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PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
Profa. Luciana Reberte Gouveia
PARTO NORMAL
Definição
 É de início espontâneo, de risco habitual no início do trabalho de parto e
assim permanece por todo trabalho de parto e parto.
 O bebê nasce espontaneamente com apresentação cefálica entre 37 a 42
semanas completas de gestação.
SINAIS E SINTOMAS DETRABALHO DE PARTO
Sinais que podem anteceder o trabalho de parto
 Perda do tampão mucoso
 Perda de líquido
 “Queda do ventre” e melhora da respiração
 Dor em baixo ventre
As contrações de Braxton Hicks acontecem durante a gestação
e são indolores não ocasionam trabalho de parto
TAMPÃO MUCOSO
LÍQUIDO AMINIÓTICO
O feto é envolto por líquido amniótico
 Esse líquido fica dentro das membranas
(bolsa)
A bolsa pode se romper (rotura ou
amniorexe) de duas maneiras:
 Espontaneamente (perda de líquido
amniótico)
 Artificialmente (por meio da amniotomia)
Rotura artificial das membranas amnióticas Amniotomia
LÍQUIDO AMNIÓTICO
Aspecto do líquido amniótico
 Líquido claro com grumos
 Líquido meconial (fluido ou espesso) material estéril, proveniente de
conteúdo intestinal, muco, lanugo, vernix, líquido amniótico e secreção
gástrica.
Amnioscópio
DIAGNOSTICO DOTRABALHO DE PARTO
 Avaliação da dinâmica uterina
 Exame de toque vaginal
TRABALHO DE PARTO
Sinais de trabalho de parto
 Contrações regulares
 Dilatação progressiva e esvaecimento da cérvix
 Fase de latência do primeiro período do trabalho de parto – um período não
necessariamente contínuo quando: o há contrações uterinas dolorosas e há
alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação.
 Trabalho de parto estabelecido – quando há contrações uterinas regulares e há
dilatação cervical progressiva.
 A duração do trabalho de parto ativo (ESTIMATIVA)
DILAÇÃO CERVICAL
Exame deToque vaginal
Esvaecimento cervical
AVALIAÇÃO DAS
CONTRAÇÕES
Dinâmica Uterina
 Avaliação manual
 Realizada em 20 minutos
 Presença ou ausência de contração
 Quantidade (n°) de contrações em 10
minutos
 Intensidade (fraca, moderada, forte)
 Percepção dos movimentos fetais
(presentes ou ausentes)
AVALIAÇÃO DAS
CONTRAÇÕES
Cardiotocografia fetal (CTG ou CTB)
– intermitente quando baixo risco
 Método eletrônico não invasivo de
avaliação do bem estar fetal
 Registro gráfico
 Detecta contrações uterinas, frequência
cardíaca fetal e movimentação fetal
Dinâmica uterina e cardiotocografia
CONTRAÇÕES UTERINAS
Parâmetros
Tônus (pressão mínima do útero entre as contrações 8-12mmhg)
Intensidade
 Gravidez: 2-4mmhg
 Braxton Hicks: 10-20mmhg
 Parto: >25mmhg chega a 50mmhg
CONTRAÇÕES UTERINAS
Duração
 40-60 segundos (fase de contração seguida pelo relaxamento)
Frequência
 Início do trabalho de parto
Frequência de 2 a 3 contrações em 10 min e duração de 40seg
Final primeiro período com 4-5 em 10 min e duração de 60-70 seg
ATIVIDADE UTERINA
CARDIOTOCOGRAFIA
ATIVIDADE UTERINA
Alterações no padrão de contratilidade uterina
HIPOATIVIDADE
Intensidade < 25 mm Hg Frequência < 2/10 minutos Tônus < 8 mmHg
ATIVIDADE UTERINA
Alterações no padrão de contratilidade uterina
HIPERATIVIDADE
 Intensidade > 50 mm Hg
 Frequência > 5 / 10 minutos
 Tônus > 12 mmHg
Causas:Administração intempestiva de ocitocina. Pré-eclampsia Parto obstruído.
Síndrome de compressão da veia cava.
Conduta: Decúbito lateral esquerdo. Oxigênio sob cateter nasal. Redução da dose de
ocitocina administrada. Avaliar obstáculos à progressão do parto.
ATIVIDADE UTERINA
Alterações no padrão de contratilidade uterina
HIPERTONIA
 Tônus > 20 mmHg, endurecimento uterino à palpação, dificuldade para palpação das partes fetais
 Sobredistensão: polidramnia, prenhez múltipla.
 Taquissistolia.
 Autêntica: geralmente associada ao descolamento prematuro da placenta.
INDUTORES DETRABALHO DE PARTO
OCITOCINA
 Ocitocina – “Hormônio do amor” hormônio
produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro-
hipófise (contrações uterinas e aleitamento).
 O hormônio sintético é utilizado para
estimular as contrações de TP (deve ter
Indicações precisas)
Betaendorfinas e catecolaminas
agem na fisiologia do parto
OCITOCINA
Contraindicações
 Conhecida hipersensibilidade à ocitocina ou a qualquer excipiente da formulação;
 Hipertonia uterina, sofrimento fetal quando a expulsão não é iminente.
 Qualquer estado em que, por razões fetais ou maternas, se desaconselha o parto espontâneo e/ou o parto vaginal seja
contraindicado, por exemplo:
 Desproporção céfalo-pélvica significativa;
 Má apresentação fetal;
 Placenta prévia
 Descolamento prematuro da placenta;
 Apresentação ou prolapso do cordão umbilical
 Distensão uterina excessiva ou diminuição da resistência uterina à ruptura, como por exemplo, em gestações múltiplas;
Poli-hidrâmnios
 Grande multiparidade
 Presença de cicatriz uterina resultante de intervenções cirúrgicas, inclusive da operação cesárea clássica.
MISOPROSTOL
 Análogo sintético de prostaglandinas
 Ação útero-tônica e de amolecimento de colo uterino
 Indução de trabalho de parto (maturação de colo)
 1cp de 25mcg a cada 6h
Contraindicações
 Cesárea anterior
 Cirurgia uterina prévia
 Paciente asmática
 Uso concomitante com ocitocina
 Placenta prévia
PROPESS
 Pessário vaginal de dose única com liberação controlada com 10 mg de dinoprostona
 É indicado para o início e/ou continuação da maturação do colo uterino em
pacientes a termo (a partir de 38 semanas de gestação) com colo favorável
 Após a inserção, a atividade uterina e a condição fetal devem ser monitoradas
regularmente.
PROPESS
PERÍODOS CLÍNICOS DOTRABALHO DE
PARTO
1.Dilatação
2.Expulsão
3.Dequitação
4.Greemberg ou 4°período
FASE DE DILATAÇÃO CERVICAL
Esvaecimento e dilatação
 Esvaecimento
Incorporação do canal cervical ao
corpo do útero
 Dilatação
Afastamento progressivo das bordas da cérvice
no nível do orifício externo
As modificações que ocorrem no colo uterino na
gravidez visam a preparação para o parto em um
processo de amadurecimento (diminuição da
consistência e esvaecimento) e dilatação cervical
O colo uterino é formada por tecido conjuntivo
e possui dois orifícios (interno e externo) e um
canal central ligando esses dois orifícios
O colo permite que o feto se mantenha no útero
durante a gestação
FASES DE DILATAÇÃO CERVICAL
Friedman 1954
 Latência
 Ativa
 Fase Latente
Duração aproximada de 8h
Amolecimento
Apagamento
Início da Dilatação
Não há modificações significativas na dilatação
cervical
FASES DE DILATAÇÃO CERVICAL
 Fase ativa
Nova classificação >5cm!
Contrações regulares (2-3 contrações/10min) Intensidade: 40 – 50 mmhg
Duração: 30 seg
PARTOGRAMA
OMS; 2018
 Questiona o partograma tradicional
 A definição de dilatação de 1 cm por hora não pode ser utilizada como regra na fase
ativa
 Não deveria definir a intervenção obstétrica
 Cada parto é único
PERÍODO EXPULSIVO
Segundo período clínico do trabalho
de parto
A pressão uterina apresenta-se mais
elevada – “puxos” (além da contração
do miométrio ocorre pressão da
musculatura abdominal e diafragma)
Inicia-se com a dilatação total do colo
do útero
Expulsão da cabeça fetal (cefálicas)
Liberação dos ombros e do corpo
Manejo ativo (ocitocina profilática)
DEFINIÇÃO E DURAÇÃO DO SEGUNDO PERÍODO DOTRABALHO
DE PARTO
 Fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo
involuntário ou parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda
relativamente alta na pelve.
 Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de
expulsão ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação
completa do colo do útero na ausência das contrações de expulsão.
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
 Resposta SIM para:
1. RN respirando ou chorando?
2. RN com tônus muscular em flexão?
 Clampeamento tardio do cordão umbilical
 Clampeamento precoce (imediato): até 1 min após a extração completa do
RN
 Clampeamento tardio: após 1 min até alguns minutos após cessar a
pulsação do cordão umbilical
CORDÃO UMBILICAL
 Verificar se existem:
 02 artérias (sangue venoso)
 01 veia (sangue arterial)
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO
UMBILICAL
 De acordo com a OMS clampear
 com 1-3 minutos
 O RN pode ser colocado no abdômen ou tórax materno
 CONTATO PELE A PELE (hora dourada)
 Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta,
placenta prévia ou rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão) ou se o RN não
inicia a respiração ou não mostra tônus muscular em flexão, recomenda-se o
clampeamento imediato do cordão.
DEQUITAÇÃO
 3° período do parto
 Inicia-se imediatamente após o
nascimento do RN e termina
com a liberação da placenta e
membranas
 Contrações
 Tempo médio de 30 minutos
DEQUITAÇÃO
Baudeloque-Schultze Baudeloque-Ducan
DEQUITAÇÃO DA PLACENTA
A placenta deve ser avaliada para a integridade, forma, aspecto, membranas.
Inserção do cordão umbilical.
PLACENTA
PLACENTA
 Composta pelos cotilédones e as membranas
 Membranas (Âmnion e córion)
 Âmnion: Membrana que envolve o feto como uma bolsa delimitando uma
cavidade que é preenchida pelo líquido amniótico.Tem a função de
proteção do feto contra choques, evitar a perda de água fetal e
infecções.
 Córion: Revestimento externo.Tem a função de ampliar a proteção
fornecida pelo âmnion.
QUARTO PERÍODO CLÍNICO DOTRABALHO
DE PARTO
Também conhecido como período de Greenberg
Inclui a primeira hora após o parto
 Globo de segurança de Pinard: ocorre imediatamente após a saída da placenta, o
útero contrai e é palpável.
 Miotamponamento: retração e laqueadura dos vasos uterinos
 Trombotamponamento: formação de trombos nos grandes vasos útero
placentários, constituindo hematoma intrauterino que recobre a ferida aberta no
sítio placentário
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva:World Health
Organization; 2018.
 Organização Mundial da Saúde (OMS).Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra; 1996.
 Brasil. Ministério da Saúde. CONITEC. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Relatório de
Recomendação; 2016.
 Montenegro CAB, Rezende Filho J. Obstetrícia Fundamental; Guanabara Koogan; 2014.

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  • 1. PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO Profa. Luciana Reberte Gouveia
  • 2. PARTO NORMAL Definição  É de início espontâneo, de risco habitual no início do trabalho de parto e assim permanece por todo trabalho de parto e parto.  O bebê nasce espontaneamente com apresentação cefálica entre 37 a 42 semanas completas de gestação.
  • 3. SINAIS E SINTOMAS DETRABALHO DE PARTO Sinais que podem anteceder o trabalho de parto  Perda do tampão mucoso  Perda de líquido  “Queda do ventre” e melhora da respiração  Dor em baixo ventre As contrações de Braxton Hicks acontecem durante a gestação e são indolores não ocasionam trabalho de parto
  • 5. LÍQUIDO AMINIÓTICO O feto é envolto por líquido amniótico  Esse líquido fica dentro das membranas (bolsa) A bolsa pode se romper (rotura ou amniorexe) de duas maneiras:  Espontaneamente (perda de líquido amniótico)  Artificialmente (por meio da amniotomia) Rotura artificial das membranas amnióticas Amniotomia
  • 6. LÍQUIDO AMNIÓTICO Aspecto do líquido amniótico  Líquido claro com grumos  Líquido meconial (fluido ou espesso) material estéril, proveniente de conteúdo intestinal, muco, lanugo, vernix, líquido amniótico e secreção gástrica. Amnioscópio
  • 7. DIAGNOSTICO DOTRABALHO DE PARTO  Avaliação da dinâmica uterina  Exame de toque vaginal
  • 8. TRABALHO DE PARTO Sinais de trabalho de parto  Contrações regulares  Dilatação progressiva e esvaecimento da cérvix  Fase de latência do primeiro período do trabalho de parto – um período não necessariamente contínuo quando: o há contrações uterinas dolorosas e há alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação.  Trabalho de parto estabelecido – quando há contrações uterinas regulares e há dilatação cervical progressiva.  A duração do trabalho de parto ativo (ESTIMATIVA)
  • 9. DILAÇÃO CERVICAL Exame deToque vaginal Esvaecimento cervical
  • 10. AVALIAÇÃO DAS CONTRAÇÕES Dinâmica Uterina  Avaliação manual  Realizada em 20 minutos  Presença ou ausência de contração  Quantidade (n°) de contrações em 10 minutos  Intensidade (fraca, moderada, forte)  Percepção dos movimentos fetais (presentes ou ausentes)
  • 11. AVALIAÇÃO DAS CONTRAÇÕES Cardiotocografia fetal (CTG ou CTB) – intermitente quando baixo risco  Método eletrônico não invasivo de avaliação do bem estar fetal  Registro gráfico  Detecta contrações uterinas, frequência cardíaca fetal e movimentação fetal Dinâmica uterina e cardiotocografia
  • 12. CONTRAÇÕES UTERINAS Parâmetros Tônus (pressão mínima do útero entre as contrações 8-12mmhg) Intensidade  Gravidez: 2-4mmhg  Braxton Hicks: 10-20mmhg  Parto: >25mmhg chega a 50mmhg
  • 13. CONTRAÇÕES UTERINAS Duração  40-60 segundos (fase de contração seguida pelo relaxamento) Frequência  Início do trabalho de parto Frequência de 2 a 3 contrações em 10 min e duração de 40seg Final primeiro período com 4-5 em 10 min e duração de 60-70 seg
  • 16. ATIVIDADE UTERINA Alterações no padrão de contratilidade uterina HIPOATIVIDADE Intensidade < 25 mm Hg Frequência < 2/10 minutos Tônus < 8 mmHg
  • 17. ATIVIDADE UTERINA Alterações no padrão de contratilidade uterina HIPERATIVIDADE  Intensidade > 50 mm Hg  Frequência > 5 / 10 minutos  Tônus > 12 mmHg Causas:Administração intempestiva de ocitocina. Pré-eclampsia Parto obstruído. Síndrome de compressão da veia cava. Conduta: Decúbito lateral esquerdo. Oxigênio sob cateter nasal. Redução da dose de ocitocina administrada. Avaliar obstáculos à progressão do parto.
  • 18. ATIVIDADE UTERINA Alterações no padrão de contratilidade uterina HIPERTONIA  Tônus > 20 mmHg, endurecimento uterino à palpação, dificuldade para palpação das partes fetais  Sobredistensão: polidramnia, prenhez múltipla.  Taquissistolia.  Autêntica: geralmente associada ao descolamento prematuro da placenta.
  • 20. OCITOCINA  Ocitocina – “Hormônio do amor” hormônio produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro- hipófise (contrações uterinas e aleitamento).  O hormônio sintético é utilizado para estimular as contrações de TP (deve ter Indicações precisas) Betaendorfinas e catecolaminas agem na fisiologia do parto
  • 21. OCITOCINA Contraindicações  Conhecida hipersensibilidade à ocitocina ou a qualquer excipiente da formulação;  Hipertonia uterina, sofrimento fetal quando a expulsão não é iminente.  Qualquer estado em que, por razões fetais ou maternas, se desaconselha o parto espontâneo e/ou o parto vaginal seja contraindicado, por exemplo:  Desproporção céfalo-pélvica significativa;  Má apresentação fetal;  Placenta prévia  Descolamento prematuro da placenta;  Apresentação ou prolapso do cordão umbilical  Distensão uterina excessiva ou diminuição da resistência uterina à ruptura, como por exemplo, em gestações múltiplas; Poli-hidrâmnios  Grande multiparidade  Presença de cicatriz uterina resultante de intervenções cirúrgicas, inclusive da operação cesárea clássica.
  • 22. MISOPROSTOL  Análogo sintético de prostaglandinas  Ação útero-tônica e de amolecimento de colo uterino  Indução de trabalho de parto (maturação de colo)  1cp de 25mcg a cada 6h Contraindicações  Cesárea anterior  Cirurgia uterina prévia  Paciente asmática  Uso concomitante com ocitocina  Placenta prévia
  • 23. PROPESS  Pessário vaginal de dose única com liberação controlada com 10 mg de dinoprostona  É indicado para o início e/ou continuação da maturação do colo uterino em pacientes a termo (a partir de 38 semanas de gestação) com colo favorável  Após a inserção, a atividade uterina e a condição fetal devem ser monitoradas regularmente.
  • 25. PERÍODOS CLÍNICOS DOTRABALHO DE PARTO 1.Dilatação 2.Expulsão 3.Dequitação 4.Greemberg ou 4°período
  • 26. FASE DE DILATAÇÃO CERVICAL Esvaecimento e dilatação  Esvaecimento Incorporação do canal cervical ao corpo do útero  Dilatação Afastamento progressivo das bordas da cérvice no nível do orifício externo As modificações que ocorrem no colo uterino na gravidez visam a preparação para o parto em um processo de amadurecimento (diminuição da consistência e esvaecimento) e dilatação cervical O colo uterino é formada por tecido conjuntivo e possui dois orifícios (interno e externo) e um canal central ligando esses dois orifícios O colo permite que o feto se mantenha no útero durante a gestação
  • 27. FASES DE DILATAÇÃO CERVICAL Friedman 1954  Latência  Ativa  Fase Latente Duração aproximada de 8h Amolecimento Apagamento Início da Dilatação Não há modificações significativas na dilatação cervical
  • 28. FASES DE DILATAÇÃO CERVICAL  Fase ativa Nova classificação >5cm! Contrações regulares (2-3 contrações/10min) Intensidade: 40 – 50 mmhg Duração: 30 seg
  • 30. OMS; 2018  Questiona o partograma tradicional  A definição de dilatação de 1 cm por hora não pode ser utilizada como regra na fase ativa  Não deveria definir a intervenção obstétrica  Cada parto é único
  • 31. PERÍODO EXPULSIVO Segundo período clínico do trabalho de parto A pressão uterina apresenta-se mais elevada – “puxos” (além da contração do miométrio ocorre pressão da musculatura abdominal e diafragma) Inicia-se com a dilatação total do colo do útero Expulsão da cabeça fetal (cefálicas) Liberação dos ombros e do corpo Manejo ativo (ocitocina profilática)
  • 32. DEFINIÇÃO E DURAÇÃO DO SEGUNDO PERÍODO DOTRABALHO DE PARTO  Fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário ou parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve.  Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do colo do útero na ausência das contrações de expulsão.
  • 33. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL  Resposta SIM para: 1. RN respirando ou chorando? 2. RN com tônus muscular em flexão?  Clampeamento tardio do cordão umbilical  Clampeamento precoce (imediato): até 1 min após a extração completa do RN  Clampeamento tardio: após 1 min até alguns minutos após cessar a pulsação do cordão umbilical
  • 34. CORDÃO UMBILICAL  Verificar se existem:  02 artérias (sangue venoso)  01 veia (sangue arterial)
  • 35. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL  De acordo com a OMS clampear  com 1-3 minutos  O RN pode ser colocado no abdômen ou tórax materno  CONTATO PELE A PELE (hora dourada)  Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão) ou se o RN não inicia a respiração ou não mostra tônus muscular em flexão, recomenda-se o clampeamento imediato do cordão.
  • 36. DEQUITAÇÃO  3° período do parto  Inicia-se imediatamente após o nascimento do RN e termina com a liberação da placenta e membranas  Contrações  Tempo médio de 30 minutos
  • 38. DEQUITAÇÃO DA PLACENTA A placenta deve ser avaliada para a integridade, forma, aspecto, membranas. Inserção do cordão umbilical.
  • 40. PLACENTA  Composta pelos cotilédones e as membranas  Membranas (Âmnion e córion)  Âmnion: Membrana que envolve o feto como uma bolsa delimitando uma cavidade que é preenchida pelo líquido amniótico.Tem a função de proteção do feto contra choques, evitar a perda de água fetal e infecções.  Córion: Revestimento externo.Tem a função de ampliar a proteção fornecida pelo âmnion.
  • 41. QUARTO PERÍODO CLÍNICO DOTRABALHO DE PARTO Também conhecido como período de Greenberg Inclui a primeira hora após o parto  Globo de segurança de Pinard: ocorre imediatamente após a saída da placenta, o útero contrai e é palpável.  Miotamponamento: retração e laqueadura dos vasos uterinos  Trombotamponamento: formação de trombos nos grandes vasos útero placentários, constituindo hematoma intrauterino que recobre a ferida aberta no sítio placentário
  • 42. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva:World Health Organization; 2018.  Organização Mundial da Saúde (OMS).Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra; 1996.  Brasil. Ministério da Saúde. CONITEC. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Relatório de Recomendação; 2016.  Montenegro CAB, Rezende Filho J. Obstetrícia Fundamental; Guanabara Koogan; 2014.