O documento investiga a relação entre o crescimento do número de mulheres concluindo o ensino superior e o número de mulheres em funções docentes no Brasil entre 2003-2007. Ele apresenta dados mostrando uma correlação positiva entre essas variáveis e um aumento real na participação feminina no ensino superior.
O documento discute como o investimento educacional e a realização socioeconômica ocorrem de forma diferenciada para mulheres negras no Brasil. Apesar de as mulheres terem aumentado seu acesso à educação, permanecem grandes desigualdades raciais. As mulheres negras enfrentam maiores desvantagens educacionais em comparação às mulheres brancas e têm menos retorno do investimento educacional no mercado de trabalho altamente discriminatório.
A participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro aumentou drasticamente desde 1970, passando de 18% para mais de 50% em 2007. No entanto, as mulheres enfrentam grandes desigualdades, como menor remuneração e acesso a cargos de liderança em comparação com os homens, além de continuarem com a maior responsabilidade pelas tarefas domésticas. A escolaridade das mulheres tem aumentado, mas isso não se reflete em ganhos iguais, mostrando que as relações de gênero determinam valores diferentes no mercado
Este documento apresenta uma análise preliminar dos dados da 3a edição do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça no Brasil. Ele destaca que há uma tendência de aumento da proporção da população que se declara negra e de famílias chefiadas por mulheres. Além disso, observa-se que as mulheres negras têm menor expectativa de vida e que o sistema educacional reproduz desigualdades de gênero e raça.
O documento discute os problemas da educação no Brasil, como a alta taxa de analfabetismo (13,6% da população com mais de 15 anos), a evasão escolar (41% dos alunos não completam a 8a série) e a baixa escolaridade da população (apenas 6,1% tem ensino superior). A má qualidade da educação brasileira, com escolas precárias e professores mal preparados, pode comprometer o futuro do país ao gerar uma mão de obra desqualificada. Embora os índices venham melhorando gradualmente, o progresso
Plano para o Desenvolvimento da Educação de Taquara/RSBarbara Benedetti
O documento apresenta um plano de ação para melhorar a educação no município de Taquara através de investimentos no transporte escolar, conscientização sobre a importância da educação e melhorias nas escolas de ensino médio para aumentar o interesse dos alunos. O plano inclui treinamento de estagiários e atividades extracurriculares para prevenir evasão escolar.
O documento discute a presença maciça de queixas escolares nos atendimentos psicológicos no Brasil. Levantamentos mostram que a maioria dos encaminhamentos de crianças para psicólogos se deve a problemas de aprendizagem e comportamento na escola. Isso ocorre tanto no início da alfabetização quanto em séries posteriores, sugerindo expectativas irreais da escola. A alternativa frequente de encaminhar tais crianças para avaliação médica e psicológica também é questionada.
O documento discute a equidade de gênero no mercado de trabalho formal público e privado no Brasil entre 2001 e 2008. A pesquisa encontrou maior resistência à contratação de mulheres no setor privado em comparação ao setor público, onde as mulheres representam a maioria dos funcionários de nível superior. As políticas de equidade tiveram impacto diferenciado nos dois setores.
Este documento lista trabalhos inscritos e aprovados para o CONAPE 2018 sobre diversos eixos temáticos da educação brasileira. Os trabalhos abordam tópicos como a BNCC, planos nacionais e municipais de educação, gestão democrática, educação profissional e ensino médio.
O documento discute como o investimento educacional e a realização socioeconômica ocorrem de forma diferenciada para mulheres negras no Brasil. Apesar de as mulheres terem aumentado seu acesso à educação, permanecem grandes desigualdades raciais. As mulheres negras enfrentam maiores desvantagens educacionais em comparação às mulheres brancas e têm menos retorno do investimento educacional no mercado de trabalho altamente discriminatório.
A participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro aumentou drasticamente desde 1970, passando de 18% para mais de 50% em 2007. No entanto, as mulheres enfrentam grandes desigualdades, como menor remuneração e acesso a cargos de liderança em comparação com os homens, além de continuarem com a maior responsabilidade pelas tarefas domésticas. A escolaridade das mulheres tem aumentado, mas isso não se reflete em ganhos iguais, mostrando que as relações de gênero determinam valores diferentes no mercado
Este documento apresenta uma análise preliminar dos dados da 3a edição do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça no Brasil. Ele destaca que há uma tendência de aumento da proporção da população que se declara negra e de famílias chefiadas por mulheres. Além disso, observa-se que as mulheres negras têm menor expectativa de vida e que o sistema educacional reproduz desigualdades de gênero e raça.
O documento discute os problemas da educação no Brasil, como a alta taxa de analfabetismo (13,6% da população com mais de 15 anos), a evasão escolar (41% dos alunos não completam a 8a série) e a baixa escolaridade da população (apenas 6,1% tem ensino superior). A má qualidade da educação brasileira, com escolas precárias e professores mal preparados, pode comprometer o futuro do país ao gerar uma mão de obra desqualificada. Embora os índices venham melhorando gradualmente, o progresso
Plano para o Desenvolvimento da Educação de Taquara/RSBarbara Benedetti
O documento apresenta um plano de ação para melhorar a educação no município de Taquara através de investimentos no transporte escolar, conscientização sobre a importância da educação e melhorias nas escolas de ensino médio para aumentar o interesse dos alunos. O plano inclui treinamento de estagiários e atividades extracurriculares para prevenir evasão escolar.
O documento discute a presença maciça de queixas escolares nos atendimentos psicológicos no Brasil. Levantamentos mostram que a maioria dos encaminhamentos de crianças para psicólogos se deve a problemas de aprendizagem e comportamento na escola. Isso ocorre tanto no início da alfabetização quanto em séries posteriores, sugerindo expectativas irreais da escola. A alternativa frequente de encaminhar tais crianças para avaliação médica e psicológica também é questionada.
O documento discute a equidade de gênero no mercado de trabalho formal público e privado no Brasil entre 2001 e 2008. A pesquisa encontrou maior resistência à contratação de mulheres no setor privado em comparação ao setor público, onde as mulheres representam a maioria dos funcionários de nível superior. As políticas de equidade tiveram impacto diferenciado nos dois setores.
Este documento lista trabalhos inscritos e aprovados para o CONAPE 2018 sobre diversos eixos temáticos da educação brasileira. Os trabalhos abordam tópicos como a BNCC, planos nacionais e municipais de educação, gestão democrática, educação profissional e ensino médio.
Este documento resume um estudo socioeconômico de estudantes de biologia na UFRA em 2013. O estudo mostrou que os estudantes geralmente são jovens, solteiros e vivem com familiares, com renda média de 3 salários mínimos. A maioria vem de fora do município e usa transporte público. As mães tem nível de escolaridade maior do que os pais.
O documento discute assuntos relacionados à Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (APROFFESP), incluindo a solicitação de participação no Foro Estadual de Educação, a criação de um boletim informativo, e eventos planejados para o Mês da Mulher, com foco na desigualdade de gênero e violência contra mulheres.
Dossiê Mulheres Negras retrato das condições de vida das mulheres negras no B...Fabricio Rocha
1. O documento apresenta um dossiê sobre as condições de vida das mulheres negras no Brasil, organizado por cinco mulheres.
2. Ele contém cinco capítulos analisando temas como acesso ao ensino superior, participação no mercado de trabalho, acesso a bens e exclusão digital, pobreza e desigualdade de renda, e vitimização por agressão física.
3. Cada capítulo foi escrito por uma jovem mulher negra, combinando dados estatísticos com suas próprias experi
O documento discute as desigualdades sociais no Brasil e seu impacto no sistema educacional. Apesar do crescimento econômico, o Brasil mantém altos níveis de desigualdade de renda, com os 10% mais ricos controlando a maior parte da riqueza. Isso se reflete na educação, onde as taxas de analfabetismo e evasão escolar são maiores entre os mais pobres e moradores do Nordeste. A desigualdade também é evidente entre brancos e negros e entre homens e mulheres.
O documento discute as dificuldades históricas enfrentadas por mulheres negras no acesso à educação no Brasil, como salários e empregos inferiores. Apesar de avanços recentes com políticas de cotas, as mulheres negras ainda enfrentam maior discriminação e estão concentradas em profissões menos valorizadas.
1) O documento discute estatísticas demográficas e socioeconômicas da população brasileira com foco em crianças, adolescentes, educação, trabalho e mortalidade infantil.
2) Inclui dados do Censo de 2010 sobre a população e indicadores sociais mínimos recomendados pela ONU.
3) Também aborda tópicos como a evolução da mortalidade infantil, desigualdades regionais, mercado de trabalho e população jovem no Brasil.
Este documento analisa a situação das mulheres negras no mercado de trabalho brasileiro usando dados estatísticos. Ele mostra que, apesar de participação crescente, as mulheres negras enfrentam desigualdades como menores rendimentos e taxas de escolaridade em comparação com outros grupos, sofrendo os efeitos do racismo e sexismo.
Este documento analisa as bases teóricas e legais da gestão democrática da escola pública no Brasil pós-1990. Discute como os conceitos de autonomia, participação e descentralização, que antes defendiam a democratização da educação, foram ressignificados sob a influência do neoliberalismo a partir dos anos 1990. Também examina como as políticas educacionais passaram a ser influenciadas por agências internacionais como o Banco Mundial.
Este documento discute a importância da educação para o desenvolvimento humano. A educação é a dimensão mais transformadora do desenvolvimento, permitindo que as pessoas tomem melhores decisões e aumentem sua produtividade e qualidade de vida. Pessoas com mais anos de estudo tendem a ter renda maior. Além disso, a taxa de alfabetismo está mais fortemente correlacionada à mortalidade infantil do que a renda. O documento também fornece detalhes sobre a estrutura do sistema educacional brasileiro e indicadores como taxa de analfabetismo e anos de est
Este documento apresenta um resumo de um artigo sobre:
1) A história da institucionalização das escolas de formação de professores no Brasil e Portugal desde o período da colonização até os dias atuais.
2) A relação entre o desenvolvimento das escolas de formação de professores e a feminização da profissão docente nesses países.
3) Como a entrada maciça de mulheres nos cursos de formação docente contribuiu para a "feminização" gradual da profissão docente.
A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero...Eziquiel Menta
O documento descreve uma pesquisa sobre educação de jovens e adultos em Curitiba, abordando questões de gênero e tecnologia. O estudo caracterizou a EJA municipal, traçando o perfil de alunos, identificando motivos para o retorno aos estudos e percebções sobre gênero e tecnologia na escola e no trabalho. As entrevistas revelaram que as mulheres buscam qualificação, enquanto os homens são incentivados por suas companheiras. Ambos relatam que a escola os ajuda a lidar melhor com a te
1) O artigo discute a transição da escola para o trabalho e como diferentes sistemas educacionais afetam a estratificação social.
2) O ensino vocacional é defendido como forma de reduzir o desemprego juvenil, mas também é acusado de limitar a mobilidade social dos jovens de classes baixas.
3) O estudo analisa como contextos internacionais e institucionais influenciam os padrões de transição da escola para o trabalho.
O documento discute os desafios e cenários da educação brasileira, com ênfase nos problemas de qualidade do ensino básico e superior. Aponta que a educação brasileira tem baixo desempenho em avaliações nacionais e internacionais, com altos índices de analfabetismo funcional e evasão escolar. Além disso, muitos estudantes do ensino superior estão despreparados e há carência de profissionais qualificados no mercado de trabalho.
O documento apresenta a equipe responsável pela elaboração do Prêmio Mulheres Negras Contam Sua História, incluindo a presidenta Dilma Rousseff e as ministras Eleonora Menicucci e Luiza Bairros. Contém também informações sobre a organização, julgamento e premiação do prêmio, que teve como objetivo dar visibilidade às mulheres negras e suas histórias.
Condições de saúde de mulheres adultas de acordo com raça/etnia em dois muni...pesquisaracaesaude
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre as condições de saúde de mulheres negras em dois municípios do Rio Grande do Sul. O trabalho analisa variáveis socioeconômicas, demográficas, morbidades e qualidade da atenção à saúde, comparando mulheres negras e brancas. A revisão de literatura discute os conceitos de raça/cor e racismo e apresenta estudos sobre desigualdades raciais em saúde, especialmente no que se refere a hipertensão, diabetes e distúrbios
O documento discute a presença feminina na docência no Brasil ao longo dos séculos XIX e XX. Aponta que a docência foi assumindo um caráter cada vez mais feminino nesse período, com a presença de mulheres crescendo nos níveis primário, secundário e médio da educação. Também destaca que a incorporação do conceito de gênero na análise da feminização do magistério brasileiro é um fenômeno mais recente.
1. O documento discute a situação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro ao longo da história, desde a Grécia e Roma antigas até os dias atuais.
2. Ao longo da história, as mulheres foram subordinadas aos homens e destinadas apenas a tarefas domésticas. No entanto, desde a década de 1970, com o crescimento do feminismo e da escolaridade feminina, as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho.
3. Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam des
O masculino nos caminhos da docência primária em Teresina.Fabrício Dutra
O documento analisa a entrada de professores homens nas escolas de formação de professores primários em Teresina, Piauí entre 1970-2000. Ele busca identificar os fatores que dificultam ou facilitam a escolha profissional de homens para ensinar crianças, tradicionalmente vista como uma profissão feminina. O documento também descreve a história da feminização do magistério no Brasil e no Piauí, com mulheres se tornando a maioria dos professores primários ao longo do século XX.
Apresentação PI I Abordagens de Gênero na Educação de Meninos e MeninasUNIVESP
1. O documento analisa abordagens de gênero na educação de meninos e meninas em escolas públicas de duas cidades do interior de São Paulo, com base em entrevistas com professores.
2. Ele apresenta o contexto teórico sobre a construção social do gênero ao longo da história e a posição do Estado brasileiro, e analisa os dados coletados nas entrevistas.
3. O objetivo é contribuir para a promoção da equidade de gênero na escola, expondo preconceitos e desconstruindo vis
O documento discute o analfabetismo no Brasil, destacando que: 1) Cerca de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, concentrados principalmente na região Nordeste, população negra e rural; 2) Historicamente, os homens brancos foram os mais escolarizados, mas atualmente as mulheres brancas lideram, seguidas por homens brancos, mulheres negras e homens negros; 3) É necessária uma política educacional consistente que valorize cada aluno para reduzir desigualdades.
Diferenças de gênero na organização social da vida pública e da vida privada.Fábio Fernandes
1) O documento discute as diferenças históricas na organização social da vida pública e privada para homens e mulheres, com homens tendo mais acesso ao espaço público e mulheres confinadas mais à esfera privada.
2) Ao longo do tempo, houve maior participação feminina na educação, mercado de trabalho e política, embora ainda existam desigualdades de gênero nessas esferas.
3) A divisão tradicional do trabalho entre os sexos tem sido criticada, com mudanças ocorrendo na escol
Este documento resume um estudo socioeconômico de estudantes de biologia na UFRA em 2013. O estudo mostrou que os estudantes geralmente são jovens, solteiros e vivem com familiares, com renda média de 3 salários mínimos. A maioria vem de fora do município e usa transporte público. As mães tem nível de escolaridade maior do que os pais.
O documento discute assuntos relacionados à Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (APROFFESP), incluindo a solicitação de participação no Foro Estadual de Educação, a criação de um boletim informativo, e eventos planejados para o Mês da Mulher, com foco na desigualdade de gênero e violência contra mulheres.
Dossiê Mulheres Negras retrato das condições de vida das mulheres negras no B...Fabricio Rocha
1. O documento apresenta um dossiê sobre as condições de vida das mulheres negras no Brasil, organizado por cinco mulheres.
2. Ele contém cinco capítulos analisando temas como acesso ao ensino superior, participação no mercado de trabalho, acesso a bens e exclusão digital, pobreza e desigualdade de renda, e vitimização por agressão física.
3. Cada capítulo foi escrito por uma jovem mulher negra, combinando dados estatísticos com suas próprias experi
O documento discute as desigualdades sociais no Brasil e seu impacto no sistema educacional. Apesar do crescimento econômico, o Brasil mantém altos níveis de desigualdade de renda, com os 10% mais ricos controlando a maior parte da riqueza. Isso se reflete na educação, onde as taxas de analfabetismo e evasão escolar são maiores entre os mais pobres e moradores do Nordeste. A desigualdade também é evidente entre brancos e negros e entre homens e mulheres.
O documento discute as dificuldades históricas enfrentadas por mulheres negras no acesso à educação no Brasil, como salários e empregos inferiores. Apesar de avanços recentes com políticas de cotas, as mulheres negras ainda enfrentam maior discriminação e estão concentradas em profissões menos valorizadas.
1) O documento discute estatísticas demográficas e socioeconômicas da população brasileira com foco em crianças, adolescentes, educação, trabalho e mortalidade infantil.
2) Inclui dados do Censo de 2010 sobre a população e indicadores sociais mínimos recomendados pela ONU.
3) Também aborda tópicos como a evolução da mortalidade infantil, desigualdades regionais, mercado de trabalho e população jovem no Brasil.
Este documento analisa a situação das mulheres negras no mercado de trabalho brasileiro usando dados estatísticos. Ele mostra que, apesar de participação crescente, as mulheres negras enfrentam desigualdades como menores rendimentos e taxas de escolaridade em comparação com outros grupos, sofrendo os efeitos do racismo e sexismo.
Este documento analisa as bases teóricas e legais da gestão democrática da escola pública no Brasil pós-1990. Discute como os conceitos de autonomia, participação e descentralização, que antes defendiam a democratização da educação, foram ressignificados sob a influência do neoliberalismo a partir dos anos 1990. Também examina como as políticas educacionais passaram a ser influenciadas por agências internacionais como o Banco Mundial.
Este documento discute a importância da educação para o desenvolvimento humano. A educação é a dimensão mais transformadora do desenvolvimento, permitindo que as pessoas tomem melhores decisões e aumentem sua produtividade e qualidade de vida. Pessoas com mais anos de estudo tendem a ter renda maior. Além disso, a taxa de alfabetismo está mais fortemente correlacionada à mortalidade infantil do que a renda. O documento também fornece detalhes sobre a estrutura do sistema educacional brasileiro e indicadores como taxa de analfabetismo e anos de est
Este documento apresenta um resumo de um artigo sobre:
1) A história da institucionalização das escolas de formação de professores no Brasil e Portugal desde o período da colonização até os dias atuais.
2) A relação entre o desenvolvimento das escolas de formação de professores e a feminização da profissão docente nesses países.
3) Como a entrada maciça de mulheres nos cursos de formação docente contribuiu para a "feminização" gradual da profissão docente.
A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero...Eziquiel Menta
O documento descreve uma pesquisa sobre educação de jovens e adultos em Curitiba, abordando questões de gênero e tecnologia. O estudo caracterizou a EJA municipal, traçando o perfil de alunos, identificando motivos para o retorno aos estudos e percebções sobre gênero e tecnologia na escola e no trabalho. As entrevistas revelaram que as mulheres buscam qualificação, enquanto os homens são incentivados por suas companheiras. Ambos relatam que a escola os ajuda a lidar melhor com a te
1) O artigo discute a transição da escola para o trabalho e como diferentes sistemas educacionais afetam a estratificação social.
2) O ensino vocacional é defendido como forma de reduzir o desemprego juvenil, mas também é acusado de limitar a mobilidade social dos jovens de classes baixas.
3) O estudo analisa como contextos internacionais e institucionais influenciam os padrões de transição da escola para o trabalho.
O documento discute os desafios e cenários da educação brasileira, com ênfase nos problemas de qualidade do ensino básico e superior. Aponta que a educação brasileira tem baixo desempenho em avaliações nacionais e internacionais, com altos índices de analfabetismo funcional e evasão escolar. Além disso, muitos estudantes do ensino superior estão despreparados e há carência de profissionais qualificados no mercado de trabalho.
O documento apresenta a equipe responsável pela elaboração do Prêmio Mulheres Negras Contam Sua História, incluindo a presidenta Dilma Rousseff e as ministras Eleonora Menicucci e Luiza Bairros. Contém também informações sobre a organização, julgamento e premiação do prêmio, que teve como objetivo dar visibilidade às mulheres negras e suas histórias.
Condições de saúde de mulheres adultas de acordo com raça/etnia em dois muni...pesquisaracaesaude
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre as condições de saúde de mulheres negras em dois municípios do Rio Grande do Sul. O trabalho analisa variáveis socioeconômicas, demográficas, morbidades e qualidade da atenção à saúde, comparando mulheres negras e brancas. A revisão de literatura discute os conceitos de raça/cor e racismo e apresenta estudos sobre desigualdades raciais em saúde, especialmente no que se refere a hipertensão, diabetes e distúrbios
O documento discute a presença feminina na docência no Brasil ao longo dos séculos XIX e XX. Aponta que a docência foi assumindo um caráter cada vez mais feminino nesse período, com a presença de mulheres crescendo nos níveis primário, secundário e médio da educação. Também destaca que a incorporação do conceito de gênero na análise da feminização do magistério brasileiro é um fenômeno mais recente.
1. O documento discute a situação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro ao longo da história, desde a Grécia e Roma antigas até os dias atuais.
2. Ao longo da história, as mulheres foram subordinadas aos homens e destinadas apenas a tarefas domésticas. No entanto, desde a década de 1970, com o crescimento do feminismo e da escolaridade feminina, as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho.
3. Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam des
O masculino nos caminhos da docência primária em Teresina.Fabrício Dutra
O documento analisa a entrada de professores homens nas escolas de formação de professores primários em Teresina, Piauí entre 1970-2000. Ele busca identificar os fatores que dificultam ou facilitam a escolha profissional de homens para ensinar crianças, tradicionalmente vista como uma profissão feminina. O documento também descreve a história da feminização do magistério no Brasil e no Piauí, com mulheres se tornando a maioria dos professores primários ao longo do século XX.
Apresentação PI I Abordagens de Gênero na Educação de Meninos e MeninasUNIVESP
1. O documento analisa abordagens de gênero na educação de meninos e meninas em escolas públicas de duas cidades do interior de São Paulo, com base em entrevistas com professores.
2. Ele apresenta o contexto teórico sobre a construção social do gênero ao longo da história e a posição do Estado brasileiro, e analisa os dados coletados nas entrevistas.
3. O objetivo é contribuir para a promoção da equidade de gênero na escola, expondo preconceitos e desconstruindo vis
O documento discute o analfabetismo no Brasil, destacando que: 1) Cerca de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, concentrados principalmente na região Nordeste, população negra e rural; 2) Historicamente, os homens brancos foram os mais escolarizados, mas atualmente as mulheres brancas lideram, seguidas por homens brancos, mulheres negras e homens negros; 3) É necessária uma política educacional consistente que valorize cada aluno para reduzir desigualdades.
Diferenças de gênero na organização social da vida pública e da vida privada.Fábio Fernandes
1) O documento discute as diferenças históricas na organização social da vida pública e privada para homens e mulheres, com homens tendo mais acesso ao espaço público e mulheres confinadas mais à esfera privada.
2) Ao longo do tempo, houve maior participação feminina na educação, mercado de trabalho e política, embora ainda existam desigualdades de gênero nessas esferas.
3) A divisão tradicional do trabalho entre os sexos tem sido criticada, com mudanças ocorrendo na escol
O documento discute a participação das mulheres no mercado de trabalho e na educação no Brasil, destacando avanços e desafios. Apesar de mais mulheres estarem trabalhando e estudando, ainda há desigualdades significativas, como salários menores, trabalho mais precário e dupla jornada. As mulheres negras enfrentam piores condições. É necessário combater todas as formas de discriminação para uma sociedade igualitária.
Diversidade de Gênero com Ênfase no Papel da Mulher na Sociedade.Luís Dias da Silva
O documento discute a desigualdade de gênero no Brasil e as políticas para promover a igualdade. Apresenta estatísticas que mostram que, apesar de avanços, as mulheres ainda enfrentam barreiras no mercado de trabalho e na política. Defende mais ações de planejamento governamental para ampliar o papel da mulher na sociedade.
FORMAÇÃO DE DOCENTES NO CURSO DE PEDAGOGIA: GÊNERO EM DISCUSSÃOProfessorPrincipiante
A profissão docente dos anos iniciais e da educação infantil tem sido associada à
imagem feminina da mulher. Esse processo histórico de feminização da docência teve
seu início no Brasil com a República, consolidando-se com o advento da democratização
do ensino público em meados do século XX. No início da profissão, sob o domínio da
igreja católica, o magistério era predominantemente masculino. Professores homens
ensinavam alunos homens. Hoje observamos um processo, talvez ainda em fase inicial,
de retorno dos homens à atividade da docência dos anos iniciais. Esse fenômeno vem se
refletindo no curso de Pedagogia da UFAL, objeto de nossa investigação. Nesse sentido
essa pesquisa buscou examinar que fatores vêm trazendo os homens de volta ao
magistério da educação infantil e do ensino fundamental no nosso contexto local e qual o
perfil social, econômico e cultural desses alunos. Com isto, realizamos uma investigação
com os alunos homens do curso de Pedagogia semestral da UFAL, com a intenção de
analisar o interesse profissional desses alunos, futuros professores. Buscamos analisar
ainda quais implicações poderá ter para a identidade profissional docente, considerando
que esses aspectos têm sido pouco estudados na ótica masculina. A metodologia
utilizada foi o estudo de caso, de cunho qualitativo. Utilizamos o questionário, aplicados
apenas aos homens que frequentam o curso, nos turnos matutino, vespertino e noturno.
Nossos dados mostram que muitos homens que procuram o curso de pedagogia desejam
atuar na educação e muitos já exercem a docência nos anos iniciais do ensino
fundamental.
Jane Rosa da Silva, “A fragmentacáo corporativa-ctegorial-territorial e os límites para a incorporacao da discursao de genero nos sindicatos docentes de Presidente Prudente (Sao Pablo)”, V Seminario Internacional de la Red ASTE, 11 al 13 de noviembre de 2015, Rosario.
O documento discute as desigualdades raciais no analfabetismo no Brasil com base nos dados do Censo de 2000. Cerca de dois terços dos 15,3 milhões de analfabetos eram negros, assim como mais da metade dos 32,7 milhões de analfabetos funcionais. As taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional entre a população negra eram significativamente maiores do que entre os brancos. Se o Brasil tivesse as mesmas taxas de alfabetização dos brancos, subiria apenas duas posições no
O ‘ser’ professor(a) primário(a) no século XIXFabrício Dutra
Este documento apresenta os estudos preliminares realizados para uma pesquisa sobre o processo de feminização do magistério primário no século XIX através da imprensa feminina no Rio de Janeiro. O objetivo é analisar como esses jornais contribuíram para a feminização, abordando questões como as identidades produzidas e modelos de escolarização divulgados. Foram localizados vários jornais femininos do período, como O Sexo Feminino e Echo das Damas. A pesquisa busca responder como a imprensa feminina
1) O documento discute os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade contemporânea, como barreiras educacionais e de inserção no mercado de trabalho.
2) Apesar de mais escolarizadas, as mulheres ganham menos e enfrentam violência doméstica.
3) A autonomia econômica das mulheres é limitada pela dupla jornada de trabalho e dependência financeira.
Este documento apresenta o 4o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça no Brasil, publicado em 2011 pelo Ipea, ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. O relatório fornece dados estatísticos sobre diversos temas relacionados às desigualdades de gênero e raça no período de 1995 a 2009.
O Observatório da Eqüidade, ligado ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, faz uma "radiografia" da educação no Brasil e chega a resultados que exigem intervenções fortes e imediatas.
Ricardo Wegrzynovski
De Brasília
Ipea Fevereiro 2008
Acerca do acesso da mulher ao universo futebolisticogepef
Este documento analisa o acesso da mulher ao universo do futebol, um esporte tradicionalmente masculino. A presença feminina no futebol aumentou ao longo do tempo, à medida que as mulheres lutaram por mais direitos e espaços. No entanto, ainda há desafios como a falta de campeonatos regionais e nacionais para mulheres e baixa participação feminina em comissões técnicas. O documento também discute como as atividades esportivas eram vistas como formas de manter a feminilidade e preparar as mulher
Estatísticas rurais e a economia feminista: um olhar sobre o trabalho das mul...iicabrasil
Este texto discute a economia feminista e a agenda de luta das mulheres no meio rural. Apresenta como as mulheres rurais se organizaram em movimentos para conquistar direitos e alterar políticas públicas. Também reflete sobre a necessidade de retomar criticamente estudos acadêmicos sobre o trabalho das mulheres rurais a partir da perspectiva da economia feminista.
Este documento discute a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. Começa com os primórdios da educação na Grécia Antiga e no Brasil Colonial, e descreve como a EJA começou a se desenvolver a partir da década de 1930 devido às transformações sociais. Destaca o papel fundamental de Paulo Freire na alfabetização de adultos e discute os principais marcos da EJA no Brasil, como a Campanha Nacional de Educação de 1947 e o Movimento Brasileiro de Alfabetização na déc
O documento discute como usar dados do Censo Demográfico brasileiro para ensinar conceitos de demografia para estudantes do 4o ano em diante. Ele sugere comparar pirâmides etárias ao longo do tempo para mostrar como taxas de natalidade e mortalidade mudaram, levando o Brasil por uma transição demográfica. Experiências dos alunos e suas famílias podem ajudar a ilustrar essas mudanças populacionais.
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O documento discute o conceito de ecodesign, que visa projetar produtos e processos que minimizem o impacto ambiental ao longo de seu ciclo de vida, por meio da redução no uso de recursos e geração de resíduos. Alguns princípios do ecodesign incluem a escolha de materiais menos poluentes, eficiência energética, qualidade e durabilidade para gerar menos lixo. O objetivo do ecodesign é criar produtos ecoeficientes sem comprometer custos ou qualidade.
O Energy Star foi criado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA em 1992 para estabelecer padrões de eficiência energética para eletrodomésticos e eletrônicos. O selo Energy Star é concedido a produtos que consomem menos energia do que a média da sua categoria de acordo com testes do Departamento de Energia. O programa incentiva fabricantes e consumidores a economizarem energia.
O documento discute conceitos de logística reversa, definindo-a como o planejamento e controle do fluxo de bens de pós-venda e pós-consumo de volta para o ciclo de negócios. Detalha logística reversa de pós-venda e pós-consumo, destinos de produtos, regulamentações ambientais e canais reversos pós-consumo. O objetivo estratégico da logística reversa é agregar valor aos produtos devolvidos.
O documento discute a diretiva RoHS, que restringe o uso de seis substâncias nocivas como chumbo, mercúrio e cádmio na produção de equipamentos eletrônicos na Europa. A diretiva entrou em vigor em 2006 e afeta produtos como eletrodomésticos, equipamentos de TI e brinquedos. Fabricantes tiveram que encontrar alternativas à solda com chumbo e empresas brasileiras também adotaram as diretrizes.
1) O documento descreve um programa de gerenciamento de computadores em uma universidade em Curitiba que tem como objetivo prolongar a vida útil dos equipamentos através da prática dos 3Rs: reuso, redução e reciclagem.
2) O programa envolve o remanejamento de computadores entre usuários antes do descarte, a reutilização de peças de equipamentos descartados, e a reciclagem ou doação dos equipamentos no final de sua vida útil.
3) A adoção dos 3Rs permitiu estender a vida útil dos computadores da universidade em até 6
O documento discute um programa para redução de resíduos eletro-eletrônicos através da análise do ciclo de vida dos produtos, explorando opções de recuperação e descarte sustentáveis e sugerindo alternativas como reuso e reciclagem.
Alternativas para redução de resíduo eletrônicoMirieli Zanetti
O documento discute um programa de gerenciamento de computadores em uma universidade em Curitiba que tem como objetivo prolongar a vida útil dos equipamentos através da prática dos três Rs: reuso, redução e reciclagem. O programa reutiliza computadores entre diferentes níveis de usuários por até 6 anos, reaproveita peças de equipamentos descartados para evitar novas compras, e realiza reciclagem somente ao final da vida útil dos equipamentos.
1) O documento discute os impactos ambientais do ciclo de vida de computadores e estratégias para reduzi-los, apresentando um estudo de caso sobre a maximização da vida útil de computadores em uma universidade brasileira.
2) Os computadores geram impactos significativos em todo o seu ciclo de vida, desde a extração de matérias-primas até o descarte, devido ao consumo de recursos e emissão de substâncias tóxicas.
3) Prolongar a vida útil dos computadores por meio de programas de reutilização
O documento discute a importância da reciclagem de metais, plásticos e vidro para o meio ambiente. A reciclagem desses materiais evita que eles poluam a natureza e gera renda para catadores. Os principais tipos de cada material que podem ser reciclados são descritos, como latas de alumínio, garrafas PET e garrafas de vidro.
O documento descreve o Ciclo PDCA, um método de melhoria contínua de processos criado por Walter Shewhart e disseminado por Deming. O Ciclo PDCA consiste em quatro etapas: Planejar (Plan), Executar (Do), Verificar (Check) e Agir (Action). Também apresenta fluxogramas como ferramenta para representar graficamente os passos de um processo.
O documento discute eficiência energética e energias renováveis. Apresenta os tipos de energias renováveis como biomassa, solar, eólica, hidráulica, geotérmica e maremotriz. Também fornece dicas para economizar energia elétrica em casa e escola, como usar luz natural, lâmpadas econômicas e equipamentos selo Procel.
A apresentação destaca a importância da redução, reutilização e reciclagem de lixo, listando o tempo de decomposição de alguns itens. Os alunos participantes são nomeados no final.
Este documento analisa os impactos ambientais dos computadores através da metodologia de Análise do Ciclo de Vida. Apresenta o programa de gerenciamento de computadores da Universidade Positivo, que visa estender a vida útil dos equipamentos por meio da classificação e configuração específicas para atender às necessidades. Os resultados indicam que a vida útil foi estendida para seis anos, evitando a aquisição de 50% dos computadores e a geração de 28 toneladas de resíduos eletrônicos no período estudado
O documento resume as principais ações de gestão ambiental implementadas pela fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais no ano de 2012, incluindo a utilização de iluminação natural, reuso de água e redução do consumo de energia elétrica.
O documento resume as ações ambientais da Volvo no Brasil, incluindo o prêmio de excelência em gestão recebido em 2009, o compromisso com o meio ambiente ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, e iniciativas como o Centro Ambiental Volvo, coleta seletiva e monitoramento de emissões.
O documento resume as ações ambientais da Volvo no Brasil, incluindo a conquista de prêmios de excelência em gestão, o compromisso com o meio ambiente ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, e iniciativas como o Centro Ambiental Volvo, coleta seletiva e redução de emissões.
O documento descreve as ações ambientais da Volvo no Brasil, incluindo a conquista do Prêmio Nacional da Qualidade em 2009, o cuidado com o meio ambiente ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, e as iniciativas de gestão ambiental como o Centro Volvo Ambiental, coleta seletiva e monitoramento de emissões.
1. PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO ENSINO SUPERIOR: DOCÊNCIA
E DISCÊNCIA
* Charles Dalla Costa
** Mirieli A. Zanetti
Resumo: O objetivo do presente estudo é investigar a relação entre o crescimento do número
de mulheres concluintes no ensino superior e o número de mulheres em funções docentes nas
instituições de ensino superior no Brasil entre os anos de 2003 e 2007. Foram coletadas as
sinopses estatísticas da educação superior (graduação), disponibilizadas pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Testando a hipótese
de que existe uma correlação entre as mulheres em funções docentes e o número de mulheres
que concluiu a graduação, os dados do INEP foram importados em programa de computador
para análise estatística. Também foram utilizadas variáveis de controle pesquisadas no
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para verificar o crescimento na
participação da mulher no ensino superior em relação à participação de mulheres no mercado
de trabalho. O estudo aponta evidências de correlação entre o número de mulheres em funções
docentes e o número de mulheres concluindo o ensino superior, bem como crescimento real
na participação da mulher no ensino superior.
Palavras-chave: Ensino Superior; Gênero; Mulheres docentes.
Introdução
A atual participação da mulher brasileira em todos os segmentos da sociedade através
da sua participação no mercado de trabalho e níveis de escolaridade é um fenômeno recente.
Seu início e desenvolvimento percorreram uma lenta trajetória para derrubar barreiras
culturais e então conseguir aos poucos ganhar força e tornar-se significativa.
* Mestrando em Administração pela Universidade Positivo. charlesdallacosta@gmail.com
** Mestranda em Gestão Ambiental pela Universidade Positivo. mzanetti@up.edu.br
2. Dados estatísticos evidenciam este quadro e permitem inferir que há uma maior
presença de mulheres tanto na educação básica como na superior. Alguns estudos mostram
que atualmente há cerca de meio milhão de mulheres a mais do que homens nas universidades
brasileiras. Segundo o diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do INEP -
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Dilvo Ristoff
(2006), as mulheres ainda são minoria na docência da educação superior, mas a sua
participação cresce a cada ano num ritmo 5% maior que a dos homens, mostrando que se
mantida a atual tendência de crescimento, elas serão maioria também na docência dentro de
no máximo cinco anos.
A estrutura do desenvolvimento traz um breve histórico sobre o papel e participação
da mulher na economia, considerações sobre a mulher e educação, a investigação sobre a
situação atual da mulher na economia e na educação, e as considerações finais resultantes do
estudo.
Para efeitos desta pesquisa, foram utilizados levantamentos de literatura como artigos
científicos e suplementos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o qual apresenta dados levantados numa pesquisa mensal de empregos, realizada
entre 2003 a 2008 em algumas capitais brasileiras como, Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Também foram utilizadas séries estatísticas
levantadas por agências oficiais brasileiras como a FIBGE (dados dos Censos Demográficos e
as PNADs- Pesquisas Domiciliares por Amostra de Domicílios), o Ministério do Trabalho
(dados da RAIS- Relação Anual de Informações Sociais) e do INEP/MEC (o Censo do Ensino
Superior, o Censo Escolar e o da Educação Profissional).
Histórico
No início do século XIX, a sociedade acreditava que o homem era o único provedor
das necessidades da família, e cabia à mulher a função de mantenedora do lar e educadora dos
filhos. A mudança começou a ocorrer com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 –
1945), onde as mulheres tiveram que assumir a posição dos homens no mercado de trabalho.
3. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de se responsabilizar além da
casa e dos filhos, pelo provimento financeiro da família (ARAÚJO, 2004).
Com a consolidação do sistema capitalista no século XIX, o desenvolvimento
tecnológico, a crescente utilização de máquinas e um incremento feminino na mão-de-obra,
algumas mudanças ocorreram, entre elas a criação de novas leis regulamentadoras do
trabalho, as quais passaram a beneficiar as mulheres. Na constituição brasileira de 32, por
exemplo, ficou estabelecido que não haveria distinção de sexo, que todo trabalho de igual
valor corresponderia a salários iguais, foi proibido o trabalho de mulheres grávidas durante o
período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois, além de proibir a
demissão de mulheres grávidas pelo simples fato da sua condição (PROBST, 2005). Mesmo
assim, algumas formas de exploração continuaram: Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças
salariais acentuadas eram comuns. Estas ações eram justificadas por uma consciência
machista que determinava que apesar do salário recebido pela mulher, ela ainda era sustentada
pelo marido e desse modo não havia necessidade de receber um salário equivalente ou
superior ao do homem pelo mesmo trabalho e carga horária.
Já na década de 70, conforme afirmam Hoffmann e Leone (2004) intensificaram-se a
participação das mulheres nas atividades econômicas devido ao contexto de expansão da
economia com acelerado processo de industrialização e urbanização. Também comentam que
esse cenário prosseguiu na década de 80, apesar da estagnação da atividade econômica.
Porém, nos anos 90, década caracterizada pela intensa abertura econômica, pelos baixos
investimentos e pela terceirização da economia, continuou a tendência de crescente
incorporação da mulher na força de trabalho (HOFFMANN; LEONE, 2004).
Felizmente, com muita determinação esses valores estão mudando. Ao longo dos anos,
as mulheres vêm conquistando seu espaço - não somente no mercado de trabalho - e a antiga
visão da estrutura familiar, vem sendo reconstruída.
Ao analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil no último quarto
de século, destaca-se o vigor e a persistência na conquista do seu espaço. Mas, a velocidade
que isso acontece, depende de algumas questões como culturais, por exemplo. Os países
culturalmente mais desenvolvidos permitem que as mulheres tenham uma atuação mais ativa,
enquanto que nos países de baixo desenvolvimento cultural, a mulher ainda é vista de forma
inferior aos homens, o que dificulta seu desenvolvimento.
4. No Paraná, em específico, a participação feminina no mercado de trabalho no período
de 2003 a 2006, apresentou um crescimento constante, com um índice da ordem de 1,7%.
Segundo dados dos Registros Administrativos da Relação Anual de Informações Sociais do
Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS), a força de trabalho feminina no Paraná ocupava
40,2% dos empregos formais no ano de 2003, evoluiu para 40,5% em 2004, alcançando
41,1% em 2005 e atingiu 41,9% em 2006. Em estudo realizado no estado, Cimbalista (2007)
apresenta dados que mostram que o trabalho exercido pela mulher ainda é mais precário
devido à funções que exigem pouca escolaridade e algum tipo de qualificação. Também
comenta que devido às mudanças no contexto sócio-econômico e cultural, um expressivo
contingente de mulheres na faixa etária entre 40 e 54 anos com baixa escolaridade,
ingressaram no mercado de trabalho contribuindo para este quadro de precarização. Tais
informações podem ser observadas na tabela 1, que mostra a ocupação de empregos formais
de acordo com o gênero, comparando os avanços ocorridos entre 1985 e 2005
(CIMBALISTA, 2007).
Tabela 1: Empregos formais, segundo gênero (1985-2005).
GÊNERO
1985 1995 2005
Empregos Part. (%) Empregos Part. (%) Empregos Part. (%)
Masculino 759.385 69,0 921.846 63,0 1.241.930 58,9
Feminino 341.666 31,0 540.638 37,0 867.418 41,1
TOTAL 1.101.051 100,0 1.462.484 100,0 2.109.348 100,0
Fonte: ANÁLISE CONJUNTURAL, v.29, n.07-08, p.15, jul./ago. 2007, apud MTE-RAIS
Mulher e Educação
Tosi (1998) faz referência à luta das mulheres, pelo direito à educação já no começo
do século XV. Segundo ele, durante muito tempo a educação das mulheres ficou restrita no
contexto familiar e consistia na leitura, na escrita e em noções de matemática suficientes para
a administração do lar.
Segundo Manfrinato (2007), no Brasil, as mulheres adquiriram o direito à educação,
pela Lei de 5 de outubro de 1827. No entanto, elas deveriam se contentar apenas com a
educação primária. Almeida (1998) considera que a primeira oportunidade de instrução de
nível médio às mulheres, ocorreu com a abertura da sessão feminina da Escola Normal do
Seminário da Glória em 1876, no âmbito do ensino Público.
Mais tarde, com a implantação do Regime Republicano no Brasil, oficializado em
1889, realçaram-se os ideais nacionalistas que supervalorizavam a educação e a viam como a
opção mais adequada e capaz de solucionar os problemas sociais do país (BERALDO, 2001).
5. Com a disponibilização da educação para todos, surgiu um novo desafio, pois esta abertura
gerou a necessidade de encontrar saída para a profissionalização feminina. Segundo Beraldo
(2001), na época, o curso de magistério representava a educação que não atentava contra os
valores sociais, uma vez que estavam no momento mais voltados para a preparação do
casamento e maternidade, do que para o desenvolvimento intelectual da mulher.
Somente em 19 de abril de 1879, foi proposto um decreto-lei, pelo conselheiro do
imperador D. Pedro II, chamado Leôncio de Carvalho, o qual permitia as mulheres a se
inscreverem em cursos superiores. Até este momento, apenas os homens tinham este direito
(MANFRINATO, 2007).
Segundo dados levantados por Manfrinato (2007), em meados de 1940 as mulheres
representavam um pouco mais que 10% dos que possuíam diploma de curso superior no país,
sendo que este percentual praticamente quadruplicado na década de 70. Atualmente as
mulheres ocupam a maior parcela das “cadeiras” disponíveis nos cursos de graduação e pós-
graduação no ensino superior no Brasil. Situação que se repete em outros países.
Além disso, não somente crescem em números expressivos na discência, quanto na
docência. Profissões científicas que, antigamente, constituíam um monopólio masculino,
estão cada vez mais abrindo espaço para as mulheres. Segundo os números divulgados pelo
MEC o número de professoras na educação superior no Brasil, no ano 2000 correspondia a
40,8% do total do país, enquanto o de docentes do sexo masculino correspondia a 58,2%.
Esses números vêm crescendo gradualmente, tanto que em 2005, o percentual de docentes do
sexo feminino teve um aumento expressivo num prazo de 5 anos, totalizando 129.140 -
44,3% do total de docentes. Enquanto que o número de homens era de 162.865, o que
corresponde a 55,7% do total. Ou seja, em um curto período de tempo, o número de docentes
mulheres cresceu cerca de 4% nas instituições de ensino superior, e o de homens caiu quase
que na mesma proporção.
De acordo com a gerente de projetos da Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres, Dirce Grosz, não há estudos que expliquem o fenômeno da explosão de matrículas
femininas no ensino superior, mas há algumas possíveis respostas. Segundo ela, "há uma
proporção maior de mulheres na população, principalmente a partir dos 20 anos de idade.
Tem mais mulheres terminando o ensino médio do que homens. E, ao mesmo tempo, a mulher
está buscando se aperfeiçoar para conseguir uma melhor colocação no mercado e no mundo
do trabalho" (CRESCE, 2006).
6. Situação Atual
Atualmente, são observados avanços na participação da mulher no mercado de
trabalho bem como avanços na escolaridade.
A tabela 2 procura ilustrar, através dos dados provenientes de pesquisa do IBGE nas
regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto
Alegre, o número de anos de estudo da população feminina ocupada (empregada, trabalhando,
autônoma), comparando os meses de janeiro de 2003 e janeiro de 2008.
Tabela 2: Anos de estudo das mulheres ocupadas em atividades econômicas
Anos de estudo % (jan/2003) % (jan/2008)
Sem instrução, menos de um ano
de estudo
3,1 1,6
De 1 a 3 anos de estudo 5,6 3,9
De 4 a 7 anos de estudo 22,1 18,8
De 8 a 10 anos de estudo 17,7 15,8
11 anos ou mais de estudo 51,3 59,9
Fonte: Elaboração baseada em IBGE, 2009, p. 13.
Através do estudo do IBGE é possível inferir que existe um crescimento no número de
anos de estudo da população feminina ativa no mercado de trabalho, com notório
desenvolvimento da camada a partir de onze anos de estudo.
O estudo do IBGE ainda traz informação sobre o crescimento da proporção de
mulheres ocupadas em relação ao total da população economicamente ativa das regiões
metropolitanas estudadas. O crescimento percentual entre os períodos estudados foi de 3
pontos percentuais para o nível de ocupação das mulheres, ao passo que o nível de ocupação
dos homens cresceu apenas 1,1 ponto percentual. Os dados absolutos, em milhares, podem ser
observados na tabela 3.
Tabela 3: Estimativas da população (em milhares)
Mulheres Total
Jan/03 Jan/08 Jan/03 Jan/08
População em Idade Ativa 19.641 21.919 36.985 40.961
População Economicamente Ativa 9.093 10.508 20.758 23.104
População Ocupada 7.868 9.445 18.441 21.261
População Desocupada 1.224 1.063 2.317 1.842
Fonte: IBGE, 2009, p. 6.
Nas estimativas do IBGE apresentadas na tabela 3, as mulheres representavam 53,11%
da população economicamente ativa em janeiro de 2003, e 53,87% em janeiro de 2008, ou
7. seja, a proporção entre os gêneros, estatisticamente, nas regiões do estudo, se manteve
praticamente constante.
Nas regiões metropolitanas do estudo do IBGE, a distribuição entre as atividades
econômicas das mulheres ocupadas, na estatística de janeiro de 2008, é dissecada conforme a
tabela 4.
Tabela 4: Distribuição das mulheres nas atividades econômicas em Janeiro de 2008.
Ocupação %
Serviços domésticos 16,5
Administração Pública, Educação, Defesa,
Segurança e Saúde
22,0
Serviços prestados à Empresa 13,3
Indústria 13,1
Construção 0,6
Comércio 17,4
Outros serviços e outras atividades 17,0
Fonte: Elaboração baseada em IBGE, 2009, p. 10.
Por fim, o estudo do IBGE descreve os setores com maior diferença de participação
entre homens e mulheres como sendo as ocupações na Construção e nos Serviços Domésticos.
A construção representa 20% da ocupação dos homens, ao passo que a ocupação Serviços
Domésticos representa apenas 0,7% das ocupações masculinas, nas regiões do estudo.
Investigando a faixa da ocupação feminina de 22,0% aonde se enquadra a Educação,
analisaremos os dados provenientes do INEP, referentes à participação da mulher no ensino
superior, tanto no papel de docente quanto como concluinte do curso superior.
Na tabela 5, é possível observar um resumo das estatísticas do INEP, com destaque
para a evolução na participação das mulheres entre os anos de 2000 e 2007.
Tabela 5: Distribuição de Gênero na Docência e Discência
Ano
Total de
Docentes
Docentes
(Mulheres)
Total de
Formandos
Formandos
(Mulheres)
2000 197712 80737 324734 198416
2001 219947 92709 352305 217437
2002 242475 103655 466260 293309
2003 268816 116221 528223 329311
2004 293242 128695 626617 391995
2005 305960 135643 717858 446724
2006 316882 141003 736829 446263
2007 334688 150392 756799 452295
Fonte: Dados extraídos das sinopses do INEP, 2009.
8. A evolução de crescimento é expressiva. De 2000 à 2007, o número de concluintes,
formandas, cresceu 44%, quando o índice de crescimento dos concluintes homens foi de 41%.
O número de docentes mulheres também é informação de interesse. O crescimento das
mulheres em funções docentes no ensino superior foi de 54% - (80737 em 2000 para 150392
em 2007).
Na tabela 6 são calculados os percentuais de mulheres concluintes do ensino superior,
em relação ao total de fomandos.
Tabela 6: Distribuição de Gênero na Discência
Ano
Total de
Formandos
Formandos
(Mulheres)
% de
mulheres
2000 324734 198416 61,10%
2001 352305 217437 61,72%
2002 466260 293309 62,91%
2003 528223 329311 62,34%
2004 626617 391995 62,56%
2005 717858 446724 62,23%
2006 736829 446263 60,57%
2007 756799 452295 59,76%
Fonte: Dados extraídos das sinopses do INEP, 2009.
Os dados apresentados na tabela 6 sugerem uma estabilidade proporcional, com as
mulheres tendo alcançado o patamar de sessenta por cento dos concluintes de ensino superior
no país.
Também é verificada a representatividade percentual da mulher em seu papel de
docência, no ensino superior, através dos dados compilados na tabela 7.
Tabela 7: Distribuição de Gênero na Docência e Discência
Ano
Total de
Docentes
Docentes
(Mulheres)
% de
mulheres
2000 197712 80737 40,84%
2001 219947 92709 42,15%
2002 242475 103655 42,75%
2003 268816 116221 43,23%
2004 293242 128695 43,89%
2005 305960 135643 44,33%
2006 316882 141003 44,50%
2007 334688 150392 44,93%
Fonte: Dados extraídos das sinopses do INEP, 2009.
Pelas informações da tabela 7, podemos afirmar que as mulheres ainda não são
maioria no corpo docente das instituições, porém o crescimento de sua participação é
vigoroso, conquistando mais de quatro pontos percentuais desse mercado de trabalho, no
período da sinopse do INEP.
9. As informações do INEP contemplam todas as instituições de ensino superior,
públicas e privadas, reconhecidas e regulares junto ao Ministério da Educação e Cultura –
MEC.
Para análise da correlação entre o número de mulheres concluintes do ensino superior
com o número de mulheres cuja ocupação é em papel função docente, também nas
instituições de ensino superior, os dados do INEP foram importados para o aplicativo
computacional de estatística SPSS - Statistical Package for the Social Sciences – (pacote
estatístico para as ciências sociais). Pelo método de correlação bivariada, podemos observar o
resultado da análise estatística na tabela 8.
Tabela 8: Correlação entre Concluintes e Docentes (Mulheres)
Concluintes
(Feminino)
Docentes
(Feminino)
Concluintes (Feminino) Pearson Correlation 1 ,985**
Sig. (2-tailed) ,000
N 8 8
Docentes (Feminino) Pearson Correlation ,985**
1
Sig. (2-tailed) ,000
N 8 8
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
Fonte: Dados processados pelos autores, 2009.
Como resultado, apresenta-se uma correlação alta (Pearson de 0,985), e significativa,
sugerindo que realmente existe uma forte relação entre as duas variáveis analisadas. Porém o
teste estatístico paramétrico utilizado (Pearson, técnica paramétrica bivariada), é indicado
para o mínimo de 30 casos na amostra. Como a amostra possui um caso para cada ano
analisado pelo INEP entre os anos de 2000 e 2007, apenas oito casos se fazem presentes.
Dessa forma é necessário corroborar o resultado com um teste não-paramétrico mais robusto e
que possa ser utilizado para os oito casos disponíveis – Correlação de Spearman.
Os resultados utilizando-se o método da correlação de Spearman podem ser
observados na tabela 9.
10. Tabela 9: Correlação entre Concluintes e Docentes (Mulheres) – Spearman
Concluintes
(Feminino)
Docentes
(Feminino)
Spearman's rho Concluintes (Feminino) Correlation Coefficient 1,000 ,976**
Sig. (2-tailed) . ,000
N 8 8
Docentes (Feminino) Correlation Coefficient ,976**
1,000
Sig. (2-tailed) ,000 .
N 8 8
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
Fonte: Dados processados pelos autores, 2009.
O método de Spearman confirma o teste anterior, mostrando alto coeficiente de
correlação – 0,976.
Conclusões
A hipótese de que existe uma correlação entre as mulheres em funções docentes e o
número de mulheres que concluintes do ensino superior foi comprovada pelos testes
estatísticos, que demonstram uma relação forte e positiva do crescimento do número de
mulheres em uma ocupação delimitada (função de docência em instituições de ensino
superior), e seu crescimento em capacitação (concluintes do ensino superior).
Os dados das pesquisas dos institutos de referência (INEP e IBGE), confirmam e
detalham o crescimento da participação da mulher na sociedade (pela presença na economia e
na educação, neste estudo). Algumas surpresas são positivas, pois além do crescimento da
participação da mulher, as estatísticas apresentadas mostraram também que o número total de
estudantes concluindo o ensino superior também está em ritmo de crescimento. Bem como o
número de pessoas ativas e com ocupação na economia. E, na maior parte dos estudos e
estatísticas analisados o ritmo de crescimento feminino é mais veloz do que o masculino.
Remetendo aos dados históricos, considerando que fazem pouco mais de cem anos que
foi permitido que as mulheres ingressassem no ensino superior, (CIMBALISTA, 2007), a
participação atual, no patamar de sessenta por cento, não é apenas uma conquista, mas já se
torna uma virada histórica.
11. Fator também corroborado pela tendência de estabilidade da proporção de homens e
mulheres economicamente ativos, apontada no estudo do IBGE.
Logo, se a proporção entre homens e mulheres economicamente ativos é estável, se a
mulher é maioria nos concluintes do ensino superior, o crescimento das mulheres na
participação do mercado de trabalho apontada pelos estudos ainda deve continuar e com
vantagens para o gênero feminino, visto que em toda a série dos dados do INEP (anos de 2000
até 2007), as mulheres são a maioria dos concluintes do ensino superior, constituindo, por
conseguinte, a força de trabalho com maior qualificação acadêmica.
Algumas limitações do estudo devem ser apontadas. Uma limitação é o acesso aos
dados estatísticos de uma faixa temporal específica, tanto dos dados do INEP quanto do
IBGE, impossibilitando a análise de dados de períodos anteriores. Os dados do IBGE também
são limitantes, pois o estudo sobre mulheres no mercado de trabalho é amostral e em
determinadas regiões metropolitanas do país. Outra limitação é inerente aos objetivos da
pesquisa, restritos a busca de relações entre duas variáveis (docência e discência), e sua
contextualização.
Estudos futuros podem buscar explicação sobre o sentido da correlação, ou seja, se é o
nível de estudo que influencia os níveis de ocupação da mulher, ou o caminho inverso. O
presente estudo traz a observação e relação entre os fenômenos, mas as causas e
conseqüências (tantos sociais como econômicas), da crescente participação da mulher na
educação e mercado de trabalho, também são importantes campos de pesquisa a serem
explorados. Ainda para análises estatísticas, uma comparação dos dados deste estudo com
informações de outros países também seria objeto interessante de pesquisa, a fim de verificar
se a correlação e o crescimento da participação feminina são fenômenos globais.
Referências
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da UNESP, 1998.
ARAUJO, Luis César G. de. As mulheres no controle do mundo – elas têm influência em
todas as esferas, da política à comunicação. Forbes Brasil, São Paulo, 2004.
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CIMBALISTA, Silmara. Mudanças no mercado de trabalho formal no Paraná - 1985-
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