O documento resume o teatro grego antigo, abordando seu contexto histórico-social no século VI a.C., os festivais religiosos e civis onde eram apresentadas as peças, a estrutura dos teatros e dos gêneros trágico e cômico, incluindo seus principais temas, personagens e autores.
A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a sobrevivência.
Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar lendas referentes aos deuses e heróis.
O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a Dionísio, o deus do vinho e da alegria.
A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o local físico em que tal arte se apresenta.
A implantação do teatro no Brasil ocorreu em razão do empenho dos jesuítas em catequizar os índios.
A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a sobrevivência.
Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar lendas referentes aos deuses e heróis.
O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a Dionísio, o deus do vinho e da alegria.
A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o local físico em que tal arte se apresenta.
A implantação do teatro no Brasil ocorreu em razão do empenho dos jesuítas em catequizar os índios.
Seminário apresentado para a disciplina História Antiga I, do curso de licenciatura em História, sobre o teatro Grego e uma das mais célebres histórias da escrita literária sobre a Grécia.
3. Os Festivais – Caráter Religioso e Civil
o 561 a.C. – Pisístrato
- Grandes Dionisias (Dionisíacas Urbanas);
o Leneias;
o Dionisias Rurais.
4. Duração dos Festivais
Segundo PEREIRA, os festivais duravam aproximadamente 5
dias.
1º dia – προσόδιυμ – Procissão (sacrifícios, libações e
Competição de Ditirambos);
2º dia – Competição de Ditirambos;
3º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
4º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
5º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
5. Espaço para a performance: Teatro
Segundo MALHADAS, o espaço para a performance dramática é
dividida em:
- θέατρον – “Théatron” - Plateia semicircular de madeira apoiada em
uma colina;
- ὀρχήστρα – “Orchestra” – Reservado ao coro para o canto e dança
(pista circular onde se erguia o altar de Dioniso);
- σκηνή – “Skene” – Camarim (const. retangular de madeira) – Para
outros autores, também é considerado o lugar onde há a representação
dos personagens;
- λογεῖον – Palco onde os atores representavam ;
- πάροδοι – “Parodoi” – Entre o theatron e a skene, onde o coro tinha
acesso à orchestra e o público ao theatron.
17. Gênero Trágico
“É, pois, a tragédia, uma representação [mímesis] de uma ação séria
e completa, com uma determinada extensão e uma linguagem
ornamentada, [...] com personagens que atuam, e não por meio de
narrativa, e, através da piedade e do terror, realiza a catarse desses
sentimentos.” (Poét.,VI, 1449b23-28)
18. Nascimento do Gênero Trágico
Segundo ROMILLY e JONES, o nascimento do gênero
trágico deu-se entre 536 e 533 a.C. comTéspis, mas não
possuímos nenhuma obra sua.
19. Origem da Tragédia
o Elemento Religioso: Culto a Dioniso;
o Elemento Político: Fundido com a religiosidade através da
própria instituição dos festivais, pois tinha como plano de fundo
uma “questão” política.
o τραγωδία = τράγος + ῳδή =TRAGÉDIA
20. Estrutura das Peças Trágicas
- Prólogo:“Parte que antecede a peça propriamente dita [...].Trata-
se de uma espécie de “prefácio” da peça, no qual só se é correto
falar ao público de algo que esteja fora da intriga e seja do interesse
do poeta e da própria peça.” (PAVIS)
- Párodo: Entrada do coro;
- Episódios:Ação realizada pelos atores separados por trechos
líricos executados pelo coro;
- Stasima: Cantos corais que intercalavam com os episódios
- Êxodo: Saída do coro.
21. Tema da Tragédia
De acordo com JONES e ROMILLY, o tema da tragédia é
proveniente do mito da Epopeia, mas com características
novas de acordo com o novo contexto social da Atenas doV
século.
23. Personagens – Ator
Individual;
Enuncia, declama;
Não dança, fica firme;
Pode encenar vários personagens;
Antes de Ésquilo: Um personagem;
Ésquilo:Acrescentou mais um personagem;
Sófocles:Acrescentou mais um, totalizando três;
“Responsáveis” pela ação.
26. Gênero Cômico
“A comédia é, como dissemos, imitação de homens inferiores;
não, todavia, quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto
àquela parte do torpe que é o ridículo. O ridículo é apenas
certo defeito, torpeza anódina e inocente; que bem o
demonstra, por exemplo, a máscara cômica, que, sendo feia e
disforme, não tem [expressão de] dor.” (Poét.,V, 1449a34-37)
28. Nascimento do Gênero Cômico
Kômos (invectiva pessoal) – elemento jocoso + ode;
Fertilidade: aiskhrologia (vocabulário obsceno), escatologia
(elementos finais – fezes, gazes, arrotos);
Introduzida aos festivais dramáticos em 486 a.C;
Contexto histórico: Hegemonia e democracia ateniense –
liberdade de expressão total.
29. Estrutura das Peças Cômicas
- Prólogo:Apresentação da peça; o “herói” fala da ideia genial que ele teve, mas
que geralmente não são aceitas;
- Párodo: Entrada do coro – função de adjuvante – auxilia ou se opõe ao herói –
árbitro;
-Agón (seção) – competição – debate de ideias;
- Parábase: pausa na ação da peça - os atores e o coro se colocam de lado no
sentido físico e estrutural. O CORIFEU começa a falar em nome do autor. Fala
sobre as questões urgentes da cidade. – Caráter pedagógico;
- Episódios: em muitas peças, consistem em “sketches”. Mostram as
consequências e resultados da ação do herói;
- Estásimos: fazem a passagem de um episódio para outro;
- Êxodo – “final feliz”.
30. Temas da Comédia
Tem como enredo uma distinção muito grande com
relação a tragédia: a comédia é inovadora, pois não se
baseia no mito.
Faz referência direta a política e aos indivíduos políticos.
Fala do contexto histórico do seu tempo.
31. Personagens
Heróis -As pessoas do povo, os não aristocratas “inferiores”;
“piores” no sentido da origem (aiskhrologia, obscenidade);
Nomes dos personagens: vem antes do “éthos” (caráter);
Todas as personagens da comédia são de ação;
O herói passa do infortúnio para o fortúnio, diferentemente da
tragédia, que é o contrário.
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36. Coro
De acordo BRANDÃO, o coro desempenha, na primeira
parte da peça, em que o
“herói” propõe uma mudança, o papel de ator.
Na segunda parte, o de porta-voz do poeta por meio de
um de seus componentes – o corifeu - durante a
parábase.
37. Coro: Dançarinos com enchimento no abdômen e nas nádegas.Vaso coríntio de
figuras negras. Data: SéculoVII .Copenhagen, Nationalmuseet.
38. Auleta e coro teatral de cavaleiros. Ânfora ática de figuras negras. Data: -
550/-525. Berlim,Antikensammlung. Foto: Janice Siegel, 2003.
42. Bibliografia
ARISTÓTELES. Poética.Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo:Ars Poetica,
1993.
JONES, PeterV. (org.). O mundo de Atenas: uma introdução à cultura clássica
ateniense. TraduçãoAna Lia deAlmeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
LESKY,A. ATragédia Grega.Tradução de J. Guinsburg; Geraldo Gerson de Souza;
Alberto Gulzik. São Paulo: Perspectiva, 1992. [Col. Debates]
MALHADAS, Daisi. Tragédia Grega: o mito em cena. São Paulo:Ateliê Editorial,
2003.
PAVIS, Patrice. Dicionário deTeatro.Trad.: J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. 3
ed. São Paulo:
Perspectiva, 2007 [1987].
PEREIRA, Maria H. da Rocha. Estudos de História da Cultura Clássica: Cultura
Grega. 7ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993.
ROMILLY, Jacqueline de. ATragédia Grega.Tradução de Ivo Martinazzo. Brasília:
Universidade de Brasília, 1998. [1970]
VERNANT, Jean-Pierre;VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito eTragédia na Grécia Antiga.
SãoPaulo: Perspectiva, 1999.