SlideShare uma empresa Scribd logo
biorremediação
Prof. Angela Tavares
Curso Técnico em Biotecnologia
definição
• A biorremediação, também chamada de remediação
biológica, é uma técnica utilizada para minimizar os
impactos ambientais causados pela poluição.
• A Biorremediação é uma forma ecológica de lidar com a
contaminação do meio ambiente utilizando processos
naturais.
definição
• A palavra “bio” refere-se ao emprego de seres vivos –
bactérias, fungos e algas – como agentes que provem a
“remediação”. Ou seja, serão aqueles que auxiliarão na
retirada ou diminuição dos resíduos jogados na natureza.
• São utilizados agentes biológicos degradadores,
particularmente microrganismos (bactérias, fungos,
leveduras, enzimas, etc.), os quais desintoxicam as áreas
contaminadas pela poluição.
definição
• O microrganismo utilizado no processo de remediação
biológica metaboliza e digere o contaminante. Por
conseguinte, ele libera gás carbônico (CO2)e água (H2O).
• Um exemplo notório onde a biorremediação pode ser
utilizada é na contaminação (dos solos ou recursos
hídricos) por petróleo e seus derivados.
Para que serve?
• A Biorremediação serve para restaurar o equilíbrio do
ecossistema original, sem causar danos colaterais.
• Justamente por isso é que agentes naturais são utilizados. Ou
seja, é empregada para atacar contaminantes específicos,
como hidrocarbonetos do petróleo e compostos orgânicos
clorados.
Onde se aplica?
• A Biorremediação pode ser aplicada em qualquer ambiente natural
que sofreu acidentes ambientais.
• Vazamento de hidrocarbonetos (petróleo) no oceano,
derramamento de resíduos fabris, solos contaminados com metais,
aterro sanitários… são vários os locais em que essa estratégia pode
ser aplicada.
• Na limpeza de derramamentos do óleo, por exemplo, adiciona-se
fertilizantes de nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição
do óleo pelas bactérias do meio.
Como a biorremediaçãoocorre
• O processo ocorre com o próprio metabolismo natural dos
micróbios.
• Em um ecossistema afetado com resíduos, nem sempre os
organismos nativos conseguem recuperá-lo com velocidade.
• Aplica-se novos seres adaptáveis à região para maximizar essa
ação ou cria-se um ambiente químico que favoreça a reação
(teor de nutrientes, atividade enzimática, temperatura, pH…).
Como a biorremediaçãoocorre
• Um exemplo são as bactérias que oxidam vários
compostos perigosos, alterando-os em elementos não nocivos após
decomposição. Contudo, nem todos os contaminantes são facilmente
tratados. Os metais pesados (cádmio e chumbo) não são
absorvidos pelos microorganismos, mas podem se tornar compostos
menos perigosos.
• O mercúrio é um tipo de metal que até consegue ser absorvido, mas
se acumula no corpo dos animais ao longo da cadeia alimentar, então
é preciso ter muito cuidado com certos compostos.
Exemplos de biorremediação
• Em 1989, o navio Exxon Valdez se acidentou e acabou
ocorrendo o vazamento de 42 mil toneladas de petróleo na
costa do Alasca. A petrolífera utilizou biorremediação: 48
toneladas de fertilizantes para aumentar a população natural
de bactérias capazes de degradar o petróleo. Após três anos,
a área contaminada representava apenas 1%.
Exemplos de biorremediação
Pior desastre ambiental no Alasca (1989) - YouTube
Exemplos de biorremediação
• Já no Brasil, um clássico exemplo é o estado de São Paulo,
famoso por ser o parque industrial do Brasil, principalmente
a cidade de Cubatão que enfrenta muitos problemas com
resíduos. De acordo com os dados da CETESB, o número de
áreas contaminadas é 4.771, 425 já foram reabilitadas e
1556 encontram-se em processo de remediação.
Exemplos de biorremediação
Remediação de áreas contaminadas – Hora 1 – 21 de
junho - YouTube
vantagens
•Trata-se de um processo seguro que não afeta ao meio
ambiente com consequência e nem as populações que vivem
nas proximidades. É promissora e sustentável.
•É um processo de baixo custo se comparado a outras
técnicas de tratamento.
• Ainda que se acelere o processo natural, essa técnica é
considerada lenta se comparada a técnicas artificiais.
• Se for mal calculada ou posta em prática de maneira errada,
o uso de microrganismos que não habitam o local pode trazer
desequilíbrio ecológico.
•Por esse mesmo motivo, requer muito estudo cauteloso e
diversas pesquisas antes de ser aplicado, o que
acaba tomando tempo.
desvantagens
1. Biorremediação In-situ:
• tratamento do material contaminado no próprio local. Ou
seja, não é necessário transportar o material.
• Tem como vantagem o baixo custo e a possibilidade de
tratamento de grandes áreas. No entanto, o tratamento é
mais lento.
Tipos de biorremediação
2. Biorremediação Ex-situ:
• tratamento do material contaminado num local diferente
de sua origem. Nesse caso, ela é utilizada quando há risco
de propagar rapidamente a contaminação.
• Desvantagem é o custo do transporte.
Tipos de biorremediação
Técnicas de biorremediação
1. In-Situ
• Atenuação Natural: é também chamada de "biorremediação
passiva ou intrínseca". Nesse caso, a descontaminação é lenta
sendo necessário o monitoramento do local por um longo
período.
• Bioaumentação: uso de microrganismos com alto potencial
de degradação dos agentes contaminantes. Essa técnica é
utilizada quando o local apresenta grande deterioração.
Técnicas de biorremediação
Bioaumentação como ferramenta no tratamento de
efluentes complexos - YouTube
Técnicas de biorremediação
• Bioestimulação: estimula-se a atividade dos microrganismos ao se
adicionar nutrientes orgânicos e inorgânicos no local degradado.
• Fitorremediação: estimula-se a atividade dos microrganismos ao se
adicionar plantas no local degradado. Essa técnica é geralmente
utilizada quando o local está poluído por metais pesados.
• Landfarming: aplicação periódica de resíduo oleoso com alta
concentração de carbono orgânico no local degradado.
Técnicas de biorremediação
Ciência SP | Planta recupera ambiente impactado por
ferro - YouTube
Técnicas de biorremediação
2. Ex-Situ
• Compostagem: utilizada para tratamento do solo contaminado.
Geralmente, o solo é removido do local e colocado em forma de
pilhas. Os microrganismos vão transformar a poluição em
matéria orgânica, gás carbônico (CO2) e água (H2O).
• Biorreatores: uso de grandes tanques fechados, onde se coloca
o solo contaminado e mistura-se com água. Cerca de 10% a 40%
dos resíduos sólidos são suspensos, sendo aerados através do
sistema de rotação.
O que é BIORREMEDIAÇÃO | Processo BIODEGRADÁVEL para tratamento de águas ou
solos contaminados - YouTube

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

3. aula biorremediação
3. aula biorremediação3. aula biorremediação
3. aula biorremediação
Denyse Cruz
 
Poluição do solo causada por agrotóxicos
Poluição do solo causada por agrotóxicosPoluição do solo causada por agrotóxicos
Poluição do solo causada por agrotóxicos
Flavio Santos
 
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicos
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicosManual de procedimentos para registro de agrotóxicos
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicos
João Siqueira da Mata
 
Biorremediação
BiorremediaçãoBiorremediação
Biorremediação
Lucas Costa
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
Jacqueline Thomé
 
Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
UERGS
 
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - AssisPalestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Darío Palmieri
 
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetaisFitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
FREDY TELLO
 
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerradoViveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
Bruno Rodrigues
 
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURAIMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
Geagra UFG
 
Minicurso biogás
Minicurso biogásMinicurso biogás
Minicurso biogás
Sebastião Nascimento
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Giovani de Oliveira Arieira
 
Seminario micro geral_ectomicorrizas
Seminario micro geral_ectomicorrizasSeminario micro geral_ectomicorrizas
Seminario micro geral_ectomicorrizas
MICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
RESUMO Sistemática.pdf
RESUMO Sistemática.pdfRESUMO Sistemática.pdf
RESUMO Sistemática.pdf
guize
 
Aula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolasAula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolas
Adriana Madeira
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriais
Edir Leite Freire
 
Quimica ambiental
Quimica ambientalQuimica ambiental
Quimica ambiental
Paulo Vaz
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
AgriculturaSustentavel
 
Teli 2
Teli 2Teli 2
Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes
Dominique Alves
 

Mais procurados (20)

3. aula biorremediação
3. aula biorremediação3. aula biorremediação
3. aula biorremediação
 
Poluição do solo causada por agrotóxicos
Poluição do solo causada por agrotóxicosPoluição do solo causada por agrotóxicos
Poluição do solo causada por agrotóxicos
 
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicos
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicosManual de procedimentos para registro de agrotóxicos
Manual de procedimentos para registro de agrotóxicos
 
Biorremediação
BiorremediaçãoBiorremediação
Biorremediação
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
 
Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
 
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - AssisPalestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
 
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetaisFitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
Fitorremediacão: Como despolir águas e solos utilizando vegetais
 
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerradoViveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
Viveiro e-producao-de-mudas-de-algumas-especies-arboreas-nativas-do-cerrado
 
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURAIMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA
 
Minicurso biogás
Minicurso biogásMinicurso biogás
Minicurso biogás
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
 
Seminario micro geral_ectomicorrizas
Seminario micro geral_ectomicorrizasSeminario micro geral_ectomicorrizas
Seminario micro geral_ectomicorrizas
 
RESUMO Sistemática.pdf
RESUMO Sistemática.pdfRESUMO Sistemática.pdf
RESUMO Sistemática.pdf
 
Aula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolasAula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolas
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriais
 
Quimica ambiental
Quimica ambientalQuimica ambiental
Quimica ambiental
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
Teli 2
Teli 2Teli 2
Teli 2
 
Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes
 

Semelhante a UNID. 06 BIOREMEDIAÇÃO.pdf

Apres a1 abes-es
Apres a1  abes-esApres a1  abes-es
Apres a1 abes-es
SERVIO TULIO CASSINI
 
788 3000-2-pb
788 3000-2-pb788 3000-2-pb
Micro-organismos no tratamento de água
Micro-organismos no tratamento de águaMicro-organismos no tratamento de água
Micro-organismos no tratamento de água
Luisjoaquim
 
Agricultura
AgriculturaAgricultura
Agricultura
Daniel Santos
 
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
ECOCLÃ BIOTECNOLOGIA
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
Priscila Siqueira
 
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
marcelo otenio
 
Biotrakto
BiotraktoBiotrakto
Aula 04_Tratamento de RSU.pptx
Aula 04_Tratamento de RSU.pptxAula 04_Tratamento de RSU.pptx
Aula 04_Tratamento de RSU.pptx
AnaKassiaLopesGonalv1
 
ProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
ProtecçãO E ConservaçãO Da NaturezaProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
ProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
guest69ca1e7
 
Descarte de resíduos
Descarte de resíduosDescarte de resíduos
Introdução à higienização - definições, fatores e etapas.ppt
Introdução à higienização -  definições, fatores e etapas.pptIntrodução à higienização -  definições, fatores e etapas.ppt
Introdução à higienização - definições, fatores e etapas.ppt
GUILHERMEERNANDES1
 
Etar 1203697829393634-3
Etar 1203697829393634-3Etar 1203697829393634-3
Etar 1203697829393634-3
Pelo Siro
 
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
Leonor Vaz Pereira
 
Permacultura completo
Permacultura   completoPermacultura   completo
Permacultura completo
Taynara Emerson
 
Visita ao bio-digestor
Visita ao bio-digestorVisita ao bio-digestor
Visita ao bio-digestor
catycarneiro
 
Visita Ao Bio Digestor
Visita Ao Bio DigestorVisita Ao Bio Digestor
Visita Ao Bio Digestor
catycarneiro
 
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptxGestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
Leonardo Maciel
 
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia AmbientalICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
Ricardo Portela
 
Aula pratica 02
Aula pratica 02Aula pratica 02

Semelhante a UNID. 06 BIOREMEDIAÇÃO.pdf (20)

Apres a1 abes-es
Apres a1  abes-esApres a1  abes-es
Apres a1 abes-es
 
788 3000-2-pb
788 3000-2-pb788 3000-2-pb
788 3000-2-pb
 
Micro-organismos no tratamento de água
Micro-organismos no tratamento de águaMicro-organismos no tratamento de água
Micro-organismos no tratamento de água
 
Agricultura
AgriculturaAgricultura
Agricultura
 
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
LIMPEZA DE REDES COLETORAS - RELATÓRIO 2012
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
 
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
 
Biotrakto
BiotraktoBiotrakto
Biotrakto
 
Aula 04_Tratamento de RSU.pptx
Aula 04_Tratamento de RSU.pptxAula 04_Tratamento de RSU.pptx
Aula 04_Tratamento de RSU.pptx
 
ProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
ProtecçãO E ConservaçãO Da NaturezaProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
ProtecçãO E ConservaçãO Da Natureza
 
Descarte de resíduos
Descarte de resíduosDescarte de resíduos
Descarte de resíduos
 
Introdução à higienização - definições, fatores e etapas.ppt
Introdução à higienização -  definições, fatores e etapas.pptIntrodução à higienização -  definições, fatores e etapas.ppt
Introdução à higienização - definições, fatores e etapas.ppt
 
Etar 1203697829393634-3
Etar 1203697829393634-3Etar 1203697829393634-3
Etar 1203697829393634-3
 
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
51.4.poluição e degradação de recursos2011.ivp.solos.trata.residuos
 
Permacultura completo
Permacultura   completoPermacultura   completo
Permacultura completo
 
Visita ao bio-digestor
Visita ao bio-digestorVisita ao bio-digestor
Visita ao bio-digestor
 
Visita Ao Bio Digestor
Visita Ao Bio DigestorVisita Ao Bio Digestor
Visita Ao Bio Digestor
 
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptxGestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
Gestão Ambiental Aula_Bioindicadores_IFPE.pptx
 
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia AmbientalICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
 
Aula pratica 02
Aula pratica 02Aula pratica 02
Aula pratica 02
 

UNID. 06 BIOREMEDIAÇÃO.pdf

  • 2. definição • A biorremediação, também chamada de remediação biológica, é uma técnica utilizada para minimizar os impactos ambientais causados pela poluição. • A Biorremediação é uma forma ecológica de lidar com a contaminação do meio ambiente utilizando processos naturais.
  • 3. definição • A palavra “bio” refere-se ao emprego de seres vivos – bactérias, fungos e algas – como agentes que provem a “remediação”. Ou seja, serão aqueles que auxiliarão na retirada ou diminuição dos resíduos jogados na natureza. • São utilizados agentes biológicos degradadores, particularmente microrganismos (bactérias, fungos, leveduras, enzimas, etc.), os quais desintoxicam as áreas contaminadas pela poluição.
  • 4. definição • O microrganismo utilizado no processo de remediação biológica metaboliza e digere o contaminante. Por conseguinte, ele libera gás carbônico (CO2)e água (H2O). • Um exemplo notório onde a biorremediação pode ser utilizada é na contaminação (dos solos ou recursos hídricos) por petróleo e seus derivados.
  • 5. Para que serve? • A Biorremediação serve para restaurar o equilíbrio do ecossistema original, sem causar danos colaterais. • Justamente por isso é que agentes naturais são utilizados. Ou seja, é empregada para atacar contaminantes específicos, como hidrocarbonetos do petróleo e compostos orgânicos clorados.
  • 6. Onde se aplica? • A Biorremediação pode ser aplicada em qualquer ambiente natural que sofreu acidentes ambientais. • Vazamento de hidrocarbonetos (petróleo) no oceano, derramamento de resíduos fabris, solos contaminados com metais, aterro sanitários… são vários os locais em que essa estratégia pode ser aplicada. • Na limpeza de derramamentos do óleo, por exemplo, adiciona-se fertilizantes de nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo pelas bactérias do meio.
  • 7. Como a biorremediaçãoocorre • O processo ocorre com o próprio metabolismo natural dos micróbios. • Em um ecossistema afetado com resíduos, nem sempre os organismos nativos conseguem recuperá-lo com velocidade. • Aplica-se novos seres adaptáveis à região para maximizar essa ação ou cria-se um ambiente químico que favoreça a reação (teor de nutrientes, atividade enzimática, temperatura, pH…).
  • 8. Como a biorremediaçãoocorre • Um exemplo são as bactérias que oxidam vários compostos perigosos, alterando-os em elementos não nocivos após decomposição. Contudo, nem todos os contaminantes são facilmente tratados. Os metais pesados (cádmio e chumbo) não são absorvidos pelos microorganismos, mas podem se tornar compostos menos perigosos. • O mercúrio é um tipo de metal que até consegue ser absorvido, mas se acumula no corpo dos animais ao longo da cadeia alimentar, então é preciso ter muito cuidado com certos compostos.
  • 9. Exemplos de biorremediação • Em 1989, o navio Exxon Valdez se acidentou e acabou ocorrendo o vazamento de 42 mil toneladas de petróleo na costa do Alasca. A petrolífera utilizou biorremediação: 48 toneladas de fertilizantes para aumentar a população natural de bactérias capazes de degradar o petróleo. Após três anos, a área contaminada representava apenas 1%.
  • 10. Exemplos de biorremediação Pior desastre ambiental no Alasca (1989) - YouTube
  • 11. Exemplos de biorremediação • Já no Brasil, um clássico exemplo é o estado de São Paulo, famoso por ser o parque industrial do Brasil, principalmente a cidade de Cubatão que enfrenta muitos problemas com resíduos. De acordo com os dados da CETESB, o número de áreas contaminadas é 4.771, 425 já foram reabilitadas e 1556 encontram-se em processo de remediação.
  • 12. Exemplos de biorremediação Remediação de áreas contaminadas – Hora 1 – 21 de junho - YouTube
  • 13. vantagens •Trata-se de um processo seguro que não afeta ao meio ambiente com consequência e nem as populações que vivem nas proximidades. É promissora e sustentável. •É um processo de baixo custo se comparado a outras técnicas de tratamento.
  • 14. • Ainda que se acelere o processo natural, essa técnica é considerada lenta se comparada a técnicas artificiais. • Se for mal calculada ou posta em prática de maneira errada, o uso de microrganismos que não habitam o local pode trazer desequilíbrio ecológico. •Por esse mesmo motivo, requer muito estudo cauteloso e diversas pesquisas antes de ser aplicado, o que acaba tomando tempo. desvantagens
  • 15. 1. Biorremediação In-situ: • tratamento do material contaminado no próprio local. Ou seja, não é necessário transportar o material. • Tem como vantagem o baixo custo e a possibilidade de tratamento de grandes áreas. No entanto, o tratamento é mais lento. Tipos de biorremediação
  • 16. 2. Biorremediação Ex-situ: • tratamento do material contaminado num local diferente de sua origem. Nesse caso, ela é utilizada quando há risco de propagar rapidamente a contaminação. • Desvantagem é o custo do transporte. Tipos de biorremediação
  • 17. Técnicas de biorremediação 1. In-Situ • Atenuação Natural: é também chamada de "biorremediação passiva ou intrínseca". Nesse caso, a descontaminação é lenta sendo necessário o monitoramento do local por um longo período. • Bioaumentação: uso de microrganismos com alto potencial de degradação dos agentes contaminantes. Essa técnica é utilizada quando o local apresenta grande deterioração.
  • 18. Técnicas de biorremediação Bioaumentação como ferramenta no tratamento de efluentes complexos - YouTube
  • 19. Técnicas de biorremediação • Bioestimulação: estimula-se a atividade dos microrganismos ao se adicionar nutrientes orgânicos e inorgânicos no local degradado. • Fitorremediação: estimula-se a atividade dos microrganismos ao se adicionar plantas no local degradado. Essa técnica é geralmente utilizada quando o local está poluído por metais pesados. • Landfarming: aplicação periódica de resíduo oleoso com alta concentração de carbono orgânico no local degradado.
  • 20. Técnicas de biorremediação Ciência SP | Planta recupera ambiente impactado por ferro - YouTube
  • 21. Técnicas de biorremediação 2. Ex-Situ • Compostagem: utilizada para tratamento do solo contaminado. Geralmente, o solo é removido do local e colocado em forma de pilhas. Os microrganismos vão transformar a poluição em matéria orgânica, gás carbônico (CO2) e água (H2O). • Biorreatores: uso de grandes tanques fechados, onde se coloca o solo contaminado e mistura-se com água. Cerca de 10% a 40% dos resíduos sólidos são suspensos, sendo aerados através do sistema de rotação.
  • 22. O que é BIORREMEDIAÇÃO | Processo BIODEGRADÁVEL para tratamento de águas ou solos contaminados - YouTube