O documento discute a introdução aos estudos históricos, abordando conceitos como fontes históricas, períodos de tempo na história, periodização e a pré-história. A pré-história é dividida em Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais, períodos marcados pelo desenvolvimento de ferramentas e técnicas de produção. A arqueologia é fundamental para estudar os primeiros humanos.
Neste capítulo mostramos que a História é uma aventura humana marcada por contradições, lutas, sonhos e frustrações. O historiador deve procurar fazer o registro e interpretar essas múltiplas dimensões do homem.
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para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
2. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
HISTÓRICOS;
A história é construída a partir das vivências e ações cotidianas. Assim, o
objeto de estudo da história é o homem em sociedade, parafraseando
Bloch (2001), onde encontramos carne humana é digno de investigação
histórica.
3. FONTES HISTÓRICAS;
Fontes históricas são o conjunto de informações que fornecem subsídios para que o
historiador fundamente, caracterize, reflita e analise determinado período histórico.
6. a Pré-História inicia-se aproximadamente há 4,5 milhões de anos com o
aparecimento do primeiro grupo humano e termina com o
desenvolvimento da escrita, entre 4000 e 3500 a.C.
PRÉ – HISTÓRIA;
7. Arqueologia e os primeiros humanos;
É para reconstituir o passado e o estilo de vida de sociedades atuais ou extintas, que a
arqueologia investiga o patrimônio cultural deixado por essas sociedades, sejam elas letradas
ou ágrafas
São estudados vestígios ou fósseis descobertos em locais como escavações, cavernas ou sítios
arqueológicos. Os vestígios podem ser pinturas, gravuras, artefatos, ossos, ferramentas e outros
materiais que sofreram ação do homem.
No Brasil, os primeiros estudos arqueológicos são de ossadas humanas encontrados em 1843
nas cavernas de Lagoa Santa em Minas Gerais. Já nesse mesmo século XIX também foram feitas
as primeiras escavações nos sambaquis(É um tipo de sítio arqueológico encontrado perto de
regiões litorâneas. Em geral, são espaços que foram habitados por povos coletores e caçadores
que tinham vínculo com as regiões litorâneas na Pré-História.) de Santa Catarina e São Paulo.
8.
9. Pela indicação dos fósseis e ferramentas mais antigas encontradas, a evolução da
história humana iniciou nas savanas da África, entre 3 e 4 milhões de anos, onde
apareceram os primeiros ancestrais. Naquele tempo, algumas espécies sobreviveram e
outras foram extintas. É a partir dessa “era” que foram surgindo as espécies de
hominídeos, como ramapithecus, afarensis, erectus, habilis, australopithecus,
neandertalenses e sapiens.
10. PERÍODOS DA PRÉ-HISTÓRIA;
A história dos povos pré letrados é usualmente divida em TRÊS PERÍODOS:
Paleolítico (3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C).
Neolítico(10.000 a 4.000 a.C).
Idade dos Metais (6.000 a 4.000 a.C).
A Idade dos Metais é considerada o último período da Pré-História (e está
situada dentro do período neolítico).
11. PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA
LASCADA;
o Paleolítico iniciou-se aproximadamente 3 milhões de anos atrás e encerrou-se em 10.000
a.C., sendo dividida em duas partes: paleolítico inferior e superior;
Foi o tempo do desenvolvimento da caça em grupo e utilização das primeiras ferramentas
de pedras ou feitas de chifre de animais. Os vestígios daquela época foram encontrados na
Europa, na África e no Oriente. A utilização da caverna como lar foi característica por causa
das baixas temperaturas enfrentadas pelos Australiopithecus, Homo Habilis e Homo
Sapiens;
Os seres humanos desse período eram nômades, não se fixando por muito tempo em um
mesmo lugar. Viviam da coleta de frutos e raízes, além de pesca, caça e a busca de carcaças
animais deixadas por outros carnívoros.
12. Mas, de todas as invenções e conquistas humanas no paleolítico, o controle do fogo é digno de ser
o primeiro grande passo na emancipação do homem em relação à servidão de seu ambiente. Ao
controlar e dominar o fogo, o homem tinha o comando sobre parte de duas forças da natureza: a
química e a física.
Paleolítico inferior (cerca de 3,5 milhões a 50 mil anos):
Florescem as primeiras estruturas sociais entre os humanos.
Os primeiros artefatos e utensílios começam a ser fabricados pelo homem.
Surgem os primeiros indícios de convívio e afeto familiar.
Domínio do uso do fogo.
13. Paleolítico superior (50 mil — 10 mil anos)
O homem de Cro-Magnon desenvolveu armadilhas terrestres.
Organização de comunidades mais numerosas.
São frequentes as migrações constantes para escapar do frio.
Além das cavernas, foram construídas moradias rústicas com peles de animal.
Desenvolvimento de pinturas rupestres. Eram feitas a partir de sangue de animais ou folhas e flores. A
arte rupestre é a principal fonte de informações sobre a Pré-História
Destaque nas atividades de coleta de alimentos (povos coletores).
O fim dessa era histórica (10 mil anos atrás) também é marcado por uma variação climática importante
na evolução das comunidades humanas: o fim de uma era glacial com variações climáticas que amenizou
o frio intenso. Tal resultado criou um contexto bem mais favorável para se viver. Uma revolução que dá
início ao período neolítico.
14. NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA
POLIDA.
É consolidada a visão do homem como um ser social.
Percebem-se as vantagens de cooperar e trabalhar em grupos.
Destaque e presença de lideranças nas comunidades.
Maior preocupação com a qualidade de vida.
Desenvolvimento da agricultura (trigo, milho, legumes, feijões).
Fenômeno do sedentarismo.
Trabalho com metais (iniciando com o cobre).
Construção de armas manuais.
Domesticação de animais e plantas. Manipulação e domínio da
reprodução das plantas.
15. O fenômeno da sedentarização resultou de conquistas adquiridas que permitiram ao homem
estabelecer local fixo de morada e abandonar o estilo de vida nômade. Foram conquistas como: a
agricultura; moradias de materiais com possibilidade de manutenção; divisão do trabalho entre
mulheres e homens; o surgimento de atividades de lazer; o desenvolvimento da cerâmica e até a ideia
de dinheiro representada por sementes ou pedras trabalhadas;
A domesticação de animais é um dos temas que atrai muito nossa atenção à Pré-História, em especial
ao neolítico. Ocorreram a domesticação do cão, a criação de porcos, cabras e gado. O convívio com
animais domesticados, além de contribuir para atividades como a caça, força para o trabalho e reserva
de alimento (carne), reforçou o sentimento de que o homem teria o destino de explorar a fauna e a
flora (recursos da natureza) disponíveis no planeta;
O tempo ocioso, que é possibilitado pela sedentarização, também permitiu a especialização da
produção de roupas em prol do conforto e facilidade de locomoção. Percebam que o neolítico marca
para o homem a criação de conceitos como conforto, lazer, local de moradia fixa, senso de hierarquia,
liderança e visão social
16. A Revolução Agrícola do Neolítico teria sido um longo processo de desenvolvimento da agricultura
por parte das pessoas que viveram nessa época. Essa revolução compreendeu a capacidade de
perceber os fenômenos naturais, elaborando teorias iniciais de causa/efeito, principalmente a partir da
observação de alguns fenômenos, como a germinação. Não houve também uma mudança brusca de
passagem da fase caça/coleta para a agricultura, havendo uma simultaneidade entre ambas as
práticas. Mas uma das principais mudanças da Revolução Agrícola do Neolítico foi o começo da
sedentarização das pessoas em locais determinados para a espera do processo de produção dos
alimentos, compreendendo o preparo do solo, a semeadura e a colheita.
17. IDADE DOS METAIS.
"Os instrumentos de pedra, tão úteis para os hominídeos nos primeiros
períodos pré-históricos, foram substituídos por outros feitos de metal. O
fogo ganhava uma nova utilidade: fundir e modelar o metal. O primeiro a
ser trabalhado foi o cobre. Com o passar do tempo, outros tipos de metais
foram utilizados, como o bronze e o ferro. Os instrumentos de metal
foram empregados como armas de guerra e no trabalho cotidiano, como a
caça, a pesca e na prática agrícola. O trabalho se tornava eficiente.
18. PERÍODOS DA IDADE DOS METAIS.
Idade do Cobre: O cobre foi o primeiro metal encontrado pelos hominídeos,
consequentemente o primeiro a ser utilizado na fabricação de armas e instrumentos. O
cobre era martelado a frio e, com o passar do tempo, o fogo foi utilizado na fundição e
modelagem. Além da confecção de armas, o cobre foi usado na fabricação de vasilhas e
potes para armazenar a produção agrícola excedente. Como a produção agrícola
aumentou nos últimos períodos da Pré-História, era preciso fabricar objetos resistentes
para armazenar o que era colhido.
19. Idade do Bronze: Na busca pela formação de instrumentos resistentes, os metais encontrados eram
misturados. O bronze é o resultado da mistura do cobre com o estanho. Esse metal é mais rígido e
resistente do que o cobre e permitiu a confecção de instrumentos que resistissem ao tempo e
garantissem segurança aos grupos em guerra com seus inimigos.
Idade do Ferro: O ferro foi o último tipo de metal utilizado pelos hominídeos durante a Pré-História.
Tal qual os outros metais, o ferro foi utilizado na fabricação de ferramentas e armas de guerra. O
diferencial é que a especificidade da técnica exigida para a fabricação do metal impediu a sua
disseminação entre os grupos pré-históricos. Para se obter o ferro, era necessária sua fundição,
remoção de impurezas e regulação da quantidade de carbono. O ferro só era utilizado após a
aprendizagem da sua preparação.