Inclusão social na escola através da participação da comunidade
1. Inclusão social
Poderia começar pela convivência melhor entre pais/mães/comunidade e educadores das
escolas. A participação dos pais na escola deve ser propiciada da melhor maneira possível,
significando respeito ao fato de que seus trabalhos, suas ocupações normalmente são em horários
comerciais, o que só deixa o turno da noite e o final de semana para reuniões e diálogos., mas
lembrar sempre que este é também o tempo deles e para o lazer, ou seja, não estender reuniões
ou chamar para tarefas insignificantes.
Ora, pois, para fazer com que a participação não seja tímida e pouco representativa, a
escola, através de suas lideranças, deve trabalhar a importância da presença dos pais/mães na
tomada de decisões da vida escolar e não somente chamar para reuniões burocráticas de
aprovação de normas e regras já definidas anteriormente apenas pelo corpo docente ou para a
famosa entrega dos boletins/notas.
Na educação básica fundamental a qualidade requer uma participação ativa dos pais,
que deve ser construída pela escola como um todo, e, por todos os professores, com os pais de
seus alunos. Esta construção pode iniciar pela visita de representantes da escola nas casas de
seus alunos, para conversas com os pais, num final de semana, por exemplo. Também é
possível realizar dias de encontros dos pais na escola para troca de idéias e busca de soluções
para problemas que estejam ocorrendo, isso tudo é a divisão das responsabilidades e do sucesso
porventura alcançado.
A escola é da comunidade e a comunidade está presente na escola, sem esse
pressuposto, passa-se a fazer educação desintegrada da realidade e distante da vida,
dificultando o que pode ser simples. É necessária a clareza dos procedimentos em relação à
comunidade e à escola, como interdependentes, como atores conjuntos na buscam de uma
educação de mais qualidade.
2. Escolas de ensino médio desvinculadas da realidade, sem proposta pedagógica aliada
ao campo de trabalho convivem com o abandono dos alunos e a baixa freqüência as aulas,
especialmente se analisarmos o turno da noite.. A mudança começa por pequenas atitudes, que,
às vezes, pensamos que não farão a mínima diferença, mas no fundo fazem. Pequenos gestos
ocasionam grandes melhoras
Diante desse quadro, fica difícil a posição de alguns educadores que ainda defendem a
escola como um centro do saber fechado, onde os professores detêm o conhecimento e são
seres especiais que não são afetados pelo mundo exterior, ignorando o destino ou os desatinos
dos alunos que simplesmente se evadem, somem e se tornam apenas mais um número nos
índices oficiais.
Nenhuma escola deve se imaginar uma ilha, a comunidade está nela assim como
ela está na comunidade e ela deve sim se preocupar bem mais com a inclusão social.
Ex-aluno de Letras
, Porto Alegre