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SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Raízes do Brasil – Sérgio Buarque de Holanda 1902-1982
HOMEM CORDIAL – CORDIALIDADE
• As paixões – egoístas e desgovernadas – estão na origem do
conceito: trata-se de um homem de "fundo emotivo
extremamente rico e transbordante", segundo Sérgio Buarque
de Hollanda, ou seja, um homem dominado pelo coração (cor,
coração em latim).
• A impossibilidade que o brasileiro tem em se desvincular dos
laços familiares a partir do momento que esse se torna um
cidadão, gerou o “homem cordial”.
• É aquele que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo
as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e
imparciais.
•Patrimonialismo - O espaço público é tomado
como um prolongamento do espaço privado. Na
esfera estatal, os homens públicos atuam de
acordo com regras e valores da esfera
doméstica. Exemplos: Coronelismo,
apadrinhamento, “jeitinho” e a corrupção
colocam os interesses pessoais acima do bem
comum.
Gilberto Freyre (1900 – 1987) “Casa-grande e Senzala” (1933)
 Formação do povo brasileiro: mestiçagem (brancos,
negros e índios).
• MISCIGENAÇÃO foi o grande trunfo do
português na colonização e constituição da nação
brasileira: adaptação biológica e social.
•COLONIZAÇÃO PELA “HIBRIDIZAÇÃO”:
construção de uma população e de uma sociedade
mestiça.
A Família
•“A família, não o indivíduo, nem tampouco o Estado
nem nenhuma companhia de comércio, é desde o
século XVI o grande fator colonizador no Brasil, a
unidade produtiva, o capital que desbrava o solo,
instala as fazendas (...) Sobre ela o rei de Portugal
quase reina sem governar.”
•Oligarquia e nepotismo – garantiam a unidade
PORTUGUÊS
• Portugal é um país marítimo. Recebia sempre povos de todos os lugares do mundo. Seus
portos eram rota de comércio e de migrações.
• “Povo indefinido entre a Europa e a África” >> bicontinentalidade.
• Índia – base da família
• Índio – conquista dos Sertões.
•Marca profunda entre as culturas lusa e africana – aproximação do senhor e do
escravo.
•Democracia racial
INDÍGENA
NEGRO
Caio Prado Junior (1907 – 1990)- Formação do Brasil Contemporâneo
O sentido da colonização: “esse conceito
manifesta-se desde que a história de um
povo seja observada em longa duração e
nos seus acontecimentos essenciais, vistos
em conjunto. Aí então é que mostram a
unidade que conservam, que por sua vez
lhes confere a especificidade que os
distingue dos demais, sem contudo se
apartarem de um sistema, cuja
universalidade se define a partir do século
XV: o sistema colonial.
Formação do Estado
ESTAMENTO BUROCRÁTICO
• é associado ao patrimonialismo, privilégios
extra econômicos e, por outro lado, ao
desenvolvimento das estruturas
institucionais e políticas centralizadas e não
racionais, com destaque especial para uma
constante adaptação aos mecanismos de
continuidade e permanência nas estruturas
políticas de uma sociedade.
RAYMUNDO FAORO (1925-2003)
OS DONOS DO PODER
Darcy Ribeiro (1922 – 1997)
“O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil”
CUNHADISMO:
• Prática indígena que tornou possível incorporar estranhos
às comunidades.
• Consistia em se oferecer uma moça índia como esposa aos
recém-chegados.
• A partir de então, o estranho estabelecia uma relação de
parentesco com os índios dessa família.
• Esse processo acabou influenciando decisivamente no
processo de formação do brasileiro
Darcy Ribeiro (1922 – 1997)
• Racismo assimilacionista:
• O brasileiro não discrimina pela origem racial, mas sim pela cor da pele.
• Os Brasis:
• Crioulo (origem negra)
• Caboclo (origem indígena)
• Sertanejo (origem rural – grandes fazendas)
• Caipira (origem pós mineração - interior)
• Sulistas
• Brasil: nova Roma – grande mestiçagem.
MITO DA DEMOCRACIA RACIAL
• Um elo ideológico fundamental do lema
“ordem e progresso” estava sendo elaborado.
Beneficiava-se da reinterpretação da
escravatura, que passava a pintar o jugo
escravo como ameno, suave, doce e
cristãmente humano.
• Estabelecia que o negro não tem problemas
no Brasil, já que houve a revogação do
estatuto de servil, que as oportunidades de
acumulação e de riqueza, conquista e de
prestígio social e poder estão abertas à todos.
JEITINHO BRASILEIRO
 O jeitinho é um modo simpático, muitas vezes desesperado
e quase sempre humano de relacionar o impessoal com o
pessoal, propondo juntar um objetivo pessoal com um
obstáculo impessoal.
 O “jeito” é um modo pacífico e socialmente legítimo de
resolver tais problemas, provocando uma junção casuística
da lei com a pessoa.
“VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?”
 Faz-se um apelo à hierarquia com o intuito de inverter o elo entre o usuário e o
agente da lei.
 Reafirma a autoridade, indicando como as relações pessoais (e as práticas
hierárquicas) podem, a qualquer momento, superar a lei.
 Artifícios usados pelos brasileiros com alto apelo pessoal que nada mais são
que modos engenhosos de tirar partido de certas situações.
 Uso do “conto do vigário” – mistura da pessoalidade e da impessoalidade,
realizando uma passagem do anonimato à intimidade.
 O malandro rouba invocando simpatia, empatia e laços humanos.
MALANDRAGEM

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Sociologia brasileira e seus principais conceitos

  • 2. Raízes do Brasil – Sérgio Buarque de Holanda 1902-1982 HOMEM CORDIAL – CORDIALIDADE • As paixões – egoístas e desgovernadas – estão na origem do conceito: trata-se de um homem de "fundo emotivo extremamente rico e transbordante", segundo Sérgio Buarque de Hollanda, ou seja, um homem dominado pelo coração (cor, coração em latim). • A impossibilidade que o brasileiro tem em se desvincular dos laços familiares a partir do momento que esse se torna um cidadão, gerou o “homem cordial”. • É aquele que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais.
  • 3. •Patrimonialismo - O espaço público é tomado como um prolongamento do espaço privado. Na esfera estatal, os homens públicos atuam de acordo com regras e valores da esfera doméstica. Exemplos: Coronelismo, apadrinhamento, “jeitinho” e a corrupção colocam os interesses pessoais acima do bem comum.
  • 4. Gilberto Freyre (1900 – 1987) “Casa-grande e Senzala” (1933)  Formação do povo brasileiro: mestiçagem (brancos, negros e índios). • MISCIGENAÇÃO foi o grande trunfo do português na colonização e constituição da nação brasileira: adaptação biológica e social. •COLONIZAÇÃO PELA “HIBRIDIZAÇÃO”: construção de uma população e de uma sociedade mestiça.
  • 5. A Família •“A família, não o indivíduo, nem tampouco o Estado nem nenhuma companhia de comércio, é desde o século XVI o grande fator colonizador no Brasil, a unidade produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as fazendas (...) Sobre ela o rei de Portugal quase reina sem governar.” •Oligarquia e nepotismo – garantiam a unidade
  • 6. PORTUGUÊS • Portugal é um país marítimo. Recebia sempre povos de todos os lugares do mundo. Seus portos eram rota de comércio e de migrações. • “Povo indefinido entre a Europa e a África” >> bicontinentalidade. • Índia – base da família • Índio – conquista dos Sertões. •Marca profunda entre as culturas lusa e africana – aproximação do senhor e do escravo. •Democracia racial INDÍGENA NEGRO
  • 7. Caio Prado Junior (1907 – 1990)- Formação do Brasil Contemporâneo O sentido da colonização: “esse conceito manifesta-se desde que a história de um povo seja observada em longa duração e nos seus acontecimentos essenciais, vistos em conjunto. Aí então é que mostram a unidade que conservam, que por sua vez lhes confere a especificidade que os distingue dos demais, sem contudo se apartarem de um sistema, cuja universalidade se define a partir do século XV: o sistema colonial.
  • 8. Formação do Estado ESTAMENTO BUROCRÁTICO • é associado ao patrimonialismo, privilégios extra econômicos e, por outro lado, ao desenvolvimento das estruturas institucionais e políticas centralizadas e não racionais, com destaque especial para uma constante adaptação aos mecanismos de continuidade e permanência nas estruturas políticas de uma sociedade. RAYMUNDO FAORO (1925-2003) OS DONOS DO PODER
  • 9. Darcy Ribeiro (1922 – 1997) “O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil” CUNHADISMO: • Prática indígena que tornou possível incorporar estranhos às comunidades. • Consistia em se oferecer uma moça índia como esposa aos recém-chegados. • A partir de então, o estranho estabelecia uma relação de parentesco com os índios dessa família. • Esse processo acabou influenciando decisivamente no processo de formação do brasileiro
  • 10. Darcy Ribeiro (1922 – 1997) • Racismo assimilacionista: • O brasileiro não discrimina pela origem racial, mas sim pela cor da pele. • Os Brasis: • Crioulo (origem negra) • Caboclo (origem indígena) • Sertanejo (origem rural – grandes fazendas) • Caipira (origem pós mineração - interior) • Sulistas • Brasil: nova Roma – grande mestiçagem.
  • 11. MITO DA DEMOCRACIA RACIAL • Um elo ideológico fundamental do lema “ordem e progresso” estava sendo elaborado. Beneficiava-se da reinterpretação da escravatura, que passava a pintar o jugo escravo como ameno, suave, doce e cristãmente humano. • Estabelecia que o negro não tem problemas no Brasil, já que houve a revogação do estatuto de servil, que as oportunidades de acumulação e de riqueza, conquista e de prestígio social e poder estão abertas à todos.
  • 12. JEITINHO BRASILEIRO  O jeitinho é um modo simpático, muitas vezes desesperado e quase sempre humano de relacionar o impessoal com o pessoal, propondo juntar um objetivo pessoal com um obstáculo impessoal.  O “jeito” é um modo pacífico e socialmente legítimo de resolver tais problemas, provocando uma junção casuística da lei com a pessoa.
  • 13. “VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?”  Faz-se um apelo à hierarquia com o intuito de inverter o elo entre o usuário e o agente da lei.  Reafirma a autoridade, indicando como as relações pessoais (e as práticas hierárquicas) podem, a qualquer momento, superar a lei.  Artifícios usados pelos brasileiros com alto apelo pessoal que nada mais são que modos engenhosos de tirar partido de certas situações.  Uso do “conto do vigário” – mistura da pessoalidade e da impessoalidade, realizando uma passagem do anonimato à intimidade.  O malandro rouba invocando simpatia, empatia e laços humanos. MALANDRAGEM