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TRABALHO DE REDAÇÃO – 4BI/2012

Instruções:

    I.        Esse material servirá de base para a produção de texto escrito (Valor: 2 (dois) pontos). O tipo de
              texto a ser produzido será uma DISSERTAÇÃO.

    II.       Leia toda a coletânea e selecione elementos que julgar relevantes ao desenvolvimento do ponto de
              vista adotado por você. Não pode haver uma simples cópia ou paráfrase de trechos da coletânea. Os
              elementos selecionados precisam ser bem articulados de forma a revelar poder de reflexão e uma
              leitura crítica dos textos e também do mundo.

    III.      Tenha também como base acadêmica para o seu texto o documentário “La Educación prohibida”.

    IV.       O seu texto deve ter uma extensão mínima e máxima de 30 linhas.

    V.        Construa um texto com no mínimo três parágrafos: um parágrafo para a introdução, um para a
              conclusão e um para a conclusão.

    VI.       Não fuja do recorte temático nem do gênero textual proposto.

               Tema: O que há de fundamentalmente errado com a educação no Brasil?


Coletânea de textos:

“Eu queria muito repetir de ano, mas não deu”, diz a estudante Rafaela (nome fictício), 14 anos. Ela não consegue
escrever direito e não sabe resolver contas simples, mas foi aprovada no ano passado, quando cursou a oitava série
na escola municipal Professor Primo Pascoli Malare (zona norte de SP). A pedido dos pais da garota, a Defensoria
Pública do Estado de SP mandou ofício para que a Secretaria Municipal da Educação mantenha a menina no
ensino fundamental em 2009. Rafaela diz concordar com os pais, que são analfabetos. Ela mostra as provas feitas,
todas com as notas “NS” em vermelho – a sigla é de “não-satisfatório”, o pior resultado possível. “Se eu for para o
primeiro colegial [primeiro ano do ensino médio], vai ser muito difícil para mim. Eu até leio um pouco bem, mas
não sei quase nada das matérias. Eu vou muito mal nas provas”, conta a menina, que diz querer ser veterinária. O
município adota a progressão continuada: os alunos são reprovados apenas nos quartos anos de cada ciclo. A
oitava série é um deles. Segundo levantamento feito em setembro pela secretaria, um em cada dez alunos da quarta
série da rede municipal é analfabeto. Rafaela fez, a pedido da reportagem um teste informal – a menina sabe ler e
escrever, mas não consegue interpretar textos ou fazer cálculos. A mãe de Rafaela, dona-de-casa, conta que a filha
pedia reforço escolar, mas nem sempre era atendida. O coordenador do Núcleo Especializado de Infância e
Juventude da Defensoria Pública, Flávio Américo Frasseto, diz que poderá entrar na Justiça para garantir que
Rafaela continue no ensino fundamental. (Folha de S. Paulo. Escola passa aluna que pediu reprovação. Folha de S.
Paulo. São Paulo, 1º fev. 2009, p. C2).

Por falar em barbárie, 3.500 professores tiraram nota zero (isso mesmo, zero) no teste aplicado pela Secretaria
Estadual de Educação de São Paulo para medir o nível de conhecimento sobre o que eles ensinam em sala de aula.
A prova foi realizada por 214 mil professores, dos quais apenas 111 (vamos repetir, 111) tiraram a nota máxima.
Aproximadamente 40% tirou nota abaixo de cinco, ou seja, 96 mil professores, dos quais metade não chegou à
nota três. A partir dos resultados, faço aqui a seguinte sugestão: não repitam o aluno, repitam a escola e os
políticos. É muito mais justo e, possivelmente, mais eficiente, do que descarregar a culpa da incompetência no
estudante incapaz de aprender. Puxando ainda o fio a partir da prova, vemos a cadeia de vulnerabilidades. Já que
dar aula em escola pública, especialmente nas grandes cidades e regiões metropolitanas e, mais especialmente
ainda em suas periferias, não é exatamente das atividades mais atrativas, existe uma dificuldade imensa de atrair
talentos. Partindo disso, todo o resto é apenas consequência, a começar dos cursos para formação de docentes. As
escolas são ruins, logo o professor não valorizado nem defendido pela sociedade, o que implica menos pressão
contra os governantes. (DIMENSTEIN, Gilberto. Crianças e adolescentes desaparecem. Folha de S. Paulo. São
Paulo, 8 fev. 2009, p. C4. – Adaptado).
A educação por si só não transforma a realidade social, mas sem uma instituição escolar eficiente é impossível que
mudanças substanciais ocorram nesse campo. Por isso, a educação de um país é tarefa importante demais para
ficar a cargo apenas de educadores. Abordo uma questão que me parece crucial para a falência do nosso sistema de
ensino: o seu abandono pela sociedade. Chegamos ao ponto em que, a se julgar pela discussão pública da
educação, esta pertence aos professores, e não à sociedade, e deve satisfazer os anseios dos profissionais que nela
trabalham, ao invés das vontades dos alunos e suas famílias. A ideia – errônea – de que aquilo que é bom para os
professores é bom para os alunos foi incorporada de tal maneira que parece herético dizer o óbvio: por mais bem-
intencionado que seja qualquer professor e funcionário, há coisas que são boas para eles e ruins (ou
insignificantes) para os alunos, e vice-versa. (IOSCHPE, Gustavo. Educação sem povo. Veja. São Paulo, 16 jan.
2008, p. 57).

Em realidade, não é apenas na questão da indisciplina escolar que a responsabilidade pelos nossos fracassos é
atribuída à sociedade ou aos alunos e que os agentes do sistema educacional, especialmente os professores,
aparecem apenas como vítimas, que lutam sem jamais desistir apesar da enorme maré contra. Pense naquilo que
você, leitor, acredita ser a solução para o problema da nossa educação. Provavelmente será algo que englobe
alguns ou todos os seguintes fatores: aumento do investimento em educação, aumento do salário dos professores,
diminuição do número de alunos nas salas de aula, aumento do número de horas letivas. Agora pense nesses
fatores e pergunte-se: a quem eles beneficiam? Aos alunos ou aos profissionais do ensino? Precisamos de um
reordenamento da nossa leitura da educação nacional. Cada vez que um aluno não aprende – e estão aí todos os
testes, nacionais e internacionais, mostrando que o nosso aprendizado é catastrófico –, precisamos primeiro
imaginar o que está errado na educação que ele recebe. Se ele não se interessa pela aula, é necessário ver se a aula
não é desinteressante. Se ele não estuda, precisamos checar se ele recebe material suficiente e se tem as avaliações
necessárias para saber que precisa estudar. Se o aluno não faz os deveres quando chega a casa, temos de verificar
se eles estão sendo prescritos pelos professores, se estão sendo corrigidos e se o fato de o aluno não os fizer tem
alguma consequência. Se os pais participam da escola, devemos questionar se a escola se organiza de maneira a
realmente permitir a participação dos pais, se eles se sentem convidados ou ignorados pelos diretores e professores
de seus filhos, se percebem a escola como um espaço no qual podem e devem atuar ou como um ente distante,
alheio, fechado. Somente depois de esgotados esses questionamentos é que deveríamos partir para a culpabilização
de pais e alunos. (IOSCHPE, Gustavo. Educação sem povo. Veja. São Paulo, 16 jan. 2008, p. 57).

As desigualdades que se acentuaram ao longo de governos autoritários parecem ter originado a ideia estapafúrdia
de que, em uma democracia, os cidadãos devem ser iguais. Não tratados da mesma maneira: pelo contrário,
tratados de maneira desigual, para que no resultado final se estabeleça a igualdade. Como é possível elevar todos
aos píncaros da glória, já que as aptidões individuais são diferentes, o objetivo passa a ser a mediocrização total.
Por isso, a palavra-chave dos tempos que correm é a “inclusão”, e não o “mérito”: para trazer todos à média, é
preciso focar a atenção nos deficientes e ignorar – quando não reprimir – os talentosos. Não existe nenhuma
preocupação oficial com a identificação e o desenvolvimento daquilo que os pais têm de mais precioso: grandes
mentes. Pelo contrário: quando esses existem, normalmente vindos da iniciativa privada, são rechaçados pelos
políticos dos mais diversos matizes. A ojeriza é meritocracia em nossas escolas vem sob a desculpa de que a
competitividade pode causar profundos danos à psique das crianças. Um sistema educacional como o chinês, em
que os melhores alunos de cada sala são identificados publicamente – em algumas escolas, através do uso de
lenços coloridos – e posteriormente transferidos às melhores escolas, desperta em nossos professores os seus
instintos mais primitivos. Frequentemente ouve-se que sistemas assim levam as crianças ao suicídio, depressão
etc. É a senha para que criemos uma escola inclusiva, afetiva, que cria seres felizes e éticos. É uma empulhação
sem tamanho. A literatura empírica educacional aponta o benefício de o aluno fazer dever de casa e ser avaliado
constantemente, por exemplo. Prática malvista por nossos professores, porque supostamente significariam acabar
com o componente lúdico da infância e, com certeza, roubariam o tempo lúdico do professor. Pior ainda: a suposta
escola do afeto e da felicidade produz muito mais miséria, e por período bem mais longo de tempo, do que as
agruras de um sistema meritocrático que premia o trabalho. O que é melhor: “sofrer” por algumas horas por dia na
infância estudando com afinco e ter uma vida próspera e digna ou passar a juventude em brincadeiras e amargurar
toda uma vida na humilhação do analfabetismo, do subemprego e da pobreza? Qual a sociedade que produz menos
violência e infelicidade: aquelas em que os alunos brincam ou aquelas em estudam? (IOSCHPE, Gustavo.
Preparado para perder. Veja. São Paulo, 3 set. 2008, p.72).
A qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras é péssima. Grande parte dos alunos conclui a quarta série
sem saber fazer operações matemáticas simples. Mas como pode um estudante brasileiro da rede pública ter aulas
de matemática praticamente todos os dias letivos durante quatro anos e não saber nem mesmo fazer operações de
multiplicação ou ler as horas em relógios de ponteiros? Ou os professores não sabem que devem ensinar operações
de multiplicação; ou sabem que devem, mas não sabem como; ou não aparecem para dar as aulas, ou sabem,
aparecem, tentam ensinar, mas os alunos não aprendem. A realidade contém um pouco disso tudo. Na verdade,
parcela significativa do aprendizado depende da estrutura familiar e da participação dos pais. Como o Brasil
demorou em acordar para a importância da educação, os pais dos alunos atuais passaram pouco tempo na escola e
não sabem como ajudar os filhos a aprender. Logo, a tarefa dos professores fica bastante dificultada, pois grande
parte dos alunos atuais não consegue aprender. Mas o que fazer, já que não podemos esperar o tempo passar até
que as novas gerações de famílias resolvam esse problema? Dada à gravidade do problema, inúmeros segmentos
da sociedade brasileira terão que agir. A tarefa cabe, por exemplo, às faculdades de Pedagogia, que passam muito
tempo debatendo os grandes pensadores da educação e pouco tempo ensinando os professores a dar aulas. Mas
isso também não basta. É necessário estabelecer um sistema de incentivos, para atrair os melhores e fazer com que
eles sejam recompensados pelo seu esforço. (MENEZES FILHO, Naércio Aquino. Como melhorar a qualidade da
educação? Folha de S. Paulo. São Paulo, 14 fev. 2009, p. A3.).

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Redação - Trabalho

  • 1. TRABALHO DE REDAÇÃO – 4BI/2012 Instruções: I. Esse material servirá de base para a produção de texto escrito (Valor: 2 (dois) pontos). O tipo de texto a ser produzido será uma DISSERTAÇÃO. II. Leia toda a coletânea e selecione elementos que julgar relevantes ao desenvolvimento do ponto de vista adotado por você. Não pode haver uma simples cópia ou paráfrase de trechos da coletânea. Os elementos selecionados precisam ser bem articulados de forma a revelar poder de reflexão e uma leitura crítica dos textos e também do mundo. III. Tenha também como base acadêmica para o seu texto o documentário “La Educación prohibida”. IV. O seu texto deve ter uma extensão mínima e máxima de 30 linhas. V. Construa um texto com no mínimo três parágrafos: um parágrafo para a introdução, um para a conclusão e um para a conclusão. VI. Não fuja do recorte temático nem do gênero textual proposto. Tema: O que há de fundamentalmente errado com a educação no Brasil? Coletânea de textos: “Eu queria muito repetir de ano, mas não deu”, diz a estudante Rafaela (nome fictício), 14 anos. Ela não consegue escrever direito e não sabe resolver contas simples, mas foi aprovada no ano passado, quando cursou a oitava série na escola municipal Professor Primo Pascoli Malare (zona norte de SP). A pedido dos pais da garota, a Defensoria Pública do Estado de SP mandou ofício para que a Secretaria Municipal da Educação mantenha a menina no ensino fundamental em 2009. Rafaela diz concordar com os pais, que são analfabetos. Ela mostra as provas feitas, todas com as notas “NS” em vermelho – a sigla é de “não-satisfatório”, o pior resultado possível. “Se eu for para o primeiro colegial [primeiro ano do ensino médio], vai ser muito difícil para mim. Eu até leio um pouco bem, mas não sei quase nada das matérias. Eu vou muito mal nas provas”, conta a menina, que diz querer ser veterinária. O município adota a progressão continuada: os alunos são reprovados apenas nos quartos anos de cada ciclo. A oitava série é um deles. Segundo levantamento feito em setembro pela secretaria, um em cada dez alunos da quarta série da rede municipal é analfabeto. Rafaela fez, a pedido da reportagem um teste informal – a menina sabe ler e escrever, mas não consegue interpretar textos ou fazer cálculos. A mãe de Rafaela, dona-de-casa, conta que a filha pedia reforço escolar, mas nem sempre era atendida. O coordenador do Núcleo Especializado de Infância e Juventude da Defensoria Pública, Flávio Américo Frasseto, diz que poderá entrar na Justiça para garantir que Rafaela continue no ensino fundamental. (Folha de S. Paulo. Escola passa aluna que pediu reprovação. Folha de S. Paulo. São Paulo, 1º fev. 2009, p. C2). Por falar em barbárie, 3.500 professores tiraram nota zero (isso mesmo, zero) no teste aplicado pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo para medir o nível de conhecimento sobre o que eles ensinam em sala de aula. A prova foi realizada por 214 mil professores, dos quais apenas 111 (vamos repetir, 111) tiraram a nota máxima. Aproximadamente 40% tirou nota abaixo de cinco, ou seja, 96 mil professores, dos quais metade não chegou à nota três. A partir dos resultados, faço aqui a seguinte sugestão: não repitam o aluno, repitam a escola e os políticos. É muito mais justo e, possivelmente, mais eficiente, do que descarregar a culpa da incompetência no estudante incapaz de aprender. Puxando ainda o fio a partir da prova, vemos a cadeia de vulnerabilidades. Já que dar aula em escola pública, especialmente nas grandes cidades e regiões metropolitanas e, mais especialmente ainda em suas periferias, não é exatamente das atividades mais atrativas, existe uma dificuldade imensa de atrair talentos. Partindo disso, todo o resto é apenas consequência, a começar dos cursos para formação de docentes. As escolas são ruins, logo o professor não valorizado nem defendido pela sociedade, o que implica menos pressão contra os governantes. (DIMENSTEIN, Gilberto. Crianças e adolescentes desaparecem. Folha de S. Paulo. São Paulo, 8 fev. 2009, p. C4. – Adaptado).
  • 2. A educação por si só não transforma a realidade social, mas sem uma instituição escolar eficiente é impossível que mudanças substanciais ocorram nesse campo. Por isso, a educação de um país é tarefa importante demais para ficar a cargo apenas de educadores. Abordo uma questão que me parece crucial para a falência do nosso sistema de ensino: o seu abandono pela sociedade. Chegamos ao ponto em que, a se julgar pela discussão pública da educação, esta pertence aos professores, e não à sociedade, e deve satisfazer os anseios dos profissionais que nela trabalham, ao invés das vontades dos alunos e suas famílias. A ideia – errônea – de que aquilo que é bom para os professores é bom para os alunos foi incorporada de tal maneira que parece herético dizer o óbvio: por mais bem- intencionado que seja qualquer professor e funcionário, há coisas que são boas para eles e ruins (ou insignificantes) para os alunos, e vice-versa. (IOSCHPE, Gustavo. Educação sem povo. Veja. São Paulo, 16 jan. 2008, p. 57). Em realidade, não é apenas na questão da indisciplina escolar que a responsabilidade pelos nossos fracassos é atribuída à sociedade ou aos alunos e que os agentes do sistema educacional, especialmente os professores, aparecem apenas como vítimas, que lutam sem jamais desistir apesar da enorme maré contra. Pense naquilo que você, leitor, acredita ser a solução para o problema da nossa educação. Provavelmente será algo que englobe alguns ou todos os seguintes fatores: aumento do investimento em educação, aumento do salário dos professores, diminuição do número de alunos nas salas de aula, aumento do número de horas letivas. Agora pense nesses fatores e pergunte-se: a quem eles beneficiam? Aos alunos ou aos profissionais do ensino? Precisamos de um reordenamento da nossa leitura da educação nacional. Cada vez que um aluno não aprende – e estão aí todos os testes, nacionais e internacionais, mostrando que o nosso aprendizado é catastrófico –, precisamos primeiro imaginar o que está errado na educação que ele recebe. Se ele não se interessa pela aula, é necessário ver se a aula não é desinteressante. Se ele não estuda, precisamos checar se ele recebe material suficiente e se tem as avaliações necessárias para saber que precisa estudar. Se o aluno não faz os deveres quando chega a casa, temos de verificar se eles estão sendo prescritos pelos professores, se estão sendo corrigidos e se o fato de o aluno não os fizer tem alguma consequência. Se os pais participam da escola, devemos questionar se a escola se organiza de maneira a realmente permitir a participação dos pais, se eles se sentem convidados ou ignorados pelos diretores e professores de seus filhos, se percebem a escola como um espaço no qual podem e devem atuar ou como um ente distante, alheio, fechado. Somente depois de esgotados esses questionamentos é que deveríamos partir para a culpabilização de pais e alunos. (IOSCHPE, Gustavo. Educação sem povo. Veja. São Paulo, 16 jan. 2008, p. 57). As desigualdades que se acentuaram ao longo de governos autoritários parecem ter originado a ideia estapafúrdia de que, em uma democracia, os cidadãos devem ser iguais. Não tratados da mesma maneira: pelo contrário, tratados de maneira desigual, para que no resultado final se estabeleça a igualdade. Como é possível elevar todos aos píncaros da glória, já que as aptidões individuais são diferentes, o objetivo passa a ser a mediocrização total. Por isso, a palavra-chave dos tempos que correm é a “inclusão”, e não o “mérito”: para trazer todos à média, é preciso focar a atenção nos deficientes e ignorar – quando não reprimir – os talentosos. Não existe nenhuma preocupação oficial com a identificação e o desenvolvimento daquilo que os pais têm de mais precioso: grandes mentes. Pelo contrário: quando esses existem, normalmente vindos da iniciativa privada, são rechaçados pelos políticos dos mais diversos matizes. A ojeriza é meritocracia em nossas escolas vem sob a desculpa de que a competitividade pode causar profundos danos à psique das crianças. Um sistema educacional como o chinês, em que os melhores alunos de cada sala são identificados publicamente – em algumas escolas, através do uso de lenços coloridos – e posteriormente transferidos às melhores escolas, desperta em nossos professores os seus instintos mais primitivos. Frequentemente ouve-se que sistemas assim levam as crianças ao suicídio, depressão etc. É a senha para que criemos uma escola inclusiva, afetiva, que cria seres felizes e éticos. É uma empulhação sem tamanho. A literatura empírica educacional aponta o benefício de o aluno fazer dever de casa e ser avaliado constantemente, por exemplo. Prática malvista por nossos professores, porque supostamente significariam acabar com o componente lúdico da infância e, com certeza, roubariam o tempo lúdico do professor. Pior ainda: a suposta escola do afeto e da felicidade produz muito mais miséria, e por período bem mais longo de tempo, do que as agruras de um sistema meritocrático que premia o trabalho. O que é melhor: “sofrer” por algumas horas por dia na infância estudando com afinco e ter uma vida próspera e digna ou passar a juventude em brincadeiras e amargurar toda uma vida na humilhação do analfabetismo, do subemprego e da pobreza? Qual a sociedade que produz menos violência e infelicidade: aquelas em que os alunos brincam ou aquelas em estudam? (IOSCHPE, Gustavo. Preparado para perder. Veja. São Paulo, 3 set. 2008, p.72).
  • 3. A qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras é péssima. Grande parte dos alunos conclui a quarta série sem saber fazer operações matemáticas simples. Mas como pode um estudante brasileiro da rede pública ter aulas de matemática praticamente todos os dias letivos durante quatro anos e não saber nem mesmo fazer operações de multiplicação ou ler as horas em relógios de ponteiros? Ou os professores não sabem que devem ensinar operações de multiplicação; ou sabem que devem, mas não sabem como; ou não aparecem para dar as aulas, ou sabem, aparecem, tentam ensinar, mas os alunos não aprendem. A realidade contém um pouco disso tudo. Na verdade, parcela significativa do aprendizado depende da estrutura familiar e da participação dos pais. Como o Brasil demorou em acordar para a importância da educação, os pais dos alunos atuais passaram pouco tempo na escola e não sabem como ajudar os filhos a aprender. Logo, a tarefa dos professores fica bastante dificultada, pois grande parte dos alunos atuais não consegue aprender. Mas o que fazer, já que não podemos esperar o tempo passar até que as novas gerações de famílias resolvam esse problema? Dada à gravidade do problema, inúmeros segmentos da sociedade brasileira terão que agir. A tarefa cabe, por exemplo, às faculdades de Pedagogia, que passam muito tempo debatendo os grandes pensadores da educação e pouco tempo ensinando os professores a dar aulas. Mas isso também não basta. É necessário estabelecer um sistema de incentivos, para atrair os melhores e fazer com que eles sejam recompensados pelo seu esforço. (MENEZES FILHO, Naércio Aquino. Como melhorar a qualidade da educação? Folha de S. Paulo. São Paulo, 14 fev. 2009, p. A3.).