Este poema descreve a saudade como uma dor profunda no peito que não mata o corpo, mas sim a alma. A saudade é comparada a um fogo que queima por dentro e a um saco cheio de lembranças do passado. Ela é como a voz do passado ecoando no presente e planta cegueira no coração quando se instala em uma mulher.
2. Saudade dentro do peito É qual fogo de monturo Por fora tudo perfeito, Por dentro fazendo furo.
3. Há dor que mata a pessoa Sem dó e sem piedade, Porém não há dor que doa Como a dor de uma saudade.
4. Saudade é um aperreio Pra quem na vida gozou, É um grande saco cheio Daquilo que já passou.
5. Saudade é canto magoado No coração de quem sente É como a voz do passado Ecoando no presente.
6. A saudade é jardineira Que planta em peito qualquer Quando ela planta cegueira No coração da mulher, Fica tal qual a frieira Quanto mais coça mais quer.
7. AUTORIA: Antônio Gonçalves da Silva – “Patativa do Assaré” FONTE: www.releituras.com.br FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Lamento de um cavaquinho Autoria e Execução: Waldir Azevedo (Repasse com os devidos créditos) BLOG: www.mimabadan.blogspot.com PPSs em: www.slideshare.net/mimabadan