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Carlos Eduardo Batista de Oliveira 
Ananda Helena Nunes Cunha 
Itana Nunes Cunha 
TEMAS E DISCUSSÕES PARA INTRODUÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM ESCOLAS 
VOLUME 2 - EDUCANDO ATRAVÉS DAS ÁGUAS DO CERRADO – CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 
Goiânia – GO 
2014
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Educação ambiental - Educando através das águas do cerrado – conservação da natureza 
Apresentação 
O projeto de educação ambiental tem a enorme satisfação em apresentar a cartilha de Educando Através da Águas do Cerrado – Conservação da Natureza volume 2. Este projeto conta com 4 volumes, e o volume 1 apresenta considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa. 
Esta cartilha trás aspectos relevantes a conservação da natureza, em todas as suas frentes como a vegetação, água e animais. 
Leia esta cartilha com atenção e leve o fabuloso mundo ambiental para dentro da sala de aula, para sua casa, para o seu dia a dia.
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Sumário 
1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................ 4 
2 VEGETAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA .................................................................................. 4 
2.1 Cobertura Florestal de Goiás .......................................................................................... 4 
2.2 Principais Consequências dos Desmatamentos ........................................................... 5 
2.3 Importância das Árvores ................................................................................................. 7 
2.4 Recuperação e Restauração Florestal de Áreas Degradadas ............................... 8 
3 ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA ............................................................................................... 9 
3.1 Noções Sobre o Ciclo Natural da Água ......................................................................... 9 
3.2 Principais Tipos de Poluição da Água........................................................................... 10 
3.3 Principais Observações que Indicam que a água está poluída ............................. 12 
3.4 Movimento de cidadania pelas águas ........................................................................... 12 
4 ANIMAIS E SUA IMPORTÂNCIA..................................................................................... 15 
4.1 Fauna Silvestre .................................................................................................................. 15 
4.2 Curiosidades sobre animais ............................................................................................ 16 
5 CONSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA ............................................................................. 18 
5.1 Unidades de Conservação da Natureza ...................................................................... 18 
5.2 Respeito ao meio ambiente ............................................................................................ 21 
5.3 Sistemas Agroflorestais ................................................................................................22 
6 PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ..........................................................24 
6.1 Produção de mudas nativas do cerrado.......................................................................24 
6.2 Música do cerrado ............................................................................................................26 
6.3 Compostagem......................................................................................................................26 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................28
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1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Atualmente existe um consenso internacional de que a sobrevivência humana na terra depende da conservação dos recursos naturais, alimentando-se também, uma imensa expectativa de se atingir os nobres objetivos do desenvolvimento sustentável. A educação ambiental é a principal ferramenta para: promover o desenvolvimento sustentável; consolidar as melhorias de qualidade de vida; embasar o exercício pleno da cidadania; endossar, encorajar e fortalecer os anseios otimistas da juventude por um mundo melhor; revitalizar as esperanças populares de maior inserção social; despertar a percepção e conscientização ambiental, por meio do resgate de relações harmônicas entre homem e natureza, favorecendo a conservação ambiental (MACEDO et al., 2011). 
2 VEGETAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA 
2.1 Cobertura Florestal de Goiás 
O Bioma Cerrado possui sua constituição em mosaicos de formações vegetais que variam desde campos abertos até formações densas de florestas e que podem atingir os 30 m de altura. O estado de Goiás está situado na região centro – oeste que faz parte do planalto central. 
Quanto à cobertura vegetal, o Estado de Goiás encontra-se destituído da vegetação original em grande parte de seu território. A monocultura e a pecuária ocupam o lugar da Savana (cerrado) em grandes extensões. A vegetação de Floresta Estacional Semidecidual aparece localmente, em pequenas áreas descontínuas ao longo do vale do Araguaia.
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Áreas de tensão ecológica (contato Savana-Floresta Estacional) são comuns no Estado de Goiás (NASCIMENTO, 1991). 
2.2 Principais Consequências dos Desmatamentos 
O Cerrado é um dos biomas brasileiros mais ameaçados em termos de perda de cobertura vegetal remanescente. Nele, o desmatamento, as queimadas e os incêndios florestais ocasionam a alteração da paisagem, a fragmentação dos habitats, a extinção de espécies, a invasão de espécies exóticas, a erosão dos solos, a poluição dos aqüíferos, o assoreamento dos rios e o desequilíbrio no ciclo de carbono, dentre outros prejuízos. 
No artigo “A vegetação e os impactos ao meio ambiente” escrito por Marcus Vinicius Castro Faria publicado no portal de educação da rede globo, retrata que o impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pela ação dos seres humanos sobre o meio ambiente. Pode resultar também de acidentes naturais: a explosão de um vulcão pode provocar poluição atmosférica; o choque de um meteoro, destruição de animais e vegetais; um raio, um incêndio numa floresta. 
Quando os ecossistemas sofrem impactos ambientais, geralmente a vegetação é o primeiro elemento da natureza a ser atingido, pois é reflexo combinado das condições naturais de solo, relevo e clima do lugar em que ocorre. 
Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram-se modificadas pela ação humana. Isso ocorreu principalmente por causa das atividades agropecuárias e pelos impactos causados pela industrialização e urbanização. Em muitos casos, sobram apenas algumas
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manchas em que a vegetação original é encontrada, nos quais, embora com pequenas alterações, ainda preserva suas características principais. 
A primeira consequência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, por causa da diminuição ou, mesmo, da extinção de espécies vegetais e animais. As florestas tropicais têm uma enorme biodiversidade e, por isso, possuem um valor incalculável. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas da sociedade urbano-industrial, podem vir a ser a solução para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias primas. Com o desmatamento, há o risco de essas espécies serem destruídas antes de serem descobertas e estudadas. 
Particularmente na Floresta Amazônica há uma enorme quantidade de espécies endêmicas. Parte desse patrimônio genético é conhecida pelas várias nações indígenas que ali habitavam, mas a maioria dessas comunidades nativas está sofrendo um processo de integração à sociedade urbano-industrial que tem levado a perda do patrimônio dos seus conhecimentos. Outro ponto importante que afeta os interesses nacionais dos países onde há florestas tropicais, incluindo o Brasil, é a biopirataria, por meio da quais muitas empresas adotam práticas ilegais para garantir o direito de explorar, futuramente, uma possível matéria prima para a indústria farmacêutica e de cosméticos, entre outras. 
No Brasil, os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes em grandes projetos que recebem incentivos governamentais e, portanto, sob o amparo da lei. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais.
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A devastação já ocorrida deve-se basicamente a fatores econômicos tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático. Suas principais causas são: 
- Extração de madeira; 
- Instalação de projetos agropecuários; 
- Implantação de projetos de mineração; 
- Instalação ou expansão de garimpos; 
- Construção de usinas hidrelétricas; 
- Incêndios; 
- Queimadas (técnica de cultivo tradicional). 
As consequências socioambientais das interferências humanas em regiões de florestas são várias: 
- Aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento do solo; 
- Assoreamento dos rios e lagos, que resulta do aumento da sedimentação, que provoca enchentes; 
- Rebaixamento do aquífero, causada por menor infiltração de água das chuvas no subsolo; 
- Diminuição dos índices pluviométricos, em consequência do fim da transpiração das plantas; 
- Elevação das temperaturas locais e regionais, como consequência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto. 
- Agravamento do processo de desertificação. 
2.3 Importância das Árvores 
Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pelo meio urbano. As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação,
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provocando vários problemas que interferem sobremaneira na qualidade de vida do homem que vive na cidade. A vegetação, pelos vários benefícios que pode proporcionar ao meio urbano, tem um papel muito importante no restabelecimento da relação entre o homem e o meio natural, garantindo melhor qualidade de vida (PIVETTA, 2002). 
A vegetação urbana desempenha funções muito importantes nas cidades. As árvores, por suas características naturais, proporcionam muitas vantagens ao homem que vive na cidade, sob vários aspectos (PIVETTA, 2002): 
 Proporcionam bem estar psicológico ao homem; 
 Proporcionam melhor efeito estético; 
 Proporcionam sombra para os pedestres e veículos; 
 Protegem e direcionam o vento; 
 Amortecem o som, amenizando a poluição sonora; 
 Reduzem o impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial 
 Auxiliam na diminuição da temperatura, pois, absorvem os raios solares e refrescam o ambiente pela grande quantidade de água transpirada pelas folhas; melhoram a qualidade do ar; 
2.4 Recuperação e Restauração Florestal de Áreas Degradadas 
Vários empreendimentos causam danos ao meio ambiente, mas são a partir desses que se gera emprego e produtos para comunidade. Assim é
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preciso lidar com alguns impactos ambientais e recupera-los da melhor forma possível, fazendo com que a área volte ao seu original. 
Segundo a Embrapa Meio ambiente (2008) área degradada é aquela que sofreu, em algum grau, perturbações em sua integridade, sejam elas de natureza física, química ou biológica. A recuperação de uma dada área deve recuperar sua integridade física, química e biológica e recuperar sua capacidade reprodutiva (produção de alimentos ou serviços ambientais). Recuperação é a reversão de uma condição degradada para uma condição não degradada, independente da destinação futura ou do estado original. 
3 ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA 
A água e um recurso que cada dia está mais escasso, assim sua conservação é muito importante, não vivemos sem ela. Sabemos que apenas 2/3 da água do mundo é doce, sendo que a maior parte encontramos em lençóis freáticos (que são reservatórios subterrâneos). 
3.1 Noções Sobre o Ciclo Natural da Água 
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. 
Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve.
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Nos continentes, a água precipitada pode seguir os diferentes caminhos: 
• Infiltra e percola (passagem lenta de um líquido através de um meio) no solo ou nas rochas, podendo formar aquíferos, ressurgir na superfície na forma de nascentes, fontes, pântanos, ou alimentar rios e lagos. 
• Flui lentamente entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas, podendo ficar armazenada por um período muito variável, formando os aquíferos. 
• Escoa sobre a superfície, nos casos em que a precipitação é maior do que a capacidade de absorção do solo. 
• Evapora retornando à atmosfera. Em adição a essa evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é absorvida pelas plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a atmosfera através da transpiração. A esse conjunto, evaporação mais transpiração, dá-se o nome de evapotranspiração. 
• Congela formando as camadas de gelo nos cumes de montanha e geleiras. 
Apesar das denominações água superficial, subterrânea e atmosférica, é importante salientar que, na realidade, a água é uma só e está sempre mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva, neve ou granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou pelos rios e oceanos. A água está sempre em movimento; é graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os rios, lagos, oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). 
3.2 Principais Tipos de Poluição da Água 
A poluição ocorre quando há excesso de uma substancia, gerada pela atividade humana, no sítio ambiental errado. (AZEVEDO, 1999).
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Várias formas de poluição afetam as nossas reservas d´agua, podendo estas serem classificadas em biológica, térmica, sedimentar e química. (AZEVEDO, 1999). 
A contaminação biológica resulta da presença de microorganismos patogênicos, especialmente na água potável. (AZEVEDO, 1999). 
A poluição térmica ocorre frequentemente pelo descarte, nos corpos receptores, de grandes volumes de água aquecida usada no arrefecimento de uma série de processos industriais. (AZEVEDO, 1999). 
A poluição química é causada pela presença de produtos químicos nocivos e indesejáveis. (AZEVEDO, 1999). 
Enfrentamos ultimamente problemas com abastecimento de água, devido a poluição aos mananciais que impossibilita o consumo sem tratamento. 
Vale lembrar que as cidades, ou o meio urbano, se vêm expandindo (geralmente sem planejamento) tanto no Brasil como em outros países em desenvolvimento. Isso é em parte um problema, porque com mais áreas asfaltadas e sem estrutura adequada para o escoamento da água da chuva (muitas ruas asfaltadas não têm bueiros) aumentam as chances de alagamentos. É lógico que essa situação ocorre também em razão do descarte de lixo nas ruas, que entope os bueiros. O fato é que com “o terreno impermeabilizado, a água da chuva cai no cimento ou no asfalto e não em direção a um riacho” (TRIGUEIRO, 2005). 
Outros problemas graves atingem os rios que servem como abastecimento para as cidades, o despejo de esgoto sem tratamento, o lixo não tratado, cujo chorume (parte líquida do lixo) contamina o solo e águas
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subterrâneas; os agrotóxicos, que são pulverizados nas plantações e contaminam rios e lagoas. 
Devemos lembrar que apenas 20% do esgoto recebem tratamento (TRIGUEIRO, 2005), precisamos cobrar das indústrias, do governo que colaborem para o tratamento desse esgoto, e que essa baixa proporção de tratamento do esgoto seja aumentada. O esgoto recebendo seu devido tratamento, pode evitar a poluição de rios e ainda melhorar a questão de saúde pública. 
3.3 Principais Observações que Indicam que a água está poluída Aprendemos desde criança, seja em casa, ou na educação primária que a água deve ser incolor, sem cheiro e sem sabor. Essas características devem ser mantidas para uma água de qualidade e que possa ser consumida. 
Assim uma água imprópria para consumo seria aquela que possui as propriedades contrarias de uma água potável. Uma água poluída apresenta uma ou mais características como cheiro, cor, turbidez e sabor. Já uma água contaminada possui agentes patogênicos em seu interior como vírus, bactérias, vermes ou protozoários. 
3.4 Movimento de cidadania pelas águas 
Vários ambientalistas e cientistas prevêem que várias nações vão migrar em virtude da escassez de água em seus territórios. Assim vários países criaram o “movimento de cidadania pelas águas” que visam ações em defesa do meio ambiente e pela revitalização dos recursos hídricos. Para os mobilizadores do Movimento, preservar a água é preservar a vida. 
Segundo dados de organismos internacionais, a água poderá ser um recurso escasso em 1/3 dos países no início do século XXI. Outros levantamentos apontam que o crescimento populacional reduzirá em até 35%
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a disponibilidade de água per capita. Problemas relacionados ás secas, enchentes, poluição e destruição da mata ciliar que acompanha os cursos d´água já estão entrando no rol de preocupações da população brasileira. 
Assim o movimento busca um novo jeito de tratar a gestão das águas, incentivando a descentralização e a autonomia como caminhos para o desenvolvimento sustentável. 
Da água existente no Planeta, 99% não está disponível para o uso humano: 97% é água salgada, encontrada nos oceanos e mares; 2% formam as geleiras inacessíveis; apenas 1% de toda essa água é doce e está armazenada nos lençóis subterrâneos, rios e lagos. 
O Brasil detém 8% de toda água doce superficial da Terra. Porém a maior parte dessa água (cerca de 70%) está localizada na Região Amazônica. 
Os 30% restantes se distribuem desigualmente pelo País, atendendo 93% da população. 
A água está ameaçada de acabar em esfera mundial. Imensos desertos estão se formando e já existem nações lutando pela água. Em algumas partes do mundo e do Brasil a água já é escassa e custa caro. “Governo e sociedade, juntos, podem melhor definir o que se desejam em termos de recursos hídricos para as próximas gerações. A vida não existe sem água e os brasileiros já tomaram consciência disso, indignando-se quando esse recurso tão vulnerável e limitado é agredido, exaurido, degradado e destruído”, comentou Baeta. 
A grande virtude do Movimento de Cidadania pelas Águas é que reúne, agrega e aglutina, num mesmo foro, pessoas e entidades, órgãos governamentais ou não, ambientalistas e donas de casa, com a finalidade de
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discutir e propor soluções de questões vinculadas, direta ou indiretamente, á água. 
O “braço executor” das ações do Movimento de Cidadania pelas Águas é o Centro de Referencia, de âmbito municipal ou estadual (em alguns casos). Os centros atuam como dinamizadores, animadores, facilitadores, coordenadores, articuladores do processo de multiplicação das ações de cidadania pelas águas em cada município ou Estado da Federação. Compete ainda aos Centros de Referencia a promoção de eventos de educação ambiental, cujo tema central seja a água e o levantamento dos principais problemas ambientais e hídricos da região, buscando a qualidade de vida e formas de desenvolvimento sem agredir o meio ambiente. 
Em 1996, existiam três unidades em funcionamento: Belo Horizonte- MG, Curitiba- PR E Brasília-DF. Durante o ano de 1997, o Movimento de Cidadania pelas Águas teve um grande crescimento. Naquele ano, foram instalados os seguintes Centros de Referencia: Porto Alegre- RS, Santa Maria- RS, Florianópolis- SC, Rio de Janeiro- RJ, Presidente Prudente-SP, Mineiros- GO, Vitória- ES e Fortaleza-CE. Para 1998, a meta principal do Movimento de Cidadania pelas Águas é estar presente em todos os Estados brasileiros. 
No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o Movimento de Cidadania pelas Águas foi reforçado pela adesão dos profissionais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RJ), que pretendem instalar, em solo fluminense, cerca de 50 Centros de Referencia até o final do ano. “A disseminação de novos Centros é o desaguadouro natural de um conjunto de iniciativas empreendidas pelo CREA na defesa do meio ambiente”, afirmou o engenheiro José Chacon de Assis, presidente da entidade.
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Até hoje, já foram criados os seguintes Centros de Referencia: Visconde de Mauá, Rezende, Rio das Ostras, Petrópolis, Niterói, Volta Redonda, Valença, Cardoso Moreira, Maricá, Barra do Piraí e Itaperuna. Até julho serão instalados os Centros de Queimados, Nova Iguaçu, Angra dos Reis e Duque de Caxias. Na cidade do Rio, funcionam três unidades, uma no CREA-RJ, uma em Jacarepaguá/Barra da Tijuca e outra na Lagoa Rodrigo de Freitas. Em todos eles, várias entidades ambientalistas integram o Movimento (LIMA, 1998). 
4 ANIMAIS E SUA IMPORTÂNCIA 
4.1 Fauna Silvestre 
Da mesma forma que a vegetação varia na vastidão das paisagens do Cerrado, a fauna local também impressiona pela diversidade de animais que podem ser encontrados dentro do bioma. Segundo relatório da Conservação Internacional, o Cerrado apresenta uma particularidade quanto à sua distribuição espacial que permite o desenvolvimento e a localização de diferentes espécies. Enquanto a estratificação vertical da Amazônia ou a Mata Atlântica proporciona oportunidades diversas para o estabelecimento das espécies, em uma mesma árvore, por exemplo, no Cerrado a heterogeneidade espacial no sentido horizontal seria fator determinante para a ocorrência de um variado número de exemplares, de acordo com a ocorrência de áreas de campo, floresta ou brejo, em um mesmo macro ambiente. 
De acordo com o Ibama, no Cerrado brasileiro podem ser encontradas cerca de 837 espécies de aves, 67 gêneros de mamíferos, os quais abrangem 161 espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios (45 só encontrados aqui); e 120 espécies de répteis, dos quais 45 também
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endêmicas. Além disso, o Cerrado abriga 90 mil espécies de insetos, sendo 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. 
Dentre tantos, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus Figura 1) e a ema (Rhea americana) aparecem como animais símbolo do bioma. No entanto, são famosos também o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu-canastra (Priodontes giganteusso), a seriema (Cariama cristata), o pica-pau-do-campo (Colaptes campestres), o teiu (Tupinambis sp), entre outros. 
Figura 1 – Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). 
4.2 Curiosidades sobre animais 
“Os peixes podem ser nossos aliados contra mosquitos” 
Embora sejam transmissores de doenças graves como dengue, malária e febre amarela, os mosquitos, assim como todos os seres vivos são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas. Eles atuam como polinizadores, ajudando na reprodução de inúmeras plantas e servem de alimentos para aves, anfíbios e outros animais. Por isso não queremos o fim dos mosquitos, mas também não queremos ser o alvo de suas picadas. Podemos evitar a proliferação desses insetos se mantivermos fechados os reservatórios de água, como poços e caixa d'água; se não deixarmos acumular água em latas, pneus e garrafas; se substituirmos a água de vasos
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de plantas por areia; se lavarmos os bebedouros dos animais domésticos uma vez por semana; e, também se criarmos peixes!! O uso de peixinhos é uma forma interessante de combate aos mosquitos!! Essa estratégia tem sido utilizada em diversas cidades brasileiras com sucesso. Segundo os pesquisadores, mais de 250 espécies de peixes se alimentam das larvas de mosquito e algumas chegam a comer centenas delas em apenas um dia!! Por esta razão, criar peixinhos tem se revelado uma boa alternativa de controle biológico em todo o mundo. 
Há porém, certos cuidados a serem tomados na criação de peixes com esse propósito. O principal é que não devemos colocá-los em reservatórios de água para consumo humano, pois peixes também carregam micróbios e outros organismos que podem causar doenças aos seres humanos. Outro ponto importante é que nem sempre as pessoas criam peixes nativos da região onde vivem, o que pode ser um problema, caso eles sejam lançados em rios e lagos. Como não pertencem à fauna da região, eles podem se reproduzir bastante, competir com os peixes nativos e levá-los à extinção. 
Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 253 
Janeiro/Fevereiro de 2014, pág. 19 
Texto (adaptado) de: 
Jean Carlos Miranda 
Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra, 
Universidade Federal Fluminense. 
Cláudio Eduardo de Azevedo e Silva, 
Instituto de Biofísica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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5 CONSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA 
O Brasil é considerado como um dos países de maior diversidade biológica por abrigar cerca de 10% das formas viventes no planeta (MYERS et al., 2000). 
Vários estudos indicam que a ocupação do Cerrado ocorreu em diferentes momentos e velocidades. Muito provavelmente a abertura de áreas de pastagem para a criação de gado de corte foi a principal causa de desmatamento do Cerrado. Dias (1994) sugeriu que até 1985 o manejo de áreas nativas para a criação de gado seria a atividade econômica que ocuparia a maior parte nas paisagens naturais do Cerrado. 
5.1 Unidades de Conservação da Natureza 
As unidades de conservação são destinadas para proteger a fauna, flora e os processos que regem os ecossistemas. E no intuito de organizar, proteger e gerenciar as unidades de conservação foi criado em julho do ano de 2000, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). 
As categorias de unidades de conservação estão agrupadas em proteção integral e uso sustentável, conforme os objetivos de manejo e uso. As unidades de proteção integral têm como objetivo básico a preservação da natureza, sendo admitido o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC. As unidades de uso sustentável têm como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com uso direto de parcela de seus recursos naturais. 
A criação de unidades de conservação é um passo importante para a proteção da biodiversidade, mas é necessário que outras medidas sejam adotadas para consolidar essas áreas protegidas (Tabela 1) e permitir o
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desenvolvimento de políticas setoriais e menos conflitivas (AGUIAR & CAMARGO, 2004). 
Tabela 1. Tipologia das unidades de conservação. Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico Parque Nacional Floresta Nacional Monumento Natural Reserva Extrativista Refúgio da Vida Silvestre Reserva de Fauna Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural 
Fonte: SNUC, 2000. 
As finalidades de cada unidade de conservação vão estar descritas na Tabela 2. 
Tabela 2. Categorias de unidades de conservação e sua descrição. CATEGORIA DESCRIÇÃO Estação Ecológica Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional, e a pesquisa cientifica depende de autorização prévia do órgão responsável. 
Reserva Biológica 
Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana ou modificações ambientais, executando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos.
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Parque Nacional Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
Monumento Natural 
Tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Refúgio da Vida Silvestre Tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou a reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 
Área de Proteção Ambiental 
Área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Área de Relevante Interesse Ecológico Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, cm compatibilidade com os objetivos de conservação da natureza. 
Floresta Nacional 
Área com florestal de espécies predominante nativas tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.
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Reserva Extrativista Área utilizada por populações locais, cuja subsistência se baseia no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte; tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. 
Reserva de Fauna 
Área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável Área natural que obriga populações tradicionais, cuja existência se baseia em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. 
Reserva Particular de Patrimônio Natural 
Área privada, gravada com perpetuidade, com objetivo de conservar a diversidade biológica. 
FONTE: SNUC, 2000. 
5.2 Respeito ao meio ambiente 
Precisamos ter a consciência que fazemos parte integradora do meio ambiente, não podemos tratar o meio ambiente como um mero fornecedor de recursos e matérias primas. Buscas entender que o meio ambiente é fator primordial para existência humana e dos seres vivos que na terra habita. 
A conscientização ambiental vem trazer estudos, pesquisas que possa fazer as pessoas entenderem, evitar e solucionar problemas que o planeta
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vem passando com o passar dos anos, e muitos desses problemas são consequências da ação do homem sobre os recursos naturais. 
O desmatamento desenfreado das florestas nativas e um dos danos ambientais que mais prejudica toda a população mundial, pois sem essa cobertura vegetal faz com que menos dióxido de carbono (CO2) sejam absorvido, assim favorecendo o efeito estufa. O efeito estufa é o aquecimento dos gases na terra que ficam na atmosfera, devido a altas concentrações de gases estufas, que prejudica no derretimento das calotas polares, diminui a umidade, que diminui as chuvas que vem a prejudicar o ciclo natural das águas. 
O descarte inapropriado de lixo também é um fator que prejudica muito as cidades, pois esses lixos em épocas chuvosas vão para os rios, lagoas e córregos que propicia as inundações, leva doenças e ainda pode atrair bichos peçonhentos ou transmissores de doenças para as pessoas. 
Então precisamos desenvolver projetos sociais, ecológicos e econômicos que tragam a conservação do nosso ambiente em primeiro lugar, e nessa parte que entra a conscientização ambiental. A função desse manual é essa, trazer informações necessárias para que possa ser repassado o que está acontecendo, o que vêm sendo feito, para que possa fazer um despertar na mente do público para ações de conservação do meio ambiente, do meio em que vive. 
5.3 Sistemas Agroflorestais 
Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em
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sequência temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais vantagens, frente à agricultura convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle de ervas daninhas, entre outras coisas. 
A integração da floresta com as culturas agrícolas e com a pecuária oferece uma alternativa para enfrentar os problemas crônicos de degradação ambiental generalizada e ainda reduz o risco de perda de produção. Outro ponto vantajoso dos sistemas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as árvores podem servir como fonte de renda, uma vez que a madeira e, por vezes, os frutos das mesmas podem ser explorados e vendidos. A combinação desses fatores encaixa as agroflorestas no modelo de agricultura sustentável. 
Há quatro tipos de sistemas agroflorestais (Figura 2): 
1. Sistemas agrossilviculturais- combinam árvores com cultivos agrícolas anuais; 
Figura 2- Exemplificação de esquema de Sistemas Agroflorestal. 
2. Sistemas agrossilvipastoris- combinam árvores com cultivos agrícolas e animais; 
3. Sistemas silvipastoris- combinam árvores e pastagens (animais);
24 
4. Sistemas de enriquecimento de capoeiras com espécies de importância econômica. 
Nos sistemas agroflorestais, associa-se a agricultura e a pecuária com árvores, combinando produção e conservação dos recursos naturais. Além de buscar atender às várias necessidades dos produtores rurais, como a obtenção de alimento, extração de madeira, cultivo de plantas medicinais, os SAF’s diversifica a produção proporcionando uma oferta mais estável de produtos ao longo do ano. Os sistemas agroflorestais podem auxiliar na conservação dos solos, das micro bacias e áreas florestais. 
A característica mais importante dos SAF’s parece ser a estabilidade ou sustentabilidade ecológica. Esta sustentabilidade resulta da diversidade biológica promovida pela presença de diferentes espécies vegetais e/ou animais, que exploram nichos diversificados dentro do sistema. A multiestratificação diferenciada de grande diversidade de espécies de múltiplos usos, que exploram os diferentes perfis verticais e horizontais da paisagem nos SAF’s, otimizam o máximo aproveitamento da energia solar (MACEDO, 2000). 
6 PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 
6.1 Produção de mudas nativas do cerrado 
Nessa prática de conservação da natureza vamos produzir mudas do cerrado, no intuito de fazer o plantio próximo a cursos d’água ou arborização urbana. 
A seleção das sementes deverá ser de origem conhecida, como espécies do cerrados que temos acesso por exemplo os ipês, cajus, mognos,
25 
jacarandá, mangaba e outras diversas espécies em que o nosso cerrado é rico. 
Após a seleção das sementes vamos preparar os saquinhos. Esses saquinhos devem conter de um a dois litros de substrato (a terra para que a raiz possa desenvolver), estes podem ser adquiridos comercialmente ou usar caixinhas de leite com furos no fundo e devidamente lavados. Os substratos dos saquinhos vão conter terra vermelha (60%), areia (20%) e substrato orgânico (esterco curtido ou material de compostagem) os 20% restante do volume do saquinho. Os saquinhos devem ser preenchidos até a boca com o substrato e já esta pronta para receber nossas sementes. 
A semeadura deve ser feita superficialmente e inicialmente deixar os saquinhos à meia sombra (cobertos com tela plástica, ou na sombra de uma árvore) para impedir que fiquem sob o sol direto. Após a formação de plântulas (o inicio das plantas) as mudas podem ser colocadas em pleno sol. 
Cuidados com as mudas nos canteiros (Figura 3): irrigar diariamente, trocar os saquinhos de lugar quando as raízes começarem a pegar na terra. As plantas poderão ir ao seu destino final quando atingirem 60 cm de altura. 
Figura 3 – Mudas no viveiro.
26 
6.2 Música do cerrado 
Músicas do cotidiano folclórico foram modificadas para terem uma temática do cerrado, assim trazendo elementos da natureza para o nosso dia a dia. Abaixo dois cantos que foram letras adaptadas por Ana Patrícia Oliveira Ramos Siqueira às antigas músicas do folclore brasileiro. 
Ema 
(música de “Escravos de Jó ...”) 
Vive pelos campos 
Sempre a passear 
Ema, eminha 
Quero lhe ajudar 
O Cerrado, sua casa 
Prometo, vou preservar! 
Ema é bem faceira, é muito arredia 
Corre, foge 
Não quer minha companhia 
O Cerrado, sua casa 
Prometo, vou preservar! 
O macho choca os ovos 
Sem nunca reclamar 
Choca, cria 
Da ninhada cuidará 
O Cerrado, sua casa 
Prometo, vou preservar! 
6.3 Compostagem 
Se a sua escola ou residência produz matéria orgânica e a descarta no lixo em comum. Essa prática tem como objetivo diminuir os lixos orgânicos. O uso de folhas de árvores, cascas de frutas e demais insumos podem ser
27 
colocados na compostagem para que possa ser usado posteriormente, em atividades de hortaliças ou plantio de mudas do Cerrado. 
Os restos orgânicos (cascas e restos de comida), quando decompostos corretamente em composteiras, têm potencial para serem reutilizados como adubo para um solo fértil. 
Materiais necessários: 
 Buraco no solo com cerca de 1 m³ ou recipiente de madeira ou tijolos com a mesma medida; 
 Sobras de alimentos; 
 Papéis, papelão e palha; 
 Água; 
 Tampa de madeira ou lona para cobrir a composteira; 
 Uma pá. 
Como fazer: 
A) No buraco no solo ou recipiente de madeira ou tijolos, colocar os resíduos na proporção de 25% de restos de comida e 75% de materiais secos – papéis, papelão e palha. É preciso respeitar essas quantidades para que os alimentos não se tornem uma massa compacta e malcheirosa. Pequenos espaços entre a comida e os materiais secos garantem o ar necessário para o processo de decomposição acontecer. 
B) Colocar mais material seco em cima da pilha; umedecer bastante com água e depois cobrir a composteira.
28 
C) Deixar descansar por cerca de 15 dias. Depois desse tempo, revirar o material com a ajuda da pá mais ou menos uma vez por semana e acrescentar água sempre que a mistura estiver seca demais. 
D) A duração do processo pode variar em função da quantidade de resíduos e da umidade disponível, entre outros fatores. Por isso, é importante estar atento à transformação que passa a acontecer – o lixo começa a ganhar o aspecto de solo fértil. Quando isso ocorre, o novo solo pode ser usado para cultivo de hortaliças, plantas e flores. Se a muda for muito pequena e a aparência do solo estiver ruim, recomenda-se peneirá-lo antes do uso. 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGUIAR, L. M. S.; CAMARGO, A. J. A. Cerrado: ecologia e caracterização. Editores técnicos. Ed. Embrapa Cerrados, Brasília, p. 249, 2004. 
AZEVEDO, E. B. Poluição e tratamento de água. Química nova na escola. n. 10, Nov. 1999. 
BRASIL. 2000. Lei 9.985/00 que institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza. 2000. 
DIAS, B. F. S. 1994. A conservação da natureza. In: Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. M.N. Pinto (org.). 2ª edição, Editora Universidade de Brasília, Brasília –DF, p. 607-663.
29 
EMBRAPA MEIO AMBIENTE. Recuperação de áreas degradadas. 2008. Disponível em: http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=229&func=unid Acesso em: 10 set 14. 
LIMA, R. Cidadania pelas águas. Revista ECO-21. Ed. 34. Rio de Janeiro, 1998. 
MACEDO, R. L. G. Princípios básicos para o manejo sustentável de sistemas agroflorestais. Lavras: UFLA/FAEP. 157p. 2000. 
MACEDO, R. L. G.; FREITAS, M. R.; VENTURIN, N. Educação ambiental: referenciais teóricos e práticos para a formação de educadores ambientais. Lavras, UFLA, 258p. 2011. 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Ciclo Hidrológico. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo- hidrologico.> Acesso em: 28 fev 2014. 
MYERS, N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C. G.; FONSECA, G. A. B.; KENTS, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, London, v. 403, p. 853-858, 2000.
30 
NASCIMENTO, M. A. L. Geomorfologia do Estado de Goiás. Boletim Goiano de Geografia. Goiânia: UFG, v.12,n.1. JanDez. 1991. 
PIVETTA, K. F. L.; SILVA, D. F. Arborização Urbana- Jaboticabal, SP- 2002. 
TRIGUEIRO, A. Mundo Sustentável - Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação. 304p. Globo, 2005. 
FAUNA. Disponível em < http://www.goias.gov.br/paginas/conheca- goias/o-cerrado/fauna> Acesso em 29 fev 2014. 
FIGURAS 
FIGURA 1 - Alessandro C. Foto do lobo guará. Disponível em: http://www.aguaraguazu.com.br/dados-sobre-o-lobo-guara Acesso em: 20 mar 2014. 
FIGURA 2 - REDE DE AGROECOLOGIA. Disponível em: http://confins.revues.org/6778 Acesso em: 27 fev 2014. 
FIGURA 3 - OLIVEIRA, C. E. B. Arquivos pessoais do autor de imagens de viveiro e mudas nativas do cerrado. Goiânia, Goiás, 2013.

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Manual de educação ambiental vol 2

  • 1. 1 Carlos Eduardo Batista de Oliveira Ananda Helena Nunes Cunha Itana Nunes Cunha TEMAS E DISCUSSÕES PARA INTRODUÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM ESCOLAS VOLUME 2 - EDUCANDO ATRAVÉS DAS ÁGUAS DO CERRADO – CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Goiânia – GO 2014
  • 2. 2 Educação ambiental - Educando através das águas do cerrado – conservação da natureza Apresentação O projeto de educação ambiental tem a enorme satisfação em apresentar a cartilha de Educando Através da Águas do Cerrado – Conservação da Natureza volume 2. Este projeto conta com 4 volumes, e o volume 1 apresenta considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa. Esta cartilha trás aspectos relevantes a conservação da natureza, em todas as suas frentes como a vegetação, água e animais. Leia esta cartilha com atenção e leve o fabuloso mundo ambiental para dentro da sala de aula, para sua casa, para o seu dia a dia.
  • 3. 3 Sumário 1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................ 4 2 VEGETAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA .................................................................................. 4 2.1 Cobertura Florestal de Goiás .......................................................................................... 4 2.2 Principais Consequências dos Desmatamentos ........................................................... 5 2.3 Importância das Árvores ................................................................................................. 7 2.4 Recuperação e Restauração Florestal de Áreas Degradadas ............................... 8 3 ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA ............................................................................................... 9 3.1 Noções Sobre o Ciclo Natural da Água ......................................................................... 9 3.2 Principais Tipos de Poluição da Água........................................................................... 10 3.3 Principais Observações que Indicam que a água está poluída ............................. 12 3.4 Movimento de cidadania pelas águas ........................................................................... 12 4 ANIMAIS E SUA IMPORTÂNCIA..................................................................................... 15 4.1 Fauna Silvestre .................................................................................................................. 15 4.2 Curiosidades sobre animais ............................................................................................ 16 5 CONSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA ............................................................................. 18 5.1 Unidades de Conservação da Natureza ...................................................................... 18 5.2 Respeito ao meio ambiente ............................................................................................ 21 5.3 Sistemas Agroflorestais ................................................................................................22 6 PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ..........................................................24 6.1 Produção de mudas nativas do cerrado.......................................................................24 6.2 Música do cerrado ............................................................................................................26 6.3 Compostagem......................................................................................................................26 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................28
  • 4. 4 1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL Atualmente existe um consenso internacional de que a sobrevivência humana na terra depende da conservação dos recursos naturais, alimentando-se também, uma imensa expectativa de se atingir os nobres objetivos do desenvolvimento sustentável. A educação ambiental é a principal ferramenta para: promover o desenvolvimento sustentável; consolidar as melhorias de qualidade de vida; embasar o exercício pleno da cidadania; endossar, encorajar e fortalecer os anseios otimistas da juventude por um mundo melhor; revitalizar as esperanças populares de maior inserção social; despertar a percepção e conscientização ambiental, por meio do resgate de relações harmônicas entre homem e natureza, favorecendo a conservação ambiental (MACEDO et al., 2011). 2 VEGETAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA 2.1 Cobertura Florestal de Goiás O Bioma Cerrado possui sua constituição em mosaicos de formações vegetais que variam desde campos abertos até formações densas de florestas e que podem atingir os 30 m de altura. O estado de Goiás está situado na região centro – oeste que faz parte do planalto central. Quanto à cobertura vegetal, o Estado de Goiás encontra-se destituído da vegetação original em grande parte de seu território. A monocultura e a pecuária ocupam o lugar da Savana (cerrado) em grandes extensões. A vegetação de Floresta Estacional Semidecidual aparece localmente, em pequenas áreas descontínuas ao longo do vale do Araguaia.
  • 5. 5 Áreas de tensão ecológica (contato Savana-Floresta Estacional) são comuns no Estado de Goiás (NASCIMENTO, 1991). 2.2 Principais Consequências dos Desmatamentos O Cerrado é um dos biomas brasileiros mais ameaçados em termos de perda de cobertura vegetal remanescente. Nele, o desmatamento, as queimadas e os incêndios florestais ocasionam a alteração da paisagem, a fragmentação dos habitats, a extinção de espécies, a invasão de espécies exóticas, a erosão dos solos, a poluição dos aqüíferos, o assoreamento dos rios e o desequilíbrio no ciclo de carbono, dentre outros prejuízos. No artigo “A vegetação e os impactos ao meio ambiente” escrito por Marcus Vinicius Castro Faria publicado no portal de educação da rede globo, retrata que o impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pela ação dos seres humanos sobre o meio ambiente. Pode resultar também de acidentes naturais: a explosão de um vulcão pode provocar poluição atmosférica; o choque de um meteoro, destruição de animais e vegetais; um raio, um incêndio numa floresta. Quando os ecossistemas sofrem impactos ambientais, geralmente a vegetação é o primeiro elemento da natureza a ser atingido, pois é reflexo combinado das condições naturais de solo, relevo e clima do lugar em que ocorre. Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram-se modificadas pela ação humana. Isso ocorreu principalmente por causa das atividades agropecuárias e pelos impactos causados pela industrialização e urbanização. Em muitos casos, sobram apenas algumas
  • 6. 6 manchas em que a vegetação original é encontrada, nos quais, embora com pequenas alterações, ainda preserva suas características principais. A primeira consequência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, por causa da diminuição ou, mesmo, da extinção de espécies vegetais e animais. As florestas tropicais têm uma enorme biodiversidade e, por isso, possuem um valor incalculável. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas da sociedade urbano-industrial, podem vir a ser a solução para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias primas. Com o desmatamento, há o risco de essas espécies serem destruídas antes de serem descobertas e estudadas. Particularmente na Floresta Amazônica há uma enorme quantidade de espécies endêmicas. Parte desse patrimônio genético é conhecida pelas várias nações indígenas que ali habitavam, mas a maioria dessas comunidades nativas está sofrendo um processo de integração à sociedade urbano-industrial que tem levado a perda do patrimônio dos seus conhecimentos. Outro ponto importante que afeta os interesses nacionais dos países onde há florestas tropicais, incluindo o Brasil, é a biopirataria, por meio da quais muitas empresas adotam práticas ilegais para garantir o direito de explorar, futuramente, uma possível matéria prima para a indústria farmacêutica e de cosméticos, entre outras. No Brasil, os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes em grandes projetos que recebem incentivos governamentais e, portanto, sob o amparo da lei. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais.
  • 7. 7 A devastação já ocorrida deve-se basicamente a fatores econômicos tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático. Suas principais causas são: - Extração de madeira; - Instalação de projetos agropecuários; - Implantação de projetos de mineração; - Instalação ou expansão de garimpos; - Construção de usinas hidrelétricas; - Incêndios; - Queimadas (técnica de cultivo tradicional). As consequências socioambientais das interferências humanas em regiões de florestas são várias: - Aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento do solo; - Assoreamento dos rios e lagos, que resulta do aumento da sedimentação, que provoca enchentes; - Rebaixamento do aquífero, causada por menor infiltração de água das chuvas no subsolo; - Diminuição dos índices pluviométricos, em consequência do fim da transpiração das plantas; - Elevação das temperaturas locais e regionais, como consequência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto. - Agravamento do processo de desertificação. 2.3 Importância das Árvores Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pelo meio urbano. As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação,
  • 8. 8 provocando vários problemas que interferem sobremaneira na qualidade de vida do homem que vive na cidade. A vegetação, pelos vários benefícios que pode proporcionar ao meio urbano, tem um papel muito importante no restabelecimento da relação entre o homem e o meio natural, garantindo melhor qualidade de vida (PIVETTA, 2002). A vegetação urbana desempenha funções muito importantes nas cidades. As árvores, por suas características naturais, proporcionam muitas vantagens ao homem que vive na cidade, sob vários aspectos (PIVETTA, 2002):  Proporcionam bem estar psicológico ao homem;  Proporcionam melhor efeito estético;  Proporcionam sombra para os pedestres e veículos;  Protegem e direcionam o vento;  Amortecem o som, amenizando a poluição sonora;  Reduzem o impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial  Auxiliam na diminuição da temperatura, pois, absorvem os raios solares e refrescam o ambiente pela grande quantidade de água transpirada pelas folhas; melhoram a qualidade do ar; 2.4 Recuperação e Restauração Florestal de Áreas Degradadas Vários empreendimentos causam danos ao meio ambiente, mas são a partir desses que se gera emprego e produtos para comunidade. Assim é
  • 9. 9 preciso lidar com alguns impactos ambientais e recupera-los da melhor forma possível, fazendo com que a área volte ao seu original. Segundo a Embrapa Meio ambiente (2008) área degradada é aquela que sofreu, em algum grau, perturbações em sua integridade, sejam elas de natureza física, química ou biológica. A recuperação de uma dada área deve recuperar sua integridade física, química e biológica e recuperar sua capacidade reprodutiva (produção de alimentos ou serviços ambientais). Recuperação é a reversão de uma condição degradada para uma condição não degradada, independente da destinação futura ou do estado original. 3 ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA A água e um recurso que cada dia está mais escasso, assim sua conservação é muito importante, não vivemos sem ela. Sabemos que apenas 2/3 da água do mundo é doce, sendo que a maior parte encontramos em lençóis freáticos (que são reservatórios subterrâneos). 3.1 Noções Sobre o Ciclo Natural da Água O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve.
  • 10. 10 Nos continentes, a água precipitada pode seguir os diferentes caminhos: • Infiltra e percola (passagem lenta de um líquido através de um meio) no solo ou nas rochas, podendo formar aquíferos, ressurgir na superfície na forma de nascentes, fontes, pântanos, ou alimentar rios e lagos. • Flui lentamente entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas, podendo ficar armazenada por um período muito variável, formando os aquíferos. • Escoa sobre a superfície, nos casos em que a precipitação é maior do que a capacidade de absorção do solo. • Evapora retornando à atmosfera. Em adição a essa evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é absorvida pelas plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a atmosfera através da transpiração. A esse conjunto, evaporação mais transpiração, dá-se o nome de evapotranspiração. • Congela formando as camadas de gelo nos cumes de montanha e geleiras. Apesar das denominações água superficial, subterrânea e atmosférica, é importante salientar que, na realidade, a água é uma só e está sempre mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva, neve ou granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou pelos rios e oceanos. A água está sempre em movimento; é graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os rios, lagos, oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). 3.2 Principais Tipos de Poluição da Água A poluição ocorre quando há excesso de uma substancia, gerada pela atividade humana, no sítio ambiental errado. (AZEVEDO, 1999).
  • 11. 11 Várias formas de poluição afetam as nossas reservas d´agua, podendo estas serem classificadas em biológica, térmica, sedimentar e química. (AZEVEDO, 1999). A contaminação biológica resulta da presença de microorganismos patogênicos, especialmente na água potável. (AZEVEDO, 1999). A poluição térmica ocorre frequentemente pelo descarte, nos corpos receptores, de grandes volumes de água aquecida usada no arrefecimento de uma série de processos industriais. (AZEVEDO, 1999). A poluição química é causada pela presença de produtos químicos nocivos e indesejáveis. (AZEVEDO, 1999). Enfrentamos ultimamente problemas com abastecimento de água, devido a poluição aos mananciais que impossibilita o consumo sem tratamento. Vale lembrar que as cidades, ou o meio urbano, se vêm expandindo (geralmente sem planejamento) tanto no Brasil como em outros países em desenvolvimento. Isso é em parte um problema, porque com mais áreas asfaltadas e sem estrutura adequada para o escoamento da água da chuva (muitas ruas asfaltadas não têm bueiros) aumentam as chances de alagamentos. É lógico que essa situação ocorre também em razão do descarte de lixo nas ruas, que entope os bueiros. O fato é que com “o terreno impermeabilizado, a água da chuva cai no cimento ou no asfalto e não em direção a um riacho” (TRIGUEIRO, 2005). Outros problemas graves atingem os rios que servem como abastecimento para as cidades, o despejo de esgoto sem tratamento, o lixo não tratado, cujo chorume (parte líquida do lixo) contamina o solo e águas
  • 12. 12 subterrâneas; os agrotóxicos, que são pulverizados nas plantações e contaminam rios e lagoas. Devemos lembrar que apenas 20% do esgoto recebem tratamento (TRIGUEIRO, 2005), precisamos cobrar das indústrias, do governo que colaborem para o tratamento desse esgoto, e que essa baixa proporção de tratamento do esgoto seja aumentada. O esgoto recebendo seu devido tratamento, pode evitar a poluição de rios e ainda melhorar a questão de saúde pública. 3.3 Principais Observações que Indicam que a água está poluída Aprendemos desde criança, seja em casa, ou na educação primária que a água deve ser incolor, sem cheiro e sem sabor. Essas características devem ser mantidas para uma água de qualidade e que possa ser consumida. Assim uma água imprópria para consumo seria aquela que possui as propriedades contrarias de uma água potável. Uma água poluída apresenta uma ou mais características como cheiro, cor, turbidez e sabor. Já uma água contaminada possui agentes patogênicos em seu interior como vírus, bactérias, vermes ou protozoários. 3.4 Movimento de cidadania pelas águas Vários ambientalistas e cientistas prevêem que várias nações vão migrar em virtude da escassez de água em seus territórios. Assim vários países criaram o “movimento de cidadania pelas águas” que visam ações em defesa do meio ambiente e pela revitalização dos recursos hídricos. Para os mobilizadores do Movimento, preservar a água é preservar a vida. Segundo dados de organismos internacionais, a água poderá ser um recurso escasso em 1/3 dos países no início do século XXI. Outros levantamentos apontam que o crescimento populacional reduzirá em até 35%
  • 13. 13 a disponibilidade de água per capita. Problemas relacionados ás secas, enchentes, poluição e destruição da mata ciliar que acompanha os cursos d´água já estão entrando no rol de preocupações da população brasileira. Assim o movimento busca um novo jeito de tratar a gestão das águas, incentivando a descentralização e a autonomia como caminhos para o desenvolvimento sustentável. Da água existente no Planeta, 99% não está disponível para o uso humano: 97% é água salgada, encontrada nos oceanos e mares; 2% formam as geleiras inacessíveis; apenas 1% de toda essa água é doce e está armazenada nos lençóis subterrâneos, rios e lagos. O Brasil detém 8% de toda água doce superficial da Terra. Porém a maior parte dessa água (cerca de 70%) está localizada na Região Amazônica. Os 30% restantes se distribuem desigualmente pelo País, atendendo 93% da população. A água está ameaçada de acabar em esfera mundial. Imensos desertos estão se formando e já existem nações lutando pela água. Em algumas partes do mundo e do Brasil a água já é escassa e custa caro. “Governo e sociedade, juntos, podem melhor definir o que se desejam em termos de recursos hídricos para as próximas gerações. A vida não existe sem água e os brasileiros já tomaram consciência disso, indignando-se quando esse recurso tão vulnerável e limitado é agredido, exaurido, degradado e destruído”, comentou Baeta. A grande virtude do Movimento de Cidadania pelas Águas é que reúne, agrega e aglutina, num mesmo foro, pessoas e entidades, órgãos governamentais ou não, ambientalistas e donas de casa, com a finalidade de
  • 14. 14 discutir e propor soluções de questões vinculadas, direta ou indiretamente, á água. O “braço executor” das ações do Movimento de Cidadania pelas Águas é o Centro de Referencia, de âmbito municipal ou estadual (em alguns casos). Os centros atuam como dinamizadores, animadores, facilitadores, coordenadores, articuladores do processo de multiplicação das ações de cidadania pelas águas em cada município ou Estado da Federação. Compete ainda aos Centros de Referencia a promoção de eventos de educação ambiental, cujo tema central seja a água e o levantamento dos principais problemas ambientais e hídricos da região, buscando a qualidade de vida e formas de desenvolvimento sem agredir o meio ambiente. Em 1996, existiam três unidades em funcionamento: Belo Horizonte- MG, Curitiba- PR E Brasília-DF. Durante o ano de 1997, o Movimento de Cidadania pelas Águas teve um grande crescimento. Naquele ano, foram instalados os seguintes Centros de Referencia: Porto Alegre- RS, Santa Maria- RS, Florianópolis- SC, Rio de Janeiro- RJ, Presidente Prudente-SP, Mineiros- GO, Vitória- ES e Fortaleza-CE. Para 1998, a meta principal do Movimento de Cidadania pelas Águas é estar presente em todos os Estados brasileiros. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o Movimento de Cidadania pelas Águas foi reforçado pela adesão dos profissionais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RJ), que pretendem instalar, em solo fluminense, cerca de 50 Centros de Referencia até o final do ano. “A disseminação de novos Centros é o desaguadouro natural de um conjunto de iniciativas empreendidas pelo CREA na defesa do meio ambiente”, afirmou o engenheiro José Chacon de Assis, presidente da entidade.
  • 15. 15 Até hoje, já foram criados os seguintes Centros de Referencia: Visconde de Mauá, Rezende, Rio das Ostras, Petrópolis, Niterói, Volta Redonda, Valença, Cardoso Moreira, Maricá, Barra do Piraí e Itaperuna. Até julho serão instalados os Centros de Queimados, Nova Iguaçu, Angra dos Reis e Duque de Caxias. Na cidade do Rio, funcionam três unidades, uma no CREA-RJ, uma em Jacarepaguá/Barra da Tijuca e outra na Lagoa Rodrigo de Freitas. Em todos eles, várias entidades ambientalistas integram o Movimento (LIMA, 1998). 4 ANIMAIS E SUA IMPORTÂNCIA 4.1 Fauna Silvestre Da mesma forma que a vegetação varia na vastidão das paisagens do Cerrado, a fauna local também impressiona pela diversidade de animais que podem ser encontrados dentro do bioma. Segundo relatório da Conservação Internacional, o Cerrado apresenta uma particularidade quanto à sua distribuição espacial que permite o desenvolvimento e a localização de diferentes espécies. Enquanto a estratificação vertical da Amazônia ou a Mata Atlântica proporciona oportunidades diversas para o estabelecimento das espécies, em uma mesma árvore, por exemplo, no Cerrado a heterogeneidade espacial no sentido horizontal seria fator determinante para a ocorrência de um variado número de exemplares, de acordo com a ocorrência de áreas de campo, floresta ou brejo, em um mesmo macro ambiente. De acordo com o Ibama, no Cerrado brasileiro podem ser encontradas cerca de 837 espécies de aves, 67 gêneros de mamíferos, os quais abrangem 161 espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios (45 só encontrados aqui); e 120 espécies de répteis, dos quais 45 também
  • 16. 16 endêmicas. Além disso, o Cerrado abriga 90 mil espécies de insetos, sendo 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. Dentre tantos, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus Figura 1) e a ema (Rhea americana) aparecem como animais símbolo do bioma. No entanto, são famosos também o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu-canastra (Priodontes giganteusso), a seriema (Cariama cristata), o pica-pau-do-campo (Colaptes campestres), o teiu (Tupinambis sp), entre outros. Figura 1 – Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). 4.2 Curiosidades sobre animais “Os peixes podem ser nossos aliados contra mosquitos” Embora sejam transmissores de doenças graves como dengue, malária e febre amarela, os mosquitos, assim como todos os seres vivos são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas. Eles atuam como polinizadores, ajudando na reprodução de inúmeras plantas e servem de alimentos para aves, anfíbios e outros animais. Por isso não queremos o fim dos mosquitos, mas também não queremos ser o alvo de suas picadas. Podemos evitar a proliferação desses insetos se mantivermos fechados os reservatórios de água, como poços e caixa d'água; se não deixarmos acumular água em latas, pneus e garrafas; se substituirmos a água de vasos
  • 17. 17 de plantas por areia; se lavarmos os bebedouros dos animais domésticos uma vez por semana; e, também se criarmos peixes!! O uso de peixinhos é uma forma interessante de combate aos mosquitos!! Essa estratégia tem sido utilizada em diversas cidades brasileiras com sucesso. Segundo os pesquisadores, mais de 250 espécies de peixes se alimentam das larvas de mosquito e algumas chegam a comer centenas delas em apenas um dia!! Por esta razão, criar peixinhos tem se revelado uma boa alternativa de controle biológico em todo o mundo. Há porém, certos cuidados a serem tomados na criação de peixes com esse propósito. O principal é que não devemos colocá-los em reservatórios de água para consumo humano, pois peixes também carregam micróbios e outros organismos que podem causar doenças aos seres humanos. Outro ponto importante é que nem sempre as pessoas criam peixes nativos da região onde vivem, o que pode ser um problema, caso eles sejam lançados em rios e lagos. Como não pertencem à fauna da região, eles podem se reproduzir bastante, competir com os peixes nativos e levá-los à extinção. Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças nº 253 Janeiro/Fevereiro de 2014, pág. 19 Texto (adaptado) de: Jean Carlos Miranda Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra, Universidade Federal Fluminense. Cláudio Eduardo de Azevedo e Silva, Instituto de Biofísica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • 18. 18 5 CONSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA O Brasil é considerado como um dos países de maior diversidade biológica por abrigar cerca de 10% das formas viventes no planeta (MYERS et al., 2000). Vários estudos indicam que a ocupação do Cerrado ocorreu em diferentes momentos e velocidades. Muito provavelmente a abertura de áreas de pastagem para a criação de gado de corte foi a principal causa de desmatamento do Cerrado. Dias (1994) sugeriu que até 1985 o manejo de áreas nativas para a criação de gado seria a atividade econômica que ocuparia a maior parte nas paisagens naturais do Cerrado. 5.1 Unidades de Conservação da Natureza As unidades de conservação são destinadas para proteger a fauna, flora e os processos que regem os ecossistemas. E no intuito de organizar, proteger e gerenciar as unidades de conservação foi criado em julho do ano de 2000, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). As categorias de unidades de conservação estão agrupadas em proteção integral e uso sustentável, conforme os objetivos de manejo e uso. As unidades de proteção integral têm como objetivo básico a preservação da natureza, sendo admitido o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC. As unidades de uso sustentável têm como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com uso direto de parcela de seus recursos naturais. A criação de unidades de conservação é um passo importante para a proteção da biodiversidade, mas é necessário que outras medidas sejam adotadas para consolidar essas áreas protegidas (Tabela 1) e permitir o
  • 19. 19 desenvolvimento de políticas setoriais e menos conflitivas (AGUIAR & CAMARGO, 2004). Tabela 1. Tipologia das unidades de conservação. Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico Parque Nacional Floresta Nacional Monumento Natural Reserva Extrativista Refúgio da Vida Silvestre Reserva de Fauna Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural Fonte: SNUC, 2000. As finalidades de cada unidade de conservação vão estar descritas na Tabela 2. Tabela 2. Categorias de unidades de conservação e sua descrição. CATEGORIA DESCRIÇÃO Estação Ecológica Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional, e a pesquisa cientifica depende de autorização prévia do órgão responsável. Reserva Biológica Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana ou modificações ambientais, executando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos.
  • 20. 20 Parque Nacional Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Monumento Natural Tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Refúgio da Vida Silvestre Tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou a reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Área de Proteção Ambiental Área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Área de Relevante Interesse Ecológico Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, cm compatibilidade com os objetivos de conservação da natureza. Floresta Nacional Área com florestal de espécies predominante nativas tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.
  • 21. 21 Reserva Extrativista Área utilizada por populações locais, cuja subsistência se baseia no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte; tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. Reserva de Fauna Área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável Área natural que obriga populações tradicionais, cuja existência se baseia em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Reserva Particular de Patrimônio Natural Área privada, gravada com perpetuidade, com objetivo de conservar a diversidade biológica. FONTE: SNUC, 2000. 5.2 Respeito ao meio ambiente Precisamos ter a consciência que fazemos parte integradora do meio ambiente, não podemos tratar o meio ambiente como um mero fornecedor de recursos e matérias primas. Buscas entender que o meio ambiente é fator primordial para existência humana e dos seres vivos que na terra habita. A conscientização ambiental vem trazer estudos, pesquisas que possa fazer as pessoas entenderem, evitar e solucionar problemas que o planeta
  • 22. 22 vem passando com o passar dos anos, e muitos desses problemas são consequências da ação do homem sobre os recursos naturais. O desmatamento desenfreado das florestas nativas e um dos danos ambientais que mais prejudica toda a população mundial, pois sem essa cobertura vegetal faz com que menos dióxido de carbono (CO2) sejam absorvido, assim favorecendo o efeito estufa. O efeito estufa é o aquecimento dos gases na terra que ficam na atmosfera, devido a altas concentrações de gases estufas, que prejudica no derretimento das calotas polares, diminui a umidade, que diminui as chuvas que vem a prejudicar o ciclo natural das águas. O descarte inapropriado de lixo também é um fator que prejudica muito as cidades, pois esses lixos em épocas chuvosas vão para os rios, lagoas e córregos que propicia as inundações, leva doenças e ainda pode atrair bichos peçonhentos ou transmissores de doenças para as pessoas. Então precisamos desenvolver projetos sociais, ecológicos e econômicos que tragam a conservação do nosso ambiente em primeiro lugar, e nessa parte que entra a conscientização ambiental. A função desse manual é essa, trazer informações necessárias para que possa ser repassado o que está acontecendo, o que vêm sendo feito, para que possa fazer um despertar na mente do público para ações de conservação do meio ambiente, do meio em que vive. 5.3 Sistemas Agroflorestais Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em
  • 23. 23 sequência temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais vantagens, frente à agricultura convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle de ervas daninhas, entre outras coisas. A integração da floresta com as culturas agrícolas e com a pecuária oferece uma alternativa para enfrentar os problemas crônicos de degradação ambiental generalizada e ainda reduz o risco de perda de produção. Outro ponto vantajoso dos sistemas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as árvores podem servir como fonte de renda, uma vez que a madeira e, por vezes, os frutos das mesmas podem ser explorados e vendidos. A combinação desses fatores encaixa as agroflorestas no modelo de agricultura sustentável. Há quatro tipos de sistemas agroflorestais (Figura 2): 1. Sistemas agrossilviculturais- combinam árvores com cultivos agrícolas anuais; Figura 2- Exemplificação de esquema de Sistemas Agroflorestal. 2. Sistemas agrossilvipastoris- combinam árvores com cultivos agrícolas e animais; 3. Sistemas silvipastoris- combinam árvores e pastagens (animais);
  • 24. 24 4. Sistemas de enriquecimento de capoeiras com espécies de importância econômica. Nos sistemas agroflorestais, associa-se a agricultura e a pecuária com árvores, combinando produção e conservação dos recursos naturais. Além de buscar atender às várias necessidades dos produtores rurais, como a obtenção de alimento, extração de madeira, cultivo de plantas medicinais, os SAF’s diversifica a produção proporcionando uma oferta mais estável de produtos ao longo do ano. Os sistemas agroflorestais podem auxiliar na conservação dos solos, das micro bacias e áreas florestais. A característica mais importante dos SAF’s parece ser a estabilidade ou sustentabilidade ecológica. Esta sustentabilidade resulta da diversidade biológica promovida pela presença de diferentes espécies vegetais e/ou animais, que exploram nichos diversificados dentro do sistema. A multiestratificação diferenciada de grande diversidade de espécies de múltiplos usos, que exploram os diferentes perfis verticais e horizontais da paisagem nos SAF’s, otimizam o máximo aproveitamento da energia solar (MACEDO, 2000). 6 PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 6.1 Produção de mudas nativas do cerrado Nessa prática de conservação da natureza vamos produzir mudas do cerrado, no intuito de fazer o plantio próximo a cursos d’água ou arborização urbana. A seleção das sementes deverá ser de origem conhecida, como espécies do cerrados que temos acesso por exemplo os ipês, cajus, mognos,
  • 25. 25 jacarandá, mangaba e outras diversas espécies em que o nosso cerrado é rico. Após a seleção das sementes vamos preparar os saquinhos. Esses saquinhos devem conter de um a dois litros de substrato (a terra para que a raiz possa desenvolver), estes podem ser adquiridos comercialmente ou usar caixinhas de leite com furos no fundo e devidamente lavados. Os substratos dos saquinhos vão conter terra vermelha (60%), areia (20%) e substrato orgânico (esterco curtido ou material de compostagem) os 20% restante do volume do saquinho. Os saquinhos devem ser preenchidos até a boca com o substrato e já esta pronta para receber nossas sementes. A semeadura deve ser feita superficialmente e inicialmente deixar os saquinhos à meia sombra (cobertos com tela plástica, ou na sombra de uma árvore) para impedir que fiquem sob o sol direto. Após a formação de plântulas (o inicio das plantas) as mudas podem ser colocadas em pleno sol. Cuidados com as mudas nos canteiros (Figura 3): irrigar diariamente, trocar os saquinhos de lugar quando as raízes começarem a pegar na terra. As plantas poderão ir ao seu destino final quando atingirem 60 cm de altura. Figura 3 – Mudas no viveiro.
  • 26. 26 6.2 Música do cerrado Músicas do cotidiano folclórico foram modificadas para terem uma temática do cerrado, assim trazendo elementos da natureza para o nosso dia a dia. Abaixo dois cantos que foram letras adaptadas por Ana Patrícia Oliveira Ramos Siqueira às antigas músicas do folclore brasileiro. Ema (música de “Escravos de Jó ...”) Vive pelos campos Sempre a passear Ema, eminha Quero lhe ajudar O Cerrado, sua casa Prometo, vou preservar! Ema é bem faceira, é muito arredia Corre, foge Não quer minha companhia O Cerrado, sua casa Prometo, vou preservar! O macho choca os ovos Sem nunca reclamar Choca, cria Da ninhada cuidará O Cerrado, sua casa Prometo, vou preservar! 6.3 Compostagem Se a sua escola ou residência produz matéria orgânica e a descarta no lixo em comum. Essa prática tem como objetivo diminuir os lixos orgânicos. O uso de folhas de árvores, cascas de frutas e demais insumos podem ser
  • 27. 27 colocados na compostagem para que possa ser usado posteriormente, em atividades de hortaliças ou plantio de mudas do Cerrado. Os restos orgânicos (cascas e restos de comida), quando decompostos corretamente em composteiras, têm potencial para serem reutilizados como adubo para um solo fértil. Materiais necessários:  Buraco no solo com cerca de 1 m³ ou recipiente de madeira ou tijolos com a mesma medida;  Sobras de alimentos;  Papéis, papelão e palha;  Água;  Tampa de madeira ou lona para cobrir a composteira;  Uma pá. Como fazer: A) No buraco no solo ou recipiente de madeira ou tijolos, colocar os resíduos na proporção de 25% de restos de comida e 75% de materiais secos – papéis, papelão e palha. É preciso respeitar essas quantidades para que os alimentos não se tornem uma massa compacta e malcheirosa. Pequenos espaços entre a comida e os materiais secos garantem o ar necessário para o processo de decomposição acontecer. B) Colocar mais material seco em cima da pilha; umedecer bastante com água e depois cobrir a composteira.
  • 28. 28 C) Deixar descansar por cerca de 15 dias. Depois desse tempo, revirar o material com a ajuda da pá mais ou menos uma vez por semana e acrescentar água sempre que a mistura estiver seca demais. D) A duração do processo pode variar em função da quantidade de resíduos e da umidade disponível, entre outros fatores. Por isso, é importante estar atento à transformação que passa a acontecer – o lixo começa a ganhar o aspecto de solo fértil. Quando isso ocorre, o novo solo pode ser usado para cultivo de hortaliças, plantas e flores. Se a muda for muito pequena e a aparência do solo estiver ruim, recomenda-se peneirá-lo antes do uso. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, L. M. S.; CAMARGO, A. J. A. Cerrado: ecologia e caracterização. Editores técnicos. Ed. Embrapa Cerrados, Brasília, p. 249, 2004. AZEVEDO, E. B. Poluição e tratamento de água. Química nova na escola. n. 10, Nov. 1999. BRASIL. 2000. Lei 9.985/00 que institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza. 2000. DIAS, B. F. S. 1994. A conservação da natureza. In: Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. M.N. Pinto (org.). 2ª edição, Editora Universidade de Brasília, Brasília –DF, p. 607-663.
  • 29. 29 EMBRAPA MEIO AMBIENTE. Recuperação de áreas degradadas. 2008. Disponível em: http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=229&func=unid Acesso em: 10 set 14. LIMA, R. Cidadania pelas águas. Revista ECO-21. Ed. 34. Rio de Janeiro, 1998. MACEDO, R. L. G. Princípios básicos para o manejo sustentável de sistemas agroflorestais. Lavras: UFLA/FAEP. 157p. 2000. MACEDO, R. L. G.; FREITAS, M. R.; VENTURIN, N. Educação ambiental: referenciais teóricos e práticos para a formação de educadores ambientais. Lavras, UFLA, 258p. 2011. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Ciclo Hidrológico. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo- hidrologico.> Acesso em: 28 fev 2014. MYERS, N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C. G.; FONSECA, G. A. B.; KENTS, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, London, v. 403, p. 853-858, 2000.
  • 30. 30 NASCIMENTO, M. A. L. Geomorfologia do Estado de Goiás. Boletim Goiano de Geografia. Goiânia: UFG, v.12,n.1. JanDez. 1991. PIVETTA, K. F. L.; SILVA, D. F. Arborização Urbana- Jaboticabal, SP- 2002. TRIGUEIRO, A. Mundo Sustentável - Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação. 304p. Globo, 2005. FAUNA. Disponível em < http://www.goias.gov.br/paginas/conheca- goias/o-cerrado/fauna> Acesso em 29 fev 2014. FIGURAS FIGURA 1 - Alessandro C. Foto do lobo guará. Disponível em: http://www.aguaraguazu.com.br/dados-sobre-o-lobo-guara Acesso em: 20 mar 2014. FIGURA 2 - REDE DE AGROECOLOGIA. Disponível em: http://confins.revues.org/6778 Acesso em: 27 fev 2014. FIGURA 3 - OLIVEIRA, C. E. B. Arquivos pessoais do autor de imagens de viveiro e mudas nativas do cerrado. Goiânia, Goiás, 2013.