Redes Sociais: Democratização em

REDES SOCIAIS

DEMOCRATIZAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E CIDADANIA

Evandro Morgado | evandro.morgado@gmail.com | evandromorgado.com | morgadus.com | facebook.com/evandro.morgado

redes sociais: democratização, participação e cidadania

1. REDE

(do latim: rete, is = "rede ou teia")

1. Conjunto entrelaçado de fios, cordas, cordéis, arames, etc., com aberturas
regulares, fixadas por malhas e nós, formando espécie de tecido aberto,
destinado às aplicações, já presumivelmente pré-históricas, quer de caça quer
de pesca.

2. Por analogia passou a também designar "uma quantidade de pontos ou
nós, concretos ou abstratos, interligados por relações de vários tipos".

3. Rede Social > relação entre os seres humanos



1.1. REDE COMPLEXA

• É uma forma de modelar a natureza
onde as propriedades de um elemento
são resumidas às conexões que ele
estabelece com outros elementos do
mesmo sistema.

• Um grupo de elementos constituintes
de um sistema tem alguma regra que
estabelece uma ligação entre esses
mesmos elementos.



1.2. REDES: Neural



1.2. REDES: urbana



1.3. Tipos de Redes
Diagramas de Paul Baran (1964)

REDE CENTRALIZADA REDE DESCENTRALIZADA REDE DISTRIBUÍDA



2. SOCIAL

(do latim: socialis, -e)

1. Que diz respeito à sociedade.

2. Que tem tendência para viver em
sociedade. = SOCIÁVEL ≠ INSOCIAL

3. Que diz respeito a uma sociedade
comercial.


2.1. ESTRUTURA SOCIAL

• Colocação e posição de indivíduos e de
grupos dentro do sistema social.

• Agrupamento de indivíduos, de acordo
com as posições que resultam dos padrões
essenciais de relações de obrigação.

• A realidade social identifica padrões que
dão a cada um de nós, um sentido para o
lugar ao qual pertencemos:
 o que se espera que façamos
 como devemos pensar
 como devemos agir



2.1. ESTRUTURA SOCIAL

• A vida social é uma constante batalha entre o nosso desejo de sermos
livres e a nossa necessidade de ser parte integrante de uma estrutura
social que, por vezes, nos parece espartilhar.

• Sem estrutura, o mundo social seria o caos.



3. REDE SOCIAL

• Uma rede social é uma estrutura social composta
por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de
relações, que partilham valores e objetivos comuns. [1]

• Características:
 abertura
 porosidade
 relacionamentos horizontais
 ausência de uma hierarquia
 união pela identidade



3. REDE SOCIAL

"Redes não são, portanto, apenas uma
outra forma de estrutura, mas quase uma
não estrutura, no sentido de que parte de
sua força está na habilidade de se fazer e
desfazer rapidamente." [2]

"Os limites das redes não são limites de
separação, mas limites de identidade. (...)
Não é um limite físico, mas um limite de
expectativas, de confiança e lealdade, o
qual é permanentemente mantido e
renegociado pela rede de comunicações." [3]



3.1. Redes Sociais ≠ Hierarquias

• Redes sociais são padrões de organização em que há abundância de
caminhos.
• Hierarquias são o oposto: um campo onde se gerou (artificialmente)
escassez de caminhos.

≠



3.2. TIPOS DE REDES SOCIAIS

• Redes comunitárias
(redes sociais em bairros ou cidades)

• Redes políticas

• Redes sociais online

• (…)



3.3. TIPOS DE REDES SOCIAIS online

• Redes de relacionamentos
(facebook, orkut, myspace, twitter)

• Redes profissionais (LinkedIn)

• As redes sociais têm adquirido importância
crescente na sociedade moderna. São
caracterizadas primariamente pela
autogeração do seu desenho, pela sua
horizontalidade e sua descentralização.



3.3. TIPOS DE REDES SOCIAIS online

• Em comum…

 Partilha de informações, conhecimentos,
interesses e esforços em busca de
objetivos comuns

 A vida acaba por ser sócio-virtual e não
social

EM SUMA: redes sociais são pessoas interagindo
segundo um padrão de organização de rede
distribuída.



3.4. Modus Operandi: INTERAÇÃO

• Frequência • Fluxos que se constelam a cada instante
• Ecos • Espalhamentos e aglomerados (clustering)
• Círculos • Imitação (cloning)
• Controlo



3.4. Modus Operandi: Interação ≠ Participação

• Redes sociais são ambientes de interação, não de participação.

≠



3.5. PARTICIPAÇÃO E CIDADANIA

A intensificação da formação das
redes sociais reflete um processo
de fortalecimento da Sociedade
Civil, num contexto de maior
participação democrática e de
mobilização social.


4. Redes sociais ≠ multimédia social
Social ≠ Digital ou Virtual



5. Redes sociais ≠ Ferramentas

• Blogs não são redes

• A blogosfera pode ser um
bom exemplo de rede
distribuída, mas não é uma
rede social.

• Redes sociais são pessoas
interagindo, não são
ferramentas de publicação
ou de participação.



6.Redes ≠ Plataformas interativas

• As plataformas interativas não são em si redes sociais, mas podem ser
boas ferramentas de articulação e animação de redes sociais.



7. Fenomenologia das Redes

Os fenómenos que ocorrem nas
redes são independentes do
conteúdo do que flui.

Esses fenómenos - como o
clustering, o swarming e o crunching
- dependem dos graus de
distribuição e conectividade da rede
em questão.



7.1. CLUSTERING

Consolidação ou “nucleação” de uma
rede, um grupo criativo que é mais
do que a soma de pessoas e tem
relação com a tendência de dois
conhecidos terem um terceiro
conhecido em comum.



7.2. SWARMING

Propagação e aglutinação como enxames de insetos, que, inicialmente
dispersos, rapidamente se aglomeram em determinado ponto.

Exemplo: Revolta no Egito



7.3. CRUNCH

Redução do tamanho do mundo
tornando-o mais potente devido às
conexões: diminuem-se as
distâncias e aumentam-se as
conexões.

Mundo Pequeno
Small is powerful
Quanto menor o tamanho do
mundo mais poderoso é o campo
social



Dá que pensar…

“Eu guardo o meu conhecimento nos meus amigos”



8. Novos Papéis Sociais

Na sociedade em rede, os indicadores de sucesso já não são a acumulação de
riqueza, de poder e de conhecimento atestado por títulos. Estão a emergir
novos papéis sociais:

Hubs Inovadores Netweavers



9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 1.0
• Implementação e popularização da rede

http://web-2-0.gemzies.com/show/entry_3396/Web_1_0_vs_Web_2_0.html
• Conteúdo pouco interativo
• Utilizador = Espectador
• Espaço de leitura

http://blog.focusnetworks.com.br/enterprise-web-20/

03-01-2012


9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 2.0
 Rede colaborativa e social
 Conteúdo interativo
 Utilizador = Actor
 Utilizador gera e partilha conteúdo

http://web-2-0.gemzies.com/show/entry_3396/Web_1_0_vs_Web_2_0.html
http://blog.focusnetworks.com.br/enterprise-web-20/

03-01-2012


9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 2.0
 Mecanismos de busca melhorados - potenciam a WEB 2.0

03-01-2012


9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 2.0
 Produção colaborativa

 Partilha

 Comunicação

 Criar e alojar Páginas de Internet/Blogs (com perfil colaborativo)

03-01-2012


9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 2.0
 Problema:

Como lidar com tanta
informação que é inútil?

WEB 2.0 + 1 = WEB 3.0

03-01-2012


9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 3.0
 O termo - John Markoff
(New York Times, 2006)

http://topics.nytimes.com/top/reference/timestopics/peo
“Referred to as Web 3.0, the effort is in its infancy, and

ple/m/john_markoff/index.html?inline=nyt-per
the very idea has given rise to skeptics who have called it
an unobtainable vision. But the underlying technologies
are rapidly gaining adherents, at big companies like IBM
and Google as well as small ones.”



9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 3.0
 WEB "inteligente"

“Web inteligente”

capaz de interpretar a devolve resultados mais
relação entre o “pedido” objectivos e personalizados
e os conteúdos em rede em cada pesquisa

“Web Semântica”



9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 3.0
 WEB Semântica: uma proposta de Tim Berners-Lee, “pai” da World
Wide Web.

Registo dos conteúdos, de maneira a serem
compreendidos, interpretados e processados por…

2.0 Pessoas | 3.0 Máquinas

Softwares capazes de…

Pesquisar | Partilhar | Integrar | Apresentar
com eficiência



9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 3.0
 Metadados
○ Metadados (…) são dados sobre outros dados. Um item de um
metadado pode dizer do que se trata aquele dado (…) - informação
inteligível por um computador.

○ Estas estruturas de dados e de interpretação permitrão que os
computadores possam entender e interpretar o conteúdo.



9. WEB 1.0 – 3.0

WEB 3.0
Interação em tempo real
Comunicação e
Interação em tempo
real e a mudança de
paradigma

Gary Hayes, Virtual
Worlds, Web 3.0 and
Portable Profiles

Comunidade
real?

Comunidade
virtual?



10. Redes Sociais e a WEB

• Mais de 31% dos
internautas acedem
diariamente às redes sociais



10.1. Redes Sociais e a WEB: BLOGUE

• Facilidade de atualização
• Demonstração de conhecimento
• Marketing: pessoal, profissional, corporativa
• Relacionamento com os leitores
• Manter-se/manter informado



10.1. Redes Sociais e a WEB: BLOGUE
Defina seus objetivos:
• É para si? Para a sua empresa?
• Para um público-alvo?
• Sobre um determinado assunto?

Defina uma frequência de atualização: no mínimo 2 vezes por
semana

Escolha uma ferramentas grátis:
• www.wordpress.com (mais profissional)
• www.blogspot.com (mais casual)

Faça você mesmo ou contrate alguém para o fazer
• Atualize o conteúdo: utilize imagens, videos e texto conciso
• Divulgue e interaja com os seus leitores: dificilmente seu blog
será encontrado sem uma boa divulgação.
• Acompanhe os resultados



10.2. Redes Sociais e a WEB: FACEBOOK

• Sucesso global: design simples, organizado e fácil de usar; foco em
conectar pessoas e grande cobertura
• Missão: “Give People Power To Share



10.2. Redes Sociais e a WEB: FACEBOOK



10.3. Redes Sociais e a WEB: TWITTER



10.4. Redes Sociais e a WEB: KLINKEDIN
Voltada exclusivamente para networking profissional, é uma das principais
ferramentas de headhunters do mundo inteiro. A rede possui uma base de
dados interessante de profissionais séniores que não se encontra facilmente
noutro lugar.




O que fazer?
• Preencher um perfil cativante e atualizado
• Pertencer a comunidades e participar nas discussões
• Convidar amigos
• Escrever recomendações para amigos
• Convidar pessoas interessantes para a sua rede, mas
personalizar a mensagem de envio
• Atualizar periodicamente seu status
• Procurar vagas nas comunidades (pasta “jobs”)
• Participar em encontros presenciais
• Escrever concisamente: ninguém tem tempo ou
paciência para ler longos textos




• Agressividade nas discussões ou em
pontos de vista
• Reclamar da vida
• Oferecer-se de mais
• Falar mal de outras pessoas ou
empregadores
• Entrar em contacto com pessoas que
você mal conhece pedindo para que te
apresentem a alguém ou te
recomendem para alguma vaga



11. Redes Sociais baseadas na Internet: CUIDADOS

• Não partilhe nada que o comprometa
• Não comprometa a sua privacidade nem a da sua
família
• Aprenda a lidar com críticas e a respondê-las com
elegância
• O impacto de uma atitude pode fugir do seu
controlo
• As redes são públicas: sempre que colocar uma
mensagem, alguém poderá lê-la imediatamente.
• Cuidado com a frequência dos seus posts. Se for
muito alta e sem relevância, as pessoas podem
deixar de segui-lo.
• Cuidado com as fotos. Um futuro empregador
pode não gostar de o(a) ver embriagado(a) na
passagem de ano.
• Para mensagens pessoais use o e-mail, o telefone,
ou a sua presença.



12. Redes Sociais baseadas na Internet: BENEFÍCIOS

O social networking tem gente “normal” com rotinas
típicas do dia a dia, agora transpostas e adaptadas à
Internet, que potencia a comunicação de formas
incríveis.




• Divulgação do currículo. Num mundo de emprego
em permanente mudança, quanto mais divulgação
tiverem as suas competências, mais facilmente
encontrará quem as valorize.

• Pedido de referências pessoais. A cibercultura
assenta nas relações pessoais horizontais, ou
peering, quebrando a tradicional relação vertical.
A sua opinião sobre os seus colegas é tida em
conta. E a dos seus colegas por si também.
Construa a sua reputação levando isso em
consideração.




• Oportunidades de emprego. À medida que mais gente e organizações
integram as redes sociais aumentam também as relações de proximidade
geográfica e consequentemente crescem as oportunidades de trabalho.
Estar bem posicionado nas redes sociais representa uma vantagem sobre
quem não está
• Encontro de velhos amigos e colegas. A interoperabilidade entre as
diversas redes facilita a tarefa de estar em contacto com conhecidos
anteriores. Noutros casos, poderá reencontrar ligações — e as ligações
geram riqueza na web




• Receber propostas de negócios. Em função do seu
currículo, da sua capacidade de relacionamento
com os outros e da sua disponibilidade, torna-se
mais fácil propor-lhe atividades. Que poderá
incorporar no seu dia-a-dia na empresa ou —
como fazem já milhões de pessoas — funcionar
em regime de outsorcing.
• Seleção de especialistas. Os serviços de social
networking não têm apenas oferta. Também a
procura de trabalho e de talento tem neles lugar
de relevo. A prática de caça-talentos também se
“democratizou” com a web, deixando de estar
reservada às elites. Estar nelas significa poder ser
escolhido.



Créditos
Texto
• http://www.slideshare.net/ciberesfera/redes-sociais-na-internet-a-
desterritorializao-da-sociedade
• http://pauloquerido.pt/sem-categoria/as-redes-sociais-e-as-suas-vantagens/
• http://www.slideshare.net/bubka/p-4418713
• http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Rede_Social
• Http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede

Imagens
• http://www.google.pt/imghp?hl=pt-PT&tab=ii

Vídeos
• http://www.youtube.com/watch?v=PiTc-fJVXh4&feature=related
• http://www.youtube.com/watch?v=UjTtrd42Zu8&feature=related
• http://www.youtube.com/watch?v=ToMp99sTtaQ


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