1. OT – LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORES DAS 3ªs
SÉRIES
2. Pauta
Abertura
/ acolhida;
Drop Literário – Sê, de Pablo Neruda;
Sensibilização – música Metáfora, de
Gilberto Gil;
Reflexão sobre o SARESP 2012 –
resultados / itens;
TCC Ensino Médio – socialização de
professores convidados;
Intervalo.
Oficinas na sala de informática –
3. Objetivos:
Propiciar
a reflexão sobre itens do SARESP 2012
referentes à 3ª série do Ensino
Médio, analisando-os e ressignificando-os, por
meio da análise e discussão conjunta dos
resultados alcançados / desejados;
Favorecer, por meio do estudo de itens/questões
e produções textuais, possíveis intervenções de
acordo com os níveis de proficiência alcançados
/ desejados;
Refletir sobre ações desenvolvidas em projetos
de TCC – EM;
Elaborar devolutivas utilizando ferramentas
digitais.
4.
5. Sê
Se não puderes ser um pinheiro,
no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do
regato.
Sê um ramo, se não puderes ser
uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê
um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
6. Se não puderes ser uma
estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê
uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás
êxito ou fracasso…
Mas sê o melhor no que quer
que sejas.
Pablo Neruda
14. Com base nas reflexões de hoje, quais
são as ações pedagógicas que os
professores do Componente Curricular
de Língua Portuguesa precisam para o
avanço da aprendizagem em cada nível
de proficiência?
Assim, para os alunos que se
encontram nos níveis de proficiência:
15. Insuficiente - sugerimos um Plano de
Ação Emergencial que promova a
recuperação da aprendizagem dos
alunos, de forma que tenham condições
para dar continuidade aos estudos.
Básico - recomendamos Intervenções
Pedagógicas que reforcem o Trabalho
Pedagógico Escolar, priorizando
atividades que desenvolvam as
habilidades previstas para o ano/série.
16. Pleno - sugerimos ações que visem o
aprofundamento dos conteúdos
escolares já trabalhados garantindo a
aprendizagem em espiral.
Avançado - sugerimos atividades
desafiadoras que promovam o avanço
para além dos conteúdos propostos,
considerando que, na Rede Estadual
há alunos neste nível.
17. Para a 3ª série do Ensino Médio em
2012, houve algumas mudanças: o
percentual de alunos classificados no
nível abaixo do básico é 3 pontos
percentuais mais baixo; no nível básico é
praticamente equivalente, com acréscimo
de 0,4%; no nível adequado houve um
acréscimo de 3 pontos percentuais; no
nível avançado, o índice é
equivalente, com 0,2% pontos percentuais
mais baixo.
18. Antes de tudo, é preciso considerar que
os itens da prova são organizados para
verificar competências básicas e
essenciais para o processo formativo
dos alunos. Por isso, o esforço em se
criar condições para que os alunos
desenvolvam habilidades de leitura e de
produção textuais, cada vez mais
exigidas na contemporaneidade, tanto
no mundo do trabalho como para a
continuidade dos estudos.
19. Por essa razão, ressaltamos que o
ensino de Língua Portuguesa, de
acordo com o Currículo do Estado de
São Paulo, baseia-se na perspectiva
sócio-discursivo-interacionista, em que
a língua é tratada como atividade
interativa que envolve interlocutores,
contextos de produção e recepção
determinados e faz parte do amplo
universo das práticas sociais.
20. Apresentamos a seguir, para estudo e
planejamento de ações, algumas
questões que constaram da prova e
obtiveram índices de acerto abaixo de
50%, de acordo com os resultados
publicados no Relatório Saresp – 2012.
21. 3ª série EM
Exemplo 457, H13, p. 195 do Relatório
do SARESP.
H13 – Identificar a proposta defendida
pelo autor em um texto,
considerando a tese apresentada e a
argumentação construída. (GI)
Tema 3 – Reconstrução da textualidade.
22. Lixo eletrônico – Foi muito bem fundamentada a
análise do destino do lixo eletrônico (janeiro de 2.008,
página 40). O autor levou em consideração aspectos
geralmente negligenciados – utilização de recursos
naturais, energia e descarte final dos produtos – em
reportagens que tratam do reaproveitamento de
materiais e conservação ambiental. Porém, apontar a
reciclagem como “a única maneira de impedir que o lixo
eletrônico inunde lugares como Acra...” me parece uma
opção ingênua. O ideal seria sugerir que todos façam
uma revisão em seus padrões de consumo – e assim
deixem de trocar seus equipamentos ao sabor dos
modismos, gerando as toneladas de aparelhos
obsoletos que invadirão Acra.
Egberto Casazza, Araruama, RJ. (Revista National Geographic, mar. 2008, Seção de Cartas, p. 8)
23. O autor dessa carta escreve a fim de
expressar sua opinião sobre uma matéria
anterior publicada pela revista sobre
depósitos de “lixo eletrônico”. Ele propõe que
(A) os recursos naturais sejam mais
envolvidos nessa produção.
(B) os materiais descartados sejam bem
aproveitados.
(C) a reciclagem ocorra de forma mais efetiva.
(D) os padrões de consumo sejam revistos.
(E) os locais de descarte sejam ampliados.
24. GABARITO: D
A - 9,3%
B - 19,2%
C - 17,9%
D - 47,8%
E - 5,8%
25. Recomendações pedagógicas
Os 47,8% de acerto nessa questão apontam para
a necessidade de colocar as turmas em maior
contato com textos argumentativos, para que
tenham oportunidade de, com a mediação do
professor, observar as características próprias
desses textos.
Para responder corretamente à
questão, alternativa (D), é necessário analisar os
argumentos utilizados, a fim de reconhecer o
objetivo principal do produtor dessa carta do
leitor, publicada em uma revista de grande
circulação e reconhecida no meio acadêmico.
26. A habilidade avaliada requer certo grau de
inferência e pode ser desenvolvida por meio da
prática de leitura, utilizando estratégias que levem
à compreensão global do texto. Mais do que buscar
informações explícitas, é necessário ler o texto nas
entrelinhas e, portanto, inferir que o autor da
carta questiona o enfoque dado ao tema na
reportagem a que ele se refere. Além de fazer o
questionamento, o autor apresenta ideias,
sugerindo que a abordagem do assunto leve em
conta situações mais comuns no cotidiano, para
que todos revejam sua postura no dia a dia,
referentes aos seus padrões de consumo.
27. Recomenda-se proporcionar aos alunos o
acesso a diferentes materiais impressos
em seus suportes originais, pois, dessa
forma, a esfera da atividade humana em que
circulam fica evidente. Ler uma carta do
leitor, reproduzida no livro didático, por
exemplo, ou em uma folha xerografada, não
produz o mesmo efeito que é produzido, ao
lê-la na revista ou no jornal em que foi
publicada.
28. Ao optar pela utilização de textos ou
fragmentos reproduzidos em outro
suporte, que não o de origem, é
necessário fazer constar as
referências, pois para a compreensão
global do texto, uma verificação da
situação de produção é imprescindível.
29. Exemplo 659, H32, p. 201 e 202 do Relatório
do SARESP.
H32 – Aplicar conhecimentos relativos às
unidades linguísticas (períodos,
sentenças, sintagmas) como estratégia de
solução de problemas de pontuação, com
base na correlação entre
definição/exemplo. (GIII)
Tema 5 – Reflexão sobre os usos da língua
falada e escrita.
Leia o anúncio a seguir e responda à questão.
30.
31. Uma das regras de pontuação é que o
vocativo deve ser isolado por vírgula(s)
do restante da frase. Essa regra foi
aplicada na alternativa
(A) Não, espere.
(B) Isso, só ele resolve.
(C) Esse, juiz, é corrupto.
(D) Aceito, obrigado
(E) Não, quero ler.
32. GABARITO: C
A - 17,2%
B - 17,9%
C - 31,5%
D - 19,9%
E - 13,6%
33. Recomendações pedagógicas
Considerando que apenas 31,5% dos
alunos assinalaram a alternativa correta,
percebe-se a importância de enfatizar o
papel que certas categorias gramaticais
assumem na produção do efeito de
sentido de um texto.
34. Nesse item, o enfoque está no uso das
vírgulas com a função de isolar o
vocativo, conforme aparece na
alternativa correta C. Acrescente-se
que, além disso, reforçando a função de
vocativo, a palavra “juiz” apresenta “uma
função apelativa de 2ª pessoa, pois, por
seu intermédio, chamamos ou pomos
em evidência a pessoa ou coisa a que
nos dirigimos” (BECHARA, 2001, p.
460).
35. É importante salientar que não se trata
de um estudo sobre a nomenclatura
das categorias gramaticais, mas uma
investigação sobre os efeitos de
sentido produzidos em seu uso, na
construção de diferentes gêneros
textuais.
36. Os sinais de pontuação marcam, na
escrita, as diferenças de entonação e
contribuem para tornar mais preciso o
sentido que se quer dar a um texto, mas
o professor pode ir além dos conceitos
gramaticais e mostrar como o uso
expressivo da pontuação é explorado
em textos literários e nos não literários.
Evidenciar esse recurso é uma
estratégia para trabalhar a habilidade
referenciada.
43. OFICINA: CORRIGINDO TEXTO
DIGITADO USANDO FERRAMENTAS
DIGITAIS
WORD (MICROSOFT) - A partir de um texto
digitado, selecione o que deseja comentar e
clique:
1 – Revisão;
2 – Novo comentário
EDITOR DE TEXTO (LINUX) - A partir de um
texto digitado, selecione o que deseja
comentar e clique:
1 – Ferramentas de produtividade;
2 – Editor de texto;
3 – Inserir anotação.
45. Para saber mais
Obras:
BAKHTIN, Mikhail . Gêneros do discurso. In: ____. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 4ªed.
São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 261/306.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa.
Secretaria de Educação Fundamental: Brasília MEC/SEF, v. 2, p. 84, 1997.
BRONCKART, Jean Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo
sóciodiscursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª reimpressão. São Paulo: EDUC,
2003.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: estudos de teoria e história literária. Rio de Janeiro: Ouro
sobre Azul, 2010.
CEREJA, William Roberto. Ensino de literatura: uma proposta dialógica para o trabalho com literatura.
São Paulo: Atual, 2005.
CUNHA, Celso. Nova gramática do português contemporâneo. 3.ed. Rio de Janeiro: Lexikon Informática,
2007.
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2010.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. São Paulo: Nova Geração, 2008.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. São Paulo: Moderna, 2005.
SAVIOLI, Francisco Platão & FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
2006.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado
de Letras, 2004.
SOLE, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Claudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.