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TOMOGRAFIA DE
COERÊNCIA ÓPTICA
INTRODUÇÃO
 Classicamente, o diagnóstico de glaucoma sustenta-se na constatação de defeitos
estruturais no fundo de olho com as correspondentes repercussões funcionais
observadas pelo exame do campo visual. Para que esse cenário ocorra, sabe-se
que há significativa perda de células ganglionares da retina, algo em torno de 25%
a 30% do seu número total, ou seja, considerável evolução da doença.
INTRODUÇÃO
 OCT tem como princípio a interferometria, um método que consiste no emprego de um
feixe luminoso coerente que incide em uma superfície reflexiva de referência e sobre a
área do estudo em questão, no caso a retina. A luz refletida pelo espelho de referência
não sofre alteração, mas a o fundo de olho muda o comprimento de onda conforme a
estrutura que a refletiu e produz padrões de interferência no feixe de referência.
 Cada estrutura na retina tem um time-of-flight e o interferômetro do aparelho
consegue identificar diferentes padrões e interferência na luz de cada ponto.
 Com a variação da distância do espelho de referência do ponto de estudo de forma
sistematizada, o equipamento consegue correlacionar o tempo entre o feixe de
referência e a interferência produzida e, assim, produzir imagens bidimensionais de
cada camada da retina. Esse é o princípio da tecnologia OCT time domain aplicada no
Stratus OCT (Carl Zeiss Meditec).
 Spectre domain para imagens tridimensionais.
TIPOS DE OCT
 Atualmente, estão disponíveis diversos equipamentos que empregam a tecnologia
SD OCT, sendo os mais difundidos Cirrus HD OCT, RTVue, Spectralis e Topcon 3D
OCT-2000. Todos proporcionam dados objetivos das estruturas da retina e
possuem pacotes estatísticos para diferenciar pacientes normais de
glaucomatosos.
COMO INTERPRETAR O OCT
 Cada OCT apresenta diferentes impressos para o glaucoma. Sempre se deve
atentar aos dados de identificação, à idade e à etnia.
 Checar a qualidade do exame é um dos principais passos e exame com sinal ruim
deve ser visto como informação bastante duvidosa.
 No Cirrus, avalia-se a força do sinal entre 0 e 10, sendo necessários valores iguais
ou superiores a 6.
 De forma razoavelmente semelhante, todos os aparelhos dão informações sobre a
comparação de ambos olhos, quando disponível, e a consequente análise de
simetria, importante na avaliação do glaucoma.
COMO INTERPRETAR O OCT
 Deve-se avaliar o perfil da CFNR, com análise global e por setores, e lembrar que o
próprio nomograma do aparelho indica o resultado para o ponto específico que
está sendo avaliado: verde representa dentro dos limites normais (entre 5% e 95%
da distribuição normal), amarelo, limítrofe (entre 1% e 5% da distribuição normal),
e vermelho, fora dos limites normais (0% e 1% da distribuição normal). Para todos
os aparelhos, o banco de dados normais é composto de pacientes com idade
acima de 18 anos.
Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)
Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)
Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)
 Mapa topográfico de espessura da CFNR: primeira imagem superior: distribuição em ampulheta
com cores verde, amarelo e vermelha é padrão em olhos normais.
 Mapa de desvio da CFNR: logo abaixo, com a representação em cores em relação a indivíduos
normais.
 B-Scans Horizontal e Vertical: retirados do centro do DO.
 CFNR circular: centrada automaticamente no DO, com os limites da CFNR.
 Parâmetros principais avaliados: mostrados em um quadro localizado centralmente com codificação
m cores para a significância estatística.
 Espessura da rima neurorretiniana.
 Gráfico TSNIT da espessura da CFNR do OD/OE em relação do banco de dados normais (cores).
 Espessura da CFNR por quadrantes e por horas de relógio: significância expressa em cores.
COMO AVALIAR A QUALIDADE DOS
EXAMES
 Os principais aspectos a serem avaliados na qualidade do exame de OCT são
intensidade do sinal, centralização e alinhamento, além de presenças de artefatos.
COMO AVALIAR A QUALIDADE DOS
EXAMES
 Intensidade do sinal: Quanto maior a intensidade o sinal, maiores a acurácia
diagnóstica e a reprodutibilidade do exame. As opacidades de meios são as causas
mais frequentes de atenuação da intensidade do sinal. Pupila com diâmetro
pequeno também é causa de redução da intensidade do sinal.
 Centralização e alinhamento: Descentralizações verticais ou horizontais produzem
medidas inacuradas da espessura da CFNR peripapilar. Erros mais significativos são
obtidos em razão da descentralização vertical.
 Artefatos: Movimentação ocular, piscar olhos, patologias vitreorretinianas, scan
incompleto e invertido, descentralização do círculo de mensuração, círculo de
mensuração atingindo uma área de atrofia peripapilar.
 FIM

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OCT Glaucoma

  • 2. INTRODUÇÃO  Classicamente, o diagnóstico de glaucoma sustenta-se na constatação de defeitos estruturais no fundo de olho com as correspondentes repercussões funcionais observadas pelo exame do campo visual. Para que esse cenário ocorra, sabe-se que há significativa perda de células ganglionares da retina, algo em torno de 25% a 30% do seu número total, ou seja, considerável evolução da doença.
  • 3. INTRODUÇÃO  OCT tem como princípio a interferometria, um método que consiste no emprego de um feixe luminoso coerente que incide em uma superfície reflexiva de referência e sobre a área do estudo em questão, no caso a retina. A luz refletida pelo espelho de referência não sofre alteração, mas a o fundo de olho muda o comprimento de onda conforme a estrutura que a refletiu e produz padrões de interferência no feixe de referência.  Cada estrutura na retina tem um time-of-flight e o interferômetro do aparelho consegue identificar diferentes padrões e interferência na luz de cada ponto.  Com a variação da distância do espelho de referência do ponto de estudo de forma sistematizada, o equipamento consegue correlacionar o tempo entre o feixe de referência e a interferência produzida e, assim, produzir imagens bidimensionais de cada camada da retina. Esse é o princípio da tecnologia OCT time domain aplicada no Stratus OCT (Carl Zeiss Meditec).  Spectre domain para imagens tridimensionais.
  • 4. TIPOS DE OCT  Atualmente, estão disponíveis diversos equipamentos que empregam a tecnologia SD OCT, sendo os mais difundidos Cirrus HD OCT, RTVue, Spectralis e Topcon 3D OCT-2000. Todos proporcionam dados objetivos das estruturas da retina e possuem pacotes estatísticos para diferenciar pacientes normais de glaucomatosos.
  • 5.
  • 6. COMO INTERPRETAR O OCT  Cada OCT apresenta diferentes impressos para o glaucoma. Sempre se deve atentar aos dados de identificação, à idade e à etnia.  Checar a qualidade do exame é um dos principais passos e exame com sinal ruim deve ser visto como informação bastante duvidosa.  No Cirrus, avalia-se a força do sinal entre 0 e 10, sendo necessários valores iguais ou superiores a 6.  De forma razoavelmente semelhante, todos os aparelhos dão informações sobre a comparação de ambos olhos, quando disponível, e a consequente análise de simetria, importante na avaliação do glaucoma.
  • 7. COMO INTERPRETAR O OCT  Deve-se avaliar o perfil da CFNR, com análise global e por setores, e lembrar que o próprio nomograma do aparelho indica o resultado para o ponto específico que está sendo avaliado: verde representa dentro dos limites normais (entre 5% e 95% da distribuição normal), amarelo, limítrofe (entre 1% e 5% da distribuição normal), e vermelho, fora dos limites normais (0% e 1% da distribuição normal). Para todos os aparelhos, o banco de dados normais é composto de pacientes com idade acima de 18 anos.
  • 8. Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)
  • 9. Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)
  • 10. Cirrus ( Carl Zeiss Meditec Inc.)  Mapa topográfico de espessura da CFNR: primeira imagem superior: distribuição em ampulheta com cores verde, amarelo e vermelha é padrão em olhos normais.  Mapa de desvio da CFNR: logo abaixo, com a representação em cores em relação a indivíduos normais.  B-Scans Horizontal e Vertical: retirados do centro do DO.  CFNR circular: centrada automaticamente no DO, com os limites da CFNR.  Parâmetros principais avaliados: mostrados em um quadro localizado centralmente com codificação m cores para a significância estatística.  Espessura da rima neurorretiniana.  Gráfico TSNIT da espessura da CFNR do OD/OE em relação do banco de dados normais (cores).  Espessura da CFNR por quadrantes e por horas de relógio: significância expressa em cores.
  • 11. COMO AVALIAR A QUALIDADE DOS EXAMES  Os principais aspectos a serem avaliados na qualidade do exame de OCT são intensidade do sinal, centralização e alinhamento, além de presenças de artefatos.
  • 12. COMO AVALIAR A QUALIDADE DOS EXAMES  Intensidade do sinal: Quanto maior a intensidade o sinal, maiores a acurácia diagnóstica e a reprodutibilidade do exame. As opacidades de meios são as causas mais frequentes de atenuação da intensidade do sinal. Pupila com diâmetro pequeno também é causa de redução da intensidade do sinal.  Centralização e alinhamento: Descentralizações verticais ou horizontais produzem medidas inacuradas da espessura da CFNR peripapilar. Erros mais significativos são obtidos em razão da descentralização vertical.  Artefatos: Movimentação ocular, piscar olhos, patologias vitreorretinianas, scan incompleto e invertido, descentralização do círculo de mensuração, círculo de mensuração atingindo uma área de atrofia peripapilar.