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TEORIA
GERAL DOS SISTEMAS
HISTÓRICO
 Gottfried Leibniz (1646-1716) chamava de
Sistema:
 “Repertório de conhecimentos que não se
limitasse a ser um simples inventário, mas
que contivesse suas razões ou provas e
descrevesse o ideal sistemático”
2
Filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário
HISTÓRICO
 Para Emmanuel Kant (1724-1804):
 “a unidade de múltiplos conhecimentos, reunidos sob uma
única ideia”
 Crítica da Razão Pura
 Neste livro tenta responder três questões
fundamentais da filosofia:
 Que podemos saber?
 Que devemos fazer?
 Que podemos esperar?
3
HISTÓRICO
 Ludwig von Bertalanffy (1901-1972):
 Criticou a visão de que o mundo é dividido
em diferentes áreas, é de fato, o
 TODO INTEGRADO
4
MARCO ATUAL
 Após essa percepção, surge a definição de
Sistema, tal como a entendemos hoje:
 Um conjunto de elementos
inter-relacionados com um objetivo
comum.
5
MARCO ATUAL
 Bertalanffy difundiu a ideia de que:
 O organismo é um todo maior que a soma
das suas partes.
6
MARCO ATUAL
 Mostrou que se deve estudar os sistemas
globalmente, de forma a envolver todas as
suas interdependências.
7
MARCO ATUAL
 Cada um dos elementos, ao serem reunidos
para constituir uma unidade funcional maior,
desenvolvem características que não se
encontram em seus componentes isolados.
8
DEFINIÇÕES
9
DEFINIÇÃO
 Conjunto de partes interagentes e
interdependentes que, conjuntamente,
formam um todo unitário, com determinado
objetivo e efetuam determinada função.
10
DEFINIÇÃO
 Conjunto de elementos interdependentes que
interagem com objetivos comuns formando
um todo, e onde cada um dos elementos
componentes comporta-se, por sua vez, como
um sistema cujo resultado é maior do que o
resultado que as unidades poderiam ter se
funcionassem independentemente.
11
DEFINIÇÃO
 Tem a capacidade de manter um certo grau de
organização em face de mudanças internas ou
externas, composto de um conjunto de
elementos, em interação, segundo
determinadas leis, para atingir um objetivo
específico.
12
DEFINIÇÕES
 É a ciência da complexidade organizada
13
FUNÇÕES BÁSICAS
14
FUNÇÃO BÁSICA
 Converter insumos:
 Materiais, Energia, Trabalho, Informações
 Retirados de seu ambiente
 Em produtos
 Materiais, Energia, Trabalho, Informações
 Diferente dos insumos, para serem então
devolvidos ao ambiente.
15
ENTRADA E SAÍDA
16
Energia
Matéria
Informação
Sistema
Energia
Matéria
Informação
FUNÇÕES BÁSICAS
Entrada Processamento Saída
17
Retroalimentação
RETROALIMENTAÇÃO
18
REALIMENTAÇÃO
 Um sistema realimentado é necessariamente
um sistema dinâmico.
 Uma saída é capaz de alterar a entrada
que a gerou, e, consequentemente, a si
própria, isso é…
19
REALIMENTAÇÃO
 …. a interação com o ambiente no sistema aberto gera
realimentações que podem ser positivas ou
negativas….
 …. criando assim uma autoregulação
regenerativa….
 …. que por sua vez cria novas propriedades que
podem ser benéficas ou maléficas para o todo
independente das partes.
20
REALIMENTAÇÃO
 A evolução de um sistema permanece
ininterrupta enquanto os sistemas se auto-
regulam a:
 Curto Prazo
 Médio Prazo
 Longo Prazo
21
REALIMENTAÇÃO
 A curto prazo, para atender às necessidades de
produção.
 A médio prazo, para atender às necessidades
de manutenção.
 A longo prazo, para atender às necessidades de
adaptação.
22
REALIMENTAÇÃO
 Os sistemas que não têm condições de
continuadamente atender a essa condição,
comprometem sua capacidade de
sobrevivência.
23
REALIMENTAÇÃO
 Qualquer sistema deve ser visto como um
sistema de informações.
 A geração e transmissão de informações
são essenciais para sua compreensão.
24
PRINCÍPIOS BÁSICOS
25
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Um sistema é maior do que a soma de
suas partes.
 Assim, seu entendimento requer
identificar cada parte componente
do mesmo.
26
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 A investigação de qualquer parte do sistema
deve ser sempre realizada em relação ao todo.
27
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Embora cada subsistema possa ser visto como
uma unidade autocontida, ele faz parte de
uma ordem maior e mais ampla, que o
contém.
28
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Um sistema aberto e seu ambiente estão em
permanente inter-relação.
29
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Um sistema complexo pode ser melhor
entendido se for dividido em subsistemas
menores, que possam ser mais facilmente
analisados e - posteriormente - recombinados
no todo.
30
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Uma mudança em um dos elementos
provocará mudanças nos demais ou na
totalidade do sistema.
31
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 O analista de um sistema, em muitos casos,
tem condições de redesenhar sua fronteira.
32
ENTÃO...
33
 Sistemas para serem viáveis a longo prazo...
 ... devem perseguir com clareza seus
objetivos...
 ... serem governados por
retroalimentação e ....
 .... apresentar a capacidade de se
adaptar à mudanças ambientais.
34
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
35
ENTRADA, INPUT
 Energia e insumos a serem transformados pelo
sistema:
 Matéria-prima
 Trabalho
 Informação
 Tempo
 Outros
36
PROCESSAMENTO
 O processo usado pelo sistema para
converter os insumos retirados do
ambiente, para obtenção de produtos para
consumo do próprio sistema e para serem
devolvidos ao ambiente.
37
SAÍDA, OUTPUT
 O produto ou serviço resultante do processo
de transformação do sistema
 Bens materiais
 Bens imateriais
 Serviços
 Outros
38
RETROALIMENTAÇÃO,
FEEDBACK
 Informações sistemáticas sobre algum aspecto
do sistema, que possam ser utilizadas para
avaliá-lo e monitorá-lo, de modo a melhorar
seu desempenho.
39
CONTROLE
 As atividades e processos usados para avaliar
entradas, processamentos e saídas, de modo a
permitir as ações corretivas:
40
Entrada Processamento Saída
Retroalimentação
Controle
Controle
Controle Controle
CONTROLE
 Qualidade
 Desempenho
 Estudo de Usuários
 Outros
42
PRODUTOS
 A quantidade de produtos gerados por um
sistema deve ser suficiente para o
funcionamento de todos os seus subsistemas
43
SUBSISTEMA
 Todo sistema é um subsistema de um sistema
maior
44
LIMITES
 Talvez esse seja um dos pontos mais difíceis de ser
definido.
 Qual a fronteira de um sistema ?
 Como delimitar o que está dentro ou fora do
sistema ?
 A demarcação da fronteira permite a
diferenciação entre o sistema ou subsistema e
seu ambiente ou outros subsistemas
45
INTERFACES
 A maneira como os subsistemas se relacionam
por meio de entradas e saídas.
46
PONTOS DE VISTA
 Todo sistema pode ser entendido ou
observado de diferentes ângulos ou pontos de
vista.
 A Teoria Geral dos Sistemas considera que
um sistema pode ser influenciado por
pontos de vista.
47
NÍVEL DE ABORDAGEM
(ABSTRAÇÃO)
 Todo sistema tem um nível de detalhe.
 O importante é assegurar que o nível de
detalhe utilizado é condizente com o
propósito do sistema.
48
HIERARQUIA
 A ideia de dividir um problema grande
(sistema) em problemas menores
(subsistemas) é intrínseca a ideia de sistemas.
49
OBJETIVO
 O propósito geral da existência do sistema.
 Sua razão de ser.
50
EQUIFINALIDADE
 Objetivos podem ser conseguidos por uma
grande variedade de insumos e de diferentes
formas.
51
ENTROPIA
 A tendência dos sistemas de perderem sua
energia, sua vitalidade e dissolver-se no caos
ao longo do tempo.
52
ENTROPIA
 Associada ao grau de desordem de um
sistema.
 “Um sistema tende a se esgotar, isto é, a
tendência das estruturas diferenciadas é
mover-se para a dissolução, à medida que
os elementos que as compõem se
acomodam em desordem aleatória”.
ENTROPIA
 Ocorre por causa da degradação da energia
 Porque os sistemas, ao passarem de um
estado para outro, necessariamente
consomem energia
ENTROPIA NEGATIVA
 A capacidade do sistema de desenvolver ou
receber organização ao longo do tempo para
se manter em funcionamento
55
ENTROPIA NEGATIVA
 Um sistema aberto deve importar energia livre
de fora, para poder dar prosseguimento ao
sistema por meio de incrementos de ordem.
ENTROPIA NEGATIVA
 Resultado:
 A evolução contínua, na medida que o
estado final do sistema é mais
elaborado que o inicial.
LEIS DA TERMODINÂMICA
 Lei Zero da Termodinâmica: Princípio da Igualdade das trocas de calor: Quando
dois corpos têm igualdade de temperatura com um terceiro corpo, eles têm
igualdade de temperatura entre si.
 Primeira Lei da Termodinâmica: Princípio da conservação da energia: Em um
sistema isolado a energia total permanece constante
 A Segunda Lei da Termodinâmica: Princípio da Degradação da Energia: Os
processos ocorrem numa certa direção mas não podem ocorrer na direção
oposta. É o sentido espontâneo dos processos. Surge o conceito de Entropia,
grandeza física que mede o grau de desorganização de um sistema
 Terceira Lei da Termodinâmica: Princípio do Zero Absoluto: À medida que a
temperatura de uma substância pura move-se em direção ao zero absoluto, sua
entropia, ou o comportamento desordenado de suas moléculas, também se
aproxima de zero
59
TIPOS
60
TIPOS
 a) Concretos X Abstratos
 Sistemas concretos existem fisicamente e os abstratos são
modelos ou representações
 b) Naturais X Artificiais
 Sistemas naturais existem na natureza e artificiais foram
criados pelo homem.
 c) Abertos X Fechados
 Sistemas abertos realizam trocas com o meio ambiente e
sistemas fechados, não.
61
SISTEMAS ABERTOS
 A maioria dos sistemas são abertos e sofrem
interações com o ambiente onde estão
inseridos.
62
ORGANIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE: STAKEHOLDERS E GRUPO DE PRESSÃO
Retroalimentação
Forças
Legais
Forças
Econômicas
Forças
Ambientais
Forças
Sociais
Forças
Tecnológicas
Forças
Políticas
Concorrentes
Empregados
Mídia
Governantes
Fornecedores
Clientes
Parceiros Estratégicos
Grupos de
Normalização
Entrada Processamento Saída
PROPRIEDADES
64
PRIMEIRA PROPRIEDADE
COMPOSIÇÃO
 Cada sistema possui o seu próprio conjunto
de partes e componentes.
 Uma modificação da composição muda
portanto o sistema.
65
SEGUNDA PROPRIEDADE
ESTRUTURA DINÂMICA / ORGANIZAÇÃO INTERNA
 É a estrutura que integra e une as partes e lhes
imprime certa união e integridade.
 É o modo específico de interação e
interconexão dos componentes.
66
TERCEIRA PROPRIEDADE
QUALIDADE DO SISTEMA
 É o conjunto de componentes cuja
interação traz qualidades únicas – fruto
dessa integração, que não existe apenas
nos componentes.
67
QUARTA PROPRIEDADE
HOMEOSTASE
 Os sistemas sempre procuram o equilíbrio.
 Isto quer dizer que, se uma parte não está
funcionando bem, outras terão que
trabalhar mais para manter o equilíbrio e
para que o sistema consiga atingir seu
objetivo.
68
QUINTA PROPRIEDADE
SINERGIA
 Tal princípio também pode ser expresso:
 O TODO É MAIS QUE A SOMA DAS PARTES
69
O DILEMA DE
BLASE PASCAL
70
O DILEMA DE BLASE PASCAL
 Só posso compreender o todo se conheço as
partes, mas....
 .... só posso compreender as partes se
conheço o todo.
O DILEMA DE BLASE PASCAL
 Mas....
 ...posso compreender o todo e as partes a partir do
conhecimento da interação dessas partes entre si,
pelas funções desempenhadas por cada uma delas
nessa interação
 reduzindo o dilema a um problema com
uma única variável: a interação.

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  • 2. HISTÓRICO  Gottfried Leibniz (1646-1716) chamava de Sistema:  “Repertório de conhecimentos que não se limitasse a ser um simples inventário, mas que contivesse suas razões ou provas e descrevesse o ideal sistemático” 2 Filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário
  • 3. HISTÓRICO  Para Emmanuel Kant (1724-1804):  “a unidade de múltiplos conhecimentos, reunidos sob uma única ideia”  Crítica da Razão Pura  Neste livro tenta responder três questões fundamentais da filosofia:  Que podemos saber?  Que devemos fazer?  Que podemos esperar? 3
  • 4. HISTÓRICO  Ludwig von Bertalanffy (1901-1972):  Criticou a visão de que o mundo é dividido em diferentes áreas, é de fato, o  TODO INTEGRADO 4
  • 5. MARCO ATUAL  Após essa percepção, surge a definição de Sistema, tal como a entendemos hoje:  Um conjunto de elementos inter-relacionados com um objetivo comum. 5
  • 6. MARCO ATUAL  Bertalanffy difundiu a ideia de que:  O organismo é um todo maior que a soma das suas partes. 6
  • 7. MARCO ATUAL  Mostrou que se deve estudar os sistemas globalmente, de forma a envolver todas as suas interdependências. 7
  • 8. MARCO ATUAL  Cada um dos elementos, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional maior, desenvolvem características que não se encontram em seus componentes isolados. 8
  • 10. DEFINIÇÃO  Conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário, com determinado objetivo e efetuam determinada função. 10
  • 11. DEFINIÇÃO  Conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. 11
  • 12. DEFINIÇÃO  Tem a capacidade de manter um certo grau de organização em face de mudanças internas ou externas, composto de um conjunto de elementos, em interação, segundo determinadas leis, para atingir um objetivo específico. 12
  • 13. DEFINIÇÕES  É a ciência da complexidade organizada 13
  • 15. FUNÇÃO BÁSICA  Converter insumos:  Materiais, Energia, Trabalho, Informações  Retirados de seu ambiente  Em produtos  Materiais, Energia, Trabalho, Informações  Diferente dos insumos, para serem então devolvidos ao ambiente. 15
  • 17. FUNÇÕES BÁSICAS Entrada Processamento Saída 17 Retroalimentação
  • 19. REALIMENTAÇÃO  Um sistema realimentado é necessariamente um sistema dinâmico.  Uma saída é capaz de alterar a entrada que a gerou, e, consequentemente, a si própria, isso é… 19
  • 20. REALIMENTAÇÃO  …. a interação com o ambiente no sistema aberto gera realimentações que podem ser positivas ou negativas….  …. criando assim uma autoregulação regenerativa….  …. que por sua vez cria novas propriedades que podem ser benéficas ou maléficas para o todo independente das partes. 20
  • 21. REALIMENTAÇÃO  A evolução de um sistema permanece ininterrupta enquanto os sistemas se auto- regulam a:  Curto Prazo  Médio Prazo  Longo Prazo 21
  • 22. REALIMENTAÇÃO  A curto prazo, para atender às necessidades de produção.  A médio prazo, para atender às necessidades de manutenção.  A longo prazo, para atender às necessidades de adaptação. 22
  • 23. REALIMENTAÇÃO  Os sistemas que não têm condições de continuadamente atender a essa condição, comprometem sua capacidade de sobrevivência. 23
  • 24. REALIMENTAÇÃO  Qualquer sistema deve ser visto como um sistema de informações.  A geração e transmissão de informações são essenciais para sua compreensão. 24
  • 26. PRINCÍPIOS BÁSICOS  Um sistema é maior do que a soma de suas partes.  Assim, seu entendimento requer identificar cada parte componente do mesmo. 26
  • 27. PRINCÍPIOS BÁSICOS  A investigação de qualquer parte do sistema deve ser sempre realizada em relação ao todo. 27
  • 28. PRINCÍPIOS BÁSICOS  Embora cada subsistema possa ser visto como uma unidade autocontida, ele faz parte de uma ordem maior e mais ampla, que o contém. 28
  • 29. PRINCÍPIOS BÁSICOS  Um sistema aberto e seu ambiente estão em permanente inter-relação. 29
  • 30. PRINCÍPIOS BÁSICOS  Um sistema complexo pode ser melhor entendido se for dividido em subsistemas menores, que possam ser mais facilmente analisados e - posteriormente - recombinados no todo. 30
  • 31. PRINCÍPIOS BÁSICOS  Uma mudança em um dos elementos provocará mudanças nos demais ou na totalidade do sistema. 31
  • 32. PRINCÍPIOS BÁSICOS  O analista de um sistema, em muitos casos, tem condições de redesenhar sua fronteira. 32
  • 34.  Sistemas para serem viáveis a longo prazo...  ... devem perseguir com clareza seus objetivos...  ... serem governados por retroalimentação e ....  .... apresentar a capacidade de se adaptar à mudanças ambientais. 34
  • 36. ENTRADA, INPUT  Energia e insumos a serem transformados pelo sistema:  Matéria-prima  Trabalho  Informação  Tempo  Outros 36
  • 37. PROCESSAMENTO  O processo usado pelo sistema para converter os insumos retirados do ambiente, para obtenção de produtos para consumo do próprio sistema e para serem devolvidos ao ambiente. 37
  • 38. SAÍDA, OUTPUT  O produto ou serviço resultante do processo de transformação do sistema  Bens materiais  Bens imateriais  Serviços  Outros 38
  • 39. RETROALIMENTAÇÃO, FEEDBACK  Informações sistemáticas sobre algum aspecto do sistema, que possam ser utilizadas para avaliá-lo e monitorá-lo, de modo a melhorar seu desempenho. 39
  • 40. CONTROLE  As atividades e processos usados para avaliar entradas, processamentos e saídas, de modo a permitir as ações corretivas: 40
  • 42. CONTROLE  Qualidade  Desempenho  Estudo de Usuários  Outros 42
  • 43. PRODUTOS  A quantidade de produtos gerados por um sistema deve ser suficiente para o funcionamento de todos os seus subsistemas 43
  • 44. SUBSISTEMA  Todo sistema é um subsistema de um sistema maior 44
  • 45. LIMITES  Talvez esse seja um dos pontos mais difíceis de ser definido.  Qual a fronteira de um sistema ?  Como delimitar o que está dentro ou fora do sistema ?  A demarcação da fronteira permite a diferenciação entre o sistema ou subsistema e seu ambiente ou outros subsistemas 45
  • 46. INTERFACES  A maneira como os subsistemas se relacionam por meio de entradas e saídas. 46
  • 47. PONTOS DE VISTA  Todo sistema pode ser entendido ou observado de diferentes ângulos ou pontos de vista.  A Teoria Geral dos Sistemas considera que um sistema pode ser influenciado por pontos de vista. 47
  • 48. NÍVEL DE ABORDAGEM (ABSTRAÇÃO)  Todo sistema tem um nível de detalhe.  O importante é assegurar que o nível de detalhe utilizado é condizente com o propósito do sistema. 48
  • 49. HIERARQUIA  A ideia de dividir um problema grande (sistema) em problemas menores (subsistemas) é intrínseca a ideia de sistemas. 49
  • 50. OBJETIVO  O propósito geral da existência do sistema.  Sua razão de ser. 50
  • 51. EQUIFINALIDADE  Objetivos podem ser conseguidos por uma grande variedade de insumos e de diferentes formas. 51
  • 52. ENTROPIA  A tendência dos sistemas de perderem sua energia, sua vitalidade e dissolver-se no caos ao longo do tempo. 52
  • 53. ENTROPIA  Associada ao grau de desordem de um sistema.  “Um sistema tende a se esgotar, isto é, a tendência das estruturas diferenciadas é mover-se para a dissolução, à medida que os elementos que as compõem se acomodam em desordem aleatória”.
  • 54. ENTROPIA  Ocorre por causa da degradação da energia  Porque os sistemas, ao passarem de um estado para outro, necessariamente consomem energia
  • 55. ENTROPIA NEGATIVA  A capacidade do sistema de desenvolver ou receber organização ao longo do tempo para se manter em funcionamento 55
  • 56. ENTROPIA NEGATIVA  Um sistema aberto deve importar energia livre de fora, para poder dar prosseguimento ao sistema por meio de incrementos de ordem.
  • 57. ENTROPIA NEGATIVA  Resultado:  A evolução contínua, na medida que o estado final do sistema é mais elaborado que o inicial.
  • 59.  Lei Zero da Termodinâmica: Princípio da Igualdade das trocas de calor: Quando dois corpos têm igualdade de temperatura com um terceiro corpo, eles têm igualdade de temperatura entre si.  Primeira Lei da Termodinâmica: Princípio da conservação da energia: Em um sistema isolado a energia total permanece constante  A Segunda Lei da Termodinâmica: Princípio da Degradação da Energia: Os processos ocorrem numa certa direção mas não podem ocorrer na direção oposta. É o sentido espontâneo dos processos. Surge o conceito de Entropia, grandeza física que mede o grau de desorganização de um sistema  Terceira Lei da Termodinâmica: Princípio do Zero Absoluto: À medida que a temperatura de uma substância pura move-se em direção ao zero absoluto, sua entropia, ou o comportamento desordenado de suas moléculas, também se aproxima de zero 59
  • 61. TIPOS  a) Concretos X Abstratos  Sistemas concretos existem fisicamente e os abstratos são modelos ou representações  b) Naturais X Artificiais  Sistemas naturais existem na natureza e artificiais foram criados pelo homem.  c) Abertos X Fechados  Sistemas abertos realizam trocas com o meio ambiente e sistemas fechados, não. 61
  • 62. SISTEMAS ABERTOS  A maioria dos sistemas são abertos e sofrem interações com o ambiente onde estão inseridos. 62
  • 63. ORGANIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE: STAKEHOLDERS E GRUPO DE PRESSÃO Retroalimentação Forças Legais Forças Econômicas Forças Ambientais Forças Sociais Forças Tecnológicas Forças Políticas Concorrentes Empregados Mídia Governantes Fornecedores Clientes Parceiros Estratégicos Grupos de Normalização Entrada Processamento Saída
  • 65. PRIMEIRA PROPRIEDADE COMPOSIÇÃO  Cada sistema possui o seu próprio conjunto de partes e componentes.  Uma modificação da composição muda portanto o sistema. 65
  • 66. SEGUNDA PROPRIEDADE ESTRUTURA DINÂMICA / ORGANIZAÇÃO INTERNA  É a estrutura que integra e une as partes e lhes imprime certa união e integridade.  É o modo específico de interação e interconexão dos componentes. 66
  • 67. TERCEIRA PROPRIEDADE QUALIDADE DO SISTEMA  É o conjunto de componentes cuja interação traz qualidades únicas – fruto dessa integração, que não existe apenas nos componentes. 67
  • 68. QUARTA PROPRIEDADE HOMEOSTASE  Os sistemas sempre procuram o equilíbrio.  Isto quer dizer que, se uma parte não está funcionando bem, outras terão que trabalhar mais para manter o equilíbrio e para que o sistema consiga atingir seu objetivo. 68
  • 69. QUINTA PROPRIEDADE SINERGIA  Tal princípio também pode ser expresso:  O TODO É MAIS QUE A SOMA DAS PARTES 69
  • 70. O DILEMA DE BLASE PASCAL 70
  • 71. O DILEMA DE BLASE PASCAL  Só posso compreender o todo se conheço as partes, mas....  .... só posso compreender as partes se conheço o todo.
  • 72. O DILEMA DE BLASE PASCAL  Mas....  ...posso compreender o todo e as partes a partir do conhecimento da interação dessas partes entre si, pelas funções desempenhadas por cada uma delas nessa interação  reduzindo o dilema a um problema com uma única variável: a interação.