2. •Os gregos jamais formaram um império, pois não houve união
política estável. Apesar disso, havia grande unidade cultural e
religiosa entre os povos que habitavam as margens do mar Egeu e
as demais áreas colonizadas pelas póleis.
A língua grega
•Todas as poléis falavam e escreviam em grego, língua que teve
origem na antiga civilização micênica. Por volta de 750 a. C., os
gregos adaptaram o alfabeto fenício, dando origem a um novo
alfabeto.
• A importância da cultura grega, consolidada com os cientistas e
artistas helenísticos, fez com que sua língua passasse a ser usada
por todos os povos cultos do Ocidente. Muitas palavras que
conhecemos hoje são de origem grega como Bíblia (que significa
livros); monarquia (governo de uma pessoa) e filósofo (amigo da
sabedoria).
3. Deuses quase humanos
• Gregos de todas as póleis cultuavam os mesmos deuses
que, em geral, eram antropomórficos, isto é, apresentavam a
forma humana. Sendo divindades, possuíam poderes
extraordinários: controlavam as forças da natureza, podiam
voar e transformar-se em outras pessoas ou animais.
• Os deuses tinham as mesmas qualidades e defeitos dos
seres humanos, por vezes até de modo mais marcante.
Sentiam raiva, amor, inveja, ciúme e, não raro, mostravam-
se vingativos. Deuses e deusas uniam-se e tinham filhos.
Casavam-se também com seres humanos, união que gerava
semideuses. Segundo a crença grega, quase todos os deuses
moravam na mais alta montanha da Grécia, o monte Olimpo.
9. •Toda cidade grega venerava seus deuses protetores e seus
heróis e acreditava que seu destino dependia deles. Respeitá-
los e homenageá-los era uma atitude cívica. Ofendê-los era
ofender à cidade. Religião e política
eram, portanto, inseparáveis. Os templos eram construídos
na acrópole, a parte mais alta da pólis. Ali eram realizados os
rituais e as festas dos deuses protetores da cidade.
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12. Jogos Olímpicos
• Um dos símbolos da união entre os gregos eram os Jogos
Olímpicos. A cada quatro anos, os atletas das póleis gregas
reuniam-se em Olímpia para competir em honra a Zeus, o
deus dos deuses.
•Tratava-se de um acontecimento tão importante que as
guerras eram interrompidas na época das competições.
•Os jogos de Olímpia eram os principais, mas não os únicos
que se realizavam. Os gregos competiam em quatro grandes
festivais em homenagem aos deuses. Zeus também era
homenageado em Nemea; Apolo, o deus da beleza e da
música, era homenageado em Delfos; e Poseidon, o deus do
mar, em Corinto.
13. • Os jogos duravam sete dias, dos quais o primeiro e o último
eram reservados a cerimônias religiosas. Durante os outros
cinco dias, os atletas competiam em modalidades de
corrida, arremesso de disco e dardo, salto em distância, lutas
corpo a corpo, pugilismo e corridas sobre cavalos. Apenas os
homens gregos livres podiam competir.
• Havia um único vencedor em cada modalidade, premiado
com uma coroa de folhas de oliveira. O maior prêmio, no
entanto, era a fama que os vencedores adquiriam e que se
estendia a sua família e a sua cidade de origem.
• Cada atleta representava a sua polis.
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19. Filosofia e Ciências
• As instituições políticas gregas, como a Assembléia dos
cidadãos, permitiam às pessoas discutir os problemas locais
e estrangeiros.
• Isso ocorria principalmente nas póleis que seguiam o
modelo democrático, como Atenas.
• Ao longo dessas discussões, alguns cidadãos passaram a
refletir sobre outras questões: como as coisas são feitas, as
noções de certo e errado, a essência do amor etc.
• Como resultado desses questionamentos, essas pessoas,
chamadas de filósofos, do grego filo, amigo e sofia,
sabedoria, deixaram de aceitar as explicações míticas e
religiosas e começaram a buscar respostas mais racionais.
20. • Os gregos foram responsáveis por grandes descobertas
científicas. Aristarco de Samos propôs a teoria de que a Terra
gira em torno do sol; Arquimedes demonstrou o poder da
energia solar; Herófilo examinou o corpo humano e
descobriu que as artérias servem de duto para o sangue
bombeado pelo coração.
• A produção científica grega forneceu as bases para os
diversos campos de conhecimento existentes na atualidade,
tais como a Medicina, a Matemática, a Física, a História e a
Geografia, entre outras áreas.
21. Sócrates (470 a. C. – 399 a. C.): um
dos mais importantes filósofos
gregos. Para ele a melhor maneira
de adquirir conhecimento era
dialogando. Ele fazia perguntas
e, por meio da resposta do
interlocutor, conseguia fazê-lo
refletir e rejeitar as idéias falsas.
Acusado de não respeitar a
religião, foi condenado à morte.
Sócrates não escreveu nenhum texto
sobre seus ensinamentos. O
responsável pela escrita e divulgação
de seu pensamento foi seu aluno
Platão, que também se tornou um
importante filósofo.
22. Platão (428/427 a. C. – 348-347 a. C.):
filósofo e matemático do período
clássico da Grécia Antiga, autor de
diversos diálogos filosóficos e
fundador da Academia em Atenas, a
primeira instituição de educação
superior do mundo ocidental. Em
linhas gerais, Platão desenvolveu a
noção de que o homem está em
contato permanente com dois tipos de
realidade: a inteligível e a sensível. A
primeira é a realidade imutável, igual a
si mesma. A segunda são todas as
coisas que nos afetam os sentidos, são
realidades dependentes, mutáveis e
são imagens da realidade inteligível.
23. Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.): aluno de
Platão. Nasceu em 384 a.C., na cidade antiga
de Estágira. Seus pensamentos filosóficos e
idéias sobre a humanidade tem influências
significativas na educação e no pensamento
ocidental contemporâneo. Aristóteles é
considerado o criador do pensamento lógico.
Suas obras influenciaram também na
teologia medieval da cristandade.
24. A cultura helenística
• As conquistas de Alexandre aproximaram o Ocidente do
Oriente favorecendo a fusão entre a cultura grega e a
oriental. Astrônomos gregos passaram a estudar a astrologia
dos babilônicos. Divindades orientais, como os deuses
egípcios Osíris e Ísis, e o deus persa Mitra, ganharam templos
e seguidores nas cidades gregas. Gregos que residiam no
Egito adotaram a mumificação.
• A cultura helênica difundiu-se pelo Oriente principalmente
nas cidades fundadas por Alexandre. Obedecendo ao traçado
urbano e à arquitetura tipicamente gregas, essas cidades
tinham teatros, templos, escolas, bibliotecas e ginásios onde
costumes e tradições gregas eram adotados pelos povos
nativos.
25. • O idioma grego tornou-se a língua universal usada no
comércio e ensinada nas escolas de toda parte onde também
eram lidos os autores e os filósofos gregos.
• Atenas era o centro irradiador da cultura helênica. Para ela
afluíam filósofos, professores, escritores e estudantes de
toda parte interessados em assimilar o conhecimento
ateniense. A cidade era também um grande centro produtor
de arte. Senhores ricos da Europa e do Oriente
encomendavam das oficinas atenienses esculturas em
mármore ou bronze para suas residências e jardins.
• Alexandria (Egito) foi a mais célebre cidade helenística. Sua
Biblioteca possuía cerca de 700 mil volumes e o Museu foi o
maior centro científico e literário da Antiguidade, atraindo os
mais importantes sábios e pensadores da época.
26. • A arte grega inspirou os artistas orientais. Chamou-se de
“helenismo” ou “helenístico” à cultura e à arte de influência
grega desenvolvidas fora da Grécia nas quais fundiram-se
elementos gregos com os orientais. Assim, enquanto a arte
grega privilegiava a simplicidade e o equilíbrio das
proporções buscando uma aparência de leveza e de
serenidade, a arte helenística preferia a arquitetura
monumental e suntuosa, e a escultura com formas retorcidas
que desse a ilusão de movimento.
27. O Partenon é um símbolo de perfeição, serenidade e beleza. Todo em
mármore, o Partenon mede 72 m x 34 m. Para dar a impressão de leveza e
elegância, foram usadas técnicas sutis, como inclinar as colunas para dentro
e encurvar para baixo as extremidades da plataforma do templo.
28. Laocoonte e seus filhos. A
peça passa a sensação de
movimento, dramaticidade
e grandiosidade –
elementos característicos
da cultura helenística.
29. • Durante o período helenístico (séculos IV a. C. a I a. C.)
multiplicaram-se as relações comerciais de um extremo a
outro. Caravanas de mercadores percorriam a Grécia, a Ásia
Menor, o Egito, a Arábia, o Irã e a Índia levando sedas, pedras
preciosas, perfumes, especiarias, papiro, linho etc. Grandes
rotas comerciais marítimas e terrestres foram consolidadas e
difundiu-se o uso de moedas de ouro, prata e bronze.
Alexandria, Rodes, Éfeso e Antióquia tornaram-se os
principais centros de redistribuição de mercadorias para o
Ocidente.