2. DEFINIÇÃO
Processo ou manifestação inflamatória do trato genital inferior (vulva,
vagina e ectocervice);
Manifestações: leucorréia associada ou não a prurido vulvar, disúria,
dispareunia, sensação de desconforto pélvico;
Assintomática;
Vaginite: associado a processo inflamatório;
Vaginose: não apresenta processo inflamatório.
5. FATORES DE RISCO
Raça negra;
Tabagismo;
Sexo oral;
Múltiplos parceiros;
Obesidade;
Atividade sexual com outras mulheres.
6. VAGINOSE BACTERIANA
Não é considerada IST;
Aumento do Ph vaginal;
Leucorréia branco-acinzentada, fluida, quantidade discreta a
moderada, sem sinais inflamatórios da parede vaginal, odor
fétido (peixe podre).
7. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Critérios de Amsel (3 DOS 4)
Leucorréia vaginal fina, homogêneo, branco-acinzentada;
Teste das Aminas positivo (Whiff test) - hidróxido de potássio a
10%;
Presença de Clue Cells;
pH vaginal > 4,5.
8. PRIMEIRA OPÇÃO
E/OU GESTANTE
SEGUNDA OPÇÃO CASOS
RECORRENTES
Metronidazol 500 mg,
via oral, de 12/12 horas,
por 07 dias
Clindamicina 300 mg, via
oral, de 12/12 horas, por
07 dias
Metronidazol 500 mg,
via oral, de 12/12
horas, por 10 a 14 dias
Metronidazol geléia
vaginal 100 mg/g, por 5
noites
Clindamicina óvulo vaginal,
100 mg, 01 óvulo a noite,
03 noites
Metronidazol geléia
vaginal 100 mg/g, por
10 noites, seguido de
duas aplicações
semanais, por 4 a 6
meses.
TRATAMENTO DE VAGINOSE BACTERIANA
Fonte: MS, 2020.
Não há indicação de tratar parceiro!
9. CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
NÃO é uma IST!
Ocorre devido desequilíbrio entre os fungos comensais e
imunidade;
Recorrente quatro ou mais episódios sintomáticos no
último ano;
Prurido vulvar, leucorreia branca, grumosa, aderente a
parede vaginal, dispareunia a penetração, disúria,
hiperemia vulvar.
11. TRATAMENTO DE CANDIDÍASE
PRIMEIRA OPÇÃO E/OU
GESTANTES
SEGUNDA OPÇÃO
Miconazol creme vaginal a
2%,
07 noites
ou
Nistatina 100.000 UI, VV,
14 noites
Fluconazol 150 mg, VO, dose
única
ou
Itraconazol 100mg, 02 cp VO de
12/12 horas, 1 dia
Tratamento de Candida não albicans: ácido bórico cápsula de gelatina 600 mg/dia,
via vaginal, 07 a 14 noites;
Não trata parceiro BALANOPOSTITE.
Fonte: MS, 2020.
12. TRATAMENTO DE CANDIDÍASE RECORRENTE
Fluconazol 150 mg, via oral, nos dias 1, 4 e 7
+
Manutenção: Fluconazol 150 mg, via oral, 1x por semana, 6
meses
Antes de iniciar o tratamento é importante realizar a
investigação de HIV e DM.
13. TRICOMONÍASE
Trichomonas vaginalis;
É uma IST;
Leucorréia vaginal abundante, fétida, verde-amarelada e bolhosa,
irritação vulvar intensa, prurido, dispareunia, dor pélvica, sintomas
urinários, colo em framboesa.
14. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Exame a fresco: Trichomonas móvel
Colpite (colo em framboesa)
Teste das aminas positivo
pH > 4,5
Teste de Schiller
Tigroide
Fonte: Google Imagem, 2024.
15. TRATAMENTO DE TRICOMONÍASE
Metronidazol 2g, via oral, dose única;
Ou
Metronidazol 500 mg, via oral, a cada 12 horas por 07 dias;
TRATA O PARCEIRO!!
Casos especiais
Gestante no 1º trimestre: Clotrimazol óvulo vaginal 100 mg, 6
noites;
Casos recorrentes: Metronidazol 2g VO, 1x/dia, 3 a 5 dias.
16. VAGINITES ATRÓFICA
Deficiência de estrogênio;
Sintomas: Leucorréia esbranquiçada, dispareunia e sangramento
pós coito, vagina pálida, seca e lisa;
Diagnóstico: Exame a fresco – células parabasais;
Tratamento: estrogênio tópico vaginal.
17. VAGINITES CITOLÍTICA
Elevação da população de lactobacilos;
Sintomas: Leucorréia branca e grumosa, ardor e prurido vulvar
no período pré-menstrual;
Diagnóstico: microscópico- ausência de microrganismos
patogênicos;
Tratamento: banho de assento com bicarbonato de sódio 30 a
60 g em 1 L de água, 2 a 3 x/semana.
18. VAGINITES INFLAMATÓRIA DESCAMATIVA
Substituição de lactobacilos por Streptococcus do grupo B (pós-
menopausa);
Sintomas: Leucorréia purulenta abundante, irritação
vulvovaginal e dispareunia, colpite macular;
Diagnóstico: coloração de Gram revela ausência de
Lactobacilos por substituição por cocos Gram positivos;
Tratamento: Clindamicina tópica 7 noites + Corticóide vaginal.
19. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção
Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020.
PASSOS, E. P. et al. Rotinas em ginecologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Comissões Nacionais Especializadas de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia –Manual de Orientação: Trato Genital Inferior, Rio de Janeiro, 2010.
REFERÊNCIAS