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Teatro Grego
Teatro de Dioniso –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Contexto Histórico-Social – Século VI a.C
o Centro Cultural – Ática;
o Primórdios da Democracia.
Os Festivais – Caráter Religioso e Civil
o 561 a.C. – Pisístrato
- Grandes Dionisias (Dionisíacas Urbanas);
o Leneias;
o Dionisias Rurais.
Duração dos Festivais
Segundo PEREIRA, os festivais duravam aproximadamente 5
dias.
1º dia – προσόδιυμ – Procissão (sacrifícios, libações e
Competição de Ditirambos);
2º dia – Competição de Ditirambos;
3º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
4º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
5º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
Espaço para a performance: Teatro
Segundo MALHADAS, o espaço para a performance dramática é
dividida em:
- θέατρον – “Théatron” - Plateia semicircular de madeira apoiada em
uma colina;
- ὀρχήστρα – “Orchestra” – Reservado ao coro para o canto e dança
(pista circular onde se erguia o altar de Dioniso);
- σκηνή – “Skene” – Camarim (const. retangular de madeira) – Para
outros autores, também é considerado o lugar onde há a representação
dos personagens;
- λογεῖον – Palco onde os atores representavam ;
- πάροδοι – “Parodoi” – Entre o theatron e a skene, onde o coro tinha
acesso à orchestra e o público ao theatron.
Espaço para a performance: Teatro
Teatro de Dioniso –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Dioniso –Vista daAcrópole –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Dioniso –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Dioniso –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Herodes –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Herodes –Atenas – 2011
Foto:Virginia M. Riccobene
Teatro de Epidauro
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Medeia –Teatro de Epidauro
Foto: Greice Drumond
Teatro de Delfos
Teatro de Delos
Teatro Dodoni
Gênero Trágico
“É, pois, a tragédia, uma representação [mímesis] de uma ação séria
e completa, com uma determinada extensão e uma linguagem
ornamentada, [...] com personagens que atuam, e não por meio de
narrativa, e, através da piedade e do terror, realiza a catarse desses
sentimentos.” (Poét.,VI, 1449b23-28)
Nascimento do Gênero Trágico
Segundo ROMILLY e JONES, o nascimento do gênero
trágico deu-se entre 536 e 533 a.C. comTéspis, mas não
possuímos nenhuma obra sua.
Origem da Tragédia
o Elemento Religioso: Culto a Dioniso;
o Elemento Político: Fundido com a religiosidade através da
própria instituição dos festivais, pois tinha como plano de fundo
uma “questão” política.
o τραγωδία = τράγος + ῳδή =TRAGÉDIA
Estrutura das Peças Trágicas
- Prólogo:“Parte que antecede a peça propriamente dita [...].Trata-
se de uma espécie de “prefácio” da peça, no qual só se é correto
falar ao público de algo que esteja fora da intriga e seja do interesse
do poeta e da própria peça.” (PAVIS)
- Párodo: Entrada do coro;
- Episódios:Ação realizada pelos atores separados por trechos
líricos executados pelo coro;
- Stasima: Cantos corais que intercalavam com os episódios
- Êxodo: Saída do coro.
Tema da Tragédia
De acordo com JONES e ROMILLY, o tema da tragédia é
proveniente do mito da Epopeia, mas com características
novas de acordo com o novo contexto social da Atenas doV
século.
Coro
Coletivo;
Canta;
Dança;
Elemento mais importante da tragédia;
Une religião e política;
Reflexão, conselho, exortação;
Segundo ROMILLY:“impotente”.
Personagens – Ator
Individual;
Enuncia, declama;
Não dança, fica firme;
Pode encenar vários personagens;
Antes de Ésquilo: Um personagem;
Ésquilo:Acrescentou mais um personagem;
Sófocles:Acrescentou mais um, totalizando três;
“Responsáveis” pela ação.
Tragediógrafos
o Ésquilo;
o Sófocles;
o Eurípides.
Sófocles
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As traquínias
Édipo Rei
Electra
Filoctetes
Édipo em Colono
Gênero Cômico
“A comédia é, como dissemos, imitação de homens inferiores;
não, todavia, quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto
àquela parte do torpe que é o ridículo. O ridículo é apenas
certo defeito, torpeza anódina e inocente; que bem o
demonstra, por exemplo, a máscara cômica, que, sendo feia e
disforme, não tem [expressão de] dor.” (Poét.,V, 1449a34-37)
Gênero Cômico
ComédiaAntiga –V séc. a.C.
Comédia Intermediária – IV séc. a. C.
Comédia Nova – III séc. a. C.
Nascimento do Gênero Cômico
Kômos (invectiva pessoal) – elemento jocoso + ode;
Fertilidade: aiskhrologia (vocabulário obsceno), escatologia
(elementos finais – fezes, gazes, arrotos);
Introduzida aos festivais dramáticos em 486 a.C;
Contexto histórico: Hegemonia e democracia ateniense –
liberdade de expressão total.
Estrutura das Peças Cômicas
- Prólogo:Apresentação da peça; o “herói” fala da ideia genial que ele teve, mas
que geralmente não são aceitas;
- Párodo: Entrada do coro – função de adjuvante – auxilia ou se opõe ao herói –
árbitro;
-Agón (seção) – competição – debate de ideias;
- Parábase: pausa na ação da peça - os atores e o coro se colocam de lado no
sentido físico e estrutural. O CORIFEU começa a falar em nome do autor. Fala
sobre as questões urgentes da cidade. – Caráter pedagógico;
- Episódios: em muitas peças, consistem em “sketches”. Mostram as
consequências e resultados da ação do herói;
- Estásimos: fazem a passagem de um episódio para outro;
- Êxodo – “final feliz”.
Temas da Comédia
Tem como enredo uma distinção muito grande com
relação a tragédia: a comédia é inovadora, pois não se
baseia no mito.
Faz referência direta a política e aos indivíduos políticos.
Fala do contexto histórico do seu tempo.
Personagens
Heróis -As pessoas do povo, os não aristocratas “inferiores”;
“piores” no sentido da origem (aiskhrologia, obscenidade);
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tragédia, que é o contrário.
Coro
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parte da peça, em que o
“herói” propõe uma mudança, o papel de ator.
Na segunda parte, o de porta-voz do poeta por meio de
um de seus componentes – o corifeu - durante a
parábase.
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Comediógrafos
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Bibliografia
ARISTÓTELES. Poética.Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo:Ars Poetica,
1993.
JONES, PeterV. (org.). O mundo de Atenas: uma introdução à cultura clássica
ateniense. TraduçãoAna Lia deAlmeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
LESKY,A. ATragédia Grega.Tradução de J. Guinsburg; Geraldo Gerson de Souza;
Alberto Gulzik. São Paulo: Perspectiva, 1992. [Col. Debates]
MALHADAS, Daisi. Tragédia Grega: o mito em cena. São Paulo:Ateliê Editorial,
2003.
PAVIS, Patrice. Dicionário deTeatro.Trad.: J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. 3
ed. São Paulo:
Perspectiva, 2007 [1987].
PEREIRA, Maria H. da Rocha. Estudos de História da Cultura Clássica: Cultura
Grega. 7ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993.
ROMILLY, Jacqueline de. ATragédia Grega.Tradução de Ivo Martinazzo. Brasília:
Universidade de Brasília, 1998. [1970]
VERNANT, Jean-Pierre;VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito eTragédia na Grécia Antiga.
SãoPaulo: Perspectiva, 1999.

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  • 1. Teatro Grego Teatro de Dioniso –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 2. Contexto Histórico-Social – Século VI a.C o Centro Cultural – Ática; o Primórdios da Democracia.
  • 3. Os Festivais – Caráter Religioso e Civil o 561 a.C. – Pisístrato - Grandes Dionisias (Dionisíacas Urbanas); o Leneias; o Dionisias Rurais.
  • 4. Duração dos Festivais Segundo PEREIRA, os festivais duravam aproximadamente 5 dias. 1º dia – προσόδιυμ – Procissão (sacrifícios, libações e Competição de Ditirambos); 2º dia – Competição de Ditirambos; 3º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia 4º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia 5º dia – 3Tragédias + 1 Drama Satírico + 1 Comédia
  • 5. Espaço para a performance: Teatro Segundo MALHADAS, o espaço para a performance dramática é dividida em: - θέατρον – “Théatron” - Plateia semicircular de madeira apoiada em uma colina; - ὀρχήστρα – “Orchestra” – Reservado ao coro para o canto e dança (pista circular onde se erguia o altar de Dioniso); - σκηνή – “Skene” – Camarim (const. retangular de madeira) – Para outros autores, também é considerado o lugar onde há a representação dos personagens; - λογεῖον – Palco onde os atores representavam ; - πάροδοι – “Parodoi” – Entre o theatron e a skene, onde o coro tinha acesso à orchestra e o público ao theatron.
  • 6. Espaço para a performance: Teatro
  • 7. Teatro de Dioniso –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 8. Teatro de Dioniso –Vista daAcrópole –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 9. Teatro de Dioniso –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 10. Teatro de Dioniso –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 11. Teatro de Herodes –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene Teatro de Herodes –Atenas – 2011 Foto:Virginia M. Riccobene
  • 12. Teatro de Epidauro Foto: Greice Drumond
  • 13. Medeia –Teatro de Epidauro Foto: Greice Drumond
  • 17. Gênero Trágico “É, pois, a tragédia, uma representação [mímesis] de uma ação séria e completa, com uma determinada extensão e uma linguagem ornamentada, [...] com personagens que atuam, e não por meio de narrativa, e, através da piedade e do terror, realiza a catarse desses sentimentos.” (Poét.,VI, 1449b23-28)
  • 18. Nascimento do Gênero Trágico Segundo ROMILLY e JONES, o nascimento do gênero trágico deu-se entre 536 e 533 a.C. comTéspis, mas não possuímos nenhuma obra sua.
  • 19. Origem da Tragédia o Elemento Religioso: Culto a Dioniso; o Elemento Político: Fundido com a religiosidade através da própria instituição dos festivais, pois tinha como plano de fundo uma “questão” política. o τραγωδία = τράγος + ῳδή =TRAGÉDIA
  • 20. Estrutura das Peças Trágicas - Prólogo:“Parte que antecede a peça propriamente dita [...].Trata- se de uma espécie de “prefácio” da peça, no qual só se é correto falar ao público de algo que esteja fora da intriga e seja do interesse do poeta e da própria peça.” (PAVIS) - Párodo: Entrada do coro; - Episódios:Ação realizada pelos atores separados por trechos líricos executados pelo coro; - Stasima: Cantos corais que intercalavam com os episódios - Êxodo: Saída do coro.
  • 21. Tema da Tragédia De acordo com JONES e ROMILLY, o tema da tragédia é proveniente do mito da Epopeia, mas com características novas de acordo com o novo contexto social da Atenas doV século.
  • 22. Coro Coletivo; Canta; Dança; Elemento mais importante da tragédia; Une religião e política; Reflexão, conselho, exortação; Segundo ROMILLY:“impotente”.
  • 23. Personagens – Ator Individual; Enuncia, declama; Não dança, fica firme; Pode encenar vários personagens; Antes de Ésquilo: Um personagem; Ésquilo:Acrescentou mais um personagem; Sófocles:Acrescentou mais um, totalizando três; “Responsáveis” pela ação.
  • 26. Gênero Cômico “A comédia é, como dissemos, imitação de homens inferiores; não, todavia, quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o ridículo. O ridículo é apenas certo defeito, torpeza anódina e inocente; que bem o demonstra, por exemplo, a máscara cômica, que, sendo feia e disforme, não tem [expressão de] dor.” (Poét.,V, 1449a34-37)
  • 27. Gênero Cômico ComédiaAntiga –V séc. a.C. Comédia Intermediária – IV séc. a. C. Comédia Nova – III séc. a. C.
  • 28. Nascimento do Gênero Cômico Kômos (invectiva pessoal) – elemento jocoso + ode; Fertilidade: aiskhrologia (vocabulário obsceno), escatologia (elementos finais – fezes, gazes, arrotos); Introduzida aos festivais dramáticos em 486 a.C; Contexto histórico: Hegemonia e democracia ateniense – liberdade de expressão total.
  • 29. Estrutura das Peças Cômicas - Prólogo:Apresentação da peça; o “herói” fala da ideia genial que ele teve, mas que geralmente não são aceitas; - Párodo: Entrada do coro – função de adjuvante – auxilia ou se opõe ao herói – árbitro; -Agón (seção) – competição – debate de ideias; - Parábase: pausa na ação da peça - os atores e o coro se colocam de lado no sentido físico e estrutural. O CORIFEU começa a falar em nome do autor. Fala sobre as questões urgentes da cidade. – Caráter pedagógico; - Episódios: em muitas peças, consistem em “sketches”. Mostram as consequências e resultados da ação do herói; - Estásimos: fazem a passagem de um episódio para outro; - Êxodo – “final feliz”.
  • 30. Temas da Comédia Tem como enredo uma distinção muito grande com relação a tragédia: a comédia é inovadora, pois não se baseia no mito. Faz referência direta a política e aos indivíduos políticos. Fala do contexto histórico do seu tempo.
  • 31. Personagens Heróis -As pessoas do povo, os não aristocratas “inferiores”; “piores” no sentido da origem (aiskhrologia, obscenidade); Nomes dos personagens: vem antes do “éthos” (caráter); Todas as personagens da comédia são de ação; O herói passa do infortúnio para o fortúnio, diferentemente da tragédia, que é o contrário.
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  • 36. Coro De acordo BRANDÃO, o coro desempenha, na primeira parte da peça, em que o “herói” propõe uma mudança, o papel de ator. Na segunda parte, o de porta-voz do poeta por meio de um de seus componentes – o corifeu - durante a parábase.
  • 37. Coro: Dançarinos com enchimento no abdômen e nas nádegas.Vaso coríntio de figuras negras. Data: SéculoVII .Copenhagen, Nationalmuseet.
  • 38. Auleta e coro teatral de cavaleiros. Ânfora ática de figuras negras. Data: - 550/-525. Berlim,Antikensammlung. Foto: Janice Siegel, 2003.
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  • 40. Comediógrafos Aristófanes – Comédia Antiga e deTransição Menandro – Comédia Nova
  • 41. Aristófanes Acarnenses (425) Cavaleiros (424) Nuvens (423) Vespas (422) Paz (421) Aves (414) Lisístrata (411) Tesmoforiantes (411) Rãs (405) Assembleia de Mulheres (392) Pluto (388)
  • 42. Bibliografia ARISTÓTELES. Poética.Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo:Ars Poetica, 1993. JONES, PeterV. (org.). O mundo de Atenas: uma introdução à cultura clássica ateniense. TraduçãoAna Lia deAlmeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 1997. LESKY,A. ATragédia Grega.Tradução de J. Guinsburg; Geraldo Gerson de Souza; Alberto Gulzik. São Paulo: Perspectiva, 1992. [Col. Debates] MALHADAS, Daisi. Tragédia Grega: o mito em cena. São Paulo:Ateliê Editorial, 2003. PAVIS, Patrice. Dicionário deTeatro.Trad.: J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2007 [1987]. PEREIRA, Maria H. da Rocha. Estudos de História da Cultura Clássica: Cultura Grega. 7ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. ROMILLY, Jacqueline de. ATragédia Grega.Tradução de Ivo Martinazzo. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. [1970] VERNANT, Jean-Pierre;VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito eTragédia na Grécia Antiga. SãoPaulo: Perspectiva, 1999.