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VULVOVAGINITES
Rodrigo Bruno Loyo Cadette
Roberta Cristiane Oliveira da Silva
DEFINIÇÃO
 Processo ou manifestação inflamatória do trato genital inferior (vulva,
vagina e ectocervice);
 Manifestações: leucorréia associada ou não a prurido vulvar, disúria,
dispareunia, sensação de desconforto pélvico;
 Assintomática;
 Vaginite: associado a processo inflamatório;
 Vaginose: não apresenta processo inflamatório.
FISIOLOGIA VAGINAL DE DEFESA
Ph ácido < 4.5;
Branco/ transparente;
Inodoro;
Volume variável.
FATORES DE PROTEÇÃO
Pelos;
Pequenos lábios;
Vagina.
FATORES DE RISCO
Raça negra;
Tabagismo;
Sexo oral;
Múltiplos parceiros;
Obesidade;
Atividade sexual com outras mulheres.
VAGINOSE BACTERIANA
Não é considerada IST;
Aumento do Ph vaginal;
Leucorréia branco-acinzentada, fluida, quantidade discreta a
moderada, sem sinais inflamatórios da parede vaginal, odor
fétido (peixe podre).
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Critérios de Amsel (3 DOS 4)
 Leucorréia vaginal fina, homogêneo, branco-acinzentada;
 Teste das Aminas positivo (Whiff test) - hidróxido de potássio a
10%;
 Presença de Clue Cells;
 pH vaginal > 4,5.
PRIMEIRA OPÇÃO
E/OU GESTANTE
SEGUNDA OPÇÃO CASOS
RECORRENTES
Metronidazol 500 mg,
via oral, de 12/12 horas,
por 07 dias
Clindamicina 300 mg, via
oral, de 12/12 horas, por
07 dias
Metronidazol 500 mg,
via oral, de 12/12
horas, por 10 a 14 dias
Metronidazol geléia
vaginal 100 mg/g, por 5
noites
Clindamicina óvulo vaginal,
100 mg, 01 óvulo a noite,
03 noites
Metronidazol geléia
vaginal 100 mg/g, por
10 noites, seguido de
duas aplicações
semanais, por 4 a 6
meses.
TRATAMENTO DE VAGINOSE BACTERIANA
Fonte: MS, 2020.
Não há indicação de tratar parceiro!
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
NÃO é uma IST!
Ocorre devido desequilíbrio entre os fungos comensais e
imunidade;
Recorrente  quatro ou mais episódios sintomáticos no
último ano;
Prurido vulvar, leucorreia branca, grumosa, aderente a
parede vaginal, dispareunia a penetração, disúria,
hiperemia vulvar.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Diagnóstico: exame a fresco - pseudo hifas;
Teste das aminas negativo;
pH ácido < 4,5.
Fonte: Google Imagem, 2024.
TRATAMENTO DE CANDIDÍASE
PRIMEIRA OPÇÃO E/OU
GESTANTES
SEGUNDA OPÇÃO
Miconazol creme vaginal a
2%,
07 noites
ou
Nistatina 100.000 UI, VV,
14 noites
Fluconazol 150 mg, VO, dose
única
ou
Itraconazol 100mg, 02 cp VO de
12/12 horas, 1 dia
Tratamento de Candida não albicans: ácido bórico cápsula de gelatina 600 mg/dia,
via vaginal, 07 a 14 noites;
Não trata parceiro  BALANOPOSTITE.
Fonte: MS, 2020.
TRATAMENTO DE CANDIDÍASE RECORRENTE
Fluconazol 150 mg, via oral, nos dias 1, 4 e 7
+
Manutenção: Fluconazol 150 mg, via oral, 1x por semana, 6
meses
Antes de iniciar o tratamento é importante realizar a
investigação de HIV e DM.
TRICOMONÍASE
Trichomonas vaginalis;
É uma IST;
Leucorréia vaginal abundante, fétida, verde-amarelada e bolhosa,
irritação vulvar intensa, prurido, dispareunia, dor pélvica, sintomas
urinários, colo em framboesa.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Exame a fresco: Trichomonas móvel
Colpite (colo em framboesa)
Teste das aminas positivo
pH > 4,5
Teste de Schiller
 Tigroide
Fonte: Google Imagem, 2024.
TRATAMENTO DE TRICOMONÍASE
Metronidazol 2g, via oral, dose única;
Ou
Metronidazol 500 mg, via oral, a cada 12 horas por 07 dias;
TRATA O PARCEIRO!!
Casos especiais
Gestante no 1º trimestre: Clotrimazol óvulo vaginal 100 mg, 6
noites;
Casos recorrentes: Metronidazol 2g VO, 1x/dia, 3 a 5 dias.
VAGINITES ATRÓFICA
 Deficiência de estrogênio;
Sintomas: Leucorréia esbranquiçada, dispareunia e sangramento
pós coito, vagina pálida, seca e lisa;
Diagnóstico: Exame a fresco – células parabasais;
Tratamento: estrogênio tópico vaginal.
VAGINITES CITOLÍTICA
 Elevação da população de lactobacilos;
Sintomas: Leucorréia branca e grumosa, ardor e prurido vulvar
no período pré-menstrual;
Diagnóstico: microscópico- ausência de microrganismos
patogênicos;
Tratamento: banho de assento com bicarbonato de sódio 30 a
60 g em 1 L de água, 2 a 3 x/semana.
VAGINITES INFLAMATÓRIA DESCAMATIVA
 Substituição de lactobacilos por Streptococcus do grupo B (pós-
menopausa);
Sintomas: Leucorréia purulenta abundante, irritação
vulvovaginal e dispareunia, colpite macular;
Diagnóstico: coloração de Gram revela ausência de
Lactobacilos por substituição por cocos Gram positivos;
Tratamento: Clindamicina tópica 7 noites + Corticóide vaginal.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção
Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020.
PASSOS, E. P. et al. Rotinas em ginecologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Comissões Nacionais Especializadas de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia –Manual de Orientação: Trato Genital Inferior, Rio de Janeiro, 2010.
REFERÊNCIAS
Vulvovaginites para estudantes de Medicina

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  • 1. VULVOVAGINITES Rodrigo Bruno Loyo Cadette Roberta Cristiane Oliveira da Silva
  • 2. DEFINIÇÃO  Processo ou manifestação inflamatória do trato genital inferior (vulva, vagina e ectocervice);  Manifestações: leucorréia associada ou não a prurido vulvar, disúria, dispareunia, sensação de desconforto pélvico;  Assintomática;  Vaginite: associado a processo inflamatório;  Vaginose: não apresenta processo inflamatório.
  • 3. FISIOLOGIA VAGINAL DE DEFESA Ph ácido < 4.5; Branco/ transparente; Inodoro; Volume variável.
  • 5. FATORES DE RISCO Raça negra; Tabagismo; Sexo oral; Múltiplos parceiros; Obesidade; Atividade sexual com outras mulheres.
  • 6. VAGINOSE BACTERIANA Não é considerada IST; Aumento do Ph vaginal; Leucorréia branco-acinzentada, fluida, quantidade discreta a moderada, sem sinais inflamatórios da parede vaginal, odor fétido (peixe podre).
  • 7. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Critérios de Amsel (3 DOS 4)  Leucorréia vaginal fina, homogêneo, branco-acinzentada;  Teste das Aminas positivo (Whiff test) - hidróxido de potássio a 10%;  Presença de Clue Cells;  pH vaginal > 4,5.
  • 8. PRIMEIRA OPÇÃO E/OU GESTANTE SEGUNDA OPÇÃO CASOS RECORRENTES Metronidazol 500 mg, via oral, de 12/12 horas, por 07 dias Clindamicina 300 mg, via oral, de 12/12 horas, por 07 dias Metronidazol 500 mg, via oral, de 12/12 horas, por 10 a 14 dias Metronidazol geléia vaginal 100 mg/g, por 5 noites Clindamicina óvulo vaginal, 100 mg, 01 óvulo a noite, 03 noites Metronidazol geléia vaginal 100 mg/g, por 10 noites, seguido de duas aplicações semanais, por 4 a 6 meses. TRATAMENTO DE VAGINOSE BACTERIANA Fonte: MS, 2020. Não há indicação de tratar parceiro!
  • 9. CANDIDÍASE VULVOVAGINAL NÃO é uma IST! Ocorre devido desequilíbrio entre os fungos comensais e imunidade; Recorrente  quatro ou mais episódios sintomáticos no último ano; Prurido vulvar, leucorreia branca, grumosa, aderente a parede vaginal, dispareunia a penetração, disúria, hiperemia vulvar.
  • 10. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Diagnóstico: exame a fresco - pseudo hifas; Teste das aminas negativo; pH ácido < 4,5. Fonte: Google Imagem, 2024.
  • 11. TRATAMENTO DE CANDIDÍASE PRIMEIRA OPÇÃO E/OU GESTANTES SEGUNDA OPÇÃO Miconazol creme vaginal a 2%, 07 noites ou Nistatina 100.000 UI, VV, 14 noites Fluconazol 150 mg, VO, dose única ou Itraconazol 100mg, 02 cp VO de 12/12 horas, 1 dia Tratamento de Candida não albicans: ácido bórico cápsula de gelatina 600 mg/dia, via vaginal, 07 a 14 noites; Não trata parceiro  BALANOPOSTITE. Fonte: MS, 2020.
  • 12. TRATAMENTO DE CANDIDÍASE RECORRENTE Fluconazol 150 mg, via oral, nos dias 1, 4 e 7 + Manutenção: Fluconazol 150 mg, via oral, 1x por semana, 6 meses Antes de iniciar o tratamento é importante realizar a investigação de HIV e DM.
  • 13. TRICOMONÍASE Trichomonas vaginalis; É uma IST; Leucorréia vaginal abundante, fétida, verde-amarelada e bolhosa, irritação vulvar intensa, prurido, dispareunia, dor pélvica, sintomas urinários, colo em framboesa.
  • 14. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Exame a fresco: Trichomonas móvel Colpite (colo em framboesa) Teste das aminas positivo pH > 4,5 Teste de Schiller  Tigroide Fonte: Google Imagem, 2024.
  • 15. TRATAMENTO DE TRICOMONÍASE Metronidazol 2g, via oral, dose única; Ou Metronidazol 500 mg, via oral, a cada 12 horas por 07 dias; TRATA O PARCEIRO!! Casos especiais Gestante no 1º trimestre: Clotrimazol óvulo vaginal 100 mg, 6 noites; Casos recorrentes: Metronidazol 2g VO, 1x/dia, 3 a 5 dias.
  • 16. VAGINITES ATRÓFICA  Deficiência de estrogênio; Sintomas: Leucorréia esbranquiçada, dispareunia e sangramento pós coito, vagina pálida, seca e lisa; Diagnóstico: Exame a fresco – células parabasais; Tratamento: estrogênio tópico vaginal.
  • 17. VAGINITES CITOLÍTICA  Elevação da população de lactobacilos; Sintomas: Leucorréia branca e grumosa, ardor e prurido vulvar no período pré-menstrual; Diagnóstico: microscópico- ausência de microrganismos patogênicos; Tratamento: banho de assento com bicarbonato de sódio 30 a 60 g em 1 L de água, 2 a 3 x/semana.
  • 18. VAGINITES INFLAMATÓRIA DESCAMATIVA  Substituição de lactobacilos por Streptococcus do grupo B (pós- menopausa); Sintomas: Leucorréia purulenta abundante, irritação vulvovaginal e dispareunia, colpite macular; Diagnóstico: coloração de Gram revela ausência de Lactobacilos por substituição por cocos Gram positivos; Tratamento: Clindamicina tópica 7 noites + Corticóide vaginal.
  • 19. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. PASSOS, E. P. et al. Rotinas em ginecologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Comissões Nacionais Especializadas de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia –Manual de Orientação: Trato Genital Inferior, Rio de Janeiro, 2010. REFERÊNCIAS