2. Consequências ambientais do desenvolvimento
• O desenvolvimento impulsionado pela revolução
industrial foi responsável por estruturar uma ciência
dividida em parcelas para dar conta desses avanços.
• Essa divisão e posterior especialização do
conhecimento, através da história, fizeram surgir
segregações de forma que cada área adotou sua
própria linguagem, a qual se tornou compreensível
somente para os cientistas e estudiosos específicos de
determinada área.
3. Consequências ambientais do desenvolvimento
• Foi neste cenário de dissociação entre o
conjunto de problemas ambientais e os
processos de crescimento econômico,
populacional, de concentração industrial e
urbana que a questão ambiental emergiu.
4. Consequências ambientais do desenvolvimento
Souza (2000) aponta quatro fases históricas
distintas na questão ambiental e sua relação
com os processos produtivos.
FASE SEMINAL
INÍCIO SÉC.XX - INÍCIO ANOS 70
PRIMEIRA FASE DE GLOBALIZAÇÃO
SEGUNDA FASE DE GLOBALIZAÇÃO
5. Consequências ambientais do desenvolvimento
FASE SEMINAL
• caracterizou-se pela ênfase na conservação dos
recursos e na natureza existencial e estética do meio
ambiente.
• Os problemas ambientais, neste período, não
gozavam de nenhuma prioridade para as pessoas, para
os governos e para a ciência.
6. Consequências ambientais do desenvolvimento
INÍCIO SÉC.XX - INÍCIO ANOS 70
• A concentração industrial, a urbanização, o
crescimento econômico e populacional e o aumento
significativo na renda e no consumo, fizeram com que
os problemas ambientais associados às atividades
produtivas se fizessem sentir de forma generalizada
sobre o bem-estar das pessoas.
7. Consequências ambientais do desenvolvimento
INÍCIO SÉC.XX - INÍCIO ANOS 70
• Houve uma massificação da percepção pública e
científica sobre a problemática ambiental.
• Paralelamente, a melhoria nos padrões sanitários e
os avanços científicos na área de saúde
proporcionaram o controle sobre uma série de causas
de mortes e doenças, bem como a identificação mais
precisa dos efeitos da poluição e da degradação
ambiental sobre a saúde humana.
8. Consequências ambientais do desenvolvimento
PRIMEIRA FASE DA GLOBALIZAÇÃO
• Década de 70.
• Nesta primeira fase de globalização, o
problema ambiental é visto como limite ao
crescimento.
• Conferência de Estocolmo (1972), Clube de
Roma (1971-1976), O Relatório Global 2000
para o Presidente (1980).
9. Consequências ambientais do desenvolvimento
PRIMEIRA FASE DA GLOBALIZAÇÃO
• Não havia uma consciência global consolidada de
que os problemas ambientais gerados pelo
processo de desenvolvimento econômico
poderiam afetar o ecossistema terrestre causando
riscos à própria sustentabilidade da vida no
planeta.
• Controle dos problemas ambientais e
desenvolvimento econômico eram vistos como
antagônicos.
10. Consequências ambientais do desenvolvimento
SEGUNDA FASE DA GLOBALIZAÇÃO
• Início da década de 80.
• Os problemas ambientais passam a ser visto pela
comunidade internacional como risco à
humanidade.
• Discussões sobre o efeito estufa, sobre a destruição
da camada de ozônio e sobre a importância da
biodiversidade.
11. Consequências ambientais do desenvolvimento
SEGUNDA FASE DA GLOBALIZAÇÃO
• Busca de alternativas de conciliação entre o
desenvolvimento e a preservação ambiental.
• Surgem duas abordagens e também dois
conceitos para a reconciliação entre
desenvolvimento e preservação ambiental:
desenvolvimento sustentável e de
ecodesenvolvimento.
12. Consequências ambientais do desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• Origem no Relatório Brundtland.
• Denominado por Souza (2000) como
“desenvolvimento sustentável de mercado”.
• Adotado pelos governos e organismos multilaterais -
FMI, ONU, BIRD, World Resources Institute -
maioria dos governos e nos inúmeros compromissos
resultantes de conferências ambientais oficiais, de
Estocolmo em 1972 à Eco-92.
13. Consequências ambientais do desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• É fruto da acumulação teórica realizada por estes
organismos multilaterais sobre a relação entre
desenvolvimento e meio ambiente.
• Resultado da formulação de uma nova área
disciplinar da economia no âmbito da ciência
econômica tradicional, intitulada Economia
Ambiental.
15. Desenvolvimento Sustentável
Princípios da Vida Sustentável
1) Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos
2) Melhorar a qualidade da vida humana
3) Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra
4) Minimizar o esgotamento de recursos não renováveis
5) Permanecer nos limites da capacidade de suporte do
planeta Terra
6) Modificar atitudes e práticas pessoais
7) Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio
meio ambiente
8) Gerar uma estrutura nacional para a integração de
desenvolvimento e conservação
9) Constituir uma alinça global
17. ?
Quem é você?
Porque
devo
comprar de
você?
Como vão me
perceber junto
com você?
Cidadão Global
ou Futuro
Consumidor
Movimentos que reforçam a necessidade do DS
19. Movimentos que reforçam a necessidade do DS
Associações
51 Associados
Entidade cujo objetivo principal
é liderar esforços em prol do DS
no Brasil alinhado a iniciativas
mundiais
Responsáveis pelas certificações e
normalizações ambientais no Brasil
http://www.iso.ch/iso/en/prods-services/otherpub
20. Movimentos que reforçam a necessidade do DS
Ações Globais – ONU
Rio 92 – Conferência ONU para o Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável
Conferência de Cúpula da Terra (178 países,
112 Chefes de Estado
Fórum Global – setores independentes da
sociedade
Protocolo de Kyoto de 97 (assinado por 159
países): compromisso de reduzir, até o ano de
2005, as emissões de carbono em 5,2% sobre
os valores registrados em 1990
21. • Aumento das Pressões Legais
Pilhas e Baterias
Lei das Emissões para Veículos
Lei de Resíduos Industriais
Princípio Poluidor Pagador
• Pressões de Mercado
ISO 14000 e demais normas ambientais
Processos mais limpos
Imagem e desperdícios
Competitividade
Movimentos que reforçam a necessidade do DS
22. Produção Sustentável
ISO 14000
É uma iniciativa na busca do uso racional de
energia e matéria-prima
Visam resguardar, sob o aspecto da qualidade
ambiental, não apenas os PRODUTOS como
também os PROCESSOS produtivos
Com a não disponibilidade de atender à
demanda de necessidades ilimitadas e infinitas
com recursos limitados e finitos buscou-se uma
atitude de:
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL
23. http://www.agenda21local.com.br
Dimensões da Agenda 21
Agenda 21
Documento de natureza programática oficializado
na ECO-92
Conjunto de Diretrizes que propõem uma parceria
entre as Nações no intuito de busca de um
desenvolvimento sócio-econômico em conjunto
com o meio ambiente
Prêambulo: “...está voltada para os problemas
prementes de hoje e tem como objetivo, ainda,
preparar o mundo para desafios do próximo
século”.
24. ECODESENVOLVIMENTO
• Os princípios gerais não são muito compatíveis
com a economia de mercado.
• É uma versão alternativa do desenvolvimento
sustentável.
• Encontra-se mais próximo dos discursos dos
movimentos populares, dos movimentos
ecologistas e dos intelectuais críticos.
• Em sua versão crítica, a sustentação teórica se
baseia na Economia Ecológica.
Ecodesenvolvimento
25. Ecodesenvolvimento
ECODESENVOLVIMENTO
• Dimensões do ecodesenvolvimento:
– sustentabilidade social,
– sustentabilidade econômico,
– sustentabilidade espacial,
– sustentabilidade cultural e
– sustentabilidade ecológica.
26. Ecodesenvolvimento
ECODESENVOLVIMENTO
• Podem ser norteadores para elaboração de
diagnósticos e propor políticas públicas
para o desenvolvimento de modelos para o
gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos, quer seja de um município, região
ou país (Sachs, 1986).
27. Consumo X Consumismo
DO CONSUMO AO CONSUMISMO
• A transposição do consumo para consumismo ocorreu
quando da passagem da economia de subsistência para
uma economia de mercado.
• Dois aspectos importantes:
– consumismo globalizado elevado dos paises ricos é
difícil de ser reduzido;
– produz, ao mesmo tempo, uma imensa massa de
desempregados que não podem consumir o que se
produz.
28. Ecodesenvolvimento
DO CONSUMO AO CONSUMISMO
• Atualmente, a visão dos analistas aponta
– intensificação dos problemas econômicos, ambientais
e sociais;
– o desemprego deverá atingir níveis alarmantes;
– como conseqüências, já visível nas grandes cidades, a
intensificação da economia informal, principalmente
pequenos negócios, ou simplesmente o aumento do
número de catadores de materiais recicláveis.
29. Ecodesenvolvimento
DO CONSUMO AO CONSUMISMO
• Assim, para uma abordagem mais completa do
questão ambiental, surge a questão social
como elemento-chave a ser incorporado ao
binômio meio ambiente e desenvolvimento.
30. Ecodesenvolvimento
DO CONSUMO AO CONSUMISMO
• As novas calamidades sociais e as calamidades
ambientais, em estreita correlação com a
economia, não se expressam mais como
problemas específicos, que se anulam
mutuamente, carecendo de um enfoque
interdisciplinar para sua compreensão e
gestão (Ferreira, 1998).
31. Ecodesenvolvimento
ENFRENTADO A EXPLOSÃO URBANA
• Estimativas mais recentes das Nações
Unidas, indicam que até o ano 2025 o
número de habitantes no Sul deverá
passará de quatro bilhões
Ano 1000 1900 1950 2000
População 310
milhões
1,65
bilhões
2,52
bilhões
6
bilhões
32. Ecodesenvolvimento
ENFRENTADO A EXPLOSÃO URBANA
• Sachs (1993) propõe estratégias pró-ativas e
inovadoras de desenvolvimento urbano,
baseadas nos princípios de maior equidade
social, prudência ecológica e eficiência
urbana e tendo como base, as cinco
dimensões do ecodesenvolvimento.
33. Ecodesenvolvimento
ENFRENTADO A EXPLOSÃO URBANA
• Sachs considera simultaneamente
vários fatores:
– modelos institucionais e gerenciais;
– novas formas de associação entre a
sociedade civil, as empresas e as
autoridades públicas;
34. Desenvolvimento e a questão ambiental
ENFRENTADO A EXPLOSÃO URBANA
– gestão competente do pluralismo tecnológico e
esforço de pesquisa de novas soluções
tecnológicas, que devem ficar disponíveis e
acessíveis aos países em desenvolvimento.
– esforço contínuo para a eliminação do
desperdício e a poupança dos recursos;
35. Desenvolvimento e a questão ambiental
ENFRENTADO A EXPLOSÃO URBANA
• De acordo com o ecodesenvolvimento, as cidades
são ecossistemas e, assim sendo, representam
potenciais de recursos.
• Muitos desses recursos são latentes, subutilizados
ou mal-utilizados. Calderoni (1999) calculou que
o desperdício, por não reciclar o lixo no Brasil,
estava em torno de 4 bilhões de reais.
36. Desenvolvimento e a questão ambiental
A QUESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS
• Em 2002, 80 milhões de toneladas de resíduos
sólidos produzidos no país foi disposta
indevidamente.
• 20% dos resíduos sólidos urbanos dispostos em lixões;
• 0,1% em rios e outros corpos d’água;
• 37% em aterros controlados
• todas as alternativas consideradas ecologicamente e
sanitariamente incorretas pelo potencial de poluição
atmosférica, hídrica e de solos.