A Igreja de São Pedro de Abragão, classificada como Monumento Nacional desde 1977, conserva elementos arquitetônicos românicos do século XIII, como a cabeceira atribuída a D. Mafalda. Localizada em Abragão, Penafiel, integra a Rota do Românico do Vale do Sousa e destaca a rosácea com temas tradicionais e os capitéis como exemplo da escultura românica.

1. A Igreja de São Pedro de Abragão,
classificada como Monumento Nacional E.B.2/3 Lousada
desde 1977, integra o percurso turístico- Centro
-cultural da Rota do Românico do Vale do Ano Lectivo
Sousa. 2010/2011
Esta Igreja conserva a cabeceira da
época românica, testemunho significativo Igreja de São Pedro
da arquitectura românica do Vale do Sousa.
No exterior, o friso composto por
de Abragão
motivos geométricos recorda o modo de
decorar as igrejas das épocas visigótica e
moçárabe, cuja revivescência em obras do
século XIII constitui um dos mais interes-
santes fenómenos da arquitectura românica
portuguesa.
Em 1105 é documentada a existência
da Igreja de Abragão. No entanto, a cabecei-
ra que a tradição atribui à iniciativa de D.
Mafalda, filha do rei D. Sancho I, data do
segundo quartel do século XIII.
A rosácea apresenta os temas tradi-
cionais da suástica flamejante, das rosetas Trabalho realizado por:
de seis folhas e das palmetas executados a
bisel. Cristiana Ferreira nº6 7ºC
Cristiana Pereira nº7 7ºC
No interior, os capitéis são um bom
testemunho da maneira românica de escul-
pir.
A fachada principal e a nave corres-
Três perspectivas diferentes da Ijreja de SãoPedro de
Abragão pondem a uma reedificação da segunda
metade do século XVII.

2. História Localização
A existência da Igreja de
São Pedro de Abragão está docu-
mentada desde 1105, data em que
Paio Peres Romeu doa, em testa-
mento, “a quarta parte de Santo Arco triunfal da Igreja de São Pedro
de Abragão
Pedro de Auregam ao Mosteiro do
Salvador de Paço de Sousa”,
embora tenha sido totalmente
remodelada no século XIII, por
iniciativa de D. Mafalda, filha do Se vem do Norte de Portugal através
rei D. Sancho I, de acordo com a da A28 (Porto), da A3 (Porto), da A24
tradição. (Chaves/Viseu), da A7 (Póvoa de Varzim) ou
Em 1668, a nave românica é da A11 (Esposende/Marco de Canaveses)
demolida para permitir a constru- Pintura da Igreja de São Pedro de
siga na direcção da A4 (Bragança/ Abragão
ção de uma nova, mais ampla. Matosinhos) e saia para Entre-os-Rios/
Em 1820, é-lhe acrescentada uma Penafiel Sul e vire à esquerda para Penafiel.
torre sineira. A cabeceira, e o res- Rume depois para a Circular Sul de Penafiel
pectivo arco cruzeiro, constituem (V. Real/Amarante/Boelhe/Abragão). Depois
os únicos elementos românicos vire à direita, na direcção de Abragão, pela
que restam da construção original. N320, seguindo a sinalização da Rota do
Fachada principal da Igreja
Românico.