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Instituto Federal do Piauí
Disciplina: Microbiologia dos alimentos
Prof. Regiane Gonçalves
Gabriella Magalhães
Gislayne Bianca
Teresa Raquel Brito
BIORREMEDIAÇÃO
Aspectos gerais e aplicação
O que é Biorremediação?
• Processo que utiliza agentes biológicos,
particularmente os micro-organismos, para
remover poluentes tóxicos do ambiente,
principalmente:
– Águas superficiais, subterrâneas e solo;
– Resíduos e efluentes industriais em aterros ou
áreas de contenção.
(GAYLARDE, 2005)
• Os poluentes são decompostos então, em
substâncias atóxicas por meio do metabolismo
microbiano.
• Não oferece riscos
ao ambiente e às
populações habitantes
próximas.
O que é Biorremediação?
Legenda:
1- Micro-organismo
2- Contaminante (como petróleo ou
outro composto orgânico)
1
12
2 1
1 1
2
Micro-organismo
metaboliza o
contaminante
orgânico
Micro-organismo digere o
contaminante e o converte
em gases inócuos (CO2) e
em água (H2O)
Micro-organismo
libera CO2 e H2O no
local de tratamento
Histórico
• A Biorremediação como processo tecnológico
não é um tema novo:
– Surgiu a partir dos trabalhos de Pasteur em 1860,
quando ele descobriu os micro-organismos
anaeróbios promovendo um grande salto na
busca de qualidade de vida da humanidade.
• São usados desde 600 a.C. pelo romanos e
outros para tratar seus efluentes.
• Desde a década de 50, vêm sendo isoladas bactérias e fungos
degradadores;
• Na década de 80 a Biorremediação se consolidou como líder no
rol das tecnologias inovadora na remediação de áreas degradadas;
• Por ser um processo natural promove um tratamento
adequado ao meio;
• Seu custo é relativamente baixo quando comparado à outras
alternativas convencionais de tratamento de
resíduos sólidos.
Histórico
Onde pode ser empregada?
• Atacar contaminantes específicos no solo e águas
subterrâneas:
– Como a degradação de hidrocarbonetos do petróleo
e compostos orgânicos clorados pelas bactérias.
• limpeza de derramamentos do
óleo pela adição dos fertilizantes
de nitrato ou de sulfato para
facilitar a decomposição do óleo
Pelas bactérias presentes no
meio.
Biorremediação
• Atualmente a biorremediação compreende:
– micro-organismos, plantas, enzimas e a interação entre
eles.
• Fundamentada em três aspectos principais:
 Existência de microrganismos com capacidade catabólica
para degradar o contaminante;
 O contaminante deve estar disponível ou acessível ao
ataque microbiano ou enzimático;
 Condições ambientais adequadas para o crescimento e
atividade do agente biorremediador.
• Principais dificuldades:
– Heterogeneidade do rejeito;
– Alta concentração do contaminante;
– Condições adequadas para o crescimento
microbiano.
Biorremediação
Biorremediação – In situ ou ex situ
• "in-situ" :
– Envolve tratar o material contaminado no próprio
local.
• Atenuação natural; bioaumentação; bioestimulação;
fitorremediação e “landfarming”.
• "ex-situ" :
– Consiste na remoção do material contaminado
para tratamento em local externo ao de sua
origem.
• Compostagem e biorreatores.
• Atenuação natural: Biorremediação passiva ou
intrínseca.
– o contaminante permanece no local e, através de
processos naturais como biodegradação,
volatilização, diluição e sorção, ocorre a
descontaminação do ambiente.
• Lenta;
• exigindo o uso conjunto de outras técnicas;
• monitoramento do local por longos períodos de tempo;
– Visando a proteção da saúde do homem e do ambiente.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• Bioaumentação:
– inoculação de um local contaminado com
microrganismos com alto potencial de degradação
dos contaminantes;
– Mais usado quando o solo recebe um xenobiótico
e não há populações microbianas capazes de
degradar eficientemente este composto.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• Bioestimulação:
– Nutrientes orgânicos e inorgânicos podem ser
adicionados ao solo visando a estimular a
atividade dos microrganismos degradadores.
– A técnica deve ser precedida de criteriosa
avaliação, visando a determinar os nutrientes e as
doses que necessitam ser adicionados ao solo.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• Fitorremedação:
– utiliza plantas para remediar o solo contaminado
por metais pesados, compostos orgânicos e
radionuclídeos.
• fitoestimulação, em que ocorre a estimulação da
atividade dos microrganismos degradadores dos
contaminantes pela rizosfera da planta:
Biorremediação – In situ ou ex situ
• O landfarming:
– resíduos com alta concentração de carbono
orgânico são aplicados periodicamente no solo;
– Se os resíduos tratados apresentarem
componentes tóxicos,a operação do landfarming
deverá ser licenciada pelas agências de proteção
ambiental.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• Usada pelas refinarias e indústrias petroquímicas de
vários de países, inclusive do Brasil:
– simplicidade de operação e à alta taxa de
aplicação dos resíduos ao solo.
– Se houver erros podem haver casos de
contaminação superficial do solo.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• A compostagem é uma técnica ex situ:
– pode ser utilizada para o tratamento do solo
contaminado com HAPs.
– o solo normalmente é removido do local de
origem e colocado na forma de pilhas;
– os microrganismos aeróbios irão degradar os
contaminantes orgânicos, transformandoos em
material orgânico estabilizado, CO2 e água.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• Biorreatores: Ilustrativamente comparados a
tanques aéreos fechados.
– O solo contaminado é misturado com água, de modo
a formar uma suspensão com 10 a 40% de sólidos,
que é mecanicamente aerada através de rotações.
– A formação desta suspensão no interior do biorreator
possibilita o aumento da disponibilidade dos
contaminantes aos microrganismos degradadores e a
eliminação da heterogeneidade da distribuição dos
contaminantes no solo.
Biorremediação – In situ ou ex situ
• interior do biorreator, as condições
ambientais:
– pH,a disponibilidade de nutrientes, a aeração e a
temperatura são otimizadas para o máximo
crescimento microbiano;
– Possível também a inoculação de microrganismos
comprovadamente degradadores dos
contaminantes.
Biorremediação – In situ ou ex situ
Fatores físico-químicos da
biodegradação
• Físicos:
– Natureza física da matriz onde o composto é encontrado (solo,
água, sedimento).
– Temperatura;
– Luz .
• Químicos:
– Composição química da matriz ambiental, que define a
capacidade nutritiva;
– pH;
– Umidade;
– Teor de oxigênio dissolvido;
– O potencial redox do meio;
– Composição e estrutura química do poluente.
(GAYLARDE, 2005)
Fatores biológicos da
biodegradação
• Depende: Presença de micro-organismos capazes
de metabolizar as moléculas e seus subprodutos:
• Enzimas;
– Não existe rotas metabólicas capazes de degradar
todos os novos compostos sintetizados pelo homem.
– Alguns xenobióticos (estranhas ao meio ambiente
natural) podem ser biodegradados.
(GAYLARDE, 2005)
– Alguns MOs possuem enzimas capazes de
catabolizar moléculas específicas ou podem agir
em consórcios microbianos;
• Xenobióticos de estrutura semelhante a estruturas de
moléculas naturais;
– Enzimas que catabolizam a degradação de
compostos naturais podem apresentar baixa
especificidade e reconhecer os xenobióticos de
estrutura semelhante.
(GAYLARDE, 2005)
Fatores biológicos da
biodegradação
– Alguns compostos são parcialmente degradados –
produto resultante não contribui para a
sobrevivência do micro-organismo.
• Co-metabolismo – pode servir de substrato para outra
espécie microbiana – degradação completa do
xenobiótico.
• Troca de material genético:
– Troca de plasmídeos entre bactérias da mesma
espécie ou de espécie diferente;
• Disseminação de genes relacionadas ao metabolismo
catabólico de moléculas recalcitrantes.
(GAYLARDE, 2005)
Fatores biológicos da
biodegradação
USO DE BACTÉRIAS NO TRATAMENTO DE
SOLO
• Filtro natural para resíduos (propriedades físicas,
químicas e biológicas).
● Gêneros de bactérias mais importantes:
Agrobacterium, Arthrobacter, Bacillus, Flavobacterium
e Pseudomonas.
● O crescimento bacteriano é estimulado com a adição
de nutrientes processo conhecido como
bioestimulação. Ex: Nitrogênio, fósforo e oxigênio.
(MANAHAN, 2013)
● Compostagem: Biodegradação de
materiais sólidos ou solidificados
em um meio diferente do solo.
– Depende da seleção de
micro-organismos adequados
(inóculos); oferta de oxigênio,
teor de umidade ( mínimo de
40%) e pH ( próximo a
neutralidade) e temperatura.
(MANAHAN, 2013)
USO DE BACTÉRIAS NO TRATAMENTO DE SOLO
● Os solos contaminados com produtos derivados de
petróleo, compostos fenólicos, solventes organoclorados
pouco clorados são tratados por biorremediação aeróbia
in situ.
– Consiste em estimular o crescimento da
população microbiana nativa do solo
(indigenous) adicionando ao solo nutrientes e
oxigênio e estabelecendo condições.
– Só se aplicam a solos permeáveis o suficiente
para permitir a introdução de oxigênio e
nutrientes.
(SCHMIDT, 2010)
●Uso de biorremediação intrínseca pela ação dos micro-
organismos sem intervenção humana. Atuam reduzindo a
massa, toxicidade, mobilidade ou concentração dos
contaminantes no solo e águas subterrâneas.
Ex:Bacillus hexabovorum na ação de hidrocarbonetos
BTEX (Tolueno, Xileno) presentes em gasolina e óleo
diesel. Pseudomonas putida metabolizaçao de benzeno,
tolueno e p-xileno.
● Dividem-se em: Processos destrutivos com o uso de a
biodegradação aeróbia e anaeróbia, e não destrutivos.
(MANAHAN, 2013)
● Uso de bactérias na degradação de hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos (HAPs) que se acumulam no
ambiente.(JACQUES, et al., 2007)
Ex: Pseudomonas, Aeromonas, Beijerinckia,
Flavobacterium, Nocardia, Corynebacterium,
Sphingomonas, Mycobacterium,
Stenotrophomonas, Paracoccus, Burkholderia e
Microbacterium.
● Papel na recuperação de ecossistemas pela aceleração da
biodegradação dos hidrocarbonetos provenientes de
vazamentos pela produção de micro-organismo
surfactantes sintéticos atuando em faixas pequenas de pH
e temperatura.(JACQUES, et al., 2007)
● Empregada para atacar hidrocarbonetos clorados em
derramamentos de óleo pela adição dos fertilizantes de
nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo
pelas bactérias locais ou exteriores. (PINTO, 2006).
FITORREMEDIAÇÃO E POTENCIAL
MICROBIANO
● Aumento do potencial do solo para degradar
contaminantes. Ex: Composto de hidrocarbonetos.
● Requer o uso de especies de plantas apropriadas que
podem alterar beneficamente a diversidade microbiana
para a remediação do solo.
(SICILIANO, et al., 2003)
TRATAMENTO DE EFLUENTES
Residuárias
● Os processo de tratamento são divididos em três
categorias.
– Tratamento primário: remoção de partículas
grossas e materiais insolúveis.
– Tratamento secundário: processos biológicos.
– Tratamento terciário: processos executado nos
efluentes de tratamento secundários.
(MANAHAN, 2013)
Processos biológicos ou bioquímicos
● Pode ocorrer por oxidação (tratamento biológico) ou
redução (digestão do lodo).
● Se compõe de processos aeróbios e adsorção. Trata-se de
fenômenos de superfície proveniente das membranas e
dos flocos aos quais vivem as bactérias. Ex: Filtro biológico
(MANAHAN, 2013)
Filtro biológico para o tratamento secundário de efluentes
● A atividade anaeróbica das bactérias não necessita de
equipamento de aeração artificial e tem geração de biogás.
Os produtos finais são metano e compostos inorgânicos.
● É um processo importante na decomposição do lodo de
esgotos nos digestores em reatores . São realizadas por
processos de digestão ácida e metânica.
● Transformação de lipídeos em lodo ativado em pregando
Microthrix parvicella
Efluentes industriais
● Remoção de resíduos orgânicos com tratamento biológico e
lodo ativado
(MANAHAN, 2013)
Fungos
• Domínio Eukarya;
• São heterótrofos ( decompositores da matéria
orgânica);
• Amplamente distribuídos na natureza:
– Ar (fungos anemófilos), água, solo, vegetais e
animais.
(RODRIGUES,2012)
Potencial dos fungos em processos de
Biorremediação
• Tolerância a suportar variações grandes de pH;
• Capacidade de suportar oscilações de carga
orgânica, estabelecendo-se predominantemente
em biofilmes submetidos à carga orgânica
volumétrica elevada;
• Adequada adaptação às condições limitantes de
nutrientes e de oxigênio.
(RODRIGUES,2012)
• Produção de um número elevado de enzimas:
Celulases, ligninases, oxidases, etc.
– Favorecem a assimilação dos mais diferentes
substratos, inclusive de compostos de grande
peso molecular e estruturalmente complexos:
• Corantes, pesticidas, xilenos e toluenos.
(RODRIGUES,2012)
Potencial dos fungos em processos de Biorremediação
Controle de variáveis
• Otimiza o trabalho dos fungos:
– Objetivos e metas a serem alcançados:
Produto final;
Substratos a serem consumidos;
Eficiência.
(RODRIGUES,2012)
VARIÁVEIS
Tamanho do inóculo Agitação
pH aeração
Pressão de CO2 Temperatura
Fungos no tratamento de águas
residuárias industriais
• A água é um dos bens mais preciosos e
importantes para a sobrevivência.
• Crescimento demográfico, desenvolvimento
industrial e tecnológico:
– Necessidade de um rigoroso controle das diversas
formas de poluição:
• Efluentes domiciliares e industriais.
(RODRIGUES, 2012)
• Gênero Aspergillus:
– Utilizam compostos xenobióticos como fonte
primária de carbono;
(RODRIGUES, 2012)
Fungos no tratamento de águas residuárias industriais
– Aspergillus niger – importante papel
biotecnológico.
– É usado na produção de ácidos orgânicos e
enzimas.
– Tecnologia do saneamento (laboratorial)
• Pode ser usado no tratamento de efluentes contendo
corantes têxteis,compostos fenólicos e compostos
nitrogenados, BTX.
– Aspergillus ornatus – Eficiente na remoção de
compostos fenólicos;
(RODRIGUES,2012)
Fungos no tratamento de águas residuárias industriais
Fungos no tratamento de águas residuárias industriais
• Phanerochaete chrysosporium – mais comum
dos fungos associados à degradação
microbiana.
– Usado na Biorremediação de efluentes têxteis;
– Áreas contaminadas com hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos (HAPs);
– De efluentes de branqueamento de papel Kraft;
– De águas contaminadas com antraceno.
(RODRIGUES,2012; MENDES, 2005)
Fungos no tratamento do solo
• Assim como as águas o solo também sofre
contaminação por compostos xenobióticos
recalcitrantes.
(COLLA, 2008; MACEDO,2002)
FUNGOS CONTAMINANTES
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Biorremediação

  • 1. Instituto Federal do Piauí Disciplina: Microbiologia dos alimentos Prof. Regiane Gonçalves Gabriella Magalhães Gislayne Bianca Teresa Raquel Brito
  • 3. O que é Biorremediação? • Processo que utiliza agentes biológicos, particularmente os micro-organismos, para remover poluentes tóxicos do ambiente, principalmente: – Águas superficiais, subterrâneas e solo; – Resíduos e efluentes industriais em aterros ou áreas de contenção. (GAYLARDE, 2005)
  • 4. • Os poluentes são decompostos então, em substâncias atóxicas por meio do metabolismo microbiano. • Não oferece riscos ao ambiente e às populações habitantes próximas. O que é Biorremediação?
  • 5. Legenda: 1- Micro-organismo 2- Contaminante (como petróleo ou outro composto orgânico) 1 12 2 1 1 1 2 Micro-organismo metaboliza o contaminante orgânico Micro-organismo digere o contaminante e o converte em gases inócuos (CO2) e em água (H2O) Micro-organismo libera CO2 e H2O no local de tratamento
  • 6. Histórico • A Biorremediação como processo tecnológico não é um tema novo: – Surgiu a partir dos trabalhos de Pasteur em 1860, quando ele descobriu os micro-organismos anaeróbios promovendo um grande salto na busca de qualidade de vida da humanidade. • São usados desde 600 a.C. pelo romanos e outros para tratar seus efluentes.
  • 7. • Desde a década de 50, vêm sendo isoladas bactérias e fungos degradadores; • Na década de 80 a Biorremediação se consolidou como líder no rol das tecnologias inovadora na remediação de áreas degradadas; • Por ser um processo natural promove um tratamento adequado ao meio; • Seu custo é relativamente baixo quando comparado à outras alternativas convencionais de tratamento de resíduos sólidos. Histórico
  • 8. Onde pode ser empregada? • Atacar contaminantes específicos no solo e águas subterrâneas: – Como a degradação de hidrocarbonetos do petróleo e compostos orgânicos clorados pelas bactérias. • limpeza de derramamentos do óleo pela adição dos fertilizantes de nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo Pelas bactérias presentes no meio.
  • 9. Biorremediação • Atualmente a biorremediação compreende: – micro-organismos, plantas, enzimas e a interação entre eles. • Fundamentada em três aspectos principais:  Existência de microrganismos com capacidade catabólica para degradar o contaminante;  O contaminante deve estar disponível ou acessível ao ataque microbiano ou enzimático;  Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador.
  • 10. • Principais dificuldades: – Heterogeneidade do rejeito; – Alta concentração do contaminante; – Condições adequadas para o crescimento microbiano. Biorremediação
  • 11. Biorremediação – In situ ou ex situ • "in-situ" : – Envolve tratar o material contaminado no próprio local. • Atenuação natural; bioaumentação; bioestimulação; fitorremediação e “landfarming”. • "ex-situ" : – Consiste na remoção do material contaminado para tratamento em local externo ao de sua origem. • Compostagem e biorreatores.
  • 12. • Atenuação natural: Biorremediação passiva ou intrínseca. – o contaminante permanece no local e, através de processos naturais como biodegradação, volatilização, diluição e sorção, ocorre a descontaminação do ambiente. • Lenta; • exigindo o uso conjunto de outras técnicas; • monitoramento do local por longos períodos de tempo; – Visando a proteção da saúde do homem e do ambiente. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 13. • Bioaumentação: – inoculação de um local contaminado com microrganismos com alto potencial de degradação dos contaminantes; – Mais usado quando o solo recebe um xenobiótico e não há populações microbianas capazes de degradar eficientemente este composto. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 14. • Bioestimulação: – Nutrientes orgânicos e inorgânicos podem ser adicionados ao solo visando a estimular a atividade dos microrganismos degradadores. – A técnica deve ser precedida de criteriosa avaliação, visando a determinar os nutrientes e as doses que necessitam ser adicionados ao solo. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 15. • Fitorremedação: – utiliza plantas para remediar o solo contaminado por metais pesados, compostos orgânicos e radionuclídeos. • fitoestimulação, em que ocorre a estimulação da atividade dos microrganismos degradadores dos contaminantes pela rizosfera da planta: Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 16. • O landfarming: – resíduos com alta concentração de carbono orgânico são aplicados periodicamente no solo; – Se os resíduos tratados apresentarem componentes tóxicos,a operação do landfarming deverá ser licenciada pelas agências de proteção ambiental. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 17. • Usada pelas refinarias e indústrias petroquímicas de vários de países, inclusive do Brasil: – simplicidade de operação e à alta taxa de aplicação dos resíduos ao solo. – Se houver erros podem haver casos de contaminação superficial do solo. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 18. • A compostagem é uma técnica ex situ: – pode ser utilizada para o tratamento do solo contaminado com HAPs. – o solo normalmente é removido do local de origem e colocado na forma de pilhas; – os microrganismos aeróbios irão degradar os contaminantes orgânicos, transformandoos em material orgânico estabilizado, CO2 e água. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 19. • Biorreatores: Ilustrativamente comparados a tanques aéreos fechados. – O solo contaminado é misturado com água, de modo a formar uma suspensão com 10 a 40% de sólidos, que é mecanicamente aerada através de rotações. – A formação desta suspensão no interior do biorreator possibilita o aumento da disponibilidade dos contaminantes aos microrganismos degradadores e a eliminação da heterogeneidade da distribuição dos contaminantes no solo. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 20. • interior do biorreator, as condições ambientais: – pH,a disponibilidade de nutrientes, a aeração e a temperatura são otimizadas para o máximo crescimento microbiano; – Possível também a inoculação de microrganismos comprovadamente degradadores dos contaminantes. Biorremediação – In situ ou ex situ
  • 21. Fatores físico-químicos da biodegradação • Físicos: – Natureza física da matriz onde o composto é encontrado (solo, água, sedimento). – Temperatura; – Luz . • Químicos: – Composição química da matriz ambiental, que define a capacidade nutritiva; – pH; – Umidade; – Teor de oxigênio dissolvido; – O potencial redox do meio; – Composição e estrutura química do poluente. (GAYLARDE, 2005)
  • 22. Fatores biológicos da biodegradação • Depende: Presença de micro-organismos capazes de metabolizar as moléculas e seus subprodutos: • Enzimas; – Não existe rotas metabólicas capazes de degradar todos os novos compostos sintetizados pelo homem. – Alguns xenobióticos (estranhas ao meio ambiente natural) podem ser biodegradados. (GAYLARDE, 2005)
  • 23. – Alguns MOs possuem enzimas capazes de catabolizar moléculas específicas ou podem agir em consórcios microbianos; • Xenobióticos de estrutura semelhante a estruturas de moléculas naturais; – Enzimas que catabolizam a degradação de compostos naturais podem apresentar baixa especificidade e reconhecer os xenobióticos de estrutura semelhante. (GAYLARDE, 2005) Fatores biológicos da biodegradação
  • 24. – Alguns compostos são parcialmente degradados – produto resultante não contribui para a sobrevivência do micro-organismo. • Co-metabolismo – pode servir de substrato para outra espécie microbiana – degradação completa do xenobiótico. • Troca de material genético: – Troca de plasmídeos entre bactérias da mesma espécie ou de espécie diferente; • Disseminação de genes relacionadas ao metabolismo catabólico de moléculas recalcitrantes. (GAYLARDE, 2005) Fatores biológicos da biodegradação
  • 25. USO DE BACTÉRIAS NO TRATAMENTO DE SOLO • Filtro natural para resíduos (propriedades físicas, químicas e biológicas). ● Gêneros de bactérias mais importantes: Agrobacterium, Arthrobacter, Bacillus, Flavobacterium e Pseudomonas. ● O crescimento bacteriano é estimulado com a adição de nutrientes processo conhecido como bioestimulação. Ex: Nitrogênio, fósforo e oxigênio. (MANAHAN, 2013)
  • 26. ● Compostagem: Biodegradação de materiais sólidos ou solidificados em um meio diferente do solo. – Depende da seleção de micro-organismos adequados (inóculos); oferta de oxigênio, teor de umidade ( mínimo de 40%) e pH ( próximo a neutralidade) e temperatura. (MANAHAN, 2013) USO DE BACTÉRIAS NO TRATAMENTO DE SOLO
  • 27. ● Os solos contaminados com produtos derivados de petróleo, compostos fenólicos, solventes organoclorados pouco clorados são tratados por biorremediação aeróbia in situ. – Consiste em estimular o crescimento da população microbiana nativa do solo (indigenous) adicionando ao solo nutrientes e oxigênio e estabelecendo condições. – Só se aplicam a solos permeáveis o suficiente para permitir a introdução de oxigênio e nutrientes. (SCHMIDT, 2010)
  • 28. ●Uso de biorremediação intrínseca pela ação dos micro- organismos sem intervenção humana. Atuam reduzindo a massa, toxicidade, mobilidade ou concentração dos contaminantes no solo e águas subterrâneas. Ex:Bacillus hexabovorum na ação de hidrocarbonetos BTEX (Tolueno, Xileno) presentes em gasolina e óleo diesel. Pseudomonas putida metabolizaçao de benzeno, tolueno e p-xileno. ● Dividem-se em: Processos destrutivos com o uso de a biodegradação aeróbia e anaeróbia, e não destrutivos. (MANAHAN, 2013)
  • 29. ● Uso de bactérias na degradação de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) que se acumulam no ambiente.(JACQUES, et al., 2007) Ex: Pseudomonas, Aeromonas, Beijerinckia, Flavobacterium, Nocardia, Corynebacterium, Sphingomonas, Mycobacterium, Stenotrophomonas, Paracoccus, Burkholderia e Microbacterium.
  • 30. ● Papel na recuperação de ecossistemas pela aceleração da biodegradação dos hidrocarbonetos provenientes de vazamentos pela produção de micro-organismo surfactantes sintéticos atuando em faixas pequenas de pH e temperatura.(JACQUES, et al., 2007) ● Empregada para atacar hidrocarbonetos clorados em derramamentos de óleo pela adição dos fertilizantes de nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo pelas bactérias locais ou exteriores. (PINTO, 2006).
  • 31. FITORREMEDIAÇÃO E POTENCIAL MICROBIANO ● Aumento do potencial do solo para degradar contaminantes. Ex: Composto de hidrocarbonetos. ● Requer o uso de especies de plantas apropriadas que podem alterar beneficamente a diversidade microbiana para a remediação do solo. (SICILIANO, et al., 2003)
  • 32. TRATAMENTO DE EFLUENTES Residuárias ● Os processo de tratamento são divididos em três categorias. – Tratamento primário: remoção de partículas grossas e materiais insolúveis. – Tratamento secundário: processos biológicos. – Tratamento terciário: processos executado nos efluentes de tratamento secundários. (MANAHAN, 2013)
  • 33. Processos biológicos ou bioquímicos ● Pode ocorrer por oxidação (tratamento biológico) ou redução (digestão do lodo). ● Se compõe de processos aeróbios e adsorção. Trata-se de fenômenos de superfície proveniente das membranas e dos flocos aos quais vivem as bactérias. Ex: Filtro biológico (MANAHAN, 2013) Filtro biológico para o tratamento secundário de efluentes
  • 34. ● A atividade anaeróbica das bactérias não necessita de equipamento de aeração artificial e tem geração de biogás. Os produtos finais são metano e compostos inorgânicos. ● É um processo importante na decomposição do lodo de esgotos nos digestores em reatores . São realizadas por processos de digestão ácida e metânica. ● Transformação de lipídeos em lodo ativado em pregando Microthrix parvicella Efluentes industriais ● Remoção de resíduos orgânicos com tratamento biológico e lodo ativado (MANAHAN, 2013)
  • 35. Fungos • Domínio Eukarya; • São heterótrofos ( decompositores da matéria orgânica); • Amplamente distribuídos na natureza: – Ar (fungos anemófilos), água, solo, vegetais e animais. (RODRIGUES,2012)
  • 36. Potencial dos fungos em processos de Biorremediação • Tolerância a suportar variações grandes de pH; • Capacidade de suportar oscilações de carga orgânica, estabelecendo-se predominantemente em biofilmes submetidos à carga orgânica volumétrica elevada; • Adequada adaptação às condições limitantes de nutrientes e de oxigênio. (RODRIGUES,2012)
  • 37. • Produção de um número elevado de enzimas: Celulases, ligninases, oxidases, etc. – Favorecem a assimilação dos mais diferentes substratos, inclusive de compostos de grande peso molecular e estruturalmente complexos: • Corantes, pesticidas, xilenos e toluenos. (RODRIGUES,2012) Potencial dos fungos em processos de Biorremediação
  • 38. Controle de variáveis • Otimiza o trabalho dos fungos: – Objetivos e metas a serem alcançados: Produto final; Substratos a serem consumidos; Eficiência. (RODRIGUES,2012) VARIÁVEIS Tamanho do inóculo Agitação pH aeração Pressão de CO2 Temperatura
  • 39. Fungos no tratamento de águas residuárias industriais • A água é um dos bens mais preciosos e importantes para a sobrevivência. • Crescimento demográfico, desenvolvimento industrial e tecnológico: – Necessidade de um rigoroso controle das diversas formas de poluição: • Efluentes domiciliares e industriais. (RODRIGUES, 2012)
  • 40. • Gênero Aspergillus: – Utilizam compostos xenobióticos como fonte primária de carbono; (RODRIGUES, 2012) Fungos no tratamento de águas residuárias industriais
  • 41. – Aspergillus niger – importante papel biotecnológico. – É usado na produção de ácidos orgânicos e enzimas. – Tecnologia do saneamento (laboratorial) • Pode ser usado no tratamento de efluentes contendo corantes têxteis,compostos fenólicos e compostos nitrogenados, BTX. – Aspergillus ornatus – Eficiente na remoção de compostos fenólicos; (RODRIGUES,2012) Fungos no tratamento de águas residuárias industriais
  • 42. Fungos no tratamento de águas residuárias industriais • Phanerochaete chrysosporium – mais comum dos fungos associados à degradação microbiana. – Usado na Biorremediação de efluentes têxteis; – Áreas contaminadas com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs); – De efluentes de branqueamento de papel Kraft; – De águas contaminadas com antraceno. (RODRIGUES,2012; MENDES, 2005)
  • 43. Fungos no tratamento do solo • Assim como as águas o solo também sofre contaminação por compostos xenobióticos recalcitrantes. (COLLA, 2008; MACEDO,2002) FUNGOS CONTAMINANTES Aspergillus Herbicidas triazínicos Penicillium Herbicidas triazínicos Aspergillus versicolor Óleo cru Lentinus Crinitus Pentaclorofenol