O documento discute o potencial de projetos de revitalização urbana para áreas industriais degradadas, usando como caso de estudo o Projeto Vila Flores em Porto Alegre. O projeto visa reciclar antigas moradias de aluguel para trabalhadores industriais, misturando comércio local, moradia temporária e espaços criativos. O documento argumenta que iniciativas como essa podem servir como pontos de acupuntura urbana, revitalizando a área ao redor.
O documento descreve uma dissertação de mestrado que analisa três projetos urbanos na Europa: Céramique em Maastricht, Holanda; St. Jean em Genebra, Suíça; e Bicocca em Milão, Itália. Os projetos enfrentaram problemas de degradação urbana resultantes da obsolescência industrial e infraestrutura de transporte. O trabalho examina os processos de projeto e gestão que tornaram possível a implantação dos projetos e sua realidade atual, verificando se melhoraram a qualidade de vida dos habitantes.
Este documento resume um estudo sobre a influência das diretrizes da política habitacional da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) no desenho dos espaços públicos em conjuntos habitacionais de interesse social em São Paulo. Analisa três conjuntos construídos nesse período: Rincão, Celso Garcia e Vila Mara. A política de Erundina priorizou a participação popular, o direito à moradia e à arquitetura de qualidade, influenciando a concepção de espaços públicos nos conjuntos.
A valorização da arquitetura: conjunto Rincão em São Paulo, uma experiência p...Maria Claudia Oliveira
O documento descreve um projeto habitacional social realizado em São Paulo na década de 1990 chamado Conjunto Habitacional Rincão. Foi projetado pelos arquitetos Hector Vigliecca e Bruno Padovano após vencerem um concurso público promovido pela prefeitura, que buscava valorizar o projeto arquitetônico para habitação social. O projeto propunha a combinação de tipologias convencionais com ênfase na rua como espaço de lazer e convívio da comunidade.
Um breve histórico do planejamento urbano no brasilPaulo Orlando
O documento resume a história do planejamento urbano no Brasil em três períodos: (1) 1875-1930, quando as elites buscavam embelezar as cidades segundo padrões europeus; (2) 1930-1992, quando o planejamento se tornou mais técnico, mas ainda desconectado da realidade; e (3) 1992-atualidade, quando a Constituição e o Estatuto da Cidade abriram possibilidades para um planejamento mais democrático e participativo.
O documento discute o planejamento urbano no Brasil, desde o período colonial até a Constituição de 1988. Apresenta o rápido crescimento urbano do país e a falta de planejamento adequado, resultando em problemas urbanos. Também descreve os principais instrumentos de planejamento introduzidos ao longo do tempo, como os planos de melhoramentos e o Plano Diretor, e seu papel na legislação brasileira.
O documento discute os problemas relacionados ao lixo urbano e ao modo de vida nas cidades de forma capitalista. Aborda temas como a produção excessiva de resíduos sólidos, a relação entre sociedade e natureza nas cidades, o intenso consumo nas metrópoles, a urbanização e industrialização no Brasil, formas de lidar com o lixo produzido e os impactos ambientais causados.
Parte I do livro MUDAR A CIDADE - Marcelo Lopes de Souza (Planejamento Urbano...UNICAMP/SP
O documento discute os conceitos de planejamento urbano e gestão urbana, criticando visões que os tratam como intercambiáveis. Defende que planejamento se refere ao futuro enquanto gestão se refere ao presente, sendo complementares. Também discute desenvolvimento urbano visando autonomia, justiça social e qualidade de vida. Defende que planejamento e gestão urbanos devem adotar abordagem científica mas não cientificista, envolvendo diferentes áreas do conhecimento de forma interdisciplinar.
O documento discute a criação de um "jardim da metrópole" para integrar os espaços abertos e vazios de uma grande cidade metropolitana de forma sustentável. Ele propõe conectar esses espaços por meio de corredores verdes e sistemas de drenagem para melhorar a biodiversidade, prover espaços públicos e resolver problemas ambientais. O "jardim da metrópole" é visto como uma nova abordagem para o planejamento e desenho do território metropolitano.
O documento descreve uma dissertação de mestrado que analisa três projetos urbanos na Europa: Céramique em Maastricht, Holanda; St. Jean em Genebra, Suíça; e Bicocca em Milão, Itália. Os projetos enfrentaram problemas de degradação urbana resultantes da obsolescência industrial e infraestrutura de transporte. O trabalho examina os processos de projeto e gestão que tornaram possível a implantação dos projetos e sua realidade atual, verificando se melhoraram a qualidade de vida dos habitantes.
Este documento resume um estudo sobre a influência das diretrizes da política habitacional da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) no desenho dos espaços públicos em conjuntos habitacionais de interesse social em São Paulo. Analisa três conjuntos construídos nesse período: Rincão, Celso Garcia e Vila Mara. A política de Erundina priorizou a participação popular, o direito à moradia e à arquitetura de qualidade, influenciando a concepção de espaços públicos nos conjuntos.
A valorização da arquitetura: conjunto Rincão em São Paulo, uma experiência p...Maria Claudia Oliveira
O documento descreve um projeto habitacional social realizado em São Paulo na década de 1990 chamado Conjunto Habitacional Rincão. Foi projetado pelos arquitetos Hector Vigliecca e Bruno Padovano após vencerem um concurso público promovido pela prefeitura, que buscava valorizar o projeto arquitetônico para habitação social. O projeto propunha a combinação de tipologias convencionais com ênfase na rua como espaço de lazer e convívio da comunidade.
Um breve histórico do planejamento urbano no brasilPaulo Orlando
O documento resume a história do planejamento urbano no Brasil em três períodos: (1) 1875-1930, quando as elites buscavam embelezar as cidades segundo padrões europeus; (2) 1930-1992, quando o planejamento se tornou mais técnico, mas ainda desconectado da realidade; e (3) 1992-atualidade, quando a Constituição e o Estatuto da Cidade abriram possibilidades para um planejamento mais democrático e participativo.
O documento discute o planejamento urbano no Brasil, desde o período colonial até a Constituição de 1988. Apresenta o rápido crescimento urbano do país e a falta de planejamento adequado, resultando em problemas urbanos. Também descreve os principais instrumentos de planejamento introduzidos ao longo do tempo, como os planos de melhoramentos e o Plano Diretor, e seu papel na legislação brasileira.
O documento discute os problemas relacionados ao lixo urbano e ao modo de vida nas cidades de forma capitalista. Aborda temas como a produção excessiva de resíduos sólidos, a relação entre sociedade e natureza nas cidades, o intenso consumo nas metrópoles, a urbanização e industrialização no Brasil, formas de lidar com o lixo produzido e os impactos ambientais causados.
Parte I do livro MUDAR A CIDADE - Marcelo Lopes de Souza (Planejamento Urbano...UNICAMP/SP
O documento discute os conceitos de planejamento urbano e gestão urbana, criticando visões que os tratam como intercambiáveis. Defende que planejamento se refere ao futuro enquanto gestão se refere ao presente, sendo complementares. Também discute desenvolvimento urbano visando autonomia, justiça social e qualidade de vida. Defende que planejamento e gestão urbanos devem adotar abordagem científica mas não cientificista, envolvendo diferentes áreas do conhecimento de forma interdisciplinar.
O documento discute a criação de um "jardim da metrópole" para integrar os espaços abertos e vazios de uma grande cidade metropolitana de forma sustentável. Ele propõe conectar esses espaços por meio de corredores verdes e sistemas de drenagem para melhorar a biodiversidade, prover espaços públicos e resolver problemas ambientais. O "jardim da metrópole" é visto como uma nova abordagem para o planejamento e desenho do território metropolitano.
1. O documento discute a ideia de um "novo estrato" nos espaços metropolitanos, formado pelos vários espaços abertos e vazios nas cidades, como parques, rios e terrenos baldios.
2. Este "novo estrato" poderia ser usado para redesenhar a geografia metropolitana e definir um "jardim da metrópole", integrando infraestrutura, meio ambiente e espaços abertos.
3. O "jardim da metrópole" trataria de resolver a crise dos limit
Direito à cidade | Apropriação do espaço públicoCamila Haddad
Aula final do curso Direito à Cidade: desafios e caminhos possíveis, realizado de 15 a 29/03 na Casa de Trocas (turma 1) e de 11 a 20/07 na Ocupação Terra Livre Butantã (turma 2).
O documento discute a estruturação urbana e como as cidades se organizam internamente. Aborda a Escola de Chicago e suas teorias sobre o crescimento urbano, além de fatores como uso do solo, transporte, planejamento urbano e agentes envolvidos na produção do espaço urbano, como proprietários, construtoras e poder público.
O documento apresenta uma visão panorâmica do planejamento urbano em São Paulo, destacando os principais planos e conceitos ao longo da história da cidade, como o Plano de Avenidas de 1929 que estruturou a malha viária radial-perimetral ainda presente, e o relatório Moses de 1950 que sucedeu o Plano de Avenidas após 1945.
Produ+º+úo do espa+ºo e ambiente urbano simposioblogarlete
1) O documento discute a complexidade dos problemas ambientais urbanos e como eles são muitas vezes simplificados ou "endeusados" nas análises.
2) É analisada a relação entre cidade, natureza e desenvolvimento técnico-científico, destacando como a natureza é apropriada e transformada em mercadoria.
3) Defende-se uma abordagem geográfica complexa dos problemas ambientais urbanos, mostrando como eles refletem desigualdades sociais mais amplas.
O documento discute planejamento e desenho urbano sustentáveis. Primeiro, define planejamento urbano e desenho urbano e destaca a importância de planejar de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Também aborda os desafios da urbanização descontrolada no Brasil. Em seguida, apresenta condições para promover planejamento urbano sustentável de acordo com o Estatuto da Cidade, como a participação social no Plano Diretor. Por fim, lista objetivos e indicadores para o eixo de planejamento e desenho urbano e
O espa+ºo publico anpege 20008 -arlete moyses rodriguesblogarlete
1) O documento discute a estratégia política de apropriação de espaços públicos pela sociedade civil organizada.
2) Ele explica que no capitalismo moderno, os espaços públicos como ruas e praças são definidos pela propriedade privada através das leis e normas do Estado.
3) A ocupação desses espaços pela sociedade é uma forma de contestar o sistema político e ampliar o espaço de participação política.
O documento discute os conceitos de planejamento urbano e gestão urbana. Apresenta uma visão crítica do planejamento urbano e propõe uma abordagem que valorize a dimensão política e técnica, a participação popular, e o desenvolvimento como mudança social positiva e redução de desigualdades. Também discute a importância de satisfazer necessidades básicas e imateriais dos indivíduos de forma igualitária no processo de planejamento.
Conferencia impartida en el marco del X Encuentro Internacional de la Asociación de Ciudades y Entidades de la Ilustración celebrado en Almacelles los días 22, 23 y 24 de octubre de 2015.
O documento descreve o reinado de D. José I de Portugal e as reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal após o terramoto de Lisboa em 1755. O Marquês de Pombal implementou medidas para reconstruir Lisboa com novas técnicas antissísmicas, reorganizou a economia portuguesa através da criação de companhias comerciais e industriais, e promoveu o desenvolvimento do comércio e da manufatura.
O documento descreve aspectos da arquitetura e urbanismo de Barcelona, incluindo:
1) Projetos de renovação urbana como a Vila Olímpica e o Parque Diagonal Mar;
2) Obras para as Olimpíadas de 1992 como o Complexo Olímpico Montjuic e a Torre de Collserola;
3) Detalhes sobre o Plano Cerdà que estruturou o crescimento da cidade no século XIX.
O projecto pombalino de inspiração iluministaCarla Teixeira
O documento descreve o reinado de D. José I de Portugal e as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal para modernizar o Estado, incluindo centralizar o poder real, desenvolver a economia através de companhias monopolistas, e reduzir o poder da Igreja e da nobreza em favor da burguesia emergente.
O documento descreve o projeto de reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755 liderado por Sebastião José de Carvalho e Melo. O projeto foi entregue a engenheiros e arquitetos e resultou na criação da Baixa Pombalina, com ruas largas e retas, edifícios uniformes e estruturas antissísmicas de madeira. O novo plano urbano realçava o poder real através de símbolos como a estátua equestre do rei na Praça do Comérc
O documento descreve as reformas do Marquês de Pombal em Portugal no século 18 sob o absolutismo iluminado, incluindo o fortalecimento do Estado central, o desenvolvimento econômico e a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.
O projeto pombalino de inspiração iluministaStelian Ravas
O documento descreve o Projeto Pombalino de Inspiração Iluminista no século XVIII em Portugal. O Marquês de Pombal implementou reformas econômicas, sociais e administrativas para modernizar o país, como o fomento da indústria e do comércio, a proteção da burguesia, e a centralização e racionalização do Estado e das cidades após o terremoto de Lisboa em 1755.
1) O Marquês de Pombal assumiu funções governativas num período de crise financeira e institucional em Portugal.
2) Implementou reformas inspiradas nos ideais iluministas, racionalizando o Estado e centralizando o poder na monarquia.
3) Suas reformas modernizaram a administração, justiça, educação e a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.
Após o terramoto de 1755 em Lisboa, o Marquês de Pombal reconstruiu a cidade com ruas largas e retilíneas, edifícios uniformes e resistentes a sismos, e uma rede de esgotos. A Praça do Comércio também foi construída. Este novo estilo urbanístico tornou Lisboa semelhante às cidades europeias e reforçou o poder do Marquês de Pombal.
O documento descreve a urbanização medieval na Europa, dividida em Alta e Baixa Idade Média. Na Alta Idade Média, entre os séculos V-XI, as cidades romanos foram abandonadas devido às invasões bárbaras, surgindo pequenos burgos irregulares. Na Baixa Idade Média, entre os séculos XI-XV, houve renascimento comercial e urbano, com expansão das cidades dominadas por castelos e catedrais.
Urbanismo medieval e renascentista - breves abordagens.Lila Donato
1) O documento descreve as cidades medievais após a queda do Império Romano, caracterizadas por serem menores e menos importantes, seguindo a desordem social e econômica do período. 2) Fala também sobre a expansão do Islã e as características das cidades islâmicas, como a ênfase na vida privada com casas voltadas para pátios internos em vez de ruas. 3) Por fim, aborda os aspectos gerais do Renascimento, como o humanismo e a busca da perfeição através
1. O documento discute a ideia de um "novo estrato" nos espaços metropolitanos, formado pelos vários espaços abertos e vazios nas cidades, como parques, rios e terrenos baldios.
2. Este "novo estrato" poderia ser usado para redesenhar a geografia metropolitana e definir um "jardim da metrópole", integrando infraestrutura, meio ambiente e espaços abertos.
3. O "jardim da metrópole" trataria de resolver a crise dos limit
Direito à cidade | Apropriação do espaço públicoCamila Haddad
Aula final do curso Direito à Cidade: desafios e caminhos possíveis, realizado de 15 a 29/03 na Casa de Trocas (turma 1) e de 11 a 20/07 na Ocupação Terra Livre Butantã (turma 2).
O documento discute a estruturação urbana e como as cidades se organizam internamente. Aborda a Escola de Chicago e suas teorias sobre o crescimento urbano, além de fatores como uso do solo, transporte, planejamento urbano e agentes envolvidos na produção do espaço urbano, como proprietários, construtoras e poder público.
O documento apresenta uma visão panorâmica do planejamento urbano em São Paulo, destacando os principais planos e conceitos ao longo da história da cidade, como o Plano de Avenidas de 1929 que estruturou a malha viária radial-perimetral ainda presente, e o relatório Moses de 1950 que sucedeu o Plano de Avenidas após 1945.
Produ+º+úo do espa+ºo e ambiente urbano simposioblogarlete
1) O documento discute a complexidade dos problemas ambientais urbanos e como eles são muitas vezes simplificados ou "endeusados" nas análises.
2) É analisada a relação entre cidade, natureza e desenvolvimento técnico-científico, destacando como a natureza é apropriada e transformada em mercadoria.
3) Defende-se uma abordagem geográfica complexa dos problemas ambientais urbanos, mostrando como eles refletem desigualdades sociais mais amplas.
O documento discute planejamento e desenho urbano sustentáveis. Primeiro, define planejamento urbano e desenho urbano e destaca a importância de planejar de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Também aborda os desafios da urbanização descontrolada no Brasil. Em seguida, apresenta condições para promover planejamento urbano sustentável de acordo com o Estatuto da Cidade, como a participação social no Plano Diretor. Por fim, lista objetivos e indicadores para o eixo de planejamento e desenho urbano e
O espa+ºo publico anpege 20008 -arlete moyses rodriguesblogarlete
1) O documento discute a estratégia política de apropriação de espaços públicos pela sociedade civil organizada.
2) Ele explica que no capitalismo moderno, os espaços públicos como ruas e praças são definidos pela propriedade privada através das leis e normas do Estado.
3) A ocupação desses espaços pela sociedade é uma forma de contestar o sistema político e ampliar o espaço de participação política.
O documento discute os conceitos de planejamento urbano e gestão urbana. Apresenta uma visão crítica do planejamento urbano e propõe uma abordagem que valorize a dimensão política e técnica, a participação popular, e o desenvolvimento como mudança social positiva e redução de desigualdades. Também discute a importância de satisfazer necessidades básicas e imateriais dos indivíduos de forma igualitária no processo de planejamento.
Conferencia impartida en el marco del X Encuentro Internacional de la Asociación de Ciudades y Entidades de la Ilustración celebrado en Almacelles los días 22, 23 y 24 de octubre de 2015.
O documento descreve o reinado de D. José I de Portugal e as reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal após o terramoto de Lisboa em 1755. O Marquês de Pombal implementou medidas para reconstruir Lisboa com novas técnicas antissísmicas, reorganizou a economia portuguesa através da criação de companhias comerciais e industriais, e promoveu o desenvolvimento do comércio e da manufatura.
O documento descreve aspectos da arquitetura e urbanismo de Barcelona, incluindo:
1) Projetos de renovação urbana como a Vila Olímpica e o Parque Diagonal Mar;
2) Obras para as Olimpíadas de 1992 como o Complexo Olímpico Montjuic e a Torre de Collserola;
3) Detalhes sobre o Plano Cerdà que estruturou o crescimento da cidade no século XIX.
O projecto pombalino de inspiração iluministaCarla Teixeira
O documento descreve o reinado de D. José I de Portugal e as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal para modernizar o Estado, incluindo centralizar o poder real, desenvolver a economia através de companhias monopolistas, e reduzir o poder da Igreja e da nobreza em favor da burguesia emergente.
O documento descreve o projeto de reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755 liderado por Sebastião José de Carvalho e Melo. O projeto foi entregue a engenheiros e arquitetos e resultou na criação da Baixa Pombalina, com ruas largas e retas, edifícios uniformes e estruturas antissísmicas de madeira. O novo plano urbano realçava o poder real através de símbolos como a estátua equestre do rei na Praça do Comérc
O documento descreve as reformas do Marquês de Pombal em Portugal no século 18 sob o absolutismo iluminado, incluindo o fortalecimento do Estado central, o desenvolvimento econômico e a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.
O projeto pombalino de inspiração iluministaStelian Ravas
O documento descreve o Projeto Pombalino de Inspiração Iluminista no século XVIII em Portugal. O Marquês de Pombal implementou reformas econômicas, sociais e administrativas para modernizar o país, como o fomento da indústria e do comércio, a proteção da burguesia, e a centralização e racionalização do Estado e das cidades após o terremoto de Lisboa em 1755.
1) O Marquês de Pombal assumiu funções governativas num período de crise financeira e institucional em Portugal.
2) Implementou reformas inspiradas nos ideais iluministas, racionalizando o Estado e centralizando o poder na monarquia.
3) Suas reformas modernizaram a administração, justiça, educação e a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.
Após o terramoto de 1755 em Lisboa, o Marquês de Pombal reconstruiu a cidade com ruas largas e retilíneas, edifícios uniformes e resistentes a sismos, e uma rede de esgotos. A Praça do Comércio também foi construída. Este novo estilo urbanístico tornou Lisboa semelhante às cidades europeias e reforçou o poder do Marquês de Pombal.
O documento descreve a urbanização medieval na Europa, dividida em Alta e Baixa Idade Média. Na Alta Idade Média, entre os séculos V-XI, as cidades romanos foram abandonadas devido às invasões bárbaras, surgindo pequenos burgos irregulares. Na Baixa Idade Média, entre os séculos XI-XV, houve renascimento comercial e urbano, com expansão das cidades dominadas por castelos e catedrais.
Urbanismo medieval e renascentista - breves abordagens.Lila Donato
1) O documento descreve as cidades medievais após a queda do Império Romano, caracterizadas por serem menores e menos importantes, seguindo a desordem social e econômica do período. 2) Fala também sobre a expansão do Islã e as características das cidades islâmicas, como a ênfase na vida privada com casas voltadas para pátios internos em vez de ruas. 3) Por fim, aborda os aspectos gerais do Renascimento, como o humanismo e a busca da perfeição através
1) O documento discute a crescente privatização dos espaços públicos no centro de Porto Alegre através da ocupação desses espaços por vendedores ambulantes e flanelinhas.
2) A privatização representa uma ruptura na morfologia urbana e nas expectativas sociais sobre o que é público e privado.
3) O centro de Porto Alegre vem sofrendo um esvaziamento de funções nas últimas décadas, à medida que atividades comerciais e de lazer migraram para outros bairros da c
Este documento discute o processo de renovação urbana do bairro do Pelourinho em Salvador, Brasil. A renovação priorizou o desenvolvimento do turismo e levou à "gentrificação" da área, expulsando os moradores originais de baixa renda. Embora tenha atraído novos residentes de classe média e melhorado a infraestrutura, falhou em atender às necessidades básicas da população local.
O documento descreve operações urbanas consorciadas e masterplans. As operações urbanas consorciadas permitem transformações estruturais em áreas urbanas com a participação do poder público e privado. Masterplans são planos que organizam o desenvolvimento de cidades ou parte delas, integrando novos projetos ao contexto urbano existente.
O documento discute o que é espaço urbano e quem são os agentes sociais que produzem o espaço urbano nas cidades. Define espaço urbano como um conjunto de diferentes usos da terra justapostos, como centros comerciais, áreas industriais e residenciais. Identifica os principais agentes como proprietários de terras e indústrias, promotores imobiliários e o Estado, e descreve como cada um influencia a organização do espaço urbano através de suas estratégias e ações.
O Workshop de dia inteiro sobre o tema “Reabilitação Sustentável” terá lugar no Auditório da CCDR do Algarve em Faro. O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção no meio edificado, conducentes à optimização do desempenho energético-ambiental dos edifícios, assentando em soluções construtivas robustas e inovadoras, validadas pelos principais intervenientes nos processos construtivos. Apesar da optimização do desempenho energético-ambiental do meio edificado constituir uma área prioritária de intervenção, tem-se demonstrado extremamente difícil melhorar a qualidade de construção que continua a ser pouco adaptada ao clima local e não corresponde ao grau de conforto desejado. A complexidade do sector da construção, o contexto da atual crise económica e o abrandamento da atividade no sector da construção coloca uma nova ênfase na reabilitação urbana, o que conduz a uma mudança do modelo de decisão no sector da construção. Neste novo modelo, o promotor imobiliário e a sua equipa de projeto são, em parte, substituídos pelo proprietário do imóvel que agora toma as decisões relevantes, pelo que se torna essencial aumentar os conhecimentos técnicos de que este dispõe.
O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção no meio edificado, conducentes à optimização do desempenho energético-ambiental dos edifícios, assentando em soluções construtivas robustas e inovadoras, validadas pelos principais intervenientes nos processos construtivos.
O Workshop é dirigido a todos os decisores que influenciam a qualidade de construção do meio edificado.
Processo de gentrificação através de revitalizações urbanisticas final.docxMarcelle Anes
Este artigo analisa os processos de revitalização das zonas portuárias do Rio de Janeiro e Barcelona, comparando seus pontos positivos e negativos. O artigo discute como esses projetos levaram a gentrificação, forçando a saída de moradores de baixa renda. O projeto Porto Maravilha do Rio se inspirou no projeto Port Vell de Barcelona, ambos impulsionados pelas Olimpíadas nessas cidades.
Texto_Jornal do Brasil_Projetos para Copa abrem abismo social e podem levar à...Adriana Melo
O urbanista critica as mudanças feitas pelo projeto Porto Maravilha no Rio de Janeiro, afirmando que: (1) O projeto marginaliza a população mais pobre e abre um abismo social; (2) Após os megaeventos, o Rio deve enfrentar uma grave recessão econômica, assim como outras cidades com processos semelhantes de urbanização; (3) A derrubada da Perimetral é um atestado de incompetência da gestão territorial da cidade.
O documento descreve o Projeto Vila Flores em Porto Alegre, que envolve a revitalização de prédios históricos através de processos artísticos colaborativos com a comunidade. O projeto tem promovido a ocupação dos prédios para criar um centro cultural e estimular a economia criativa na região.
Projetos Urbanos: sobre a inclusão socio espacialLorreine Claudio
O documento apresenta uma dissertação de mestrado que analisa três projetos urbanos na Europa: Céramique em Maastricht, Holanda; St. Jean em Genebra, Suíça; e Bicocca em Milão, Itália. Os projetos enfrentaram problemas de degradação urbana resultantes da obsolescência industrial e infraestrutura de transporte pesada, e melhoraram a qualidade do espaço urbano e de vida dos habitantes por meio de processos de projeto, gestão e participação público-privada.
1. O texto discute a matriz do planejamento urbano modernista/funcionalista no Brasil e sua incapacidade de lidar com a realidade das cidades, especialmente o crescimento das favelas.
2. O planejamento modernista se baseava em ideias importadas dos países desenvolvidos e ignorava a realidade socioeconômica brasileira, levando ao crescimento desigual das cidades.
3. As favelas cresceram fora dos planos e das leis, não sendo reconhecidas pelo planejamento oficial, o que contribui
O documento discute o conceito de espaço urbano. Define-o como fragmentado e articulado, reflexo e condicionante social, campo de símbolos e lutas. Aponta que é produzido por agentes sociais como proprietários industriais, fundiários, promotores imobiliários e o Estado, que buscam reproduzir as relações de produção e acumulação capitalista através do uso e controle da terra urbana, gerando desigualdades socioespaciais.
Este documento descreve os objetivos e programa de um workshop sobre qualificação urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, com foco na cidade de Manaus. O workshop irá explorar possibilidades urbanísticas ligadas à realização da Copa e propor novas configurações para o entorno do estádio visando estimular o desenvolvimento sustentável da área.
O documento descreve o projeto "Global City 2.0", uma rede informal global que visa conectar movimentos cívicos de cidades e servir como fórum para discutir o potencial e limites da "democracia de proximidade". O objetivo é mapear iniciativas cívicas urbanas e promover o diálogo e aprendizagem entre diferentes atores.
O documento discute o Estatuto da Cidade, nova lei brasileira que regulamenta a política urbana. O Estatuto introduz novos instrumentos urbanísticos para induzir o uso do solo, aumenta a participação cidadã no planejamento urbano, e facilita a regularização fundiária de assentamentos informais. A lei representa uma oportunidade para as cidades brasileiras crescerem de forma mais justa e sustentável.
IV Conferência de Planeamento Regional e Urbano Conferência Internacional do Projeto Community Participation in Planning
«A participação em planeamento do território e políticas públicas»
23/24 Fevereiro 2017
(versão provisória)
Apresentação NEPHU-UFF e IAB-NLM sobre OUC Centro Niterói 29.08.13MandatoPEG
1) O documento discute a Operação Urbana Consorciada (OUC) proposta para a área central de Niterói, destacando os possíveis impactos socioeconômicos.
2) Há preocupações com a possível expulsão de moradores de baixa renda e comerciantes populares, além de riscos de especulação imobiliária.
3) Também são apontadas imprecisões no estudo de impacto e na condução do processo de participação pública.
Este artigo questiona a legitimidade de uma possível fusão dos concelhos do Porto e de Vila Nova de Gaia considerando o contexto histórico, cultural e disciplinar que informa as duas cidades. O autor argumenta que uma abordagem holística é necessária para compreender as complexas relações entre os dois territórios ao longo do tempo, em vez de soluções simplistas baseadas em razões puramente pragmáticas.
O documento discute os principais problemas urbanos em Portugal, incluindo habitação degradada, envelhecimento populacional, desemprego e transportes ineficientes. Também fornece possíveis soluções como programas de reabilitação urbana apoiados pela UE, melhor planejamento da ocupação do solo e revitalização dos centros das cidades.
O documento discute os principais problemas urbanos em Portugal, incluindo habitação degradada, envelhecimento populacional, desemprego e transportes ineficientes. Também fornece possíveis soluções como programas de reabilitação urbana apoiados pela UE, melhor planejamento da ocupação do solo e revitalização dos centros das cidades.
Rolnik, raquel. e possivel uma politica urbana contra a exclusãoFelix
O documento discute como a política urbana brasileira historicamente perpetuou a exclusão e desigualdades nas cidades, dividindo-as em áreas ricas com infraestrutura versus áreas pobres precárias. Propõe que uma política urbana contra a exclusão deve entender como a cidade funciona como um todo e reverter a lógica que produz exclusão territorial, ao invés de apenas investir nas áreas mais carentes.
Semelhante a RENASCIMENTO DA URBANIDADE EM ÁREAS INDUSTRIAIS DEGRADADAS: UM NOVO USO PARA ANTIGAS MORADIAS DE ALUGUEL - PROJETO VILA FLORES (20)
O Vila Flores possui 3 espaços para realização de atividades: um galpão de 144m2 com capacidade para 100 pessoas, um pátio e um miolo de 80m2 com mobiliário para encontros e atividades culturais.
Esta exposição individual apresentada no galpão do espaço cultural Vila Flores, intitulada Nós/noz, visa exibir as últimas produções de Lairton Rezende, escultor gaúcho falecido em 2015 que utilizava objetos cotidianos descartados para criar obras de arte satíricas que exploram múltiplos significados da palavra "nó". O documento também lista diversas outras exposições e eventos artísticos que ocorreram no espaço cultural Vila Flores entre março e dezembro de 2016.
O documento descreve a história de um complexo arquitetônico construído entre 1925-1928 em Porto Alegre que originalmente era composto por dois edifícios e um galpão para aluguel de casas. Atualmente o local abriga o Vila Flores, um espaço cultural e de empreendedorismo criativo que surgiu após reformas entre 2009-2010 e conta com residentes de diferentes áreas artísticas.
O documento descreve as atividades e números de um espaço cultural chamado Vila Flores entre 2010-2016. Ele teve crescimento anual no número de visitantes, eventos e parcerias. Em 2014, teve 8.000 visitantes e expansão para áreas como arquitetura, educação e empreendedorismo. Em 2015-2016, iniciou projetos como moeda local e casas colaborativas para fomentar economias compartilhadas.
O documento descreve a Associação Cultural Vila Flores em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A associação administra um complexo arquitetônico que abriga atividades socioculturais e espaços para artistas. A associação promove eventos culturais, oficinas e cursos focados em arte, educação, empreendedorismo e urbanismo. Além disso, realiza projetos sociais como a venda de tigelas de cerâmica para arrecadação de recursos para moradores de rua.
O documento lista diversos eventos culturais como peças de teatro, exposições de arte, lançamentos de moda, cursos, oficinas, encontros, shows e visitas que ocorreram no espaço cultural Vila Flores ao longo de 2015.
Catálogo Vila Flores 2016 por Jéssica Jankvilaflores
O documento descreve a história e atualidade do Vila Flores, um espaço cultural localizado em Porto Alegre, Brasil. O Vila Flores foi construído nos anos 1920 e passou por um longo período de abandono até ser revitalizado na década de 2010 como centro de cultura, educação e empreendedorismo criativo. Atualmente, o Vila Flores oferece espaço para 23 residentes de diversas áreas criativas e promove eventos culturais abertos ao público.
Diário do Voluntário
Uma semana acompanhando a Oficina Cimento e Batom promovida pela ONG Mulher em Construção no Vila Flores.
Textos e fotografias: Ana Marisa Skavinski
Projeto gráfico: A Firma
Realização: ONG Mulher em Construção e Associação Cultural Vila Flores
Apresentação para o SEBRAE-RS (set/15)vilaflores
O documento resume as atividades e números de 2010 a 2014 do Vilaflores Cultural, um espaço cultural em Porto Alegre que oferece exposições, oficinas, apresentações e residências artísticas. O Vilaflores teve crescimento no número de visitantes e atividades entre 2010 e 2014 e desenvolve projetos relacionados a arquitetura, arte, educação e negócios com foco em colaboração, compartilhamento e comunidade.
O documento descreve a história e as atividades do Centro Cultural Vila Flores em Porto Alegre. Construído entre 1925-1928, o complexo arquitetônico abriga hoje atividades culturais, educacionais e negócios criativos. Desde 2009, vem passando por reformas e revitalização para se tornar um polo cultural com cursos, apresentações e incubadora de projetos que beneficiam a economia local.
This document summarizes the activities and growth of an education and culture center called Villa Flores in Porto Alegre, Brazil from 2010 to 2015. It saw significant increases in visitors, social media followers, and public programs offered. The center provides workshops, exhibitions, concerts and residencies in art, design, music, film and more to promote local culture and community. A testimony praises Villa Flores for its blend of high quality cultural offerings and community involvement, serving as a model for more livable cities.
A quantidade de materiais gráficos produzidos na Vila Flores aumentou gradualmente entre 2012 e 2015, com poucos materiais em 2012, mais em 2013, e uma quantidade significativamente maior em 2014 e 2015.
1) O hábito de fumar no Brasil vem diminuindo nos últimos anos, com a taxa atual de fumantes sendo de 10,8% da população contra 15,6% em 2006.
2) As campanhas do governo e medidas como aumento de impostos e proibição de propaganda, ajudaram a reduzir o número de fumantes.
3) No entanto, a capital com maior percentual de fumantes é Porto Alegre, com 16,4% da população, indicando que mais esforços ainda são necessários.
The document is a clipping from 2014 about Vila Flores em Rede. In 3 sentences or less, it discusses Vila Flores, a network in 2014, but no other key details are provided in the limited information given.
The document is a clipping from a Portuguese publication called "Vila Flores em Rede" from the year 2013. It likely contains a news article or other information from that year, but without being able to read the actual text, the high-level summary is limited to the publication name, type and year.
O cartaz anuncia a programação de abril de 2015 do Centro Cultural Vila Flores, com oficinas, apresentações teatrais, exposições, cineclube e atividades de conscientização. Inclui oficinas de cimento, bonecos, expressão corporal, teatro e fotografia, além de espetáculos, feira de moda, café teatral e encerramento de exposição. A programação é realizada em parceria com várias organizações culturais da região.
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto, um smartphone com câmera avançada e bateria de longa duração. O aparelho também possui um processador rápido e armazenamento em nuvem ilimitado. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
RENASCIMENTO DA URBANIDADE EM ÁREAS INDUSTRIAIS DEGRADADAS: UM NOVO USO PARA ANTIGAS MORADIAS DE ALUGUEL - PROJETO VILA FLORES
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EIXO TEMÁTICO: ( ) Ambiente e Sustentabilidade ( ) Crítica, Documentação e Reflexão (X) Espaço Público e Cidadania ( ) Habitação e Direito à Cidade ( ) Infraestrutura e Mobilidade ( ) Novos processos e novas tecnologias ( ) Patrimônio, Cultura e Identidade
RENASCIMENTO DA URBANIDADE EM ÁREAS INDUSTRIAIS DEGRADADAS: UM NOVO USO PARA ANTIGAS MORADIAS DE ALUGUEL - PROJETO VILA FLORES | PORTO ALEGRE | RS
URBANITY REVIVAL IN INDUSTRIAL DEGRADED AREAS: A NEW USE FOR OLD RENTAL HOUSING – THE VILA FLORES PROJECT | PORTO ALEGRE | RS
RENACIMIENTO DE LA URBANIDAD EN ÁREAS INDUSTRIALES DEGRADADAS: UN NUEVO USO PARA VIEJAS VIVIENDAS DE ALQUILER – PROYECTO VILA FLORES | PORTO ALEGRE | RS
BORTOLI, Fábio (1);
SBARDELOTTO, Gustavo (2);
(1) Professor, Professor, Centro Univesitário Ritter dos Reis, Uniritter, Mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS|PROPAR, Porto Alegre, RS, Brasil; e-mail: fabiobortoliarq@gmail.com
(2) Arquiteto, Mestrando, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS|PROPAR, Porto Alegre, RS, Brasil; e-mail: sbar.gustavo@gmail.com
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RENASCIMENTO DA URBANIDADE EM ÁREAS INDUSTRIAIS DEGRADADAS: UM NOVO USO PARA ANTIGAS MORADIAS DE ALUGUEL - PROJETO VILA FLORES | PORTO ALEGRE | RS
URBANITY REVIVAL IN INDUSTRIAL DEGRADED AREAS: A NEW USE FOR OLD RENTAL HOUSING – THE VILA FLORES PROJECT | PORTO ALEGRE | RS
RENACIMIENTO DE LA URBANIDAD EN ÁREAS INDUSTRIALES DEGRADADAS: UN NUEVO USO PARA VIEJAS VIVIENDAS DE ALQUILER – PROYECTO VILA FLORES | PORTO ALEGRE | RS
RESUMO
O potencial de intervenções pontuais de grande relevância comunitária para revitalização de zonas indústrias degradadas será tratado neste artigo através do estudo de caso do empreendimento Vila Flores em Porto Alegre, RS. O Conjunto Vila Flores e as características do seu atual processo de revitalização serão abordados e relacionados com exemplos de iniciativas semelhantes que tiveram sucesso na irradiação de urbanidade para o entorno e relacionarão este empreendimento ao que vem acontecendo em outras localidades. Através da ótica conceitual baseada de como as pessoas se apropriam dos espaços, será demonstrado o potencial deste tipo de empreendimento como alternativa para a revitalização de zonas industriais degradadas fora dos padrões imobiliários que, em geral, visa à ocupação destas áreas através da substituição das edificações existentes.
PALAVRAS-CHAVE: Regeneração urbana, loose space, Porto Alegre, 4º distrito
ABSTRACT
The potential of local interventions of great community relevance to revitalization of degraded industrial areas will be treated in this article through the case study of the Vila Flores Project in Porto Alegre, Brazil. The Vila Flores buildings and the characteristics of its current revitalization process will be related to examples of similar initiatives that have successfully irradiated urbanity to the environment. Through conceptual view based on how people appropriate spaces, this will demonstrate the potential of this type of development as an alternative to the revitalization of degraded industrial areas outside of the property standards wich aims the ocuppation of these areas by replacing the existing buildings.
KEY-WORDS: Urban regeneration, loose space, Porto Alegre, 4º distrito
RESUMEN
El potencial de las intervenciones ocasionales de gran relevancia para la revitalización de la comunidad de zonas degradadas industriales será tratado en este artículo a través del proyecto Flores Vila en Porto Alegre, Brazil. Las edificaciones del Vila Flores y las características de su proceso de revitalización se abordarán y relacionarán con iniciativas similares que tuviran éxito em la irradiación de urbanidad para el medio ambiente. A través de la vista conceptual baseado en cómo la gente se apropria de los espacios, se demostrará el potencial del proyecto como una alternativa a la revitalización de las áreas degradadas fuera de los padrones contrutivos de mercado donde se pretende la ocupación de estas áreas mediante la sustitución de los edificios existentes.
PALABRAS-CLAVE Regeneracion Urbana, loose space, Porto Alegre, 4º distrito
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1. INTRODUÇÃO
As cidades possuem grande dificuldade em lidar com espaços que perderam significado devido às mudanças, sejam elas, sociais, políticas, econômicas, culturais ou decorrentes do seu próprio desenvolvimento. Um dos fatores determinantes para isto é que a área urbana das cidades cresce em ritmo acelerado, mais rápido do que o previsto em qualquer planejamento. A paisagem resultante deste crescimento é complexa e de difícil interrelação entre seus elementos.
Poderíamos afirmar que a cidade tem perdido sua forma ao constatarmos que algumas partes não se articulam, mas isto seria precipitado: é importante relacionar a cidade contemporânea com outros fatores que a modificam. O primeiro deles é como sendo parte de um território mais amplo, integrante de uma rede urbana ou metropolitana. Esta constatação pode levar- nos a enxergar articulações além dos limites físicos da cidade e constatar necessidades de desarticulações com o todo para articularem-se mais fortemente com um elemento fora deste todo no qual a cidade está inserida.
Em segundo lugar, como sendo resultante da ação de distintos agentes sociais. A cidade não é mais somente o resultado de projetos estatais ou privados, ela é moldada pela mescla de interesses de usuários, moradores, incorporadores, construtoras, instituições financeiras, instituições governamentais, etc. Segundo Harvey (2005) a produção do espaço se dá pela relação entre estes agentes formadores do espaço urbano, com a dinâmica capitalista. Estes agentes se articulam em rede formando o que Trindade Junior (1998) define como territórios - espaços delimitados por relações de poder que sofrem domínio destes agentes e as territorialidades - formas com que estes agentes moldam a organização destes territórios e possui um sentido mais coletivo e comportamental.
Em terceiro lugar compreender a presença de diferentes temporalidades presentes no espaço urbano: a cidade vista como a sobreposição de diversos pensamentos e diferentes modelos de relações sociais que foram sendo construídos na forma urbanística e arquitetônica. Muitas destas estruturas não se desfazem e são sobrepostas, fazendo com que a cidade seja o fruto de processos que a antecederam. Além disto, nem sempre estas sobreposições são harmônicas, podendo gerar zonas dispersas e desarticuladas com o todo, que acabam degradando-se com o passar dos anos. A maior incidência destes locais na cidade contemporânea é em zonas outrora industriais, que sofreram o processo de desindustrialização.
Muitas cidades no mundo têm se organizado de uma forma a planejarem-se de uma forma ampliada, colocando seus projetos em ação através de novas formas de governar. É notório que não é mais possível fixar-se somente em instituições formais de governo e assim surge a necessidade de combinações dos setores público e privado, através de parcerias organizadas por meio de um planejamento estratégico.
Pelo entendimento que o papel do setor privado interfere na tomada das decisões urbanas, cidades como Frankfurt, Milão, Barcelona e Berlin fizeram associações de maneiras diversas. Apesar do caráter empresarial presente nestas parcerias público-privadas, há uma necessidade primordial que é de encontrar outras maneiras de governar a complexidade da cidade contemporânea. As antigas formas de governo não respondem mais aos anseios da população e estratégias de desenvolvimento precisam ser revistas.
Mesmo estas articulações publico-privadas são por muitas vezes complexas e difíceis de colocar em prática em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Elas exigem um
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grande planejamento de forma a integrar interesses dos diferentes lados envolvidos. Em virtude desta dificuldade, podemos notar alguns casos que diferem até mesmo do tipo de planejamento mencionado anteriormente, realizado por ações menos ortodoxas. Através da verificação das necessidades da comunidade ou de um despertar criativo de alguns grupos, surgem práticas que podem ser caracterizadas como “bottom-up”, ou de baixo para cima. São experiências que não esperam por um planejamento ou uma organização formal do estado ou de associações público-privadas e organizam-se para a ocupação de zonas abandonadas ou subutilizadas de formas alternativas.
Na antiga zona industrial de Porto Alegre, denominada 4º Distrito, surge através de um grupo de atores da área criativa, a iniciativa de reutilização, fora dos padrões imobiliários, do Conjunto Vila Flores, um antigo e deteriorado conjunto edificado que serviu de moradia de aluguel para os funcionários das fábricas da região. A proposta do grupo é a reciclagem de uso de forma a agrupar comércio local, moradia temporária e conjuntos comerciais ligadas à área criativa com zonas de convivência comuns. De modo geral, como se apresentará neste artigo, o Vila Flores poderia servir como núcleo revitalizador desta antiga zona industrial, um ponto de acupuntura urbana (LERNER, 2005), que, se bem estruturado, seria capaz de disseminar esta “energia revitalizadora” no entorno.
O potencial de intervenções pontuais de grande relevância comunitária será tratado neste artigo através do estudo de caso do Conjunto anteriormente mencionado, o Vila Flores, através da visão conceitual baseada de como as pessoas se apropriam dos espaços. Principalmente em espaços que permitam diferentes usos, os “loose spaces” (Franck and Stevens, 2007). O histórico do empreendimento Vila Flores e as características do seu atual processo de revitalização serão abordados a seguir. Exemplos de iniciativas semelhantes que tiveram sucesso na irradiação de energia revitalizadora urbana servirão de modo a relacionar este empreendimento ao que vem acontecendo em outras localidades e a fim de demonstrar o potencial do Conjunto como alternativa para a revitalização de zonas degradadas.
2. A REVITALIZAÇÃO E O “LOOSE SPACE”
O termo loose space é usado para designar esta apropriação dos espaços pelas pessoas e pode ser traduzido livremente, como “espaço permissivo”, seriam locais onde ações que nem sempre são as esperadas ocorrem. Um dos livros que compilam melhor esta ideia de apropriação dos espaços pelas pessoas é o “Loose Space - Possibility and diversity in urban life”, dos pesquisadores Karen Franck (Jersey Institute of Technology, Estados Unidos) e Quentin Stevens (University College London, Reino Unido).
Segundo Lofand (1998), um dos maiores prazeres de estar em público é a sensação de estarem livre de julgamentos. Em diversos espaços urbanos as pessoas realizam atividades que nem sempre são originalmente pensadas para estes locais. Às vezes o uso fixo deste lugar não existe mais, como em uma fábrica abandonada, ou nunca existiu, como abaixo de pontes e viadutos. São as possibilidades de apropriação do espaço pelas pessoas que o confirmam como “loose”. Estes tipos de espaços possibilitam oportunidades para exploração, para o descobrimento, para o inesperado, para o não regulado, para o espontâneo e, até mesmo para o risco. Os Loose spaces dão vitalidade às cidades, pois eles permitem o encontro com a diversidade. Segundo Jane JACOBS:
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Seja de que espécie for, a diversidade gerada pelas cidades repousa no fato de que nelas muitas pessoas estão bastante próximas e elas manifestam os mais diferentes gostos, habilidades, necessidades, carências e obsessões. (Jacobs, 2000 p.161)
A forma de ocupação, que antecede o projeto finalizado do conjunto de edificações Vila Flores, acontece de uma maneira permissiva, inclusiva e livre para a apropriação, servindo como laboratório social para experimentação de usos e soluções que por ventura poderão ser incorporados ao projeto quando finalmente concretizado. É uma nova forma de intervenção que parte do pressuposto que a utilização do espaço possa molda-lo. Na realização de eventos, nos quais os portões do Vila Flores são abertos, a comunidade é convidada a fazer parte das atividades que ali ocorrem e de apropriarem-se do local como ele sendo uma extensão do espaço público, um loose space. Este sentimento de looseness se estabelece entre estranhos porque no espaço público eles se evitam ao mesmo tempo em que se aceitam.
Organizadas pelos empreendedores, nestes eventos a comunidade conhece o espaço e utiliza- o das mais variadas maneiras e trazem vitalidade para o entorno. No livro “Micro planejamento – Práticas urbanas criativas”, organizado por Marcos L. Rosa através de variados exemplos, é demonstrado como ações em microescala, baseadas em práticas sociais e de apropriação coletiva podem transformar a configuração da paisagem urbana. Nestes espaços de experimentação, existe uma demanda para uma vida sociocultural que pode ser possibilitada por estas ações não ortodoxas de projetos que a partir da realidade local proponham sua reinterpretação, reuso e re-significado, operando como articuladores e interagindo com o meio urbano. Estas práticas organizam o lugar do encontro, são arquiteturas em pequena escala que se apoiam em estruturas existentes ou valem-se da ocupação do vazio para produzirem espaços com presença de urbanidade.
Dentre estas ações ocorridas até agora no local, podemos citar o projeto Simultaneidade, um evento multiartístico que aconteceu nos dias 7 e 8 de dezembro de 2 13 que buscava segundo a sua funpage oficial na rede social facebook:
Ativar memórias locais e reinventar os usos, permanências e passagens da cidade, inspirando a revitalizar as relações cotidianas. Durante dois dias, aconteceram no espaço do Vila Flores uma série de oficinas, exposições, apresentações musicais e teatrais e rodas de conversa. As atividades foram abertas, gratuitas e destinadas ao público. (PROJETO SIMULTANEIDADE, 2013)
Outras atividades também vêm ocorrendo no espaço, como oficinas de marcenaria, origami, pintura, concertos domésticos e até uma festa Junina que apesar de cobrar o ingresso, oferecia a população do entorno uma nova opção de entretenimento em uma zona que enfrenta a degradação e falta de espaços de encontro, afinal:
Nós gostamos é de ver gente na rua, na rua principal – gente nos lugares – Não importa se essa gente e convocada por ícones de consumo ou se é chamada a comparecer a lugares que clonam aura e memória. O que interessa é a qualidade de pluralidade que essas chamadas determinam. A pluralidade exigida por uma sociedade plural. E urbanidade que a partir destes lugares é certamente desfrutada. (CASTELLO, L. 2005 p.369.)
Vivemos em uma sociedade capitalista, não há como abster-se desta afirmação ao analisarmos as relações que se dão entre o meio urbano e as pessoas e entre as pessoas entre si. Estas relações se dão em espaços onde ocorrem trocas comerciais e em grande parte são em espaços que não são, mas copiam algumas características de espaço público para atrair maior número de usuários. Castello, 2007, define este tipo de lugares como lugares da clonagem.
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Apesar de clonarem características de outros lugares, estes diversificam o ambiente urbano, gerando vitalidade.
Através de políticas urbanas de desregulamentação urbanística e de parcerias entre o poder público e o privado, formam-se clusters urbanos criativos, que catalisam a vitalidade urbana como, por exemplo: Atelier Angus, em Montreal, Misssion bay em São Francisco e 22@ em Barcelona. Estes clusters de economia criativa valem-se de uma estratégia central produtiva baseada em serviços avançados de nova economia baseada no capital humano e reinventam a metrópole, construindo a cidade dentro da cidade (LEITE,2012). Os exemplos mencionados acima, assim como o objeto de estudo deste trabalho, o Vila Flores, ocupam áreas industriais obsoletas, otimizando estruturas pré-existentes e gerando uma cidade mais compacta e sustentável.
No entanto para uma regeneração urbana em grande escala de toda região do 4º distrito, o Vila Flores, que é apenas um núcleo, necessitaria estar inserido dentro de uma rede estratégica ligando diversos núcleos compactos geradores de urbanidade. No caso do 4º distrito, não existe uma agencia de desenvolvimento que gerencie o processo de revitalização mais abrangente, mas, ainda assim, este trabalho demonstra que a regeneração urbana, pode ser gerada através de um processo mais lento e gradual, por apenas um núcleo que espalhará sua energia para o entorno. Isto Já é visível no mapeamento das empresas da área criativa, chamado de Distrito Criativo (realizado pela agência Urbsnova), no bairro Floresta (bairro onde localiza-se o Vila Flores e integrante da região do 4º distrito) e sobre o qual falaremos mais nos capítulo: Ações paralelas.
3. O CONJUNTO VILA FLORES - HISTÓRICO
O Conjunto Vila Flores está localizado no miolo do bairro Floresta, na borda do centro da cidade, na região conhecida como 4º Distrito, tradicionalmente associada à produção industrial, de desenvolvimento consolidado já no início do século XX.
O Bairro Floresta se desenvolveu já em meados do século XIX na região compreendida entre dois eixos principais de conexão a norte: o Caminho Novo (atual Rua Voluntários da Pátria) e a Rua da Floresta (atual Avenida Cristóvão Colombo). Nesta época a ocupação residencial na região era descontínua, mas os primeiros empreendimentos industriais começavam a se implantar junto aos dois principais eixos viários: fábricas de chapéus, móveis, funilarias, produtos alimentares e cervejarias (SOUZA & MULLER, 2007). Nas primeiras décadas do século XX, se consolida a ocupação do bairro, com a consolidação de seu caráter industrial com a implantação de indústrias mecânicas e siderúrgicas (FRANCO, 2008). Dado este contexto de desenvolvimento industrial, surgem no bairro Floresta diversos conjuntos residenciais que dão suporte aos operários locais. Contudo, a partir da década de 1970, toda a região passou por processo de decadência: o fechamento de indústrias e transferência do parque industrial para outras cidades da região metropolitana expôs a área à apropriação de usos menos nobres, dispersou a insegurança e afugentou os residentes.
Construído para moradia de aluguel para trabalhadores da indústria local. O conjunto Vila Flores ocupa terreno na esquina das Ruas Hoffman e São Carlos. O projeto do Conjunto foi contratado pelo proprietário, Dr. Oscar Bastian Pinto, em meados da década de 1920, ao arquiteto José Lutzemberger, proeminente arquiteto, artista plástico e professor. Os dois edifícios que compõem o conjunto totalizam 2.332m² de área construída, onde se instalam 32 apartamentos. O terreno é grande o suficiente para que se disponha um pátio interno e um
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pavilhão de fundos, além de acessos que possibilitam a passagem de veículos. O Conjunto se mantém como seu uso original até 2010, o que explica que, mesmo em condições de decadência pelas quais passou toda a região do 4º distrito em décadas passadas, devido ao declínio das atividades industriais, tenha resistido relativamente íntegro quase um século depois de sua construção. Dadas as características do conjunto, o Vila Flores faz parte do inventário de bens de patrimônio municipal, e é listado como bem de interesse cultural para o Município.
Figura 1: Projeto Joseph Lutzenberguer, fachada do prédio de frente para a R. São Carlos.
Fonte: Vila Flores: Acupuntura Urbana no Quarto Distrito (2 14).
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Figura 2: Vista aérea edificações do Vila flores, Porto Alegre. Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
Figura 3 e 4: Fachadas das edificações Vila Flores, Porto Alegre.
Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
Figura 5: Vista do pátio interno.
Fonte: Goma Oficina, 2 14.
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Figura 6: Vista de satélite com marcação dos edifícios: 1 - Edifício Hoffman; 2 – Edifício São Carlos; 3 – galpão. Fonte: modificado de Vila Flores, 2 14 (2).
A partir da década de 1990, várias inciativas de investimentos públicos e privados tornaram possível a retomada das atividades econômicas locais, agora com viés voltado ao comércio, serviços e habitação. O potencial arquitetônico do Vila Flores permaneceu latente até 2010, quando uma nova geração de proprietários encampa o Conjunto e inicia ações para a “reabilitação do Conjunto e prevê junto à comunidade do local, artistas e coletivos da cidade a readequação do seu uso como um espaço cultural, núcleo de práticas colaborativas relacionadas à economia criativa, no intuito de contribuir para a revitalização cultural do 4º Distrito” (WALLIG e SIELSKI, 2 13).
4. O CONJUNTO VILA FLORES – PROJETO DE REVITALIZAÇÃO
A partir de 2011, o escritório GOMA OFICINA inicia os trabalhos de levantamento e projeto para revitalização das edificações e adaptação de novos usos. A ideia central é utilizar o conjunto edificado como base de intervenções de reforma e recuperação, com o objetivo de implantar novas atividades de comércio, serviços e habitação voltadas às atividades criativas.
“Este projeto tem como ambição a revitalização dos edifícios e adaptação de seu uso a uma demanda contemporânea. Vemos a intervenção como um grande potencial para melhoria da região e manutenção da memória e do patrimônio material de Porto Alegre” (Vila Flores (2), 2 14).
O projeto arquitetônico, base das intervenções que vêm sendo realizadas desde o início do processo de revitalização, prevê que as fachadas principais e telhados serão restaurados, para manter as características do Conjunto. Nos dois edifícios principais, estruturas de apoio serão acopladas às fachadas internas, para instalação de infraestruturas e serviços em cada pavimento e cobertura (Figura 8). A abertura dos muros no alinhamento permitirá que o pátio seja extensão do passeio público. “O térreo é uma galeria comercial com lojas voltadas para esse pátio. O Galpão no fundo adquire então uma função diferenciada de serviço ao usuário: um restaurante, um café , uma sala de exposição ou sala de eventos” (Vila Flores (2), 2014).
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O Edifício São Carlos receberá salas comerciais: o pavimento tipo pode ser compartimentado em salas menores, com acesso pelas circulações verticais originais, diretamente da rua, são de uso exclusivo dos condôminos e eventuais clientes. O Edifício Hoffmann, continuará sendo, em seus pavimentos tipo, apartamento para habitação, em regime de aluguel tradicional (nos apartamentos maiores) ou para aluguel de curtas temporadas (nas células menores). O acesso permanece exclusivo e independente dos usos do térreo, diretamente pela Rua Hoffman.
Figura 7: Projeto de Revitalização - Planta do pavimento térreo.
Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
Figura 8: Projeto de Revitalização – perspectiva aérea do conjunto edificado.
Figura 9: Projeto de Revitalização – perspectiva do pátio interno
Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
A fim de angariar fundos para a viabilização do projeto, que não vem alavancado por alguma incorporadora, os idealizadores do projeto já iniciaram a utilização do espaço. Mesmo em precárias condições, através de aluguel subsidiado e, por vezes, articulado com a troca de melhorias no imóvel, começa a se envolver uma comunidade cativa ao projeto.
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Figura 10 - Processo de ocupação do “loose space” pátio interno do Vila Flores, Porto Alegre. Fonte: Vila Flores, 2014 (2).
Conforme Wallig e Sielski (2013), o primeiro encontro na Vila Flores aconteceu em dezembro de 2012. Dois grupos de pesquisa que tem trazido ao cotidiano a prática colaborativa como possibilidade de troca de saberes e descontinuidades no cotidiano estavam presentes: Arte e Vida nos Limites da Representação, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), que reúne artistas e colaboradores do coletivo Geodésica Cultural Itinerante, e o Transitar, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Desde então, inúmeras atividades são conduzidas nos espaços do Vila Flores, sempre buscando integrar o caráter criativo e a ocupação comunitária do conjunto. As atividades ocorrem de maneiras variadas, sempre com o fim de apropriação do espaço de maneira semi-publica, abrindo os jardins para quem circula e logo, articulando a urbanidade para o entorno imediato. São tipicamente, oficinas criativas, workshops, seminários, atividades artísticas e shows que têm ocupado a agenda do Vila Flores de forma quase ininterrupta. Além dos eventos programados, já ocupam o Conjunto uma oficina de marcenaria, atelier e fotografia, oficina de personalização de bicicletas e sede de ativistas digitais.
Figura 11 – Atividades que ocorreram no Vila Flores. Fonte: Vila Flores, 2 14 (2).
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5. AÇÕES PARALELAS - O DISTRITO CRIATIVO
O processo de revitalização da região do 4º Distrito conta hoje com iniciativas públicas, coordenadas pelo Grupo de Trabalho do 4º Distrito, da Secretaria de Urbanismo da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Contudo, são as ações independentes, proporcionadas por associações entre moradores e iniciativa privada, que têm surtido maior efeito na escala da urbanidade.
Uma das inciativas que ganhou mais destaque nos últimos anos é o Projeto Distrito Criativo de Porto Alegre, “coletivo de artistas e empreendedores em Economia Criativa, Economia do Conhecimento e da Experiência” (UrbsNova, 2 14). O Projeto Distrito Criativo mapeou “63 pontos relacionados a Economia Criativa, do Conhecimento e da Experiência (em azul no mapa), que se concentram principalmente nesta região do bairro Floresta” (figura 12) e estabelece estratégias para ação em conjunto deste agentes. São atividades já estabelecidas e consolidadas, ligadas à produção e exposição de arte e atividades criativas, como atelieres de arte, galerias de arte, oficinas de artesanato, estúdios de dança e música, coworking de caráter criativo e oficinas de bonecos. O mapeamento, apresentado na figura 12, traz informações do potencial que economia possui para impulsionar a recuperação de toda esta região da cidade.
Figura 12 – Mapa do Distrito Criativo de Porto Alegre com a localização do Conjunto Vila Flores. Fonte: Modificado de Distrito Criativo em base do Google Maps, 2 14.
6. O POTENCIAL DA INICIATIVA – OUTROS CASOS
É importante relacionar o que vem acontecendo no 4º distrito a partir do empreendimento Villa Flores, com outros exemplos similares. Um destes exemplos situa-se em Porto Alegre, um antigo agrupamento de galpões, que foi convertido em centro de entretenimento com restaurantes e um cinema. Segundo Ruth Verde Zein, em texto referencial no site do escritório responsável pelo projeto:
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“Remetendo-se ao tecido tradicional da cidade e à tipologia habitacional dos imigrantes italianos que o ocuparam no inicio do século; aceitando como alavanca para mover a criação às contingências formadas pelas construções existentes, quase desinteressantes e sem brilho; respeitando a rua externa como parte da vitalidade urbana e valorizando a rua interna como elemento conector despojado e quase natural – se comparado com as soluções habituais de centros comerciais, geralmente fechados em contêineres autossuficientes – os arquitetos trabalharam e criaram. E desse amálgama extraíram uma solução regular, simples e inteligente: o continuum das novas fachadas como pele, filtro, elemento de apoio e de requalificação dos espaços externos e internos. A qual se desdobra para atender particularidades de esquinas, da pequena praça, do portal, uniformemente, reiterativamente, apostando na repetição com sutis variações (lição aprendida da cidade tradicional) como viés de criação de um contexto que não é repetição do passado, mas sua reinvenção” (Ruth Verdi no site do escritório MOOMAA)
Este local, conhecido hoje como “Nova Olaria” virou um lugar de referência na cidade Baixa, bairro contíguo ao centro de Porto Alegre. Este lugar de boêmia espalhou sua energia para primeiramente a rua no qual está localizado e logo depois para algumas ruas no entorno. Foi ele o elemento gerador da referência boêmia que é hoje em dia este bairro em porto alegre. Todas as noites este é o bairro onde se vê mais gente na rua, mais bares abertos, e a tão almejada vitalidade da qual se referia Jane Jacobs.
Figura 13 –Fachada externa e pátio interno do Nova Olaria.
Fonte: www.moomaa.arq.br
Na cidade de Lisboa em Portugal o empreendimento LX Factory apropria-se de uma antiga ruína industrial de 23.000m² edificados situadas na freguesia de Alcântara e que serviu de sede para a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense ( um dos mais importantes complexos fabris de Lisboa) para transforma-lo em um centro para os empreendedores da área criativa, um centro de artes e também de eventos. Segundo o site do empreendimento: Uma fração de cidade que durante anos permaneceu escondida é agora devolvida à cidade na forma da LXFACTORY. Uma ilha criativa ocupada por empresas e profissionais da indústria também tem sido cenário de um diverso leque de acontecimentos nas áreas da moda, publicidade, comunicação, multimídia, arte, arquitetura, música, etc. gerando uma dinâmica que tem atraído inúmeros visitantes a redescobrir esta zona de Alcântara. Em LXF, a cada passo vive-se o ambiente industrial. Uma fábrica de experiências onde se torna possível intervir, pensar, produzir, apresentar ideias e produtos num lugar que é de todos, para todos. (LX FACTORY)
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Figura 14 –Festa nos jardins da LX factory .
Fonte: www.spottedbylocals.com/lisbon/lx- factory/
Figura 15 –Feira nos jardins da LX factory.
Fonte: www.bigcitiesbrightlights.wordpress.com
Figura 16 –empresas residentes da área criativa no LX factory.
Fonte: www.lxfactory.com
Em comum com o Vila Flores, estes dois empreendimentos mencionados acima, buscam trazer novo significado a um local sem abrir mão de sua história. Ambos de maneira empreendedora e criativa oferecem à cidade locais com maior vitalidade e urbanidade. Embora o empreendimento Nova Olaria, não englobe um processo de regeneração que envolva a comunidade, vemos que a população de Porto Alegre é receptiva a este tipo de empreendimento que resgata a história dos lugares e se apropria dele como se fosse um espaço de uso público.
Contudo, o empreendimento de Lisboa é o que mais se aproxima ao objeto de estudo deste artigo. O LX Factory engloba a reciclagem de uso de uma edificação industrial, ocupando-a com atividades da economia criativa e o mais importante, faz com que a comunidade participe do processo de reconstrução do lugar. Através de atividades que a convidam a comunidade a conhecer os novos usos que agora ocupam estas edificações históricas e vivenciar o espaço diverso e apropriável. Um espaço com menos regras, um loose space.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revitalização do Conjunto Vila Flores demonstra o potencial de ações de pequena escala na geração de urbanidade. O caminho pelo qual o empreendimento percorre para viabilizar o projeto de revitalização é o principal agente gerador de urbanidade.
Ao concentrar as atenções na formação econômica de atividades de perfil criativo, o projeto desloca as atenções das ações físicas em si (e do próprio projeto arquitetônico), para o conjunto de ações e atividades comunitárias que têm patrocinado a ocupação real do Vila Flores, mesmo antes da realização de obras definitivas. Esta estratégia, que tem também uma motivação econômica (já que reduz o investimento inicial e viabiliza o financiamento direto das obras), acaba por proporcionar um relativo sucesso ao empreendimento, medida pela riqueza da apropriação das pessoas ao lugar, já nesta etapa inicial. Ao utilizar o caráter arquitetônico histórico do Conjunto, o projeto adota a estratégia que Castello (2007) classificou como lugares da memória, uma via de atuação possível para manutenção do patrimônio arquitetônico.
Ao mantermos as edificações presentes na memoria dos habitantes, mantemos a memória do lugar como referência do dos acontecimentos locais. Entretanto isto não limita o uso das edificações que devem se adaptar aos novos usos e aos novos tempos. No caso do Vila flores, o que era moradia de operários das fábricas da região, tornar-se-á locais de trabalho para empreendedores da área criativa, moradia temporária para artistas, professores e alunos de faculdades, centro de atividades de aprendizagem e ainda contará com espaço para eventos e apresentações performáticas. Estas alterações de uso não descaracterizam o conjunto visualmente, que permanece como em outras épocas como lugar da memória, mas o insere também como lugar da urbanidade ao proporcionar um novo local de encontro para a comunidade CASTELLO (2007).
Apesar do empreendimento, por si só ser gerador de urbanidade, não podemos desconsiderar a presença deste empreendimento no contexto de outras ações, brevemente coordenadas e posteriores ao Vila flores, como o Distrito Criativo que está mapeando os empreendedores da área criativa que vem instalando-se na região. O potencial retro alimentador destas ações individuais pode constituir a chave para verdadeira recuperação do bairro, sendo que é a visualização destas ações articuladas em rede uma confirmação de que a região está de fato se regenerando e revitalizando e que, cada vez mais, atrairá novas atividades para a região.
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8. REFERÊNCIAS
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LERNER, Jaime. Acupuntura Urbana. 3ª edição Editora Record, Rio de Janeiro,2005.
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