3. Imagine a cena: o ano é 1890 e você
mora em Nova York. Convivendo ao
seu lado, 100 mil cavalos.
Cada cavalo produz cerca de 10 quilos
de “cocô” por dia, ou seja, 1000 mil
toneladas de fezes de cavalo
depositadas todos os dias nas ruas da
cidade.
4.
5. Além de todos os problemas de odor,
de estética e de poluição, o esterco
atraia nuvens de insetos transmissores
de doenças, aumentando os
problemas da população urbana.
Com o grande tráfego, houve 200
fatalidades em Nova York causadas por
acidentes com cavalos em 1900.
6. De acordo com uma estimativa, cada
cavalo consumia em torno de 1,4
toneladas de aveia e 2,4 toneladas de
feno por ano.
Cerca de cinco hectares de terra, o
suficiente para alimentar seis a oito
pessoas no mesmo período.
Provavelmente 15 milhões de hectares
foram necessários para os cavalos
8. Era esse o cenário encarado pelos
urbanistas na Primeira Conferência
Internacional de Planejamento
Urbano. O mundo aguardava uma
solução pelo planejamento das
cidades. Entretanto, os desafios foram
maiores que a sua capacidade de
encontrar uma solução e a conferência
não durou mais que três dias de
trabalhos.
9. A criação da primeira ferrovia do
mundo na Inglaterra (George
Stephenson) serviu de inspiração para
os norte americanos iniciarem planos
de construção de ferrovias.
Naquela época o transporte de
mercadorias era feito por carroças,
muares e de forma fluvial.
10. Em 1830, assim que as primeiras
ferrovias reduziram o tempo de viagem
de Glasgow a Londres – de alguns dias
para pífias 24 horas – o jornal Railway
Times exaltou a empreitada,
perguntando “o que mais pode um
homem razoável desejar?”.
Em 1840, já era possível encontrar 3,2
mil quilômetros de ferrovias na
Inglaterra.
11. A ferrovia foi considerada o maior
feito tecnológico estadunidense do
século XIX.
Ela serviu como uma ligação vital para
o comércio e as viagens que conectou
as metades oriental e ocidental ao fim
do século XIX nos Estados Unidos.
12. Em 1820, uma viagem de carruagem
de Nova York ao oeste de Ohio custava
US$ 80 .
Os ingleses realizaram 10 milhões de
viagens de carruagem em 1835.
Dez anos depois, fizeram 30 milhões de
viagens em ferrovias e então 330
milhões, em 1870.
13.
14. Entretanto, sob as análises empíricas e
estatísticas realizadas pelos
planejadores, surgiam inovações no
mercado que dificilmente poderiam
ser percebidas pelo método positivista
utilizado em sua ciência, pois estavam
dispersas na complexa rede de
relações e informações da sociedade.
15. Novos pavimentos asfálticos
desenvolvidos com o lixo do petróleo
permitiam vias mais suaves, menos
ruidosas e com melhor
trafegabilidade. Normas com
especificações de circulação, bem
como os sinais de trânsito, permitiram
melhor aproveitamento do escasso
espaço de circulação.
16. Contudo, a maior das inovações foi o
desenvolvimento dos motores de
combustão interna, o que permitiu a
fabricação de automóveis individuais
que poderiam substituir os cavalos no
trânsito das cidades mais ricas do
mundo.
17. Nova York estava completamente afogada em
estrume, urina, moscas, carcaças, sujeira,
doenças.
Em 1894, o Times de Londres estimava que
até 1950 todas as ruas da cidade ficariam
soterradas em 2,7 metros de profundidade
de estrume de cavalo.
Em Nova York, a projeção era que até 1930 os
excrementos dos cavalos ascendessem às
janelas dos terceiros andares.
18. Em 1900, havia cerca de 4 mil
automóveis no EUA, custando
praticamente o mesmo preço de uma
carroça com cavalos.
Em apenas doze anos, no entanto, esse
número alcançaria mais de 350 mil
unidades. Uma verdadeira febre
motorizada tomou conta do país.
19.
20. A própria história já demonstrou
diversas vezes que a criatividade
humana possibilita reverter os
problemas que surgem. Basta existir
liberdade e um ambiente receptivo ao
fracasso para que não desistam de
tentar e receptivo ao sucesso, para que
possam lucrar com as soluções que
criarem.
21. No século XV, a criação da prensa pelo
alemão Johannes Gutenberg sofreu
resistência de escribas e legisladores,
amedrontados com a inédita
possibilidade de replicar em larga
escala livros, jornais e revistas, o que
permitiu que o conhecimento não mais
fosse de controle da elite.
22. No século XVIII, a máquina de tear,
ignição da primeira Revolução
Industrial, irritou trabalhadores do
campo.
Mas prevaleceram as melhorias
trazidas pela indústria nascente.
23. Nos idos de 1880, quando a luz
elétrica começou a se tornar popular,
as empresas de gás conseguiram
mantê-la fora de Londres por quase
uma década. Ao final, ficou claro que
as vantagens da eletricidade eram
superiores aos interesses dos que
dominavam a indústria de gás e
ninguém poderia impedir a transição.
24. “Vamos Inovar, desde
que não se mude nada!”
Inovação: capacidade
humana de reinventar sua
maneira de pensar e agir,
alterando processo,
produtos e serviços.
25. Inovar significa reduzir um
desconforto.
Uma Inovação que não traz
redução de desconforto não
é Inovação.
O desconforto é provocado
por algum processo.
26. Superação de Barreira
Cultural: capacidade de
enxergar diferente.
Superação de Barreira
Tecnológica: capacidade de
uso novas ferramentas.
27. Superação de Barreira
Econômica: novos recursos.
Superação de Barreira
cognitiva: novos cérebros.
Inovar é agir dentro de um
novo cenário inovador.
28. Inovar é quebrar barreiras
antes existentes.
Mudar um dado processo é
reduzir um dado
desconforto.
Um processo causa, assim,
um desconforto em alguém.
29. Alguém promove a
inovação, pois vê que vai
reduzir um dado
desconforto.
Que há uma melhor relação
de custo/benefício em um
dado processo.
30. Que a nova relação de
custo/benefício vai resultar
em redução de desconforto.
Alguém promove a
inovação, pois vê que um
novo processo já é possível.
31. Que o novo processo
provocará menos
desconforto que o anterior.
Quem promove a inovação
é o Promotor de
Desconforto.
32. Alguém se interessa pela
inovação, pois vê que seu
desconforto será reduzido.
Quem percebe a redução do
desconforto é o Público
Beneficiado pela Inovação.
33. Toda inovação promove a
mudança de um processo.
Um processo é feito e
defendido por alguém.
Alguém está acostumado a
fazer aquele processo de
uma dada maneira.
34. Por inércia, alguém não vai
querer mudar um dado
processo.
Por interesse, alguém não
vai querer mudar um dado
processo.
35. Por descaso, alguém não vai
querer mudar um dado
processo.
Alguém transformou um
dado processo em dogma.
Alguém transformou um
dado processo em ideologia.
36. Alguém transformou um
dado processo em uma
razão de viver.
Alguém transformou um
dado processo em algo
imutável.
37. Alguém não vai querer
mudar um dado processo:
-mesmo que possa causar
menos desconforto;
-mesmo que saiba que
existem outro métodos
melhores.
38. Alguém transformou um
dado processo em
ideologia.
O processo que provoca o
desconforto tem uma Taxa
de Poder embutida.
39. Entendo Taxa de Poder de
forma ampla: político, social
ou econômico.
Quanto mais a Inovação
proposta reduzir a Taxa de
Poder, maior será a
resistência.
40. Quanto menos a Inovação
proposta reduzir a Taxa de
Poder, menor será a
resistência.
Como veremos no Gráfico a
seguir.
44. Quem perde poder é o
menos interessado pela
Inovação.
Quem reduz desconforto é
o mais interessado pela
Inovação.
45. Toda inovação, assim, terá:
- um público mais
interessado;
- um público menos
interessado;
46. Toda inovação representa
uma perda de poder para
alguém.
O Inovador deve procurar
demonstrar para os
beneficiados a redução do
desconforto.
47. O Inovador deve procurar
reduzir as resistências do
Público não Interessado na
Redução de Desconforto.
Um inovador é sempre um
agente de modificação social
e/ou político e/ou econômico.
48. Inovar é e sempre será um
jogo de poder.
Quanto mais radical for a
inovação, mais radical será
a Taxa de perda de poder.
Como veremos no Gráfico a
seguir.
50. Um bom profissional de
Inovação é aquele que:
-sabe que está metido em
um jogo de poder;
- aprende a jogar um jogo
de poder;
51. Seja por inércia: para que
mexer em time que está
ganhando? (mesmo que
não esteja).
O que vai definir o melhor
modelo da Inovação é o
desconforto.
52. Inovação Incremental
provoca mudanças suaves, e
uma baixa taxa de Impacto
Cultural.
Inovação Disruptiva provoca
mudanças bruscas, e uma
alta taxa de Impacto Cultural.
53. Se um dado processo gera
um dado desconforto e
precisa/pode ser mudado:
- suavemente, é hora da
incremental.
- bruscamente, é hora da
Disruptiva.
55. Um projeto de Inovação
Disruptiva é um projeto de
alta taxa de quebra cultural.
Pede um forte trabalho de
aculturação.
Pede um forte trabalho de
capacitação.
56. Um projeto de Inovação
Disruptiva é brusco na
mudança, mas tem que ser
suave na implantação.
Como veremos no Gráfico a
seguir.
58. O novo conceito tem que
ser absorvido e praticado
com o tempo.
Ser absorvido por um
núcleo de Inovadores.
O núcleo de Inovadores cria
uma base conceitual.
59. Esta base conceitual passa a
guiar o projeto.
Sem uma base conceitual sólida,
a antiga cultura pode interferir
na nova.
Projetos Disruptivos
implantados com muita rapidez
tendem ao fracasso.
60. Um projeto de Inovação
Incremental tem resultados
tangíveis mais curtos.
Um projeto de Inovação
Disruptiva tem resultados
tangíveis de prazo mais
longo.
61. Um projeto de Inovação
Disruptiva exige uma visão
mais clara do cenário
futuro.
Um cenário de futuro mais
claro pede uma Teoria mais
Eficaz.
62. Uma Teoria mais Eficaz é
capaz de fazer melhor
projeção futura.
Um projeto de Inovação
Incremental pede
participantes com visão
mais operacional.
63. Um projeto de Inovação
Disruptiva pede ambientes
separados para agir.
Um projeto de Inovação
Disruptiva precisa proteger
a nova cultura da velha.
64. Um projeto de Inovação
Disruptiva pede
participantes com visão
mais estratégica.
Qualquer projeto de
Inovação é visto como
perigoso.
65. A Inovação Incremental é
menos perigosa.
Projetos de Inovação
Incremental não quebram
valores mais arraigados.
66. A Inovação Disruptiva é mais
perigosa.
Projetos de Inovação
Disruptiva criam algo muito
novo.
Projetos de Inovação
Disruptiva quebram valores
mais arraigados.
67. Inovação Disruptiva é aceita
por quem não se sente
ameaçado pelos valores em
mutação.
Precisam encontrar
Entusiastas para começar os
projetos.
68. “Se não criarmos o que vai
matar o Facebook, outra
pessoa vai”.
(Mark Zuckerberg)
69. Projetos participativos em
produção pedem área
separada para ação.
Segue uma tabela,
comparando o atual setor.
Tradicional
2.0
Participativa
3.0
70. COMPARATIVO ENTRE ÁREA PRODUÇÃO TRADICIONAL VERSUS PARTICIPATIVA
NOME
TRADICIONAL
2.0
PARTICIPATIVA
3.0
DADOS CONTROLADOS DESCONTROLADOS
RESULTADOS FECHADOS ABERTOS
ESCOPO LIDA COM DADOS
LIDA COM DADOS E
PESSOAS
IMPACTO CULTURAL
DENTRO DA MESMA
CULTURA DE
GOVERNANÇA
TRAZ OUTRA CULTURA
DE GOVERNANÇA