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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA
         SAÚDE DE LISBOA




                 1º ANO SA




           PORTFÓLIO

            SAÚDE AMBIENTAL




Aluna:                       Docente:

Suzana Santos                Vitor   Manteigas
ÍNDICE
1Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental .......................... 3
  1.1 Ambiente....................................................................................................... 3
    1.1.1 Declaração de Impacte ........................................................................... 3
    1.1.2 Índices de Qualidade.............................................................................. 3
    1.1.3 Protecção ............................................................................................... 3
  1.2 Biogeoquímicos............................................................................................. 3
    1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos .......................................................................... 4
    1.2.2 Biota.................................................................................................... 10
    1.2.3 Biosfera ............................................................................................... 10
    1.2.4 Biodiversidade..................................................................................... 11
    1.2.5 Compostagem ...................................................................................... 12
    1.2.6 Ecologia............................................................................................... 13
    • Incineração .................................................................................................. 14
  1.3 Bibliografia: ................................................................................................ 17
2Problemas Ambientais da Actualidade ................................................................ 18
  2.1 A CHUVA ÁCIDA ..................................................................................... 18
    2.1.1 Aterro sanitário.................................................................................... 20
  2.2 BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 23
3Recursos Naturais ............................................................................................... 24
  3.1 Recursos Renováveis................................................................................... 24
    3.1.1 O Biocombustível ................................................................................ 25
    3.1.2 A Energia Eólica.................................................................................. 27
    3.1.3 A Energia Geotérmica.......................................................................... 30
  3.2 Recursos não-renováveis ............................................................................. 31
    3.2.1 Combustíveis Fósseis........................................................................... 32
    3.2.2 Energia Nuclear ................................................................................... 34
4Factores de Risco ................................................................................................ 37
  4.1 Agentes infecciosos ..................................................................................... 37
  4.2 AGENTES IRRITANTES ........................................................................... 38
  4.3 agentes mutagénicos .................................................................................... 41
5Desenvolvimento Sustentável.............................................................................. 42
  5.1 Conceitos Básicos........................................................................................ 42
  5.2 Actuação Responsável................................................................................. 42
  5.3 Indicadores .................................................................................................. 43
1 Conceitos Importantes                      na     Abordagem           à
    problemática Ambiental
        1.1 AMBIENTE

   “conjunto de sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos
factores económicos, sociais e culturais com efeito directo e indirecto, mediato
e imediato, sobre os seres vivos e a qualidade da vida do homem” – in Lei de
Bases do Ambiente.

          1.1.1    Declaração de Impacte

   Relatório fundamentado, elaborado após estudos cuidadosos que descreve
as consequências prováveis ou seguras de uma actuação projectada,
prevenindo assim quem tem de tomar decisão, o público e o governo, a
respeito dos riscos corridos do ambiente. Este processo proporciona ao público
uma oportunidade para participar em decisões que podem ter influência no
ambiente humano.

          1.1.2    Índices de Qualidade

   Limites e concentrações máximos permissíveis, níveis máximos aceitáveis
de poluidores em meios especificados

          1.1.3    Protecção

   Parte da gestão dos recursos que diz respeito à descarga no ambiente de
desperdícios químicos e biológicos e de efeitos físicos com o objectivo de
proporcionar uma defesa contra a interferência ou destruição, em relação aos
usos benéficos dos recursos naturais.

        1.2 BIOGEOQUÍMICOS

   “Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o
Ambiente possa dispô-los convenientemente (Auto depuração), eles poderão
intervir no ciclo vital. O movimento dos elementos e compostos essenciais à
vida pode ser designado como ciclo biogeoquímicos. As relações entre
espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos
elementos, em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de
etapas biológicas, físicas e químicas alternantes, recebe a denominação geral
de Ciclo Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico,
apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos
compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que
o aspecto físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, Há uma
espécie de intercâmbio continua entre meio físico, denominado abiótico
(relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos),
sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de
elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente
constantes. Dentre os ciclos biogeoquímicos mais conhecidos, estão o ciclo do
carbono (meio pelo qual os organismos vivos adquirem sua matéria principal e
que os sustentam quimicamente), o ciclo do nitrogénio ou fixação do nitrogénio
(usado   para     produção   de   substâncias   vitais   aos   organismos,   feito
principalmente por bactérias) o próprio ciclo da água (ciclos curtos e longos), o
do oxigénio etc”.

          1.2.1      Ciclos Biogeoquímicos

   Vias percorridas pelos nutrientes através dos ecossistemas. O ciclo
Biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento
químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e
reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da
biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em
um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos
químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre
diferentes partes do planeta. O estudo e a compreensão dos ciclos
biogeoquímicos pode ajudar a identificar potenciais impacts ambientais
causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos
diversos ecossistemas. Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz
resíduos. A menos que o ambiente possa dispô-los convenientemente, pela
auto depuração, eles poderão intervir no ciclo vital. As relações entre espécies
e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos,
em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas
biológicas, físicas e químcas alternantes, recebe a denominação geral de Ciclo
Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico apenas em
relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos
químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que o aspecto
físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, há uma espécie
de intercâmbio contínuo entre meio físico, denominado abióico (relativo à parte
sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse
intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois
sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes.




           1.2.1.1 Etapas do ciclo de nutrientes
             •     Transporte Físico
•       Transformações químicas




             Tempo de residência (TR): para depósito em equilíbrio (somatória das entradas = somatória
       das                                                                                    saídas)
       TR (anos) = depósitos (kg) / somatória das saídas (kg/ano)


              1.2.1.2 Principais de Ciclos
   Um dos principais ciclos biogéoquímicos, são o ciclo do nitrogénio, o ciclo
do carbono, do fósforo, do enxofre e outros. Iremos apenas destacar alguns:
             • Ciclo do Carbono

   O carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do
Hidrogénio (H), Hélio (He) e o Oxigénio (O), e é o pilar da vida como a
conhecemos. Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica,
presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica,
presente nas rochas. No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos,
da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímicos. Este
ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo
“rápido” ou biológico.

   A distribuição de carbono entre atmosfera, organismos, terra e oceanos se
alterou com o tempo. Cerca de 550 milhões de anos atrás a concentração de
CO2 na atmosfera era de 7.000 partes por milhão, mais de 18 vezes o que é
hoje. Onde foi todo aquele carbono atmosférico? Em sua maior parte, acabou
como rochas sedimentares como calcário. Como isso aconteceu é parte da
história maior do ciclo do carbono.

   O ciclo do carbono é uma combinação de muitos processos biológicos,
químicos e físicos que movem o carbono.




             • Ciclo do Nitrogénio

   O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos,
unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos
nucléicos.

   78% do ar atmosférico é composto por gás nitrogênio (N2), sendo o grande
reservatório desse elemento na natureza; apesar disso, a grande maioria dos
seres vivos não consegue utilizar diretamente esse gás e incorporá-lo às suas
moléculas orgânicas. Apenas algumas poucas espécies de bactérias
conseguem retirar o nitrogênio do ar, transformando-o em substâncias
utilizáveis pelos organismos vivos ou então retirando o nitrogênio das
substâncias orgânicas e devolvendo-o à atmosfera para fechar o ciclo. A vida
na Terra não seria possível sem esses microorganismos.

   Bactérias fixadoras de nitrogênio (principalmente do gênero Rhizobium) e
cianobactérias (antigamente denominadas algas azuis), que vivem na água, no
solo ou em associação com raízes de leguminosas, absorvem o nitrogênio
gasoso (N2), tranformando-o em amônia (NH3). Alguns vegetais, incluindo as
leguminosas, utilizam a amônia diretamente para a produção de proteínas e
ácidos nucléicos. Pela cadeias alimentares, as proteínas vegetais podem ser
transferidas para os animais. A excreção animal libera resíduos nitrogenados,
como a uréia, o ácido úrico e também a amônia; além disso, a morte de
animais e de plantas origina também resíduos nitrogenados. Esses resíduos
são degradados pelos decompositores, que produzem amônia.

   A amônia poderá seguir três caminhos: poderá ser utilizada diretamente
pelas plantas, como já vimos; porém a maioria da amônia do solo será
transformada em nitritos por bactérias nitrificantes e depois em nitratos, que
ficam no solo e na água. Os nitratos podem ser absorvidos pelos vegetais, que
os utilizam para a produção de proteína vegetal e ácidos nucléicos. Um terceiro
caminho possível para a amônia é a sua absorção por bactérias
desnitrificantes, que a transformam em nitrogênio gasoso (N2) e devolvem
esse gás para a atmosfera. Parte dos nitratos também é absorvida por
bactérias desnitrificantes e também são transformados em gás nitrogênio que é
devolvido à atmosfera, fechando o ciclo
• Ciclo do Fósforo

   O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a
partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento,
os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo:
aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos), repassando a todos os demais
componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos
agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em
detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes,
esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o
fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas.
Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos,
como a elevação do leito no mar ou o rebaixamento do nível das águas.
Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma
de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e
outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente.




             1.2.2     Biota

   Vida animal e vegetal encontrada num ambiente ou região geográfica.

             1.2.3     Biosfera

   Biosfera é o conjunto de
todos    os     ecossistemas      da
Terra.   É     um     conceito    da
Ecologia, relacionado com os
conceitos        de       Litosfera,
hidrosfera       e      atmosfera.
Incluem-se na biosfera todos os
organismos vivos que vivem no
planeta, embora o conceito seja
geralmente       alargado        para
incluir também os seus habitats.

   O termo quot;Biosferaquot; foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard
Suess. Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para
designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos. O conceito foi criado
por analogia a outros conceitos empregues para nomear partes do planeta,
como, por exemplo, litosfera, camada rochosa que constitui a crosta, e
atmosfera, camada de ar que circunda a Terra. Biosfera é o conjunto de todas
as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida. A biosfera é um
tanto irregular, devido à escassez, ou mesmo inexistência, de formas de vida
em algumas áreas. Os seus limites vão dos fins das mais altas montanhas até
às profundezas das fossas abissais marinhas. A vida na Terra terá surgido há
cerca de 3800 milhões de anos

          1.2.4    Biodiversidade

   A biodiversidade traduz-se na quantidade de espécies de seres vivos
existentes no planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos
como o gelo da Antártida ou fontes submarinas com actividade vulcânica e
temperaturas superiores a 100ºC. Ainda se conhece pouco sobre a
biodiversidade do planeta. Calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de
espécies, das quais só 10% estão estudadas a nível científico.

   O principal impacto da perda da biodiversidade é a extinção das espécies
que são irrecuperáveis. O Homem é o principal responsável da perda da
biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida
pela acção humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos
índices de extinção por causa natural. Exemplos da acção do homem e suas
consequências na biodiversidade do planeta:

             •     Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o
          principal factor da diminuição da biodiversidade. A eliminação de
          vegetação local para construção de casas ou para actividades
          agropecuárias altera o meio ambiente. Em média, 90% das espécies
          extintas acabaram em consequência da destruição de seu habitat;
•     Super-exploração comercial - ameaça muitas espécies
          marinhas e algumas terrestres;

             •     Poluição das águas, solo e ar - stressam os ecossistemas e
          matam os organismos;

             •     Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por
          predação, competição ou alteração do habitat natural.

   A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa
espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das
necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos.

   Devido essencialmente a actividades humanas como a agricultura, a pesca,
a indústria, os transportes e a urbanização de extensas partes do território,
entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se encontram, a
um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da
biodiversidade.

   Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento
económico e social da comunidade humana, pois é frequentemente
acompanhada por profundas alterações ambientais.

   Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir
precisamente no sentido de manutenção da biodiversidade.

          1.2.5    Compostagem

   Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a
decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor
tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com
atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronómico)
àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).
1.2.6   Ecologia

   A Ecologia é o estudo das inteirações dos seres vivos entre si e com o
meio ambiente.

   A palavra Ecologia tem origem no grego “oikosquot;, que significa casa, e
quot;logosquot;, estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais
genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1866,
quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os
seres vivos e o ambiente em que vivem a abundância dos seres vivos no
planeta.

   A Ecologia divide-se em várias partes, tais como a Auto ecologia, a Demo
ecologia e a Sinecologia.

   Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos numa mesma
região, temos uma população. Várias populações num mesmo local formam
uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia forma um
ecossistema. Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema, temos a
biosfera.

   O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à
sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas
também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela
etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do
metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina
o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.

   Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio
ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático é a construção dos recifes
de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos.

   As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema
incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a
reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes
espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o
parasitismo e outras.
Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários
ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao
conceito da ecologia humana que estuda as relações entre o Homem e a
Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não
só física, mas também social.

   Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do
Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através
das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas
espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a
disseminação do conhecimento sobre estas interacções entre o Homem e a
Biosfera.

   A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, como por exemplo
a economia. Nosso modelo de desenvolvimento económico baseia-se no
capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais
caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma
produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.

            • Incineração

   Incineração é a queima do lixo em aparelhos próprias. Apresenta a
vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os
microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo
hospitalar e industrial.

   Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para
aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização
racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha,
cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de
concreto incinerado.

   Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos
até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800
e 3 000° Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande
        C.
produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem
queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar
filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.
Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não
tendo vantagens para outros materiais como, por exemplo, vidros e metais.
Devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica (que constitui cerca
de 36% dos RSU) possui um baixo poder calorífico e como tal não é
interessante incinerar sob o ponto de vista energético.




                             Interior de um forno de incineração

   Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é
transformada em energia eléctrica ou vapor), águas residuais, gases, cinzas e
escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento
posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas
(chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados,
ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos,
clorobenzenos, clorofenóis e PCBs).

   Um incinerador gera também emissões de dióxido de carbono, agente
causador do efeito estufa. Como parte do processo, fazem-se necessários
equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de
partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases.

   O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos
gases, terá de sofrer um tratamento adequado uma vez que, acordo com a
legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso. Apesar do
aproveitamento da energia, uma vez que não há a reciclagem dos materiais, a
incineração de resíduos torna-se assim numa perda no ciclo de renovação dos
recursos naturais. Por estes motivos, tal como o aterro, surge no último lugar
da hierarquia de gestão de resíduos.

          • Co-incineração
Incinerador de Viena, Áustria, ligado a uma rede de distribuição de energia térmica.

   A co-incineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na
sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis
tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois
substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a
elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem
ser usados para o tratamento de resíduos.

           • Co-incineração em cimenteiras

   Os fornos de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir
temperaturas muito elevadas de 2000° na chama do queimador principal e
                                    C
cerca de 1450° no clinker.
              C

   Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais
como compostos aromáticos ou metais, a co-incineração em fornos de cimento
pode permitir evitar a contaminação do ambiente de forma segura. No caso dos
compostos orgânicos (contendo átomos de carbono ou azoto), as temperaturas
muito elevadas e o longo tempo de permanência no forno - 5 a 7 segundos nos
grandes fornos de cimento - vão provocar a destruição dessas moléculas,
originado compostos inócuos, como o anidrido carbónico.

   Em contacto com os silicatos de cálcio que constituem o clinker -
constituinte maioritário do cimento Portland - a maioria os metais são
incorporados na estrutura vítrea formada a alta temperatura, ficando assim
inibidos de serem lixiviados pela água. São excepção os metais voláteis
mercúrio, cádmio e tálio, que por não serem fixados não podem apresentar
concentrações elevadas nos resíduos a co-incinerar.
Os aniões enxofre, cloro e flúor combinam-se com o cálcio da pedra
formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respectivos
ácidos.

           • Emissões perigosas

   Quando a co-incineração começou a ser usada nos EUA na década de
1980, os resíduos eram misturados e triturados conjuntamente com a pedra. O
aquecimento era muito lento, o que originava a progressiva libertação dos
compostos orgânicos voláteis, antes de atingirem os pontos mais quentes do
forno. A poluição provocada era enorme. Alguns fornos, mesmo trabalhando
apenas com com combustíveis normais, podiam permitir a formação de
dioxinas. Estes compostos ocorriam em fornos onde o despoeiramento dos
gases se fazia a temperaturas bastante altas.




                  Estrutura molecular da TCDD, a mais tóxica das dioxinas

   Actualmente a co-incineração dos resíduos mais perigosos é feita por
injecção na zona de queima, o que permite uma destruição com uma eficiência
tipicamente superior a 99,99%. O arrefecimento dos gases antes da sua
chegada aos filtros permite atingir níveis muito baixos de emissão de dioxinas,
independentemente do tipo de combustível usado.

   A co-incineração feita no respeito das boas práticas industriais é
actualmente um processo seguro de valorização de resíduos industriais em fim
de linha, praticado há muitos anos em numerosos países europeus. As
análises sistemáticas dos efluentes gasosos não se distinguem das
encontradas quando são apenas usados os combustíveis tradicionais

          1.3 BIBLIOGRAFIA:

           • http://pt.wikipedia.org
           • http://www.mocho.pt/
           • http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/biodiversidade.htm
2        Problemas Ambientais da Actualidade
             2.1 A CHUVA ÁCIDA

      O termo chuva ácida foi
empregado pela primeira vez
em 1952 por um cientista
inglês, R. A. Smith, em sua
monografia O Ar e a Chuva:
O       Início       da     Climatologia
Química,         a    Chuva       Ácida.
Embora           a        chuva   ácida,
formada por substâncias que
as chaminés das indústrias e
os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido,
provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução
Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas,
para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas
preocupações. quot;Trata-se talvez do mais sério problema ecológico do séculoquot;,
suspeita o patologista americano Leon Dochinger, do Serviço de Florestas dos
Estados Unidos. Significativamente, nada menos do que quatro simpósios
internacionais, na Europa, foram dedicados ao tema, desde o final de março.*

      A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de
enxofre (SO2), e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos
quando em contato com a própria água da chuva. Estes compostos são
liberados na combustão de materiais de origem fóssil, como o petróleo e o
carvão. A combustão destes materiais também dá origem a óxidos de carbono
(CO e CO2), pois existe carbono em sua composição, assim como na
composição de outros materiais como o álcool comum (C2H5OH).

      As chuvas ácidas transformaram a superfície do mármore (CaCO3) do
Parthenon, em Atenas, em gesso (CaSO4); macio e sujeito a erosão.



*
    Texto baseado no artigo quot;As Chuvas da Mortequot;, publicado na revista IstoÉ, em 9 de maio de 1984.
Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apóia o templo de
Erekteion, na Acrópole, mostram que, num período de dez anos (1955 a 1965),
a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas
figuras. O mesmo fenômeno é observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu,
em Roma.

   Mas a chuva ácida não atinge apenas monumentos de valor incalculável
para a humanidade. Em alguns lugares, como nos países da Escandinávia, ela
está matando os peixes dos lagos e rios; em outros, como na Alemanha, vai
rapidamente dizimando as florestas. No sinistro mapa da devastação, pelo
menos um ponto do território brasileiro já está assinalado - Cubatão, o
sufocante pólo industrial da Baixada Santista.

   Para medir o grau de acidez - o pH - da água, os técnicos usam uma escala
que vai de 0 a 14. Quanto mais baixo o número, maior o índice de acidez, que
avança numa progressão estonteante: o pH 1,0 é dez vezes mais ácido que o
pH 2,0, cem vezes mais ácido que o pH 3,0, e assim por diante. A água
destilada, quando rigorosamente pura, tem, aproximadamente, pH 7,0; a água
da chuva, normalmente, tem pH em torno de 5,6. Em diversos pontos do
mundo, no entanto, tem-se registrado precipitações com índice de acidez
próximo de 2,0; como observam os cientistas, é como se nesses lugares
chovesse algo ainda mais ácido que o suco de limão, cujo pH é 2,1. A maioria
dos peixes morre quando o pH dos rios e lagos atinge 4,5.

   O Brasil, que, além de menos industrializado do que a Europa e os Estados
Unidos, praticamente não precisa queimar carvão mineral ou óleo combustível
para produzir energia - algo muito comum sobretudo na Europa, onde é
escassa a energia hidrelétrica - já começa a exibir números assustadores. No
centro de Cubatão, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(CETESB), do governo do Estado de São Paulo, detectou, em 1983, índices de
pH que iam de 4,7 a 3,7. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os
derivados de enxofre, que as chaminés das petroquímicas e siderúrgicas não
cessam de despejar na carregada atmosfera de Cubatão. O problema não
seria tão grave se as indústrias da região passassem a queimar, em suas
caldeiras, óleo com 1% de enxofre - o que se usa hoje tem 5%.
A chuva ácida nem sempre cai onde foi gerada - tangida pelo vento, pode
desabar a grandes distâncias das fontes poluidoras. Inicialmente, as enormes
chaminés, com as quais se pretende evitar a poluição, contribuem para que
isso aconteça, pois lançam a fumaça em correntes altas de vento. A viagem
dos poluentes explica, por exemplo, o fato de as paradisíacas ilhas Bermudas,
a 960 km da costa atlântica dos Estados Unidos, ou as montanhas amazônicas
do sul da Venezuela, enfrentarem hoje chuvas tão ácidas quanto as que
tombam sobre os países industrializados.

     Alguns guarda-chuvas têm sido abertos contra essa terrível modalidade de
poluição. Em março de 1984, reunidos em Madri, representantes de nove
países europeus e do Canadá acertaram reduzir em 30%, na próxima década,
suas emissões de enxofre. Não será tarefa suave, dado o elevado custo dos
equipamentos para combater a chuva ácida. Na França, por exemplo, onde já
são obrigatórios, estes dispositivos representam 10% do custo global das
usinas termelétricas, onde estão instalados. Para financiá-los, quase sempre é
indispensável aumentar as tarifas de energia - um risco político que os
governantes relutam em assumir. Alguns casos, porém, comportam soluções
mais baratas. Foi algo assim que fez o governo da Grécia, em janeiro passado:
a área do centro de Atenas, onde os carros só podem trafegar em dias
alternados, foi ampliada de 8 para 67 km2, numa tentativa de dissolver a
nuvem negra que corrói implacavelmente os dois milênios e meio do
Parthenon.

            2.1.1         Aterro sanitário

     Um   aterro         sanitário    é   um
espaço destinado à deposição final
de resíduos sólidos gerados pela
actividade        humana.      Nele       são
dispostos     resíduos         domésticos,
comerciais, de serviços de saúde,
da    indústria     de     construção,    ou
dejectos sólidos retirados do esgoto.
2.1.1.1 Condições e características
    A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de
drenagem      de    efluentes   líquidos    percolados   acima     de    uma   camada
impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de
solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo,
evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser
tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor
poluição ao meio ambiente.

    Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite
a   colecta    do     biogás,   que    é
constituído     por       metano,     gás
carbónico (CO2) e água (vapor),
entre outros, e é formado pela
decomposição dos resíduos. Este
efluente deve ser queimado ou
beneficiado. Estes gases podem
ser queimados na atmosfera ou
aproveitados       para    geração     de   energia.   No   caso    de    países   em
desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como
recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de
Quioto.

    Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais,
que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No
Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila.

    Com a compactação de lixo no aterro é possível a produção de gás,
podendo assim diminuir a exploração de combustíveis fósseis. Este processo
de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria, quot;Projecto - Resíduos
+ Petróleo.

    Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitorização
ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais.
Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes
é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controlo de entrada de
resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo e
oficina.

   Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de
um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode
albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o
efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em
aterros que contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, podendo
assim contribuir para a cura de muitas doenças.

   Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de
água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se
distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de
400m.

           2.1.1.2 Operação
   A recepção dos resíduos inicia-se com
a entrada do veículo (viatura em Portugal)
de transporte de resíduos no aterro
sanitário e a pesagem na balança. Depois
de feito o controle na entrada e efectuada
a pesagem, o veículo desloca-se até à
zona de deposição, avança até à frente de
trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa
pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado
para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso líquido da
quantidade de resíduo transportada.

   A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os
resíduos sólidos e cobri-lo diariamente com uma camada de solo. A
compactação tem como objectivo reduzir a área ocupada e aumentar a área
disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a
firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura
diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível
contacto com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a
liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças.

           2.1.1.3 No Brasil
   A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte
forma os aterros sanitários: quot;aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos,
consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem
causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos
menores se for necessário.quot;

           2.1.1.4 Em Portugal



        2.2 BIBLIOGRAFIA

   Revista Isto É, Artigo quot;As Chuvas da Mortequot;, publicado na revista IstoÉ, em
9 de maio de 1984.

   http://pt.wikipedia.org
3     Recursos Naturais
   “Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem
geográfica, mas que ainda não tenham sofrido importantes transformações
pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do Homem, mas
aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e
culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a partir da relação homem-
natureza. Os recursos naturais são muito importantes para o Mundo.

   O termo surgiu pela primeira vez na década 1970, por E.F. Schumacher no
seu livro intitulado Small is Beautiful.

   Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser
aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano precisa
trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer
alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser
armazenados e canalizados, quer para consumo humano directo, para
irrigação, ou para geração de energia hidrelétrica.

   Os recursos podem ser:

   Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou
demoram muito tempo para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro.

   Inesgotáveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento.”



   Fonte:

   http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural




         3.1 RECURSOS RENOVÁVEIS

   “Os recursos são considerados renováveis quando possibilitam a sua
utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou
regeneração é feita de forma contínua pela Natureza. Em termos de reservas
naturais, trata-se de um bem ilimitado.
Face às perspectivas de esgotamento das fontes energéticas que têm vindo
a ser utilizadas, em virtude do progresso da Humanidade se verificar a um
ritmo crescente, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento
industrial, procura-se cada vez mais recorrer a soluções alternativas de
produção energética. Estas novas soluções baseiam-se no aproveitamento dos
recursos renováveis. São exemplos de fontes energéticas renováveis: o sol, a
força das ondas, marés e rios, o vento, a geotermia resultante de
manifestações de vulcanismo e a biomassa. Os principais obstáculos que se
colocam ao uso generalizado das energias obtidas a partir das fontes
anteriormente referidas não são de ordem tecnológica, mas fundamentalmente
de natureza económica e cultural. Este tipo de soluções determina, por um
lado, investimentos iniciais superiores àqueles que são efectuados quando se
recorre às fontes energéticas tradicionais não renováveis. Por outro lado, existe
uma falta de hábito, quase generalizada à maior parte das instituições, de
encarar este tipo de soluções ainda que esses investimentos possam ser
rapidamente amortizados. A situação de desaproveitamento deste tipo de
recursos é sobretudo flagrante nos países em desenvolvimento que, apesar de
reunirem as condições ideais para o seu aproveitamento, não possuem
capacidade económica e tecnológica para os explorar.

   São exemplo de energia renovável:

          • O Sol: energia solar

          • O vento: energia eólica

          • Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica

          • Os mares e oceanos: energia maremotriz

          • As ondas: energia das ondas

          • A matéria orgânica: biomassa, biocombustível

          • O calor da Terra: energia geotérmica

          • Água salobra: energia azul

   Entre estes, iremos destacar:

          3.1.1     O Biocombustível
Biocombustível é qualquer combustível de origem biológica, desde que não
seja de origem fóssil. É originado de mistura de uma ou mais plantas como:
cana-de-açúcar, mamona, soja, cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, dentre
outros tipos. Existem vários tipos de biocombustíveis, mas os principais são: a
biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás.

           3.1.1.1 Biomassa:
   É uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância
e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar
fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa.
Exemplo: restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o
lixo urbano. O máximo está sendo feito para obter a energia da biomassa, já
que o petróleo e o carvão mineral têm prevenções de acabar, a energia
eléctrica está cada vez mais escassa (já que essa energia depende da força da
água) e a energia nuclear é perigosa. Outro factor importante é que a
humanidade esta produzindo cada vez mais lixo e esse lixo também é capaz de
produzir energia, isso ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de
poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da
produção de energia. Vantagens: energia limpa e renovável, menor corrosão
de equipamentos, os resíduos emitidos pela sua queima não interferem no
efeito estufa, ser uma fonte de energia, ser descentralizadora de renda, reduzir
a dependência de petróleo por parte de países subdesenvolvidos, diminuir o
lixo industrial (já que ele pode ser útil na produção de biomassa), ter baixo
custo de implantação e manutenção.

           3.1.1.2 Bioetanol
   O bioetanol é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser usado
directamente como combustível ou se juntar com os ésteres do óleo vegetal e
formar um combustível, a esse processo se dá o nome de transesterificação. O
etanol é um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água,
derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros
cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é
conhecido como álcool etílico e sua fórmula molecular é C2H5OH ou C2H6O.
O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente
utilizado como combustível auto motivo na forma hidratada ou misturado à
gasolina.    Também     tem      aplicações   em   produtos   como   perfumes,
desodorizantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas
alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do
Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. O Brasil é hoje o maior
produtor mundial de etanol, que, quando utilizado como combustível em
automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se
na produção do etanol os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos
por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção
mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa
uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. Isso
representa uma menor dependência do Brasil ao petróleo.

             3.1.1.3 Biodiesel
   O biodiesel é derivado de lipídicos orgânicos renováveis, como óleos
vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por
compressão (diesel). É produzido por transesterificação e é também um
combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de
fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. É obtido a
partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona,
soja.

            3.1.2   A Energia Eólica

   A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os
barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de
moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era
transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para
bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda
para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
Fonte: http://moinhosdeportugal.no.sapo.pt/Peniche.jpg

   Na actualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores -
grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a
forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um
gerador, produz energia eléctrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos,
concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia
se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar
localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a
utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos
limitados de energia eléctrica.

   A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes
naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota.
Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas tanto em conexão com
redes eléctricas como em lugares isolados.

   Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia eléctrica através da
energia eólica era de aproximadamente 59 giga watts, - o suficiente para
abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso
represente menos de 1% do uso mundial de energia.

   Em alguns países, a energia eléctrica gerada a partir do vento representa
significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da
produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal (dados de Setembro de
2007) e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais
que quadruplicou entre 1999 e 2005.

   A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e,
se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução
do efeito estufa.

   O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos
anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que
custava no final dos anos 90, e essa queda de custos deve continuar com a
ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de
2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados
Unidos.

   A maioria das formas de geração de electricidade, requerem altíssimos
investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente
verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de
cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com
manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do
cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta
diversos factores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os
custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos
geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia
eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada parque eólico.

   Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia
utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente
será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da
turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão
ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece
riscos de colisões das pás com objectos voadores (animais silvestres) e não
interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser
introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/ParqueEolicoLousa.JPG


          3.1.3      A Energia Geotérmica

   Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor
proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior. Devido a necessidade
de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada
vez maiores, foi desenvolvido um modo de aproveitar esse calor para a
geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia elétrica provém da
queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, métodos
esses muito poluentes.

   Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da
Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A
Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior,
no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas
derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas
aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde
a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial
geotérmico.

   Um exemplo da exploração dessa energia em Portugal é a Central
Geotérmica do Pico Vermelho, nos açores. Esta central geotérmica tem uma
potência líquida de 10 MW e uma produção anual de 80 GWh com um factor de
recarga de 92%, demorou cerca de 60 meses a ser construída e atingiu um
montante global de investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, co-
financiados pelo Programa Operacional de Desenvolvimento Económico e
Social dos Açores (PRODESA) em cerca de 28%.

   Com a entrada em funcionamento desta central, a contribuição de origem
geotérmica para o sistema electroprodutor da ilha de São Miguel em 2007 foi
da ordem dos 37%.




          Fonte: http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/per0043_1.jpg




              Fonte: http://img232.imageshack.us/img232/8823/figura1uu1.jpg


        3.2 RECURSOS NÃO - RENOVÁVEIS
São recursos naturais que, uma vez consumidos, não podem ser
substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável. São produtos
resultantes de processos extremamente lentos da litosfera, e não são auto-
renováveis no esquema humano das coisas. De maneira geral, os recursos
minerais    consideram-se    pertencentes   a   estes   recursos   sujeitos   a
desaparecerem.

   São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a
utilização. As principais são a energia nuclear e os combustíveis fósseis
(petróleo, gás natural e carvão).

           3.2.1    Combustíveis Fósseis

   Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão), líquida
(petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceite, foram
formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e
que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão
se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do
gás natural de grandes massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias
marinhas ou lacustres. Em ambos os casos, a matéria orgânica foi
parcialmente decomposta, pela acção da temperatura, pressão e certas
bactérias, na ausência de oxigênio, de forma que foram armazenadas
moléculas com ligações de alta energia.

   Se distinguem as quot;reservas identificadasquot;, embora não sejam exploradas, e
as quot;reservas prováveisquot;, que poderão ser descobertas com tecnologias futuras.
Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer energia para mais 40 anos (se
for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se continuar a usar carvão).

            3.2.1.1 Consequências Ambientais
   Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do
inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -,
destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado,
provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série
de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em
regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da
chuva ácida.
A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante
mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este
problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua
vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de
gases que possuem características específicas. Estes gases permitem a
entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se
transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é
análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno
e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial
de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca-
se o dióxido de carbono (CO2).

   É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em
geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à
saúde e não quot;sujamquot; o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases
como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características
básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (idéia de
dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais
técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última
década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como
poluentes.

             3.2.1.2 Importância Económica
   O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida
nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações
econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm
ocorrendo desde a Revolução Industrial.

   Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a
Europa está a      procurar soluções energéticas alternativas    (como os
biocombustíveis, a electricidadee o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia
prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas
nos transportes rodoviários.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coal.jpg




          3.2.2     Energia Nuclear

   Os núcleos atômicos de elementos pesados como o urânio, podem ser
desintegrados (fissão nuclear ou cisão nuclear) e liberar energia radiante e
cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para produzir electricidade
utilizando turbinas a vapor.

   Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a
obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade.

   Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em
calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais
partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem
para produzir um novo núcleo.

   A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É
usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em
países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia,
Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros. A
principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de
combustíveis fósseis].

   O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase experimental,
existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e econômica.

   O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até
obter-se o estado plasmático. Neste estado, os átomos de hidrogênio se
desagregam permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão
produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de
deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado
plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil.

   A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do
material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de
suportar as elevadas temperaturas a ele associadas. Um meio é a utilização do
confinamento magnético.

   Apresentamos aqui algumas vantagens e desvantagens:

   Vantagens:

         • não contribui para o efeito de estufa (principal);

         • não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc.;

         • não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos
      espaços para sua instalação;

         • não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem
      dos ventos);

         • pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;

         • grande disponibilidade de combustível;

         • é a fonte mais concentrada de geração de energia

         • a quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente
      pequena e compacta;

         • a tecnologia do processo é bastante conhecida;

         • o risco de transporte do combustível é significativamente menor
      quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas;

         • não necessita de armazenamento da energia produzida em
      baterias;

   Desvantagens:

         • necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e
      protegidos;
• necessidade de isolar a central após o seu encerramento;

         • é mais cara quando comparada às demais fontes de energia;

         • os resíduos produzidos emitem radiactividade durante muitos
   anos;

         • dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em
   questões de localização e segurança;

         • pode interferir com ecossistemas;

         • grande risco de acidente na central nuclear;

         • os impactos ambientais causados pela deposição do resíduo
   radioactivo não são muito maiores que os impactes do lago de uma
   hidroeléctrica.



Fonte:

http://www.infopedia.pt/$recursos-renovaveis

http://www.infopedia.pt/$recursos-nao-renovaveis

http://www.energiasrenovaveis.com/index.asp?ID_area=1
4    Factores de Risco
        4.1 AGENTES INFECCIOSOS

   Os mais simples são os vírus, cuja estrutura é muito rudimentar, pois nem
sequer são compostos com os elementos necessários para obterem energia e
para se reproduzirem por si próprios, o que os obriga a invadir as células do
organismo, tornando-se patogénicos.

   As bactérias são igualmente simples, já que são constituídas por uma única
célula completa, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo.
Existe uma grande variedade de bactérias, a grande maioria felizmente
inofensiva ou benéfica para o ser humano, mas outras são patogénicas e
algumas extremamente perigosas.

   Os fungos são um pouco mais complexos, já que podem ser unicelulares ou
pluricelulares e são capazes de se reproduzirem por vários mecanismos.
Apesar de existirem igualmente milhares de espécies, apenas cerca de uma
centena pode provocar doenças infecciosas no ser humano.

   Os protozoários são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal,
embora muito primitivos no interior deste grupo de seres e com uma vida
parasitária. Do total de protozoários conhecidos, poucas dezenas actuam como
parasitas do ser humano, provocando doenças.

   Por último, também podem agir como parasitas do ser humano vários
helmintes, ou seja, vermes, cujo organismo é muito mais complexo do que o de
todos os anteriores e que, por vezes, alcançam dimensões consideráveis.

   Dado que é extremamente importante conhecer a estrutura dos vários
agentes infecciosos e parasitários, o modo como obtêm a sua nutrição, os seus
mecanismos de reprodução e outras questões básicas que, em conjunto,
permitem compreender os mecanismos de contágio e a natureza das doenças
que nos podem causar, as próximas páginas são dedicadas ao seu estudo
pormenorizado.

   Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=565
4.2 AGENTES IRRITANTES

   Certas substâncias irritam a pele e outras produzem uma reação à qual as
pessoas são “alérgicas” - ambas desencadeiam dermatite em algumas
pessoas. É importante ter condições de diferenciar os dois tipos. Como
exemplo de substâncias irritantes citamos os detergentes, sabões, produtos
para limpeza doméstica, tintas, colas, grandes variações de temperatura em
termos meteorológicos, ar condicionado, certas verduras/legumes e sucos de
frutas.

   Fonte: http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_00733.php



   ESTUDOS RECENTES SUGEREM RELAÇÃO ENTRE ALERGIAS E
POLUIÇÃO AMBIENTAL

   O barulhento despertar da rotina citadina, as filas intermináveis de carros a
destilarem monóxido de carbono, o respirar apressado dos que estão em cima
da hora para «picar o ponto». Este é, notoriamente, o «cartão de visita» mais
comum do urbano amanhecer.

   No entanto, pode-se pintar outros retratos dos tempos modernos: as
pessoas passam a maior parte do tempo fechadas, dentro de gigantescos
edifícios, com um ar (muito) condicionado.

   «Estas condições promovem o contacto prolongado com a mucosa nasal, já
debilitada pela poluição ambiental e pela polissensibilização, provocada pelos
ácaros [escondidos nas alcatifas e colchões]. A “síndrome dos edifícios
doentes” está associada a um aumento dos sintomas da asma e outras
doenças alérgicas», salienta a Dr.ª Erkka Valovirta, alergologista pediátrica e
ex-presidente da Federação Europeia de Alergologia (FEA), em artigo
publicado no Journal of the World Allergy Organization.

   O incremento de agentes alergénicos mais graves, aos quais as pessoas se
expõem diariamente, dentro e fora de espaços fechados, promove o
desenvolvimento e agrava as alergias no meio citadino.
Vários estudos sugerem que existe uma interacção entre as alergias e a
poluição ambiental. «Estes factores podem promover o desenvolvimento de
eczema atópico e sintomas alérgicos», observa Erkka Valovirta.

   O estilo de vida actual, marcado pelo stress e por um ritmo agitado, pode,
em grande parte, favorecer o aparecimento de alergias. Segundo a
especialista, «os doentes urbanos enfrentam uma “poluição social”, com
elevados níveis de agentes alergénicos dentro e fora de portas».

   Para além de critério ambiental, os novos hábitos de vida, que comportam
«uma variedade de mudanças, particularmente o consumo de certos alimentos,
podem despoletar uma reacção alérgica». A comercialização de frutos
exóticos, fora do local onde habitualmente são produzidos, pode contribuir para
um aumento das reacções alérgicas.

   O organismo, como não está familiarizado com certas substâncias
alimentares, activa o sistema imunitário, provocando uma reacção alérgica.

   Como prevenir as alergias?

   Existem certas substâncias que podem despoletar uma alergia, pelo que
devem ser identificadas e evitadas. Ao longo da vida, podem-se desenvolver
novas alergias.

   É possível adquirir uma extensa gama de produtos para a casa, que
permitem evitar as alergias, desde desumidificadores, protecção alergénica
para a cama e produtos específicos de higiene.

   A medicação (anti-histamínicos, imunoterapia e corticosteróides intranasais)
serve para aliviar os sintomas, incluindo a rinite alérgica persistente e
intermitente (sazonal). Apesar de todas as possibilidades de tratamento, o
doente deve consultar o médico assistente que, perante os sintomas,
aconselha a terapêutica mais adequada para cada caso.

   Rinite alérgica no primeiro lugar da tabela

   Um estudo conduzido pela Federação Europeia de Alergologia (FEA), em
2005, que analisou 3562 inquéritos, concluiu que 62% dos indivíduos sofrem de
rinite alérgica.
O mesmo ensaio identificou doentes com condições alérgicas adicionais:
asma (43%); alergias alimentares (29%) ou urticária (19%). Os resultados
indicam que mais de 50% dos doentes sofrem de rinite alérgica há, pelo
menos, 11 anos.

   Mais de metade dos inquiridos referiu que, para combater as alergias,
optaram por fazer algumas mudanças em casa. As medidas mais comuns
foram a aquisição de desumidificadores ou purificador de ar (31%) e a troca de
mobília (30%). Segundo este estudo, «a maioria das medidas revelou-se
ineficaz».

   Assim, para prevenir ou controlar a rinite alérgica, 66% dos doentes foram
medicados com anti-histamínicos.

   Alergias e sintomas

   • Rinite alérgica: é uma designação médica que inclui sintomas ao nível do
nariz. A rinite alérgica pode ter as seguintes manifestações: congestão nasal,
espirros frequentes, prurido nasal e ocular e dificuldades respiratórias.

   • Rinoconjuntivite: é uma forma de rinite alérgica, que engloba a
perturbação das vias nasais e oculares.

   • Asma alérgica: dificuldades respiratórias, tosse e pieira.

   • Eczema alérgico e dermatite atópica: os sintomas mais frequentes são
comichão, pele seca e escamação.

   • Urticária: edema da pele, acompanhada por comichão e ardor.

   • Anafilaxia: é uma reacção alérgica aguda, que pode começar por edemas
da boca, língua, lábios, pele e pálpebras.

   Em casos mais graves, as reacções podem progredir até ao vómito,
respiração arquejante, dificuldades respiratórias e colapsos cardiovasculares.
Se não for devidamente tratada, as reacções da anafilaxia podem ser fatais.

   Glossário

   Doença alérgica: condição clínica que resulta de uma reacção alérgica;
Reacção alérgica: através do contacto com determinados produtos, o corpo
responde com sintomas alérgicos: obstrução nasal, lacrimejo e edema da pele,
etc.;

   Desencadeantes: é um factor externo que despoleta uma reacção alérgica,
quando a pessoa contacta com alergénios tais como o tabaco, poluição interior
e exterior e stress psicológico.

   Anti-histamínicos: medicamentos usados no tratamento das reacções
alérgicas, reduzindo o seu impacto.

   Fonte:
http://www.jasfarma.pt/artigo.php?publicacao=sp&numero=57&artigo=3

         4.3   AGENTES MUTAGÉNICOS

   Considera-se agente mutagénico qualquer factor físico ou químico que pode
alterar o código genético de um indivíduo.

   A informação genética que se encontra numa forma codificada constitui o
código genético.

   A alteração brusca e imprevista do material hereditário denomina-se
mutação. Em certos casos, as mutações atingem uma pequena fracção da
molécula de ADN, afectando apenas um gene e denominam-se mutações
genéticas. Noutros casos, as mutações alteram o número ou a estrutura dos
cromossomas e designam-se mutações cromossómicas.

   Os genes que se manifestam em determinadas circunstâncias dependem
das relações que se estabelecem com o código genético e o ambiente que
caracteriza essas circunstâncias.

   Nem sempre essa interacção se realiza de um modo transitório. Factores
ambientais podem provocar alterações definitivas no ADN. Essas alterações
constituem mutações induzidas. Qualquer agente responsável por uma
mutação é um agente mutagénico e o processo que conduz ao seu
aparecimento denomina-se mutagénese.

   Os agentes mutagénicos são os mais diversos: alterações ambientais,
radiações ultravioleta, raios X, substâncias químicas, agentes poluidores, etc.
Fonte: http://www.infopedia.pt/$agentes-mutagenicos


       5     Desenvolvimento Sustentável
        5.1 CONCEITOS BÁSICOS

   O Desenvolvimento Sustentável pressupõe a preocupação não só com o
presente mas com a qualidade de vida das gerações futuras, protegendo
recursos vitais, incrementando factores de coesão social e equidade,
garantindo um crescimento económico amigo do ambiente e das pessoas.

   Esta visão integradora do desenvolvimento, com equilíbrio entre a
economia, a sociedade e a natureza, respeitando a biodiversidade e os
recursos naturais, baseado na solidariedade entre gerações e na co-
responsabilização e ajuda mútua entre os povos, constitui o pano de fundo das
políticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável.

   É certo que a qualidade de vida tem melhorado para a maior parte das
pessoas, na maior parte dos países ao longo das últimas décadas. No entanto,
é certo também que as disparidades têm vindo a acentuar-se e a tendência de
degradação ambiental global tem aumentado.

   No entanto, num mundo cada vez mais global há ainda um longo caminho a
percorrer na procura da sustentabilidade.

   As pequenas ou grandes acções do dia a dia, na escola, na comunidade
local, na empresa ou na governação, podem contribuir para conciliar o conjunto
de forças, por uma melhor sustentabilidade.

   Fonte:
http://www.apambiente.pt/politicasambiente/DesenvolvimentoSustentavel/Pagin
as/default.aspx

        5.2 ACTUAÇÃO RESPONSÁVEL

   O   programa    voluntário   Actuação    Responsável   (Responsible   Care)
representa o compromisso e a iniciativa da Indústria Química mundial para a
garantia e desenvolvimento da segurança e prevenção ambiental em todas as
fases do ciclo de vida dos produtos.

   Trata-se de um compromisso voluntário da Indústria Química mundial
mediante o qual as empresas se comprometem unilateralmente a melhorar
continuamente o seu desempenho em saúde, segurança e ambiente, dando
público testemunho do seu comportamento e dos progressos alcançados, na
procura de um desenvolvimento sustentável.

   O programa Actuação Responsável nasceu no Canadá em 1987, por
iniciativa da Associação Canadiana de Produtores de Química (CCPA), e está
implementado em 52 países.

   Em 1993 a APEQ - Associação Portuguesa das Empresas Químicas aderiu
ao programa Actuação Responsável.

   As empresas do CQE que aderiram a este programa, têm dirigido os seus
esforços, por um lado na promoção da informação sobre o programa, seus
indicadores e objectivos e, por outro lado, na sua implementação efectiva.

   Desta forma se reforça o compromisso estabelecido no sentido de
prosseguir através de novos passos e iniciativas a interacção e diálogo com a
comunidade onde nos inserimos.

   As empresas portuguesas subscritoras dos princípios da Actuação
Responsável    declaram     o   seu    compromisso   na   construção   de    um
desenvolvimento sustentável baseado no equilíbrio assente em três pilares:
protecção ambiental, emprego e crescimento económico na linha da
competitividade. Este compromisso assume-se em sintonia com os objectivos
da Comunidade Europeia expressos no Tratado de Amesterdão, e com os
objectivos estratégicos afirmados nos Conselhos Europeus de Lisboa e
Gotemburgo.

   Fonte:
http://195.22.26.121:81/APEQ_Site/BackOffice/ler_ficheiro.aspx?idDocumento=
1000396

          5.3 INDICADORES
O objectivo fundamental que suporta a monitorização do estado do
ambiente e da sustentabilidade é a melhoria da qualidade das decisões na
gestão da sustentabilidade. São necessárias relações mais estreitas entre os
resultados da monitorização da sustentabilidade e as respostas políticas dos
decisores.

   A utilização de indicadores - transmitindo informação técnica e científica de
forma sintética e inteligível, preservando o significado original dos dados -
apresenta-se actualmente como uma ferramenta essencial na gestão e
avaliação da sustentabilidade. Os indicadores de desenvolvimento sustentável
constituem um instrumento fundamental no contexto da avaliação do
desempenho da sustentabilidade ao nível dos países, das regiões, das
comunidades locais, das actividades económicas, das organizações públicas e
privadas, de políticas, missões, projectos, actividades, produtos e serviços.

   À semelhança dos seus congéneres existentes à escala mundial, o Sistema
de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (SIDS) nacional surge para
dar resposta à necessidade de avaliar o progresso do país em matéria de
sustentabilidade, possibilitando estabelecer a ligação com os principais níveis
de decisão estratégica – políticas, planos e programas – de âmbito nacional,
regional e sectorial.

   A primeira edição formal do SIDS nacional, publicada em 2000 (“Proposta
para Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, DGA, 2000) foi
o culminar dos trabalhos iniciados em 1997, com uma edição intermédia em
1998 que constituiu o suporte para o desenvolvimento de vários trabalhos
sobre indicadores de integração ambiental em cinco sectores de actividade
económica: turismo, transportes, indústria, agricultura e energia. Assim, a par
com as principais iniciativas internacionais neste domínio, Portugal apresentou
uma    plataforma       de   indicadores   ambientais,   sociais,   económicos   e
institucionais, assente no modelo Pressão-Estado-Resposta, seleccionados
com base na sua relevância no contexto nacional. Esta proposta, amplamente
discutida no seio do Ministério do Ambiente, traduzia uma primeira versão para
consulta e participação pública. Continha a particularidade de, para cada
indicador, apresentar a possibilidade de avaliar as assimetrias regionais, de
forma a avaliar a variação regional de um determinado indicador.
Do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na área de indicadores
de desenvolvimento sustentável no Instituto do Ambiente e, a partir de Maio de
2007, na APA, tendo por base o estudo de outros sistemas de países e
organizações internacionais de referência, revisão bibliográfica e contactos
bilaterais com os múltiplos “actores” do desenvolvimento sustentável, assim
como avaliando e integrando as reflexões e comentários recebidos sobre o
SIDS 2000, resultou a edição de 2007 do SIDS Portugal.

   Fonte: http://www.apambiente.pt/Instrumentos/sids/Paginas/default.aspx

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Portfólio

  • 1. ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE DE LISBOA 1º ANO SA PORTFÓLIO SAÚDE AMBIENTAL Aluna: Docente: Suzana Santos Vitor Manteigas
  • 2. ÍNDICE 1Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental .......................... 3 1.1 Ambiente....................................................................................................... 3 1.1.1 Declaração de Impacte ........................................................................... 3 1.1.2 Índices de Qualidade.............................................................................. 3 1.1.3 Protecção ............................................................................................... 3 1.2 Biogeoquímicos............................................................................................. 3 1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos .......................................................................... 4 1.2.2 Biota.................................................................................................... 10 1.2.3 Biosfera ............................................................................................... 10 1.2.4 Biodiversidade..................................................................................... 11 1.2.5 Compostagem ...................................................................................... 12 1.2.6 Ecologia............................................................................................... 13 • Incineração .................................................................................................. 14 1.3 Bibliografia: ................................................................................................ 17 2Problemas Ambientais da Actualidade ................................................................ 18 2.1 A CHUVA ÁCIDA ..................................................................................... 18 2.1.1 Aterro sanitário.................................................................................... 20 2.2 BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 23 3Recursos Naturais ............................................................................................... 24 3.1 Recursos Renováveis................................................................................... 24 3.1.1 O Biocombustível ................................................................................ 25 3.1.2 A Energia Eólica.................................................................................. 27 3.1.3 A Energia Geotérmica.......................................................................... 30 3.2 Recursos não-renováveis ............................................................................. 31 3.2.1 Combustíveis Fósseis........................................................................... 32 3.2.2 Energia Nuclear ................................................................................... 34 4Factores de Risco ................................................................................................ 37 4.1 Agentes infecciosos ..................................................................................... 37 4.2 AGENTES IRRITANTES ........................................................................... 38 4.3 agentes mutagénicos .................................................................................... 41 5Desenvolvimento Sustentável.............................................................................. 42 5.1 Conceitos Básicos........................................................................................ 42 5.2 Actuação Responsável................................................................................. 42 5.3 Indicadores .................................................................................................. 43
  • 3. 1 Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental 1.1 AMBIENTE “conjunto de sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos factores económicos, sociais e culturais com efeito directo e indirecto, mediato e imediato, sobre os seres vivos e a qualidade da vida do homem” – in Lei de Bases do Ambiente. 1.1.1 Declaração de Impacte Relatório fundamentado, elaborado após estudos cuidadosos que descreve as consequências prováveis ou seguras de uma actuação projectada, prevenindo assim quem tem de tomar decisão, o público e o governo, a respeito dos riscos corridos do ambiente. Este processo proporciona ao público uma oportunidade para participar em decisões que podem ter influência no ambiente humano. 1.1.2 Índices de Qualidade Limites e concentrações máximos permissíveis, níveis máximos aceitáveis de poluidores em meios especificados 1.1.3 Protecção Parte da gestão dos recursos que diz respeito à descarga no ambiente de desperdícios químicos e biológicos e de efeitos físicos com o objectivo de proporcionar uma defesa contra a interferência ou destruição, em relação aos usos benéficos dos recursos naturais. 1.2 BIOGEOQUÍMICOS “Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o Ambiente possa dispô-los convenientemente (Auto depuração), eles poderão intervir no ciclo vital. O movimento dos elementos e compostos essenciais à vida pode ser designado como ciclo biogeoquímicos. As relações entre espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos, em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de
  • 4. etapas biológicas, físicas e químicas alternantes, recebe a denominação geral de Ciclo Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico, apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que o aspecto físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, Há uma espécie de intercâmbio continua entre meio físico, denominado abiótico (relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes. Dentre os ciclos biogeoquímicos mais conhecidos, estão o ciclo do carbono (meio pelo qual os organismos vivos adquirem sua matéria principal e que os sustentam quimicamente), o ciclo do nitrogénio ou fixação do nitrogénio (usado para produção de substâncias vitais aos organismos, feito principalmente por bactérias) o próprio ciclo da água (ciclos curtos e longos), o do oxigénio etc”. 1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos Vias percorridas pelos nutrientes através dos ecossistemas. O ciclo Biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta. O estudo e a compreensão dos ciclos biogeoquímicos pode ajudar a identificar potenciais impacts ambientais causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos diversos ecossistemas. Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o ambiente possa dispô-los convenientemente, pela auto depuração, eles poderão intervir no ciclo vital. As relações entre espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos, em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas biológicas, físicas e químcas alternantes, recebe a denominação geral de Ciclo Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico apenas em
  • 5. relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que o aspecto físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, há uma espécie de intercâmbio contínuo entre meio físico, denominado abióico (relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes. 1.2.1.1 Etapas do ciclo de nutrientes • Transporte Físico
  • 6. Transformações químicas Tempo de residência (TR): para depósito em equilíbrio (somatória das entradas = somatória das saídas) TR (anos) = depósitos (kg) / somatória das saídas (kg/ano) 1.2.1.2 Principais de Ciclos Um dos principais ciclos biogéoquímicos, são o ciclo do nitrogénio, o ciclo do carbono, do fósforo, do enxofre e outros. Iremos apenas destacar alguns: • Ciclo do Carbono O carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do Hidrogénio (H), Hélio (He) e o Oxigénio (O), e é o pilar da vida como a conhecemos. Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica, presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica, presente nas rochas. No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímicos. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo “rápido” ou biológico. A distribuição de carbono entre atmosfera, organismos, terra e oceanos se alterou com o tempo. Cerca de 550 milhões de anos atrás a concentração de CO2 na atmosfera era de 7.000 partes por milhão, mais de 18 vezes o que é hoje. Onde foi todo aquele carbono atmosférico? Em sua maior parte, acabou
  • 7. como rochas sedimentares como calcário. Como isso aconteceu é parte da história maior do ciclo do carbono. O ciclo do carbono é uma combinação de muitos processos biológicos, químicos e físicos que movem o carbono. • Ciclo do Nitrogénio O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos, unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos nucléicos. 78% do ar atmosférico é composto por gás nitrogênio (N2), sendo o grande reservatório desse elemento na natureza; apesar disso, a grande maioria dos seres vivos não consegue utilizar diretamente esse gás e incorporá-lo às suas moléculas orgânicas. Apenas algumas poucas espécies de bactérias conseguem retirar o nitrogênio do ar, transformando-o em substâncias utilizáveis pelos organismos vivos ou então retirando o nitrogênio das substâncias orgânicas e devolvendo-o à atmosfera para fechar o ciclo. A vida na Terra não seria possível sem esses microorganismos. Bactérias fixadoras de nitrogênio (principalmente do gênero Rhizobium) e cianobactérias (antigamente denominadas algas azuis), que vivem na água, no
  • 8. solo ou em associação com raízes de leguminosas, absorvem o nitrogênio gasoso (N2), tranformando-o em amônia (NH3). Alguns vegetais, incluindo as leguminosas, utilizam a amônia diretamente para a produção de proteínas e ácidos nucléicos. Pela cadeias alimentares, as proteínas vegetais podem ser transferidas para os animais. A excreção animal libera resíduos nitrogenados, como a uréia, o ácido úrico e também a amônia; além disso, a morte de animais e de plantas origina também resíduos nitrogenados. Esses resíduos são degradados pelos decompositores, que produzem amônia. A amônia poderá seguir três caminhos: poderá ser utilizada diretamente pelas plantas, como já vimos; porém a maioria da amônia do solo será transformada em nitritos por bactérias nitrificantes e depois em nitratos, que ficam no solo e na água. Os nitratos podem ser absorvidos pelos vegetais, que os utilizam para a produção de proteína vegetal e ácidos nucléicos. Um terceiro caminho possível para a amônia é a sua absorção por bactérias desnitrificantes, que a transformam em nitrogênio gasoso (N2) e devolvem esse gás para a atmosfera. Parte dos nitratos também é absorvida por bactérias desnitrificantes e também são transformados em gás nitrogênio que é devolvido à atmosfera, fechando o ciclo
  • 9. • Ciclo do Fósforo O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento, os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo: aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos), repassando a todos os demais componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes, esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas. Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos, como a elevação do leito no mar ou o rebaixamento do nível das águas.
  • 10. Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente. 1.2.2 Biota Vida animal e vegetal encontrada num ambiente ou região geográfica. 1.2.3 Biosfera Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É um conceito da Ecologia, relacionado com os conceitos de Litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora o conceito seja geralmente alargado para
  • 11. incluir também os seus habitats. O termo quot;Biosferaquot; foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos. O conceito foi criado por analogia a outros conceitos empregues para nomear partes do planeta, como, por exemplo, litosfera, camada rochosa que constitui a crosta, e atmosfera, camada de ar que circunda a Terra. Biosfera é o conjunto de todas as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida. A biosfera é um tanto irregular, devido à escassez, ou mesmo inexistência, de formas de vida em algumas áreas. Os seus limites vão dos fins das mais altas montanhas até às profundezas das fossas abissais marinhas. A vida na Terra terá surgido há cerca de 3800 milhões de anos 1.2.4 Biodiversidade A biodiversidade traduz-se na quantidade de espécies de seres vivos existentes no planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos como o gelo da Antártida ou fontes submarinas com actividade vulcânica e temperaturas superiores a 100ºC. Ainda se conhece pouco sobre a biodiversidade do planeta. Calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de espécies, das quais só 10% estão estudadas a nível científico. O principal impacto da perda da biodiversidade é a extinção das espécies que são irrecuperáveis. O Homem é o principal responsável da perda da biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida pela acção humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos índices de extinção por causa natural. Exemplos da acção do homem e suas consequências na biodiversidade do planeta: • Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o principal factor da diminuição da biodiversidade. A eliminação de vegetação local para construção de casas ou para actividades agropecuárias altera o meio ambiente. Em média, 90% das espécies extintas acabaram em consequência da destruição de seu habitat;
  • 12. Super-exploração comercial - ameaça muitas espécies marinhas e algumas terrestres; • Poluição das águas, solo e ar - stressam os ecossistemas e matam os organismos; • Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por predação, competição ou alteração do habitat natural. A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos. Devido essencialmente a actividades humanas como a agricultura, a pesca, a indústria, os transportes e a urbanização de extensas partes do território, entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se encontram, a um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade. Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento económico e social da comunidade humana, pois é frequentemente acompanhada por profundas alterações ambientais. Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir precisamente no sentido de manutenção da biodiversidade. 1.2.5 Compostagem Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronómico) àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).
  • 13. 1.2.6 Ecologia A Ecologia é o estudo das inteirações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikosquot;, que significa casa, e quot;logosquot;, estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1866, quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem a abundância dos seres vivos no planeta. A Ecologia divide-se em várias partes, tais como a Auto ecologia, a Demo ecologia e a Sinecologia. Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos numa mesma região, temos uma população. Várias populações num mesmo local formam uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia forma um ecossistema. Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema, temos a biosfera. O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático é a construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos. As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o parasitismo e outras.
  • 14. Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao conceito da ecologia humana que estuda as relações entre o Homem e a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não só física, mas também social. Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a disseminação do conhecimento sobre estas interacções entre o Homem e a Biosfera. A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, como por exemplo a economia. Nosso modelo de desenvolvimento económico baseia-se no capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada. • Incineração Incineração é a queima do lixo em aparelhos próprias. Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial. Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha, cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de concreto incinerado. Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800 e 3 000° Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande C. produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.
  • 15. Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não tendo vantagens para outros materiais como, por exemplo, vidros e metais. Devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica (que constitui cerca de 36% dos RSU) possui um baixo poder calorífico e como tal não é interessante incinerar sob o ponto de vista energético. Interior de um forno de incineração Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é transformada em energia eléctrica ou vapor), águas residuais, gases, cinzas e escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas (chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados, ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos, clorobenzenos, clorofenóis e PCBs). Um incinerador gera também emissões de dióxido de carbono, agente causador do efeito estufa. Como parte do processo, fazem-se necessários equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases. O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos gases, terá de sofrer um tratamento adequado uma vez que, acordo com a legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso. Apesar do aproveitamento da energia, uma vez que não há a reciclagem dos materiais, a incineração de resíduos torna-se assim numa perda no ciclo de renovação dos recursos naturais. Por estes motivos, tal como o aterro, surge no último lugar da hierarquia de gestão de resíduos. • Co-incineração
  • 16. Incinerador de Viena, Áustria, ligado a uma rede de distribuição de energia térmica. A co-incineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem ser usados para o tratamento de resíduos. • Co-incineração em cimenteiras Os fornos de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir temperaturas muito elevadas de 2000° na chama do queimador principal e C cerca de 1450° no clinker. C Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais como compostos aromáticos ou metais, a co-incineração em fornos de cimento pode permitir evitar a contaminação do ambiente de forma segura. No caso dos compostos orgânicos (contendo átomos de carbono ou azoto), as temperaturas muito elevadas e o longo tempo de permanência no forno - 5 a 7 segundos nos grandes fornos de cimento - vão provocar a destruição dessas moléculas, originado compostos inócuos, como o anidrido carbónico. Em contacto com os silicatos de cálcio que constituem o clinker - constituinte maioritário do cimento Portland - a maioria os metais são incorporados na estrutura vítrea formada a alta temperatura, ficando assim inibidos de serem lixiviados pela água. São excepção os metais voláteis mercúrio, cádmio e tálio, que por não serem fixados não podem apresentar concentrações elevadas nos resíduos a co-incinerar.
  • 17. Os aniões enxofre, cloro e flúor combinam-se com o cálcio da pedra formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respectivos ácidos. • Emissões perigosas Quando a co-incineração começou a ser usada nos EUA na década de 1980, os resíduos eram misturados e triturados conjuntamente com a pedra. O aquecimento era muito lento, o que originava a progressiva libertação dos compostos orgânicos voláteis, antes de atingirem os pontos mais quentes do forno. A poluição provocada era enorme. Alguns fornos, mesmo trabalhando apenas com com combustíveis normais, podiam permitir a formação de dioxinas. Estes compostos ocorriam em fornos onde o despoeiramento dos gases se fazia a temperaturas bastante altas. Estrutura molecular da TCDD, a mais tóxica das dioxinas Actualmente a co-incineração dos resíduos mais perigosos é feita por injecção na zona de queima, o que permite uma destruição com uma eficiência tipicamente superior a 99,99%. O arrefecimento dos gases antes da sua chegada aos filtros permite atingir níveis muito baixos de emissão de dioxinas, independentemente do tipo de combustível usado. A co-incineração feita no respeito das boas práticas industriais é actualmente um processo seguro de valorização de resíduos industriais em fim de linha, praticado há muitos anos em numerosos países europeus. As análises sistemáticas dos efluentes gasosos não se distinguem das encontradas quando são apenas usados os combustíveis tradicionais 1.3 BIBLIOGRAFIA: • http://pt.wikipedia.org • http://www.mocho.pt/ • http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/biodiversidade.htm
  • 18. 2 Problemas Ambientais da Actualidade 2.1 A CHUVA ÁCIDA O termo chuva ácida foi empregado pela primeira vez em 1952 por um cientista inglês, R. A. Smith, em sua monografia O Ar e a Chuva: O Início da Climatologia Química, a Chuva Ácida. Embora a chuva ácida, formada por substâncias que as chaminés das indústrias e os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido, provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas, para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas preocupações. quot;Trata-se talvez do mais sério problema ecológico do séculoquot;, suspeita o patologista americano Leon Dochinger, do Serviço de Florestas dos Estados Unidos. Significativamente, nada menos do que quatro simpósios internacionais, na Europa, foram dedicados ao tema, desde o final de março.* A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de enxofre (SO2), e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos quando em contato com a própria água da chuva. Estes compostos são liberados na combustão de materiais de origem fóssil, como o petróleo e o carvão. A combustão destes materiais também dá origem a óxidos de carbono (CO e CO2), pois existe carbono em sua composição, assim como na composição de outros materiais como o álcool comum (C2H5OH). As chuvas ácidas transformaram a superfície do mármore (CaCO3) do Parthenon, em Atenas, em gesso (CaSO4); macio e sujeito a erosão. * Texto baseado no artigo quot;As Chuvas da Mortequot;, publicado na revista IstoÉ, em 9 de maio de 1984.
  • 19. Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apóia o templo de Erekteion, na Acrópole, mostram que, num período de dez anos (1955 a 1965), a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas figuras. O mesmo fenômeno é observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu, em Roma. Mas a chuva ácida não atinge apenas monumentos de valor incalculável para a humanidade. Em alguns lugares, como nos países da Escandinávia, ela está matando os peixes dos lagos e rios; em outros, como na Alemanha, vai rapidamente dizimando as florestas. No sinistro mapa da devastação, pelo menos um ponto do território brasileiro já está assinalado - Cubatão, o sufocante pólo industrial da Baixada Santista. Para medir o grau de acidez - o pH - da água, os técnicos usam uma escala que vai de 0 a 14. Quanto mais baixo o número, maior o índice de acidez, que avança numa progressão estonteante: o pH 1,0 é dez vezes mais ácido que o pH 2,0, cem vezes mais ácido que o pH 3,0, e assim por diante. A água destilada, quando rigorosamente pura, tem, aproximadamente, pH 7,0; a água da chuva, normalmente, tem pH em torno de 5,6. Em diversos pontos do mundo, no entanto, tem-se registrado precipitações com índice de acidez próximo de 2,0; como observam os cientistas, é como se nesses lugares chovesse algo ainda mais ácido que o suco de limão, cujo pH é 2,1. A maioria dos peixes morre quando o pH dos rios e lagos atinge 4,5. O Brasil, que, além de menos industrializado do que a Europa e os Estados Unidos, praticamente não precisa queimar carvão mineral ou óleo combustível para produzir energia - algo muito comum sobretudo na Europa, onde é escassa a energia hidrelétrica - já começa a exibir números assustadores. No centro de Cubatão, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), do governo do Estado de São Paulo, detectou, em 1983, índices de pH que iam de 4,7 a 3,7. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os derivados de enxofre, que as chaminés das petroquímicas e siderúrgicas não cessam de despejar na carregada atmosfera de Cubatão. O problema não seria tão grave se as indústrias da região passassem a queimar, em suas caldeiras, óleo com 1% de enxofre - o que se usa hoje tem 5%.
  • 20. A chuva ácida nem sempre cai onde foi gerada - tangida pelo vento, pode desabar a grandes distâncias das fontes poluidoras. Inicialmente, as enormes chaminés, com as quais se pretende evitar a poluição, contribuem para que isso aconteça, pois lançam a fumaça em correntes altas de vento. A viagem dos poluentes explica, por exemplo, o fato de as paradisíacas ilhas Bermudas, a 960 km da costa atlântica dos Estados Unidos, ou as montanhas amazônicas do sul da Venezuela, enfrentarem hoje chuvas tão ácidas quanto as que tombam sobre os países industrializados. Alguns guarda-chuvas têm sido abertos contra essa terrível modalidade de poluição. Em março de 1984, reunidos em Madri, representantes de nove países europeus e do Canadá acertaram reduzir em 30%, na próxima década, suas emissões de enxofre. Não será tarefa suave, dado o elevado custo dos equipamentos para combater a chuva ácida. Na França, por exemplo, onde já são obrigatórios, estes dispositivos representam 10% do custo global das usinas termelétricas, onde estão instalados. Para financiá-los, quase sempre é indispensável aumentar as tarifas de energia - um risco político que os governantes relutam em assumir. Alguns casos, porém, comportam soluções mais baratas. Foi algo assim que fez o governo da Grécia, em janeiro passado: a área do centro de Atenas, onde os carros só podem trafegar em dias alternados, foi ampliada de 8 para 67 km2, numa tentativa de dissolver a nuvem negra que corrói implacavelmente os dois milênios e meio do Parthenon. 2.1.1 Aterro sanitário Um aterro sanitário é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela actividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejectos sólidos retirados do esgoto.
  • 21. 2.1.1.1 Condições e características A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente. Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a colecta do biogás, que é constituído por metano, gás carbónico (CO2) e água (vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto. Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila. Com a compactação de lixo no aterro é possível a produção de gás, podendo assim diminuir a exploração de combustíveis fósseis. Este processo de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria, quot;Projecto - Resíduos + Petróleo. Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitorização ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes
  • 22. é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controlo de entrada de resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo e oficina. Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em aterros que contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, podendo assim contribuir para a cura de muitas doenças. Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m. 2.1.1.2 Operação A recepção dos resíduos inicia-se com a entrada do veículo (viatura em Portugal) de transporte de resíduos no aterro sanitário e a pesagem na balança. Depois de feito o controle na entrada e efectuada a pesagem, o veículo desloca-se até à zona de deposição, avança até à frente de trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso líquido da quantidade de resíduo transportada. A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os resíduos sólidos e cobri-lo diariamente com uma camada de solo. A compactação tem como objectivo reduzir a área ocupada e aumentar a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível
  • 23. contacto com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças. 2.1.1.3 No Brasil A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte forma os aterros sanitários: quot;aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos menores se for necessário.quot; 2.1.1.4 Em Portugal 2.2 BIBLIOGRAFIA Revista Isto É, Artigo quot;As Chuvas da Mortequot;, publicado na revista IstoÉ, em 9 de maio de 1984. http://pt.wikipedia.org
  • 24. 3 Recursos Naturais “Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem geográfica, mas que ainda não tenham sofrido importantes transformações pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do Homem, mas aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a partir da relação homem- natureza. Os recursos naturais são muito importantes para o Mundo. O termo surgiu pela primeira vez na década 1970, por E.F. Schumacher no seu livro intitulado Small is Beautiful. Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano precisa trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser armazenados e canalizados, quer para consumo humano directo, para irrigação, ou para geração de energia hidrelétrica. Os recursos podem ser: Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou demoram muito tempo para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro. Inesgotáveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural 3.1 RECURSOS RENOVÁVEIS “Os recursos são considerados renováveis quando possibilitam a sua utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou regeneração é feita de forma contínua pela Natureza. Em termos de reservas naturais, trata-se de um bem ilimitado.
  • 25. Face às perspectivas de esgotamento das fontes energéticas que têm vindo a ser utilizadas, em virtude do progresso da Humanidade se verificar a um ritmo crescente, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento industrial, procura-se cada vez mais recorrer a soluções alternativas de produção energética. Estas novas soluções baseiam-se no aproveitamento dos recursos renováveis. São exemplos de fontes energéticas renováveis: o sol, a força das ondas, marés e rios, o vento, a geotermia resultante de manifestações de vulcanismo e a biomassa. Os principais obstáculos que se colocam ao uso generalizado das energias obtidas a partir das fontes anteriormente referidas não são de ordem tecnológica, mas fundamentalmente de natureza económica e cultural. Este tipo de soluções determina, por um lado, investimentos iniciais superiores àqueles que são efectuados quando se recorre às fontes energéticas tradicionais não renováveis. Por outro lado, existe uma falta de hábito, quase generalizada à maior parte das instituições, de encarar este tipo de soluções ainda que esses investimentos possam ser rapidamente amortizados. A situação de desaproveitamento deste tipo de recursos é sobretudo flagrante nos países em desenvolvimento que, apesar de reunirem as condições ideais para o seu aproveitamento, não possuem capacidade económica e tecnológica para os explorar. São exemplo de energia renovável: • O Sol: energia solar • O vento: energia eólica • Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica • Os mares e oceanos: energia maremotriz • As ondas: energia das ondas • A matéria orgânica: biomassa, biocombustível • O calor da Terra: energia geotérmica • Água salobra: energia azul Entre estes, iremos destacar: 3.1.1 O Biocombustível
  • 26. Biocombustível é qualquer combustível de origem biológica, desde que não seja de origem fóssil. É originado de mistura de uma ou mais plantas como: cana-de-açúcar, mamona, soja, cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, dentre outros tipos. Existem vários tipos de biocombustíveis, mas os principais são: a biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás. 3.1.1.1 Biomassa: É uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa. Exemplo: restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o lixo urbano. O máximo está sendo feito para obter a energia da biomassa, já que o petróleo e o carvão mineral têm prevenções de acabar, a energia eléctrica está cada vez mais escassa (já que essa energia depende da força da água) e a energia nuclear é perigosa. Outro factor importante é que a humanidade esta produzindo cada vez mais lixo e esse lixo também é capaz de produzir energia, isso ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da produção de energia. Vantagens: energia limpa e renovável, menor corrosão de equipamentos, os resíduos emitidos pela sua queima não interferem no efeito estufa, ser uma fonte de energia, ser descentralizadora de renda, reduzir a dependência de petróleo por parte de países subdesenvolvidos, diminuir o lixo industrial (já que ele pode ser útil na produção de biomassa), ter baixo custo de implantação e manutenção. 3.1.1.2 Bioetanol O bioetanol é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser usado directamente como combustível ou se juntar com os ésteres do óleo vegetal e formar um combustível, a esse processo se dá o nome de transesterificação. O etanol é um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água, derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é conhecido como álcool etílico e sua fórmula molecular é C2H5OH ou C2H6O.
  • 27. O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente utilizado como combustível auto motivo na forma hidratada ou misturado à gasolina. Também tem aplicações em produtos como perfumes, desodorizantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. O Brasil é hoje o maior produtor mundial de etanol, que, quando utilizado como combustível em automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se na produção do etanol os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. Isso representa uma menor dependência do Brasil ao petróleo. 3.1.1.3 Biodiesel O biodiesel é derivado de lipídicos orgânicos renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por compressão (diesel). É produzido por transesterificação e é também um combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. É obtido a partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona, soja. 3.1.2 A Energia Eólica A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
  • 28. Fonte: http://moinhosdeportugal.no.sapo.pt/Peniche.jpg Na actualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia eléctrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos limitados de energia eléctrica. A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota. Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas tanto em conexão com redes eléctricas como em lugares isolados. Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia eléctrica através da energia eólica era de aproximadamente 59 giga watts, - o suficiente para abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso represente menos de 1% do uso mundial de energia. Em alguns países, a energia eléctrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal (dados de Setembro de
  • 29. 2007) e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais que quadruplicou entre 1999 e 2005. A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 90, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos. A maioria das formas de geração de electricidade, requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos factores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada parque eólico. Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece riscos de colisões das pás com objectos voadores (animais silvestres) e não interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.
  • 30. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/ParqueEolicoLousa.JPG 3.1.3 A Energia Geotérmica Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior. Devido a necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo de aproveitar esse calor para a geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia elétrica provém da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, métodos esses muito poluentes. Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico. Um exemplo da exploração dessa energia em Portugal é a Central Geotérmica do Pico Vermelho, nos açores. Esta central geotérmica tem uma potência líquida de 10 MW e uma produção anual de 80 GWh com um factor de
  • 31. recarga de 92%, demorou cerca de 60 meses a ser construída e atingiu um montante global de investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, co- financiados pelo Programa Operacional de Desenvolvimento Económico e Social dos Açores (PRODESA) em cerca de 28%. Com a entrada em funcionamento desta central, a contribuição de origem geotérmica para o sistema electroprodutor da ilha de São Miguel em 2007 foi da ordem dos 37%. Fonte: http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/per0043_1.jpg Fonte: http://img232.imageshack.us/img232/8823/figura1uu1.jpg 3.2 RECURSOS NÃO - RENOVÁVEIS
  • 32. São recursos naturais que, uma vez consumidos, não podem ser substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável. São produtos resultantes de processos extremamente lentos da litosfera, e não são auto- renováveis no esquema humano das coisas. De maneira geral, os recursos minerais consideram-se pertencentes a estes recursos sujeitos a desaparecerem. São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a utilização. As principais são a energia nuclear e os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão). 3.2.1 Combustíveis Fósseis Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão), líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceite, foram formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do gás natural de grandes massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas ou lacustres. Em ambos os casos, a matéria orgânica foi parcialmente decomposta, pela acção da temperatura, pressão e certas bactérias, na ausência de oxigênio, de forma que foram armazenadas moléculas com ligações de alta energia. Se distinguem as quot;reservas identificadasquot;, embora não sejam exploradas, e as quot;reservas prováveisquot;, que poderão ser descobertas com tecnologias futuras. Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer energia para mais 40 anos (se for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se continuar a usar carvão). 3.2.1.1 Consequências Ambientais Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida.
  • 33. A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de gases que possuem características específicas. Estes gases permitem a entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca- se o dióxido de carbono (CO2). É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à saúde e não quot;sujamquot; o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (idéia de dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como poluentes. 3.2.1.2 Importância Económica O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm ocorrendo desde a Revolução Industrial. Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a Europa está a procurar soluções energéticas alternativas (como os biocombustíveis, a electricidadee o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas nos transportes rodoviários.
  • 34. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coal.jpg 3.2.2 Energia Nuclear Os núcleos atômicos de elementos pesados como o urânio, podem ser desintegrados (fissão nuclear ou cisão nuclear) e liberar energia radiante e cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para produzir electricidade utilizando turbinas a vapor. Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade. Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros. A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis]. O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase experimental, existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e econômica. O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até obter-se o estado plasmático. Neste estado, os átomos de hidrogênio se
  • 35. desagregam permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil. A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de suportar as elevadas temperaturas a ele associadas. Um meio é a utilização do confinamento magnético. Apresentamos aqui algumas vantagens e desvantagens: Vantagens: • não contribui para o efeito de estufa (principal); • não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc.; • não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação; • não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos); • pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera; • grande disponibilidade de combustível; • é a fonte mais concentrada de geração de energia • a quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente pequena e compacta; • a tecnologia do processo é bastante conhecida; • o risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas; • não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias; Desvantagens: • necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos;
  • 36. • necessidade de isolar a central após o seu encerramento; • é mais cara quando comparada às demais fontes de energia; • os resíduos produzidos emitem radiactividade durante muitos anos; • dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e segurança; • pode interferir com ecossistemas; • grande risco de acidente na central nuclear; • os impactos ambientais causados pela deposição do resíduo radioactivo não são muito maiores que os impactes do lago de uma hidroeléctrica. Fonte: http://www.infopedia.pt/$recursos-renovaveis http://www.infopedia.pt/$recursos-nao-renovaveis http://www.energiasrenovaveis.com/index.asp?ID_area=1
  • 37. 4 Factores de Risco 4.1 AGENTES INFECCIOSOS Os mais simples são os vírus, cuja estrutura é muito rudimentar, pois nem sequer são compostos com os elementos necessários para obterem energia e para se reproduzirem por si próprios, o que os obriga a invadir as células do organismo, tornando-se patogénicos. As bactérias são igualmente simples, já que são constituídas por uma única célula completa, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo. Existe uma grande variedade de bactérias, a grande maioria felizmente inofensiva ou benéfica para o ser humano, mas outras são patogénicas e algumas extremamente perigosas. Os fungos são um pouco mais complexos, já que podem ser unicelulares ou pluricelulares e são capazes de se reproduzirem por vários mecanismos. Apesar de existirem igualmente milhares de espécies, apenas cerca de uma centena pode provocar doenças infecciosas no ser humano. Os protozoários são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal, embora muito primitivos no interior deste grupo de seres e com uma vida parasitária. Do total de protozoários conhecidos, poucas dezenas actuam como parasitas do ser humano, provocando doenças. Por último, também podem agir como parasitas do ser humano vários helmintes, ou seja, vermes, cujo organismo é muito mais complexo do que o de todos os anteriores e que, por vezes, alcançam dimensões consideráveis. Dado que é extremamente importante conhecer a estrutura dos vários agentes infecciosos e parasitários, o modo como obtêm a sua nutrição, os seus mecanismos de reprodução e outras questões básicas que, em conjunto, permitem compreender os mecanismos de contágio e a natureza das doenças que nos podem causar, as próximas páginas são dedicadas ao seu estudo pormenorizado. Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=565
  • 38. 4.2 AGENTES IRRITANTES Certas substâncias irritam a pele e outras produzem uma reação à qual as pessoas são “alérgicas” - ambas desencadeiam dermatite em algumas pessoas. É importante ter condições de diferenciar os dois tipos. Como exemplo de substâncias irritantes citamos os detergentes, sabões, produtos para limpeza doméstica, tintas, colas, grandes variações de temperatura em termos meteorológicos, ar condicionado, certas verduras/legumes e sucos de frutas. Fonte: http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_00733.php ESTUDOS RECENTES SUGEREM RELAÇÃO ENTRE ALERGIAS E POLUIÇÃO AMBIENTAL O barulhento despertar da rotina citadina, as filas intermináveis de carros a destilarem monóxido de carbono, o respirar apressado dos que estão em cima da hora para «picar o ponto». Este é, notoriamente, o «cartão de visita» mais comum do urbano amanhecer. No entanto, pode-se pintar outros retratos dos tempos modernos: as pessoas passam a maior parte do tempo fechadas, dentro de gigantescos edifícios, com um ar (muito) condicionado. «Estas condições promovem o contacto prolongado com a mucosa nasal, já debilitada pela poluição ambiental e pela polissensibilização, provocada pelos ácaros [escondidos nas alcatifas e colchões]. A “síndrome dos edifícios doentes” está associada a um aumento dos sintomas da asma e outras doenças alérgicas», salienta a Dr.ª Erkka Valovirta, alergologista pediátrica e ex-presidente da Federação Europeia de Alergologia (FEA), em artigo publicado no Journal of the World Allergy Organization. O incremento de agentes alergénicos mais graves, aos quais as pessoas se expõem diariamente, dentro e fora de espaços fechados, promove o desenvolvimento e agrava as alergias no meio citadino.
  • 39. Vários estudos sugerem que existe uma interacção entre as alergias e a poluição ambiental. «Estes factores podem promover o desenvolvimento de eczema atópico e sintomas alérgicos», observa Erkka Valovirta. O estilo de vida actual, marcado pelo stress e por um ritmo agitado, pode, em grande parte, favorecer o aparecimento de alergias. Segundo a especialista, «os doentes urbanos enfrentam uma “poluição social”, com elevados níveis de agentes alergénicos dentro e fora de portas». Para além de critério ambiental, os novos hábitos de vida, que comportam «uma variedade de mudanças, particularmente o consumo de certos alimentos, podem despoletar uma reacção alérgica». A comercialização de frutos exóticos, fora do local onde habitualmente são produzidos, pode contribuir para um aumento das reacções alérgicas. O organismo, como não está familiarizado com certas substâncias alimentares, activa o sistema imunitário, provocando uma reacção alérgica. Como prevenir as alergias? Existem certas substâncias que podem despoletar uma alergia, pelo que devem ser identificadas e evitadas. Ao longo da vida, podem-se desenvolver novas alergias. É possível adquirir uma extensa gama de produtos para a casa, que permitem evitar as alergias, desde desumidificadores, protecção alergénica para a cama e produtos específicos de higiene. A medicação (anti-histamínicos, imunoterapia e corticosteróides intranasais) serve para aliviar os sintomas, incluindo a rinite alérgica persistente e intermitente (sazonal). Apesar de todas as possibilidades de tratamento, o doente deve consultar o médico assistente que, perante os sintomas, aconselha a terapêutica mais adequada para cada caso. Rinite alérgica no primeiro lugar da tabela Um estudo conduzido pela Federação Europeia de Alergologia (FEA), em 2005, que analisou 3562 inquéritos, concluiu que 62% dos indivíduos sofrem de rinite alérgica.
  • 40. O mesmo ensaio identificou doentes com condições alérgicas adicionais: asma (43%); alergias alimentares (29%) ou urticária (19%). Os resultados indicam que mais de 50% dos doentes sofrem de rinite alérgica há, pelo menos, 11 anos. Mais de metade dos inquiridos referiu que, para combater as alergias, optaram por fazer algumas mudanças em casa. As medidas mais comuns foram a aquisição de desumidificadores ou purificador de ar (31%) e a troca de mobília (30%). Segundo este estudo, «a maioria das medidas revelou-se ineficaz». Assim, para prevenir ou controlar a rinite alérgica, 66% dos doentes foram medicados com anti-histamínicos. Alergias e sintomas • Rinite alérgica: é uma designação médica que inclui sintomas ao nível do nariz. A rinite alérgica pode ter as seguintes manifestações: congestão nasal, espirros frequentes, prurido nasal e ocular e dificuldades respiratórias. • Rinoconjuntivite: é uma forma de rinite alérgica, que engloba a perturbação das vias nasais e oculares. • Asma alérgica: dificuldades respiratórias, tosse e pieira. • Eczema alérgico e dermatite atópica: os sintomas mais frequentes são comichão, pele seca e escamação. • Urticária: edema da pele, acompanhada por comichão e ardor. • Anafilaxia: é uma reacção alérgica aguda, que pode começar por edemas da boca, língua, lábios, pele e pálpebras. Em casos mais graves, as reacções podem progredir até ao vómito, respiração arquejante, dificuldades respiratórias e colapsos cardiovasculares. Se não for devidamente tratada, as reacções da anafilaxia podem ser fatais. Glossário Doença alérgica: condição clínica que resulta de uma reacção alérgica;
  • 41. Reacção alérgica: através do contacto com determinados produtos, o corpo responde com sintomas alérgicos: obstrução nasal, lacrimejo e edema da pele, etc.; Desencadeantes: é um factor externo que despoleta uma reacção alérgica, quando a pessoa contacta com alergénios tais como o tabaco, poluição interior e exterior e stress psicológico. Anti-histamínicos: medicamentos usados no tratamento das reacções alérgicas, reduzindo o seu impacto. Fonte: http://www.jasfarma.pt/artigo.php?publicacao=sp&numero=57&artigo=3 4.3 AGENTES MUTAGÉNICOS Considera-se agente mutagénico qualquer factor físico ou químico que pode alterar o código genético de um indivíduo. A informação genética que se encontra numa forma codificada constitui o código genético. A alteração brusca e imprevista do material hereditário denomina-se mutação. Em certos casos, as mutações atingem uma pequena fracção da molécula de ADN, afectando apenas um gene e denominam-se mutações genéticas. Noutros casos, as mutações alteram o número ou a estrutura dos cromossomas e designam-se mutações cromossómicas. Os genes que se manifestam em determinadas circunstâncias dependem das relações que se estabelecem com o código genético e o ambiente que caracteriza essas circunstâncias. Nem sempre essa interacção se realiza de um modo transitório. Factores ambientais podem provocar alterações definitivas no ADN. Essas alterações constituem mutações induzidas. Qualquer agente responsável por uma mutação é um agente mutagénico e o processo que conduz ao seu aparecimento denomina-se mutagénese. Os agentes mutagénicos são os mais diversos: alterações ambientais, radiações ultravioleta, raios X, substâncias químicas, agentes poluidores, etc.
  • 42. Fonte: http://www.infopedia.pt/$agentes-mutagenicos 5 Desenvolvimento Sustentável 5.1 CONCEITOS BÁSICOS O Desenvolvimento Sustentável pressupõe a preocupação não só com o presente mas com a qualidade de vida das gerações futuras, protegendo recursos vitais, incrementando factores de coesão social e equidade, garantindo um crescimento económico amigo do ambiente e das pessoas. Esta visão integradora do desenvolvimento, com equilíbrio entre a economia, a sociedade e a natureza, respeitando a biodiversidade e os recursos naturais, baseado na solidariedade entre gerações e na co- responsabilização e ajuda mútua entre os povos, constitui o pano de fundo das políticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável. É certo que a qualidade de vida tem melhorado para a maior parte das pessoas, na maior parte dos países ao longo das últimas décadas. No entanto, é certo também que as disparidades têm vindo a acentuar-se e a tendência de degradação ambiental global tem aumentado. No entanto, num mundo cada vez mais global há ainda um longo caminho a percorrer na procura da sustentabilidade. As pequenas ou grandes acções do dia a dia, na escola, na comunidade local, na empresa ou na governação, podem contribuir para conciliar o conjunto de forças, por uma melhor sustentabilidade. Fonte: http://www.apambiente.pt/politicasambiente/DesenvolvimentoSustentavel/Pagin as/default.aspx 5.2 ACTUAÇÃO RESPONSÁVEL O programa voluntário Actuação Responsável (Responsible Care) representa o compromisso e a iniciativa da Indústria Química mundial para a
  • 43. garantia e desenvolvimento da segurança e prevenção ambiental em todas as fases do ciclo de vida dos produtos. Trata-se de um compromisso voluntário da Indústria Química mundial mediante o qual as empresas se comprometem unilateralmente a melhorar continuamente o seu desempenho em saúde, segurança e ambiente, dando público testemunho do seu comportamento e dos progressos alcançados, na procura de um desenvolvimento sustentável. O programa Actuação Responsável nasceu no Canadá em 1987, por iniciativa da Associação Canadiana de Produtores de Química (CCPA), e está implementado em 52 países. Em 1993 a APEQ - Associação Portuguesa das Empresas Químicas aderiu ao programa Actuação Responsável. As empresas do CQE que aderiram a este programa, têm dirigido os seus esforços, por um lado na promoção da informação sobre o programa, seus indicadores e objectivos e, por outro lado, na sua implementação efectiva. Desta forma se reforça o compromisso estabelecido no sentido de prosseguir através de novos passos e iniciativas a interacção e diálogo com a comunidade onde nos inserimos. As empresas portuguesas subscritoras dos princípios da Actuação Responsável declaram o seu compromisso na construção de um desenvolvimento sustentável baseado no equilíbrio assente em três pilares: protecção ambiental, emprego e crescimento económico na linha da competitividade. Este compromisso assume-se em sintonia com os objectivos da Comunidade Europeia expressos no Tratado de Amesterdão, e com os objectivos estratégicos afirmados nos Conselhos Europeus de Lisboa e Gotemburgo. Fonte: http://195.22.26.121:81/APEQ_Site/BackOffice/ler_ficheiro.aspx?idDocumento= 1000396 5.3 INDICADORES
  • 44. O objectivo fundamental que suporta a monitorização do estado do ambiente e da sustentabilidade é a melhoria da qualidade das decisões na gestão da sustentabilidade. São necessárias relações mais estreitas entre os resultados da monitorização da sustentabilidade e as respostas políticas dos decisores. A utilização de indicadores - transmitindo informação técnica e científica de forma sintética e inteligível, preservando o significado original dos dados - apresenta-se actualmente como uma ferramenta essencial na gestão e avaliação da sustentabilidade. Os indicadores de desenvolvimento sustentável constituem um instrumento fundamental no contexto da avaliação do desempenho da sustentabilidade ao nível dos países, das regiões, das comunidades locais, das actividades económicas, das organizações públicas e privadas, de políticas, missões, projectos, actividades, produtos e serviços. À semelhança dos seus congéneres existentes à escala mundial, o Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (SIDS) nacional surge para dar resposta à necessidade de avaliar o progresso do país em matéria de sustentabilidade, possibilitando estabelecer a ligação com os principais níveis de decisão estratégica – políticas, planos e programas – de âmbito nacional, regional e sectorial. A primeira edição formal do SIDS nacional, publicada em 2000 (“Proposta para Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, DGA, 2000) foi o culminar dos trabalhos iniciados em 1997, com uma edição intermédia em 1998 que constituiu o suporte para o desenvolvimento de vários trabalhos sobre indicadores de integração ambiental em cinco sectores de actividade económica: turismo, transportes, indústria, agricultura e energia. Assim, a par com as principais iniciativas internacionais neste domínio, Portugal apresentou uma plataforma de indicadores ambientais, sociais, económicos e institucionais, assente no modelo Pressão-Estado-Resposta, seleccionados com base na sua relevância no contexto nacional. Esta proposta, amplamente discutida no seio do Ministério do Ambiente, traduzia uma primeira versão para consulta e participação pública. Continha a particularidade de, para cada indicador, apresentar a possibilidade de avaliar as assimetrias regionais, de forma a avaliar a variação regional de um determinado indicador.
  • 45. Do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na área de indicadores de desenvolvimento sustentável no Instituto do Ambiente e, a partir de Maio de 2007, na APA, tendo por base o estudo de outros sistemas de países e organizações internacionais de referência, revisão bibliográfica e contactos bilaterais com os múltiplos “actores” do desenvolvimento sustentável, assim como avaliando e integrando as reflexões e comentários recebidos sobre o SIDS 2000, resultou a edição de 2007 do SIDS Portugal. Fonte: http://www.apambiente.pt/Instrumentos/sids/Paginas/default.aspx