SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Baixar para ler offline
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA,

               DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO




               Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C’s




                                          DANILO VINICIUS DE CASTRO REIS




                             SÃO PAULO


                                 2010
DANILO VINICIUS DE CASTRO REIS




Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C’s




                 Trabalho de Orientação de Estágio II apresentado ao
         Departamento de Administração, da Faculdade de Economia,
                 Administração, Contabilidade e Atuária da Pontifícia
        Universidade Católica de São Paulo, como pré-requisito para a
       obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas,
                    sob orientação do professor Luiz Claudio Zenone.




              SÃO PAULO


                  2010
AVALIAÇÃO: ...............................................................................................
ASSINATURA DO ORIENTADOR: .............................................................
SUMÁRIO

RESUMO                                                6
INTRODUÇÃO                                            8
CAPITULO I - Um pouco de história sobre a Web         10
   Redefinindo Internet                               11
   A chegada da Web 2.0                               14
CAPITULO II - Marketing e suas definições             17
   Os 4C’s de Lauterborn                              17
   4C’s VS 4P’s                                       18
   Necessidade de diferenciação                       19
   Marketing Digital e de Interação                   24
CAPITULO III - Trabalhando cada um dos 4C’s           26
   Consumidor                                         26
      Influenciadores (Influencers)                   28
      Comunicadores (Comunicators)                    31
      Caçadores de Conhecimento (Knowledge-Seekers)   33
      Relacionáveis (Networkers)                      35
      Entrantes (aspirantes)                          38
      Funcionais (Functionals)                        39
   Custo                                              42
   Comunicação                                        45
   Conveniência                                       48
Conclusão e Considerações Finais                      50
Referencias Bibliográficas                            52
Índice de Ilustrações
Figuras
   FIGURA 1 – Imagem do primeiro website que usou o conceito de
   hiperlinks                                                      13
   FIGURA 2 – Local dedicado ao conteúdo de terceiros dentro do
   portal da MTV                                                   11
   FIGURA 3 – Página no Youtube do Felipe Neto                     28
   FIGURA 4 – Página do Twitter do Ponto Frio                      32
   FIGURA 5 – Página do Twitter do Gizmodo                         33
   FIGURA 6 – Página de interação do projeto Fiat Mio              35
   FIGURA 7 – Cardápio eletrônico                                  40
   FIGURA 8 – Funcionamento do RedLaser                            43
   FIGURA 9 – Página do Twitter do usuário TIM_fail                43


Tabelas
   Tabela 1 – Pesquisa e uso de Redes Sociais / Blogs por pais     36


Gráficos
   GRÁFICO 1 – Número de usuários na internet por 100 habitantes   12
   GRÁFICO 2 – Discover Digital Life                               27
   GRÁFICO 3 – Estudo de Influência                                29
   GRÁFICO 4 – Crescimento da audiência do Facebook – Brasil       37
   GRÁFICO 5                                                       11
RESUMO

      Este trabalho tem como objetivo revisitar a Web 2.0 sob a ótica de um conceito

de marketing desenvolvido em uma realidade off-line e onde o compartilhamento,

conteúdo criado por usuários, conectividade, tecnologia da informação e publicação

possuíam outro sentido.


      Como referencial teórico, serão utilizados obras de autores como Kotler e

Claudio Torres somados a pesquisas de agências publicitárias e monografias, além de

estudos qualitativos de casos bem sucedidos dentro e fora do mundo digital. O estudo

qualitativo foi escolhido devido a ser de “particular relevância ao estudo das relações

sociais” (FLICK, 2009 p.20). Todo o conteúdo receberá primeiramente um

embasamento teórico e um teste de aplicabilidade, praticado através de observações

feitas pelo autor deste trabalho de forma a proporcionar uma visão ampla de algumas

das melhores práticas em termos de relacionamento com o consumidor. Devido ao uso

de material em língua estrangeira o autor deste trabalho optou por colocar uma

interpretação em português destes materiais, prezando sempre manter a semântica e

não uma tradução literal ou fonética.


      No estudo da aplicação dos 4C’s a uma realidade pós web 2.0, além de

observação serão feitas pequenas inserções de termos técnicos da área de tecnologia

e jargões usados pelos profissionais relacionados a web e ao marketing digital. Sempre

explicados de forma objetiva e muitas vezes metafórica, de forma a facilitar o

entendimento pelo leitor. Porém no decorrer deste trabalho ficará claro que o foco de
um estudo da web 2.0 não deve ser a internet ou os fenômenos da web, mas sim os

reflexos no comportamento do consumidor.


      Ao final deste trabalho alguns conceitos serão revisitados com base no novo

elemento centralizador deste trabalho (o cliente) servindo como pedra fundamental para

um panorama sobre a web e como as técnicas de marketing podem ser adaptadas para

novas realidades.


      Como forma de continuidade deste trabalho o autor ira prosseguir em seus

estudos sobre o consumidor digital e técnicas de marketing aplicáveis a essa realidade,

porém não apenas baseado em suas descobertas e em um referencial teórico, mas em

uma produção colaborativa através do site que está sendo desenvolvido para este fim.

Provisoriamente estará no endereço http://www.sonarweb.com.br e com a publicação

deste trabalho sob licença Creative Commons em sites de compartilhamento de

documentos como o SlideShare.
INTRODUÇÃO

      Em uma realidade pós revolução da informação, muito se fala sobre

interatividade, internet e redes sociais, porém devido a falta de material teórico com

densidade suficiente para orientar os novos profissionais ou reciclar profissionais mais

antigos muitos erros são cometidos e muito dinheiro é mal empregado. Este trabalho

pretende encarar este problema como uma oportunidade de expor teorias sobre este

tema, porém está além deste trabalho esgotar um assunto tão rico e novo. A principal

pergunta a ser respondida é: pode a ótica dos 4C’s explicar de forma completa

fenômenos ocorridos após o surgimento da web 2.0?

      Ciente de que como conseqüência da falta de informação, especifica e

aprofundada, as análises e estudos sobre o Consumidor Digital acabam caindo na

armadilha de esquecer valiosos conceitos dos grandes mestres do marketing, dentre

eles Kotler e Lauterborn. Para evitar isso foi escolhido estabelecer uma visão geral da

web 2.0 usando como base os conceitos do 4C’s, casos, notícias em jornais e estudos

de mercado. Com base neste conteúdo diversos elementos da web serão revisitados e

discutidos.

      Também como conseqüência dessa falta de material teórico em livros, será

necessário o uso do Monografias que apresentem um fragmento dos temas abordados

neste trabalho. Dada a complexidade de alguns elementos faz se necessário usar um

elemento central, neste caso ”o cliente” tentando assim elucidar alguns cantos obscuros

sobre o porquê alguns negócios na internet dão tão certo e outros fracassam.
Mesmo diante do fato de que os 4C’s são focados no consumidor ao invés das

organizações diversos ajustes deverão ser feitos de forma a estabelecer uma

correlação entre o teórico e o prático.


       Sendo o cliente como elemento centralizador é necessário, mesmo que

superficialmente, inclusões de conceitos sobre os laços sociais, tema este também

abordado em uma das monografias feitas na Pontificia Universidade Católica de São

Paulo no ano de 2009. Segundo a aluna ORICCHIO (2009, p. 17):


                           Os laços fortes são caracterizados pela intensidade existente tanto
                           na proximidade, intimidade e no interesse em criar e manter uma
                           conexão entre duas pessoas. Estes laços são encontrados nas
                           interações sociais relacionais que ocorrem na Internet (em
                           fotologs,weblogs, etc.).

       De forma a trazer os conceitos teóricos para a prática serão utilizados casos a

serem analisados qualitativamente pelo método da observação empírica já que “este

tipo de pesquisa pode ser habilmente organizado em uma seqüência linear de etapas

metodológicas e empíricas” (FLICK, 2009 p.95)”. Isso faz se necessário devido a

inexistência de casos já estudados sobre a web e suas conseqüências sob a ótica dos

4C’s. Isto para que ao término, o leitor deste trabalho seja capaz de entender a

aplicabilidade dos 4C’s em uma realidade pós web 2.0.
CAPITULO I – UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A WEB


Redefinindo Internet

       Mesmo diante do fato de que o conceito do que é internet em 2010 já é algo

implícito na vida da maior parte das pessoas fazemos afirmações erradas a cerca do

que é, e como se define Internet. Este capitulo não tem a intenção de esgotar o assunto

“definição de web”, mas apenas contextualizar o leitor de forma a entender de forma

mais clara os capítulos que se seguirão a partir da segunda parte deste trabalho.


       Para facilitar o processo de entendimento é necessário primeiramente definir o

que não é Internet:

       Internet não é algo tangível - Sua intangibilidade não vem apenas do fato de

que não é possível mover, tocar ou carregá-la. Esse conceito é um pouco mais amplo já

que não há uma central ou um responsável pela rede. Inclusive hoje não há mais

formas de simplesmente desligar a internet, já que sua existência vem da interação

entre diversos elementos tecnológicos, entre eles: computadores pessoais, servidores,

smartphone, satélites entre outros elementos. Como conseqüência é muito difícil fazer

afirmações quantitativas sobre os comportamentos da web;

       Internet não é o fato de um computador estar ligado a uma rede - Um

computador pode estar conectado a diversas redes de compartilhamento de

informações e de processamento como Intranets e Redes de processamento em

paralelo;

       Internet não é WWW (Word Wide Web) - O www que vemos precedendo a

maior parte dos sites que acessamos refere-se ao conceito de “como” são interligados
os dados na internet. Esses dados podem ser basicamente: fotos, imagens, textos,

vídeos e sons que são interpretados por um programa no computador denominado

navegador;

      Internet não existe apenas no computador – O conceito de conectividade

permite que muitos dispositivos possam se conectar com a internet de forma a

visualizar e criar informação. Existem também formas indiretas de interação com a

internet como, por exemplo, quando é enviado um SMS (do inglês Short Message

Service) de seu celular para postar no Twitter. Para isso seu celular não precisa estar

diretamente ligado a uma conexão web, mas sua operadora se encarrega de converter

sua mensagem em um post no Twitter. Neste caso é necessário sempre estabelecer

paralelos entre as informações na web e seus reflexos no mundo off-line


Agora que alguns erros comuns sobre a definição de Internet foram evitados podemos

definir internet como: “Um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de

computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo

de transferência de dados”. (Wikipédia, 2010)


      Vale ressaltar que a fonte dessa definição foi escolhida propositalmente por

referenciar um site que representa a Web 2.0 de forma muito clara.
Nos último 10 anos o crescime
               os      s          ento da inte
                                             ernet tem s
                                                       sido muito g
                                                                  grande entre os

países desenvolvidos, poré houve uma acelera
                         ém                ação nos últimos 5 ano no cresc
                                                                os       cimento

              envolvidos criando ass um mer
dos países dese          c         sim    rcado poten
                                                    ncial muito interessant de
                                                                          te

     xplorado. Em contrapa
ser ex         E         artida também aument o nume de agen
                                            tou    ero     ntes com o poder

de inf
     fluenciar o comportam
                 c       mento de um Consumid Digital. Tais agent como: g
                                   m        dor                 tes     grandes

marca pessoas influentes grandes agências de publicidad empres de tecnologia
    as,     s          s,        a         e          de,    sas

e etc direcionam uma verba cada vez maior a es mídia em uma tenta
               m         a                   sta      m         ativa de

difere
     enciação.


      Ressalto deu que a própria cria
               d         p          ação da Inte
                                               ernet foi alg quase qu acidenta Após
                                                           go       ue       al.

o lanç
     çamento do soviético do Sputnik em plena g
              o           d                   guerra fria o EUA cria
                                                          os       aram a ARP
                                                                            PA

(Defense Advanc Research Projects Agency o Agência de Projetos de Pesqu
              ced                        ou                  s        uisa
Avanç
    çada), agên
              ncia esta re
                         esponsável pela criaçã da ARPA
                                              ão      ANET uma rede que u
                                                                        usava a

transm
     missão de informação por pacote
                                   es.


      Essa transmissão de informaçã por paco
                        e         ão       otes foi à pe
                                                       edra fundam
                                                                 mental na c
                                                                           criação

da AR
    RPANET e do que viria a se torna a interne Simplifica
                        a          ar        et.        ando ao má
                                                                 áximo, esse
                                                                           es

“paco
    otes” seriam mais pare
               m         ecidos com contêinere já que es process é similar ao de
                                             es        sse     so        r

logística nos por
                rtos onde diversos iten são entre
                                      ns        egues em u mesmo contêiner. Um
                                                         um

pacote leva alguns fragmen
                         ntos de info
                                    ormação qu trafegam pena rede conhecida hoje
                                             ue       m         e         a

como internet.


      A abertura dessa red para uso comerciall se deu em 1988, por
               a         de       o                    m         rém apenas no
                                                                          s

ano seguinte (19
               989) que su
                         urgiram os provedores comerciais neste inic limitand
                                    p        s          s,         cio      do-se

apena a alguns serviços como o corr
    as       s          c         reio eletrôn ico que ma tarde se tornaria o e-mail
                                                        ais

como conhecem hoje. Es foi apen o inicio da revoluç
            mos      sse      nas      o          ção, já que muita coisa
                                                                        a

mudo desde a criação do primeiro we
   ou                             ebsite com o uso de H
                                                      Hiperlinks fe pela
                                                                  eito

organ
    nização W3.
A chegada da Web 2.0

      “A tarefa do marketing consiste em mensurar o tamanho do Mercado potencial e

desenvolver produtos e serviços que satisfaçam a demanda.”(KOTLER, 2000, p.28).

Baseado nesta afirmação de Kotler podemos inferir que um dos papeis do marketing é

tratar o mercado potencial, porém nem sempre o planejamento de marketing executa

essa tarefa. Quando falamos de web 2.0, devemos nos lembrar que este não é um

fenômeno planejado, mas sim um conceito para auxiliar o estudo na nova realidade que

se seguiu ao permitir que pessoas comuns pudessem contribuir com seus

conhecimentos e opiniões em uma rede mundial.


      É possível teorizar que parte da população sempre teve o anseio de propagar

sua palavra aos quatro ventos, porém este recurso sempre esteve restrito a poucos.


      Desde a invenção do “tipo mecânico móvel” por Gutenberg uma revolução na

forma com que a informação é produzida e distribuída começou. Através desse

processo, a impressão de notícias se tonou algo muito mais simples o que possibilitou a

criação da imprensa como vemos hoje. Porém essa mudança não foi o suficiente para

saciar o desejo por produzir e compartilhar informações já que ainda permanecia um

processo elitizado e de custo elevado.


      Com a liberação para o uso comercial da internet em 1988 foi possível que os

custos de publicação de conteúdo se tonassem progressivamente menores até que em

2004 fosse notado um fenômeno nomeado de web 2.0. Esse termo foi cunhado pela

empresa estadunidense O'Reilly Media após perceber que fontes colaborativas de

conteúdo como as Wikis e Fóruns estavam crescendo em progressões geométricas.
Também por volta de 2004 foi criado o termo Folksonomia, palavra derivada da

junção de Taxonomia (uma maneira de indexar informações) mais Folks (que pode ser

traduzido livremente como “pessoas”). Em outras palavras a Folksonomia marca mais

um ponto da web ao aceitar que a informação deixaria de ser organizada por entidades

e governos e passaria a ser organizada por pessoas.


       Ressalto aqui que o Google assumiu um papel fundamental neste processo.

Mesmo que a empresa não se enquadre na definição de um website 2.0 ela permitiu

que achássemos a informação mais relevante independente de sua fonte.


       O Google utiliza um algoritmo baseado em Crawler de páginas e Rankeamento.

Para fins didáticos podemos definir Crawler como “apropriação da informação para

organização”. Essa “apropriação” foi fundamental ao permitir que páginas que não eram

conhecidas pelo público geral pudessem ser localizadas, baseadas em sua autoridade

e relevância, graças ao sistema de Pagerank1. Hoje o sistema que define a ordem em

que um site aparece é muito mais complexo. Devido a essa complexidade são criados

diversos estudos usados em marketing digital denominados SEO2 (Search Engine

Optimization).


       Resumindo a web 2.0 foi a soma de uma necessidade latente de expressar

informações e compartilhar conhecimento, um meio barato onde publicar essas

informações e uma ferramenta que permitisse localizar essa informação.




1
  PageRank™ é uma família de algoritmos de análise de rede que dá pesos numéricos a cada elemento
das páginas da Internet, definindo a ordem em que as páginas aparecem
2
  Otimização de Sites é o conjunto de estratégias com o objetivo de potencializar e melhorar o
posicionamento de um site nas páginas de resultados naturais (orgânicos) nos sites de busca.
Sempre que falamos em Internet, hoje em dia, devemos entender como web 2.0

já que essa é uma classificação da própria internet que representa a atual dinâmica de

troca de informações e hábitos do consumidor nos meios digitais.
CAPITULO II – MARKETING E SUAS DEFINIÇÕES


Os 4C’s de Lauterborn

     Robert Lauterborn definiu o composto de marketing em 4 C’s ao analisar os 4 P’s

sob a ótica daquele que compra (cliente) ao invés daquele que vende ou presta o

serviço. Sendo assim os 4 C’s seriam:


        Consumers Wants and needs

        Cost To Satisfy

        Convenience to buy

        Communication


Em português esse acrônimo foi traduzido como:


        Necessidades e Desejos do Consumidor

        Custo para satisfazer o Consumidor

        Conveniência para comprar

        Comunicação.


Didaticamente os 4 C’s são comumente resumidos e explicados como:


        Cliente: Equivalente ao P de Produto define aquilo que o cliente precisa e

         deseja.

        Custo: Equivalente ao P de Preço, porém está muito mais ligado a percepção

         do que a um valor numérico, já que no momento da decisão de compra o

         cliente ira avaliar sob diversos aspectos o custo de um produto ou serviço
levando em consideração a: comparação com produtos similares ou

         substitutos, condições de pagamento etc.

        Conveniência: Está ligado a acessibilidade ao cliente. Seria o equivalente a

         praça.

        Comunicação: Equivale a Publicidade, mas se levarmos em consideração

         uma análise semântica, comunicação é bilateral enquanto publicidade é

         essencialmente unilateral.




4C’s VS 4P’s

                           “Os 4 P's representam a visão que a empresa vendedora tem das
                          ferramentas de marketing disponíveis para influenciar os
                          compradores. Os administradores de marketing podem controlar
                          cada ferramenta do composto de marketing, mas as estratégias
                          para os quatro componentes devem ser combinadas para a
                          obtenção de resultados finais.” (KOTLER, 2000, p. 37)



     O parágrafo acima define de forma clara como Kotler possuía uma visão onde as

ações devem ser feitas em uma via que vai das organizações para os consumidores.

Em uma realidade da web 2.0 o fluxo de informações e de ações é o oposto.


     O modelo de 4 P’s idealizado por McCarthy e difundido por Kotler tem sido um

modelo tradicionalmente utilizado pela maioria dos profissionais e educadores, porém o

mundo mudou muito desde a criação deste composto e novas variáveis foram

adicionadas equação.


     Em Marketing Interativo (LAS CASAS, 2010, p.27) há uma explicação resumida

bem interessante sobre os 4 C’s:
De acordo com Lauterborn (1990) estamos em uma nova era: a
                          Era da Informação, dos Serviços e dos Clientes. A era industrial
                          esta agonizando e estamos no meio de uma nova era: a da
                          informação. As empresas que estão dominando o mercado são
                          empresas sem fabrica, centradas em grande capital, produção de
                          conhecimento, informação e serviços.

                          A teoria dos 4P’s, ainda de acordo com Lauterborn (1990), não
                          tem a mesma utilidade do passado. Hoje é necessário se
                          concentrar em conceitos mais compatíveis com a atualidade como,
                          por exemplo, o conceito dos 4C’s (cliente, custo, conveniência e
                          comunicação) a teoria Lauterborn é aborda de por outros autores e
                          Professores inclusive por Kotler (2003, p.17)

                          Concentrar-se no cliente é entender co que é importante para ele e
                          apresentar o produto de acordo com seus desejos ou necessidade,
                          com custo satisfatório (...)



     O trecho apresentado deixa claro o caráter de identificação da teoria de

Lauterborn com o atual cenário, porém sua teoria não foi feita exatamente para uma

realidade, pós internet, mas para uma realidade pós revolução da informação, sendo

assim alguns ajustes deverão ser feitos para que possa compreender toda amplitude da

web 2.0.




Necessidade de diferenciação

     A estratégia de diferenciação é uma realidade independentimente do mercado

porém quando tratamos de um consumidor Digital essa diferenciação se torna mais

importante. Mesmo fora do contexto de internet a diferenciação assumiu um carater

fundamental nas organizações.



                          O processo interativo (que ocorre no mercado quando as
                          empresas concorrem entre si buscando satisfazê-lo) e o conjunto
                          de decisões estratégicas de uma companhia que interferem no
comportamento do consumidor e dos demais públicos de seu
                          interesse e também nas estratégias dos concorrentes.
                          (MARCHIORI, 2006)



      Em um ambiente competitivo como hoje, a diferenciação é algo extremamente

importante para a sobrevivencia das empresas, sendo assim é importante sempre ir

além das teorias básicas e pensar em como entregar o melhor, de forma diferenciada.

O jornal britãnico Director fez a seguinte observação sobre a diferenciação online:


                          A customização e, mais particularmente, a personalização são
                          fatores essenciais para criar e sustentar a vantagem competitiva
                          na internet. As empresas podem conseguir isso com seus websites
                          criando “alternativas de custo” para os consumidores e obterão as
                          informações de que precisam para diferenciar ainda mais suas
                          ofertas. Sem isso, muitas inovações na Internet são faceis de
                          serem copiadas. Uma marca estabelecida pode ajudar, assim
                          como um vasto arquivos pode imitar rapidamente o que você está
                          fazendo (Pearson, 1998).

                          Assuntos importantes para empresas que pensam em marcar a
                          presença na Web são como fazer para mudar de serviços
                          existentes simplesmente copiados em forma eletronica para a
                          personalização e desenvolvimento de novos serviços, como
                          facilidade de ajuda online nas experiências de multiplos usuários.
                          As empresas tembém precisam decidir se desejam capiturar uma
                          parte maior da “cadeia de valor” para o produto – por exemplo ao
                          eliminar distribuidores ou fornecedores – e como isso pode ser
                          conseguido. O problema principal é se alguma pessoa vai ou não
                          fazer o movimento de qualquer forma e, assim, minar a posição
                          competitiva (Pearson, 1998)

      Embora a web seja o campo perfeito para a Inovação e a Diferenciação, por não

possuirem uma visão ampla, muitas empresas desperdição essa oportunidade apenas

copiando as estratégias já utilizadas por outras empresas do que investindo em

inovações.


      Um exemplo disso são os Jornais impressos, até a chegada dos blogs eram a

fonte mais comum de consulta para atualização, porém com a popularização da internet
onde cada um pode expressar sua opnião iniciou-se uma revolução em como a

informação era produzida.


      Como parte de um plano estratégico alguns jornais tentaram atacar os blogs

mostrando que não deveriamos dar credibilidade para qualquer um que escreva na web.

Um caso clássico desta briga foi a veiculação de um comercial pelo jornal “Estadão”

onde os blogueiros são representados como “micos”. Devido as repercussões negativas

o “Estadão” soltou diversas notas públicas informando que a intenção da campanha

não fora comparar todos os Blogueiros com “micos” mas sim mostrar que devemos

sempre ver a credibilidade de quem está veiculando alguma informação. Como

resultado a campanha foi retirada do ar.


     Independente da atitude e da postura adotada pelo jornal “Estadão” diversas

funcionalidades antes exclusivas de Blogs foram incorporados a seu site entre elas

podemos destacar:


        Possibilidade de comentário: permitindo que o leitor, discuta e acrescente

         informações a cada matéria;

      Conteúdo produzido por usuários: cada leitor passa a ser um correspondente
         não remunerado, podendo mandar videos e fotos sobre eventos que estão

         ocorrendo;

        Compartilhamento de matérias: ao ler uma matéria interessante o usuário

         pode enviar aos amigos do Facebook, twitter e outras redes sociais o titulo da

         matéria e um link para ler integralmente;
Essa nece
             essidade de se adequa ao que e
                       e         ar       estava ocorrendo, copiando elem
                                                                        mentos,

nasce justamen por uma deficiência em criar coisas novas, monitor tendênc
    eu       nte     a                                          rar     cias e

tentar aplicar mo
     r          odelos ultra
                           apassados de planejam
                                     d         mento estra
                                                         atégico em marketing.


     Na contra mão temos um ótimo exemplo da antecipaç de tend
                       s                   a         ção     dêcias feita pelo
                                                                        a

Portal da MTV. Ao invés de atacar os blogueiros enchergou uma oport
               A         e                              u         tunidade de
                                                                            e

ganha conteúdo ao se alia aos Blogs Com ess conceito surgiu o at
    ar       o          ar        s.      se                   tual portal d MTV.
                                                                           da




      Neste por os Bloqueigos pod
              rtal              dem incluir s conteú mediante ao um pequeno
                                            seu    údo

contra com iss a MTV ganha uma força motriiz de conteúdo muito m
     ato,    so      g                                         maior que

qualquer jornal. Como cont
                         traparte ela oferece um vitrine c
                                               ma        capaz de alç o núme de
                                                                    çar    ero

acess dos parti
    so        icipantes a níveis muit maiores. Outro pont que vale destacar n
                                    to                  to                  neste

portal é o uso da ferramen
                as       ntas sociais como o Tw
                                    s         witter, Face
                                                         ebook, Orku e Myspace.
                                                                   ut

Atualm
     mente as maiores redes sociais.
              m
O exemplo da MTV mostra como é necessário pensar além das convenções atuais em

termos de comunicação.


                          A digitalização, e chame como se chame, a plataforma ou a
                          tecnologia que se utilize para trasladar, conectar, emitir, difundir
                          mensagens, serão as mesmas mensagens, as que se mantenham
                          como prioridade na interação daqueles que conversam, compram,
                          promovem, falam etc.

                          A Internet fez a mudança, a ruptura ou mais complexamente ‘a
                          disruptiva’ de um modelo de comunicação e de negócio que tinha
                          de um lado as empresas (de notícias, entretenimento etc.) e de
                          outro um conglomerado de pessoas agrupadas sob o conceito de
                          massa. (DOURADO, 2009, p.14)



      Também é preciso destacar que não apenas uma área que deve

estar conectada em uma empresa para promover um ambiente que permita

a criatividade.

                          (...) é importante considerar que um planejamento de mídias
                          sociais não deve estar restrito a gerência de marketing e/ou
                          comunicação. A construção desse planejamento de comunicação
                          deve envolver toda a diretoria e demais gerências da empresa,
                          pois estarão sendo construídos novos canais com o público
                          consumidor dos produtos, um canal em que o tempo e a qualidade
                          desta resposta serão fundamentais. (DOURADO, 2009, p.14)



      Web 2.0 não é apenas o uso de redes sociais, mas sim fazer uso de elementos

colaborativos. Entre eles comentários, possibilidade de compartilhamento e interação.

Como fruto dessa interação são gerados diversos dados que servem de apoio a

decisão. Um livro aborda muito bem essa possibilidade, alertando para o aparecimento

dos chamados “Numerati”, matemáticos e estatísticos capazes de prever o

comportamento humano em ambientes digitais. Backer (2008, p.5) afirma que se

existem pessoas capazes de criar um “mosaico humano” minuto-a-minuto denominados
são os chamados “Numerati”. Esses profissionais são verdadeiros mineradores de

informação (daí o termo data mining), normalmente matemáticos e estatatísticos por

formação, estabeleçem relacoes entre os hábitos de consumo de milhões de pessoas,

podendo oferecer o produto certo, no momento certo a cada consumidor.


      Porém toda esse mundo de possibilidades só se torna possível com um número

significativo de dados. O que pode ser conseguido através da soma de informações

“sociais” com informações dos hábitos de consumo.




Marketing Digital e de Interação


     Por se tratar de uma nova área de estudo, não há uma definição comum sobre o

que é Marketing Digital e Marketing de Interação. Mesmo o autor LAS CASAS recorre a

outro autor na hora de definir o que é marketing de interação.


                          De acordo com Cerri (2008), o conceito mais amplamente aceito é
                          que marketing interativo é uma ferramenta de marketing e
                          consequentimente um novo marketing direto (...)(LAS CASAS,
                          2008, p. 31)



      Enquanto Marketing Digital normalmente é descrito como ações ou técnicas de

comunicação que fazem uso de midias digitais, sendo midias digitais entendidas como:

Celulares (mobile marketing) e Internet (web marketing).


      Em websites americanos normalmente vemos a expressão “Marketing para o

consumidor digital” (Marketing to the digital consumer) definição essa que usaremos
como guia, afinal não é o marketing que se “tornou digital”, mas sim o consumidor que

adiquiriu novos hábitos.


      Mesmo sendo essa uma pequena diferenciação semãntica é importante destaca-

lá porém sem estender-la afim de garantir uma compreensão clara das afirmações que

serão feitas ao longo deste trabalho.
CAPITULO III – TRABALHANDO CADA UM DOS 4C’S


Consumidor

       Lauterborn substituiu Produto por Consumidor, ou para ser mais exato

“Consumers Wants and needs”. Este deve ser o guia fundamental para as ações e

planos que a área de marketing possa fazer, pois é o consumidor que garante o

funcionamento de toda a cadeia de produção. Mesmo para Kotler.


                          “Uma empresa junta-se a fornecedores e intermediários de tal
                          modo que pode fornecer eficazmente produtos e serviços
                          apropriados para seu mercado-alvo.” (KOTLER, 1993, p.173)



   Em outras palavras, sem mercado-alvo, ou sem consumidor todos os outros agentes

perdem o sentido. Sendo assim é extremamente conhecer 3 aspectos:


      Quem é seu público alvo;

      Quais os hábitos de seu consumidor;

      Quais são suas necessidades.


   Steve Jobs, SEO da Apple segunda maior empresa em valor de mercado do mundo,

afirma que “as pessoas não sabem o que querem até que você mostre a elas” sendo

assim o marketing deve ir além de seguir tendências, deve ser capaz de entender o que

um consumidor realmente necessita.


       Utilizando dados da população mundial do Seade(Sistema Estadual de Análise

de Dados) e cruzando com os dados de acesso do Internet World Stats é possivel

estimar que apenas 26% da população mundial tem acesso a internet, porém em
nume
   eros absolut esse nu
              tos     umero repre
                                enta: 1.668
                                          8.870.408 p
                                                    pessoas seg
                                                              gundo a Int
                                                                        ternet

World Stats.
    d




      Só no Bra são 75.943.600 co em méd 28,9 ano O que representa 3
              asil              om     dia      os.                37,8%

da po
    opulação. Quanto aos hábitos soc
              Q                               brasileiro te em méd 231 amigos em
                                   ciais cada b           em     dia

redes socias com Orkut, Facebook etc.
    s          mo       F        e


      Desses 37,8%, 26% são classif
                                  ficados com “Knowle
                                            mo      edge-Seeke ou
                                                             ers”

“Caça
    adores de conhecimen
              c        ntos”. Este estudo divide os usuá           ernet em 6 grupos:
                                                       ários de inte

Influencers, Com
               municators, Knowledge
                                   e-Seekers, Networker Aspirers e Function
                                                      rs,                 nals.

Sua classificação vem de seus hábitos na interne
    c           o        s          s          et.
Influ
    uenciador (Influe
            res     encers)

       É definido pela frase “A interne é uma pa vital da minha vida São os
                o          e,         et       arte     a          a”.

chamados “Heav Users”, pessoas qu acessam a intenet d vários lo
             vy        p        ue      m           de        ocais e são em

grand parte pro
    de        odutores de conteúdo e apaixona
                        e                   ados por red sociais Nas agên
                                                       des     s.       ncias de

public
     cidade espe
               ecializadas em interne esse perf também é comumen chamad de
                                    et        fil              nte    do

“Produtor de Con
               nteúdo” e são 15% do usuários de internet no Brasil s
                         s        os                   t           segundo o estudo.


       No Brasil temos algu exemplos dessas pessoas co
                          uns                        onhecidos p muitos na
                                                               por

Web, entre eles: o Interney (fundador da agência pólvora e do Interney Blogs) e o
                          y                    a                     y

Felipe Neto um Videologue 3 que ficou conhecido na interne por seu c
     e         V        er          u         o          et        canal no Yo
                                                                             outube




“Não Faz Sentido” onde ele expressa sua opnião sob um te
                         e                   o         ema.



3
 Videoologuer é um neologismo derivado de Videolog e def
                               d           V           fine o produto de conteúd que se exp
                                                                    or           do          pressa
através de vídeos. Normalmente esses vídeos possuem um duração e
      s            N          e             s          ma           entre 5 à 10 m
                                                                                 minutos são
colocados a disposiição do usuár final em sit como o Y
                               rio          tes       Youtube e Videolog.
s         brities4” que se enquadram neste grupo. Pe
        Porém nã é apenas “webceleb
               ão                             e                  e         essoas

sem tanta visibili
                 idade na web hoje tem um grand poder de dissemina
                                     m        de       e         ação de sua
                                                                           as

opniões, sendo assim, é preciso lembrar que o C de Consumidor, quando se trata de
               a




web 2.0 assume um carater não só de cliente, m também de Midia.
    2        e                    e          mas    m


        Quando pensamos em cosumid
               p        e        dores digita no plano estratégic de mark
                                            ais,                co      keting

temos de levar em consideração esse público co capacida de amp
    s          e                  e          om       ade    pliar o alcance de

uma mensagem exponencialmente. Para se ter u
    m                                      uma idéia d números o Felipe N
                                                     de      s          Neto

sozinh possui (até 31/10/
     ho,                /2010) 10.9
                                  982.659 exiibições de s canal d Youtube
                                                        seu     do      e.

Digam que um marca o atenda ma em seu S
    mos    ma                al       SAC, potenc
                                                cialmente e será cap de
                                                          ele      paz

influenciar o consumo de mais de 10 milhões de pessoas a não compr
                         m          m                            rarem mais esse
                                                                          s

item.



4
 Neoloogismo comumente usado para definir as pessoas q conseguir
                               o             a            que          ram atingir um certa fama através
                                                                                    ma            a
de víde
      eos, blogs e sites. Um outr fenômeno bem interess
                   s            ro                        sante são as “
                                                                       “Cross-Midia- Celebrities”, um
                                                                                    -
exemp desse tipo de “celebrida
     plo                        ade” é a Twitt
                                             tess que ficou famosa na internet e dep
                                                          u                         pois conseguiu
aumen sua projeção participan de um Re
      ntar                      ndo          eality Show, ttornando-se a
                                                                       assim uma “c celebridade” te
                                                                                                  elevisiva.
Como medida de influência de uma pessoa em um ambiente digital foi criado

uma métrica chamada Klout, através de um cálculo matemático usando o número de

mensagem que um usuário coloca nas redes sociais e no quanto essa mensagem

influencia as mensagens de quem recebe é possivel chegar a um índice que mostra a

capacidade de influência de uma pessoa.


       No gráfico 3 (na página anterior) é mostrado em vermelho o próprio Felipe Neto

as demais esferas são as pessoas que tem o poder de influenciá-lo. Como “Score” este

mesmo usuário recebeu uma classificação de 46 pontos em uma escala que vai até 100.

Algumas celebridades possuem uma maior influência, como é o caso do Luciano Hulk

que possui 76 pontos.


       Vale resaltar que esses números representam o poder geral de influência de uma

pessoa, porém quando se trata de internet devemos levar em consideração os nichos

de mercado onde mesmo com um poder geral menor, um usuário pode influênciar as

vendas de uma empresa de forma significativa.


     Um caso bem interessante disso é o blog “Joven Nerd”, especializado em cultura

POP. O caso é apresentado abaixo:


                             A Batalha do Apocalipse

                             O CASE começou quando Eduardo Spohr, jornalista, amigo dos
                             criadores do Jovem Nerd escreveu um livro de ficção. Como
                             qualquer novo autor, Spohr encontrou dificuldades para publicar
                             sua obra, embora tivesse vencido um concurso literário com ela.

                             Com a inauguração da Nerdstore, o Jovem Nerd decidiu fazer um
                             podcast5 especial com o autor falando sobre o assunto que

5
 Podcast pode ser considerado uma nova mídia por serem programas normalmente em áudio ou vídeo e
entregues por um sistema de Feeds a um agregador. Seu nome vem da junção das palavras iPod +
Broadcast. No caso citado, esse podcast em questão é um programa em áudio semanal.
envolvia seu livro. O objetivo era divulgá-lo e vendê-lo
                              exclusivamente na Nerdstore6. Jovem Nerd. Apenas 5 horas
                              depois da publicação do podcast especial, todas as 70 cópias que
                              a loja tinha em estoque foram vendidas.

                              A demanda foi intensa. Como conseqüência, o Jovem Nerd e
                              Eduardo Spohr investiram em mais 500 cópias e as colocaram em
                              pré-venda no site. Em apenas 1 semana que separou a pré-venda
                              do lançamento, mais de 250 cópias foram encomendadas (à
                              esquerda).

                              Desde então, ‘A Batalha do Apocalipse’ tornou-se o produto mais
                              procurado da Nerdstore. Nasceram discussões sobre o livro em
                              fóruns, comunidades no Orkut e até encontros dos leitores com o
                              autor (...) (JOVEN NERD, 2010. Disponível em:
                              http://www.jovennerd.com.br)

       Hoje o livro é vendido pela editora: Verus e figura na prateleira de livros mais

vendidos na Livraria Saraiva. Este é um caso interessante de como um produtor de

conteúdo pode influenciar um produto. Vale resaltar que o site Joven Nerd foi fundado

por apenas duas pessoas e que atualmente recebe mais de 1,7 milhões de usuários,

sendo que um desses fundadores é o próprio “Joven Nerd” que dá o nome ao site.




Comunicadores (Comunicators)

       Explicados no estudo como pessoas que adoram falar e se expressar. São

usuários que utilizam massivamente a internet para se comunicar com outras pessoas.

Em essência são os multiplicadores perfeitos e em uma estratégia de marketing esse

tipo de consumidor deve ser tratado com um verdadeiro exercito a serviço ou contra

uma marca. No Brasil eles representam 15% do total de usuários de internet, nos

Estados Unidos esse percentual cai para 11%


6
 Nerdstore: é um e-commerce de produtos ligados ao tema do Blog (cultura nerd/pop). Lá são
comercializados itens como canecas, toalhas, camisetas, miniaturas de personagens etc. Este e-
commerce é uma das fontes de receita do site.
Quando pensamos no número de amigos que cada p
             p        n                            pais possui em média, os
                                                             i

brasile
      eiros possu
                uem 231 am
                         migos, isto é, cada Co
                                              omunicador pode influe
                                                       r           enciar em m
                                                                             média

231 pessoas dire
    p          etamente.


      O estudo mostra um panorama geral dest usuário, m para o marketing vale
                       m        a          te         mas              g

destacar que est tipo de consumidor acha que a marcas podem ser Intrusivas, para
               te        c                   as

que uma marca possa dialo
                        ogar com esse tipo de usuário é necessário assumir um
                                            e                    o          ma

     onalidade” transformando a marc em mais um de sua lista de am
“perso                             ca      s         a           migos. Para isso
                                                                           a

divers aspecto como: Li
     sos     os       inguagem, identidade visual, tem de resp
                                                     mpo     posta de um
                                                                       ma

solicit
      tação, autonomia para resolução de problem dado a gestor da rede social, tipo
                          a                    mas    ao        a

de conteúdo e fr
               requencia de postagem
                         d         m.


      Um caso de marca que dialoga muito bem com os us
                       q         a         m         suários utili
                                                                 izando essa
                                                                           a

técnic é o Ponto Frio. Ela consegue isso graças a seu twitt @ponto
     ca        o                    i         s           ter    ofrio, onde a

marca assume a personalid
    a                   dade de um especialis em tecn
                                 m          sta     nologia, preocupado em
                                                                         m

compartilhar as maiores no
                m        ovidades em termos de produto.
                                   m         e
A forma de dialogar é muito sim
              d                     milar ao dos sites de te
                                               s           ecnologia c
                                                                     como Gizmo
                                                                              odo,

essa semelhança não é me conheci
     s                 era     idência, ass a marc pode se posicionar no
                                          sim    ca

nicho de quem adora tecno
              a         ologia (tamb
                                   bém chama
                                           ados de Tec
                                                     cnolovers), atingindo n
                                                                           não

apena os Comu
    as      unicadores, mas tamb
                      ,        bém osInflue
                                          enciadores que nesse caso são
                                                   s,        e        o

blogueiros e afic
                cionados po tecnologia em busca de pauta para seus artigos.
                          or                  a




Caça
   adores de Conhec
           e      cimento (Knowled
                          (      dge-Seeke
                                         ers)

      São aque
             eles que usa a intern para gan
                        am       net      nhar conhe
                                                   ecimento, in
                                                              nformação e para

se auto-educarem. Esses são os cons
                        s         sumidores q fazem uso dos div
                                            que               versos tutoriais e

progra
     amas de tre
               einamento online. Com o crescim
                                   m         mento do Yo
                                                       ouTube e c
                                                                consequent
                                                                         timente

dos tu
     utoriais em vídeo os auto-didatas se tornara cada ve mais com
                                     s          am      ez       muns.


      Eles são músicos, es
               m         scritores, programado
                                             ores e até o
                                                        operadores de bolsa de

valore com a fa
     es       acilidade em localizar conteúdo e diversas mídias na internet, ca vez
                         m           c        em       s                      ada
mais cresce o numero de pessoas capazes de criar sem nunca terem ido a uma escola

formal. Porém isso traz uma desvantagem, a ploliferação de pseudo-especialistas,

pessoas que por lerem um eBook sobre determinado assunto se julgam especialistas

nele e inclusive são pagos por isso.


        Para uma marca esse tipo de consumidor pode ser bastante valioso, pois seu

engajamento e capacidade de aprendizado podem ser interessantes para serem

usados na criação de um novo produto. Um exemplo de uso desta vantagem é o caso

da Fiat, com seu Fiat Mio, um carro Creative Commons7.

        Sua concepção foi feita aliando as sugestões de diversos usuários. Como

suporte a Fiat oferece diversas inspirações. Vale destacar o nível de conectividade

encontrado no site, onde o usuário pode conectar-se usando diversas redes sociais e




7
  O Creative Commons é um projeto global, presente em mais de 40 países, que cria um novo modelo de
gestão dos direitos autorais. No Brasil, ele é coordenado pela Escola de Direito da Fundação Getulio
Vargas no Rio de Janeiro. Ele permite que autores e criadores de conteúdo, como músicos, cineastas,
escritores, fotógrafos, blogueiros, jornalistas e outros, possam permitir alguns usos dos seus trabalhos
por parte da sociedade. Assim, se eu sou um criador intelectual, e desejo que a minha obra seja
livremente circulada pela Internet, posso optar por licenciar o meu trabalho escolhendo alguma das
licenças do Creative Commons. Com isso, qualquer pessoa, em qualquer país, vai saber claramente que
possui o direito de utilizar a obra, de acordo com a licença escolhida. (CreativeCommons.org, 2010,
Disponível em:
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=80)
entos da we 2.0 tais como RSS8.
eleme         eb         c




Relacionáveis (Networkers)
            s

       Esses não aqueles que usam a web como uma ferra
               o         q                 o         amenta de r
                                                               relacioname
                                                                         ento.

Normalmente es papel é assumido, ao menos momentãn
             sse                                 neamente p quase to
                                                          por      odos os

usuár
    rios modern de inter
              nos      rnet e mobile.


       Seu objetivo maior na internet é estabelec conexõe e amplia sua rede de
                          n                     cer     es       ar

relacio
      onamentos Diferente dos produt
              s.                   tores de co
                                             onteúdo, es
                                                       sses usuário se coloc
                                                                  os       cam em

um ní
    ível muito mais acessivel as pess
               m                    soas com q se relac
                                             que      ciona.




8
  RSS é usado princcipalmente em sites de notícias e blogs A tecnologia do RSS per
                               m                         s.           a          rmite aos usu
                                                                                             uários da
interne se inscreverem em sites que fornecem "feeds" RS contendo a
      et                                    m            SS          apenas o conteúdo do site livre de
                                                                                             e,
design.
Tabela 1 - Pesquisa e uso de Redes Sociais /
                                     Blogs por Pais

                                            % de usuários Tempo por
                             Pais
                                               ativos      Usuário
                    Brasil                             86%     05:03:37
                    Italia                             78%     06:28:41
                    Espanha                            77%     05:11:44
                    Japão                              75%     02:50:50
                    Estados Unidos                     74%     06:35:02
                    Reino Unido                        74%     05:52:38
                    França                             73%     04:10:27
                    Australia                          72%     07:19:27
                    Alemanha                           63%     04:13:05
                    Suiça                              59%     03:43:58

                    NIELSEN, 2010. Disponivel em:
                    http://blog.nielsen.com/nielsenwire/global/social-
                    media-accounts-for-22-percent-of-time-online/


      Segundo estudos da Nielsen, o usuário Brasileiro passa em média 5 horas em

Redes sociais e Blogs, porém o pais que passa mais tempo nas redes sociais é a

Austrália, com mais de 7 horas por dia. O Brasil possui o maior número de usuários

cadastrados e ativos em redes sociais. Este estudo na Nielsem aponta o “Fenomeno

Orkut” como sendo o maior responsável por esses números. Isto porque após a sua

chegada no Brasil (em 2004), com apenas 1 ano de vida, já possuia em seu cadastro

mais de 50% da população com acesso a internet.


      O fato do Orkut ter sido o mais popular no Brasil não foi explicado de forma

contundente até o momento por nenhum estudioso desta área, porém o suporte a

lingua portuguesa e a falta de concorrência, podem ser apontado como um dos
lidade9 tam
principais fatores . A Usabil
                 s                    mbém pode ter sido um dos princi
                                                          m          ipais responsáveis

já que sua interfa continu sendo um das ma simples de todas as redes soc
     e           ace     ua       ma     ais                 s         ciais.


        Atualmente a rede social que mais cresce hoje no Br
                                     m         e          rasil é o Facebook. De
                                                                               evido a

seus recentes es
               sfoços em entrar em paises eme
                                   p        ergentes o Facebook c
                                                                cresce a qu
                                                                          uase 10%

a cad mês.
    da




        O uso de redes socia para dia
                           ais      alogar com o cliente p
                                                         pode ser considerado u
                                                                              uma

das té
     écnicas mais eficientes de “marke
                                     eting um-a-
                                               -um” sendo que o “ma
                                                        o         arketing um
                                                                            m-a-um”,

cujo objetivo é “p
     o           possibilitar à empresa tratar seus clientes in
                                                  s                     ente e, assim,
                                                              ndividualme

desen
    nvolver um relacionam
                        mento come
                                 ercial durad
                                            douro com e
                                                      eles” (PEPP
                                                                PERS, ROG
                                                                        GERS,

1997, p. 82).


9
 Usabbilidade é o co
                   onceito utilizado para desccrever a qualiddade da inter
                                                                         ração de
uma in
     nterface diante de seus usu
                   e              uários. A usab
                                               bilidade é rela
                                                             acionada à efficácia e eficiê
                                                                                         ência da inter
                                                                                                      rface
diante do usuário e pela reação do usuário dia
                                  d            ante da interfface.
Entrantes (aspirantes)

Esses são os chamados usuários entrantes. O estudo Digital Life utiliza a frase

“usuários em busca da criação de um espaço pessoal online”. Normalmente esse

usuário acessa a internet através de LanHouses ou de Cafés. No Brasil, muitas vezes,

esse tipo de usuário nem possui um computador.


                             As lan houses passaram a ser, em 2007, o principal local de
                             acesso à internet no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo
                             Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da
                             Comunicação (Cetic.br). No total, 49% dos internautas brasileiros
                             utilizam a rede em locais públicos pagos.

                             As lan houses tiveram o maior crescimento na comparação com a
                             pesquisa de 2006, quando eram utilizadas apenas por 30% dos
                             internautas. O acesso doméstico se manteve estável: 40% dos
                             usuários têm conexão com a rede em casa. (G1, 2010. Disponivel
                             em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL355439-
                             6174,00-
                             LAN+HOUSES+PUXAM+CRESCIMENTO+DA+INTERNET+NO+B
                             RASIL+DIZ+ESTUDO.html)

     Devido ao alto custo a internet irrestrita ainda está a disposição de poucos, porém

com o uso em centros de acesso como Lan Houses, Telecentros e outros centros

comunitários pessoas que não seriam incluidas a comunidade digital encontram uma

alternativa.


       Do ponto de vista corporativo o maior desafio garantir que seu conteúdo seja

acessivel independente da qualidade do Hardware usado pelo Cliente. Isto já que estes

centros comunitários, normalmente, não dispoem de uma infra-estrutura de ponta para

acesso a internet. Sendo assim o uso de tecnologias de alta penetração como o PHP10


10
  PHP é o acrônimo recursivo de Hipertext Preprocesor. Uma linguagem de programação que é
processado no servidor, gratuito e independente de plataforma, rápido, com uma grande livraria de
funções e muita documentação. Justamente por não depender do hardware do usuário essa tecnologia é
ideal quando se quer manter a compatibilidade com o maior número de dispositivos.
e o HTML11 devem ser usadas. Outro ponto importante quando lidamos com esse

público é o fato de que ele não estará online a todo o momento, sendo assim ao

oferecer o feedback sobre uma compra, por exemplo, deve se levar em consideração o

fato de que se for informado o atraso de uma mercadoria por e-mail o usuário pode ficar

insatisfeito simplesmente por não ter tido acesso a um computador entre a compra e a

data planejada para entrega. Isto pode causar insatisfação ao Cliente.


       O uso de comunicação nas redes sociais aliado ao marketing de conteudo

também é fundamental, já que:


                              O marketing nas mídias sociais envolve basicamente
                              relacionamento com seus clientes através da Internet.O conteúdo,
                              gerado no marketing de conteúdo, é peça chave deste processo,
                              pois ajuda a manter uma conversa mais constante, e portanto
                              facilita o relacionamento. (TORRES, 2010, p.12)



       Porém não é suficiente estár presente em uma rede social, uma marca deve

entender qual canal é utilizado por seu cliente, quais são seus habitos e principalmente

quais são suas limitações. Com isso é possivel reduzir os custos de ações e maximizar

os resultados, não apenas em vendas, mas em ganho de valor a marca.


Funcionais (Functionals)

       Para esses usuários á internet se resume a apenas uma ferramenta.

Nomalmente seu uso da internet não vai muito além das ferramentas de e-mail. Sendo

assim é o usuário mais dificil de ser atingido quando elaboramos uma planejamento de

marketing digital.

11
  Ao contrário do que se pensa HTML não é uma linguagem de programação, mas uma linguagem de
marcação. A diferença é que o HTML não precisa ser processado, apenas interpretado o que garante o
uso mínimo de recursos de hardware.
Paradoxa
             almente ess perfil de usuário cos
                       se                    stuma ser u dos que mais com
                                                       um      e        mpra na

internet segundo os estudo
               o         os.


      Muitas ve
              ezes esse usuário aces a intern de um c
                        u          ssa      net     computador corporativ sua
                                                                        vo,

principal ferrame
                enta de trab
                           balho. Para atingir ess usuário o plano estr
                                                 se                   ratégico de
                                                                                e

marke
    eting digital deve inclu ações off
                           uir       f-line.


        Parece paradoxal utilizar estra
                         u            atégias trad
                                                 dicionais qu
                                                            uando falam em um novo
                                                                      mos   m

  tipo de usuário mas para esse tipo de usuário está seria a ação ma correta. Uma
     o          o,       a                    o,         a         ais

          ação fe seguind essa linha foi a usa pelo re
                eita    do                   ada     estaurante O
                                                                Outback.




      Em parce com a empresa Ma
             eria    e        akesys foi d
                                         desenvolvid uma apl
                                                   do      licação para
                                                                      a

substituir o cardá
                 ápio tradicio
                             onal. O sist
                                        tema ainda está em te
                                                 a          estes, mas é uma alternativa

bem interessante para mos
               e        strar o poten
                                    ncial de um tecnolog
                                              ma       gia.
O usuário pode ser treinado para usar a aplicação no restaurante e

posteriormente utilizar a internet para ver o menu e escolher previamente o que deseja

comer.


       Quando falamos de um consumidor moderno temos de levar em consideração

seu estilo de vida digital, mas não devemos esquecer das segmentações usadas

comumente no marketing tais como: idade, sexo, poder aquisitivo, grupos de interesse

localização etc. Essas denominações de perfis servem apenas para que nomento de

um planejamento de marketing o profissional possa reconhecer que um mesmo cliente

deve ser analisado sob diversas óticas afim de definir qual a abordagem mais eficiente.

Quando pensamos em estratégias modernas de marketing devemos pensar em

experiencia.


                          “Não importa o local ou a empresa, desde cafeterias a serviços de
                          bordo de aviões, as empresas estão criando e oferecendo
                          experiências que podem ser vividas seja por consumidores seja
                          por clientes organizacionais, e que têm o poder de criar valor de
                          produto em tudo aquilo que é produzido. Ainda segundo o autor, é
                          preciso considerar a amplitude e a profundidade que podem
                          ocorrer com a criação de experiências, as quais geram novas
                          oportunidades para os consumidores, afetando, assim, a
                          percepção de valor do bem ou imagem da marcam a mente do
                          público.” (FISK, 2006, p. 254)



       Para Schimitt (1999, p. 64), torna necessário enxergar esse tipos de experiências

como modelos estratégicos experienciais (SEMs – Strategic Experiential Modules),

sendo assim cada ação deve levar a “assinatura da marca” de forma pessoal criando

valor junto ao cliente.
Custo

       Lauterborn em seu estudo revisita o conceito de Preço ampliando sua definição

para “Custo para Satisfação”. Na contabilidade custo e preço possuem uma definição

completamente diferente, sendo custo associado sempre a uma saída de recursos.


       Quando pensamos em Custo ao Consumidor Digital devemos pensar que sua

percepção é diferente de um consumidor antes da chegada da web 2.0. Primeiramente

comparar valores numéricos em um ambiente digital é infinitamente mais fácil que em

um ambiente off-line.


       Para isso existem diversas ferramentas, como por exemplo, o Buscapé e o

Google Products (disponível apenas nos Estados Unidos) que permitem comparar em

questão de segundos o preço de um mesmo item em diversas lojas. Inclusive há um

estudo sendo desenvolvido pelo Google para criação de um aplicativo que ao tirar a

foto de um item com um celular Android12 faria a comparação de preços baseado na

forma e nas cores de um item.


Atualmente existem aplicações que executam essa tarefa através da leitura do código

de barras. Um exemplo é o RedLaser disponível gratuitamente na AppStore. Seu

funcionamento é bem simples, basta posicionar a câmera de forma a captar todo o

código e o programa faz uma busca nos principais sites de venda de produtos, trazendo

além do preço, especificações, fotos e onde comprar esse produto. Esse recurso faz




12
 Sistema operacional para celulares desenvolvido pelo Google, ele pode ser encontrado em diversas
marcas e modelos de celular.
uma grande diferença em estratégias de marketi ng que prio
    g                   e                                orizam o cu
                                                                   usto.




      Quando se trata de serviços o modelo de precificaçã se torna ainda mais
             s           s          m                   ão                  s

complexo, dada a intangibil
                          lidade inere
                                     ente a qualq
                                                quer tipo de serviço. N
                                                           e          Neste novo
                                                                               o

cenár é feito o uso de form diferen
    rio                   mas     nciadas de precificaçã como po exemplo o
                                                       ão      or

“Frem
    mium”, onde o consumidor não pa pelo se
              e                   aga     erviço, mas sim por um diferenc
                                                               ma       ciação.


      Como exe
             emplo pode
                      emos citar o jogo “Cap
                                           pcon Arcade”. Neste s
                                                               simulador de

arcade o usuário tem direito a 3 “fichas” por dia c
               o           o                      caso queira jogar mais ele pode
                                                            a          s

comprar mais fic
               chas dentro do próprio programa. Outra form de prec
                         o          o         .          ma      cificação é b
                                                                             basear

seu custo na cap
               ptação de recursos pu
                         r         ublicitários, Cris Ander
                                                          rson em seu livro Free – O
                                                                               e

futuro dos preços, aponta a publicidad como se
     o                               de      endo o patro
                                                        ocinador do conteúdo
                                                                  o

poupa
    ando o cons
              sumidor fin
                        nal.
Com esse cenário somado a facilidade em piratear conteúdo digital (vídeos,

filmes, musicas, livros etc) o consumidor se torna muito mais sensível ao custo, sendo

assim, é necessários mostrar de forma clara quais são as vantagens de se tornar um

usuário pagante tornando cada vez mais difícil pagar por informação apenas.


Uma máxima é que o custo deve sempre tender a zero, ao menos na percepção do

consumidor. Isso é possível graças ao uso de estratégias de receita baseado em

publicidade.
Comunicação



      O consumidor 2.0, enxerga a internet como uma via de duas mãos quando se

trata de comunicação, devido a isso não basta apenas ter um site ou uma página no

Facebook. Muitas empresas desenvolvem a chamada área de “Presença Digital”,

normalmente ligado a área de marketing e comunicação, que fica com a

responsabilidade e o gerenciamento de todas as redes sociais e campanhas online.

Infelizmente a maior parte das empresas não possui uma área dedicada a essa função

deixando essa tarefa a cargo de um funcionário sem a qualificação necessária ou sem

poder de ação.


      Um exemplo disso é o Twitter, a rede que atualmente possui mais empresas.

Quando um usuário faz um comentário negativo sobre a marca ou aponta um problema

ele espera uma resolução e não um número de telefone que “poderá” resolver sua

situação.


Para um correto uso da comunicação online o profissional de marketing deve seguir

alguns, sendo, mas não se restringindo à:


   1. Mapeamento das informações online já existentes da empresa;

   2. Análise da concorrência;

   3. Análise da carteira de clientes para saber quais são as redes sociais mais

      utilizadas;

   4. Definição de um plano de comunicação digital;

   5. Definição de um plano de alçadas para resolução de problemas;
6. Definição das métricas de acompanhamento;

   7. Implementação de um plano de comunicação digital


   As atribuições dessa área não deve-se resumir apenas ao gerenciamento das redes

sociais, mas também a interface com blogs e produtores de conteúdo, isto além do

monitoramento da marca nos meios digitais. O monitoramento da marca deve abranger

todos os tipos de comentários que possam ser feitos dessa marca. Hoje a internet é

usada como uma ferramenta na decisão de compra de um produto ou serviço e caso

um consumidor em potencial se depare com avaliações negativas poderá não efetuar a

compra. No topo das prioridades devem vir a busca de informações em fóruns e em

sites como o “Reclame Aqui”. Normalmente esse tipo de site tem um bom

posicionamento nos buscadores, aparecendo como um dos primeiros resultados

quando é feito uma busca.


   Muitas vezes um usuário insatisfeito pode efetivamente se empenhar em criar uma

contra-propaganda de determinada marca.


      Um exemplo deste fenômeno é o perfil @TIM_fail onde o usuário dedica seu

tempo a espalhar o seu ódio pela operadora de telefonia TIM. Esse fenômeno poderia

ter sido evitado com algumas pequenas ações no atendimento, porém se mesmo assim

o consumidor se sentisse insatisfeito o responsável pelo monitoramento da marca

poderia ter entrado em contato solicitando informações para solucionar o problema
deste consumido
              or.




      A Comunicação com o Cliente em um cen
                      m                   nário de Co
                                                    onsumidores Digitais d
                                                              s          deve ir

além das atribuiç
                ções de um área com
                         ma       mum de com
                                           municação. Isto porqu o consum
                                                               ue       midor

possu um poder de propag sua opin
    ui       r         gar      nião com u ma força nu
                                                     unca vista nos manua de
                                                                        ais

marke
    eting. Em seu program de rádio Luiz Alber Marinho afirma que a “maior p
                        ma                  rto                e          parte

das empresas es ausente ou atua de forma bu rocrática na redes so
              stá     e                                as       ociais”. Ess
                                                                           sa

afirma
     ação foi feit em 27/10
                 ta       0/2010 após a divulga
                                              ação de um estudo feit pela emp
                                                                   to       presa

Firelfy Millward Brown apon
      y          B        ntando justa
                                     amente ess problema.
                                              se


      Nota-se que mesmo estando pr
              q                  resente nos diversos m
                                           s          meios de c
                                                               comunicaçã o uso
                                                                        ão

     edes sociais ainda é muito subes
das re                    m         stimado por diversas e
                                              r          empresas.
Conveniência


      As explanações de Kotler a respeito de Praça oferecem uma visão incompleta a

respeito de como um produto pode se tornar acessível a um Consumidor Digital.


      Neste contexto variáveis como: compatibilidade, conversibilidade, mobilidade e

usabilidade devem ser levados em consideração. Quando tratamos de Internet

propriamente dita esses a importância desses fatores se torna ainda mais evidente.


      Por associação podemos imaginar o espaço virtual como uma vitrine intangível.

Quando tratamos de um ponto de venda devem ser levados aspectos como a posição

dos itens, as cores, a distribuição dos itens, a facilidade de acesso do publico alvo, a

acessibilidade a deficientes etc. No caso se um website, por exemplo, devem ser

observados elementos parecidos porém a avaliação deve ser ligeiramente diferente

principalmente quanto a forma de avaliar a qualidade de uma aplicação digital ou um

website.


                           Este fato levou ao estudo do HCI - Human-Computer Interaction
                           (Interação Homem-Computador) que busca desenvolver um
                           modelo teórico de performance humana bem como criar
                           ferramentas capazes de medir a facilidade de uso. O HCI
                           constitui um campo multidisciplinar envolvendo aspectos de
                           psicologia, ergonomia, informática e outros, objetivando facilitar o
                           projeto, a execução e avaliação de ambientes computacionais.
                           (FERREIRA, 2002, p.10)

      Quando um website é desenvolvido deve se ter claro o acesso a tecnologia do

público alvo. Como exemplo pratico digamos que o objetivo de um planejamento de

marketing seja aumentar as vendas de um perfume vendido em Shoppings para o

publico B e C com idade entre 18 e 25 anos residente em grandes capitais. Esse
consumidor costuma acessar a internet de uma conexão de banda entre 1 e 5mb,

usando o internet explorer e um smartphone de tela touchscreen com conexão 3g.


       Um erro comum seria criar um hotsite em Flash13, porém esse site teria

incompatibilidade com os celulares dessa classe. Esse seria um erro de

Compatibilidade e Portabilidade, já que as informações estariam indisponíveis no

momento em que o consumidor estivesse dentro de um Shopping Center, portando

apenas seu celular, mas com a intenção de comprar aquele produto.


       Sendo assim algumas perguntas deveriam ter sido feitas antes da criação deste

hotsite:


               1.      Quais são as limitações do meu público alvo?

               2.      Quais são as situações em que o material digital será acessado?


       Essas perguntas garantiriam a compatibilidade com os diversos hábitos de uso

do público alvo. Porém após garantir esses pontos outros devem ser levantados:


               1.      Quanto tempo o usuário necessita para acessar a informação?

               2.      O uso da informação requer conhecimentos adicionais do usuário

       (instalação d Plugins por exemplo)?

               3.      Caso possua alguma deficiência o usuário poderá acessar a

       informação?


       Esses elentos estão ligados a Acessibilidade e a Usabilidade do conteúdo digital




13
  Tecnologia atualmente sob gestão da Adobe que permite diversos efeitos visuais, mas que não é
compatível com diversos dispositivos móveis.
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS



      Embora não haja um material teórico denso sobre marketing digital e sobre o

consumidor digital existem diversos estudos sendo feitos e que disponíveis na internet.

Esses estudos oferecem informações relevantes a respeito do comportamento dos

consumidores, porém não estão disponíveis de forma mais especifica sobre o

consumidor brasileiro, que mesmo em um mundo globalizado apresenta especificidades

quanto a hábitos e comportamentos.


      Ao longo deste trabalho pode ser percebido que parte do foco teve de ser

alterado colocando cada vez mais o consumidor no centro das afirmações feitas. Isto

fica claro pelo destaque feito ao primeiro C que acabou ganhando uma extensão maior

que a planejada no inicio desse trabalho.


      Como aprendizado deste trabalho o Cliente foi mostrado em seus diversos perfis,

porém ao contrario do que a maior parte do material disponível sobre consumidores

mostra independente dos grupos comumente usados (localização, idade etc) estes

consumidores podem ser classificados quanto ao tempo de utilização da internet,

tarefas executadas, nível de interação social nos meios digitais e poder de influência.

Devido ao tempo disponível para a elaboração deste trabalho não foi possível a criação

de uma matriz capaz de classificar esses consumidores, porém como continuidade

deste trabalho o autor pretende iniciar estudos para a criação de um modelo que seja

capaz de classificar esses consumidores utilizando pesos numéricos a esses fatores.
Quando pensamos em termos de Custo fica claro que embora o objetivo das

organizações capitalistas seja o lucro, devem ser criados modelos de receita que

desonerem o consumidor final, tendo como conseqüência que a percepção do custo

tenda a zero.


      Para este consumidor digital a Comunicação é ainda mais distante do que os

empresários brasileiros entendem como publicidade, já que não basta apenas é

necessário criar um diálogo e assumir uma personalidade para impactar o consumidor

positivamente gerando cada vez mais lucro. Claro que neste aprendizado erros serão

cometidos, porém zonas comuns de erro deverão ser evitadas, como no caso

apresentado sobre a operadora TIM.


      O ambiente que permeia todas essas interações pode ser analisado sob a ótica

da conveniência. Neste trabalho foi dado grande destaque as perguntas que devem

ser feitas afim de garantir o maior nível de acesso em um ambiente digital.


      No fim deste trabalho fica claro que a questão inicial sobre a aplicabilidade dos

4C’s em um ambiente digital não tenha uma resposta conclusiva, porém fica claro que

usar este conceito como guia para o planejamento de marketing e um ambiente pós

web 2.0 pode trazer reflexões que culminarão em práticas com maiores chances de

sucesso.
Bibliografia


FISK, Peter. Marketing Genius. England: Capstone Publishing Limited, 2006.
SCHMITT, Bernd H. Experiential Marketing: how to get customers to feel, think, act
ad relate to your company and brand. New York: Free Press, 1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo:
Pearson, 2000.
KOTLER, Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e
Controle. São Paulo: Atlas, 1993.
TORRES, Claudio, Marketing na Internet para Pequenas Empresas, eBook, 2010,
Disponivel em: www.claudiotorres.com.br/mktdigitalpequenaempresa.pdf. Acessado em:
20/09/2010.
JOEL, Reedy e SCHULLO, Shauna, Marketing Eletrônico, São Paulo, Thonson, 2007.
BACKER, Stephen, The Numerati, New York, Houghton Mifflin, 2008.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi, Marketing Interativo, São Paulo, Saint Paul, 2010.
DOURADO, Danilo, #MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões, 2010.
Versão digital: http://midiassociais.blog.br/2010/09/20/midiassociais-perspectivas-
tendencias-e-reflexoes-ebook-gratuito/. Acessado em: 15/01/2010.
MATTOS, José Diney, Bem Estar Criativo Para o Sucesso,São Paulo, Saraiva, 2006.
ORICCHIO, Patricia Regina, A utilização das novas gerações de redes sociais como
ferramenta estratégica no mundo dos negócios, 2009, Bacharel em Administração de
Empresas, Puc, São Paulo.


FLICK, Uwe, Introdução a Pesquisa Qualitativa, Porto Alegre, Attmed Bookman, 2009.
FERREIRA, Kátia Gomes, Teste de Usabilidade, 2002, Monografia Final de Curso de
especialização em informática, UFMG, Belo Horizonte.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Eleições2008-Santo Amaro
Eleições2008-Santo AmaroEleições2008-Santo Amaro
Eleições2008-Santo AmaroCompet
 
Mechanical engine proyec 2013
Mechanical engine proyec 2013Mechanical engine proyec 2013
Mechanical engine proyec 2013Nicolas Acosta
 
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3Michela Mosquera
 
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.SPC Brasil
 
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access Day
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access DayMorgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access Day
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access DayCPFL RI
 
APIMEC - Resultados 4T08
APIMEC - Resultados 4T08APIMEC - Resultados 4T08
APIMEC - Resultados 4T08CPFL RI
 
Reconstrução total parte 2 - esposa
Reconstrução total   parte 2 - esposaReconstrução total   parte 2 - esposa
Reconstrução total parte 2 - esposapastorvanderlei
 
Blackboard Learn 9.0 - Descrição Funcional
Blackboard Learn 9.0 - Descrição FuncionalBlackboard Learn 9.0 - Descrição Funcional
Blackboard Learn 9.0 - Descrição FuncionalPedro Reis Coelho
 
ApresentaçãO De Slides
ApresentaçãO De SlidesApresentaçãO De Slides
ApresentaçãO De Slidesveraaragao
 
Naturaleza juridica der.amb04 5704
Naturaleza juridica der.amb04 5704Naturaleza juridica der.amb04 5704
Naturaleza juridica der.amb04 5704Hugo Bol
 
Electricity Day
Electricity DayElectricity Day
Electricity DayCPFL RI
 

Destaque (20)

Eleições2008-Santo Amaro
Eleições2008-Santo AmaroEleições2008-Santo Amaro
Eleições2008-Santo Amaro
 
Mechanical engine proyec 2013
Mechanical engine proyec 2013Mechanical engine proyec 2013
Mechanical engine proyec 2013
 
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3
Matriz de evaluacion_para_acreditacion_3
 
Manual googlesites
Manual googlesitesManual googlesites
Manual googlesites
 
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.
Oito em cada dez dívidas não pagas são de até R$ 2.500.
 
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access Day
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access DayMorgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access Day
Morgan Stanley | Brazil Utilities Corporate Access Day
 
Guia ebr ccarat
Guia ebr ccaratGuia ebr ccarat
Guia ebr ccarat
 
Incentivo fiscal lei_rouanet_apresentacao7
Incentivo fiscal lei_rouanet_apresentacao7Incentivo fiscal lei_rouanet_apresentacao7
Incentivo fiscal lei_rouanet_apresentacao7
 
APIMEC - Resultados 4T08
APIMEC - Resultados 4T08APIMEC - Resultados 4T08
APIMEC - Resultados 4T08
 
A Mis Amigos Alberto Cortes Jepg
A Mis Amigos Alberto Cortes JepgA Mis Amigos Alberto Cortes Jepg
A Mis Amigos Alberto Cortes Jepg
 
Insólita Realidad
Insólita Realidad Insólita Realidad
Insólita Realidad
 
Reconstrução total parte 2 - esposa
Reconstrução total   parte 2 - esposaReconstrução total   parte 2 - esposa
Reconstrução total parte 2 - esposa
 
Blackboard Learn 9.0 - Descrição Funcional
Blackboard Learn 9.0 - Descrição FuncionalBlackboard Learn 9.0 - Descrição Funcional
Blackboard Learn 9.0 - Descrição Funcional
 
Vou contar te-um segredo...
Vou contar te-um segredo...Vou contar te-um segredo...
Vou contar te-um segredo...
 
ApresentaçãO De Slides
ApresentaçãO De SlidesApresentaçãO De Slides
ApresentaçãO De Slides
 
Naturaleza juridica der.amb04 5704
Naturaleza juridica der.amb04 5704Naturaleza juridica der.amb04 5704
Naturaleza juridica der.amb04 5704
 
Contenidos primero
Contenidos primeroContenidos primero
Contenidos primero
 
Electricity Day
Electricity DayElectricity Day
Electricity Day
 
Diptico xammar
Diptico xammarDiptico xammar
Diptico xammar
 
Analisis De La Compra
Analisis De La CompraAnalisis De La Compra
Analisis De La Compra
 

Semelhante a Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C's

O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...Luana S. Mita
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...cmonty
 
Anexo I - Projeto experimental
Anexo I - Projeto experimentalAnexo I - Projeto experimental
Anexo I - Projeto experimentalPaula Ramos
 
Informação e persuasão na web paulo serra e joão canavilhas
Informação e persuasão na web   paulo serra e joão canavilhasInformação e persuasão na web   paulo serra e joão canavilhas
Informação e persuasão na web paulo serra e joão canavilhasLuara Schamó
 
Monografia Marketing Digital - Caso Plakker
Monografia Marketing Digital - Caso PlakkerMonografia Marketing Digital - Caso Plakker
Monografia Marketing Digital - Caso PlakkerPh2art
 
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TI
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TIPI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TI
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TINilo Basílio
 
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e Cliente
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e ClienteA utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e Cliente
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e ClienteRamon Sousa
 
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAIS
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAISESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAIS
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAISPerpetuo Rodrigues
 
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...yorana mendes
 
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...Léo Vitor
 
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...Pedro Fernandes
 
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docx
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docxUNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docx
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docxZeusOiM
 
A intermediação no processo logistico de produtos virtuais
A intermediação no processo logistico de produtos virtuaisA intermediação no processo logistico de produtos virtuais
A intermediação no processo logistico de produtos virtuaisAndré de Mello Santana
 
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELL
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELLMÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELL
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELLbigdigo
 

Semelhante a Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C's (20)

O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
 
Anexo I - Projeto experimental
Anexo I - Projeto experimentalAnexo I - Projeto experimental
Anexo I - Projeto experimental
 
Informação e persuasão na web paulo serra e joão canavilhas
Informação e persuasão na web   paulo serra e joão canavilhasInformação e persuasão na web   paulo serra e joão canavilhas
Informação e persuasão na web paulo serra e joão canavilhas
 
Monografia Marketing Digital - Caso Plakker
Monografia Marketing Digital - Caso PlakkerMonografia Marketing Digital - Caso Plakker
Monografia Marketing Digital - Caso Plakker
 
O_uso_das_tecnologias_na_comunicacao_com_empregados
O_uso_das_tecnologias_na_comunicacao_com_empregadosO_uso_das_tecnologias_na_comunicacao_com_empregados
O_uso_das_tecnologias_na_comunicacao_com_empregados
 
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TI
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TIPI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TI
PI III - IMPLEMENTACAO DE PROJETOS DE TI
 
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e Cliente
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e ClienteA utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e Cliente
A utilização do Twitter como Canal de Comunicação Empresa e Cliente
 
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAIS
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAISESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAIS
ESTUDO DE CASOS SOBRE A APLICAÇÃO DA WEB SEMÂNTICA NAS REDES SOCIAIS
 
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...
UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO NA GESTÃO...
 
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...
As Redes Sociais E A ComunicaçãO Organizacional A UtilizaçãO De MíDias Digita...
 
Marketing na era das redes
Marketing na era das redesMarketing na era das redes
Marketing na era das redes
 
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...
A interação online através da rede social Facebook: Fidelização ou canal de v...
 
Comunicação digital uma questão de estratégia e de relacionamento com públicos
Comunicação digital uma questão de estratégia e de relacionamento com públicosComunicação digital uma questão de estratégia e de relacionamento com públicos
Comunicação digital uma questão de estratégia e de relacionamento com públicos
 
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docx
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docxUNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docx
UNIP Projeto Multidisciplinar II: UMA EMPRESA COWORKING.docx
 
A intermediação no processo logistico de produtos virtuais
A intermediação no processo logistico de produtos virtuaisA intermediação no processo logistico de produtos virtuais
A intermediação no processo logistico de produtos virtuais
 
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELL
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELLMÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELL
MÍDIAS SOCIAIS NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO DA DELL
 
Finanças 2.0
Finanças 2.0Finanças 2.0
Finanças 2.0
 
Web 2.0 and education
Web 2.0 and educationWeb 2.0 and education
Web 2.0 and education
 
Fundamentos da Gestão de TI
Fundamentos da Gestão de TIFundamentos da Gestão de TI
Fundamentos da Gestão de TI
 

Último

EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRevista Sociedade Militar
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 

Último (8)

EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 

Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C's

  • 1. PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA, DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C’s DANILO VINICIUS DE CASTRO REIS SÃO PAULO 2010
  • 2. DANILO VINICIUS DE CASTRO REIS Revisitando a Web 2.0 sob a ótica dos 4C’s Trabalho de Orientação de Estágio II apresentado ao Departamento de Administração, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas, sob orientação do professor Luiz Claudio Zenone. SÃO PAULO 2010
  • 4. SUMÁRIO RESUMO 6 INTRODUÇÃO 8 CAPITULO I - Um pouco de história sobre a Web 10 Redefinindo Internet 11 A chegada da Web 2.0 14 CAPITULO II - Marketing e suas definições 17 Os 4C’s de Lauterborn 17 4C’s VS 4P’s 18 Necessidade de diferenciação 19 Marketing Digital e de Interação 24 CAPITULO III - Trabalhando cada um dos 4C’s 26 Consumidor 26 Influenciadores (Influencers) 28 Comunicadores (Comunicators) 31 Caçadores de Conhecimento (Knowledge-Seekers) 33 Relacionáveis (Networkers) 35 Entrantes (aspirantes) 38 Funcionais (Functionals) 39 Custo 42 Comunicação 45 Conveniência 48 Conclusão e Considerações Finais 50 Referencias Bibliográficas 52
  • 5. Índice de Ilustrações Figuras FIGURA 1 – Imagem do primeiro website que usou o conceito de hiperlinks 13 FIGURA 2 – Local dedicado ao conteúdo de terceiros dentro do portal da MTV 11 FIGURA 3 – Página no Youtube do Felipe Neto 28 FIGURA 4 – Página do Twitter do Ponto Frio 32 FIGURA 5 – Página do Twitter do Gizmodo 33 FIGURA 6 – Página de interação do projeto Fiat Mio 35 FIGURA 7 – Cardápio eletrônico 40 FIGURA 8 – Funcionamento do RedLaser 43 FIGURA 9 – Página do Twitter do usuário TIM_fail 43 Tabelas Tabela 1 – Pesquisa e uso de Redes Sociais / Blogs por pais 36 Gráficos GRÁFICO 1 – Número de usuários na internet por 100 habitantes 12 GRÁFICO 2 – Discover Digital Life 27 GRÁFICO 3 – Estudo de Influência 29 GRÁFICO 4 – Crescimento da audiência do Facebook – Brasil 37 GRÁFICO 5 11
  • 6. RESUMO Este trabalho tem como objetivo revisitar a Web 2.0 sob a ótica de um conceito de marketing desenvolvido em uma realidade off-line e onde o compartilhamento, conteúdo criado por usuários, conectividade, tecnologia da informação e publicação possuíam outro sentido. Como referencial teórico, serão utilizados obras de autores como Kotler e Claudio Torres somados a pesquisas de agências publicitárias e monografias, além de estudos qualitativos de casos bem sucedidos dentro e fora do mundo digital. O estudo qualitativo foi escolhido devido a ser de “particular relevância ao estudo das relações sociais” (FLICK, 2009 p.20). Todo o conteúdo receberá primeiramente um embasamento teórico e um teste de aplicabilidade, praticado através de observações feitas pelo autor deste trabalho de forma a proporcionar uma visão ampla de algumas das melhores práticas em termos de relacionamento com o consumidor. Devido ao uso de material em língua estrangeira o autor deste trabalho optou por colocar uma interpretação em português destes materiais, prezando sempre manter a semântica e não uma tradução literal ou fonética. No estudo da aplicação dos 4C’s a uma realidade pós web 2.0, além de observação serão feitas pequenas inserções de termos técnicos da área de tecnologia e jargões usados pelos profissionais relacionados a web e ao marketing digital. Sempre explicados de forma objetiva e muitas vezes metafórica, de forma a facilitar o entendimento pelo leitor. Porém no decorrer deste trabalho ficará claro que o foco de
  • 7. um estudo da web 2.0 não deve ser a internet ou os fenômenos da web, mas sim os reflexos no comportamento do consumidor. Ao final deste trabalho alguns conceitos serão revisitados com base no novo elemento centralizador deste trabalho (o cliente) servindo como pedra fundamental para um panorama sobre a web e como as técnicas de marketing podem ser adaptadas para novas realidades. Como forma de continuidade deste trabalho o autor ira prosseguir em seus estudos sobre o consumidor digital e técnicas de marketing aplicáveis a essa realidade, porém não apenas baseado em suas descobertas e em um referencial teórico, mas em uma produção colaborativa através do site que está sendo desenvolvido para este fim. Provisoriamente estará no endereço http://www.sonarweb.com.br e com a publicação deste trabalho sob licença Creative Commons em sites de compartilhamento de documentos como o SlideShare.
  • 8. INTRODUÇÃO Em uma realidade pós revolução da informação, muito se fala sobre interatividade, internet e redes sociais, porém devido a falta de material teórico com densidade suficiente para orientar os novos profissionais ou reciclar profissionais mais antigos muitos erros são cometidos e muito dinheiro é mal empregado. Este trabalho pretende encarar este problema como uma oportunidade de expor teorias sobre este tema, porém está além deste trabalho esgotar um assunto tão rico e novo. A principal pergunta a ser respondida é: pode a ótica dos 4C’s explicar de forma completa fenômenos ocorridos após o surgimento da web 2.0? Ciente de que como conseqüência da falta de informação, especifica e aprofundada, as análises e estudos sobre o Consumidor Digital acabam caindo na armadilha de esquecer valiosos conceitos dos grandes mestres do marketing, dentre eles Kotler e Lauterborn. Para evitar isso foi escolhido estabelecer uma visão geral da web 2.0 usando como base os conceitos do 4C’s, casos, notícias em jornais e estudos de mercado. Com base neste conteúdo diversos elementos da web serão revisitados e discutidos. Também como conseqüência dessa falta de material teórico em livros, será necessário o uso do Monografias que apresentem um fragmento dos temas abordados neste trabalho. Dada a complexidade de alguns elementos faz se necessário usar um elemento central, neste caso ”o cliente” tentando assim elucidar alguns cantos obscuros sobre o porquê alguns negócios na internet dão tão certo e outros fracassam.
  • 9. Mesmo diante do fato de que os 4C’s são focados no consumidor ao invés das organizações diversos ajustes deverão ser feitos de forma a estabelecer uma correlação entre o teórico e o prático. Sendo o cliente como elemento centralizador é necessário, mesmo que superficialmente, inclusões de conceitos sobre os laços sociais, tema este também abordado em uma das monografias feitas na Pontificia Universidade Católica de São Paulo no ano de 2009. Segundo a aluna ORICCHIO (2009, p. 17): Os laços fortes são caracterizados pela intensidade existente tanto na proximidade, intimidade e no interesse em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Estes laços são encontrados nas interações sociais relacionais que ocorrem na Internet (em fotologs,weblogs, etc.). De forma a trazer os conceitos teóricos para a prática serão utilizados casos a serem analisados qualitativamente pelo método da observação empírica já que “este tipo de pesquisa pode ser habilmente organizado em uma seqüência linear de etapas metodológicas e empíricas” (FLICK, 2009 p.95)”. Isso faz se necessário devido a inexistência de casos já estudados sobre a web e suas conseqüências sob a ótica dos 4C’s. Isto para que ao término, o leitor deste trabalho seja capaz de entender a aplicabilidade dos 4C’s em uma realidade pós web 2.0.
  • 10. CAPITULO I – UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A WEB Redefinindo Internet Mesmo diante do fato de que o conceito do que é internet em 2010 já é algo implícito na vida da maior parte das pessoas fazemos afirmações erradas a cerca do que é, e como se define Internet. Este capitulo não tem a intenção de esgotar o assunto “definição de web”, mas apenas contextualizar o leitor de forma a entender de forma mais clara os capítulos que se seguirão a partir da segunda parte deste trabalho. Para facilitar o processo de entendimento é necessário primeiramente definir o que não é Internet: Internet não é algo tangível - Sua intangibilidade não vem apenas do fato de que não é possível mover, tocar ou carregá-la. Esse conceito é um pouco mais amplo já que não há uma central ou um responsável pela rede. Inclusive hoje não há mais formas de simplesmente desligar a internet, já que sua existência vem da interação entre diversos elementos tecnológicos, entre eles: computadores pessoais, servidores, smartphone, satélites entre outros elementos. Como conseqüência é muito difícil fazer afirmações quantitativas sobre os comportamentos da web; Internet não é o fato de um computador estar ligado a uma rede - Um computador pode estar conectado a diversas redes de compartilhamento de informações e de processamento como Intranets e Redes de processamento em paralelo; Internet não é WWW (Word Wide Web) - O www que vemos precedendo a maior parte dos sites que acessamos refere-se ao conceito de “como” são interligados
  • 11. os dados na internet. Esses dados podem ser basicamente: fotos, imagens, textos, vídeos e sons que são interpretados por um programa no computador denominado navegador; Internet não existe apenas no computador – O conceito de conectividade permite que muitos dispositivos possam se conectar com a internet de forma a visualizar e criar informação. Existem também formas indiretas de interação com a internet como, por exemplo, quando é enviado um SMS (do inglês Short Message Service) de seu celular para postar no Twitter. Para isso seu celular não precisa estar diretamente ligado a uma conexão web, mas sua operadora se encarrega de converter sua mensagem em um post no Twitter. Neste caso é necessário sempre estabelecer paralelos entre as informações na web e seus reflexos no mundo off-line Agora que alguns erros comuns sobre a definição de Internet foram evitados podemos definir internet como: “Um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados”. (Wikipédia, 2010) Vale ressaltar que a fonte dessa definição foi escolhida propositalmente por referenciar um site que representa a Web 2.0 de forma muito clara.
  • 12. Nos último 10 anos o crescime os s ento da inte ernet tem s sido muito g grande entre os países desenvolvidos, poré houve uma acelera ém ação nos últimos 5 ano no cresc os cimento envolvidos criando ass um mer dos países dese c sim rcado poten ncial muito interessant de te xplorado. Em contrapa ser ex E artida também aument o nume de agen tou ero ntes com o poder de inf fluenciar o comportam c mento de um Consumid Digital. Tais agent como: g m dor tes grandes marca pessoas influentes grandes agências de publicidad empres de tecnologia as, s s, a e de, sas e etc direcionam uma verba cada vez maior a es mídia em uma tenta m a sta m ativa de difere enciação. Ressalto deu que a própria cria d p ação da Inte ernet foi alg quase qu acidenta Após go ue al. o lanç çamento do soviético do Sputnik em plena g o d guerra fria o EUA cria os aram a ARP PA (Defense Advanc Research Projects Agency o Agência de Projetos de Pesqu ced ou s uisa
  • 13. Avanç çada), agên ncia esta re esponsável pela criaçã da ARPA ão ANET uma rede que u usava a transm missão de informação por pacote es. Essa transmissão de informaçã por paco e ão otes foi à pe edra fundam mental na c criação da AR RPANET e do que viria a se torna a interne Simplifica a ar et. ando ao má áximo, esse es “paco otes” seriam mais pare m ecidos com contêinere já que es process é similar ao de es sse so r logística nos por rtos onde diversos iten são entre ns egues em u mesmo contêiner. Um um pacote leva alguns fragmen ntos de info ormação qu trafegam pena rede conhecida hoje ue m e a como internet. A abertura dessa red para uso comerciall se deu em 1988, por a de o m rém apenas no s ano seguinte (19 989) que su urgiram os provedores comerciais neste inic limitand p s s, cio do-se apena a alguns serviços como o corr as s c reio eletrôn ico que ma tarde se tornaria o e-mail ais como conhecem hoje. Es foi apen o inicio da revoluç mos sse nas o ção, já que muita coisa a mudo desde a criação do primeiro we ou ebsite com o uso de H Hiperlinks fe pela eito organ nização W3.
  • 14. A chegada da Web 2.0 “A tarefa do marketing consiste em mensurar o tamanho do Mercado potencial e desenvolver produtos e serviços que satisfaçam a demanda.”(KOTLER, 2000, p.28). Baseado nesta afirmação de Kotler podemos inferir que um dos papeis do marketing é tratar o mercado potencial, porém nem sempre o planejamento de marketing executa essa tarefa. Quando falamos de web 2.0, devemos nos lembrar que este não é um fenômeno planejado, mas sim um conceito para auxiliar o estudo na nova realidade que se seguiu ao permitir que pessoas comuns pudessem contribuir com seus conhecimentos e opiniões em uma rede mundial. É possível teorizar que parte da população sempre teve o anseio de propagar sua palavra aos quatro ventos, porém este recurso sempre esteve restrito a poucos. Desde a invenção do “tipo mecânico móvel” por Gutenberg uma revolução na forma com que a informação é produzida e distribuída começou. Através desse processo, a impressão de notícias se tonou algo muito mais simples o que possibilitou a criação da imprensa como vemos hoje. Porém essa mudança não foi o suficiente para saciar o desejo por produzir e compartilhar informações já que ainda permanecia um processo elitizado e de custo elevado. Com a liberação para o uso comercial da internet em 1988 foi possível que os custos de publicação de conteúdo se tonassem progressivamente menores até que em 2004 fosse notado um fenômeno nomeado de web 2.0. Esse termo foi cunhado pela empresa estadunidense O'Reilly Media após perceber que fontes colaborativas de conteúdo como as Wikis e Fóruns estavam crescendo em progressões geométricas.
  • 15. Também por volta de 2004 foi criado o termo Folksonomia, palavra derivada da junção de Taxonomia (uma maneira de indexar informações) mais Folks (que pode ser traduzido livremente como “pessoas”). Em outras palavras a Folksonomia marca mais um ponto da web ao aceitar que a informação deixaria de ser organizada por entidades e governos e passaria a ser organizada por pessoas. Ressalto aqui que o Google assumiu um papel fundamental neste processo. Mesmo que a empresa não se enquadre na definição de um website 2.0 ela permitiu que achássemos a informação mais relevante independente de sua fonte. O Google utiliza um algoritmo baseado em Crawler de páginas e Rankeamento. Para fins didáticos podemos definir Crawler como “apropriação da informação para organização”. Essa “apropriação” foi fundamental ao permitir que páginas que não eram conhecidas pelo público geral pudessem ser localizadas, baseadas em sua autoridade e relevância, graças ao sistema de Pagerank1. Hoje o sistema que define a ordem em que um site aparece é muito mais complexo. Devido a essa complexidade são criados diversos estudos usados em marketing digital denominados SEO2 (Search Engine Optimization). Resumindo a web 2.0 foi a soma de uma necessidade latente de expressar informações e compartilhar conhecimento, um meio barato onde publicar essas informações e uma ferramenta que permitisse localizar essa informação. 1 PageRank™ é uma família de algoritmos de análise de rede que dá pesos numéricos a cada elemento das páginas da Internet, definindo a ordem em que as páginas aparecem 2 Otimização de Sites é o conjunto de estratégias com o objetivo de potencializar e melhorar o posicionamento de um site nas páginas de resultados naturais (orgânicos) nos sites de busca.
  • 16. Sempre que falamos em Internet, hoje em dia, devemos entender como web 2.0 já que essa é uma classificação da própria internet que representa a atual dinâmica de troca de informações e hábitos do consumidor nos meios digitais.
  • 17. CAPITULO II – MARKETING E SUAS DEFINIÇÕES Os 4C’s de Lauterborn Robert Lauterborn definiu o composto de marketing em 4 C’s ao analisar os 4 P’s sob a ótica daquele que compra (cliente) ao invés daquele que vende ou presta o serviço. Sendo assim os 4 C’s seriam:  Consumers Wants and needs  Cost To Satisfy  Convenience to buy  Communication Em português esse acrônimo foi traduzido como:  Necessidades e Desejos do Consumidor  Custo para satisfazer o Consumidor  Conveniência para comprar  Comunicação. Didaticamente os 4 C’s são comumente resumidos e explicados como:  Cliente: Equivalente ao P de Produto define aquilo que o cliente precisa e deseja.  Custo: Equivalente ao P de Preço, porém está muito mais ligado a percepção do que a um valor numérico, já que no momento da decisão de compra o cliente ira avaliar sob diversos aspectos o custo de um produto ou serviço
  • 18. levando em consideração a: comparação com produtos similares ou substitutos, condições de pagamento etc.  Conveniência: Está ligado a acessibilidade ao cliente. Seria o equivalente a praça.  Comunicação: Equivale a Publicidade, mas se levarmos em consideração uma análise semântica, comunicação é bilateral enquanto publicidade é essencialmente unilateral. 4C’s VS 4P’s “Os 4 P's representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar os compradores. Os administradores de marketing podem controlar cada ferramenta do composto de marketing, mas as estratégias para os quatro componentes devem ser combinadas para a obtenção de resultados finais.” (KOTLER, 2000, p. 37) O parágrafo acima define de forma clara como Kotler possuía uma visão onde as ações devem ser feitas em uma via que vai das organizações para os consumidores. Em uma realidade da web 2.0 o fluxo de informações e de ações é o oposto. O modelo de 4 P’s idealizado por McCarthy e difundido por Kotler tem sido um modelo tradicionalmente utilizado pela maioria dos profissionais e educadores, porém o mundo mudou muito desde a criação deste composto e novas variáveis foram adicionadas equação. Em Marketing Interativo (LAS CASAS, 2010, p.27) há uma explicação resumida bem interessante sobre os 4 C’s:
  • 19. De acordo com Lauterborn (1990) estamos em uma nova era: a Era da Informação, dos Serviços e dos Clientes. A era industrial esta agonizando e estamos no meio de uma nova era: a da informação. As empresas que estão dominando o mercado são empresas sem fabrica, centradas em grande capital, produção de conhecimento, informação e serviços. A teoria dos 4P’s, ainda de acordo com Lauterborn (1990), não tem a mesma utilidade do passado. Hoje é necessário se concentrar em conceitos mais compatíveis com a atualidade como, por exemplo, o conceito dos 4C’s (cliente, custo, conveniência e comunicação) a teoria Lauterborn é aborda de por outros autores e Professores inclusive por Kotler (2003, p.17) Concentrar-se no cliente é entender co que é importante para ele e apresentar o produto de acordo com seus desejos ou necessidade, com custo satisfatório (...) O trecho apresentado deixa claro o caráter de identificação da teoria de Lauterborn com o atual cenário, porém sua teoria não foi feita exatamente para uma realidade, pós internet, mas para uma realidade pós revolução da informação, sendo assim alguns ajustes deverão ser feitos para que possa compreender toda amplitude da web 2.0. Necessidade de diferenciação A estratégia de diferenciação é uma realidade independentimente do mercado porém quando tratamos de um consumidor Digital essa diferenciação se torna mais importante. Mesmo fora do contexto de internet a diferenciação assumiu um carater fundamental nas organizações. O processo interativo (que ocorre no mercado quando as empresas concorrem entre si buscando satisfazê-lo) e o conjunto de decisões estratégicas de uma companhia que interferem no
  • 20. comportamento do consumidor e dos demais públicos de seu interesse e também nas estratégias dos concorrentes. (MARCHIORI, 2006) Em um ambiente competitivo como hoje, a diferenciação é algo extremamente importante para a sobrevivencia das empresas, sendo assim é importante sempre ir além das teorias básicas e pensar em como entregar o melhor, de forma diferenciada. O jornal britãnico Director fez a seguinte observação sobre a diferenciação online: A customização e, mais particularmente, a personalização são fatores essenciais para criar e sustentar a vantagem competitiva na internet. As empresas podem conseguir isso com seus websites criando “alternativas de custo” para os consumidores e obterão as informações de que precisam para diferenciar ainda mais suas ofertas. Sem isso, muitas inovações na Internet são faceis de serem copiadas. Uma marca estabelecida pode ajudar, assim como um vasto arquivos pode imitar rapidamente o que você está fazendo (Pearson, 1998). Assuntos importantes para empresas que pensam em marcar a presença na Web são como fazer para mudar de serviços existentes simplesmente copiados em forma eletronica para a personalização e desenvolvimento de novos serviços, como facilidade de ajuda online nas experiências de multiplos usuários. As empresas tembém precisam decidir se desejam capiturar uma parte maior da “cadeia de valor” para o produto – por exemplo ao eliminar distribuidores ou fornecedores – e como isso pode ser conseguido. O problema principal é se alguma pessoa vai ou não fazer o movimento de qualquer forma e, assim, minar a posição competitiva (Pearson, 1998) Embora a web seja o campo perfeito para a Inovação e a Diferenciação, por não possuirem uma visão ampla, muitas empresas desperdição essa oportunidade apenas copiando as estratégias já utilizadas por outras empresas do que investindo em inovações. Um exemplo disso são os Jornais impressos, até a chegada dos blogs eram a fonte mais comum de consulta para atualização, porém com a popularização da internet
  • 21. onde cada um pode expressar sua opnião iniciou-se uma revolução em como a informação era produzida. Como parte de um plano estratégico alguns jornais tentaram atacar os blogs mostrando que não deveriamos dar credibilidade para qualquer um que escreva na web. Um caso clássico desta briga foi a veiculação de um comercial pelo jornal “Estadão” onde os blogueiros são representados como “micos”. Devido as repercussões negativas o “Estadão” soltou diversas notas públicas informando que a intenção da campanha não fora comparar todos os Blogueiros com “micos” mas sim mostrar que devemos sempre ver a credibilidade de quem está veiculando alguma informação. Como resultado a campanha foi retirada do ar. Independente da atitude e da postura adotada pelo jornal “Estadão” diversas funcionalidades antes exclusivas de Blogs foram incorporados a seu site entre elas podemos destacar:  Possibilidade de comentário: permitindo que o leitor, discuta e acrescente informações a cada matéria;  Conteúdo produzido por usuários: cada leitor passa a ser um correspondente não remunerado, podendo mandar videos e fotos sobre eventos que estão ocorrendo;  Compartilhamento de matérias: ao ler uma matéria interessante o usuário pode enviar aos amigos do Facebook, twitter e outras redes sociais o titulo da matéria e um link para ler integralmente;
  • 22. Essa nece essidade de se adequa ao que e e ar estava ocorrendo, copiando elem mentos, nasce justamen por uma deficiência em criar coisas novas, monitor tendênc eu nte a rar cias e tentar aplicar mo r odelos ultra apassados de planejam d mento estra atégico em marketing. Na contra mão temos um ótimo exemplo da antecipaç de tend s a ção dêcias feita pelo a Portal da MTV. Ao invés de atacar os blogueiros enchergou uma oport A e u tunidade de e ganha conteúdo ao se alia aos Blogs Com ess conceito surgiu o at ar o ar s. se tual portal d MTV. da Neste por os Bloqueigos pod rtal dem incluir s conteú mediante ao um pequeno seu údo contra com iss a MTV ganha uma força motriiz de conteúdo muito m ato, so g maior que qualquer jornal. Como cont traparte ela oferece um vitrine c ma capaz de alç o núme de çar ero acess dos parti so icipantes a níveis muit maiores. Outro pont que vale destacar n to to neste portal é o uso da ferramen as ntas sociais como o Tw s witter, Face ebook, Orku e Myspace. ut Atualm mente as maiores redes sociais. m
  • 23. O exemplo da MTV mostra como é necessário pensar além das convenções atuais em termos de comunicação. A digitalização, e chame como se chame, a plataforma ou a tecnologia que se utilize para trasladar, conectar, emitir, difundir mensagens, serão as mesmas mensagens, as que se mantenham como prioridade na interação daqueles que conversam, compram, promovem, falam etc. A Internet fez a mudança, a ruptura ou mais complexamente ‘a disruptiva’ de um modelo de comunicação e de negócio que tinha de um lado as empresas (de notícias, entretenimento etc.) e de outro um conglomerado de pessoas agrupadas sob o conceito de massa. (DOURADO, 2009, p.14) Também é preciso destacar que não apenas uma área que deve estar conectada em uma empresa para promover um ambiente que permita a criatividade. (...) é importante considerar que um planejamento de mídias sociais não deve estar restrito a gerência de marketing e/ou comunicação. A construção desse planejamento de comunicação deve envolver toda a diretoria e demais gerências da empresa, pois estarão sendo construídos novos canais com o público consumidor dos produtos, um canal em que o tempo e a qualidade desta resposta serão fundamentais. (DOURADO, 2009, p.14) Web 2.0 não é apenas o uso de redes sociais, mas sim fazer uso de elementos colaborativos. Entre eles comentários, possibilidade de compartilhamento e interação. Como fruto dessa interação são gerados diversos dados que servem de apoio a decisão. Um livro aborda muito bem essa possibilidade, alertando para o aparecimento dos chamados “Numerati”, matemáticos e estatísticos capazes de prever o comportamento humano em ambientes digitais. Backer (2008, p.5) afirma que se existem pessoas capazes de criar um “mosaico humano” minuto-a-minuto denominados
  • 24. são os chamados “Numerati”. Esses profissionais são verdadeiros mineradores de informação (daí o termo data mining), normalmente matemáticos e estatatísticos por formação, estabeleçem relacoes entre os hábitos de consumo de milhões de pessoas, podendo oferecer o produto certo, no momento certo a cada consumidor. Porém toda esse mundo de possibilidades só se torna possível com um número significativo de dados. O que pode ser conseguido através da soma de informações “sociais” com informações dos hábitos de consumo. Marketing Digital e de Interação Por se tratar de uma nova área de estudo, não há uma definição comum sobre o que é Marketing Digital e Marketing de Interação. Mesmo o autor LAS CASAS recorre a outro autor na hora de definir o que é marketing de interação. De acordo com Cerri (2008), o conceito mais amplamente aceito é que marketing interativo é uma ferramenta de marketing e consequentimente um novo marketing direto (...)(LAS CASAS, 2008, p. 31) Enquanto Marketing Digital normalmente é descrito como ações ou técnicas de comunicação que fazem uso de midias digitais, sendo midias digitais entendidas como: Celulares (mobile marketing) e Internet (web marketing). Em websites americanos normalmente vemos a expressão “Marketing para o consumidor digital” (Marketing to the digital consumer) definição essa que usaremos
  • 25. como guia, afinal não é o marketing que se “tornou digital”, mas sim o consumidor que adiquiriu novos hábitos. Mesmo sendo essa uma pequena diferenciação semãntica é importante destaca- lá porém sem estender-la afim de garantir uma compreensão clara das afirmações que serão feitas ao longo deste trabalho.
  • 26. CAPITULO III – TRABALHANDO CADA UM DOS 4C’S Consumidor Lauterborn substituiu Produto por Consumidor, ou para ser mais exato “Consumers Wants and needs”. Este deve ser o guia fundamental para as ações e planos que a área de marketing possa fazer, pois é o consumidor que garante o funcionamento de toda a cadeia de produção. Mesmo para Kotler. “Uma empresa junta-se a fornecedores e intermediários de tal modo que pode fornecer eficazmente produtos e serviços apropriados para seu mercado-alvo.” (KOTLER, 1993, p.173) Em outras palavras, sem mercado-alvo, ou sem consumidor todos os outros agentes perdem o sentido. Sendo assim é extremamente conhecer 3 aspectos:  Quem é seu público alvo;  Quais os hábitos de seu consumidor;  Quais são suas necessidades. Steve Jobs, SEO da Apple segunda maior empresa em valor de mercado do mundo, afirma que “as pessoas não sabem o que querem até que você mostre a elas” sendo assim o marketing deve ir além de seguir tendências, deve ser capaz de entender o que um consumidor realmente necessita. Utilizando dados da população mundial do Seade(Sistema Estadual de Análise de Dados) e cruzando com os dados de acesso do Internet World Stats é possivel estimar que apenas 26% da população mundial tem acesso a internet, porém em
  • 27. nume eros absolut esse nu tos umero repre enta: 1.668 8.870.408 p pessoas seg gundo a Int ternet World Stats. d Só no Bra são 75.943.600 co em méd 28,9 ano O que representa 3 asil om dia os. 37,8% da po opulação. Quanto aos hábitos soc Q brasileiro te em méd 231 amigos em ciais cada b em dia redes socias com Orkut, Facebook etc. s mo F e Desses 37,8%, 26% são classif ficados com “Knowle mo edge-Seeke ou ers” “Caça adores de conhecimen c ntos”. Este estudo divide os usuá ernet em 6 grupos: ários de inte Influencers, Com municators, Knowledge e-Seekers, Networker Aspirers e Function rs, nals. Sua classificação vem de seus hábitos na interne c o s s et.
  • 28. Influ uenciador (Influe res encers) É definido pela frase “A interne é uma pa vital da minha vida São os o e, et arte a a”. chamados “Heav Users”, pessoas qu acessam a intenet d vários lo vy p ue m de ocais e são em grand parte pro de odutores de conteúdo e apaixona e ados por red sociais Nas agên des s. ncias de public cidade espe ecializadas em interne esse perf também é comumen chamad de et fil nte do “Produtor de Con nteúdo” e são 15% do usuários de internet no Brasil s s os t segundo o estudo. No Brasil temos algu exemplos dessas pessoas co uns onhecidos p muitos na por Web, entre eles: o Interney (fundador da agência pólvora e do Interney Blogs) e o y a y Felipe Neto um Videologue 3 que ficou conhecido na interne por seu c e V er u o et canal no Yo outube “Não Faz Sentido” onde ele expressa sua opnião sob um te e o ema. 3 Videoologuer é um neologismo derivado de Videolog e def d V fine o produto de conteúd que se exp or do pressa através de vídeos. Normalmente esses vídeos possuem um duração e s N e s ma entre 5 à 10 m minutos são colocados a disposiição do usuár final em sit como o Y rio tes Youtube e Videolog.
  • 29. s brities4” que se enquadram neste grupo. Pe Porém nã é apenas “webceleb ão e e essoas sem tanta visibili idade na web hoje tem um grand poder de dissemina m de e ação de sua as opniões, sendo assim, é preciso lembrar que o C de Consumidor, quando se trata de a web 2.0 assume um carater não só de cliente, m também de Midia. 2 e e mas m Quando pensamos em cosumid p e dores digita no plano estratégic de mark ais, co keting temos de levar em consideração esse público co capacida de amp s e e om ade pliar o alcance de uma mensagem exponencialmente. Para se ter u m uma idéia d números o Felipe N de s Neto sozinh possui (até 31/10/ ho, /2010) 10.9 982.659 exiibições de s canal d Youtube seu do e. Digam que um marca o atenda ma em seu S mos ma al SAC, potenc cialmente e será cap de ele paz influenciar o consumo de mais de 10 milhões de pessoas a não compr m m rarem mais esse s item. 4 Neoloogismo comumente usado para definir as pessoas q conseguir o a que ram atingir um certa fama através ma a de víde eos, blogs e sites. Um outr fenômeno bem interess s ro sante são as “ “Cross-Midia- Celebrities”, um - exemp desse tipo de “celebrida plo ade” é a Twitt tess que ficou famosa na internet e dep u pois conseguiu aumen sua projeção participan de um Re ntar ndo eality Show, ttornando-se a assim uma “c celebridade” te elevisiva.
  • 30. Como medida de influência de uma pessoa em um ambiente digital foi criado uma métrica chamada Klout, através de um cálculo matemático usando o número de mensagem que um usuário coloca nas redes sociais e no quanto essa mensagem influencia as mensagens de quem recebe é possivel chegar a um índice que mostra a capacidade de influência de uma pessoa. No gráfico 3 (na página anterior) é mostrado em vermelho o próprio Felipe Neto as demais esferas são as pessoas que tem o poder de influenciá-lo. Como “Score” este mesmo usuário recebeu uma classificação de 46 pontos em uma escala que vai até 100. Algumas celebridades possuem uma maior influência, como é o caso do Luciano Hulk que possui 76 pontos. Vale resaltar que esses números representam o poder geral de influência de uma pessoa, porém quando se trata de internet devemos levar em consideração os nichos de mercado onde mesmo com um poder geral menor, um usuário pode influênciar as vendas de uma empresa de forma significativa. Um caso bem interessante disso é o blog “Joven Nerd”, especializado em cultura POP. O caso é apresentado abaixo: A Batalha do Apocalipse O CASE começou quando Eduardo Spohr, jornalista, amigo dos criadores do Jovem Nerd escreveu um livro de ficção. Como qualquer novo autor, Spohr encontrou dificuldades para publicar sua obra, embora tivesse vencido um concurso literário com ela. Com a inauguração da Nerdstore, o Jovem Nerd decidiu fazer um podcast5 especial com o autor falando sobre o assunto que 5 Podcast pode ser considerado uma nova mídia por serem programas normalmente em áudio ou vídeo e entregues por um sistema de Feeds a um agregador. Seu nome vem da junção das palavras iPod + Broadcast. No caso citado, esse podcast em questão é um programa em áudio semanal.
  • 31. envolvia seu livro. O objetivo era divulgá-lo e vendê-lo exclusivamente na Nerdstore6. Jovem Nerd. Apenas 5 horas depois da publicação do podcast especial, todas as 70 cópias que a loja tinha em estoque foram vendidas. A demanda foi intensa. Como conseqüência, o Jovem Nerd e Eduardo Spohr investiram em mais 500 cópias e as colocaram em pré-venda no site. Em apenas 1 semana que separou a pré-venda do lançamento, mais de 250 cópias foram encomendadas (à esquerda). Desde então, ‘A Batalha do Apocalipse’ tornou-se o produto mais procurado da Nerdstore. Nasceram discussões sobre o livro em fóruns, comunidades no Orkut e até encontros dos leitores com o autor (...) (JOVEN NERD, 2010. Disponível em: http://www.jovennerd.com.br) Hoje o livro é vendido pela editora: Verus e figura na prateleira de livros mais vendidos na Livraria Saraiva. Este é um caso interessante de como um produtor de conteúdo pode influenciar um produto. Vale resaltar que o site Joven Nerd foi fundado por apenas duas pessoas e que atualmente recebe mais de 1,7 milhões de usuários, sendo que um desses fundadores é o próprio “Joven Nerd” que dá o nome ao site. Comunicadores (Comunicators) Explicados no estudo como pessoas que adoram falar e se expressar. São usuários que utilizam massivamente a internet para se comunicar com outras pessoas. Em essência são os multiplicadores perfeitos e em uma estratégia de marketing esse tipo de consumidor deve ser tratado com um verdadeiro exercito a serviço ou contra uma marca. No Brasil eles representam 15% do total de usuários de internet, nos Estados Unidos esse percentual cai para 11% 6 Nerdstore: é um e-commerce de produtos ligados ao tema do Blog (cultura nerd/pop). Lá são comercializados itens como canecas, toalhas, camisetas, miniaturas de personagens etc. Este e- commerce é uma das fontes de receita do site.
  • 32. Quando pensamos no número de amigos que cada p p n pais possui em média, os i brasile eiros possu uem 231 am migos, isto é, cada Co omunicador pode influe r enciar em m média 231 pessoas dire p etamente. O estudo mostra um panorama geral dest usuário, m para o marketing vale m a te mas g destacar que est tipo de consumidor acha que a marcas podem ser Intrusivas, para te c as que uma marca possa dialo ogar com esse tipo de usuário é necessário assumir um e o ma onalidade” transformando a marc em mais um de sua lista de am “perso ca s a migos. Para isso a divers aspecto como: Li sos os inguagem, identidade visual, tem de resp mpo posta de um ma solicit tação, autonomia para resolução de problem dado a gestor da rede social, tipo a mas ao a de conteúdo e fr requencia de postagem d m. Um caso de marca que dialoga muito bem com os us q a m suários utili izando essa a técnic é o Ponto Frio. Ela consegue isso graças a seu twitt @ponto ca o i s ter ofrio, onde a marca assume a personalid a dade de um especialis em tecn m sta nologia, preocupado em m compartilhar as maiores no m ovidades em termos de produto. m e
  • 33. A forma de dialogar é muito sim d milar ao dos sites de te s ecnologia c como Gizmo odo, essa semelhança não é me conheci s era idência, ass a marc pode se posicionar no sim ca nicho de quem adora tecno a ologia (tamb bém chama ados de Tec cnolovers), atingindo n não apena os Comu as unicadores, mas tamb , bém osInflue enciadores que nesse caso são s, e o blogueiros e afic cionados po tecnologia em busca de pauta para seus artigos. or a Caça adores de Conhec e cimento (Knowled ( dge-Seeke ers) São aque eles que usa a intern para gan am net nhar conhe ecimento, in nformação e para se auto-educarem. Esses são os cons s sumidores q fazem uso dos div que versos tutoriais e progra amas de tre einamento online. Com o crescim m mento do Yo ouTube e c consequent timente dos tu utoriais em vídeo os auto-didatas se tornara cada ve mais com s am ez muns. Eles são músicos, es m scritores, programado ores e até o operadores de bolsa de valore com a fa es acilidade em localizar conteúdo e diversas mídias na internet, ca vez m c em s ada
  • 34. mais cresce o numero de pessoas capazes de criar sem nunca terem ido a uma escola formal. Porém isso traz uma desvantagem, a ploliferação de pseudo-especialistas, pessoas que por lerem um eBook sobre determinado assunto se julgam especialistas nele e inclusive são pagos por isso. Para uma marca esse tipo de consumidor pode ser bastante valioso, pois seu engajamento e capacidade de aprendizado podem ser interessantes para serem usados na criação de um novo produto. Um exemplo de uso desta vantagem é o caso da Fiat, com seu Fiat Mio, um carro Creative Commons7. Sua concepção foi feita aliando as sugestões de diversos usuários. Como suporte a Fiat oferece diversas inspirações. Vale destacar o nível de conectividade encontrado no site, onde o usuário pode conectar-se usando diversas redes sociais e 7 O Creative Commons é um projeto global, presente em mais de 40 países, que cria um novo modelo de gestão dos direitos autorais. No Brasil, ele é coordenado pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Ele permite que autores e criadores de conteúdo, como músicos, cineastas, escritores, fotógrafos, blogueiros, jornalistas e outros, possam permitir alguns usos dos seus trabalhos por parte da sociedade. Assim, se eu sou um criador intelectual, e desejo que a minha obra seja livremente circulada pela Internet, posso optar por licenciar o meu trabalho escolhendo alguma das licenças do Creative Commons. Com isso, qualquer pessoa, em qualquer país, vai saber claramente que possui o direito de utilizar a obra, de acordo com a licença escolhida. (CreativeCommons.org, 2010, Disponível em: http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=80)
  • 35. entos da we 2.0 tais como RSS8. eleme eb c Relacionáveis (Networkers) s Esses não aqueles que usam a web como uma ferra o q o amenta de r relacioname ento. Normalmente es papel é assumido, ao menos momentãn sse neamente p quase to por odos os usuár rios modern de inter nos rnet e mobile. Seu objetivo maior na internet é estabelec conexõe e amplia sua rede de n cer es ar relacio onamentos Diferente dos produt s. tores de co onteúdo, es sses usuário se coloc os cam em um ní ível muito mais acessivel as pess m soas com q se relac que ciona. 8 RSS é usado princcipalmente em sites de notícias e blogs A tecnologia do RSS per m s. a rmite aos usu uários da interne se inscreverem em sites que fornecem "feeds" RS contendo a et m SS apenas o conteúdo do site livre de e, design.
  • 36. Tabela 1 - Pesquisa e uso de Redes Sociais / Blogs por Pais % de usuários Tempo por Pais ativos Usuário Brasil 86% 05:03:37 Italia 78% 06:28:41 Espanha 77% 05:11:44 Japão 75% 02:50:50 Estados Unidos 74% 06:35:02 Reino Unido 74% 05:52:38 França 73% 04:10:27 Australia 72% 07:19:27 Alemanha 63% 04:13:05 Suiça 59% 03:43:58 NIELSEN, 2010. Disponivel em: http://blog.nielsen.com/nielsenwire/global/social- media-accounts-for-22-percent-of-time-online/ Segundo estudos da Nielsen, o usuário Brasileiro passa em média 5 horas em Redes sociais e Blogs, porém o pais que passa mais tempo nas redes sociais é a Austrália, com mais de 7 horas por dia. O Brasil possui o maior número de usuários cadastrados e ativos em redes sociais. Este estudo na Nielsem aponta o “Fenomeno Orkut” como sendo o maior responsável por esses números. Isto porque após a sua chegada no Brasil (em 2004), com apenas 1 ano de vida, já possuia em seu cadastro mais de 50% da população com acesso a internet. O fato do Orkut ter sido o mais popular no Brasil não foi explicado de forma contundente até o momento por nenhum estudioso desta área, porém o suporte a lingua portuguesa e a falta de concorrência, podem ser apontado como um dos
  • 37. lidade9 tam principais fatores . A Usabil s mbém pode ter sido um dos princi m ipais responsáveis já que sua interfa continu sendo um das ma simples de todas as redes soc e ace ua ma ais s ciais. Atualmente a rede social que mais cresce hoje no Br m e rasil é o Facebook. De evido a seus recentes es sfoços em entrar em paises eme p ergentes o Facebook c cresce a qu uase 10% a cad mês. da O uso de redes socia para dia ais alogar com o cliente p pode ser considerado u uma das té écnicas mais eficientes de “marke eting um-a- -um” sendo que o “ma o arketing um m-a-um”, cujo objetivo é “p o possibilitar à empresa tratar seus clientes in s ente e, assim, ndividualme desen nvolver um relacionam mento come ercial durad douro com e eles” (PEPP PERS, ROG GERS, 1997, p. 82). 9 Usabbilidade é o co onceito utilizado para desccrever a qualiddade da inter ração de uma in nterface diante de seus usu e uários. A usab bilidade é rela acionada à efficácia e eficiê ência da inter rface diante do usuário e pela reação do usuário dia d ante da interfface.
  • 38. Entrantes (aspirantes) Esses são os chamados usuários entrantes. O estudo Digital Life utiliza a frase “usuários em busca da criação de um espaço pessoal online”. Normalmente esse usuário acessa a internet através de LanHouses ou de Cafés. No Brasil, muitas vezes, esse tipo de usuário nem possui um computador. As lan houses passaram a ser, em 2007, o principal local de acesso à internet no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br). No total, 49% dos internautas brasileiros utilizam a rede em locais públicos pagos. As lan houses tiveram o maior crescimento na comparação com a pesquisa de 2006, quando eram utilizadas apenas por 30% dos internautas. O acesso doméstico se manteve estável: 40% dos usuários têm conexão com a rede em casa. (G1, 2010. Disponivel em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL355439- 6174,00- LAN+HOUSES+PUXAM+CRESCIMENTO+DA+INTERNET+NO+B RASIL+DIZ+ESTUDO.html) Devido ao alto custo a internet irrestrita ainda está a disposição de poucos, porém com o uso em centros de acesso como Lan Houses, Telecentros e outros centros comunitários pessoas que não seriam incluidas a comunidade digital encontram uma alternativa. Do ponto de vista corporativo o maior desafio garantir que seu conteúdo seja acessivel independente da qualidade do Hardware usado pelo Cliente. Isto já que estes centros comunitários, normalmente, não dispoem de uma infra-estrutura de ponta para acesso a internet. Sendo assim o uso de tecnologias de alta penetração como o PHP10 10 PHP é o acrônimo recursivo de Hipertext Preprocesor. Uma linguagem de programação que é processado no servidor, gratuito e independente de plataforma, rápido, com uma grande livraria de funções e muita documentação. Justamente por não depender do hardware do usuário essa tecnologia é ideal quando se quer manter a compatibilidade com o maior número de dispositivos.
  • 39. e o HTML11 devem ser usadas. Outro ponto importante quando lidamos com esse público é o fato de que ele não estará online a todo o momento, sendo assim ao oferecer o feedback sobre uma compra, por exemplo, deve se levar em consideração o fato de que se for informado o atraso de uma mercadoria por e-mail o usuário pode ficar insatisfeito simplesmente por não ter tido acesso a um computador entre a compra e a data planejada para entrega. Isto pode causar insatisfação ao Cliente. O uso de comunicação nas redes sociais aliado ao marketing de conteudo também é fundamental, já que: O marketing nas mídias sociais envolve basicamente relacionamento com seus clientes através da Internet.O conteúdo, gerado no marketing de conteúdo, é peça chave deste processo, pois ajuda a manter uma conversa mais constante, e portanto facilita o relacionamento. (TORRES, 2010, p.12) Porém não é suficiente estár presente em uma rede social, uma marca deve entender qual canal é utilizado por seu cliente, quais são seus habitos e principalmente quais são suas limitações. Com isso é possivel reduzir os custos de ações e maximizar os resultados, não apenas em vendas, mas em ganho de valor a marca. Funcionais (Functionals) Para esses usuários á internet se resume a apenas uma ferramenta. Nomalmente seu uso da internet não vai muito além das ferramentas de e-mail. Sendo assim é o usuário mais dificil de ser atingido quando elaboramos uma planejamento de marketing digital. 11 Ao contrário do que se pensa HTML não é uma linguagem de programação, mas uma linguagem de marcação. A diferença é que o HTML não precisa ser processado, apenas interpretado o que garante o uso mínimo de recursos de hardware.
  • 40. Paradoxa almente ess perfil de usuário cos se stuma ser u dos que mais com um e mpra na internet segundo os estudo o os. Muitas ve ezes esse usuário aces a intern de um c u ssa net computador corporativ sua vo, principal ferrame enta de trab balho. Para atingir ess usuário o plano estr se ratégico de e marke eting digital deve inclu ações off uir f-line. Parece paradoxal utilizar estra u atégias trad dicionais qu uando falam em um novo mos m tipo de usuário mas para esse tipo de usuário está seria a ação ma correta. Uma o o, a o, a ais ação fe seguind essa linha foi a usa pelo re eita do ada estaurante O Outback. Em parce com a empresa Ma eria e akesys foi d desenvolvid uma apl do licação para a substituir o cardá ápio tradicio onal. O sist tema ainda está em te a estes, mas é uma alternativa bem interessante para mos e strar o poten ncial de um tecnolog ma gia.
  • 41. O usuário pode ser treinado para usar a aplicação no restaurante e posteriormente utilizar a internet para ver o menu e escolher previamente o que deseja comer. Quando falamos de um consumidor moderno temos de levar em consideração seu estilo de vida digital, mas não devemos esquecer das segmentações usadas comumente no marketing tais como: idade, sexo, poder aquisitivo, grupos de interesse localização etc. Essas denominações de perfis servem apenas para que nomento de um planejamento de marketing o profissional possa reconhecer que um mesmo cliente deve ser analisado sob diversas óticas afim de definir qual a abordagem mais eficiente. Quando pensamos em estratégias modernas de marketing devemos pensar em experiencia. “Não importa o local ou a empresa, desde cafeterias a serviços de bordo de aviões, as empresas estão criando e oferecendo experiências que podem ser vividas seja por consumidores seja por clientes organizacionais, e que têm o poder de criar valor de produto em tudo aquilo que é produzido. Ainda segundo o autor, é preciso considerar a amplitude e a profundidade que podem ocorrer com a criação de experiências, as quais geram novas oportunidades para os consumidores, afetando, assim, a percepção de valor do bem ou imagem da marcam a mente do público.” (FISK, 2006, p. 254) Para Schimitt (1999, p. 64), torna necessário enxergar esse tipos de experiências como modelos estratégicos experienciais (SEMs – Strategic Experiential Modules), sendo assim cada ação deve levar a “assinatura da marca” de forma pessoal criando valor junto ao cliente.
  • 42. Custo Lauterborn em seu estudo revisita o conceito de Preço ampliando sua definição para “Custo para Satisfação”. Na contabilidade custo e preço possuem uma definição completamente diferente, sendo custo associado sempre a uma saída de recursos. Quando pensamos em Custo ao Consumidor Digital devemos pensar que sua percepção é diferente de um consumidor antes da chegada da web 2.0. Primeiramente comparar valores numéricos em um ambiente digital é infinitamente mais fácil que em um ambiente off-line. Para isso existem diversas ferramentas, como por exemplo, o Buscapé e o Google Products (disponível apenas nos Estados Unidos) que permitem comparar em questão de segundos o preço de um mesmo item em diversas lojas. Inclusive há um estudo sendo desenvolvido pelo Google para criação de um aplicativo que ao tirar a foto de um item com um celular Android12 faria a comparação de preços baseado na forma e nas cores de um item. Atualmente existem aplicações que executam essa tarefa através da leitura do código de barras. Um exemplo é o RedLaser disponível gratuitamente na AppStore. Seu funcionamento é bem simples, basta posicionar a câmera de forma a captar todo o código e o programa faz uma busca nos principais sites de venda de produtos, trazendo além do preço, especificações, fotos e onde comprar esse produto. Esse recurso faz 12 Sistema operacional para celulares desenvolvido pelo Google, ele pode ser encontrado em diversas marcas e modelos de celular.
  • 43. uma grande diferença em estratégias de marketi ng que prio g e orizam o cu usto. Quando se trata de serviços o modelo de precificaçã se torna ainda mais s s m ão s complexo, dada a intangibil lidade inere ente a qualq quer tipo de serviço. N e Neste novo o cenár é feito o uso de form diferen rio mas nciadas de precificaçã como po exemplo o ão or “Frem mium”, onde o consumidor não pa pelo se e aga erviço, mas sim por um diferenc ma ciação. Como exe emplo pode emos citar o jogo “Cap pcon Arcade”. Neste s simulador de arcade o usuário tem direito a 3 “fichas” por dia c o o caso queira jogar mais ele pode a s comprar mais fic chas dentro do próprio programa. Outra form de prec o o . ma cificação é b basear seu custo na cap ptação de recursos pu r ublicitários, Cris Ander rson em seu livro Free – O e futuro dos preços, aponta a publicidad como se o de endo o patro ocinador do conteúdo o poupa ando o cons sumidor fin nal.
  • 44. Com esse cenário somado a facilidade em piratear conteúdo digital (vídeos, filmes, musicas, livros etc) o consumidor se torna muito mais sensível ao custo, sendo assim, é necessários mostrar de forma clara quais são as vantagens de se tornar um usuário pagante tornando cada vez mais difícil pagar por informação apenas. Uma máxima é que o custo deve sempre tender a zero, ao menos na percepção do consumidor. Isso é possível graças ao uso de estratégias de receita baseado em publicidade.
  • 45. Comunicação O consumidor 2.0, enxerga a internet como uma via de duas mãos quando se trata de comunicação, devido a isso não basta apenas ter um site ou uma página no Facebook. Muitas empresas desenvolvem a chamada área de “Presença Digital”, normalmente ligado a área de marketing e comunicação, que fica com a responsabilidade e o gerenciamento de todas as redes sociais e campanhas online. Infelizmente a maior parte das empresas não possui uma área dedicada a essa função deixando essa tarefa a cargo de um funcionário sem a qualificação necessária ou sem poder de ação. Um exemplo disso é o Twitter, a rede que atualmente possui mais empresas. Quando um usuário faz um comentário negativo sobre a marca ou aponta um problema ele espera uma resolução e não um número de telefone que “poderá” resolver sua situação. Para um correto uso da comunicação online o profissional de marketing deve seguir alguns, sendo, mas não se restringindo à: 1. Mapeamento das informações online já existentes da empresa; 2. Análise da concorrência; 3. Análise da carteira de clientes para saber quais são as redes sociais mais utilizadas; 4. Definição de um plano de comunicação digital; 5. Definição de um plano de alçadas para resolução de problemas;
  • 46. 6. Definição das métricas de acompanhamento; 7. Implementação de um plano de comunicação digital As atribuições dessa área não deve-se resumir apenas ao gerenciamento das redes sociais, mas também a interface com blogs e produtores de conteúdo, isto além do monitoramento da marca nos meios digitais. O monitoramento da marca deve abranger todos os tipos de comentários que possam ser feitos dessa marca. Hoje a internet é usada como uma ferramenta na decisão de compra de um produto ou serviço e caso um consumidor em potencial se depare com avaliações negativas poderá não efetuar a compra. No topo das prioridades devem vir a busca de informações em fóruns e em sites como o “Reclame Aqui”. Normalmente esse tipo de site tem um bom posicionamento nos buscadores, aparecendo como um dos primeiros resultados quando é feito uma busca. Muitas vezes um usuário insatisfeito pode efetivamente se empenhar em criar uma contra-propaganda de determinada marca. Um exemplo deste fenômeno é o perfil @TIM_fail onde o usuário dedica seu tempo a espalhar o seu ódio pela operadora de telefonia TIM. Esse fenômeno poderia ter sido evitado com algumas pequenas ações no atendimento, porém se mesmo assim o consumidor se sentisse insatisfeito o responsável pelo monitoramento da marca poderia ter entrado em contato solicitando informações para solucionar o problema
  • 47. deste consumido or. A Comunicação com o Cliente em um cen m nário de Co onsumidores Digitais d s deve ir além das atribuiç ções de um área com ma mum de com municação. Isto porqu o consum ue midor possu um poder de propag sua opin ui r gar nião com u ma força nu unca vista nos manua de ais marke eting. Em seu program de rádio Luiz Alber Marinho afirma que a “maior p ma rto e parte das empresas es ausente ou atua de forma bu rocrática na redes so stá e as ociais”. Ess sa afirma ação foi feit em 27/10 ta 0/2010 após a divulga ação de um estudo feit pela emp to presa Firelfy Millward Brown apon y B ntando justa amente ess problema. se Nota-se que mesmo estando pr q resente nos diversos m s meios de c comunicaçã o uso ão edes sociais ainda é muito subes das re m stimado por diversas e r empresas.
  • 48. Conveniência As explanações de Kotler a respeito de Praça oferecem uma visão incompleta a respeito de como um produto pode se tornar acessível a um Consumidor Digital. Neste contexto variáveis como: compatibilidade, conversibilidade, mobilidade e usabilidade devem ser levados em consideração. Quando tratamos de Internet propriamente dita esses a importância desses fatores se torna ainda mais evidente. Por associação podemos imaginar o espaço virtual como uma vitrine intangível. Quando tratamos de um ponto de venda devem ser levados aspectos como a posição dos itens, as cores, a distribuição dos itens, a facilidade de acesso do publico alvo, a acessibilidade a deficientes etc. No caso se um website, por exemplo, devem ser observados elementos parecidos porém a avaliação deve ser ligeiramente diferente principalmente quanto a forma de avaliar a qualidade de uma aplicação digital ou um website. Este fato levou ao estudo do HCI - Human-Computer Interaction (Interação Homem-Computador) que busca desenvolver um modelo teórico de performance humana bem como criar ferramentas capazes de medir a facilidade de uso. O HCI constitui um campo multidisciplinar envolvendo aspectos de psicologia, ergonomia, informática e outros, objetivando facilitar o projeto, a execução e avaliação de ambientes computacionais. (FERREIRA, 2002, p.10) Quando um website é desenvolvido deve se ter claro o acesso a tecnologia do público alvo. Como exemplo pratico digamos que o objetivo de um planejamento de marketing seja aumentar as vendas de um perfume vendido em Shoppings para o publico B e C com idade entre 18 e 25 anos residente em grandes capitais. Esse
  • 49. consumidor costuma acessar a internet de uma conexão de banda entre 1 e 5mb, usando o internet explorer e um smartphone de tela touchscreen com conexão 3g. Um erro comum seria criar um hotsite em Flash13, porém esse site teria incompatibilidade com os celulares dessa classe. Esse seria um erro de Compatibilidade e Portabilidade, já que as informações estariam indisponíveis no momento em que o consumidor estivesse dentro de um Shopping Center, portando apenas seu celular, mas com a intenção de comprar aquele produto. Sendo assim algumas perguntas deveriam ter sido feitas antes da criação deste hotsite: 1. Quais são as limitações do meu público alvo? 2. Quais são as situações em que o material digital será acessado? Essas perguntas garantiriam a compatibilidade com os diversos hábitos de uso do público alvo. Porém após garantir esses pontos outros devem ser levantados: 1. Quanto tempo o usuário necessita para acessar a informação? 2. O uso da informação requer conhecimentos adicionais do usuário (instalação d Plugins por exemplo)? 3. Caso possua alguma deficiência o usuário poderá acessar a informação? Esses elentos estão ligados a Acessibilidade e a Usabilidade do conteúdo digital 13 Tecnologia atualmente sob gestão da Adobe que permite diversos efeitos visuais, mas que não é compatível com diversos dispositivos móveis.
  • 50. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora não haja um material teórico denso sobre marketing digital e sobre o consumidor digital existem diversos estudos sendo feitos e que disponíveis na internet. Esses estudos oferecem informações relevantes a respeito do comportamento dos consumidores, porém não estão disponíveis de forma mais especifica sobre o consumidor brasileiro, que mesmo em um mundo globalizado apresenta especificidades quanto a hábitos e comportamentos. Ao longo deste trabalho pode ser percebido que parte do foco teve de ser alterado colocando cada vez mais o consumidor no centro das afirmações feitas. Isto fica claro pelo destaque feito ao primeiro C que acabou ganhando uma extensão maior que a planejada no inicio desse trabalho. Como aprendizado deste trabalho o Cliente foi mostrado em seus diversos perfis, porém ao contrario do que a maior parte do material disponível sobre consumidores mostra independente dos grupos comumente usados (localização, idade etc) estes consumidores podem ser classificados quanto ao tempo de utilização da internet, tarefas executadas, nível de interação social nos meios digitais e poder de influência. Devido ao tempo disponível para a elaboração deste trabalho não foi possível a criação de uma matriz capaz de classificar esses consumidores, porém como continuidade deste trabalho o autor pretende iniciar estudos para a criação de um modelo que seja capaz de classificar esses consumidores utilizando pesos numéricos a esses fatores.
  • 51. Quando pensamos em termos de Custo fica claro que embora o objetivo das organizações capitalistas seja o lucro, devem ser criados modelos de receita que desonerem o consumidor final, tendo como conseqüência que a percepção do custo tenda a zero. Para este consumidor digital a Comunicação é ainda mais distante do que os empresários brasileiros entendem como publicidade, já que não basta apenas é necessário criar um diálogo e assumir uma personalidade para impactar o consumidor positivamente gerando cada vez mais lucro. Claro que neste aprendizado erros serão cometidos, porém zonas comuns de erro deverão ser evitadas, como no caso apresentado sobre a operadora TIM. O ambiente que permeia todas essas interações pode ser analisado sob a ótica da conveniência. Neste trabalho foi dado grande destaque as perguntas que devem ser feitas afim de garantir o maior nível de acesso em um ambiente digital. No fim deste trabalho fica claro que a questão inicial sobre a aplicabilidade dos 4C’s em um ambiente digital não tenha uma resposta conclusiva, porém fica claro que usar este conceito como guia para o planejamento de marketing e um ambiente pós web 2.0 pode trazer reflexões que culminarão em práticas com maiores chances de sucesso.
  • 52. Bibliografia FISK, Peter. Marketing Genius. England: Capstone Publishing Limited, 2006. SCHMITT, Bernd H. Experiential Marketing: how to get customers to feel, think, act ad relate to your company and brand. New York: Free Press, 1999. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Pearson, 2000. KOTLER, Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e Controle. São Paulo: Atlas, 1993. TORRES, Claudio, Marketing na Internet para Pequenas Empresas, eBook, 2010, Disponivel em: www.claudiotorres.com.br/mktdigitalpequenaempresa.pdf. Acessado em: 20/09/2010. JOEL, Reedy e SCHULLO, Shauna, Marketing Eletrônico, São Paulo, Thonson, 2007. BACKER, Stephen, The Numerati, New York, Houghton Mifflin, 2008. LAS CASAS, Alexandre Luzzi, Marketing Interativo, São Paulo, Saint Paul, 2010. DOURADO, Danilo, #MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões, 2010. Versão digital: http://midiassociais.blog.br/2010/09/20/midiassociais-perspectivas- tendencias-e-reflexoes-ebook-gratuito/. Acessado em: 15/01/2010. MATTOS, José Diney, Bem Estar Criativo Para o Sucesso,São Paulo, Saraiva, 2006. ORICCHIO, Patricia Regina, A utilização das novas gerações de redes sociais como ferramenta estratégica no mundo dos negócios, 2009, Bacharel em Administração de Empresas, Puc, São Paulo. FLICK, Uwe, Introdução a Pesquisa Qualitativa, Porto Alegre, Attmed Bookman, 2009. FERREIRA, Kátia Gomes, Teste de Usabilidade, 2002, Monografia Final de Curso de especialização em informática, UFMG, Belo Horizonte.