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Textos Autobiográficos
        O diário
  O Diário de Anne Frank
Escrever um diário? Porquê?

• Situação anormal e impressionante

• Experiência profissional estimulante

• Exercício intelectual

• Anotações de incidentes ou
 impressões de uma viagem
Principais características do texto
        diarístico (características
          linguísticas e formais )
• narrador que se assume na 1ªpessoa
• registo do quotidiano
• diário como forma de desabafo/alívio
• relato de vivências, pensamentos,
  emoções e sentimentos
• privacidade, intimismo, secretismo
• confessionalismo
• criação de um destinatário ficcional
O Diário de Anne Frank
  Sábado, 20 de Junho de 1942
  Durante uns dias não escrevi nada porque, primeiro, quis pensar seriamente na finalidade
e no sentido de um diário. Experimento uma sensação singular ao escrever o meu diário.
Não é só por nunca ter escrito, suponho que, mais tarde, nem eu nem ninguém achará
interesse nos desabafos de uma rapariga de treze anos. Mas, na realidade, tudo isso não
importa. Apetece-me escrever e quero aliviar o meu coração de todos os pesos. O papel é
mais paciente do que os homens. Era nisso que eu pensava muitas vezes quando, nos meus
dias melancólicos, punha a cabeça entre as mãos e sem saber o que havia de fazer comigo.
Ora queria ficar em casa, ora queria sair e, a maior parte das vezes, ficava a cismar sem sair
do sítio. Sim, o papel é paciente! E não tenciono mostrar este caderno com o nome
pomposo de Diário seja a quem for, a não ser que venha a encontrar na minha vida o tal
grande amigo ou a tal grande amiga. (...)E pronto!, cheguei ao ponto principal de todas
estas considerações: não tenho uma verdadeira amiga! (...) Com todos os meus numerosos
conhecidos, só consigo fazer tolices ou falar sobre coisas banais. Não me é possível abrir-
me, sinto-me como que abotoada. Pode ser que esta falta de confiança seja defeito meu.
Mas não há nada a fazer e tenho pena de não poder modificar as coisas. Por tudo isto é que
escrevo um diário. E para evocar na minha fantasia a ideia da amiga há tanto tempo
desejada, não quero, como qualquer pessoa, assentar só factos. Este diário é que há de ser
a minha amiga, e vou-lhe pôr-lhe um nome. Essa amiga chama-se Kitty.
                  FRANK, Anne - Diário de Anne Frank. Lisboa: Livros do Brasil, 1984 (fragmento com supressões)
O Diário de Anne Frank. Exercícios.
Transcreve do texto marcas de:

  Narrador que se assume na 1ª pessoa;
  Registo do quotidiano;
  Diário como forma de desabafo/alívio;
  Relato de vivências, pensamentos, emoções e sentimentos;
  Privacidade, intimismo, secretismo;
  Confessionalismo;
  Criação de um destinatário ficcional.
O Diário de Anne Frank
  Sábado, 20 de Junho de 1942
  Durante uns dias não escrevi nada porque, primeiro, quis pensar seriamente na finalidade
e no sentido de um diário. Experimento uma sensação singular ao escrever o meu diário.
Não é só por nunca ter escrito, suponho que, mais tarde, nem eu nem ninguém achará
interesse nos desabafos de uma rapariga de treze anos. Mas, na realidade, tudo isso não
importa. Apetece-me escrever e quero aliviar o meu coração de todos os pesos. O papel é
mais paciente do que os homens. Era nisso que eu pensava muitas vezes quando, nos meus
dias melancólicos, punha a cabeça entre as mãos e sem saber o que havia de fazer comigo.
Ora queria ficar em casa, ora queria sair e, a maior parte das vezes, ficava a cismar sem sair
do sítio. Sim, o papel é paciente! E não tenciono mostrar este caderno com o nome
pomposo de Diário seja a quem for, a não ser que venha a encontrar na minha vida o tal
grande amigo ou a tal grande amiga. (...)E pronto!, cheguei ao ponto principal de todas
estas considerações: não tenho uma verdadeira amiga! (...) Com todos os meus numerosos
conhecidos, só consigo fazer tolices ou falar sobre coisas banais. Não me é possível abrir-
me, sinto-me como que abotoada. Pode ser que esta falta de confiança seja defeito meu.
Mas não há nada a fazer e tenho pena de não poder modificar as coisas. Por tudo isto é que
escrevo um diário. E para evocar na minha fantasia a ideia da amiga há tanto tempo
desejada, não quero, como qualquer pessoa, assentar só factos. Este diário é que há de ser
a minha amiga, e vou-lhe pôr-lhe um nome. Essa amiga chama-se Kitty.
                  FRANK, Anne - Diário de Anne Frank. Lisboa: Livros do Brasil, 1984 (fragmento com supressões)
Ficha de Leitura
                               (entregar 08-01-2013)


• Capa (identificação da escola, do aluno e da disciplina)
• O autor (biografia de Anne Frank)
• Contextualização espácio-temporal (onde/quando/como e porquê)
• Resumo da obra (Ver regras do resumo)
• As melhores citações (Escolhe algumas e justifica a escolha)
• O meu comentário (Texto argumentativo)
• Fontes consultadas (Bibliografia)

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Textos autobiográficos

  • 1. Textos Autobiográficos O diário O Diário de Anne Frank
  • 2. Escrever um diário? Porquê? • Situação anormal e impressionante • Experiência profissional estimulante • Exercício intelectual • Anotações de incidentes ou impressões de uma viagem
  • 3. Principais características do texto diarístico (características linguísticas e formais ) • narrador que se assume na 1ªpessoa • registo do quotidiano • diário como forma de desabafo/alívio • relato de vivências, pensamentos, emoções e sentimentos • privacidade, intimismo, secretismo • confessionalismo • criação de um destinatário ficcional
  • 4. O Diário de Anne Frank Sábado, 20 de Junho de 1942 Durante uns dias não escrevi nada porque, primeiro, quis pensar seriamente na finalidade e no sentido de um diário. Experimento uma sensação singular ao escrever o meu diário. Não é só por nunca ter escrito, suponho que, mais tarde, nem eu nem ninguém achará interesse nos desabafos de uma rapariga de treze anos. Mas, na realidade, tudo isso não importa. Apetece-me escrever e quero aliviar o meu coração de todos os pesos. O papel é mais paciente do que os homens. Era nisso que eu pensava muitas vezes quando, nos meus dias melancólicos, punha a cabeça entre as mãos e sem saber o que havia de fazer comigo. Ora queria ficar em casa, ora queria sair e, a maior parte das vezes, ficava a cismar sem sair do sítio. Sim, o papel é paciente! E não tenciono mostrar este caderno com o nome pomposo de Diário seja a quem for, a não ser que venha a encontrar na minha vida o tal grande amigo ou a tal grande amiga. (...)E pronto!, cheguei ao ponto principal de todas estas considerações: não tenho uma verdadeira amiga! (...) Com todos os meus numerosos conhecidos, só consigo fazer tolices ou falar sobre coisas banais. Não me é possível abrir- me, sinto-me como que abotoada. Pode ser que esta falta de confiança seja defeito meu. Mas não há nada a fazer e tenho pena de não poder modificar as coisas. Por tudo isto é que escrevo um diário. E para evocar na minha fantasia a ideia da amiga há tanto tempo desejada, não quero, como qualquer pessoa, assentar só factos. Este diário é que há de ser a minha amiga, e vou-lhe pôr-lhe um nome. Essa amiga chama-se Kitty. FRANK, Anne - Diário de Anne Frank. Lisboa: Livros do Brasil, 1984 (fragmento com supressões)
  • 5. O Diário de Anne Frank. Exercícios. Transcreve do texto marcas de: Narrador que se assume na 1ª pessoa; Registo do quotidiano; Diário como forma de desabafo/alívio; Relato de vivências, pensamentos, emoções e sentimentos; Privacidade, intimismo, secretismo; Confessionalismo; Criação de um destinatário ficcional.
  • 6. O Diário de Anne Frank Sábado, 20 de Junho de 1942 Durante uns dias não escrevi nada porque, primeiro, quis pensar seriamente na finalidade e no sentido de um diário. Experimento uma sensação singular ao escrever o meu diário. Não é só por nunca ter escrito, suponho que, mais tarde, nem eu nem ninguém achará interesse nos desabafos de uma rapariga de treze anos. Mas, na realidade, tudo isso não importa. Apetece-me escrever e quero aliviar o meu coração de todos os pesos. O papel é mais paciente do que os homens. Era nisso que eu pensava muitas vezes quando, nos meus dias melancólicos, punha a cabeça entre as mãos e sem saber o que havia de fazer comigo. Ora queria ficar em casa, ora queria sair e, a maior parte das vezes, ficava a cismar sem sair do sítio. Sim, o papel é paciente! E não tenciono mostrar este caderno com o nome pomposo de Diário seja a quem for, a não ser que venha a encontrar na minha vida o tal grande amigo ou a tal grande amiga. (...)E pronto!, cheguei ao ponto principal de todas estas considerações: não tenho uma verdadeira amiga! (...) Com todos os meus numerosos conhecidos, só consigo fazer tolices ou falar sobre coisas banais. Não me é possível abrir- me, sinto-me como que abotoada. Pode ser que esta falta de confiança seja defeito meu. Mas não há nada a fazer e tenho pena de não poder modificar as coisas. Por tudo isto é que escrevo um diário. E para evocar na minha fantasia a ideia da amiga há tanto tempo desejada, não quero, como qualquer pessoa, assentar só factos. Este diário é que há de ser a minha amiga, e vou-lhe pôr-lhe um nome. Essa amiga chama-se Kitty. FRANK, Anne - Diário de Anne Frank. Lisboa: Livros do Brasil, 1984 (fragmento com supressões)
  • 7. Ficha de Leitura (entregar 08-01-2013) • Capa (identificação da escola, do aluno e da disciplina) • O autor (biografia de Anne Frank) • Contextualização espácio-temporal (onde/quando/como e porquê) • Resumo da obra (Ver regras do resumo) • As melhores citações (Escolhe algumas e justifica a escolha) • O meu comentário (Texto argumentativo) • Fontes consultadas (Bibliografia)