A tetraplegia é uma paralisia que afeta os quatro membros e a musculatura do tronco. Ela pode ser causada por lesões na medula espinhal, doenças neuromusculares ou traumatismos cerebrais. Existem adaptações e tecnologias assistivas que podem aumentar a independência e qualidade de vida de pessoas com tetraplegia.
Tecnologias que melhoram a qualidade de vida de pessoas com tetraplegia
1.
2. O Que é Tetraplegia?
A tetraplegia ou quadriplegia é quando uma
paralisia afeta todas as quatro
extremidades, superiores e
inferiores, juntamente à musculatura do tronco.
À impossibilidade de mover os membros
associam-se, em grau variável, distúrbios da
mecânica respiratória, podendo causar
demência leve.
4. Esclerose lateral miontrófica – Provoca atrofia progressiva
e paralisias dos músculos esqueléticos. Na fase avançada a
paralisia afeta todos os quatro membros, propagando-se
em seguida também aos músculos do pescoço e da língua;
Geralmente atinge pessoas mais idosas, mas há casos de
pessoas que apresentaram a doença na faixa dos 20 anos
de idade.
Stephen Hawking, uma das vítimas da
esclerose lateral amiotrófica ou doença de
Charcot.
5. Lesões da medula espinhal – Os
traumatismos de qualquer natureza que
compreendam um corte da medula no
trato compreendido entre a terceira e a
quinta vértebra cervical têm como
consequência, se não são mortais, uma
tetraplegia.
6. Insuficiência vértebro-basilar – É um ataque
isquémico com manifestação aguda derivante de
uma insuficiência da irrigação sanguínea
improvisa no território da artéria basilar. A
sintomatologia é caracterizada por vertigens
rotatórias, distúrbios do campo
visual, cefaleia, quedas inesperadas e repentinas
e a tetraplegia (nos casos mais graves).
7. Hemorragias cerebrais – Ocorre tetraplegia quando a
ruptura de uma artéria cerebral em seguida a
traumatismos, a distúrbios da coagulação ou então a
alterações vasculares congênitas ou adquiridas, em que se
verifica hemorragia no troco encefálico; é causado
também pela invasão de líquido cefalorraquidiano dentro
das meninges, alcançando a medula.
8. As causas mais frequentes de lesão medular
são os traumatismos, os processos tumorais e
as infecções. Os traumatismos que mais
atingem a medula espinhal são aqueles
produzidos em acidentes de automóveis, ou
mergulho em águas rasas. O nível em que há
a lesão do 4. Segmento da medula
torácico, do umbigo para baixo - lesão do 12.
Segmento da medula torácico e etc.
9. Existem adaptações, algumas
confeccionadas pelo próprio terapeuta
ocupacional, que possibilitam maior
desempenho funcional e independência do
deficiente, daí ser fundamental a atuação
do profissional terapeuta ocupacional em
seu processo de reabilitação, valorizando e
reforçando o potencial funcional dos
deficientes.
11. Controle operado pela boca permite que tetraplégicos joguem
videogame
Tetraplégico, Ruben Rios não consegue mover
nenhuma parte do corpo do pescoço para baixo.
Para jogar videogame, Rios usa um controle que
combina comandos pela boca, tubos para
sopros e um joystick operado na cabeça.
12. Tecnologia Assistiva "é toda e qualquer ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade
de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa portadora de
deficiência.
Esse tipo de tecnologia tem por objetivo "proporcionar à pessoa portadora de
deficiência maior independência, qualidade de vida e Inclusão social, através da
ampliação da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, competição trabalho e integração com a família, amigos e sociedade".
13. “Depois da minha lesão, eu não tinha controle sobre
nada”, afirmou Rios, que ficou tetraplégico em 1988.
Quando ele começou a usar o controle pela boca, em
1991, isso mudou. “Foi um alívio desfrutar de algo no
mesmo nível dos meus amigos”.
14. O controle pela boca foi uma invenção do
engenheiro americano Ken Yankelevitz. Ele
começou a trabalhar com os dispositivos para
deficientes em 1981, para o console Atari. Com o
passar do tempo, Yankelevitz adaptou o controle
para plataformas mais complexas, como Xbox e
PlayStation.
15. • Hoje, tetraplégicos têm 12 diferentes
ações que podem jogar com a boca.
Com a chegada do aniversário de 70
anos de Yankelevitz, jogadores com
deficiência dizem temer que
nenhuma outra pessoa substitua o
engenheiro, que tem produzido
controles para tetraplégicos há 30
anos.
16.
17. Em São Paulo - Pesquisadores da Georgia Tech
desenvolveram uma luva vibratória para tornar o
aprendizado de piano mais simples, mas que também
pode auxiliar no tratamento de pacientes com lesões na
medula espinhal.
Chamado de Mobile Music Touch, o projeto consiste em
uma luva que vibra no momento em que seu usuário deve
pressionar uma tecla no piano para tocar uma música.
Utilizada em sincronia com um teclado, a luva permite que
qualquer um aprenda a tocar a nona sinfonia de
Beethoven sem saber ler uma partitura.
18. Quando uma nota deve ser pressionada, as
teclas correspondentes piscam. Ao mesmo
tempo, os dedos que deveriam tocar
começam a vibrar, graças a pequenos
motores e sensores instalados na luva.
Toda a operação é controlada por
um
computador, smartphone, tablet
ou MP3 player. As “pistas” auxiliam
o pianista aspirante a memorizar
uma música, para que em uma
apresentação o pequeno truque
não seja necessário.
19.
20. Exoesqueleto motorizado garante mobilidade a
pacientes paraplégicos
Dispositivo de peso leve e tamanho compacto torna possível
movimentos como ficar de pé, sentar e até subir escadas.
Estes dispositivos agem como um esqueleto externo. Eles se
agarram com força ao redor do tronco. Suportes rígidos são
amarrados às pernas e se estendem do quadril até o joelho e do
joelho até o pé. As articulações de quadril e joelho são movidas
por motores controlados por computadores eléctricos alimentados
por baterias avançadas. Pacientes usam o aparelho com um
andador ou muletas para manter seu equilíbrio.
21. Engenheiros da Universidade de Vanderbilt, nos
EUA, desenvolveram um exoesqueleto
motorizado que permite que pessoas com
graves lesões na medula espinhal se
movimentem.
O dispositivo, de peso leve e tamanho
compacto, fornece aos pacientes um grau de
independência sem precedentes e torna
possível movimentos como ficar de pé, sentar e
subir escadas.
22.
23. é o nome desse simpático carrinho desenvolvido por uma
empresa húngara especialmente para pessoas em cadeiras de
rodas. O protótipo tem o sistema de direção bastante parecido
com o de uma moto, com todos os controles acoplados ao
guidão, o que torna possível e bastante simples a dirigibilidade.
A cadeira de rodas é presa ao espaço reservado para o
motorista, a fim de o condutor não precisar deixar a cadeira de
rodas e ir para um banco. A entrada e a saída do veículo também
acontecem pela porta de trás, o que facilita bastante na hora de
estacionar e sair do automóvel diretamente para a calçada.
Outro ponto alto do Kenguru é que ele é amigo do meio
ambiente e não usa combustível, apenas energia elétrica, e
chega próximo aos 50 km/h.
27. Cientistas israelenses criam uma tecnologia muito interessante.
Pacientes paraplégicos ou tetraplégicos podem controlar um
computador e até mesmo a cadeira de rodas através de fungadas
(pressão e movimentos de ar) do nariz.
Em testes realizados pelos cientistas, pessoas foram capazes de
escrever textos e se comunicarem através de um computador.
Também foi possível controlar um cadeira de rodas elétrica a
distâncias de mais de 30 metros, com curvas de noventa graus com
um pouco de treinamento e algumas tentativas.
28. Funcionamento do dispositivo
O aparelho é capaz de detectar pequenas
alterações na movimentação ao abrir e fechar o
palato mole, atrás do céu da boca. Esses pequenos
movimentos são transformados em sinais elétricos
que são traduzidos em movimentos ou letras do
alfabeto, permitindo comunicação e movimento a
pessoas tetraplégicas.
Após todos os testes com essa nova tecnologia, os
cientistas concluíram que a técnica "provê um
meio de controle que é rápido, preciso, robusto e
altamente conservado após lesões graves"
29.
30. Ao permitir uma comunicação baseada apenas
em ondas cerebrais e estímulos visuais, o
sistema admite restaurar a
comunicação, aumentar a mobilidade e o grau
de independência dos doentes.
Trata-se de “uma ferramenta de assistência muito poderosa que, trará um forte
impacto social porque permitirá às pessoas com deficiências motoras muito graves
obter mais autonomia”, afirma o cientista. “Com a interface cérebro-computador
poderão realizar tarefas quotidianas como conversar no Skype, conduzir uma cadeira
de rodas, ligar luzes, acionar alarmes via telefone, ligar a televisão, etc.”, exemplifica.
A interface é composto por um conjunto de algoritmos de processamento de
sinal e aprendizagem automática que, após a recolha de sinais cerebrais pelo
método não invasivo de eletroencefalografia, descodifica os padrões cerebrais e
seleciona letras de forma sequencial, permitindo escrever frases.
31.
32. Estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Sul-rio-grandense criaram um óculos para facilitar o
uso do computador pelos tetraplégicos. O cursor do mouse se
move na tela de acordo com os movimentos de cabeça do
usuário e efetua clicks com o piscar dos olhos. Outros óculos
similares já existiam no mercado, mas a vantagem dessa
invenção rio-grandense é o custo. Esta custa R$ 50,00, enquanto
os óculos que já estão sendo comercializados podem custar até
de 5 mil reais.