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CURSO DE TREINAMENTO ESPECÍFICO – SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA
NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Prezado(a) aluno(a):
Apresentamos para você a disciplina de Noções de Meio Ambiente. Vamos conversar sobre o
programa da disciplina e refletir sobre a sua percepção em relação as questões ambientais. É
muito importante que você se empenhe desde o início executando as atividades sugeridas, pois
as leituras e vídeos propostos contribuirão na construção do conhecimento sobre o assunto aqui
tratado. Em caso de dúvidas, entre em contato com a professora.
PARTICIPE! EXPECTATIVE-SE!
NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE
Ederwanda Barbosa Lage Silva1
“Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si três grandes problemas que foram ironicamente
provocados por ele próprio: a superpovoação, o desaparecimento dos recursos naturais e a
destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas, vistos sermos nós a sua causa,
deveria ser a nossa mais profunda motivação.” Jacques Yves Cousteau (1910- 1997).
Toda longa caminhada se inicia com um primeiro passo. E agora estamos iniciando a troca de
conhecimento sobre “Noções de Meio Ambiente”. Mas o que abordaremos? A palavra noção está
relacionada com a ideia que se tem de alguma coisa. Meio ambiente pode ser compreendido por
tudo que envolve todas as coisas vivas e não vivas que ocorrem na Terra, ou em alguma região
dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos seres humanos. É o conjunto de condições, leis,
influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas.
A proposta para esta disciplina, aqui apresentada, objetiva o desenvolvimento de capacidades
(nas esferas dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes), visando a participação individual
e coletiva na gestão das questões ambientais, do uso dos recursos ambientais e na concepção e
aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio ambiente, seja ele físico, natural ou
construído.
1
Gestora Ambiental (Instituto Vianna Junior), Especialista em Análise Ambiental (UFJF).
3
Assim, nesta disciplina buscaremos o conhecimento dos princípios básicos que se faz necessário
para possibilitar uma reflexão sobre o contexto da questão ambiental. Para alcançar nossos
objetivos, esta disciplina está organizada em dois dias, com 3 horas/aula/dia conforme relacionado
abaixo:
Aula 1 (3 horas/aula) – Conceitos e noções de preservação
Abordaremos os conceitos básicos bem como noções de preservação com foco no contexto da
gestão ambiental.
Aula 2 (3 horas/aula) – Reciclagem e produção + limpa
Aqui veremos alguns princípios sobre a inserção de critérios ambientais que vão desde uma
mudança comportamental passando por compras, contratação de serviços; até uma gestão
adequada dos resíduos gerados tendo como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no
nosso ambiente de trabalho.
Iniciando a Nota de Aula...
Primeiramente vamos apresentar alguns conceitos com o objetivo de informar e subsidiar nossa
troca de ideias ...
• Abiótico  Sem vida. São os fatores ambientais físicos (ex. clima), químicos (ex. água e
oxigênio como inorgânicos, e ácidos húmicos como orgânicos) de um ecossistema.
• Antrópico  relativo ao ser humano. Quando se refere a “meio antrópico” queremos dizer tudo
que diz respeito ao homem, ou seja, os fatores sociais, econômicos e culturais, em interação com
o ambiente em que ele vive.
Os tópicos relacionados no programa serão desenvolvidos de maneira a integrar e
contextualizar o aluno e o seu ambiente de trabalho. Para isso, sua participação é fundamental
para o sucesso da disciplina. Você será convidado a ajudar a construir a disciplina. Quanto
maior a participação dos alunos, mais experiências serão compartilhadas, teremos mais
sinergia e melhores serão os resultados.
4
• Biodiversidade  diversidade biológica. Variação do numero de espécies em determinado
ecossistema.
• Biomassa  massa de matéria viva. Matéria orgânica viva, presente num determinado tempo
por unidade de área ou de volume (de água).
• Biota  Todos os componentes vivos de um determinado sistema ecológico ou ecossistema.
• Biosfera - Ecosfera  Espaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos. Portanto, refere-se
a toda superfície terrestre (litosfera), as águas (hidrosfera) e a porção da atmosfera habitada pelos
organismos que voam ou que flutuam.
• Biótico  que tem vida. Componentes vivos de um ecossistema
• Conservação  É o manejo dos recursos do ambiente, com o propósito de obter-se a mais alta
qualidade sustentável da vida humana, sem que esses ambientes percam sua originalidade.
• Contaminação  resultado do contato de organismos, geralmente o ser humano, com
substâncias nocivas à saúde, tais como substancias tóxicas ou radioativas ou organismos
patogênicos.
• Degradação  é a redução de um recurso natural renovável até um certo nível de produção
sustentável, ou seja, refere-se a explotação até uma taxa limite de reconstituição natural.
• Desenvolvimento Sustentável = Ecodesenvolvimento  Melhoria da qualidade de vida, dentro
da capacidade de suporte dos ecossistemas, ou desenvolvimento visando as necessidades do
presente, sem comprometer-se a disponibilidade de recursos que as gerações futuras
necessitarão, ou desenvolvimento sócio-econômico, respeitando e procurando manter as
características da natureza, sendo portanto baseado em princípios ecológicos, para exploração
dos seus recursos; esperando-se com isso, que sejam evitados o desperdício e a degradação
ambiental.
• Deterioração  Ação ou efeito de deteriorar. Por em mau estado, danificar, estragar, arruinar.
• Ecossistema  pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos (meio biótico)
e o local onde eles vivem (meio abiótico, onde estão inseridos todos os componentes não vivos do
ecossistema como os minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, e etc.) e todas as relações
destes com o meio e entre si.
Para que se possa delimitar um “sistema ecológico” ou ecossistema é necessário que haja quatro
componentes principais: fatores abióticos, que são os componentes básicos do ecossistema; os
5
seres autótrofos, geralmente as plantas verdes, capazes de produzir seu próprio alimento através
da síntese de substâncias inorgânicas simples; os consumidores, heterotróficos, que não são
capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, os animais que se alimentam das plantas ou de
outros animais; e os decompositores, também heterotróficos, mas que se alimentam de matéria
morta.
A totalidade destes organismos interagindo em um determinado local de forma a criar um ciclo de
energia (do meio abiótico para os seres autótrofos, destes para os heterótrofos e destes para o
meio abiótico novamente) caracterizando os níveis tróficos da cadeia alimentar constitui um
sistema ecológico ou ecossistema, independentemente da dimensão do local onde ocorrem essas
relações.
As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma poça de água até
a totalidade do planeta terra que pode ser considerado como um imenso ecossistema composto
por todos os ecossistemas existentes (ecosfera).
• Lixo  qualquer tipo de resíduo sólido produzido e descartado pela atividade humana
doméstica, social e industrial. Os resíduos sólidos são classificados de acordo com sua origem e
composição, o que permite a escolha mais adequada para a sua destinação final.
• Poluição  efeito acarretado pelo procedimento humano de lançar na natureza, resíduos,
dejetos ou qualquer outro material que altere as condições naturais do ambiente, contaminando
ou deteriorando a fonte natural de recursos: ar, terra e água, sendo prejudicial ao próprio homem
ou a qualquer ser vivo.
Os tipos de poluição são, em geral, classificados em relação ao componente ambiental afetado
(poluição do ar, da água, do solo), pela natureza do poluente lançado (poluição química, térmica,
sonora, radioativa, etc) ou pelo tipo de atividade poluidora (poluição industrial, agrícola, comercial,
etc).
 Poluição da água
É o lançamento e a acumulação nas águas dos mares, dos rios, dos lagos e demais corpos
d’água, superficiais ou subterrâneos, de substâncias químicas ou biológicas que afetem
diretamente as características naturais da água e a vida ou que venham a lhes causar efeitos
adversos secundários.
Ocorrências: despejos de esgotos sanitários diretos em córregos, rios, mares, etc.; uso de
agrotóxicos que são transportados pela água para os corpos d’água, tanto superficiais como
subterrâneos; despejos sem tratamento das indústrias químicas, que liberam poluentes orgânicos,
6
chorume (líquido) produzido nos lixões que vão para os corpos d’água, inclusive subterrâneos;
pilhas e baterias dispostos inadequadamente, etc...
 Poluição do ar
É a acumulação de qualquer substância ou forma de energia no ar, em concentrações suficientes
para produzir efeitos mensuráveis no homem, nos animais, nas plantas ou em qualquer
equipamento ou material, em forma de particulados (partículas sólidas ou líquidas menores que
um mícron de diâmetro), gases, gotículas ou qualquer e suas combinações.
É provocada por: veículos automotores que emitem gases como monóxido e o dióxido de
carbono, o óxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre e os hidrocarbonetos; indústrias químicas,
siderúrgicas, fábricas de papel, cimento, refinarias de petróleo que emitem óxidos sulfúricos,
óxidos nitrogenados, hidrocarbonetos, enxofre, diversos resíduos sólidos e metais pesados;
aerossóis e aparelhos que libera clorofluorcarbonos (CFC); queimadas para preparação de terras
para agricultura ou pastos; fumaça produzida pela queima de madeira nas padarias e nas olarias;
etc ...
 Poluição do solo
É a contaminação do solo por qualquer um dos inúmeros poluentes derivados da agricultura, da
mineração, das atividades urbanas e industriais, dos dejetos animais, etc.
Acontece quando: na agricultura são utilizados agrotóxicos e excesso de fertilizantes; os resíduos
sólidos são colocados em lixões; os óleos usados nos postos de abastecimento de combustíveis
são dispostos inadequadamente; o chorume (líquido) produzido nos lixões penetra no solo; os
metais pesados das pilhas e baterias se acumulam no solo; etc ...
 Poluição sonora
É a introdução, pelo homem, direta ou indiretamente de energia no meio ambiente, que resulte em
efeitos deletérios de tal natureza, pondo em risco a saúde humana, afetem os recursos bióticos e
os ecossistemas.
É ocasionada por: excesso de trânsito nas vias principais dos centros urbanos; indústrias que não
usam tecnologias limpas; serviços de alto falantes; festas em geral que tenha som; deslocamento
de avião de propulsão a jato; etc ...
 Poluição visual
É o excesso de informações em cartazes de rua, propagandas, letreiros, grafites e muros, e até
mesmo as roupas com cores vibrantes e as camisetas com estampas exageradas.
É observada quando: existe excesso de sinais de trânsito; existir muitas informações e cartaz de
propaganda e excesso dos mesmos; prédios, muros e monumentos grafitados; os transportes
coletivos (ônibus) são multicoloridos; ocorrer excesso de letreiros luminosos.
7
• Preservação  ação de proteção e/ou isolamento de um ecossistema com a finalidade de que
ele mantenha suas características naturais, por constituir-se como patrimônio ecológico de valor.
• Resíduo  material remanescente de algum processo e que pode ter valor intrínseco, podendo
ser passível de uso para o próprio gerador ou não, com ou sem tratamento. Os resíduos são
classificados em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, e com
base na identificação de contaminantes presentes em sua massa. A definição de resíduo
compreende um único tipo de resíduo, ou a mistura de vários.
• Trófico  relativo a alimentação.
Agora vamos contextualizar ...
Tente imaginar a sociedade artesanal ... no período pré-industrial ... As comunidades eram auto
sustentáveis, produziam seus próprios utensílios e alimentos, atendiam suas necessidades de
maneira harmoniosa com a natureza. Os artesãos produziam exatamente o que o consumidor
precisava, um item de cada vez ... A exploração dos recursos naturais se dava de modo pouco
impactante, tanto pela demanda pequena como pela singela capacidade de intervenção do
homem (limitações de tecnologia, ferramentas, etc). Os resíduos eram basicamente aparas de
madeira, argila, materiais orgânicos, minerais ... substâncias que a natureza pode decompor com
facilidade. Não havia tanta preocupação em alcançar altos níveis de produção para atender
demandas comerciais, apenas se buscava suprir as necessidades da comunidade. Mas as
fronteiras foram se expandindo, o comércio ganhando espaço, vencendo distâncias na terra e nos
oceanos, novos continentes foram descobertos, a população foi crescendo, as Grandes
Navegações trouxeram uma nova visão de mundo ... novos mercados ... novos hábitos ...
Deste modo, o homem vem, desde os tempos mais remotos, modificando o meio ambiente de
forma a adaptá-lo no intuito de atender suas necessidades fisiológicas, sociais e econômicas. Esta
interferência se dá de diversas formas, como pela extração e exploração de recursos naturais,
modificação do meio para ocupação antrópica, e pelo despejo de resíduos resultantes das
atividades humanas.
A Revolução Industrial do século XIX pode ser apontada como marco importante na intensificação
dos problemas ambientais ... Era notória a deterioração do ambiente urbano com a contaminação
do ar, a disseminação de enfermidades, as péssimas condições de vida dos trabalhadores. O uso
8
crescente do carvão para fins industriais e domésticos gerava os chamados “odores fétidos”. O
carvão queimado na época continha o dobro do enxofre do usado hoje em dia2
.
Por consequência, o desenvolvimento econômico e industrial introduziu novos padrões de
consumo, intensificando a exploração dos recursos naturais para atender à produção crescente,
assim como novos e assustadores níveis de geração de resíduos, que surgiram em quantidades
excessivamente maiores que a capacidade de absorção da natureza e de maneira que ela não é
capaz de reciclar.
Com a Revolução Industrial veio a Produção em Massa. Mas uma Produção em Massa
necessitava de um “Consumo de Massa”. No início, os artesãos produziam bens para atender as
necessidades das pessoas. Ou seja, a produção deveria atender à demanda. Mas, neste novo
cenário, as pessoas descobrem outras “necessidades”. Com o desenvolvimento industrial, a
eficiência produtiva gerou uma imensa quantidade de produtos que precisavam ser consumidos
(vendidos), então era necessário criar uma demanda, incentivar as pessoas a comprarem,
consumirem, ou seja, criar “necessidades”... Desse modo, a demanda é que deveria atender à
produção. Todavia, as pessoas continuavam a ver o meio ambiente como na era artesanal: para
quê se preocupar? Existem tantos recursos disponíveis! Tantas áreas a serem exploradas! Tanta
água! Tantas florestas...
A urbanização acelerada também tem sido fator preocupante no que se refere à degradação do
ambiente, agravada pelo processo de adaptação do ambiente natural, com a escala de
aglomeração e concentração populacional. Quanto maior for essa escala, maiores serão as
adaptações e transformações do ambiente natural, maiores serão a diversidade e a velocidade de
recursos extraídos, maiores serão a quantidade e a diversidade dos resíduos gerados e menor
será a velocidade de reposição desses recursos3
.
As áreas urbanas são extremamente dependentes das áreas verdes circunvizinhas, que
funcionam como ambientes de entrada e saída do sistema, fornecendo energia e materiais que
depuraram as emissões, limpando o ar. Todavia, contraditoriamente, quanto mais as áreas
urbanas crescem, diminui e disponibilidade de áreas naturais e aumenta a necessidade destes
ambientes para a sustentação das cidades, embora muitos ainda acreditam que basta a
tecnologia para suprir todas as necessidades e solucionar os problemas ambientais
contemporâneos. Isso mostra como os limites da natureza são pressionados pelo crescimento e
desenvolvimento urbano-industrial.
2
LEFF, 2003.
3
PHILIPPI JR., et al, 2006.
9
Outro fato a ser considerado é que o lixo gerado pela população cada vez mais está composto por
restos de embalagens e de produtos industriais. Você sabe o quanto de lixo cada pessoa gera,
desde o nascimento até o fim de sua vida, na velhice...? Aproximadamente vinte e cinco toneladas
de lixo.
A intensificação da industrialização, a explosão demográfica, a produção e o consumo desmedido,
a urbanização e a modernização agrícola são alguns aspectos da evolução histórica das
sociedades humanas que geraram desenvolvimento econômico, mas que resultaram numa
degradação ambiental desenfreada4
. O aumento da escala de produção tem sido um importante
fator que estimula a exploração dos recursos naturais e eleva a quantidade de resíduos. Recursos
naturais e economia interagem de modo bastante evidente, uma vez que algo é recurso na
medida em que sua exploração é economicamente viável5
. E assim, a sociedade moderna foi
forjada em um ideal mecanicista, movida por uma economia caracterizada pelas leis cegas do
mercado. Nessa nova organização, a busca pelo lucro e a razão instrumental são sobrepostas às
leis da natureza, assolando também as questões culturais, dizimando o sentimento de
humanidade e, desse modo, desembocando na CRISE AMBIENTAL6
.
Texto para nossas reflexões...
O Drama da Ilha de Páscoa
Esta é uma história muito conhecida e utilizada para se refletir sobre sustentabilidade. O texto foi
extraído do livro: “O bom negócio da sustentabilidade”, de Fernando Almeida, (Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2002), páginas 69 e 70.
A história dos homens que construíram as famosas estátuas gigantes da ilha de Páscoa é um dos
mais dramáticos exemplos de como a dilapidação do capital ambiental pode extinguir uma
sociedade humana, segundo o historiador britânico Clive Ponting, a cujo livro A Green History of
the World se deve o relato que se segue.
Quando os primeiros europeus chegaram à ilha, em 1722, encontraram uma terra árida,
completamente desprovida de vegetação, ocupada por cerca de três mil nativos. Espalhadas pela
ilha jaziam mais de seiscentas estátuas esculpidas em pedra, com seis metros de altura em média
e algumas dezenas de toneladas de peso. Os habitantes, uma gente primitiva que vivia em
4
UFRGS, 2002.
5
LEFF, 2003.
6
Ibid.
10
cavernas, diziam que as esculturas, evidentemente feitas de material retirado de uma pedreira no
interior da ilha, tinham chegado ali “caminhando”.
Que não eram eles os responsáveis pela obra era óbvio: esquálidos e rudes, não poderiam ter
executado tarefas complexas com as requeridas para esculpir, transportar e instalar as estátuas.
Estavam mais ocupados em matar-se uns aos outros na disputa pelos escassos alimentos
cultivados na ilha. Vez por outra, recorriam até ao canibalismo. A população decrescia a tal ponto
que em 1877 navios peruanos levaram para o continente, como escravos, o que restava de
nativos adultos, deixando na ilha apenas 110 crianças e velhos.
As esculturas gigantes eram, sem dúvida, os vestígios de uma sociedade avançada que tinham
florescido na inóspita ilha de 380km², perdida no meio do oceano Pacífico, a duas mil milhas da
costa do Chile. Sem uma explicação lógica para o modo como foram transportadas e o que teria
acontecido com os homens que as construíram, os europeus deram asas à imaginação. Nos
séculos seguintes, muitas foram as hipóteses levantadas para explicar o mistério da ilha de
páscoa, a mais saborosa das quais atribuía o feito a extraterrestres.
A civilização que nasceu e morreu na ilha de Páscoa começou a ser construída quando algumas
dezenas de polinésios, originários do sudoeste da Ásia, ali chegaram no século V da Era Cristã.
Ao longo de mil anos, esses colonizadores formaram uma sociedade que criava galinhas e
plantava batata-doce - os únicos cultivos que deram certo na ilha - e se dividia em clãs. Os chefes
dos clãs organizavam as atividades, distribuíam a comida e os bens, comandavam elaboradas
cerimônias e rituais, e competiam por prestígio e poder. Cada clã tinha o seu “ahu”, uma
plataforma adornada com as estátuas gigantes, onde eram realizadas as cerimônias. Quanto
maiores e mais numerosas as estátuas do “ahu”, mais alto o status do clã. Em 1550, havia
centenas “ahus” e a população tinha atingido o pico: Sete mil habitantes.
Sem animais de tração, os homens transportavam as estátuas esculpidas na pedreira de Rano
Raraku fazendo-as deslizar sobre troncos de árvores. E aí esta a chave para o mistério do destino
trágico daquela gente. No século XVIII, quando os europeus chegaram, já não havia árvores na
ilha. Ao longo de um milênio, tinham sido utilizadas para a construção de casas e canoas, para
aquecer e cozinhar; e sobretudo, para mover as estátuas gigantes. Análises de pólen feitas no
século XX confirmaram que no início da ocupação humana na ilha era coberta de densa
vegetação.
Com a escassez de madeira, começou o declínio e o retorno a condições primitivas de vida. Sem
poder construir casas, muitos foram morar em cavernas. Depois, já não era possível fazer canoas,
apenas botes de junco, imprestáveis para as viagens mais longas. A pesca ficou mais difícil. A
falta de cobertura vegetal resultou em erosão do solo e colheitas decrescentes.
11
Antes de prosseguir, vamos assistir ao vídeo “História das
coisas”
O historiador Clive Ponting lembra que, certamente, os habitantes da ilha de Páscoa podiam
perceber que sua existência dependia dos recursos limitados de uma pequena ilha. E com certeza
notavam o desaparecimento progressivo de suas florestas. Mas foram incapazes de encontrar
uma forma de viver em equilíbrio com seu meio ambiente. Escreveu ele:
Na verdade, no momento mesmo em que as limitações da ilha devem ter ficado mais evidentes, a
competição entre os clãs pela madeira disponível parece ter se intensificado, com mais e mais
estátuas sendo esculpidas e transportadas, numa tentativa de assegurar prestígio e status.
Tanto que, ainda hoje, é possível observar estátuas inacabadas perto da pedreira. Parece que os
que trabalhavam nelas nem se deram conta de que quão poucas árvores restavam na ilha.
Dica 01 ...
HISTÓRIA DAS COISAS
“História das Coisas” é um vídeo que nos mostra o processo da extração e produção até a
venda, consumo e descarte, de produtos que utilizamos em nosso dia a dia, e que afetam
comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.”
Com duração de aproximadamente 20 minutos, o vídeo revela as conexões entre diversos
problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em repensarmos um mundo mais
sustentável e justo.
Endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=QCoQgRuu050
Assim como Páscoa em seu auge, a Terra é uma ilha isolada na vastidão do espaço, e não há
nenhum outro planeta adequado para onde migrar. Da mesma forma que na ilha do Pacífico,
nossa população e o consumo de recursos está crescendo exponencialmente, porém nossos
recursos são finitos.
Será que os humanos da Terra reviverão em maior escala a tragédia ocorrida na Ilha de
Páscoa ou será que aprenderemos a viver de modo mais sustentável neste planeta que é
nosso único lar?
Fonte: MILLER, 2008. Ciência Ambiental, p. 18.
12
Esta atividade não será pontuada, pois se trata apenas de um
instrumento didático. Sugerimos que você não deixe de cumprir as
atividades propostas, pois essas são importantes para a compreensão
do nosso estudo.
Agora que você leu o texto e assistiu ao vídeo vamos trocar ideias sobre a questão colocada por
Miller: “Será que os humanos da Terra reviverão em maior escala a tragédia ocorrida na Ilha de
Páscoa ou será que aprenderemos a viver de modo mais sustentável neste planeta que é nosso
único lar?”
Compare as necessidades dos antigos moradores da Ilha de Páscoa com as atuais
necessidades da nossa civilização apresentada no vídeo “A história das coisas”. Quais as
diferenças/semelhanças entre as necessidades? As consequências serão semelhantes?
Agora, antes de seguir a diante, vamos fazer uma atividade...
... vamos às reflexões ... trocar idéias ...
Voltando à...AULA 02 ...
Prezado(a) aluno(a):
Na aula anterior conversamos sobre como o homem vem alterando o meio ambiente.
Continuamos aqui a tratar da necessidade de se preocupar com o meio ambiente...
“O sertão vai virar mar, dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão.”
(Sá e Guarabira)
É... parece que os problemas ambientais são mais reais e estão mais próximos de nós do que
podemos imaginar... Como o verso da canção de Sá e Guarabira (Sobradinho)7
, a capacidade do
homem interferir no meio ambiente está cada vez maior, assim como as consequências são cada
vez mais extensas ... parece que não aprendemos a lição.
OBSERVE A SUA VOLTA... procure ver o mundo com os olhos críticos...
7
Confira a letra completa no endereçohttp://letras.terra.com.br/sa-e-guarabira/48732/.
13
Bom, estamos iniciando a Aula 02, agora veremos alguns princípios sobre a inserção de critérios
ambientais que vão desde uma mudança comportamental passando por compras, contratação de
serviços; até uma gestão adequada dos resíduos gerados tendo como principal objetivo a
melhoria na qualidade de vida no nosso ambiente de trabalho.
• Tecnologias
Vimos na Aula 1, várias formas de poluição produzidas ou provocadas por agentes diversos. É
sabido que com as novas tecnologias podemos acabar ou minimizar as agressões ao Meio
Ambiente e em alguns casos nem são necessários o uso de tecnologia, basta um trabalho de
conscientização para melhoria da qualidade de vida.
Veremos agora quais as tecnologias que usamos para o tratamento das águas, dos esgotos e do
resíduo sólido.
• Gestão Ambiental
É uma forma de controle, através de regulamentos, normatizações e medidas, visando administrar
determinado ambiente, no benefício da manutenção de uma boa qualidade de vida.
Veremos alguns casos de gestão que são importantes para um desenvolvimento sustentável.
 Economia Política
É a ciência que estuda os mecanismos reguladores da produção e o consumo das riquezas.
Economia de Energia: É simples combater o desperdício da mesma, trata-se simplesmente de
gastar apenas o necessário, buscando o máximo de desempenho com o mínimo de consumo, não
Você conhece algum acidente ambiental, ocorrido no Brasil ou em outro país, que tenha
alcançado grandes repercussões?
Você já tomou conhecimento de algum acidente ambiental no seu município ou região,
como derramamentos de substâncias tóxicas, despejos irregulares de lixo, ou mesmo
algum incêndio descontrolado provocado por uma “queimada controlada” iniciada por
produtores rurais?
Qual foi sua reação? Ficou incomodado? Tomou alguma atitude? Achou uma coisa
normal?
Ou então, conhece algum problema ambiental que se destaca no contexto da sua cidade,
como um rio poluído, alguma atividade industrial que provoque incomodidade na
vizinhança, ou algum outro caso semelhante?
14
jogar energia fora e usar a energia de forma inteligente. Ao combater o desperdício estaremos:
ampliando os recursos não renováveis, diminuindo os impactos ambientais, redução de custos
para o consumidor e para a nação e melhora a competitividade internacional
Exemplos:
Na Indústria: aumentando a eficiência energética de máquinas, processos, procedimentos e
produtos. Através de diagnósticos energéticos, aperfeiçoam-se as rotinas de manutenção e o
funcionamento dos equipamentos. Usando essa metodologia teremos uma economia de matéria
prima e de tempo, gerando empregos e aumentando a produtividade.
Na Residência: utilizando-se lâmpadas de pequeno consumo de energia, eletrodomésticos com
selo de eficiência.
No Poder e Serviço Público: eficiência energética das instalações dos órgãos públicos e na troca
das lâmpadas ineficientes por outras de melhor rendimento na iluminação pública.
Obs: Calcula-se que 30% de toda a energia gerada no Brasil é desperdiçada a cada ano.
 Economia de Água
A água não é um recurso inesgotável, portanto é necessário o seu uso racional para que ocorra a
sua preservação. Pela Lei nº 9433/1997, foram introduzidos avanços expressivos à legislação
ambiental (adoção da Bacia Hidrográfica como unidade de gerenciamento de planejamento;
respeito aos usos múltiplos dos corpos d’água; reconhecimento da água como um bem finito e
vulnerável; reconhecimento do valor econômico da água e gestão participativa e descentralizada)
 Redução de resíduos
Como o lixo é gerado, a sua composição, a proporção de seu reaproveitamento e a sua
disposição final indicam o desenvolvimento de uma sociedade assim como sua cultura.
Devemos utilizar a teoria dos 3R:
 Reduzir a quantidade de lixo: adotando um consumo mais racional; utilizando produtos mais
duráveis e uso em comum de alguns materiais, como: jornais, revistas, livros, etc.
 Reutilizar Materiais: distribuir alguns materiais para outras pessoas, como: livros, brinquedos,
móveis, aparelhos domésticos, roupas, etc; Reutilizar as embalagens, como: caixas, vidros de
conservas, garrafas, etc. e recuperar ou conservar objetos diversos.
 Reciclar Materiais: separar os materiais que serão jogados no lixo, como: metais, vidros,
papeis, plástico e matéria orgânica; encaminhar para os diversos coletores os materiais separados
15
que encaminharão para as indústrias de reprocessamento os materiais que possam ser
reciclados.
Obs:
Com a reciclagem há uma grande economia de energia e também a diminuição de matéria prima.
• Como você pode contribuir para a saúde do nosso planeta (dicas de atividades práticas)
 Usar a máquina de lavar roupa com a sua capacidade máxima
 Passar roupa uma vez por semana
 Ao usar o ar condicionado, acionar primeiro a ventilação, e só depois o frio
 Desligar o condicionador de ar sempre que o ambiente estiver desocupado por períodos
maiores que uma hora
 Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes
 Regular as válvulas de descarga dos vasos sanitários
 Se verificar vazamentos de água na rua, avisar a empresa concessionária
 Levar sua própria bolsa de compras para o supermercado
 Comprar produtos com embalagens recicláveis
 Procurar escrever em papel reciclado
 Reutilizar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas de ovos, papel de embrulho
 Usar o verso de folhas de papel já utilizados para rascunho
 Doar roupas, móveis, aparelhos domésticos, brinquedos, etc. para serem reaproveitados
 Não jogar no lixo aparelhos quebrados e sim vendê-los ao ferro velho
 Separar materiais recicláveis: papel, metal e plástico para entregar aos programas de coleta
seletiva, doá-las a um catador profissional ou vendê-los a comerciantes de sucata
 Evitar o consumo de fígado e rins (pois contém metais pesados)
 Ler cuidadosamente os rótulos das embalagens, para verificar quais são os ingredientes e
os aditivos colocados nos alimentos
 Dê preferência a alimentos sem aditivos
 Use sabão em barra, pois é produzido a partir de óleos e gorduras vegetais, que são
completamente biodegradáveis
 Evite comprar produtos alimentícios em caixas de isopor
 Reduzir o uso de pilhas, comprando aparelhos que podem ser ligados à rede de energia
elétrica
 Não colocar pilhas usadas no lixo
 Se você possui quintal em sua casa poderá fazer uma horta orgânica
 Se você mora em apartamento pode produzir hortaliças, usando jardineiras ou vasos
 Utilize um automóvel bem regulado
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 Economize a buzina do carro
 Use menos possível o carro
 Quando for à praia, levar sempre um saco para colocar lixo
 Numa excursão à mata, nunca arrancar plantas e nem matar os animais
 Evitar usar produtos descartáveis tanto em sua residência, como no trabalho ou no local de
estudo
 Não investir em empresas que não preservem o meio ambiente
 Quando houver dúvidas sobre algum produto, ligue para o S.A.C. (Serviço de Atendimento
ao Consumidor) do fabricante
 Lembrar que o conhecimento dos “Índios” antecede e fundamenta todo o questionamento
sobre meio ambiente
 Planejar suas compras para que não ocorra desperdício
 Não jogar cigarros ou fósforos acesos no chão, em florestas ou nas estradas
 Não usar jornais para embalar alimentos
 Não jogue óleo (do motor de seu carro, de cozinha ou outro tipo de óleo) no ralo. Este óleo
vai chegar com certeza a um rio e em segunda instância, ao mar, podendo causar muitos
danos. Entre eles a morte de plânctons, mariscos, mamíferos e aves marinhas. Um litro de
óleo contamina um milhão de litros de água. O óleo de cozinha é reciclável, procure no seu
bairro, locais de coleta.
 Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente. O plástico tem uma
alta durabilidade e embora não ofereça perigo químico por produtos de sua degradação,
constitui um grande problema no sentido de ser confundido com alimento pelos animais
marinhos. Com frequência, mamíferos e aves marinhas, além de tartarugas, alimentam-se
com pedaços de material plástico (sacolas) e não raro morrem em decorrência disso.
 Não jogue lixo na rua, se não houver uma lixeira por perto, guarde seu resíduo e o jogue em
local adequado.
 Evite comprar produtos cuja produção esteja ligada à extração não renovada
 Evite comprar móveis feitos com madeiras de lei (mogno, por exemplo), a não ser que se
tenha certeza que a matéria-prima foi proveniente de áreas de extração controlada e
renovada.
 Não compre em hipótese alguma espécimes silvestres, vegetais ou animais, pois não há
nenhum tipo de controle sobre esse tipo de extração. Vale lembrar que a posse de
espécimes silvestres atualmente é considerada crime inafiançável.
 Não contribua diretamente ou indiretamente para o desmatamento das florestas
 Se possuir uma propriedade com mata original, preserve-a ao máximo, especialmente em
se tratando de matas ciliares (nas margens de cursos d’água e reservatórios de água).
17
 Queimadas, evidentemente, são intensamente destrutivas no sentido de que eliminam a
cobertura vegetal original, que constituem uma importante fonte de matéria orgânica para o
solo. Assim sendo, o que estraga o solo não é a ação direta do calor, e sim a eliminação da
fonte de matéria orgânica.
 No banho: Se molhe, feche o chuveiro, se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique
com o chuveiro aberto. O consumo cairá de 180 para 48 litros.
 Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa
1.380 litros por mês. Feche bem as torneiras.
 Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento desperdiça cerca de 3 caixas
d’água de mil litros.
 Regar jardins e plantas: No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã ou à
noite. Use mangueira com esguicho-revólver ou regador.
 Lavar carro com uma mangueira gasta 600 litros de água. Só lave o carro uma vez por mês,
com balde de 10 litros, para ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da sobra da
máquina lavar roupa.
 Na limpeza de quintal e calçada USE VASSOURA - Se precisar utilize a água que sai do
enxágüe da máquina de lavar.
 Não deixe lâmpadas acesas, se não houver alguém no cômodo.
 Utilizar cores claras nas paredes internas e no teto maximiza a luz existente no ambiente.
 A iluminação deve ser feita de acordo com o tamanho e finalidade do ambiente. Assim, uma
sala de televisão não precisa de lâmpadas fortes e em grande quantidade, ao contrário de
uma sala de estudos, por exemplo.
 A iluminação natural deve ser aproveitada ao máximo, por isso deixe as cortinas abertas
durante o dia. Se a casa estiver em fase de construção, tente deixar as janelas posicionadas
nos lados que recebem mais sol do terreno.
 Usar lâmpadas fluorescentes ou de LED.
 No verão, use a menor potência possível do chuveiro.
 Pense na instalação de sistemas de aquecimento de água por energia solar. Eles já estão
mais acessíveis e necessitam de pouca manutenção. Essa ação é ainda mais fácil em casas
em construção. No site da ONG Socidade do Sol (www.sociedadedosol.org.br) você pode
fazer o download de como fazer um sistema de aquecimento sozinho.
 Em geladeiras, o desgelo deve ser feito periodicamente, pois melhora a eficiência do
aparelho.
 Evite colocar alimentos que ainda estejam quentes no refrigerador.
18
 A geladeira não deve ser posicionada próxima a lugares quentes, como fogões ou janelas.
Evite deixar a porta da geladeira aberta por períodos mais longos e abra o menos possível.
Não utilizar a parte de trás da geladeira para secar roupas.
 Confira a vedação da porta da geladeira. O teste é simples: posicione uma folha de papel
entre a porta e a geladeira e feche. Se a folha for facilmente retirada, é necessário trocar as
borrachas de vedação da porta.
 Quando for comprar um aparelho novo, escolha os modelos com melhor eficiência
energética. Esses dados são fornecidos em uma etiqueta fixada no próprio aparelho.
 Não deixe aparelhos eletrônicos ligados na tomada quando não estão em uso. Eles
continuam gastando energia. O mesmo vale para transformadores.
 O que fazer com o crescente volume de lixo que se acumula na Administração Pública?
 Como usar de forma adequada os recursos naturais — água e energia, dentro da
instalação predial ocupada pela administração pública?
 Como ter certeza de que o governo adquire produtos de empresas que respeitam o meio
ambiente?
• Produção Mais Limpa (P+L)
Produção mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e
tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de
matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos
gerados em um processo produtivo. Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um
passo em direção ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para
elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais convencionais trabalham
principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. São as
chamadas técnicas de fim-de-tubo. A Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos
ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de
• Fórum: ... vamos trocar ideias ...
19
quantidade e periculosidade. São utilizadas várias estratégias visando a Produção mais Limpa e a
minimização de resíduos.
A P+L aplica-se a processos, produtos e serviços.
 Aos processos, através da conservação de matérias-primas, água e energia, eliminação de
matérias-primas tóxicas e redução, na fonte, da quantidade e toxicidade das emissões e
dos resíduos gerados;
 Aos produtos, pela redução dos seus impactos negativos ao longo de seu ciclo de vida,
desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final;
 Aos serviços, pela incorporação das questões ambientais em suas fases de planejamento
e execução.
• Prevenção à Poluição (P2), ou redução na fonte, é geralmente definida como o uso de práticas,
processos, técnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem a geração de resíduos e
poluentes na fonte geradora. Inclui dentre outras ações, modificações nos equipamentos, nos
processos ou procedimentos e substituição de matérias-primas, resultando em um aumento na
eficiência de uso dos insumos. As técnicas de Prevenção à Poluição (P2) fazem parte das
técnicas de Produção mais Limpa (P+L).
PRODUÇÃO + LIMPA
MINIMIZAÇÃO DOS
RESÍDUOS E EMISSÕES
REUTILIZAÇÃO DOS
RESÍDUOS E EMISSÕES
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
REDUÇÃO
NA FONTE
RECICLAGEM
INTERNA
MODIFICAÇÃO
NO PROCESSO
MODIFICAÇÃO
NO PRODUTO
HOUSEKEEPING SUBSTIUIÇÃO DE
MATÉRIA PRIMA
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
RECICLAGEM
EXTERNA
CICLOS
BIOGÊNICOS
ESTRUTURAS MATERIAIS
20
Esta atividade também não será pontuada, sua finalidade é
somente para a compreensão do nosso estudo.
Agora que você possui algumas informações sobre
questões ambientais, leia o estudo de caso e dê sua opinião
sobre as ações implementadas ...
A prioridade da Produção + Limpa está no topo (à esquerda) do fluxograma: evitar a geração de
resíduos e emissões (nível 1). Os resíduos que não podem ser evitados devem,
preferencialmente, ser reintegrados ao processo de produção da empresa (nível 2). Na sua
impossibilidade, medidas de reciclagem fora da empresa podem ser utilizadas (nível 3).
A prática do uso da Produção + Limpa leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias
Limpas nos processos produtivos. Para introduzir técnicas de Produção + Limpa em um processo
produtivo, podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas ambientais, econômicas
e tecnológicas.
A priorização destas metas é definida em cada empresa, através de seus profissionais e baseada
em sua política gerencial. Assim, dependendo do caso, pode-se ter os fatores econômicos como
ponto de sensibilização para a avaliação e definição de adaptação de um processo produtivo e a
minimização de impactos ambientais passando a ser uma consequência, ou inversamente, os
fatores ambientais serão prioritários e os aspectos econômicos tornar-se-ão consequência.
Nota: O Housekeeping, também conhecido como 5S, é uma ferramenta de trabalho que permite
desenvolver um planejamento sistemático de classificação, ordem, limpeza, permitindo assim de
imediato maior produtividade, segurança, clima organizacional, motivação dos funcionários e
consequente melhoria da competitividade organizacional.
21
Estudo de Caso ... Mercedes Benz
22
23
24
... Encerramos aqui nossa disciplina, na expectativa de que as informações e
conhecimentos aqui adquiridos irão contribuir significativamente na melhoria de qualidade
de vida de cada um de nós, bem como da coletividade... Obrigada!
Bibliografia utilizada nas notas de aula
AFONSO, Cíntia Maria. Sustentabilidade: caminho ou utopia? São Paulo: Annablume, 2006.
ALMEIDA, Fernando. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2 ed. São
Paulo: Saraiva, 2007.
BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à Engenharia. 6 ed. Florianópolis:
UFSC, 2000.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde /
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : 1997.
COLLARES, José Enilcio Rocha. Política ambiental e sustentabilidade na escala local. 2004. 266f. Tese
(Doutorado em Geografia) - IGEO, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.
HUISINGH, Donald. Emerging academic responsibilities and opportunities for promoting regional
sustainability  fulfilling the millennium development goals. In: Environmental Engineering and Management
Journal, n. 6, 05/2007.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vocabulário básico de recursos naturais e meio
ambiente. Rio de Janeiro, 2004.
LEFF, Enrique (Coord.). et al. A Complexidade Ambiental. Trad. Eliete Wolff. São Paulo: Cortez, 2003.
LEPRI, Mônica Cavalcanti. Semeando a interdisciplinaridade: as ‘idéias vivas’ de Gregory Bateson. Ciência
Hoje. Rio de Janeiro, vol 38, n. 228, p. 16-21, jul. 2006.
MACEDO, Ricardo Kohn. Equívocos e propostas para a avaliação ambiental. In: Tauk, Sâmia Maria(org.).
Analise Ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista,1995,
p. 33-44.
MAZZINI, Ana Luíza Dolabella de Amorim. Dicionário Educativo de termos ambientais. 3. Ed. – Belo
Horizonte: A. L. D. Amorim Mazzini, 2006.
MELLO, Luiz Antônio de Oliveira. Fundamentos de Análise Ambiental, Notas de Aula. Rio de Janeiro: UERJ,
2007.
MILLER JR, G. Tyler. Ciência Ambiental. São Paulo: Thomson Pioneira, 2008.
OLIVEIRA, Márcio de. Universidade e sustentabilidade: proposta de diretrizes e ações para uma
universidade ambientalmente sustentável. 2009. 90f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) – PGECOL,
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2009a.
PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Fundamentos da educação ambiental. In: PHILIPPI JR, Arlindo (Ed).
Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004, p. 459-483.
PHILIPPI JR, Arlindo; et al. Uma introdução à questão ambiental. In: ______ (Ed). Curso de Gestão
Ambiental. Barueri: Manole, 2004, p. 3-16.
SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2008a.
25
______. Desenvolvimento includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2008b.
UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Produção Mais Limpa. CD ROM, 2002.
WEB Sites
ANA, Agência Nacional de Águas. Disponível em http://www.ana.gov.br/.
Camara dos Deputados. Disponível em http://www2.camara.gov.br/responsabilidade-
social/ecocamara/agendaambiental.html.
CEBDS, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Disponível em
http://www.cebds.org.br/.
CIESP, Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. Disponível em http://www.ciesp.com.br
CNTL SENAI, Centro Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI. Disponível em http://www.senairs.org.br/cntl/
Estadao.com.br. Versão on-line do jornal O Estado de São Paulo. Disponível em
http://www.estadao.com.br.
Ministério da Cultura. Disponível em http://www.cultura.gov.br/.
Ministério da Educação. http://www.mec.gov.br/.
Ministério das Relações Exteriores. Disponível em http://www.mre.gov.br/.
Ministério do Meio Ambiente. Disponível em http://www.mma.gov.br/conama/
UNEP, United Nations Environment Programme. Disponível em http//:www.unep.org/.
WWF do Brasil. Disponível em http://www.wwf.org.br/.
Compromisso Empresarial para Reciclagem. Disponível em http://www.cempre.org.br.
Os dez mandamentos para economizar água. Disponível em http://www.rededasaguas.
org.br/acesso/itu/dez.htm.
17 dicas para economizar energia elétrica em casa. Disponível em http://mpjbiologo.blog
spot.com/2011/01/17-dicas-para-economizar-energia.html
http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461idi=1moe=212id=17071
http://www.infoescola.com
Faço meu agradecimento especial ao Prof.ª Márcio de Oliveira8
que colaborou para a elaboração
desta disciplina.
8
Engenheiro de Produção, Especialista em Análise Ambiental, Mestre em Ecologia Aplicada ao Manejo e
Conservação dos Recursos Naturais e Doutorando em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação dos
Recursos Naturais (UFJF).

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  • 1. 1 CURSO DE TREINAMENTO ESPECÍFICO – SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE
  • 2. 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Prezado(a) aluno(a): Apresentamos para você a disciplina de Noções de Meio Ambiente. Vamos conversar sobre o programa da disciplina e refletir sobre a sua percepção em relação as questões ambientais. É muito importante que você se empenhe desde o início executando as atividades sugeridas, pois as leituras e vídeos propostos contribuirão na construção do conhecimento sobre o assunto aqui tratado. Em caso de dúvidas, entre em contato com a professora. PARTICIPE! EXPECTATIVE-SE! NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE Ederwanda Barbosa Lage Silva1 “Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si três grandes problemas que foram ironicamente provocados por ele próprio: a superpovoação, o desaparecimento dos recursos naturais e a destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas, vistos sermos nós a sua causa, deveria ser a nossa mais profunda motivação.” Jacques Yves Cousteau (1910- 1997). Toda longa caminhada se inicia com um primeiro passo. E agora estamos iniciando a troca de conhecimento sobre “Noções de Meio Ambiente”. Mas o que abordaremos? A palavra noção está relacionada com a ideia que se tem de alguma coisa. Meio ambiente pode ser compreendido por tudo que envolve todas as coisas vivas e não vivas que ocorrem na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos seres humanos. É o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. A proposta para esta disciplina, aqui apresentada, objetiva o desenvolvimento de capacidades (nas esferas dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes), visando a participação individual e coletiva na gestão das questões ambientais, do uso dos recursos ambientais e na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio ambiente, seja ele físico, natural ou construído. 1 Gestora Ambiental (Instituto Vianna Junior), Especialista em Análise Ambiental (UFJF).
  • 3. 3 Assim, nesta disciplina buscaremos o conhecimento dos princípios básicos que se faz necessário para possibilitar uma reflexão sobre o contexto da questão ambiental. Para alcançar nossos objetivos, esta disciplina está organizada em dois dias, com 3 horas/aula/dia conforme relacionado abaixo: Aula 1 (3 horas/aula) – Conceitos e noções de preservação Abordaremos os conceitos básicos bem como noções de preservação com foco no contexto da gestão ambiental. Aula 2 (3 horas/aula) – Reciclagem e produção + limpa Aqui veremos alguns princípios sobre a inserção de critérios ambientais que vão desde uma mudança comportamental passando por compras, contratação de serviços; até uma gestão adequada dos resíduos gerados tendo como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no nosso ambiente de trabalho. Iniciando a Nota de Aula... Primeiramente vamos apresentar alguns conceitos com o objetivo de informar e subsidiar nossa troca de ideias ... • Abiótico Sem vida. São os fatores ambientais físicos (ex. clima), químicos (ex. água e oxigênio como inorgânicos, e ácidos húmicos como orgânicos) de um ecossistema. • Antrópico relativo ao ser humano. Quando se refere a “meio antrópico” queremos dizer tudo que diz respeito ao homem, ou seja, os fatores sociais, econômicos e culturais, em interação com o ambiente em que ele vive. Os tópicos relacionados no programa serão desenvolvidos de maneira a integrar e contextualizar o aluno e o seu ambiente de trabalho. Para isso, sua participação é fundamental para o sucesso da disciplina. Você será convidado a ajudar a construir a disciplina. Quanto maior a participação dos alunos, mais experiências serão compartilhadas, teremos mais sinergia e melhores serão os resultados.
  • 4. 4 • Biodiversidade diversidade biológica. Variação do numero de espécies em determinado ecossistema. • Biomassa massa de matéria viva. Matéria orgânica viva, presente num determinado tempo por unidade de área ou de volume (de água). • Biota Todos os componentes vivos de um determinado sistema ecológico ou ecossistema. • Biosfera - Ecosfera Espaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos. Portanto, refere-se a toda superfície terrestre (litosfera), as águas (hidrosfera) e a porção da atmosfera habitada pelos organismos que voam ou que flutuam. • Biótico que tem vida. Componentes vivos de um ecossistema • Conservação É o manejo dos recursos do ambiente, com o propósito de obter-se a mais alta qualidade sustentável da vida humana, sem que esses ambientes percam sua originalidade. • Contaminação resultado do contato de organismos, geralmente o ser humano, com substâncias nocivas à saúde, tais como substancias tóxicas ou radioativas ou organismos patogênicos. • Degradação é a redução de um recurso natural renovável até um certo nível de produção sustentável, ou seja, refere-se a explotação até uma taxa limite de reconstituição natural. • Desenvolvimento Sustentável = Ecodesenvolvimento Melhoria da qualidade de vida, dentro da capacidade de suporte dos ecossistemas, ou desenvolvimento visando as necessidades do presente, sem comprometer-se a disponibilidade de recursos que as gerações futuras necessitarão, ou desenvolvimento sócio-econômico, respeitando e procurando manter as características da natureza, sendo portanto baseado em princípios ecológicos, para exploração dos seus recursos; esperando-se com isso, que sejam evitados o desperdício e a degradação ambiental. • Deterioração Ação ou efeito de deteriorar. Por em mau estado, danificar, estragar, arruinar. • Ecossistema pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos (meio biótico) e o local onde eles vivem (meio abiótico, onde estão inseridos todos os componentes não vivos do ecossistema como os minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, e etc.) e todas as relações destes com o meio e entre si. Para que se possa delimitar um “sistema ecológico” ou ecossistema é necessário que haja quatro componentes principais: fatores abióticos, que são os componentes básicos do ecossistema; os
  • 5. 5 seres autótrofos, geralmente as plantas verdes, capazes de produzir seu próprio alimento através da síntese de substâncias inorgânicas simples; os consumidores, heterotróficos, que não são capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, os animais que se alimentam das plantas ou de outros animais; e os decompositores, também heterotróficos, mas que se alimentam de matéria morta. A totalidade destes organismos interagindo em um determinado local de forma a criar um ciclo de energia (do meio abiótico para os seres autótrofos, destes para os heterótrofos e destes para o meio abiótico novamente) caracterizando os níveis tróficos da cadeia alimentar constitui um sistema ecológico ou ecossistema, independentemente da dimensão do local onde ocorrem essas relações. As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma poça de água até a totalidade do planeta terra que pode ser considerado como um imenso ecossistema composto por todos os ecossistemas existentes (ecosfera). • Lixo qualquer tipo de resíduo sólido produzido e descartado pela atividade humana doméstica, social e industrial. Os resíduos sólidos são classificados de acordo com sua origem e composição, o que permite a escolha mais adequada para a sua destinação final. • Poluição efeito acarretado pelo procedimento humano de lançar na natureza, resíduos, dejetos ou qualquer outro material que altere as condições naturais do ambiente, contaminando ou deteriorando a fonte natural de recursos: ar, terra e água, sendo prejudicial ao próprio homem ou a qualquer ser vivo. Os tipos de poluição são, em geral, classificados em relação ao componente ambiental afetado (poluição do ar, da água, do solo), pela natureza do poluente lançado (poluição química, térmica, sonora, radioativa, etc) ou pelo tipo de atividade poluidora (poluição industrial, agrícola, comercial, etc). Poluição da água É o lançamento e a acumulação nas águas dos mares, dos rios, dos lagos e demais corpos d’água, superficiais ou subterrâneos, de substâncias químicas ou biológicas que afetem diretamente as características naturais da água e a vida ou que venham a lhes causar efeitos adversos secundários. Ocorrências: despejos de esgotos sanitários diretos em córregos, rios, mares, etc.; uso de agrotóxicos que são transportados pela água para os corpos d’água, tanto superficiais como subterrâneos; despejos sem tratamento das indústrias químicas, que liberam poluentes orgânicos,
  • 6. 6 chorume (líquido) produzido nos lixões que vão para os corpos d’água, inclusive subterrâneos; pilhas e baterias dispostos inadequadamente, etc... Poluição do ar É a acumulação de qualquer substância ou forma de energia no ar, em concentrações suficientes para produzir efeitos mensuráveis no homem, nos animais, nas plantas ou em qualquer equipamento ou material, em forma de particulados (partículas sólidas ou líquidas menores que um mícron de diâmetro), gases, gotículas ou qualquer e suas combinações. É provocada por: veículos automotores que emitem gases como monóxido e o dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre e os hidrocarbonetos; indústrias químicas, siderúrgicas, fábricas de papel, cimento, refinarias de petróleo que emitem óxidos sulfúricos, óxidos nitrogenados, hidrocarbonetos, enxofre, diversos resíduos sólidos e metais pesados; aerossóis e aparelhos que libera clorofluorcarbonos (CFC); queimadas para preparação de terras para agricultura ou pastos; fumaça produzida pela queima de madeira nas padarias e nas olarias; etc ... Poluição do solo É a contaminação do solo por qualquer um dos inúmeros poluentes derivados da agricultura, da mineração, das atividades urbanas e industriais, dos dejetos animais, etc. Acontece quando: na agricultura são utilizados agrotóxicos e excesso de fertilizantes; os resíduos sólidos são colocados em lixões; os óleos usados nos postos de abastecimento de combustíveis são dispostos inadequadamente; o chorume (líquido) produzido nos lixões penetra no solo; os metais pesados das pilhas e baterias se acumulam no solo; etc ... Poluição sonora É a introdução, pelo homem, direta ou indiretamente de energia no meio ambiente, que resulte em efeitos deletérios de tal natureza, pondo em risco a saúde humana, afetem os recursos bióticos e os ecossistemas. É ocasionada por: excesso de trânsito nas vias principais dos centros urbanos; indústrias que não usam tecnologias limpas; serviços de alto falantes; festas em geral que tenha som; deslocamento de avião de propulsão a jato; etc ... Poluição visual É o excesso de informações em cartazes de rua, propagandas, letreiros, grafites e muros, e até mesmo as roupas com cores vibrantes e as camisetas com estampas exageradas. É observada quando: existe excesso de sinais de trânsito; existir muitas informações e cartaz de propaganda e excesso dos mesmos; prédios, muros e monumentos grafitados; os transportes coletivos (ônibus) são multicoloridos; ocorrer excesso de letreiros luminosos.
  • 7. 7 • Preservação ação de proteção e/ou isolamento de um ecossistema com a finalidade de que ele mantenha suas características naturais, por constituir-se como patrimônio ecológico de valor. • Resíduo material remanescente de algum processo e que pode ter valor intrínseco, podendo ser passível de uso para o próprio gerador ou não, com ou sem tratamento. Os resíduos são classificados em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, e com base na identificação de contaminantes presentes em sua massa. A definição de resíduo compreende um único tipo de resíduo, ou a mistura de vários. • Trófico relativo a alimentação. Agora vamos contextualizar ... Tente imaginar a sociedade artesanal ... no período pré-industrial ... As comunidades eram auto sustentáveis, produziam seus próprios utensílios e alimentos, atendiam suas necessidades de maneira harmoniosa com a natureza. Os artesãos produziam exatamente o que o consumidor precisava, um item de cada vez ... A exploração dos recursos naturais se dava de modo pouco impactante, tanto pela demanda pequena como pela singela capacidade de intervenção do homem (limitações de tecnologia, ferramentas, etc). Os resíduos eram basicamente aparas de madeira, argila, materiais orgânicos, minerais ... substâncias que a natureza pode decompor com facilidade. Não havia tanta preocupação em alcançar altos níveis de produção para atender demandas comerciais, apenas se buscava suprir as necessidades da comunidade. Mas as fronteiras foram se expandindo, o comércio ganhando espaço, vencendo distâncias na terra e nos oceanos, novos continentes foram descobertos, a população foi crescendo, as Grandes Navegações trouxeram uma nova visão de mundo ... novos mercados ... novos hábitos ... Deste modo, o homem vem, desde os tempos mais remotos, modificando o meio ambiente de forma a adaptá-lo no intuito de atender suas necessidades fisiológicas, sociais e econômicas. Esta interferência se dá de diversas formas, como pela extração e exploração de recursos naturais, modificação do meio para ocupação antrópica, e pelo despejo de resíduos resultantes das atividades humanas. A Revolução Industrial do século XIX pode ser apontada como marco importante na intensificação dos problemas ambientais ... Era notória a deterioração do ambiente urbano com a contaminação do ar, a disseminação de enfermidades, as péssimas condições de vida dos trabalhadores. O uso
  • 8. 8 crescente do carvão para fins industriais e domésticos gerava os chamados “odores fétidos”. O carvão queimado na época continha o dobro do enxofre do usado hoje em dia2 . Por consequência, o desenvolvimento econômico e industrial introduziu novos padrões de consumo, intensificando a exploração dos recursos naturais para atender à produção crescente, assim como novos e assustadores níveis de geração de resíduos, que surgiram em quantidades excessivamente maiores que a capacidade de absorção da natureza e de maneira que ela não é capaz de reciclar. Com a Revolução Industrial veio a Produção em Massa. Mas uma Produção em Massa necessitava de um “Consumo de Massa”. No início, os artesãos produziam bens para atender as necessidades das pessoas. Ou seja, a produção deveria atender à demanda. Mas, neste novo cenário, as pessoas descobrem outras “necessidades”. Com o desenvolvimento industrial, a eficiência produtiva gerou uma imensa quantidade de produtos que precisavam ser consumidos (vendidos), então era necessário criar uma demanda, incentivar as pessoas a comprarem, consumirem, ou seja, criar “necessidades”... Desse modo, a demanda é que deveria atender à produção. Todavia, as pessoas continuavam a ver o meio ambiente como na era artesanal: para quê se preocupar? Existem tantos recursos disponíveis! Tantas áreas a serem exploradas! Tanta água! Tantas florestas... A urbanização acelerada também tem sido fator preocupante no que se refere à degradação do ambiente, agravada pelo processo de adaptação do ambiente natural, com a escala de aglomeração e concentração populacional. Quanto maior for essa escala, maiores serão as adaptações e transformações do ambiente natural, maiores serão a diversidade e a velocidade de recursos extraídos, maiores serão a quantidade e a diversidade dos resíduos gerados e menor será a velocidade de reposição desses recursos3 . As áreas urbanas são extremamente dependentes das áreas verdes circunvizinhas, que funcionam como ambientes de entrada e saída do sistema, fornecendo energia e materiais que depuraram as emissões, limpando o ar. Todavia, contraditoriamente, quanto mais as áreas urbanas crescem, diminui e disponibilidade de áreas naturais e aumenta a necessidade destes ambientes para a sustentação das cidades, embora muitos ainda acreditam que basta a tecnologia para suprir todas as necessidades e solucionar os problemas ambientais contemporâneos. Isso mostra como os limites da natureza são pressionados pelo crescimento e desenvolvimento urbano-industrial. 2 LEFF, 2003. 3 PHILIPPI JR., et al, 2006.
  • 9. 9 Outro fato a ser considerado é que o lixo gerado pela população cada vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos industriais. Você sabe o quanto de lixo cada pessoa gera, desde o nascimento até o fim de sua vida, na velhice...? Aproximadamente vinte e cinco toneladas de lixo. A intensificação da industrialização, a explosão demográfica, a produção e o consumo desmedido, a urbanização e a modernização agrícola são alguns aspectos da evolução histórica das sociedades humanas que geraram desenvolvimento econômico, mas que resultaram numa degradação ambiental desenfreada4 . O aumento da escala de produção tem sido um importante fator que estimula a exploração dos recursos naturais e eleva a quantidade de resíduos. Recursos naturais e economia interagem de modo bastante evidente, uma vez que algo é recurso na medida em que sua exploração é economicamente viável5 . E assim, a sociedade moderna foi forjada em um ideal mecanicista, movida por uma economia caracterizada pelas leis cegas do mercado. Nessa nova organização, a busca pelo lucro e a razão instrumental são sobrepostas às leis da natureza, assolando também as questões culturais, dizimando o sentimento de humanidade e, desse modo, desembocando na CRISE AMBIENTAL6 . Texto para nossas reflexões... O Drama da Ilha de Páscoa Esta é uma história muito conhecida e utilizada para se refletir sobre sustentabilidade. O texto foi extraído do livro: “O bom negócio da sustentabilidade”, de Fernando Almeida, (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002), páginas 69 e 70. A história dos homens que construíram as famosas estátuas gigantes da ilha de Páscoa é um dos mais dramáticos exemplos de como a dilapidação do capital ambiental pode extinguir uma sociedade humana, segundo o historiador britânico Clive Ponting, a cujo livro A Green History of the World se deve o relato que se segue. Quando os primeiros europeus chegaram à ilha, em 1722, encontraram uma terra árida, completamente desprovida de vegetação, ocupada por cerca de três mil nativos. Espalhadas pela ilha jaziam mais de seiscentas estátuas esculpidas em pedra, com seis metros de altura em média e algumas dezenas de toneladas de peso. Os habitantes, uma gente primitiva que vivia em 4 UFRGS, 2002. 5 LEFF, 2003. 6 Ibid.
  • 10. 10 cavernas, diziam que as esculturas, evidentemente feitas de material retirado de uma pedreira no interior da ilha, tinham chegado ali “caminhando”. Que não eram eles os responsáveis pela obra era óbvio: esquálidos e rudes, não poderiam ter executado tarefas complexas com as requeridas para esculpir, transportar e instalar as estátuas. Estavam mais ocupados em matar-se uns aos outros na disputa pelos escassos alimentos cultivados na ilha. Vez por outra, recorriam até ao canibalismo. A população decrescia a tal ponto que em 1877 navios peruanos levaram para o continente, como escravos, o que restava de nativos adultos, deixando na ilha apenas 110 crianças e velhos. As esculturas gigantes eram, sem dúvida, os vestígios de uma sociedade avançada que tinham florescido na inóspita ilha de 380km², perdida no meio do oceano Pacífico, a duas mil milhas da costa do Chile. Sem uma explicação lógica para o modo como foram transportadas e o que teria acontecido com os homens que as construíram, os europeus deram asas à imaginação. Nos séculos seguintes, muitas foram as hipóteses levantadas para explicar o mistério da ilha de páscoa, a mais saborosa das quais atribuía o feito a extraterrestres. A civilização que nasceu e morreu na ilha de Páscoa começou a ser construída quando algumas dezenas de polinésios, originários do sudoeste da Ásia, ali chegaram no século V da Era Cristã. Ao longo de mil anos, esses colonizadores formaram uma sociedade que criava galinhas e plantava batata-doce - os únicos cultivos que deram certo na ilha - e se dividia em clãs. Os chefes dos clãs organizavam as atividades, distribuíam a comida e os bens, comandavam elaboradas cerimônias e rituais, e competiam por prestígio e poder. Cada clã tinha o seu “ahu”, uma plataforma adornada com as estátuas gigantes, onde eram realizadas as cerimônias. Quanto maiores e mais numerosas as estátuas do “ahu”, mais alto o status do clã. Em 1550, havia centenas “ahus” e a população tinha atingido o pico: Sete mil habitantes. Sem animais de tração, os homens transportavam as estátuas esculpidas na pedreira de Rano Raraku fazendo-as deslizar sobre troncos de árvores. E aí esta a chave para o mistério do destino trágico daquela gente. No século XVIII, quando os europeus chegaram, já não havia árvores na ilha. Ao longo de um milênio, tinham sido utilizadas para a construção de casas e canoas, para aquecer e cozinhar; e sobretudo, para mover as estátuas gigantes. Análises de pólen feitas no século XX confirmaram que no início da ocupação humana na ilha era coberta de densa vegetação. Com a escassez de madeira, começou o declínio e o retorno a condições primitivas de vida. Sem poder construir casas, muitos foram morar em cavernas. Depois, já não era possível fazer canoas, apenas botes de junco, imprestáveis para as viagens mais longas. A pesca ficou mais difícil. A falta de cobertura vegetal resultou em erosão do solo e colheitas decrescentes.
  • 11. 11 Antes de prosseguir, vamos assistir ao vídeo “História das coisas” O historiador Clive Ponting lembra que, certamente, os habitantes da ilha de Páscoa podiam perceber que sua existência dependia dos recursos limitados de uma pequena ilha. E com certeza notavam o desaparecimento progressivo de suas florestas. Mas foram incapazes de encontrar uma forma de viver em equilíbrio com seu meio ambiente. Escreveu ele: Na verdade, no momento mesmo em que as limitações da ilha devem ter ficado mais evidentes, a competição entre os clãs pela madeira disponível parece ter se intensificado, com mais e mais estátuas sendo esculpidas e transportadas, numa tentativa de assegurar prestígio e status. Tanto que, ainda hoje, é possível observar estátuas inacabadas perto da pedreira. Parece que os que trabalhavam nelas nem se deram conta de que quão poucas árvores restavam na ilha. Dica 01 ... HISTÓRIA DAS COISAS “História das Coisas” é um vídeo que nos mostra o processo da extração e produção até a venda, consumo e descarte, de produtos que utilizamos em nosso dia a dia, e que afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.” Com duração de aproximadamente 20 minutos, o vídeo revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em repensarmos um mundo mais sustentável e justo. Endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=QCoQgRuu050 Assim como Páscoa em seu auge, a Terra é uma ilha isolada na vastidão do espaço, e não há nenhum outro planeta adequado para onde migrar. Da mesma forma que na ilha do Pacífico, nossa população e o consumo de recursos está crescendo exponencialmente, porém nossos recursos são finitos. Será que os humanos da Terra reviverão em maior escala a tragédia ocorrida na Ilha de Páscoa ou será que aprenderemos a viver de modo mais sustentável neste planeta que é nosso único lar? Fonte: MILLER, 2008. Ciência Ambiental, p. 18.
  • 12. 12 Esta atividade não será pontuada, pois se trata apenas de um instrumento didático. Sugerimos que você não deixe de cumprir as atividades propostas, pois essas são importantes para a compreensão do nosso estudo. Agora que você leu o texto e assistiu ao vídeo vamos trocar ideias sobre a questão colocada por Miller: “Será que os humanos da Terra reviverão em maior escala a tragédia ocorrida na Ilha de Páscoa ou será que aprenderemos a viver de modo mais sustentável neste planeta que é nosso único lar?” Compare as necessidades dos antigos moradores da Ilha de Páscoa com as atuais necessidades da nossa civilização apresentada no vídeo “A história das coisas”. Quais as diferenças/semelhanças entre as necessidades? As consequências serão semelhantes? Agora, antes de seguir a diante, vamos fazer uma atividade... ... vamos às reflexões ... trocar idéias ... Voltando à...AULA 02 ... Prezado(a) aluno(a): Na aula anterior conversamos sobre como o homem vem alterando o meio ambiente. Continuamos aqui a tratar da necessidade de se preocupar com o meio ambiente... “O sertão vai virar mar, dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão.” (Sá e Guarabira) É... parece que os problemas ambientais são mais reais e estão mais próximos de nós do que podemos imaginar... Como o verso da canção de Sá e Guarabira (Sobradinho)7 , a capacidade do homem interferir no meio ambiente está cada vez maior, assim como as consequências são cada vez mais extensas ... parece que não aprendemos a lição. OBSERVE A SUA VOLTA... procure ver o mundo com os olhos críticos... 7 Confira a letra completa no endereçohttp://letras.terra.com.br/sa-e-guarabira/48732/.
  • 13. 13 Bom, estamos iniciando a Aula 02, agora veremos alguns princípios sobre a inserção de critérios ambientais que vão desde uma mudança comportamental passando por compras, contratação de serviços; até uma gestão adequada dos resíduos gerados tendo como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no nosso ambiente de trabalho. • Tecnologias Vimos na Aula 1, várias formas de poluição produzidas ou provocadas por agentes diversos. É sabido que com as novas tecnologias podemos acabar ou minimizar as agressões ao Meio Ambiente e em alguns casos nem são necessários o uso de tecnologia, basta um trabalho de conscientização para melhoria da qualidade de vida. Veremos agora quais as tecnologias que usamos para o tratamento das águas, dos esgotos e do resíduo sólido. • Gestão Ambiental É uma forma de controle, através de regulamentos, normatizações e medidas, visando administrar determinado ambiente, no benefício da manutenção de uma boa qualidade de vida. Veremos alguns casos de gestão que são importantes para um desenvolvimento sustentável. Economia Política É a ciência que estuda os mecanismos reguladores da produção e o consumo das riquezas. Economia de Energia: É simples combater o desperdício da mesma, trata-se simplesmente de gastar apenas o necessário, buscando o máximo de desempenho com o mínimo de consumo, não Você conhece algum acidente ambiental, ocorrido no Brasil ou em outro país, que tenha alcançado grandes repercussões? Você já tomou conhecimento de algum acidente ambiental no seu município ou região, como derramamentos de substâncias tóxicas, despejos irregulares de lixo, ou mesmo algum incêndio descontrolado provocado por uma “queimada controlada” iniciada por produtores rurais? Qual foi sua reação? Ficou incomodado? Tomou alguma atitude? Achou uma coisa normal? Ou então, conhece algum problema ambiental que se destaca no contexto da sua cidade, como um rio poluído, alguma atividade industrial que provoque incomodidade na vizinhança, ou algum outro caso semelhante?
  • 14. 14 jogar energia fora e usar a energia de forma inteligente. Ao combater o desperdício estaremos: ampliando os recursos não renováveis, diminuindo os impactos ambientais, redução de custos para o consumidor e para a nação e melhora a competitividade internacional Exemplos: Na Indústria: aumentando a eficiência energética de máquinas, processos, procedimentos e produtos. Através de diagnósticos energéticos, aperfeiçoam-se as rotinas de manutenção e o funcionamento dos equipamentos. Usando essa metodologia teremos uma economia de matéria prima e de tempo, gerando empregos e aumentando a produtividade. Na Residência: utilizando-se lâmpadas de pequeno consumo de energia, eletrodomésticos com selo de eficiência. No Poder e Serviço Público: eficiência energética das instalações dos órgãos públicos e na troca das lâmpadas ineficientes por outras de melhor rendimento na iluminação pública. Obs: Calcula-se que 30% de toda a energia gerada no Brasil é desperdiçada a cada ano. Economia de Água A água não é um recurso inesgotável, portanto é necessário o seu uso racional para que ocorra a sua preservação. Pela Lei nº 9433/1997, foram introduzidos avanços expressivos à legislação ambiental (adoção da Bacia Hidrográfica como unidade de gerenciamento de planejamento; respeito aos usos múltiplos dos corpos d’água; reconhecimento da água como um bem finito e vulnerável; reconhecimento do valor econômico da água e gestão participativa e descentralizada) Redução de resíduos Como o lixo é gerado, a sua composição, a proporção de seu reaproveitamento e a sua disposição final indicam o desenvolvimento de uma sociedade assim como sua cultura. Devemos utilizar a teoria dos 3R: Reduzir a quantidade de lixo: adotando um consumo mais racional; utilizando produtos mais duráveis e uso em comum de alguns materiais, como: jornais, revistas, livros, etc. Reutilizar Materiais: distribuir alguns materiais para outras pessoas, como: livros, brinquedos, móveis, aparelhos domésticos, roupas, etc; Reutilizar as embalagens, como: caixas, vidros de conservas, garrafas, etc. e recuperar ou conservar objetos diversos. Reciclar Materiais: separar os materiais que serão jogados no lixo, como: metais, vidros, papeis, plástico e matéria orgânica; encaminhar para os diversos coletores os materiais separados
  • 15. 15 que encaminharão para as indústrias de reprocessamento os materiais que possam ser reciclados. Obs: Com a reciclagem há uma grande economia de energia e também a diminuição de matéria prima. • Como você pode contribuir para a saúde do nosso planeta (dicas de atividades práticas) Usar a máquina de lavar roupa com a sua capacidade máxima Passar roupa uma vez por semana Ao usar o ar condicionado, acionar primeiro a ventilação, e só depois o frio Desligar o condicionador de ar sempre que o ambiente estiver desocupado por períodos maiores que uma hora Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes Regular as válvulas de descarga dos vasos sanitários Se verificar vazamentos de água na rua, avisar a empresa concessionária Levar sua própria bolsa de compras para o supermercado Comprar produtos com embalagens recicláveis Procurar escrever em papel reciclado Reutilizar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas de ovos, papel de embrulho Usar o verso de folhas de papel já utilizados para rascunho Doar roupas, móveis, aparelhos domésticos, brinquedos, etc. para serem reaproveitados Não jogar no lixo aparelhos quebrados e sim vendê-los ao ferro velho Separar materiais recicláveis: papel, metal e plástico para entregar aos programas de coleta seletiva, doá-las a um catador profissional ou vendê-los a comerciantes de sucata Evitar o consumo de fígado e rins (pois contém metais pesados) Ler cuidadosamente os rótulos das embalagens, para verificar quais são os ingredientes e os aditivos colocados nos alimentos Dê preferência a alimentos sem aditivos Use sabão em barra, pois é produzido a partir de óleos e gorduras vegetais, que são completamente biodegradáveis Evite comprar produtos alimentícios em caixas de isopor Reduzir o uso de pilhas, comprando aparelhos que podem ser ligados à rede de energia elétrica Não colocar pilhas usadas no lixo Se você possui quintal em sua casa poderá fazer uma horta orgânica Se você mora em apartamento pode produzir hortaliças, usando jardineiras ou vasos Utilize um automóvel bem regulado
  • 16. 16 Economize a buzina do carro Use menos possível o carro Quando for à praia, levar sempre um saco para colocar lixo Numa excursão à mata, nunca arrancar plantas e nem matar os animais Evitar usar produtos descartáveis tanto em sua residência, como no trabalho ou no local de estudo Não investir em empresas que não preservem o meio ambiente Quando houver dúvidas sobre algum produto, ligue para o S.A.C. (Serviço de Atendimento ao Consumidor) do fabricante Lembrar que o conhecimento dos “Índios” antecede e fundamenta todo o questionamento sobre meio ambiente Planejar suas compras para que não ocorra desperdício Não jogar cigarros ou fósforos acesos no chão, em florestas ou nas estradas Não usar jornais para embalar alimentos Não jogue óleo (do motor de seu carro, de cozinha ou outro tipo de óleo) no ralo. Este óleo vai chegar com certeza a um rio e em segunda instância, ao mar, podendo causar muitos danos. Entre eles a morte de plânctons, mariscos, mamíferos e aves marinhas. Um litro de óleo contamina um milhão de litros de água. O óleo de cozinha é reciclável, procure no seu bairro, locais de coleta. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente. O plástico tem uma alta durabilidade e embora não ofereça perigo químico por produtos de sua degradação, constitui um grande problema no sentido de ser confundido com alimento pelos animais marinhos. Com frequência, mamíferos e aves marinhas, além de tartarugas, alimentam-se com pedaços de material plástico (sacolas) e não raro morrem em decorrência disso. Não jogue lixo na rua, se não houver uma lixeira por perto, guarde seu resíduo e o jogue em local adequado. Evite comprar produtos cuja produção esteja ligada à extração não renovada Evite comprar móveis feitos com madeiras de lei (mogno, por exemplo), a não ser que se tenha certeza que a matéria-prima foi proveniente de áreas de extração controlada e renovada. Não compre em hipótese alguma espécimes silvestres, vegetais ou animais, pois não há nenhum tipo de controle sobre esse tipo de extração. Vale lembrar que a posse de espécimes silvestres atualmente é considerada crime inafiançável. Não contribua diretamente ou indiretamente para o desmatamento das florestas Se possuir uma propriedade com mata original, preserve-a ao máximo, especialmente em se tratando de matas ciliares (nas margens de cursos d’água e reservatórios de água).
  • 17. 17 Queimadas, evidentemente, são intensamente destrutivas no sentido de que eliminam a cobertura vegetal original, que constituem uma importante fonte de matéria orgânica para o solo. Assim sendo, o que estraga o solo não é a ação direta do calor, e sim a eliminação da fonte de matéria orgânica. No banho: Se molhe, feche o chuveiro, se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique com o chuveiro aberto. O consumo cairá de 180 para 48 litros. Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa 1.380 litros por mês. Feche bem as torneiras. Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento desperdiça cerca de 3 caixas d’água de mil litros. Regar jardins e plantas: No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã ou à noite. Use mangueira com esguicho-revólver ou regador. Lavar carro com uma mangueira gasta 600 litros de água. Só lave o carro uma vez por mês, com balde de 10 litros, para ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da sobra da máquina lavar roupa. Na limpeza de quintal e calçada USE VASSOURA - Se precisar utilize a água que sai do enxágüe da máquina de lavar. Não deixe lâmpadas acesas, se não houver alguém no cômodo. Utilizar cores claras nas paredes internas e no teto maximiza a luz existente no ambiente. A iluminação deve ser feita de acordo com o tamanho e finalidade do ambiente. Assim, uma sala de televisão não precisa de lâmpadas fortes e em grande quantidade, ao contrário de uma sala de estudos, por exemplo. A iluminação natural deve ser aproveitada ao máximo, por isso deixe as cortinas abertas durante o dia. Se a casa estiver em fase de construção, tente deixar as janelas posicionadas nos lados que recebem mais sol do terreno. Usar lâmpadas fluorescentes ou de LED. No verão, use a menor potência possível do chuveiro. Pense na instalação de sistemas de aquecimento de água por energia solar. Eles já estão mais acessíveis e necessitam de pouca manutenção. Essa ação é ainda mais fácil em casas em construção. No site da ONG Socidade do Sol (www.sociedadedosol.org.br) você pode fazer o download de como fazer um sistema de aquecimento sozinho. Em geladeiras, o desgelo deve ser feito periodicamente, pois melhora a eficiência do aparelho. Evite colocar alimentos que ainda estejam quentes no refrigerador.
  • 18. 18 A geladeira não deve ser posicionada próxima a lugares quentes, como fogões ou janelas. Evite deixar a porta da geladeira aberta por períodos mais longos e abra o menos possível. Não utilizar a parte de trás da geladeira para secar roupas. Confira a vedação da porta da geladeira. O teste é simples: posicione uma folha de papel entre a porta e a geladeira e feche. Se a folha for facilmente retirada, é necessário trocar as borrachas de vedação da porta. Quando for comprar um aparelho novo, escolha os modelos com melhor eficiência energética. Esses dados são fornecidos em uma etiqueta fixada no próprio aparelho. Não deixe aparelhos eletrônicos ligados na tomada quando não estão em uso. Eles continuam gastando energia. O mesmo vale para transformadores. O que fazer com o crescente volume de lixo que se acumula na Administração Pública? Como usar de forma adequada os recursos naturais — água e energia, dentro da instalação predial ocupada pela administração pública? Como ter certeza de que o governo adquire produtos de empresas que respeitam o meio ambiente? • Produção Mais Limpa (P+L) Produção mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo produtivo. Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. São as chamadas técnicas de fim-de-tubo. A Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de • Fórum: ... vamos trocar ideias ...
  • 19. 19 quantidade e periculosidade. São utilizadas várias estratégias visando a Produção mais Limpa e a minimização de resíduos. A P+L aplica-se a processos, produtos e serviços. Aos processos, através da conservação de matérias-primas, água e energia, eliminação de matérias-primas tóxicas e redução, na fonte, da quantidade e toxicidade das emissões e dos resíduos gerados; Aos produtos, pela redução dos seus impactos negativos ao longo de seu ciclo de vida, desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final; Aos serviços, pela incorporação das questões ambientais em suas fases de planejamento e execução. • Prevenção à Poluição (P2), ou redução na fonte, é geralmente definida como o uso de práticas, processos, técnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem a geração de resíduos e poluentes na fonte geradora. Inclui dentre outras ações, modificações nos equipamentos, nos processos ou procedimentos e substituição de matérias-primas, resultando em um aumento na eficiência de uso dos insumos. As técnicas de Prevenção à Poluição (P2) fazem parte das técnicas de Produção mais Limpa (P+L). PRODUÇÃO + LIMPA MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EMISSÕES REUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EMISSÕES NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 REDUÇÃO NA FONTE RECICLAGEM INTERNA MODIFICAÇÃO NO PROCESSO MODIFICAÇÃO NO PRODUTO HOUSEKEEPING SUBSTIUIÇÃO DE MATÉRIA PRIMA MODIFICAÇÃO DE TECNOLOGIA RECICLAGEM EXTERNA CICLOS BIOGÊNICOS ESTRUTURAS MATERIAIS
  • 20. 20 Esta atividade também não será pontuada, sua finalidade é somente para a compreensão do nosso estudo. Agora que você possui algumas informações sobre questões ambientais, leia o estudo de caso e dê sua opinião sobre as ações implementadas ... A prioridade da Produção + Limpa está no topo (à esquerda) do fluxograma: evitar a geração de resíduos e emissões (nível 1). Os resíduos que não podem ser evitados devem, preferencialmente, ser reintegrados ao processo de produção da empresa (nível 2). Na sua impossibilidade, medidas de reciclagem fora da empresa podem ser utilizadas (nível 3). A prática do uso da Produção + Limpa leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos. Para introduzir técnicas de Produção + Limpa em um processo produtivo, podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas. A priorização destas metas é definida em cada empresa, através de seus profissionais e baseada em sua política gerencial. Assim, dependendo do caso, pode-se ter os fatores econômicos como ponto de sensibilização para a avaliação e definição de adaptação de um processo produtivo e a minimização de impactos ambientais passando a ser uma consequência, ou inversamente, os fatores ambientais serão prioritários e os aspectos econômicos tornar-se-ão consequência. Nota: O Housekeeping, também conhecido como 5S, é uma ferramenta de trabalho que permite desenvolver um planejamento sistemático de classificação, ordem, limpeza, permitindo assim de imediato maior produtividade, segurança, clima organizacional, motivação dos funcionários e consequente melhoria da competitividade organizacional.
  • 21. 21 Estudo de Caso ... Mercedes Benz
  • 22. 22
  • 23. 23
  • 24. 24 ... Encerramos aqui nossa disciplina, na expectativa de que as informações e conhecimentos aqui adquiridos irão contribuir significativamente na melhoria de qualidade de vida de cada um de nós, bem como da coletividade... Obrigada! Bibliografia utilizada nas notas de aula AFONSO, Cíntia Maria. Sustentabilidade: caminho ou utopia? São Paulo: Annablume, 2006. ALMEIDA, Fernando. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à Engenharia. 6 ed. Florianópolis: UFSC, 2000. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : 1997. COLLARES, José Enilcio Rocha. Política ambiental e sustentabilidade na escala local. 2004. 266f. Tese (Doutorado em Geografia) - IGEO, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. HUISINGH, Donald. Emerging academic responsibilities and opportunities for promoting regional sustainability fulfilling the millennium development goals. In: Environmental Engineering and Management Journal, n. 6, 05/2007. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. Rio de Janeiro, 2004. LEFF, Enrique (Coord.). et al. A Complexidade Ambiental. Trad. Eliete Wolff. São Paulo: Cortez, 2003. LEPRI, Mônica Cavalcanti. Semeando a interdisciplinaridade: as ‘idéias vivas’ de Gregory Bateson. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, vol 38, n. 228, p. 16-21, jul. 2006. MACEDO, Ricardo Kohn. Equívocos e propostas para a avaliação ambiental. In: Tauk, Sâmia Maria(org.). Analise Ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista,1995, p. 33-44. MAZZINI, Ana Luíza Dolabella de Amorim. Dicionário Educativo de termos ambientais. 3. Ed. – Belo Horizonte: A. L. D. Amorim Mazzini, 2006. MELLO, Luiz Antônio de Oliveira. Fundamentos de Análise Ambiental, Notas de Aula. Rio de Janeiro: UERJ, 2007. MILLER JR, G. Tyler. Ciência Ambiental. São Paulo: Thomson Pioneira, 2008. OLIVEIRA, Márcio de. Universidade e sustentabilidade: proposta de diretrizes e ações para uma universidade ambientalmente sustentável. 2009. 90f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) – PGECOL, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2009a. PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Fundamentos da educação ambiental. In: PHILIPPI JR, Arlindo (Ed). Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004, p. 459-483. PHILIPPI JR, Arlindo; et al. Uma introdução à questão ambiental. In: ______ (Ed). Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole, 2004, p. 3-16. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2008a.
  • 25. 25 ______. Desenvolvimento includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2008b. UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Produção Mais Limpa. CD ROM, 2002. WEB Sites ANA, Agência Nacional de Águas. Disponível em http://www.ana.gov.br/. Camara dos Deputados. Disponível em http://www2.camara.gov.br/responsabilidade- social/ecocamara/agendaambiental.html. CEBDS, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Disponível em http://www.cebds.org.br/. CIESP, Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. Disponível em http://www.ciesp.com.br CNTL SENAI, Centro Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI. Disponível em http://www.senairs.org.br/cntl/ Estadao.com.br. Versão on-line do jornal O Estado de São Paulo. Disponível em http://www.estadao.com.br. Ministério da Cultura. Disponível em http://www.cultura.gov.br/. Ministério da Educação. http://www.mec.gov.br/. Ministério das Relações Exteriores. Disponível em http://www.mre.gov.br/. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em http://www.mma.gov.br/conama/ UNEP, United Nations Environment Programme. Disponível em http//:www.unep.org/. WWF do Brasil. Disponível em http://www.wwf.org.br/. Compromisso Empresarial para Reciclagem. Disponível em http://www.cempre.org.br. Os dez mandamentos para economizar água. Disponível em http://www.rededasaguas. org.br/acesso/itu/dez.htm. 17 dicas para economizar energia elétrica em casa. Disponível em http://mpjbiologo.blog spot.com/2011/01/17-dicas-para-economizar-energia.html http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461idi=1moe=212id=17071 http://www.infoescola.com Faço meu agradecimento especial ao Prof.ª Márcio de Oliveira8 que colaborou para a elaboração desta disciplina. 8 Engenheiro de Produção, Especialista em Análise Ambiental, Mestre em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais e Doutorando em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais (UFJF).