Prova analista legislativo, 2008

Fundação Getúlio Vargas
Prova para Analista Legislativo-2008
Manoel Neves

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto
Vinte
anos.
Congresso
superlotado,
emoção
quase
palpável,
o

presidente
da
Cons9tuinte,
deputado
Ulysses
Guimarães,
71,

muito
à
vontade,
no
auge
da
glória,
expressão
de
felicidade
no

rosto
al9vo,
termina
vigoroso
discurso.
De
pé,
ergue
os
longos

braços
para
exibir
um
livro
de
292
páginas,
capa
verde-‐amarela,

245
ar9gos
e
70
disposições
transitórias,
que
chama
de

tema
Cons9tuição
Cidadã,
porque
acha
que
recuperará
como
cidadãos

milhões
de
brasileiros.
“Mudar
para
vencer!
Muda,
Brasil!”,
grita
promulgação da Constituição de 1988
entusiasmado.

sequências expositivas
Foram
20
meses
de
muito
poder,
palco
iluminado,
pressão,

narrador: terceira pessoa
choques,
trabalho
extenuante,
abertura
à
par9cipação
popular.

Esperava
muito
da
Carta,
seu
maior
feito.
E
também
a
Presidência
[apresenta distanciadamente eventos]
da
República.

De
outubro
a
dezembro
de
1988,
em
ambiente
nacional
de

sinistrose
e
medo
de
hiperinﬂação,
funcionou
o
chamado
“pacto

social”,
reunindo
governo,
empresários,
trabalhadores
e,
no
ﬁm,

polí9cos.
Espaço
de
diálogo
e
negociação.
Deu
certo.
Os

entendimentos
foram
essenciais
para
amenizar
o
impacto
inicial

da
Cons9tuição.

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto
A
convocação
da
Assembleia
Nacional
Cons9tuinte
ganhara
força

na
reta
final
da
ditadura.
Tancredo
Neves,
candidato
a
presidente,

prometera
fazê-‐lo.
Hábil,
usava
o
compromisso
para
se

desvencilhar
de
questões
embaraçosas.
Seu
eventual
mandato
tema
seria
de
quatro,
cinco
ou
seis
anos?
"Será
o
que
a
Cons9tuinte
histórias da Constituinte de 1988
fixar".
Uma
dia,
na
in9midade,
perguntei:
"Seis
anos,
doutor

Tancredo?".
"Muito",
respondeu.
"Quatro?".
Pouco".
tese
Indispensável,
mas
também
fonte
de
instabilidade,
a
Cons9tuinte
conflitos de interesses na Constituinte
podia
quase
tudo.
Quando
foi
instalada,
fevereiro
de
1987,
o

presidente
Sarney
me
disse
que,
apesar
de
tema
conjuntural,
a
sequências narrativas
duração
de
seu
mandato
ocuparia
o
centro
das
atrações.
Tinha

certeza
de
que
iam
poli9zar
o
assunto.
Coisas
da
polí9ca,
do
poder

e
da
paixão.
Havia
forte
enxame
de
moscas
azuis
no
Congresso
manifestação do locutor
Nacional,
muitos
presidenciáveis.
Dikcil
governar
com
inflação

técnicas de focalização e modalização
alta,
economia
em
baixa
em
suprapoder
em
cima.

trajetória histórica
No
Palácio
do
Planalto,
inesgotável
romaria
de
parlamentares,

parte
de
nariz
empinado,
salto
15
ou
mais,
exalando
poder
e

importância.

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto
A
questão
do
mandato
realmente
pegou
fogo.
Em
15/11/1987,

um
domingo,
a
Comissão
de
Sistema9zação
votou
quatro
anos

para
Sarney.
A
terra
tremeu
no
Plano
Piloto.
Final
da
manhã,

telefonema
do
general
Ivan
de
Souza
Mendes,
ministro-‐chefe
do

SNI.
Está
ansioso
e
preocupado.
Pede
que
eu
vá
depressa
ao
tema
Palácio
da
Alvorada,
residência
presidencial.

histórias da Constituinte de 1988
Meia
hora
depois,
encontro
lá
o
presidente
Sarney,
os
ministros

militares
e
muitos
civis.
Dia
tenso,
perigoso.
Grande
a9vidade,
tese
agitação,
nervosismo.
O
presidente
ouvia
muito
e
falava
pouco.
conflitos de interesses na Constituinte
Aguentou
firme.
Não
arredou
pé
do
compromisso
democrá9co.

Começo
da
noite,
li
nota
à
imprensa,
em
que
ele
reafirmava
o
sequências narrativas
respeito
a
todas
as
decisões
que
viessem
a
ser
adotadas
pela

narrador: terceira/primeira pessoa
Cons9tuinte.
Inclusive
eleições
em
1988.

No
final
do
processo,
acirrada
disputa
da
duração
do
mandato
e
do
sistema
de
governo.
Deu
presidencialismo
e
cinco
anos.
Mas
a
técnicas de focalização e modalização
alma
parlamentarista
ficou,
como
mostra,
por
exemplo,
o
ins9tuto

das
medidas
provisórias,
inspirado
no
parlamentarismo
italiano.
trajetória histórica
Abundante
remessa
de
matérias
polêmicas
para
a
legislação

infracons9tucional
permi9u
aprovar
o
texto
defini9vo
em

23/9/1988.
Conforme
pesquisa
do
jurista
Saulo
Ramos,
precisava

de
289
leis
de
concreção,
sendo
41
complementares.

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto
A
nova
Carta
serviu
bem
ao
país?
Crí9cos
dizem
que
é
irrealista,

rica
em
contradições
e
ambiguidades,
economicamente

desequilibrada
e
anacrônica,
excessiva
em
matérias
e
tema
detalhamentos,
mas
repleta
de
lacunas.
Que
provocou
o
maior

a Constituição de 1988
desastre
fiscal
da
história
brasileira,
induzindo
a
disparada
do

déficit
público,
da
dívida
interna
e
da
carga
tributária.
tese

Afirmam
que
as
imperfeições
sufocaram
o
Congresso.
70
Citam
o
aspectos – da Constituição de 1988
advento
de
56
emendas,
69
leis
complementares,
além
de

milhares
de
propostas
de
emenda
rejeitadas
ou
em
tramitação.
sequências argumentativas

Também
exuberante
demanda
de
interpretações
ao
STF
e
implacável
bombardeio
de
medidas
provisórias.

Aspas
para
Sarney:
““Logo,
logo
se
viu
que
a
Cons9tuição
Cidadã

seleção de argumentos
criava
mais
direitos
que
obrigações,
mais
despesas
que
fontes
de

recursos.
Um
dos
efeitos
danosos
foi
a
necessidade
de
emendá-‐la
citação de autoridade
con9nuamente.
A
cada
emenda,
o
governo
se
torna
refém
da

parte
menos
nobre
do
Congresso.”

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto
tema

a Constituição de 1988
Ela
fez
bem
à
nação?
Poli9camente,
sim.
Completou
a
transição,
é

profundamente
democrá9ca,
assegurou
o
Estado
de
Direito.
Tem
tese
muitas
virtudes.
A
mais
abrangente
de
todas,
trouxe
avanços
aspectos + Constituição de 1988
notáveis
em
campos
como
o
dos
direitos
e
das
garan9as

individuais,
liberdades
públicas,
meio
ambiente,
fortalecimento
do
sequências argumentativas
Ministério
Público,
regras
de
administração
pública,
planejamento

e
Orçamento,
nas
cláusulas
pétreas.

Seu
coração,
feito
de
democracia,
de
cidadania
e
de
esperança,

não
perdeu
a
iden9dade.
seleção de argumentos

confronto

(Ronaldo Costa Couto. Folha de São Paulo, 7 de outubro de 2008.)

CONSTITUIÇÃO
À
BRASILEIRA

Ronaldo Costa Couto

tema
a
Cons9tuição
de
1988

tese
conta-‐se
a
história
da
feitura
da
Cons9tuição
de
1988
e
como
setores
da
sociedade
a
enxergam

locutor
ar9cula-‐se
preponderamente
em
3ª.

pessoa;
confronto,
trajetória
histórica,
citação

tipo e gênero
sequências
narra9vas
e
argumenta9vas;
ar9go
de
opinião

QUESTÃO 01
prova para analista legislativo do Senado Federal-2008
(FGV-‐2008)
A
respeito
da
estrutura
do
texto,
analise
as
afirmaJvas
a
seguir:

I.
Pode-‐se
dividir
o
texto
em
duas
macropartes,
uma
narra9va
e
outra
disserta9vo-‐
argumenta9va.

II.
Uma
das
macropartes
pode
ser
subdividida
em
duas
partes,
construída
com
oposição
de

ideias.

III.
O
tópico
frasal
do
parágrafo
de
introdução
é
construído
por
declaração
inicial.

Assinale

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
II
es9verem
corretas.

se
nenhuma
afirma9va
es9ver
correta.

se
apenas
as
afirma9vas
II
e
III
es9verem
corretas.

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
III
es9verem
corretas.

se
todas
as
afirma9vas
es9verem
corretas.

SOLUÇÃO COMENTADA
Assinale-‐se
a
alterna9va
"a",
pois
o
texto,
num
primeiro
momento,
conta
a
histórias
da

Cons9tuinte
de
1988
e,
em
seguida,
apresenta
opiniões
tanto
nega9vas
quanto
posi9vas
acerca

da
carta
magna
do
país.
São,
portanto,
corretas
as
aﬁrma9vas
I
e
II.

QUESTÃO 02
(FGV-‐2008)
Com
base
na
leitura
do
texto,
NÃO
é
correto
aﬁrmar
que:

na
visão
do
autor,
a
Cons9tuição
de
1988
tanto
fez
bem
quanto
fez
mal
à
nação.

uma
das
grandes
preocupações
no
cenário
polí9co
da
época
foi
a
duração
do
mandato

presidencial.

embora
houvesse
a
vitória
do
presidencialismo,
permaneceram
aspectos
do
parlamentarismo.

é
apontada
como
defeito
da
Cons9tuição
a
necessidade
de
ser
constantemente
revista.

o
processo
cons9tuinte
durou
vinte
meses.

SOLUÇÃO COMENTADA
Assinale-‐se
a
alterna9va
“a”,
pois,
para
o
autor,
a
Cons9tuição
trouxe
benekcios
ao
país.
Há,

sim,
no
texto,
crí9cas
à
carta
magna.
Elas,
entretanto,
são
atribuídas
a
outrem
e
não
ao
locutor.

QUESTÃO 03
(FGV-‐2008)
A
palavra
presidenciáveis,
caso
no
singular,
seria
acentuada
seguindo
a
mesma

regra
que:

glória

dikcil

diálogo

déﬁcit

pétreas

SOLUÇÃO COMENTADA
Presidenciável
é
uma
paroxítona
terminada
em
-‐l,
tal
qual
di-cil.
Assinale-‐se,
pois,
a
alterna9va

“b”.

QUESTÃO 04
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que
a
palavra
indicada
não
tenha
sido
formada
pelo

mesmo
processo
que
suprapoder.

desequilibrado

superlotado

economia

infracons9tucional

hiperinﬂação

SOLUÇÃO COMENTADA
Suprapoder
é
uma
palavra
formada
por
derivação
preﬁxal.
O
mesmo
processo
de
formação
de

palavras
aparece
nas
palavras
transcritas
nas
alterna9vas
“a”,
“b”,
“d”
e
“e”.
Economia
é
uma

palavra
primi9va.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“c”.

INSTRUÇÃO
Releia
o
trecho
a
seguir.

TEXTO
Esperava
muito
da
Carta,
seu
maior
feito.
E
também
a
Presidência
da
República.

QUESTÃO 05
(FGV-‐2008)
A
respeito
do
trecho
acima,
analise
as
afirmaJvas
a
seguir:

I.
O
termo
“seu
maior
feito”
funciona
como
aposto.

II.
O
termo
“a
Presidência
da
República”
funciona
como
sujeito
de
um
verbo
elíp9co.

III.
O
termo
“muito”
funciona
como
advérbio.

Assinale

se
apenas
as
afirma9vas
II
e
III
es9verem
corretas.

se
nenhuma
afirma9va
es9ver
correta.

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
II
es9verem
corretas.

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
III
es9verem
corretas.

se
todas
as
afirma9vas
es9verem
corretas.

SOLUÇÃO COMENTADA
Assinale-‐se
a
alterna9va
“c”,
pois
o
advérbio
muito
não
intensiﬁca
o
verbo
esperava,
mas

funciona
como
complemento
da
forma
verbal
referida
anteriormente,
indicando
o
que
[objeto

direto,
substan9vo]
se
espera
e
não
quanto
[adjunto
adverbial
de
intensidade,
advérbio]
se

espera.

TEXTO
Crí9cos
dizem
que
é
irrealista,
rica
em
contradições
e
ambiguidades,
economicamente

desequilibrada
e
anacrônica,
excessiva
em
matérias
e
detalhamentos,
mas
repleta
de
lacunas.

Que
provocou
o
maior
desastre
ﬁscal
da
história
brasileira,
induzindo
a
disparada
do
déﬁcit

público,
da
dívida
interna
e
da
carga
tributária.

QUESTÃO 06
(FGV-‐2008)
As
duas
ocorrências
da
palavra
QUE
no
trecho
acima
classiﬁcam-‐se,

respecJvamente,
como:

conjunção
integrante
e
conjunção
integrante.

conjunção
subordina9va
e
conjunção
integrante.

conjunção
integrante
e
conjunção
subordina9va.

pronome
rela9vo
e
conjunção
subordina9va.

conjunção
subordina9va
e
pronome
rela9vo.

SOLUÇÃO COMENTADA
Assinale-‐se
a
alterna9va
“a”,
pois
as
palavras
em
análise
introduzem
um
objeto
direto
oracional

[oração
subordinada
substan9va
obje9va
direta].
São,
portanto,
conjunções
integrantes.

QUESTÃO 07
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
que
apresente
a
correta
deﬁnição
de
sinistrose.

Esquerdismo,
tendência
a
realizar
discursos
panﬂetários.

Estado
de
indivíduo
em
obscuridade
de
ideias
e
a9tudes.

Visão
casuís9ca
do
mundo
e
do
comportamento
social
dos
indivíduos.

Desar9culação
polí9ca
que
leva
à
impossibilidade
de
alianças.

Pessimismo
de
um
indivíduo
ou
de
um
grupo
social.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
sinistrose
é
a
parapatologia
do
atributo
prospec9va
no
qual
há
antevisão
tendenciosa
para
o

pior,
o
nega9vo,
o
perigoso,
o
catastróﬁco
em
todos
os
empreendimentos
pessoais
ou
cole9vos.

Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“e”.

QUESTÃO 08
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que
se
tenha
correta
passagem
para
o
plural
da
forma

capa
verde-‐amarela,
alterando-‐se
a
cor.

capas
cinzas-‐chumbo

capas
amarelo-‐canários

capas
cinza-‐claro

capas
rosa-‐claras

capas
azuis-‐bebês

SOLUÇÃO COMENTADA
O
substan9vo
cinza,
quando
designando
cor
[seja
em
uma
palavra
isolada,
seja
num
adje9vo

composto],
não
varia.
Por
isso,
o
plural
de
capa
cinza-‐claro
é
capas
cinza-‐claro.
Marque-‐se,
pois,

a
alterna9va
“c”.

TEXTO
Mudar
para
vencer!
Muda,
Brasil!’’,
grita
entusiasmado.

QUESTÃO 09
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que
se
tenha
a
correta
passagem
para
o
plural
e
para
a

negaJva
da
forma
verbal
do
trecho
grifado
acima.

Não
mudas,
Brasil!

Não
mudais,
Brasil!

Não
mudai,
Brasil!

Não
mudeis,
Brasil!

Não
mudem,
Brasil!

SOLUÇÃO COMENTADA
O
impera9vo
nega9vo
é
formado
a
par9r
do
presente
do
subjun9vo.
Sendo
assim,
a
frase
Muda,

Brasil
[segunda
pessoa
do
singular
do
impera9vo
aﬁrma9vo],
no
plural,
transforma-‐se
em
Não

mudeis,
Brasil
[segunda
pessoa
do
singular
do
impera9vo
nega9vo].
Marque-‐se,
pois,
a

alterna9va
“d”.

TEXTO
Foram
20
meses
de
muito
poder.

QUESTÃO 10
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que,
alterando-‐se
a
forma
grifada
acima,
não
se

manteve
adequação
à
norma
culta.

Há
20
meses
de
muito
poder.

Fazem
20
meses
de
muito
poder.

Havia
20
meses
de
muito
poder.

São
20
meses
de
muito
poder.

Completam
20
meses
de
muito
poder.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
alterna9va
“b”
apresenta
incorreção
grama9cal,
pois
o
verbo
fazer,
quando
indica
tempo,
é

impessoal.
Não
deveria,
portanto,
variar.

TEXTO
Que
provocou
o
maior
desastre
ﬁscal
da
história
brasileira,
induzindo
a
disparada
do
déﬁcit

público,
da
dívida
interna
e
da
carga
tributária.

QUESTÃO 11
(FGV-‐2008)
No
trecho
acima,
em
relação
às
ocorrências
de
complemento
nominal,
é
correto

aﬁrmar
que
há:

três.

quatro.

duas.

uma.

zero.

SOLUÇÃO COMENTADA
Os
termos
de
natureza
adje9va
presentes
na
frase
em
análise
são
adjuntos
adnominais.

Marque-‐se,
pois,
a
letra
“e”.

QUESTÃO 12
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que
não
se
encontre
um
sinônimo
para
implacável.

inexorável.

imi9gável.

alhanável.

inclemente.

ferrenho.

SOLUÇÃO COMENTADA
Lhano
é
um
adje9vo
u9lizado
com
o
signiﬁcado
de
sincero,
franco,
leal,
simples,
desafetado.

Logo,
alhanável
é
afetado,
esquivo,
falso,
rude,
indelicado.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“c”.

TEXTO
Um
dos
efeitos
danosos
foi
a
necessidade
de
emendá-‐la
con9nuamente.
A
cada
emenda,
o

governo
se
torna
refém
da
parte
menos
nobre
do
Congresso.

QUESTÃO 13
(FGV-‐2008)
O
trecho
acima
faz
parte
da
fala
de
Sarney,
em
discurso
direto.
Assinale
a

alternaJva
em
que
tenha
havido
correta
transposição
para
o
discurso
indireto.

Sarney
afirmou
que
um
dos
efeitos
danosos
foi
a
necessidade
de
emendá-‐la
con9nuamente
e

que,
a
cada
emenda,
o
governo
se
torna
refém
da
parte
menos
nobre
do
Congresso.

Sarney
afirmou
que
um
dos
efeitos
danosos
9nha
sido
a
necessidade
de
emendá-‐la

con9nuamente
e
que,
a
cada
emenda,
o
governo
se
tornava
refém
da
parte
menos
nobre
do

Congresso.

Sarney
afirmou
que
um
dos
efeitos
danosos
fora
a
necessidade
de
emendá-‐la
con9nuamente
e

que,
a
cada
emenda,
o
governo
se
tornou
refém
da
parte
menos
nobre
do
Congresso.

Sarney
afirmou
que
um
dos
efeitos
danosos
fora
a
necessidade
de
emendá-‐la
con9nuamente
e

que,
a
cada
emenda,
o
governo
se
tem
tornado
refém
da
parte
menos
nobre
do
Congresso.

Sarney
afirmou
que
um
dos
efeitos
danosos
era
a
necessidade
de
emendá-‐la
con9nuamente
e

que,
a
cada
emenda,
o
governo
se
tornara
refém
da
parte
menos
nobre
do
Congresso.

SOLUÇÃO COMENTADA
Para
transpor
uma
fala
para
o
discurso
indireto,
é
necessário
atentar
para
a
presença
de
verbo

discendi
seguido
de
conjunção
para
introduzir
a
fala
da
personagem.
Ademais,
é
preciso
atentar

para
o
tempo
verbal,
que
será
diferente
[anterior]
do
tempo
da
narração.
Tais
premissas
estão

contempladas
apenas
na
alterna9va
“b”.

TEXTO
Havia
forte
enxame
de
moscas
azuis
no
Congresso
Nacional,
muitos
presidenciáveis.

QUESTÃO 14
(FGV-‐2008)
A
respeito
da
frase
acima,
analise
as
afirmaJvas
a
seguir:

I.
Há
extensão
do
sen9do
do
cole9vo
enxame
ao
ser
usado
para
designar
um
grupo
de
moscas,
e

não
de
abelhas,
como
esperado.

II.
É
correto
afirmar
que,
além
das
moscas
azuis,
havia
presidenciáveis.

III.
É
correto
afirmar
que,
dentre
as
moscas
azuis,
um
poderia
chegar
à
presidência.

Assinale

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
II
es9verem
corretas.

se
apenas
as
afirma9vas
II
e
III
es9verem
corretas.

se
nenhuma
afirma9va
es9ver
correta.

se
apenas
as
afirma9vas
I
e
III
es9verem
corretas.

se
todas
as
afirma9vas
es9verem
corretas.

SOLUÇÃO COMENTADA
Assinale-‐se
a
alterna9va
“d”,
pois
as
moscas
azuis
eram
os
presidenciáveis.
São,
pois,
corretas
as

opções
I
e
III.

QUESTÃO 15
(FGV-‐2008)
Por
concreção,
só
não
se
pode
entender:

concre9zação.

vola9zação.

substancialização.

materialização.

solidiﬁcação.

SOLUÇÃO COMENTADA
Concreto
e
volá9l
são
antônimos.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“b”.

QUESTÃO 16
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
em
que
as
expressões
associadas
não
façam
parte,
no
texto,

do
mesmo
campo
de
signiﬁcação.

pegou
fogo
–
A
terra
tremeu.

exuberante
demanda
–
implacável
bombardeio

vigoroso
–
entusiasmado

nariz
empinado
–
salto
15
ou
mais

al9vo
–
nariz
empinado

SOLUÇÃO COMENTADA
Atentando
à
signiﬁcação
contextual
das
palavras
destacadas,
pode-‐se
aﬁrmar
que
Ulysses

Guimarães
estava
orgulhoso
[al9vo]
de
seu
trabalho;
os
polí9cos,
por
sua
vez,
adotaram
uma

postura
arrogante.
Não
pertencem,
portanto,
ao
mesmo
campo
semân9co
os
termos

apresentados
na
alterna9va
“e”.

(Rodrigo Campos. http://www.webcomix.com.br/quadrizoom)

QUESTÃO 17
(FGV-‐2008)
No
texto
II,
puts
grila
pode
ser
classiﬁcado
como:

advérbio

adje9vo

conjunção

interjeição

substan9vo

SOLUÇÃO COMENTADA
A
expressão
em
análise
nesta
questão
expressa
emoções.
Trata-‐se,
pois,
de
uma
interjeição.

Assinale-‐se,
portanto,
a
alterna9va
“d”.

QUESTÃO 18
(FGV-‐2008)
No
texto
II,
meu,
mermão
e
véi
funcionam
como:

apostos

voca9vos

sujeitos

predica9vos

adjuntos
adnominais

SOLUÇÃO COMENTADA
As
expressões
em
análise
nesta
questão
são
usadas
pelo
locutor
para
se
referir
a
seu

interlocutor.
São,
pois,
voca9vos.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“b”.

QUESTÃO 19
(FGV-‐2008)
No
segundo
quadrinho,
as
ocorrências
da
palavra
SE
devem
ser
classificadas,

respecJvamente,
como:

pronome
reflexivo,
pronome
reflexivo
e
pronome
reflexivo
recíproco.

parte
integrante
do
verbo,
parte
integrante
do
verbo
e
pronome
reflexivo
recíproco.

parte
integrante
do
verbo,
parte
integrante
do
verbo
e
parte
integrante
do
verbo.

pronome
apassivador,
pronome
apassivador
e
pronome
reflexivo.

pronome
apassivador,
pronome
apassivador
e
parte
integrante
do
verbo.

SOLUÇÃO COMENTADA
Os
três
SE
indicam
que
alguém
concomitantemente
pra9ca
e
recebe
uma
ação.
A
diferença
é

que,
nos
dois
primeiros
usos,
o
verbo
está
no
singular
e,
no
úl9mo,
encontra-‐se
no
plural.
Trata-‐
se,
pois,
de
pronomes
reﬂexivos
nas
incidências
1
e
2
e
pronome
reﬂexivo
recíproco
na
terceira

ocorrência.
Marque-‐se,
portanto,
a
letra
"a".

QUESTÃO 20
(FGV-‐2008)
A
respeito
das
estruturas
e
vocábulos
do
texto
II,
não
é
correto
aﬁrmar
que:

o
sujeito
da
forma
verbal
inverta
é
“você”.

no
segundo
quadrinho,
se
se
ﬁzesse
próclise
com
o
primeiro
pronome,
embora
sendo
caso
de

largo
uso
no
português
do
Brasil,
ainda
haveria
resistência
por
parte
dos
mais
puristas
da
língua.

a
fala
do
personagem
que
busca
o
mestre
é
carregada
por
um
registro
de
uso
restrito,
não

encontrando
respaldo
na
norma
culta.

no
segundo
quadrinho,
acaso
é
um
substan9vo.

a
forma
verbal
inverta
poderia
ser
subs9tuída
por
“invirta”,
por
se
tratar
de
verbo
abundante.

SOLUÇÃO COMENTADA
Verbo
abundante
é
aquele
que
que
possui
duas
formas
para
o
par9cípio
passado,
tal
qual
fritar

[frito
e
fritado],
pagar
[pago
e
pagado]
e
imprimir
[impresso
e
imprimido].
Marque-‐se,
pois,
a

alterna9va
“e”.

QUESTÃO 21
(FGV-‐2008)
Pela
leitura
do
texto
II,
entende-‐se
que
o
personagem
mais
jovem,
no
final:

ficou
em
dúvida
a
respeito
do
que
o
mestre
disse.

embora
tenha
dito
que
não
guardava
rancor,
saiu
aborrecido.

tomou
as
palavras
do
mestre
como
se
fossem
ofensivas.

ao
dizer
“tudo
bem”,
afirmou
que
havia
compreendido
plenamente
a
mensagem
do
mestre.

saiu
decepcionado
com
o
que
ele
esperava
ser
“da
hora”.

SOLUÇÃO COMENTADA
Pelo
fato
de
não
ter
entendido
o
que
o
mestre
falava,
a
personagem
mais
nova
tomou
as

palavras
que
escutou
como
ofensivas.
Assinale-‐se,
portanto,
a
alterna9va
“c”.

QUESTÃO 22
(FGV-‐2008)
Tomando
como
verdade
que
o
personagem
não
guarda
rancor,
é
lógico
aﬁrmar

que
ele
não
vai:

responder
a
perguntas
do
mestre.

se
vingar
futuramente
do
mestre.

se
preocupar
com
o
que
disse
o
mestre.

reﬂe9r
sobre
o
que
disse
o
mestre.

levar
em
consideração
o
que
o
mestre
disse.

SOLUÇÃO COMENTADA
Não
é
possível
depreender,
da
leitura
dos
quadrinhos,
que
a
personagem
mais
nova
vá
se
vingar

do
mestre.
Assinale-‐se,
pois,
a
alterna9va
“b”.

QUESTÃO 23
(FGV-‐2008)
Assinale
a
alternaJva
que
apresente
uma
frase
do
mestre
que
poderia
ilustrar
de

forma
irônica
a
aJtude
do
jovem
no
úlJmo
quadrinho.

Você
pode
se
reconhecer.

Descubra-‐se.

As
vidas
se
cruzam
no
acaso.

Inverta
o
olhar.

A
cronologia
e
o
espaço
pouco
importam.

SOLUÇÃO COMENTADA
Dado
que
a
personagem
mais
nova
não
conseguiu
entender
a
mensagem
do
mestre,
a
inversão

do
olhar
indicaria
que,
para
entender
o
que
foi
falado,
dever-‐se-‐ia
mudar
a
perspec9va
da

análise/compreensão
de
mundo
da
personagem
que
busca
o
mestre.
Marque-‐se,
pois,
a

alterna9va
“d”.

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