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As Revoluções
Inglesas do
Século XVII
A Revolução Puritana
 Durante os reinados da dinastia Tudor, a
Inglaterra viveu um grande
desenvolvimento de sua economia. Sob
o comando do rei Henrique VIII e depois,
da rainha Elizabeth I, a burguesia
britânica viveu anos de grande
crescimento econômico.
Henrique VIII:
Elizabeth I:
 No entanto, os pequenos comerciantes
acabaram sendo prejudicados. As
vantagens da política econômica da
Inglaterra só beneficiavam uma pequena
parte da burguesia que tinha um bom
relacionamento com as autoridades da
época.
 No campo, a velha economia agrícola
voltada para o abastecimento sofria
grandes transformações. As terras
passaram por um grande processo de
especulação econômica por causa da
necessidade da burguesia por matérias-
primas. Foi nesse período que começou a
política dos cercamentos; que era uma
maneira de aumentar a produção de
matéria-prima(algodão, lã, etc).
 Os cercamentos eram a apropriação das
terras coletivas e devolutas (terra
devoluta é terra que pertence ao
governo). Com isso, vários camponeses e
pequenos proprietários de terra sofreram
uma terrível perda que os deixou cada
vez mais pobres e acabaram tendo que ir
para a cidade em busca de trabalho.
Cercamentos:
Plantação de algodão:
 Além disso havia ainda muitos problemas
entre católicos e protestantes que
dividiam a sociedade britânica em mais
uma delicada questão histórica. As
tensões sociais e a situação da
monarquia britânica pioraram quando,
em 1603, a dinastia Stuart assumiu o trono
inglês.
 A Rainha Elizabeth I nunca se casou nem
teve filhos; portanto, quando morreu em
1603, seu primo Jaime Stuart, rei da
Escócia assumiu o trono da Inglaterra.
Influenciados por uma forte tradição
católica os reis da família Stuart
acabaram alimentando disputas de
caráter econômico e religioso.
Dinastia Stuart:
Jaime I:
Jaime I:
 Dessa forma, começaram as disputas
entre o Parlamento, de visão liberal e
composta por burgueses protestantes; e
o reis da Dinastia Stuart, que eram
católicos e queriam ter autoridade
absoluta.
Parlamento Inglês:
 A chegada dos Stuart ao trono significou
uma grande transformação no cenário
político da Inglaterra. Abandonando as
medidas liberais dos Tudor, o rei Jaime I
era a favor do poder absoluto. Além
disso, preferia o catolicismo, porque
acreditava que os católicos eram
favoráveis ao inquestionável poder do rei.
 Além de enriquecer ainda mais, teve
uma forte influência política e era
independente da aprovação do
Parlamento inglês. No campo religioso
privilegiou os súditos católicos.
 Em 1625, Jaime I morreu e seu filho Carlos
I assumiu o trono. Durante seu reinado,
Carlos I foi obrigado a convocar o
Parlamento para a aprovação de gastos
com conflitos e guerras.
Carlos I:
 O Parlamento não era favorável a Carlos
I e ele foi pressionado a assinar a Petição
de Direitos. Nesse documento, o rei se
comprometia a prestar contas ao
Parlamento e colocar as questões
financeiras e militares sob o domínio do
parlamento. Indiferente a tais exigências,
o rei preferiu dissolver o Parlamento
britânico.
Parlamento:
Sede do Parlamento Inglês:
 Anos mais tarde, Carlos I resolveu
restabelecer um antigo tributo: o Ship
Money. Esse imposto, que antes era
cobrado em algumas zonas portuárias,
deveria ser cobrado em todo o território
inglês.
 Tal lei desfavorecia a burguesia, que seria
obrigada a limitar seus lucros para pagar
este imposto. Forçado por uma guerra a
convocar o Parlamento em 1640, o rei
mais uma vez levou à tona o conflito
existente entre a sua autoridade e o
interesse parlamentar.
 Nesse momento, o Parlamento
radicalizou sua postura exigindo total
controle sobre as questões religiosas e
tributárias. Além disso, reivindicou a
constante convocação das autoridades
parlamentares.
 Em resposta, Carlos I ameaçou mais uma
vez acabar com o Parlamento.
Inconformados com a decisão do rei, os
líderes do Parlamento convocaram a
formação de um exército que garantisse
a existência do parlamento britânico. Era
o início da Revolução Puritana.
Carlos I:
 Protegendo-se da reação popular, Carlos
I dirigiu-se à cidade de Oxford para
organizar um exército capaz de
combater as tropas do parlamento.
Dessa forma, estabeleceu-se uma guerra
civil onde as tropas reais enfrentavam as
frentes populares armadas pelo
parlamento.
 Esses populares, de maioria puritana
(calvinistas), formaram um grande
exército que via na luta um meio de
superar suas dificuldades econômicas.
Nomeados como integrantes do Exército
de Novo Tipo, esses populares
começaram a participar do processo
revolucionário inglês.
Oliver Cronwell:
 Liderados por Oliver Cromwell, os
combatentes revolucionários dividiram-se
em duas facções políticas: os diggers e os
levellers. Os primeiros defendiam uma
reforma agrária espontânea que
garantisse o acesso dos camponeses à
terra.
Niveladores:
 Já o levellers buscavam a total igualdade
jurídica entre os cidadãos e a liberdade
de culto religioso. Dessa maneira, as
camadas populares inglesas se fizeram
presentes no debate político da época.
 As vitórias dos exércitos de Cromwell
foram um importante passo para as
conquistas dos ideais democráticos
defendidos pelos diggers e levellers.
 No momento em que os mais moderados
arquitetavam a desmobilização do
exército de Novo Tipo, as tropas foram
convocadas a lutarem mais uma vez
contra as tropas da realeza. Nesse
confronto, o rei Carlos I foi capturado e
decapitado, em janeiro de 1649.
 Exercendo grande dominação política,
os exércitos decretaram o fim da
monarquia inglesa e a proclamação de
um governo republicano. Nesse novo
governo, os moderados foram excluídos
do parlamento e Oliver Cromwell foi
aclamado como presidente do novo
Conselho de Estado ou Commonwealth.
 Acumulando poderes políticos em mãos,
Cromwell não atendeu às exigências do
exército que o colocou no poder. Dessa
maneira, criou uma ditadura que excluiu
os populares das instituições políticas.
Cromwell
 Os primeiros anos de república foram
conturbados, onde tiveram que enfrentar
e sufocar rebeliões lideradas pelos
niveladores que queriam implantar uma
democracia que atendesse aos mais
pobres. Externamente, Cromwell invadiu
a Irlanda e reprimiu uma rebelião contra
seu governo e depois venceu o exército
escocês que invadira a Inglaterra.
 Cromwell então unificou a Inglaterra, a
Escócia e a Irlanda numa só república e
formou a Comunidade Britânica.
Em 1651, decretou o Ato de Navegação
que determina a comercialização de
mercadorias somente por navios ingleses
ou dos países onde foram produzidas. O
Ato de Navegação impulsionou o
capitalismo inglês e favoreceu a indústria
naval e a burguesia mercantil.
 Em 1651 a 1654, a Inglaterra entrou em
conflito com a Holanda por esta ter sido
prejudicada com o Ato de
Navegação.Cromwell ampliou seus
poderes durante a guerra
encomendando uma nova Constituição
que propunha um único Parlamento e
estabelecia o voto censitário.
 A Holanda foi derrotada e então a
Inglaterra tornou-se a maior potência
naval do mundo. Em 1658, Cromwell
morreu e passou o poder ao seu filho
Richard.
Richard Cromwell
 Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho
Richard, assumiu o cargo de Lorde
Protetor. Sem o reconhecimento do
exército, foi logo destituído, sendo o
Parlamento convocado para legitimar o
poder dos generais. Com o crescimento
da mobilização das camadas populares,
as elites assustadas, começaram a
articular a restauração da monarquia.
• Em 1660, Carlos II, filho de Carlos I, lançou a
chamada "Declaração de Breda", onde
prometeu governar mantendo a tolerância
religiosa e respeitando o Parlamento e as
relações de propriedade existentes. Com
apoio de Luís XIV, o "rei sol" da França, Carlos
II converteu-se publicamente ao catolicismo,
provocando a retomada da luta por parte
do Parlamento, que em 1679 aprovou o
"Habeas Corpus", garantindo aos cidadãos a
segurança frente aos supostos abusos do
governo.
Carlos II
 Em seguida foi publicado o "Ato de
Exclusão", que impedia qualquer católico
do exercício de funções públicas,
incluindo a de rei. Com a morte de Carlos
II (1685), subiu ao trono seu irmão Jaime II,
que procurou novamente conduzir o país
para o catolicismo, fortalecendo seu
poder, em prejuízo do Parlamento.
Jaime II:
 Durante o reinado de Jaime II, católico,
cresce o descontentamento da alta
burguesia e da nobreza anglicana.
Temendo um governo ditatorial, o
Parlamento inglês propõe a Coroa a
Guilherme de Orange, príncipe holandês
casado com Mary Stuart (filha de Jaime
II).
Mary Stuart Orange:
Guilherme de Orange:
 Entrando em acordo secreto com
Guilherme de Orange, príncipe da
Holanda e genro de Jaime II, o
Parlamento se mobilizou contra o rei,
visando entregar-lhe o poder. As tropas
abandonaram Jaime II e em junho de
1688 Guilherme de Orange era feito rei
com o nome de Guilherme III. Este
episódio é conhecido na história como
"Revolução Gloriosa".
 Sem derramamento de sangue e
representando um compromisso de
classe entre os grandes proprietários rurais
e a burguesia inglesa, a Revolução
Gloriosa marginalizava o povo além de
mostrar que para acabar com o
absolutismo, não era necessária a
eliminação da figura do rei, desde que
ele aceitasse se submeter às decisões do
Parlamento.
 Representando a transição política de
uma Monarquia Absolutista para uma
Monarquia Parlamentar, a Revolução
Gloriosa inaugurava a atual política
inglesa onde o poder do rei está
submetido ao Parlamento
• O novo rei aceitou a "Declaração de Direitos"
(Bill of Rights) e em 1689 assumiu a Coroa,
marcando o fim do choque entre rei e
Parlamento. Essa declaração eliminava a
censura política e reafirmava o direito
exclusivo do Parlamento em estabelecer
impostos, e o direito de livre apresentação de
petições. Destaca-se ainda a questão militar,
onde o recrutamento e manutenção do
exército somente seriam admitidos com a
aprovação do Parlamento.
Coroação de Guilherme
de Orange:
• Com a Revolução Gloriosa, a burguesia inglesa se
libertava do Estado absolutista, que com seu
permanente intervencionismo era uma barreira
para um mais amplo acúmulo de capital. Dessa
forma a burguesia, aliada a aristocracia rural,
passou a exercer diretamente o poder político
através do Parlamento, caracterizando a
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Revolução Inglesa

  • 1. As Revoluções Inglesas do Século XVII A Revolução Puritana
  • 2.  Durante os reinados da dinastia Tudor, a Inglaterra viveu um grande desenvolvimento de sua economia. Sob o comando do rei Henrique VIII e depois, da rainha Elizabeth I, a burguesia britânica viveu anos de grande crescimento econômico.
  • 5.  No entanto, os pequenos comerciantes acabaram sendo prejudicados. As vantagens da política econômica da Inglaterra só beneficiavam uma pequena parte da burguesia que tinha um bom relacionamento com as autoridades da época.
  • 6.  No campo, a velha economia agrícola voltada para o abastecimento sofria grandes transformações. As terras passaram por um grande processo de especulação econômica por causa da necessidade da burguesia por matérias- primas. Foi nesse período que começou a política dos cercamentos; que era uma maneira de aumentar a produção de matéria-prima(algodão, lã, etc).
  • 7.  Os cercamentos eram a apropriação das terras coletivas e devolutas (terra devoluta é terra que pertence ao governo). Com isso, vários camponeses e pequenos proprietários de terra sofreram uma terrível perda que os deixou cada vez mais pobres e acabaram tendo que ir para a cidade em busca de trabalho.
  • 9.
  • 11.  Além disso havia ainda muitos problemas entre católicos e protestantes que dividiam a sociedade britânica em mais uma delicada questão histórica. As tensões sociais e a situação da monarquia britânica pioraram quando, em 1603, a dinastia Stuart assumiu o trono inglês.
  • 12.  A Rainha Elizabeth I nunca se casou nem teve filhos; portanto, quando morreu em 1603, seu primo Jaime Stuart, rei da Escócia assumiu o trono da Inglaterra. Influenciados por uma forte tradição católica os reis da família Stuart acabaram alimentando disputas de caráter econômico e religioso.
  • 16.  Dessa forma, começaram as disputas entre o Parlamento, de visão liberal e composta por burgueses protestantes; e o reis da Dinastia Stuart, que eram católicos e queriam ter autoridade absoluta.
  • 18.
  • 19.  A chegada dos Stuart ao trono significou uma grande transformação no cenário político da Inglaterra. Abandonando as medidas liberais dos Tudor, o rei Jaime I era a favor do poder absoluto. Além disso, preferia o catolicismo, porque acreditava que os católicos eram favoráveis ao inquestionável poder do rei.
  • 20.  Além de enriquecer ainda mais, teve uma forte influência política e era independente da aprovação do Parlamento inglês. No campo religioso privilegiou os súditos católicos.
  • 21.  Em 1625, Jaime I morreu e seu filho Carlos I assumiu o trono. Durante seu reinado, Carlos I foi obrigado a convocar o Parlamento para a aprovação de gastos com conflitos e guerras.
  • 23.  O Parlamento não era favorável a Carlos I e ele foi pressionado a assinar a Petição de Direitos. Nesse documento, o rei se comprometia a prestar contas ao Parlamento e colocar as questões financeiras e militares sob o domínio do parlamento. Indiferente a tais exigências, o rei preferiu dissolver o Parlamento britânico.
  • 25. Sede do Parlamento Inglês:
  • 26.  Anos mais tarde, Carlos I resolveu restabelecer um antigo tributo: o Ship Money. Esse imposto, que antes era cobrado em algumas zonas portuárias, deveria ser cobrado em todo o território inglês.
  • 27.  Tal lei desfavorecia a burguesia, que seria obrigada a limitar seus lucros para pagar este imposto. Forçado por uma guerra a convocar o Parlamento em 1640, o rei mais uma vez levou à tona o conflito existente entre a sua autoridade e o interesse parlamentar.
  • 28.  Nesse momento, o Parlamento radicalizou sua postura exigindo total controle sobre as questões religiosas e tributárias. Além disso, reivindicou a constante convocação das autoridades parlamentares.
  • 29.
  • 30.  Em resposta, Carlos I ameaçou mais uma vez acabar com o Parlamento. Inconformados com a decisão do rei, os líderes do Parlamento convocaram a formação de um exército que garantisse a existência do parlamento britânico. Era o início da Revolução Puritana.
  • 32.  Protegendo-se da reação popular, Carlos I dirigiu-se à cidade de Oxford para organizar um exército capaz de combater as tropas do parlamento. Dessa forma, estabeleceu-se uma guerra civil onde as tropas reais enfrentavam as frentes populares armadas pelo parlamento.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.  Esses populares, de maioria puritana (calvinistas), formaram um grande exército que via na luta um meio de superar suas dificuldades econômicas. Nomeados como integrantes do Exército de Novo Tipo, esses populares começaram a participar do processo revolucionário inglês.
  • 38.  Liderados por Oliver Cromwell, os combatentes revolucionários dividiram-se em duas facções políticas: os diggers e os levellers. Os primeiros defendiam uma reforma agrária espontânea que garantisse o acesso dos camponeses à terra.
  • 39.
  • 41.  Já o levellers buscavam a total igualdade jurídica entre os cidadãos e a liberdade de culto religioso. Dessa maneira, as camadas populares inglesas se fizeram presentes no debate político da época.
  • 42.
  • 43.  As vitórias dos exércitos de Cromwell foram um importante passo para as conquistas dos ideais democráticos defendidos pelos diggers e levellers.
  • 44.
  • 45.  No momento em que os mais moderados arquitetavam a desmobilização do exército de Novo Tipo, as tropas foram convocadas a lutarem mais uma vez contra as tropas da realeza. Nesse confronto, o rei Carlos I foi capturado e decapitado, em janeiro de 1649.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.  Exercendo grande dominação política, os exércitos decretaram o fim da monarquia inglesa e a proclamação de um governo republicano. Nesse novo governo, os moderados foram excluídos do parlamento e Oliver Cromwell foi aclamado como presidente do novo Conselho de Estado ou Commonwealth.
  • 50.  Acumulando poderes políticos em mãos, Cromwell não atendeu às exigências do exército que o colocou no poder. Dessa maneira, criou uma ditadura que excluiu os populares das instituições políticas.
  • 52.  Os primeiros anos de república foram conturbados, onde tiveram que enfrentar e sufocar rebeliões lideradas pelos niveladores que queriam implantar uma democracia que atendesse aos mais pobres. Externamente, Cromwell invadiu a Irlanda e reprimiu uma rebelião contra seu governo e depois venceu o exército escocês que invadira a Inglaterra.
  • 53.  Cromwell então unificou a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda numa só república e formou a Comunidade Britânica. Em 1651, decretou o Ato de Navegação que determina a comercialização de mercadorias somente por navios ingleses ou dos países onde foram produzidas. O Ato de Navegação impulsionou o capitalismo inglês e favoreceu a indústria naval e a burguesia mercantil.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.  Em 1651 a 1654, a Inglaterra entrou em conflito com a Holanda por esta ter sido prejudicada com o Ato de Navegação.Cromwell ampliou seus poderes durante a guerra encomendando uma nova Constituição que propunha um único Parlamento e estabelecia o voto censitário.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.  A Holanda foi derrotada e então a Inglaterra tornou-se a maior potência naval do mundo. Em 1658, Cromwell morreu e passou o poder ao seu filho Richard.
  • 64.  Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho Richard, assumiu o cargo de Lorde Protetor. Sem o reconhecimento do exército, foi logo destituído, sendo o Parlamento convocado para legitimar o poder dos generais. Com o crescimento da mobilização das camadas populares, as elites assustadas, começaram a articular a restauração da monarquia.
  • 65. • Em 1660, Carlos II, filho de Carlos I, lançou a chamada "Declaração de Breda", onde prometeu governar mantendo a tolerância religiosa e respeitando o Parlamento e as relações de propriedade existentes. Com apoio de Luís XIV, o "rei sol" da França, Carlos II converteu-se publicamente ao catolicismo, provocando a retomada da luta por parte do Parlamento, que em 1679 aprovou o "Habeas Corpus", garantindo aos cidadãos a segurança frente aos supostos abusos do governo.
  • 67.  Em seguida foi publicado o "Ato de Exclusão", que impedia qualquer católico do exercício de funções públicas, incluindo a de rei. Com a morte de Carlos II (1685), subiu ao trono seu irmão Jaime II, que procurou novamente conduzir o país para o catolicismo, fortalecendo seu poder, em prejuízo do Parlamento.
  • 69.  Durante o reinado de Jaime II, católico, cresce o descontentamento da alta burguesia e da nobreza anglicana. Temendo um governo ditatorial, o Parlamento inglês propõe a Coroa a Guilherme de Orange, príncipe holandês casado com Mary Stuart (filha de Jaime II).
  • 72.  Entrando em acordo secreto com Guilherme de Orange, príncipe da Holanda e genro de Jaime II, o Parlamento se mobilizou contra o rei, visando entregar-lhe o poder. As tropas abandonaram Jaime II e em junho de 1688 Guilherme de Orange era feito rei com o nome de Guilherme III. Este episódio é conhecido na história como "Revolução Gloriosa".
  • 73.
  • 74.  Sem derramamento de sangue e representando um compromisso de classe entre os grandes proprietários rurais e a burguesia inglesa, a Revolução Gloriosa marginalizava o povo além de mostrar que para acabar com o absolutismo, não era necessária a eliminação da figura do rei, desde que ele aceitasse se submeter às decisões do Parlamento.
  • 75.  Representando a transição política de uma Monarquia Absolutista para uma Monarquia Parlamentar, a Revolução Gloriosa inaugurava a atual política inglesa onde o poder do rei está submetido ao Parlamento
  • 76. • O novo rei aceitou a "Declaração de Direitos" (Bill of Rights) e em 1689 assumiu a Coroa, marcando o fim do choque entre rei e Parlamento. Essa declaração eliminava a censura política e reafirmava o direito exclusivo do Parlamento em estabelecer impostos, e o direito de livre apresentação de petições. Destaca-se ainda a questão militar, onde o recrutamento e manutenção do exército somente seriam admitidos com a aprovação do Parlamento.
  • 78. • Com a Revolução Gloriosa, a burguesia inglesa se libertava do Estado absolutista, que com seu permanente intervencionismo era uma barreira para um mais amplo acúmulo de capital. Dessa forma a burguesia, aliada a aristocracia rural, passou a exercer diretamente o poder político através do Parlamento, caracterizando a formação de um Estado liberal, adequado ao desenvolvimento do capitalismo, que junto a outros fatores, permitirá o pioneirismo inglês na Revolução Industrial na metade do século XVIII