de suicídio: Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente. Pacientes que passaram por tentativa previamente tem de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente. Doença mental: Suponham que muitas vezes as pessoas tenham uma doença mental não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada. Se destacam: • depressão; • transtorno bipolar; • alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas; • transtornos de personalidade e esquizofrenia.
  • 11. Fatores de risco Outros fatores de risco • Desesperança, desespero, desamparo e impulsividade; • Gênero; • Idade; • Doenças clínicas não psiquiátricas; • Eventos adversos na infância e na adolescência; • História familiar e genética; • Fatores sociais; • Fatores protetores.
  • 12. Sintomas depressivos mais associados ao suicídio: prejuízo da autoestima, e resolver sentimentos de desesperança e incapacidade de enfrentar problemas. Esses sintomas podem não estar presentes no início do quadro, mas à medida que a depressão vai se tornando mais grave, a baixa da autoestima vai piorando, vão surgindo sentimentos de inutilidade e, progressivamente, o indivíduo vai ficando mais desesperado. Ballone (2003) Depressão e suicídio
  • 13. Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
  • 14. Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
  • 15. Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
  • 16. Mitos X Verdades sobre Comportamento Suicida
  • 17. Ambivalência: o desejo de viver e o desejo de morrer batalham numa gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de sair da dor de viver e um desejo de viver. Impulsividade: o impulso para cometer suicídio é transitório e dura alguns minutos ou horas. É usualmente desencadeado por eventos negativos do dia-a- dia. Rigidez: pessoas suicidas pensam rígida e drasticamente. (OMS, 2000) Características psicopatológicas comuns no estado mental do suicida
  • 18. (OMS, 2000) Sentimentos Pensamentos Tristeza, depressão “Eu preferia estar morto” Solidão “Eu não posso fazer nada” Desamparo “Eu não agüento mais” Desesperança “Eu sou um perdedor e um peso pros outros.” Auto-desvalorização “Os outros vão ser mais felizes sem mim.”
  • 19. Ombro baixo encolhido/ braço cruzado Cabeça curvada para baixo/ movimentos negativos Chorar Franzir a testa Boca curvada para baixo/apertado e achatado Ficar em silêncio Comportamentos sugestivos de desinteresse social, isolamento, afetos negativos José Tadeu, Fapesp 2016
  • 20. Uma proporção substancial de pessoas que cometem o suicídio morrem sem nunca terem visto um profissional de saúde mental. Sabemos hoje que praticamente 100% dos suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada e não tratada. De fato, dos que morrem por suicídio, cerca de 50% a 60% nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida. ABP, 2014 Atendimento profissional
  • 21. Pesquisas sobre prevenção apontam para o fato que o desfecho nefasto pode ser evitado, na maioria das vezes, caso haja o devido acolhimento ao sofrimento, e acompanhamento da situação. BRASIL, 2013 Acolhimento do indivíduo
  • 22. Fontes de Apoio OMS, 2000 Família Amigos Colegas Clérigo CAPS Profissionais de saúde
  • 23.
  • 25. Onde buscar ajuda • Serviços de Saúde (CAPS e Unidades Básicas de Saúde) • Emergência (Samu 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais) •Centro de Valorização da Vida – CVV (141 ou www.cvv.org.br) (CVV, 2017)
  • 26. Referências • BERTOLOTE, J. M. O suicídio e sua prevenção. São Paulo: Unesp, 2012. • ABP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Suicídio: informando para prevenir, Brasília, DF: CFM: ABP, 2014. • CVV – CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. Falando abertamente sobre suicídio. São Paulo, 2013. • Organização Mundial da Saúde. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária. Genebra, 2000. • CVV – CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. Suicídio – Saber, Agir e Prevenir. São Paulo, 2017. • BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental. Brasília, DF, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 34). • SUS. Suicídio. Saber, agir e prevenir. Acesso em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/20/Folheto-jornalistas-15x21cm.pdf. Folheto Jornalistas. 2017 • José Tadeu Arantes. Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão. Agência FAPESP. 22. Fevereiro. 2016.