1) O documento discute a noção de infinito em Spinoza e como ela é abordada no poema de Borges sobre Spinoza.
2) Spinoza desenvolve uma concepção rigorosa de infinito baseada na matemática e geometria, enquanto Borges sugere que o infinito só pode ser apreendido pela imaginação.
3) Há uma relação especular entre as mãos de Spinoza que poliam lentes e sua filosofia, apontando para o aprimoramento do pensamento filosófico, ao passo que Borges quase de
Este documento apresenta a história da psicografia de um conjunto de sonetos pelo poeta Augusto dos Anjos através do médium Gilberto Campista Guarino. Descreve a admiração de Hernani Guimarães Andrade pelo poeta e como, durante uma conversa, Guarino psicografou um soneto de Anjos. Andrade mais tarde recebeu o título do soneto diretamente de Anjos, mostrando que o espírito do poeta ainda se interessava por temas filosóficos.
O autor critica a abordagem da ciência moderna que trata os objetos como meras variáveis para manipulação, ignorando sua opacidade. Ele argumenta que a ciência deve reconhecer que suas construções se baseiam em um mundo existente, em vez de reivindicar autonomia total. A filosofia também deve evitar reduzir o pensamento a mera operação cega, e reconhecer que o conhecimento surge de nosso contato com o mundo.
1) O documento analisa o romance "A Prisioneira" de Marcel Proust, focando na representação dos sons e da memória.
2) O narrador usa seus sentidos, especialmente a audição, para acessar memórias e compreender a si mesmo, funcionando como um "diapasão" que ecoa sons.
3) Isso representa uma mudança estética na obra de Proust, da metáfora óptica para uma especulação mais linguística e acústica, expressando a relação entre ruído e sentido através da
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
O documento descreve a filosofia de Platão sobre o amor e a natureza da realidade. Ele acreditava que existem verdades eternas e imutáveis que estão por trás do mundo visível, e que o filósofo pode alcançar essas verdades por meio da razão. O Mito da Caverna ilustra como a maioria das pessoas vive presa a ilusões, enquanto poucos conseguem ver a realidade verdadeira. Platão também defendia que o amor é um impulso para alcançar o bem, e que a beleza le
1) O documento é uma transcrição do seminário de Jacques Lacan sobre o livro 2 de seu Seminário, que trata do eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise.
2) Lacan inicia o seminário definindo o eu como um problema complexo, que foi elaborado por filósofos ao longo dos séculos e pela consciência comum, de forma diferente da teoria freudiana, que introduziu algo radicalmente novo.
3) Ele também discute a atração e submissão à noção pré-analítica de eu, mesmo que a noção
1) O documento analisa a obra A Montanha Mágica de Thomas Mann sob a perspectiva da alquimia e símbolos.
2) O protagonista Hans Castorp passa por uma transformação espiritual ao longo de sete anos no sanatório, que é visto como um espaço sagrado.
3) A narrativa guia a formação da consciência de Hans e sua iniciação pode ser analisada com base nos arquétipos junguianos.
1) Platão fundou a Academia em Atenas para educar futuros líderes e ensinar filosofia, astronomia, ginástica e matemática. 2) Ele acreditava na existência de verdades eternas e imutáveis sobre o certo e o errado, representadas no Mito da Caverna. 3) Para Platão, o amor é uma força que impele a alma em busca do bem, representado pela beleza e sabedoria.
André lepecki no metaplano, o encontroDaniel Kairoz
O documento descreve um encontro improvável entre duas pessoas que cria uma harmonia no meio do ruído do mundo. Apesar de tudo permanecer igual, o rearranjo molecular dos corpos faz com que vibrem de modo mais alegre. O importante é saber como não ser indigno perante o acontecimento e fazer com que ele se desdobre em mais encontros.
Este documento apresenta a história da psicografia de um conjunto de sonetos pelo poeta Augusto dos Anjos através do médium Gilberto Campista Guarino. Descreve a admiração de Hernani Guimarães Andrade pelo poeta e como, durante uma conversa, Guarino psicografou um soneto de Anjos. Andrade mais tarde recebeu o título do soneto diretamente de Anjos, mostrando que o espírito do poeta ainda se interessava por temas filosóficos.
O autor critica a abordagem da ciência moderna que trata os objetos como meras variáveis para manipulação, ignorando sua opacidade. Ele argumenta que a ciência deve reconhecer que suas construções se baseiam em um mundo existente, em vez de reivindicar autonomia total. A filosofia também deve evitar reduzir o pensamento a mera operação cega, e reconhecer que o conhecimento surge de nosso contato com o mundo.
1) O documento analisa o romance "A Prisioneira" de Marcel Proust, focando na representação dos sons e da memória.
2) O narrador usa seus sentidos, especialmente a audição, para acessar memórias e compreender a si mesmo, funcionando como um "diapasão" que ecoa sons.
3) Isso representa uma mudança estética na obra de Proust, da metáfora óptica para uma especulação mais linguística e acústica, expressando a relação entre ruído e sentido através da
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
O documento descreve a filosofia de Platão sobre o amor e a natureza da realidade. Ele acreditava que existem verdades eternas e imutáveis que estão por trás do mundo visível, e que o filósofo pode alcançar essas verdades por meio da razão. O Mito da Caverna ilustra como a maioria das pessoas vive presa a ilusões, enquanto poucos conseguem ver a realidade verdadeira. Platão também defendia que o amor é um impulso para alcançar o bem, e que a beleza le
1) O documento é uma transcrição do seminário de Jacques Lacan sobre o livro 2 de seu Seminário, que trata do eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise.
2) Lacan inicia o seminário definindo o eu como um problema complexo, que foi elaborado por filósofos ao longo dos séculos e pela consciência comum, de forma diferente da teoria freudiana, que introduziu algo radicalmente novo.
3) Ele também discute a atração e submissão à noção pré-analítica de eu, mesmo que a noção
1) O documento analisa a obra A Montanha Mágica de Thomas Mann sob a perspectiva da alquimia e símbolos.
2) O protagonista Hans Castorp passa por uma transformação espiritual ao longo de sete anos no sanatório, que é visto como um espaço sagrado.
3) A narrativa guia a formação da consciência de Hans e sua iniciação pode ser analisada com base nos arquétipos junguianos.
1) Platão fundou a Academia em Atenas para educar futuros líderes e ensinar filosofia, astronomia, ginástica e matemática. 2) Ele acreditava na existência de verdades eternas e imutáveis sobre o certo e o errado, representadas no Mito da Caverna. 3) Para Platão, o amor é uma força que impele a alma em busca do bem, representado pela beleza e sabedoria.
André lepecki no metaplano, o encontroDaniel Kairoz
O documento descreve um encontro improvável entre duas pessoas que cria uma harmonia no meio do ruído do mundo. Apesar de tudo permanecer igual, o rearranjo molecular dos corpos faz com que vibrem de modo mais alegre. O importante é saber como não ser indigno perante o acontecimento e fazer com que ele se desdobre em mais encontros.
Este documento apresenta uma análise da hermenêutica de Paul Ricoeur e como ela se desenvolveu ao longo de sua obra.
O autor argumenta que a verdadeira contribuição de Ricoeur se dá sob diferentes figuras de uma única hermenêutica, conciliando aspectos ontológicos, existenciais e metodológicos. Ele também discute as influências dos filósofos existencialistas Jaspers e Marcel no desenvolvimento inicial da hermenêutica de Ricoeur, especialmente no que diz respeito à compreensão como uma via longa entre
Nesta entrevista, Olavo de Carvalho discute sua visão da filosofia como um compromisso em compreender a realidade sem ignorar fatos, e não como uma invenção de explicações. Ele critica a situação dos estudos filosóficos no Brasil e a promoção da "filosofia para crianças". Carvalho também fala sobre sua experiência positiva na Romênia e seu apreço pelos romenos.
1) O documento discute a teoria da Idéia em Tomás de Aquino, desde Platão.
2) A teoria da Idéia é abordada em quatro passos: a Idéia em si, a Idéia como Verbo, a Idéia como Forma, e a relação entre Idéia e esse.
3) A teoria da Idéia representa a linha de coerência do pensamento filosófico ocidental desde Platão até Descartes, tendo seu ápice em Boaventura e Tomás de Aquino.
Gaston bachelard e michel foucault a linguagem, o tempo e o espaço dossie_01_...Civone Medeiros
Este artigo compara o pensamento de Gaston Bachelard e Michel Foucault sobre a linguagem na literatura e suas relações com o tempo e o espaço. Bachelard critica a noção bergsoniana de duração do tempo e defende que o instante é a verdadeira realidade temporal. Ele também analisa como a literatura representa o tempo descontínuo da memória através do espaço nas imagens poéticas. Foucault também examina a linguagem literária e sua relação com o espaço, embora tenha divergências com Bachelard sobre a natureza do tempo
1. Jacques Lacan se apropriou de conceitos da ciência e estruturalismo para desenvolver suas teses sobre a psicanálise, como a noção de que o sujeito é constituído pela linguagem.
2. Lacan não pretendia esgotar todos os seus conceitos, propondo um programa epistemológico incompleto e exterior.
3. Sua obra consiste nos seminários transcritos e nos escritos publicados antes e depois de 1966, organizados como uma forma cultural, ainda que não pretenda ser absoluta.
1) Este livro apresenta estudos sobre vidas sucessivas e reencarnação conduzidos por Albert de Rochas no final do século 19.
2) Rochas realizou experiências de regressão de memória sob hipnose que revelaram lembranças de vidas passadas, fornecendo evidências científicas para a teoria da reencarnação.
3) O livro discute crenças antigas sobre a imortalidade da alma, apresenta os estudos de Rochas e observações de fenômenos análogos, e responde a obje
Jean-Jacques Rousseau aponta para o dilema entre essência e aparência no ser humano. Ele descreve como o homem saiu de um suposto estado natural, onde era essencialmente bom, para um estado de corrupção moral na sociedade, onde as pessoas buscam apenas aparências. Rousseau assume para si a tarefa de buscar sua própria essência através do amor de si, livre da influência da opinião pública.
O documento discute a noção de imitatio na literatura latina, abordando sua definição, implicações e controvérsias. Apresenta as perspectivas de Platão, Aristóteles e outros autores clássicos sobre a imitação e mimesis. Explora a distinção entre imitatio, considerada legítima, e plágio.
1) O documento discute a diferença entre estar cansado e estar esgotado segundo a obra de Beckett. 2) Estar cansado significa não ter mais energia para realizar possibilidades, enquanto estar esgotado significa não ter mais possibilidades ou capacidade de gerar possibilidades. 3) O esgotado esgota todas as possibilidades através de combinações exaustivas e sem preferência, objetivo ou significado, diferentemente do cansado.
Este documento apresenta os direitos autorais de uma obra literária disponibilizada gratuitamente online pela equipe Le Livros e seus parceiros com o objetivo de oferecer conteúdo para pesquisa e estudo acadêmico. É proibida a venda ou uso comercial do conteúdo. A equipe acredita que conhecimento e educação devem ser acessíveis e livres para todos.
1) O documento discute a experiência de Victor Hugo com o espiritismo após seu exílio em Jersey em 1852, incluindo sessões com mesas girantes mediadas por Delphine de Girardin.
2) Hugo acreditava plenamente nas comunicações espíritas e via o espiritismo como uma janela para o mundo invisível.
3) Ele registrou cuidadosamente as sessões espíritas por vários anos, mas os cadernos originais foram perdidos.
Este documento discute a relação entre antropologia e filosofia ao analisar textos e mitos amazônicos. Aborda como esses textos desafiam nossas categorias conceituais e como a morte e a transformação estão presentes nos mitos. Também reflete sobre como os achados arqueológicos na Amazônia não correspondem necessariamente ao que é considerado cientificamente verdadeiro.
O documento apresenta o projeto de dissertação de mestrado de Arlindo Nascimento Rocha sobre os paradoxos da condição humana na filosofia de Blaise Pascal. O trabalho analisará a relação entre miséria e grandeza humana nos Pensamentos de Pascal, abordando a antropologia, epistemologia e psicologia do homem paradoxal.
Este documento resume o capítulo sobre o pensamento humanista-renascentista e suas características gerais, abordando conceitos como o significado historiográfico do termo "Humanismo", a interpretação da "Renascença" como "renovação" e "volta aos antigos", e as principais figuras e debates filosóficos do período, como o neoplatonismo de Nicolau de Cusa, Marsílio Ficino e Pico della Mirandola.
O documento discute a relação entre narrativa e arquitetura. O autor argumenta que assim como a narrativa "configura" o tempo através da linguagem, a arquitetura "configura" o espaço através da construção. Ele propõe que há uma analogia entre o ato de contar uma história e o ato de construir um edifício. O autor também discute como a narrativa e a arquitetura estão enraizadas no habitar humano e na vida cotidiana.
1) O documento discute a hipótese de que a história não começou na Mesopotâmia como é amplamente aceito, mas sim na ilha de Bimini nas Bahamas.
2) Estruturas submersas artificiais foram descobertas perto de Bimini, possivelmente os restos de uma antiga civilização.
3) A ilha de Bimini era famosa por sua lendária "Fonte da Juventude", relacionada a mitos antigos sobre fontes de vida eterna, sugerindo um povoamento muito antigo.
Curso Lacan e a Psicanálise- Aula 4: Seminário 2: O eu na teoria de Freud e n...Alexandre Simoes
O seminário 2 de Lacan introduz o conceito do imaginário e discute a noção do eu na teoria psicanalítica. Lacan argumenta que o eu não é o mesmo que o indivíduo e que o sujeito é ex-cêntrico em relação ao eu. Ele também discute como o desejo está ligado ao desejo do outro e como o inconsciente é um discurso produzido pelo outro.
O documento discute a organização dos saberes na Europa nos séculos XI-XII, conhecida como Trivium e Quadrivium. O Trivium incluía dialética, gramática e retórica, enquanto o Quadrivium compreendia geometria, aritmética, música e astronomia/astrologia. A educação medieval se baseava nessas sete artes liberais de forma integrada.
O documento descreve Roland Barthes e seu livro "O Prazer do Texto". O texto discute como Barthes analisa o prazer da leitura e escrita através da perspectiva do leitor e do autor. Barthes argumenta que o prazer vem de rupturas na linguagem que redistribuem o código. O prazer do texto reside na fenda entre a cultura e sua destruição.
Este documento presenta un resumen de la evaluación de la Comunidad Educativa Provincial (CEP) para el periodo 2010-2011. Reporta los resultados de 5 estrategias evaluadas: 1) educar en la fe de manera innovadora, 2) desarrollar procesos de enseñanza que fortalezcan la comunicación y uso de tecnología, 3) promover la participación familiar, 4) fortalecer la formación ética, y 5) conocer el carisma salesiano. Se informan las metas propuestas y los logros provinciales para cada estrategia, generalmente entre
Eventos Blogs de Letras com PJ Pereira e Editora Livros de SafraMilena Cherubim
Encontro realizado mensalmente com algum autor ou editora para um grupo de blogueiros literário. Bate papo com autor e representante da editora super importantes para o aprimoramento do blogueiro.
1. O autor descreve seus primeiros cigarros roubados do bolso do pai aos 14 anos, incentivado por um amigo. Isso marcou o início de seu hábito de fumar.
2. Ele relembra sua infância na Áustria e amigos que fumavam cigarros baratos da época.
3. Ao escrever sobre suas memórias do início do hábito de fumar, o autor acredita estar curado da vontade de fumar.
Este documento apresenta uma análise da hermenêutica de Paul Ricoeur e como ela se desenvolveu ao longo de sua obra.
O autor argumenta que a verdadeira contribuição de Ricoeur se dá sob diferentes figuras de uma única hermenêutica, conciliando aspectos ontológicos, existenciais e metodológicos. Ele também discute as influências dos filósofos existencialistas Jaspers e Marcel no desenvolvimento inicial da hermenêutica de Ricoeur, especialmente no que diz respeito à compreensão como uma via longa entre
Nesta entrevista, Olavo de Carvalho discute sua visão da filosofia como um compromisso em compreender a realidade sem ignorar fatos, e não como uma invenção de explicações. Ele critica a situação dos estudos filosóficos no Brasil e a promoção da "filosofia para crianças". Carvalho também fala sobre sua experiência positiva na Romênia e seu apreço pelos romenos.
1) O documento discute a teoria da Idéia em Tomás de Aquino, desde Platão.
2) A teoria da Idéia é abordada em quatro passos: a Idéia em si, a Idéia como Verbo, a Idéia como Forma, e a relação entre Idéia e esse.
3) A teoria da Idéia representa a linha de coerência do pensamento filosófico ocidental desde Platão até Descartes, tendo seu ápice em Boaventura e Tomás de Aquino.
Gaston bachelard e michel foucault a linguagem, o tempo e o espaço dossie_01_...Civone Medeiros
Este artigo compara o pensamento de Gaston Bachelard e Michel Foucault sobre a linguagem na literatura e suas relações com o tempo e o espaço. Bachelard critica a noção bergsoniana de duração do tempo e defende que o instante é a verdadeira realidade temporal. Ele também analisa como a literatura representa o tempo descontínuo da memória através do espaço nas imagens poéticas. Foucault também examina a linguagem literária e sua relação com o espaço, embora tenha divergências com Bachelard sobre a natureza do tempo
1. Jacques Lacan se apropriou de conceitos da ciência e estruturalismo para desenvolver suas teses sobre a psicanálise, como a noção de que o sujeito é constituído pela linguagem.
2. Lacan não pretendia esgotar todos os seus conceitos, propondo um programa epistemológico incompleto e exterior.
3. Sua obra consiste nos seminários transcritos e nos escritos publicados antes e depois de 1966, organizados como uma forma cultural, ainda que não pretenda ser absoluta.
1) Este livro apresenta estudos sobre vidas sucessivas e reencarnação conduzidos por Albert de Rochas no final do século 19.
2) Rochas realizou experiências de regressão de memória sob hipnose que revelaram lembranças de vidas passadas, fornecendo evidências científicas para a teoria da reencarnação.
3) O livro discute crenças antigas sobre a imortalidade da alma, apresenta os estudos de Rochas e observações de fenômenos análogos, e responde a obje
Jean-Jacques Rousseau aponta para o dilema entre essência e aparência no ser humano. Ele descreve como o homem saiu de um suposto estado natural, onde era essencialmente bom, para um estado de corrupção moral na sociedade, onde as pessoas buscam apenas aparências. Rousseau assume para si a tarefa de buscar sua própria essência através do amor de si, livre da influência da opinião pública.
O documento discute a noção de imitatio na literatura latina, abordando sua definição, implicações e controvérsias. Apresenta as perspectivas de Platão, Aristóteles e outros autores clássicos sobre a imitação e mimesis. Explora a distinção entre imitatio, considerada legítima, e plágio.
1) O documento discute a diferença entre estar cansado e estar esgotado segundo a obra de Beckett. 2) Estar cansado significa não ter mais energia para realizar possibilidades, enquanto estar esgotado significa não ter mais possibilidades ou capacidade de gerar possibilidades. 3) O esgotado esgota todas as possibilidades através de combinações exaustivas e sem preferência, objetivo ou significado, diferentemente do cansado.
Este documento apresenta os direitos autorais de uma obra literária disponibilizada gratuitamente online pela equipe Le Livros e seus parceiros com o objetivo de oferecer conteúdo para pesquisa e estudo acadêmico. É proibida a venda ou uso comercial do conteúdo. A equipe acredita que conhecimento e educação devem ser acessíveis e livres para todos.
1) O documento discute a experiência de Victor Hugo com o espiritismo após seu exílio em Jersey em 1852, incluindo sessões com mesas girantes mediadas por Delphine de Girardin.
2) Hugo acreditava plenamente nas comunicações espíritas e via o espiritismo como uma janela para o mundo invisível.
3) Ele registrou cuidadosamente as sessões espíritas por vários anos, mas os cadernos originais foram perdidos.
Este documento discute a relação entre antropologia e filosofia ao analisar textos e mitos amazônicos. Aborda como esses textos desafiam nossas categorias conceituais e como a morte e a transformação estão presentes nos mitos. Também reflete sobre como os achados arqueológicos na Amazônia não correspondem necessariamente ao que é considerado cientificamente verdadeiro.
O documento apresenta o projeto de dissertação de mestrado de Arlindo Nascimento Rocha sobre os paradoxos da condição humana na filosofia de Blaise Pascal. O trabalho analisará a relação entre miséria e grandeza humana nos Pensamentos de Pascal, abordando a antropologia, epistemologia e psicologia do homem paradoxal.
Este documento resume o capítulo sobre o pensamento humanista-renascentista e suas características gerais, abordando conceitos como o significado historiográfico do termo "Humanismo", a interpretação da "Renascença" como "renovação" e "volta aos antigos", e as principais figuras e debates filosóficos do período, como o neoplatonismo de Nicolau de Cusa, Marsílio Ficino e Pico della Mirandola.
O documento discute a relação entre narrativa e arquitetura. O autor argumenta que assim como a narrativa "configura" o tempo através da linguagem, a arquitetura "configura" o espaço através da construção. Ele propõe que há uma analogia entre o ato de contar uma história e o ato de construir um edifício. O autor também discute como a narrativa e a arquitetura estão enraizadas no habitar humano e na vida cotidiana.
1) O documento discute a hipótese de que a história não começou na Mesopotâmia como é amplamente aceito, mas sim na ilha de Bimini nas Bahamas.
2) Estruturas submersas artificiais foram descobertas perto de Bimini, possivelmente os restos de uma antiga civilização.
3) A ilha de Bimini era famosa por sua lendária "Fonte da Juventude", relacionada a mitos antigos sobre fontes de vida eterna, sugerindo um povoamento muito antigo.
Curso Lacan e a Psicanálise- Aula 4: Seminário 2: O eu na teoria de Freud e n...Alexandre Simoes
O seminário 2 de Lacan introduz o conceito do imaginário e discute a noção do eu na teoria psicanalítica. Lacan argumenta que o eu não é o mesmo que o indivíduo e que o sujeito é ex-cêntrico em relação ao eu. Ele também discute como o desejo está ligado ao desejo do outro e como o inconsciente é um discurso produzido pelo outro.
O documento discute a organização dos saberes na Europa nos séculos XI-XII, conhecida como Trivium e Quadrivium. O Trivium incluía dialética, gramática e retórica, enquanto o Quadrivium compreendia geometria, aritmética, música e astronomia/astrologia. A educação medieval se baseava nessas sete artes liberais de forma integrada.
O documento descreve Roland Barthes e seu livro "O Prazer do Texto". O texto discute como Barthes analisa o prazer da leitura e escrita através da perspectiva do leitor e do autor. Barthes argumenta que o prazer vem de rupturas na linguagem que redistribuem o código. O prazer do texto reside na fenda entre a cultura e sua destruição.
Este documento presenta un resumen de la evaluación de la Comunidad Educativa Provincial (CEP) para el periodo 2010-2011. Reporta los resultados de 5 estrategias evaluadas: 1) educar en la fe de manera innovadora, 2) desarrollar procesos de enseñanza que fortalezcan la comunicación y uso de tecnología, 3) promover la participación familiar, 4) fortalecer la formación ética, y 5) conocer el carisma salesiano. Se informan las metas propuestas y los logros provinciales para cada estrategia, generalmente entre
Eventos Blogs de Letras com PJ Pereira e Editora Livros de SafraMilena Cherubim
Encontro realizado mensalmente com algum autor ou editora para um grupo de blogueiros literário. Bate papo com autor e representante da editora super importantes para o aprimoramento do blogueiro.
1. O autor descreve seus primeiros cigarros roubados do bolso do pai aos 14 anos, incentivado por um amigo. Isso marcou o início de seu hábito de fumar.
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3. Ao escrever sobre suas memórias do início do hábito de fumar, o autor acredita estar curado da vontade de fumar.
La industria ha evolucionado con las máquinas para ayudar a las empresas y la sociedad a comunicarse y mejorar su salud a través de los años, ya que los deportes y la tecnología nos permiten conectarnos con amigos y familiares.
Este documento presenta una discusión sobre la lectura y la importancia de la interpretación según Nietzsche. Se analizan conceptos clave de Nietzsche como el camello, el león y el niño para referirse a las etapas del pensamiento. También se explica que no hay un código común al leer, sino que cada texto genera su propio código y requiere interpretación. La lectura es un trabajo que implica definir los términos según las relaciones internas del texto.
Este documento presenta información sobre varias teorías del aprendizaje humano. Describe elementos clave de la teoría del desarrollo cognitivo de Piaget, incluyendo que el individuo es un agente activo y que el desarrollo cognitivo depende de factores biológicos y ambientales. También resume brevemente la teoría del constructivismo y cómo puede aplicarse, por ejemplo, enseñando tablas de multiplicar con regletas. Finalmente, ofrece un ejemplo de cómo la teoría ecléctica apoya la
Este relatório estudantil discute o reaproveitamento de óleos e gorduras, incluindo sua identificação e apresentação como uma maneira de promover o desenvolvimento econômico de forma sustentável. O relatório foi escrito pela aluna Aquila Santos para a professora Haryssa da Escola Jovem Gonçalves Vilela.
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Recorrido: Se sale de la Dirección de Educación (Maipú 842) y se recorre la calle Rioja de Maipú a Sarmiento. Objetivo: Identificación de .Silvanos, Gorgonas, Esfinges, Pelícanos, Dragones y Leones. Su simbología y alegoría.
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Este documento descreve um projeto residencial e comercial com duas torres residenciais, uma torre comercial e áreas de lazer. O projeto inclui 450 unidades residenciais e 148 unidades comerciais distribuídas em escritórios e lojas. As torres terão elevadores e os apartamentos contarão com infraestrutura para ar condicionado e mármore nos banheiros.
A CSR 488 é uma linha de violinos fabricada na China com madeiras nobres e acabamento fosco, oferecendo excelente qualidade de som e visual marcante a um preço acessível, incluindo arco, micro-afinador e estojo retangular de transporte.
Este documento discute o poder de Jesus sobre as doenças e a morte. Ele explica que Jesus demonstrou Seu poder messiânico ao curar os enfermos e ressuscitar os mortos, mostrando o amor de Deus pela humanidade. Também discute as causas das doenças, como a queda do homem, o pecado e a vontade de Deus. Conclui que Jesus tem autoridade total sobre as doenças e a morte.
trabajo practico de la Catedra de Ingeniería y Sociedad UTN FacRegional Rosario.
analisis e interpretacion de fragmentos de textos de Mario Bunge y Evandro Agazzi
año 2011
más información al sitio :https://sites.google.com/site/avenlinegroup/ingenieria-y-sociedad
La Unión Europea ha propuesto un nuevo paquete de sanciones contra Rusia que incluye un embargo al petróleo ruso. El embargo se aplicaría gradualmente durante seis meses para el petróleo crudo y ocho meses para los productos refinados. El objetivo es aumentar la presión económica sobre Rusia para que ponga fin a su invasión de Ucrania.
Este documento discute dónde se encuentra el síntoma en la atención psicológica infanto juvenil. Examina conceptualizaciones teóricas sobre el síntoma desde el psicoanálisis clásico hasta autores contemporáneos. También describe la organización de la atención psicológica infanto juvenil en Cuba y cómo los psicólogos abordan el síntoma en la práctica clínica con niños y adolescentes. El documento concluye que la comprensión del síntoma es el resultado de la interacción dinám
O documento discute o reaproveitamento de óleo e gorduras. Ele apresenta uma introdução sobre o tema e lista o nome do aluno, escola, professora e data em que o documento foi escrito.
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Este documento discute a integração curricular no ensino médio brasileiro. Aborda três tópicos principais: 1) A importância de preparar os estudantes para o trabalho e a cidadania de modo que possam continuar aprendendo e se adaptando às novas condições; 2) As áreas de conhecimento e como organizar os conteúdos de forma integrada para evitar a fragmentação; 3) Estratégias para aproximar os conhecimentos de diferentes áreas, como o uso do trabalho como princípio educativo e da pesquisa como princípio ped
Este documento é uma tese de doutorado que analisa a prática dos assistentes sociais na política de educação nos municípios paulistas. A tese argumenta que embora existam espaços legais para a intervenção do serviço social na educação, há um descompasso com a prática real. A pesquisa mapeou assistentes sociais em 37 municípios paulistas e entrevistou profissionais em 3 municípios. A tese conclui que embora a ênfase esteja na relação escola-família-sociedade
1) O documento discute a fenomenologia da imaginação na poesia de Alberto Caeiro e Manoel de Barros, analisando como a imagem poética (re)apresenta o mundo por meio da imaginação do sujeito-escritor.
2) A pesquisa se baseia na fenomenologia de Husserl para estudar como a palavra poética traz aos olhos do leitor as ausências percebidas, presentificando-as e atribuindo significado.
3) A imagem poética é uma forma de (re)apresent
1. O documento apresenta uma abordagem esotérica, numerológica e cabalística do livro "Mensagem" de Fernando Pessoa.
2. Será realizada uma leitura iniciática da obra, revelando chaves esotéricas através de operações numéricas e figuras simbólicas.
3. A análise seguirá uma lógica mais lacunar do que linear, característica de um texto de iniciação.
O documento discute a inter-relação entre psicanálise e filosofia à luz de uma interpretação da modernidade como um projeto de encobrimento da finitude humana. A psicanálise e a filosofia podem se encontrar nessa tensão em relação à razão, uma vez que ambas se movem entre os parâmetros da angústia e do saber. A tensão entre esses saberes ilustra como eles reconhecem seu enraizamento na finitude humana apesar dos esforços de racionalização.
O documento discute a inter-relação entre psicanálise e filosofia à luz de uma interpretação da modernidade como um projeto de encobrimento da finitude humana. A psicanálise e a filosofia podem se encontrar nessa tensão em relação à razão, uma vez que ambas se movem entre os parâmetros da angústia e do saber. A tensão entre esses saberes é ilustrada pela questão da angústia, que revela o abismo no qual o saber se abisma.
O documento discute a obra "O método 3: o conhecimento do conhecimento" de Edgar Morin. Morin propõe seis métodos para o estudo do conhecimento, sendo o terceiro método sobre o conhecimento do conhecimento. Este método aborda a relatividade e incerteza do conhecimento, a importância da linguagem para o pensamento humano e a emergência da consciência a partir do pensamento reflexivo sobre si mesmo.
1) O documento discute a evolução do pensamento científico, passando por três estágios: concreto, concreto-abstrato e abstrato.
2) É argumentado que a abstração é essencial para o pensamento científico e não deve ser vista como sinônimo de má consciência.
3) Também são discutidos três estágios nos interesses que sustentam o pensamento científico: curiosidade ingênua, dogmatismo professoral e busca indutiva imperfeita.
1. O documento discute a evolução do pensamento científico, passando da experiência concreta para representações geométricas e abstrações.
2. Apresenta três estágios de desenvolvimento do espírito científico: concreto, concreto-abstrato e abstrato.
3. Defende que a abstração desobstrui o pensamento e permite novas descobertas, ao invés de ser vista como má consciência científica.
- O documento descreve os símbolos encontrados nas páginas de um antigo manuscrito, representando as etapas da criação cósmica e da evolução humana. O primeiro símbolo é um disco branco representando o cosmos na eternidade pré-manifestada. Posteriormente, pontos e linhas são acrescentados ao disco para simbolizar a diferenciação e manifestação gradual da natureza.
- A filosofia exposta defende que existe uma Essência Divina única e eterna por trás das manifestações cíclicas do universo, sem ser pessoal ou
1) O documento discute a relação entre a experiência, memória e linguagem em Walter Benjamin, especialmente no contexto da perda de experiência na era moderna.
2) Benjamin acredita que as imagens dialéticas, como os sonhos, podem revelar novas correspondências no passado que apontam para possibilidades futuras, diferentemente de Adorno que via nas imagens a repetição do sempre igual.
3) O conceito de "despertar" é central para Benjamin, representando a possibilidade de descobrir o novo no sempre igual através da reorganização criativa
O documento discute a influência de Filon de Alexandria no conceito plotiniano de Uno, que é entendido como para além do ser e da negatividade. Plotino herdou de Filon a ideia de que Deus, ou o Uno, é a fonte do ser que está para além das determinações da tradição metafísica.
1) O documento é a 24a edição do livro "Freud e o Inconsciente" de Luiz Alfredo Garcia-Roza, publicado pela editora Jorge Zahar em 2009.
2) O livro contém oito capítulos que discutem temas como a pré-história da psicanálise, a interpretação de sonhos, a teoria da pulsão e o conceito de inconsciente desenvolvido por Freud.
3) A introdução contextualiza o surgimento da psicanálise no século XIX, quando novos conceitos como o da subjetividade pass
Nascimento, c.l. a centralidade da epoché na fenomenologia husserlianaÉrika Renata
1) A epoché é um conceito cético que Husserl adota para sua fenomenologia, colocando entre parênteses o mundo exterior e focando apenas na esfera da consciência.
2) A epoché visa alcançar um rigor científico absoluto, suspendendo julgamentos sobre a existência do mundo ou objetos para focar nas vivências da consciência.
3) Ao colocar o mundo "entre parênteses", Husserl busca fundamentar o conhecimento a partir da esfera da consciência, que é imediatamente evident
O artigo discute três perspectivas a partir das quais a filosofia contemporânea aborda o tema da mística: 1) A filosofia analítica da linguagem de Tugendhat, que vê na mística uma forma de relativizar o ego; 2) A fenomenologia de Sartre, que analisa diferentes caminhos ascéticos que levam ao aniquilamento da singularidade; 3) A semiótica de Barthes, que contrasta uma perspectiva mística negativa com uma positiva baseada no uso de linguagem e imagens.
O documento descreve a teoria de Jung sobre o inconsciente coletivo, que corresponde às camadas mais profundas da psique comuns a todos os seres humanos. O inconsciente coletivo contém símbolos e temas míticos compartilhados e explica similaridades entre culturas diferentes. Jung chegou a esta ideia ao notar analogias entre delírios de pacientes e mitos antigos.
O documento descreve o livro "Setas para o Infinito" de Huberto Rohden, que apresenta a filosofia cósmica ou univérsica. A filosofia cósmica toma o Universo como modelo para o pensamento e a vida humana, enxergando o homem como um microcosmo que reflete o macrocosmo. O livro convida o leitor a elevar seu pensamento para compreender a unidade no diverso do Universo e alcançar a liberdade interior.
Dialnet o aprendizado-donaosabernamisticadeangelussilesius-3630986Januário Esteves
O documento discute a linguagem apofática na mística de Angelus Silesius, que visa a transcendência através da denúncia do vazio na linguagem e no mundo. A linguagem apofática usa a negação dos atributos de Deus para superar categorias humanas e apontar para o inefável. O texto analisa como a mística de Silesius usa essa abordagem para refletir sobre um pensamento negativo baseado no esvaziamento da linguagem e no aprendizado do não-saber.
1) O documento discute o Livro Vermelho de Jung, escrito entre 1913-1930, descrevendo imagens e diálogos com conteúdos inconscientes.
2) O Livro Vermelho foi escrito em formato medieval com ilustrações em témpera, refletindo a importância da Idade Média para Jung.
3) Embora inspirado pelo inconsciente, o Livro Vermelho foi cuidadosamente elaborado por Jung ao longo dos anos em diferentes camadas, sendo mais editado que outras obras.
Na alegoria da caverna platónica, as almas viviam primeiro na esfera inteligível contemplando ideias perfeitas, mas caíram na esfera sensível percebendo apenas sombras. Porém, podem ascender à compreensão das ideias por reminiscência e esforço dialético. Para Platão e neoplatónicos, o Amor é processo ascensional do homem das feritas à divinitas.
1) O documento descreve a publicação e tradução de um antigo texto chinês sobre prolongamento da vida humana por C.G. Jung e Richard Wilhelm.
2) Jung proferiu um discurso em memória de Richard Wilhelm em 1930 após sua morte, destacando suas realizações na tradução e divulgação da cultura chinesa para o Ocidente.
3) O texto chinês trata de um método de meditação envolvendo o movimento circular da luz no corpo para alcançar a iluminação e a imortalidade.
Semelhante a Spinoza e Borges na penumbra dos cristais (20)
Este artigo propõe uma reflexão sobre o filme Avatar a partir do pensamento de Rousseau sobre a relação entre homem e natureza e entre aparência e essência. Rousseau criticou a redução da vida ao domínio da hipocrisia e a discrepância entre o parecer e o ser. O filme retrata essa tensão entre a cultura humana e a natureza dos nativos de Pandora, permitindo uma análise rousseauniana.
1) O documento discute a noção de infinito em Spinoza e como essa noção é abordada no poema de Borges sobre Spinoza.
2) Spinoza desenvolve uma concepção rigorosa de infinito baseada na matemática e geometria, enquanto Borges sugere que o infinito só pode ser apreendido pela imaginação.
3) Há uma relação especular entre as mãos de Spinoza que poliam lentes e sua filosofia, apontando para o aprimoramento do pensamento filosófico por Spinoza.
Entre a generalidade da norma e a especificidade da pesquisa: A importância d...AndrelinoFilho
Trata-se de discutir a importância da figura do comitê de ética como instância mediadora entre o caráter genérico da legislação que regula as pesquisas científicas e a especificidade da situação na qual se encontra o pesquisador. Tal mediação aponta para a necessidade de uma reflexão ética que problematize a racionalidade instrumental sem, no entanto, cair no engodo de sacralizar a natureza e de demonizar o homem.
CORROSÃO DA RACIONALIDADE ESTÉTICA EM EURÍPIDES SEGUNDO O NASCIMENTO DA TRAGÉ...AndrelinoFilho
A discussão pretende analisar elementos do esteticismo de Nietzsche em O
Nascimento da Tragédia e sua aplicação na leitura do prólogo da Medeia de
Eurípides. Trata-se de apresentar as condições de possibilidade do intercâmbio
entre os domínios da arte, da cultura e do humano propriamente dito através da
apreensão dos fundamentos da realidade fenomênica pela via da experiência
estética. O estético é a via de compreensão do humano e de suas contradições
pacificadas e/ou negadas pela cultura no seu momento genético expresso na
tragédia euripidiana.
ENTRE BORGES E BENJAMIN: O ELOGIO DA TRADUÇÃO NA MEDEIA DE EURÍPIDESAndrelinoFilho
O documento é um resumo de uma tese de doutorado sobre a análise da peça Medeia de Eurípides a partir dos conceitos de tradução e literatura comparada. O trabalho toma como ponto de partida as ideias de Jorge Luis Borges e Walter Benjamin sobre a tradução para demonstrar a hipótese de que a análise de um texto por meio de suas traduções pode ser um método válido em literatura comparada.
A ideia da liberdade na Medeia de EurípedesAndrelinoFilho
Trata-se de discutir a noção de liberdade na Medeia de Eurípides a partir da compreensão do estatuto da ação da protagonista da peça, a saber, Medeia. Para tanto, recorreremos à distinção entre o que é praticado sob a força de elementos passionais, aquilo que designa o ato intencional e a deliberação racional propriamente dita. Para proceder a análise textual, utilizamos de três traduções
em português, a saber, a tradução de Mário da Gama Kury, a tradução de Jaa Torrano e a tradução de Maria Helena da Rocha Pereira, além do texto grego publicado pela editora ateniense Kaktoz. A numeração dos versos segue a tradução de Torrano e às citações de trechos da peça acompanham entre parênteses os tradutores.
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1. SPINOZA E BORGES NA PENUMBRA DOS CRISTAIS1
Andrelino Ferreira dos Santos Filho2
Bruma de oro, el occidente alumbra
La ventana. El asiduo manuscrito
Aguarda, ya cargado de infinito.
Alguien construye a Dios en la penumbra.
Un hombre engendra a Dios. Es un judio
De tristes ojos y piel cetrina;
Lo lleva el tiempo como lleva el rio
Una hoja en el agua que declina.
No importa. El hechicero insiste y labra
A Dios con geometría delicada;
Desde su enfermedad, desde su nada,
Sigue erigiendo a Dios con la palabra.
El más pródigo amor le fue otorgado,
El amor que no espera ser amado.
Jorge Luis Borges (“Baruch Spinoza”)
A civilização moderna ocidental, marcada por uma cosmovisão
anunciadora de uma concepção científica do mundo, viu nascer e frutificar uma
significativa evolução do modelo antagônico das relações finito e infinito. Era o
culminar de um movimento que foi denominado infinitismo. A modernidade
assistiu, portanto, à radicalização da noção de infinito, a saber, a sua completa
imanentização.
No mundo grego clássico, o infinito aparece como uma noção
pejorativa. Falar do infinito, nos domínios da antigüidade clássica, é contrapô-
lo, de forma inassociável, à idéia de finito. Mais precisamente, é dar todo um
primado a esse último. Numa cultura caracterizada pela noção de limite, isto é,
do finito, o ilimitado, o infinito, aparece como o indeterminado, o incerto. O
pensamento, assim, é estruturado a partir de uma ontologia do finito, como é
evidenciado em Parmênides. O ser é finito. É o que é acabado, fechado como a
1
Capítulo do livro: Estudos Judaicos: ensaios sobre literatura e cinema/ Elcio
Cornelsen, Lyslei Nascimento. ( organizadores).Belo Horizonte: Faculdade de
Letras- FALE/UFMG, 2005.
2
Doutor em Estudos Literários - Fale/UFMG; Doutorando em Filosofia -
Fafich/UFMG; Professor da PUC Minas e da UEMG
2. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
figura de uma esfera. Nessa proposição, evidencia-se, pois, a noção de
perfeição, isto é, só seria perfeito aquilo que, por definição, é acabado. O que
está por ser acabado é marcado pela carência e, portanto, pela imperfeição.
Em razão disso, o infinito é não ser. O caráter pejorativo atribuído ao
infinito gerou uma inquietude cada vez mais forte no seio do próprio
pensamento. É como se o infinito pulsasse nas entranhas daquela cultura.
Alguns historiadores, como por exemplo Rodolfo Modolfo,1
vão se colocarem
contraposição à tradição clássica para afirmar que existia muito mais que uma
inquietude acerca do infinito. Segundo ele, é possível identificar uma
idiossincrasia camuflada, uma relação inseparável entre finito e infinito.
Sendo assim, o infinito surge como negatividade. Esse caráter negativo
diz respeito à falta de fim e de término. Entretanto, o que era considerado
negatividade (imperfeito, ilimitado, inacabado), começou a causar uma ação
reflexiva do pensamento, no sentido de reconhecer seus próprios limites, sua
finitude. No reconhecimento do limite, o pensamento, conseqüentemente, teve
de admitir algo que lhe escapava. Portanto, o infinito, que era inicialmente um
recalque e que parecia estar suplantado, emergia com tão grande força que não
poderia mais deixar de ser reconhecido. Quanto à sua negatividade, antes que o
helenismo chegasse a seu ocaso, uma nova concepção de infinito começou a ser
cunhada. Com o advento do cristianismo, ele toma-se atributo de Deus.
Curiosamente, a noção de perfeição se divorcia completa e
radicalmente do seu sentido original - perfeito é o finito, o acabado. Logo,
perfeição e infinitude se eqüivalem e a negatividade passa, assim, a habitar o
finito. Negativo, pois, não é mais aquilo que escapa ao pensamento, mas a
impotência da razão para impedir essa fuga.
O espírito moderno, por seu turno, ao constituir o ápice do infinitismo,
produziu uma representação de infinito que, ao contrário da representação
medieval, soube paulatinamente desvincular-se do pathos religioso. A própria
concepção de universo, diga-se de passagem, a rejeição do sistema geocêntrico
pelo heliocêntrico, é, na sua base, um divórcio do mundo religioso, na medida
em que a representação ptolomaica de mundo coincidia com a verdade bíblica.
Aqui a antiga oposição daxa-episteme reaparece na falta de sintonia entre
religião e ciência.
Entre os pensadores do século XVII, nenhum desenvolveu um sistema
tão racional quanto Spinoza. Lançando mão de uma construção dedutiva que
tinha por referência a geometria euclidiana, o filósofo de Amsterdã constrói
uma elaborada noção de infinito. No escopo do infinito spinoziano dois
aspectos devem ser salientados inicialmente. O primeiro é a elevação do termo
infinito acima da acepção atributo. O que era predicado do ser passa a ser
convergente com ele; o infinito não mais se apresenta como predicado de Deus,
é o próprio Deus. O segundo compreende o seu caráter imanente. O impacto do
3. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
infinito do filósofo é tão contundente que, afirma Brandt, “todos os filósofos
modernos não têm feito mais do que olhar pelas lentes que polia Spinoza.”2
O pensamento de Spinoza, ao pretender a marca da clareza e da
distinção, rejeita toda e qualquer superstição e obscuridade. Sua filosofia é
reconhecida não porque resulta num infinito matemático como em Leibniz,3
mas porque exige o rigor demonstrativo da matemática. Tal rigor, a partir
doqual a questão do infinito se coloca - e o cenário dessa demonstração é a
Ética - pressupõe uma exigência gnosiológica que aparece de forma clara na
obra que tem papel propedêutico, o Tratado da Correção do Intelecto. Essa
distinção compreende a demarcação das fronteiras entre imaginação e intelecto.
A imaginação, considerada diferente do intelecto, põe-se no domínio de
um conhecimento que é inadequado, fragmentado e, conseqüentemente,
incompleto. Portanto, a noção de totalidade (o infinito), nessa dimensão do
conhecimento, não pode ser compreendida. E preciso que essa totalidade seja
posta numa perspectiva caracterizada pela clareza e pela distinção. E o domínio
do intelecto, o topos do conhecimento causal.
Spinoza, como um geômetra, estabelece uma série de definições,
axiomas e postulados a partir dos quais deduz uma rigorosa rede argumentativa.
A tessitura de seu pensamento é, pois, obra de intelecto, de um intelecto,
sobretudo, matemático. Somente nesse domínio seria possível, para Spinoza,
um conhecimento demonstrativo.
A demonstração euclidiana do infinito, da totalidade ou de Deus
implica o emprego da categoria da espacialidade. Assim, toda configuração
geométrica teria por suposto o espaço como grandeza infinita dada. Explicitar,
portanto, a natureza do infinito seria deduzir matematicamente todas as coisas
singulares como modos de ser dessa substância originária. O infinito, pois,
desdobra-se em suas determinações.
A determinação para Spinoza, bem como para a geometria, é uma
limitação do infinito. Assim, uma figura geométrica que limita um espaço
infinito dado exige que o espaço seja compreendido como continuidade. Por
isso, observa oportunamente Marilena Chauí, Spinoza recusa supor o infinito
como descontínuo.4
Está pressuposta, em Spinoza, a mesma astúcia dos
geômetras, a saber, a noção de ponto. Este, primeira limitação do infinito,
possui dimensão igual a zero. E justamente nisso que consistiria a astúcia da
qual se vale o filósofo, ou seja, no pensamento, limitar um espaço que é
nenhum espaço. A partir de um ponto seria possível, enfim, estabelecer retas,
figuras.
Alimentando-se desse paradoxo, isto é, de um espaço que é nenhum
espaço, e, por isso, é todo o espaço, é que o contínuo pode ser, enfim, posto e
4. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
imaginado. Mas também aqui se pode vislumbrar o desaparecimento do espaço,
cenário da demonstração intelectual de Spinoza.
O ponto, embora negue a totalidade do espaço, na medida em que toda
determinação é uma negação, nega a si mesmo, visto que, tendo dimensão zero,
não vale efetivamente como delimitação. Logo, as coisas corpóreas são apenas
epifenômenos do todo, comprometendo seu valor ontológico, sua realidade.
Resta, pois, a totalidade que, na ausência de determinação, eqüivale ao nada.
Eis o fenecimento da categoria do espaço.
O mundo spinoziano seria, nesse sentido, o próprio Deus. Por isso, o
filósofo afirma que Deus e Natureza são uma só e a mesma coisa. Tudo o que
existe é o mundo, e esse mundo é o próprio Deus.5
Parece, então, que o trabalho
do intelecto - desvelado o seu pressuposto, ou seja, a noção de ponto e o espaço
contínuo daí decorrente - precisa silenciasse para ouvir aquilo que Spinoza
recusara como doxa, a imaginação. Nesse sentido, nada mais oportuno do que
invocar Jorge Luis Borges, como leitor de Spinoza.
A imaginação, conhecimento parcial porque fragmentado para Spinoza,
é para Borges, tecedor do Aleph, a única possibilidade de configurasse um
possível todo. Seria o exercício da imaginação (memória) que suplementaria a
realidade a partir de cacos, fragmentos, frações. Conseqüentemente, não há
como distinguir, a rigor, realidade da imaginação ficcional.
No poema intitulado “Spinoza”, tem-se:
Las traslúcidas manos del judío Labran en
la penumbra los cristales Y la tarde que
muere es miedo y frío.
(Las tardes a las tardes son iguales).
Las manos y el espacio de jacinto
Que palidece en el confín del Ghetto
Casi no existen para el hombre quieto
Que está sonando un laberinto.
No lo turba la fama, ese reflejo
De sueños en sueño de otro espejo,
Ni el temeroso amor de las doncellas.
Libre de la metáfora y del mito
Labra un arduo cristal: el infinito
Mapa de Aquel que es todas Sus estrellas.6
No texto-homenagem que Borges faz a Spinoza, o infinito se inscreve
como totalidade imanente. O todo (o infinito ou Deus) é vislumbrado como as
suas partes. Mas como apreendê-lo? E possível a rigor uma apreensão? Leia-se
intelecção.
5. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
O árduo cristal, isto é, o infinito é o labirinto. Persegui-lo é encontrar a
morte, morte do sujeito pensante moderno. O homem que é capaz de polir o
cristal com mãos translúcidas judaicas é, ele mesmo, o labirinto, o infinito e o
próprio Deus. Deus de si mesmo, o criador; não foi isso que Nietzsche, outro
importante leitor de Spinoza, ensinou ao ocidente?7
Desde o primeiro verso, o
trabalho minucioso, milimétrico do filósofo é espelhado nas "mãos translúcidas
do judeu” que lavra, na penumbra, na bruma de ouro, os cristais. O contraponto
estabelecido por Borges entre as mãos que deixam atravessar a luz e a
penumbra, além da referência judaica, põe em evidencia uma relação especular
entre a atividade de Spinoza, como polidor de lentes, e sua filosofia, polidor de
pensamento e de labirintos. Esse contraponto de Borges aponta para o
aprimorando do pensamento filosófico realizado por Spinoza.
Inversamente à naturalização de Deus no filósofo, na construção de
Deus em uma "geometria delicada”, no entanto, Borges, de uma certa forma,
deifica o homem. Se Spinoza livra-se da metáfora, o poeta reclama o dia em
que "se escribirá la historia de la metáfora”.8
Tal como em A Tarefa do Tradutor, em que Walter Benjamin deixa
vislumbrar toda uma influência judaica, fazendo emergir um logos originário
que ele denomina língua pura ou língua verdadeira,9
o Spinoza de Borges
busca, no reflexo do sonho, aquilo que irremediavelmente se perdeu.
Existiria, dessa forma, para Borges, um centro que a tradução e o
pensamento filosófico tocam apenas tangencialmente. Esse centro do labirinto
estaria, assim, para o que é intraduzível, para o que necessita, infinitamente, de
tradução. Esse caráter infinito e para o que é intraduzível do pensamento
configura, dessa forma, uma inteligibilidade velada e irredutível à
representação. A penumbra, portanto, no poema de Borges, além de Spinoza,
aponta para o que fundaria o original em A Tarefa do Tradutor, ou seja, um
sopro de vida, aquilo que possibilitaria, apenas, uma "sobrevida” do
pensamento. A tradução seria, nesse sentido, para Benjamin, um ponto
tangencial e, para Borges, uma ilusão. Quanto mais a tradução desvela o que
poderia ser considerado como original -, já que ele é um círculo e, enquanto tal,
demanda infinitos pontos tangenciais (traduções) - mais o vela, mais o encobre,
mais afirma seu estatuto de versão.
Dessa forma, o jogo do velamento-desvelamento - que se aproxima da
noção de aletheia na Grécia Antiga -, forma nuançada da escrita e do
pensamento judaico tanto em Spinoza quanto em Borges tem, nas lentes que
6. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
são polidas no poema, uma metáfora excepcional. Enquanto na tradição judaica,
constituída pela Torá e pelo Talmude, é, em Borges, o símbolo do inesgotável,
as lentes do filósofo, enquanto esmiúçam a relação do pensamento com a idéia
de finito e infinito, criam penumbras, áreas que só são tangencialmente tocadas,
círculos que, como a tradição judaica dos comentários, têm infinitos pontos,
possibilitando, igualmente, infinitos comentários, infinitas interpretações.
Contudo o que parece estar em jogo na literatura borgiana é essa
possibilidade de produção infinita de comentários, de narrativas. Esse jogo
surge na forma e no pensamento de não fechar o saberem um núcleo hermético,
na materialidade da tradição, mas na sua concepção enquanto arquivo aberto e
na leitura/escritura como uma estratégia borgiana para entrar e sair da tradição.
Os pressupostos hermenêuticos da tradição judaica que poderiam exigir do
exegeta o retomo ao que se poderia chamar de núcleo original, ou seja, a Torá,
em Borges, no entanto, apresentam-se, então, como possibilidades de
suplementar infinitamente a tradição. Se a Torá, sob certos aspectos, demanda
interpretações múltiplas, mas se quer como fonte primeira e, sob tal estatuto,
preserva (vela), por uma dimensão intraduzível, o texto ficcional borgiano abre-
se para o intraduzível e diz respeito à irredutibilidade gnosiológica.
Ora, não existe nem núcleo nem transcendência em Borges. Esse é, por
assim dizer, o spinozismo borgiano. Se a recusa da transcendência levada a
cabo por Spinoza é acolhida pelo poeta, simultaneamente a ferramenta do
filósofo “polidor de lentes” é silenciada. A operação do intelecto e sua condição
de possibilidade, isto é, o espaço contínuo, são continuamente minadas. Em seu
lugar, Borges convoca a imaginação e o tempo.
Nessa virada gnosiológica - se é que legitimamente podemos falar de
traços de uma teoria do conhecimento - em vez de polir o cristal, Borges o
ofusca. O espaço delimitado se perdeu e com ele a visão como forma de
conhecimento.10
Instaura-se, pois, o primado da cegueira e das certezas
provisórias como uma forma de conhecimento. Resta, agora, o enigma, o
universo, Deus, o enigmático homem, porque apenas fragmento, na penumbra.
Quem há de restituí-lo? O enigma é para ser ouvido e decifrado sob risco de
morte - trazendo para o contexto a máxima esfíngica do “decifra-me ou devoro-
te”. Longe do domínio do apolíneo de Spinoza, Borges prefere o dionisíaco,
uma fusão misteriosa no ser.
O mistério do mundo resultaria, assim, da atividade imaginativa. É
7. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
mistério porque a imaginação o reconstitui segundo esse feixe de impressões
sensoriais - para lembrar David Hume - que é o sujeito. Por isso, o discurso
sobre o infinito passa pelo ouvir a si mesmo, a esperança do sujeito de se achar
onde foi negado, numa espécie de ponto Aleph.
Não havendo mais o espaço apreensível pelo intelecto, o cálculo
racional, a identidade pretendida ou a verdade apodítica, outros valores se dão a
ver, ou vislumbrar, o tempo, o movimento e o eu diluído nesse fluxo constante.
Afirmar o primado do tempo não é, porém, encerrá-lo numa categoria ou se
conceber nele, porém constituir-se a partir de “elogios da sombra”, “histórias de
eternidade”, “tempos circulares”, “veredas que se bifurcam” e invenções de
“precursores”. O ser é o tempo e, enquanto tal, o que permanece é a tosca
tentativa do ser em se fixar ou, mais apropriadamente, fíccionalizar-se pela
imaginação. Borges afirma em “Nueva Refutación del Tiempo”:
Negar la sucesión temporal, negar el yo, negar el universo
astronómico, son desesperaciones aparentes y consuelos secretos.
Nuestro destino (a diferencia del infierno de Swedenbergy del
infierno de la mitología tibetana) no es espantoso por irreal; es
espantoso porque es irreversible y de hierro. El tiempo es la
sustancia de que estoy hecho. El tiempo es un río que me arrebata,
pero yo soy el río; es un tigre que me destroza, pero yo soy el tigre;
es un fuego que me consome, pero yo soy el fuego. El mundo,
desgradaciadamente, es real; yo, desgraciadamente, soy Borges.11
O infinito borgiano é, pois, o tempo e o mistério que silenciou, por
exemplo, Santo Agostinho.12
Daí ser preciso uma linguagem infinitamente
distante da demonstração à maneira dos geômetras como queria Spinoza.
Embora o geometrismo spinoziano forje realidades, não há, em Borges, limites
entre a ficção e a verdade. A matemática cria geneticamente seus objetos como,
segundo exemplifica paradigmaticamente Spinoza, o giro de um segmento de
reta em tomo de uma de suas extremidades engendra o círculo. Nesse caso, a
verdade seria, também, uma ficção, talvez a maior delas. Não podemos
encontrar - é o que diz o próprio Spinoza - um círculo sequer na natureza.
Já a imaginação pode elaborar realidades provisórias no ato não de
conceituar, mas de nomear e narrar. Nomear, ficcionalizar ou narrar restituiria,
assim, mesmo que imaginariamente, ao sujeito aquele quinhão perdido quando
o homem paradisíaco usurpou o lugar de Deus nomeando os entes da natureza.
O nome domestica, impõe limites, e foi assim que Adão fixou o seu mundo, o
seu domus. A linguagem é, heideggerianamente, morada do ser, mas, de acordo
8. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
com Borges, de um ser fragmentado e translúcido. A língua pura de A Tarefa
do Tradutor de Benjamin perdeu-se na Torre de Babel. A linguagem
nomeadora e, portanto, ficcional é o que nos nega e também o que nos constitui.
Em “Borges y Yo”, o poeta afirma: ,
Spinoza entendió que todas las cosas quieren perseverar en su ser;
la piedra eternamente quiere ser piedra y el tigre un tigre. Yo he de
quedar en Borges, no en mí (si es que alguien soy), pero me
reconozco menos en sus libros que en muchos otros o que en el
laborioso rasgueo de una guitarra. Hace anos yo traté de librarme
de él y pasé de las mitologias del arrabal a los juegos con el tiempo
y con lo infinito, pero esos juegos son de Borges ahora y tendré que
idear otras cosas. Así mi vida es una fuga y todo lo pierdo e todo es
del olvido, o del otro. No sé cuál de los dos escribe esta página.13
Isto é ser spinoziano? Até certo ponto. A rigor, isto é ser borgiano: a
história, a ficção, o homem e Deus, estratificados na substância infinita que é o
tempo. Tanto Spinoza quanto Borges parecem estar entusiasmados ou cheios de
Deus. Ambos aspiram ao Infinito que Deus significa. O filósofo de Amsterdã
fez do infinito o ponto de partida, o poeta argentino o seu eterno caminhar. Se
para um o intelecto nos conduz da totalidade do ser às coisas singulares, para o
outro é da singularidade que constitui cada ente no mundo que a imaginação
reconstitui o todo. Do ponto de vista lógico, portanto, é pela negação - omnis
nagatio est determinatio - do todo que a realidade efetiva é engendrada, na
medida em que um simples a, enquanto tal, nega o próprio infinito. Por outro
lado, diz Borges em “De Alguien a Nadie”, que “ser una coisa es
inexorablelmente no ser todas las otras cosas; la intuición confusa de esa verdad
ha conducido a los hombres a imaginar que no ser es más que ser algo y que, de
alguna manera, es ser todo".14
Borges, assim, ao se apropriar do texto do filósofo, recria o panteísmo
spinoziano que tanto assustara o século XVII. E esse panteísmo que faz com
que o tigre seja cada uma de suas listras e a escrita de Deus simultaneamente.
Por outro lado, o que é a listra do tigre fora do tigre? Só por abstração ela seria
algo. Mas tigre ela não é, porque se constitui como mero fenômeno do/no todo.
Nesse sentido, não parece existir distinção entre Borges e Spinoza. O ponto de
partida de um círculo é, também, o seu ponto de chegada e convergência. Por
isso, talvez, Hegel afirmasse que toda filosofia deve começar com Spinoza e,
talvez, pudéssemos dizer que toda poesia com Borges.
9. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
Referências bibliográficas:
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Notas:
1
MONDOLFO, Rodolfo. O infinito no pensamento da antiguidade clássica. São
Paulo: Ed. Mestre Jou, 1968.
2
BRANDT, Carlos. Spinozay elpanteísmo. Buenos Aires: Kier, [s.d.]. p. 87.
3
O filósofo alemão dispõe de um cálculo que ele mesmo criou, a saber, o cálculo
infinitesimal, o que é um grande diferencial em relação à concepção spinoziana
de infinito.
I
ESPINOSA, Baruch. Correspondência. Tradução e notas de Marilena Chauí. São
Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 375.
3
Claro está que a interpretação panteísta dessa filosofia pode ser contestada.
Contudo não interessa aqui discutir as nuanças desse debate, sob o risco de
extrapolarmos o escopo do nosso ensaio.
6
MONEGAL, Emir R. Jorge Luis Borges ficcionario: una antologia de sus textos.
México: Fondo de cultura Econômica, 1992. p. 358-359.
7
Cf. NIETZSCHE, F. O A nticristo. São Paulo: Martin Claret, 2002.
8
MONEGAL, 1992, p. 312.
9
Walter Benjamin. A Tarefa do tradutor. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 1992. p.
10. Estudos Judaicos
Ensaios sobre Literatura e Gnema
15
10
Vale lembrar que na tradição grega a visão recebe todo um primado em relação à
audição. Não é à toa que os verbos ver e conhecer possuem a mesma raiz.
II
BORGES, Jorge Luis. Otras inquisiciones. In: Obras Completas II.
Emecé: Buenos Aires, 1989. p. 135. “Que é, pois, o tempo? Quem poderá
explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá apreender, mesmo só com o
pensamento, para depois nos traduzir por palavras o seu conceito? £ que assunto
mais familiar e mais e mais batido nas nossas conversas do que o tempo?
Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos também
o que nos dizem quando dele falam. O que é, por conseguinte, o tempo? Se
ninguém mo perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta,
já não sei”. Confissões, Livro XI.
BORGES, 1989, p. 187.
Emir R. Monegal (Ed.). Jorge Luis Borges ficcionario: una antologia de sus textos.
México: Fondo de Cultura Econômica, 1992. p. 304.