Este documento resume um projeto de pesquisa sobre desenho infantil conduzido com adolescentes. O projeto analisou como o hábito de desenhar é frequentemente abandonado na adolescência devido aos processos de alfabetização. Seu objetivo foi proporcionar experiências que estimulassem a percepção visual e a linguagem do desenho. Atividades como desenhar rostos que formam vasos ajudaram os alunos a explorar novas formas de ver o mundo por meio do olhar investigativo.
História e Ensino Criativo Acção 3 - BragaJoão Lima
Este documento discute a importância da criatividade e novas tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2o ciclo do ensino básico. Vários professores contribuem com suas ideias sobre como promover a criatividade em sala de aula através de atividades envolvendo as novas tecnologias e motivando os alunos a pensar criticamente.
Este trabalho analisa a contribuição do desenho infantil para a aquisição da língua escrita na alfabetização de crianças. Discute-se o conceito de infância, as diferentes linguagens da criança no processo de alfabetização e as fases do desenho infantil. Argumenta-se que o desenho contribui significativamente para o desenvolvimento da escrita e auxilia na coordenação motora das crianças.
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo do ensino básico. Os professores que participaram na formação destacam a necessidade de abordagens criativas que estimulem a imaginação dos alunos e o pensamento crítico, ao invés de uma transmissão passiva de informação. Defendem que a criatividade permite aos alunos construírem o seu próprio conhecimento de forma enriquecedora e motivadora.
1) O documento discute a história e importância do desenho no processo educativo.
2) Ele explica que o desenho surgiu como forma de comunicação primitiva e foi usado por diversas civilizações ao longo da história.
3) O documento também destaca a importância do desenho na educação infantil para expressão, aprendizagem e desenvolvimento da criança.
História e Ensino Criativo acção 5 - lisboa 2João Lima
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo. Defende que é urgente usar abordagens mais criativas e motivadoras para envolver os alunos, ao invés de simplesmente transmitir informação. Também argumenta que os professores devem estimular a imaginação, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos para prepará-los para o futuro.
1. O documento discute a importância do desenho no processo educativo e seu papel no desenvolvimento da criança.
2. Ele descreve as etapas do desenvolvimento do desenho infantil de acordo com estudiosos como Luquet, incluindo a fase de "garatuja", "realismo fortuito", "realismo falhado", "realismo intelectual" e "realismo visual".
3. O documento argumenta que o desenho deve ser valorizado por educadores e pais como uma forma importante de aprendizagem e expressão para crianças.
História e ensino criativo acção 6 - lisboaJoão Lima
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo. Defende que a criatividade é essencial para motivar os alunos e ajudá-los a desenvolver um pensamento crítico. Também enfatiza a importância de usar métodos simples e envolventes, como contar histórias, em vez de depender excessivamente da tecnologia.
O design de hipermídia focado no público infantil1ariston_filho
Este artigo discute o design de hipermídia focada no público infantil entre 6 e 10 anos. Analisa o desenvolvimento cognitivo das crianças nesta faixa etária de acordo com Piaget e Vygotsky, concluindo que elas são capazes de interagir com símbolos nesta idade. Também discute como a cultura infantil moderna estimula raciocínio complexo através de narrativas em desenhos animados. Finalmente, apresenta conceitos sobre hipermídia e como ela pode proporcionar experiências lúdicas e aprend
História e Ensino Criativo Acção 3 - BragaJoão Lima
Este documento discute a importância da criatividade e novas tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2o ciclo do ensino básico. Vários professores contribuem com suas ideias sobre como promover a criatividade em sala de aula através de atividades envolvendo as novas tecnologias e motivando os alunos a pensar criticamente.
Este trabalho analisa a contribuição do desenho infantil para a aquisição da língua escrita na alfabetização de crianças. Discute-se o conceito de infância, as diferentes linguagens da criança no processo de alfabetização e as fases do desenho infantil. Argumenta-se que o desenho contribui significativamente para o desenvolvimento da escrita e auxilia na coordenação motora das crianças.
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo do ensino básico. Os professores que participaram na formação destacam a necessidade de abordagens criativas que estimulem a imaginação dos alunos e o pensamento crítico, ao invés de uma transmissão passiva de informação. Defendem que a criatividade permite aos alunos construírem o seu próprio conhecimento de forma enriquecedora e motivadora.
1) O documento discute a história e importância do desenho no processo educativo.
2) Ele explica que o desenho surgiu como forma de comunicação primitiva e foi usado por diversas civilizações ao longo da história.
3) O documento também destaca a importância do desenho na educação infantil para expressão, aprendizagem e desenvolvimento da criança.
História e Ensino Criativo acção 5 - lisboa 2João Lima
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo. Defende que é urgente usar abordagens mais criativas e motivadoras para envolver os alunos, ao invés de simplesmente transmitir informação. Também argumenta que os professores devem estimular a imaginação, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos para prepará-los para o futuro.
1. O documento discute a importância do desenho no processo educativo e seu papel no desenvolvimento da criança.
2. Ele descreve as etapas do desenvolvimento do desenho infantil de acordo com estudiosos como Luquet, incluindo a fase de "garatuja", "realismo fortuito", "realismo falhado", "realismo intelectual" e "realismo visual".
3. O documento argumenta que o desenho deve ser valorizado por educadores e pais como uma forma importante de aprendizagem e expressão para crianças.
História e ensino criativo acção 6 - lisboaJoão Lima
Este documento discute a importância da criatividade no ensino de História e Geografia de Portugal para alunos do 2o ciclo. Defende que a criatividade é essencial para motivar os alunos e ajudá-los a desenvolver um pensamento crítico. Também enfatiza a importância de usar métodos simples e envolventes, como contar histórias, em vez de depender excessivamente da tecnologia.
O design de hipermídia focado no público infantil1ariston_filho
Este artigo discute o design de hipermídia focada no público infantil entre 6 e 10 anos. Analisa o desenvolvimento cognitivo das crianças nesta faixa etária de acordo com Piaget e Vygotsky, concluindo que elas são capazes de interagir com símbolos nesta idade. Também discute como a cultura infantil moderna estimula raciocínio complexo através de narrativas em desenhos animados. Finalmente, apresenta conceitos sobre hipermídia e como ela pode proporcionar experiências lúdicas e aprend
O documento discute a importância do desenho como forma de expressão e comunicação, e como sua prática pode desenvolver a percepção e o pensamento de forma global e intuitiva. Argumenta-se que o desenho vai além de habilidades motoras e é fundamental para a formação humana, embora tenha sido substituído por outras atividades. A autora defende uma abordagem do desenho como linguagem que promova a criatividade.
O documento discute a importância das artes visuais no desenvolvimento infantil. Aprender por meio da arte possibilita que as crianças se reconheçam e expressem, além de facilitar o aprendizado de outros conhecimentos. O desenho é uma forma natural de expressão infantil que permite o reconhecimento do mundo. A pintura também é importante para a interação da criança com o mundo. Professores devem oferecer diversos materiais e espaço para a livre expressão, em vez de apenas cópias.
Artigo o desenho no desenvolvimento infantilariana limonta
O tema de investigação da pesquisa se refere ao desenvolvimento do grafismo infantil, sua categoria conforme autores que pesquisaram o tema, e como o desenho na fase da infância contribui para uma melhor aprendizagem e formas de expressão e criatividade.
Este documento discute como desenvolver a criatividade e expressão nas crianças através da educação artística. A autora argumenta que a expressão artística livre na infância ajuda no desenvolvimento da personalidade e que as crianças devem ter a oportunidade de escolher seus próprios materiais e técnicas para estimular a criatividade. A educação artística deve respeitar a expressão pessoal de cada criança.
O documento discute a importância do desenho no desenvolvimento da aprendizagem infantil. Apresenta os principais estágios do desenho infantil de acordo com teóricos como Luquet, Piaget e Vygotsky. Argumenta que o desenho é precursor da escrita e está diretamente relacionado ao processo de aquisição de novas aprendizagens, pois permite às crianças representar mentalmente objetos e ideias antes de representá-los graficamente.
A INVESTIGAÇÃO DA CULTURA VISUAL E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE POÉTICAS IND...Vis-UAB
Este documento discute as fases do desenvolvimento do desenho infantil de acordo com o psicólogo George Luquet. São descritas quatro fases: 1) Realismo fortuito, em que as crianças nomeiam desenhos aleatórios sem intenção; 2) Realismo falhado, em que tentam reproduzir formas de modo impreciso; 3) Realismo intelectual, em que desenham baseadas no conhecimento e não no que vêem; 4) Realismo visual, em que passam a representar perspectivas. O documento também aborda a importância
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um mundo sensível
A proposta deste artigo é apresentar um panorama da pesquisa realizada pela
autora sobre a concepção de arte do professor na Educação Infantil assim como a arte e sua
contribuição para a educação infantil: uma política em defesa da arte como um direito da
criança. Apresentam-se inicialmente algumas leis de proteção à criança, visando à
contextualização do tema. A criança nos seus primeiros anos de vida (de zero a seis anos)
ainda é bastante vulnerável no que se refere a sua proteção e atenção. São várias as leis e
tratados comprometidos com essa atenção, mas que ainda caminham para efetiva implantação.
Por isso, apresentam-se algumas dessas leis assim como materiais que servem de subsídios
para a prática pedagógica nas escolas de educação infantil. O material de análise aqui
apresentado é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998).
Este constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas que visam
contribuir com a implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade que
possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das
crianças brasileiras. Sua função é contribuir com as políticas e programas de educação
infantil, socializando informações, discussões e pesquisas, subsidiando o trabalho educativo
de técnicos, professores e demais profissionais da educação infantil, apoiando os sistemas de
ensino estaduais e municipais. No Referencial, tem-se como enfoque o princípio que se refere
ao “acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das
capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e
à estética”. Aborda-se também no artigo a questão da polivalência do professor, que deve
trabalhar as linguagens artísticas: Movimento, Artes Visuais e Música, todas elas necessárias
ao desenvolvimento da criança. O que se observa em sala de aula é que este professor não
consegue contemplar essas linguagens e quando propõe atividades na área de artes visuais,
seu enfoque principal é o desenho, apresentando, em sua grande parte, cópias ou temas
fechados, o que prejudica a criatividade e o desenvolvimento sensível da criança.
Apresentam-se alguns desenhos como forma de registros dessas aulas e colocam-se questões
referentes à concepção de arte desse professor e o modo como consegue dar conta dessa
polivalência que lhe é atribuída. Questão para se pensar.
Artigo de Euzânia B. F. ANDRADE
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
O documento discute a importância da arte na educação infantil e o papel do professor em estimular a criatividade das crianças. A arte deve ser uma atividade que envolva o corpo todo da criança e promova a liberdade de expressão. No entanto, observa-se que os professores muitas vezes controlam demais os desenhos das crianças e não estimulam sua criatividade. É importante que valorizem a imaginação das crianças e encontrem formas de ampliar suas experiências artísticas.
O documento apresenta três estágios do desenvolvimento do grafismo infantil segundo a teoria de V. Lowenfeld: 1) Estágio da garatujas desordenadas e controladas, onde as crianças exploram os movimentos sem controle de forma; 2) Estágio pré-esquemático, onde buscam conceitos de forma mas sem relação espacial; 3) Estágio do esquematismo, onde desenvolvem conceitos definidos do corpo humano e meio através de esquemas.
Este documento discute como o desenho pode promover o desenvolvimento cognitivo de crianças. Argumenta-se que o desenho é uma linguagem importante que está ligada à psicologia e percepção visual. Ao associar conceitos a esquemas de desenho, as crianças podem entender melhor os signos linguísticos e desenvolver suas habilidades cognitivas. O documento revisa teorias de desenvolvimento infantil e como o ensino do desenho pode ajudar as crianças a aprender.
O documento discute a influência da mídia visual na educação e como a arte pode ser usada de forma libertadora. Ele propõe uma atividade pedagógica inspirada em Van Gogh para desenvolver a percepção e expressão dos alunos de forma crítica.
1) O documento discute a importância da arte na formação da criança, argumentando que a arte estimula a criatividade e sensibilidade das crianças.
2) No início do desenvolvimento das crianças, entre 2-3 anos, elas começam a se expressar através de "garatujas", rabiscos que não têm significado para adultos, mas são importantes para o desenvolvimento da criança.
3) A arte na educação das crianças deve estimular a expressão criativa, em vez de impor "técnicas" ou estilos,
O fazer das Artes Plásticas na EI (1).pptAdriana983313
1. O documento discute experiências e vivências desenvolvidas com crianças da pré-escola sob a ótica da linguagem das artes plásticas, abordando o desenvolvimento de crianças de 4 e 5 anos e como as artes podem contribuir para sua aprendizagem. 2. As artes plásticas na educação infantil têm o objetivo de ampliar as possibilidades do fazer artístico, contribuindo para a expansão do vocabulário visual e da percepção das crianças. 3. A história do ensino da arte é dividida em três fases
[1] O documento é um trabalho de conclusão de curso sobre o ensino da arte na educação infantil, apresentado por Kerlini Guimarães de Albuquerque no Centro Universitário Favini em Taboão da Serra, SP, em 2022.
[2] O trabalho discute a importância da arte no desenvolvimento das crianças e como ela pode contribuir para a aprendizagem, expressão e acesso a padrões estéticos na educação infantil.
[3] Aborda como as linguagens artísticas podem ser usadas com diferentes intenções
Este documento discute a importância da arte e do desenho na educação infantil. Apresenta a necessidade de se construir um novo paradigma educacional que valorize mais as artes visuais ao invés de priorizar apenas português e matemática. Também analisa o papel do professor e como suas concepções sobre arte podem limitar a criatividade das crianças. Por fim, defende que atividades artísticas estimulam o desenvolvimento integral das crianças.
O documento discute o desenvolvimento do desenho infantil em diferentes fases. A primeira fase de zero a três anos é marcada pela ação, pesquisa e exercício, onde as crianças exploram grafismos e formas sem significado simbólico. A segunda fase de três a sete anos emerge a imaginação e intenção, onde as crianças começam a atribuir significados aos desenhos. O documento fornece detalhes sobre cada fase e como educadores podem apoiar o desenvolvimento das crianças.
O documento discute como ser criativo e inovador no contexto educacional. Sugere que a criatividade requer desapego da acomodação, coragem de enfrentar resistências e não ter medo de errar. Também requer autoconfiança e confiança no outro. Projetos são uma forma inovadora de envolver alunos de forma mais ágil e participativa, além de juntar contribuições de pessoas diferentes. Aprender fazendo é o modo mais natural e intuitivo de aprender.
1. O documento descreve duas atividades realizadas com turmas do segundo ano do ensino fundamental que visavam ensinar conceitos de arte de forma mais contextualizada e humana.
2. As atividades incluíram a reprodução da obra "O Mestiço" de Cândido Portinari e o estudo da obra de Van Gogh, explorando sentimentos que as obras poderiam provocar.
3. O resumo conclui que atividades como essas que consideram todos os aspectos da aprendizagem da criança, como proposto nos documentos brasile
O documento discute a importância da arte na infância e formação de professores. A arte ajuda no desenvolvimento da criança ao estimular a percepção e expressão através de atividades como desenho e brincadeiras. No entanto, a arte é desvalorizada em relação a outras disciplinas. Além disso, a formação de professores de arte é atípica se comparada a outras áreas.
Proposições e Estudos na Visualidade - Provocando ArteRose Silva
Este projeto desenvolveu atividades com alunos do ensino médio para explorar diferentes noções de tempo na arte e memória afetiva. Os estudantes refletiram sobre como eventos do passado são lembrados e representados, criaram "monumentos" de memórias pessoais na escola, e montaram um "museu da semana" exibindo objetos que marcaram suas vidas. O projeto usou técnicas visuais e narrativas para investigar como sons, cheiros e outros sentidos podem despertar lembranças do passado.
O documento discute a importância do desenho como forma de expressão e comunicação, e como sua prática pode desenvolver a percepção e o pensamento de forma global e intuitiva. Argumenta-se que o desenho vai além de habilidades motoras e é fundamental para a formação humana, embora tenha sido substituído por outras atividades. A autora defende uma abordagem do desenho como linguagem que promova a criatividade.
O documento discute a importância das artes visuais no desenvolvimento infantil. Aprender por meio da arte possibilita que as crianças se reconheçam e expressem, além de facilitar o aprendizado de outros conhecimentos. O desenho é uma forma natural de expressão infantil que permite o reconhecimento do mundo. A pintura também é importante para a interação da criança com o mundo. Professores devem oferecer diversos materiais e espaço para a livre expressão, em vez de apenas cópias.
Artigo o desenho no desenvolvimento infantilariana limonta
O tema de investigação da pesquisa se refere ao desenvolvimento do grafismo infantil, sua categoria conforme autores que pesquisaram o tema, e como o desenho na fase da infância contribui para uma melhor aprendizagem e formas de expressão e criatividade.
Este documento discute como desenvolver a criatividade e expressão nas crianças através da educação artística. A autora argumenta que a expressão artística livre na infância ajuda no desenvolvimento da personalidade e que as crianças devem ter a oportunidade de escolher seus próprios materiais e técnicas para estimular a criatividade. A educação artística deve respeitar a expressão pessoal de cada criança.
O documento discute a importância do desenho no desenvolvimento da aprendizagem infantil. Apresenta os principais estágios do desenho infantil de acordo com teóricos como Luquet, Piaget e Vygotsky. Argumenta que o desenho é precursor da escrita e está diretamente relacionado ao processo de aquisição de novas aprendizagens, pois permite às crianças representar mentalmente objetos e ideias antes de representá-los graficamente.
A INVESTIGAÇÃO DA CULTURA VISUAL E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE POÉTICAS IND...Vis-UAB
Este documento discute as fases do desenvolvimento do desenho infantil de acordo com o psicólogo George Luquet. São descritas quatro fases: 1) Realismo fortuito, em que as crianças nomeiam desenhos aleatórios sem intenção; 2) Realismo falhado, em que tentam reproduzir formas de modo impreciso; 3) Realismo intelectual, em que desenham baseadas no conhecimento e não no que vêem; 4) Realismo visual, em que passam a representar perspectivas. O documento também aborda a importância
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um mundo sensível
A proposta deste artigo é apresentar um panorama da pesquisa realizada pela
autora sobre a concepção de arte do professor na Educação Infantil assim como a arte e sua
contribuição para a educação infantil: uma política em defesa da arte como um direito da
criança. Apresentam-se inicialmente algumas leis de proteção à criança, visando à
contextualização do tema. A criança nos seus primeiros anos de vida (de zero a seis anos)
ainda é bastante vulnerável no que se refere a sua proteção e atenção. São várias as leis e
tratados comprometidos com essa atenção, mas que ainda caminham para efetiva implantação.
Por isso, apresentam-se algumas dessas leis assim como materiais que servem de subsídios
para a prática pedagógica nas escolas de educação infantil. O material de análise aqui
apresentado é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998).
Este constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas que visam
contribuir com a implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade que
possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das
crianças brasileiras. Sua função é contribuir com as políticas e programas de educação
infantil, socializando informações, discussões e pesquisas, subsidiando o trabalho educativo
de técnicos, professores e demais profissionais da educação infantil, apoiando os sistemas de
ensino estaduais e municipais. No Referencial, tem-se como enfoque o princípio que se refere
ao “acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das
capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e
à estética”. Aborda-se também no artigo a questão da polivalência do professor, que deve
trabalhar as linguagens artísticas: Movimento, Artes Visuais e Música, todas elas necessárias
ao desenvolvimento da criança. O que se observa em sala de aula é que este professor não
consegue contemplar essas linguagens e quando propõe atividades na área de artes visuais,
seu enfoque principal é o desenho, apresentando, em sua grande parte, cópias ou temas
fechados, o que prejudica a criatividade e o desenvolvimento sensível da criança.
Apresentam-se alguns desenhos como forma de registros dessas aulas e colocam-se questões
referentes à concepção de arte desse professor e o modo como consegue dar conta dessa
polivalência que lhe é atribuída. Questão para se pensar.
Artigo de Euzânia B. F. ANDRADE
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
O documento discute a importância da arte na educação infantil e o papel do professor em estimular a criatividade das crianças. A arte deve ser uma atividade que envolva o corpo todo da criança e promova a liberdade de expressão. No entanto, observa-se que os professores muitas vezes controlam demais os desenhos das crianças e não estimulam sua criatividade. É importante que valorizem a imaginação das crianças e encontrem formas de ampliar suas experiências artísticas.
O documento apresenta três estágios do desenvolvimento do grafismo infantil segundo a teoria de V. Lowenfeld: 1) Estágio da garatujas desordenadas e controladas, onde as crianças exploram os movimentos sem controle de forma; 2) Estágio pré-esquemático, onde buscam conceitos de forma mas sem relação espacial; 3) Estágio do esquematismo, onde desenvolvem conceitos definidos do corpo humano e meio através de esquemas.
Este documento discute como o desenho pode promover o desenvolvimento cognitivo de crianças. Argumenta-se que o desenho é uma linguagem importante que está ligada à psicologia e percepção visual. Ao associar conceitos a esquemas de desenho, as crianças podem entender melhor os signos linguísticos e desenvolver suas habilidades cognitivas. O documento revisa teorias de desenvolvimento infantil e como o ensino do desenho pode ajudar as crianças a aprender.
O documento discute a influência da mídia visual na educação e como a arte pode ser usada de forma libertadora. Ele propõe uma atividade pedagógica inspirada em Van Gogh para desenvolver a percepção e expressão dos alunos de forma crítica.
1) O documento discute a importância da arte na formação da criança, argumentando que a arte estimula a criatividade e sensibilidade das crianças.
2) No início do desenvolvimento das crianças, entre 2-3 anos, elas começam a se expressar através de "garatujas", rabiscos que não têm significado para adultos, mas são importantes para o desenvolvimento da criança.
3) A arte na educação das crianças deve estimular a expressão criativa, em vez de impor "técnicas" ou estilos,
O fazer das Artes Plásticas na EI (1).pptAdriana983313
1. O documento discute experiências e vivências desenvolvidas com crianças da pré-escola sob a ótica da linguagem das artes plásticas, abordando o desenvolvimento de crianças de 4 e 5 anos e como as artes podem contribuir para sua aprendizagem. 2. As artes plásticas na educação infantil têm o objetivo de ampliar as possibilidades do fazer artístico, contribuindo para a expansão do vocabulário visual e da percepção das crianças. 3. A história do ensino da arte é dividida em três fases
[1] O documento é um trabalho de conclusão de curso sobre o ensino da arte na educação infantil, apresentado por Kerlini Guimarães de Albuquerque no Centro Universitário Favini em Taboão da Serra, SP, em 2022.
[2] O trabalho discute a importância da arte no desenvolvimento das crianças e como ela pode contribuir para a aprendizagem, expressão e acesso a padrões estéticos na educação infantil.
[3] Aborda como as linguagens artísticas podem ser usadas com diferentes intenções
Este documento discute a importância da arte e do desenho na educação infantil. Apresenta a necessidade de se construir um novo paradigma educacional que valorize mais as artes visuais ao invés de priorizar apenas português e matemática. Também analisa o papel do professor e como suas concepções sobre arte podem limitar a criatividade das crianças. Por fim, defende que atividades artísticas estimulam o desenvolvimento integral das crianças.
O documento discute o desenvolvimento do desenho infantil em diferentes fases. A primeira fase de zero a três anos é marcada pela ação, pesquisa e exercício, onde as crianças exploram grafismos e formas sem significado simbólico. A segunda fase de três a sete anos emerge a imaginação e intenção, onde as crianças começam a atribuir significados aos desenhos. O documento fornece detalhes sobre cada fase e como educadores podem apoiar o desenvolvimento das crianças.
O documento discute como ser criativo e inovador no contexto educacional. Sugere que a criatividade requer desapego da acomodação, coragem de enfrentar resistências e não ter medo de errar. Também requer autoconfiança e confiança no outro. Projetos são uma forma inovadora de envolver alunos de forma mais ágil e participativa, além de juntar contribuições de pessoas diferentes. Aprender fazendo é o modo mais natural e intuitivo de aprender.
1. O documento descreve duas atividades realizadas com turmas do segundo ano do ensino fundamental que visavam ensinar conceitos de arte de forma mais contextualizada e humana.
2. As atividades incluíram a reprodução da obra "O Mestiço" de Cândido Portinari e o estudo da obra de Van Gogh, explorando sentimentos que as obras poderiam provocar.
3. O resumo conclui que atividades como essas que consideram todos os aspectos da aprendizagem da criança, como proposto nos documentos brasile
O documento discute a importância da arte na infância e formação de professores. A arte ajuda no desenvolvimento da criança ao estimular a percepção e expressão através de atividades como desenho e brincadeiras. No entanto, a arte é desvalorizada em relação a outras disciplinas. Além disso, a formação de professores de arte é atípica se comparada a outras áreas.
Proposições e Estudos na Visualidade - Provocando ArteRose Silva
Este projeto desenvolveu atividades com alunos do ensino médio para explorar diferentes noções de tempo na arte e memória afetiva. Os estudantes refletiram sobre como eventos do passado são lembrados e representados, criaram "monumentos" de memórias pessoais na escola, e montaram um "museu da semana" exibindo objetos que marcaram suas vidas. O projeto usou técnicas visuais e narrativas para investigar como sons, cheiros e outros sentidos podem despertar lembranças do passado.
O documento apresenta os princípios da Carta da Terra, que visam estabelecer uma visão compartilhada para uma sociedade global sustentável. Os princípios incluem: respeitar a comunidade da vida e cuidar do meio ambiente; promover a justiça social e econômica; e fortalecer a democracia, a não violência e a paz. O objetivo é guiar as ações individuais e institucionais rumo a um modo de vida que proteja a Terra e o bem-estar das pessoas atuais e futuras.
Proposições de Arte Escola Azarias Leite 1ºARose Silva
Este documento descreve um projeto educacional sobre memória e tempo na arte para alunos do ensino médio. O projeto propõe atividades como conversas sobre diferentes noções de tempo na arte, coleta de histórias e objetos que representam memórias, e a criação de um museu com itens que marcaram a vida dos alunos naquela semana. O objetivo é refletir sobre como a memória se relaciona com o passado, presente e futuro.
proposições do ensino da Arte para o ensino Médio escola Henrique rochaRose Silva
Este documento descreve um projeto educacional sobre memória realizado em uma escola em 2014. O projeto propõe atividades que exploram diferentes noções de tempo e memória através da arte, incluindo coletar histórias e objetos do passado e criar intervenções artísticas. O projeto é dividido em 7 etapas com atividades como entrevistar pessoas mais velhas, criar um museu com objetos da semana, e explorar como diferentes sentidos despertam memórias.
A 30a Bienal de Arte de São Paulo explora como as obras de arte podem ativar memórias e experiências passadas do público. A mostra propõe reflexões sobre como as artes visuais podem evocar lembranças e significados pessoais para cada indivíduo.
Aos poucos estamos tecendo o rizoma das aulas de Arte na Escola Azarias Leite.
Costurando conhecimento, migrando territórios, concatenando sentido, desmistificando estereótipos, descobrindo formas...
Seguimos nosso planejamento segundo a perspectiva epitemológica rizomática da teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guattari.
Neste modelo epistemológico, a organização dos elementos não segue linhas de subordinação hierárquica, mas, qualquer situação apontada pelos alunos pode desencadear um novo rumo, traçar um novo caminho. Nessa perspectiva as aulas são pensadas a cada momento e o planejamento é construído a partir dessas inquietações, sendo o próprio processo mais importante que o produto.
Este documento descreve o processo de criação e produção de uma ilustração de uma maçã manipulada para parecer um objeto de aço cromado. Detalha as pesquisas realizadas e as técnicas utilizadas para transformar uma maçã real em uma ilusão de um objeto metálico em menos de 5 minutos. Também analisa os diversos símbolos e significados associados à maçã ao longo da história e em diferentes culturas.
Este documento descreve um projeto de arte conduzido em 2010 em uma escola. O projeto incluiu várias atividades como desenhar vasos, rostos e objetos, observação detalhada e desenhar modelos vivos para estimular diferentes partes do cérebro e melhorar as habilidades de desenho. As atividades levaram os alunos a saírem de sua zona de conforto e desenvolveram ao longo do tempo.
O documento narra a história de vida de Dona Luci desde o seu nascimento em 1952 até se tornar uma professora. Conta sobre sua infância em Bauru, onde se mudou com a família aos 2 anos, e sobre seu casamento em 1975 que desfez após 13 anos quando seu marido a abandonou, deixando-a para criar os 3 filhos sozinha.
Como parte do projeto A Cidade que é a nossa cara – A Arte e o Tempo, elaboramos um livro que narra a vida de um morador da cidade, pois entendemos que tão ou mais importante que o patrimônio arquitetônico e natural das cidades, são as pessoas que nela moram, com suas memórias, histórias e imaginários.
A cidade por excelência em meio a toda estrutura social atropela o humano, o particular e torna-nos de certa forma homogêneos e invisíveis.
Pretendemos voltar nosso olhar para as pessoas e suas histórias; ouvi-las e recontá-las por meio da sensibilidade artística de cada aluno envolvido no projeto.
O documento narra a história de vida de Dona Luci desde o seu nascimento em 1952 até o período após seu divórcio. Começa descrevendo a infância humilde de Luci em Pirajuí e a mudança para Bauru aos 2 anos. Posteriormente fala sobre a adolescência, o casamento aos 24 anos e o nascimento de seus 3 filhos. Por fim, aborda o divórcio depois de 13 anos de casamento e o período difícil que Luci enfrentou para reconstruir sua vida.
O documento lista atrações turísticas e aspectos culturais de São Paulo, incluindo museus como a Pinacoteca e MASP, danças como o samba e kipaê, a cidade de Aparecida, a arte de Portinari, parques como o Ibirapuera, e destinos naturais como Intervales e o Cerrado.
Este projeto envolve alunos de uma escola em explorar a arte e o tempo na cidade de Bauru através de várias atividades. Os alunos pintaram um mural da escola com locais da cidade, discutiram como as pessoas não percebem a cidade, e desenharam suas próprias cidades ideais. Eles também analisaram obras de arte pública e produziram vídeos sobre seus trajetos diários. O objetivo é usar a arte para chamar atenção para aspectos esquecidos da cidade e suas pessoas.
Este documento descreve um projeto de desenho infantil realizado em 2010 em uma escola. O projeto incluiu várias atividades como desenhar vasos, rostos e objetos observados de ângulos incomuns para estimular diferentes partes do cérebro. Os alunos também desenharam colegas em poses e um aluno desenvolveu suas habilidades ao longo dos anos. O documento discute a importância do desenho no pensamento e desenvolvimento das crianças.
A história conta a vida de Dona Dita, uma vizinha que acreditava ser dona de quase todas as casas da pequena Vila Serrão. Um dia, ao cobrar aluguéis, Dona Dita não percebeu que havia um galo no quintal e levou um susto quando ele voou em sua direção. Após o incidente, Dona Dita prometeu nunca mais entrar nas casas dos outros sem avisar.
Projeto tirando o nó da garganta power pointRose Silva
Este documento descreve um projeto de arte-educação realizado com alunos do ensino médio chamado "Tirando o Nó da Garganta". O projeto utilizou diversas linguagens artísticas como teatro, música, vídeo e instalação para promover discussões sobre violência no ambiente escolar. Ao longo de vários momentos, os alunos refletiram criticamente sobre o tema e produziram obras que expressavam suas ideias.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Projeto desenho completo
1. 1
Rose Aparecida da Silva
Desenho Infantil: Desvios e Alterações no Processo
Criativo
Bauru
2012
2. 2
Este documento visa o estudo e a análise do desenvolvimento do desenho na adolescência,
procurando identificar o momento em que este hábito é abandonado ou sufocado no
intrincado processo de alfabetização. O projeto apresentará questionamentos quanto aos
métodos utilizados em sala de aula para aplicação do desenho e reflexões sobre o papel da
arte no desenvolvimento cognitivo para formação integral do indivíduo.
Palavras-chave: Desenho como Linguagem, Processo Criativo, Desenvolvimento Cognitivo
3. 3
INTRODUÇÃO
De presença marcante nas artes visuais, o desenho é uma manifestação conceitual
fundamental para a formação humana, é a arte de correr o risco sobre o papel, a arte de pensar
por meio de traços.
É importante democratizar o desenho, pois desenhar é fazer pensante, mesmo que
envolva corpo, expressão, gestualidade; ainda assim é puro conceito.
No entanto, muitos que desenhavam, perderam o vínculo com essa linguagem, foram
educados por meios que contradizem o ato criativo do desenho. A linguagem gráfica foi no
decorrer dos tempos, sendo substituída por outras atividades, por outras áreas do
conhecimento. A sociedade aos poucos dilacera as ferramentas de reflexão e sensibilidade.
À medida que a criança amadurece, quando não incentivado seu desenvolvimento na
linguagem do desenho, ou quando passa por processos de adestramento motor gráfico, ela
tende a parar de desenhar. Como os velhos brinquedos empoeirados guardados no fundo dos
baús, os desenhos, vão sendo deixados para trás, não são mais objetos de prazer ou de desejo
para esses adolescentes.
Embora possua menor vivência, e consequentemente menor repertório, a criança,
diferentemente do adolescente ou do adulto, possui maior liberdade de fantasiar e de criar.
Quando nas fases mais amadurecidas do desenvolvimento, tornam-se endurecidos, já não se
encantam mais pelos contos fantásticos, já não brincam mais, e já não sentem necessidade de
se comunicar pelos desenhos que produzem.
Esse abandono da capacidade de figurar se dá segundo Dworecki, porque esta
linguagem está impregnada dos hábitos da escrita, desenham como se escrevessem, da
esquerda para a direita e de cima para baixo, hábitos adquiridos no período da alfabetização.
No entanto para Edwards (2002), as pessoas não desenvolvem a linguagem gráfica
por estarem
inseridas em um sistema educacional que segrega o hemisfério direito do
cérebro, que recompensa o não ver. Acredita também que circula nas instituições de ensino a
idéia conformista que deflagra a aceitação pacata, de não se ter talento para o desenho. Como
se as habilidades artísticas fossem algo que não pudesse ser ensinadas ou dispensáveis para a
sociedade moderna, tecnológica e para a formação intelectual das pessoas.
4. 4
O PERCURSO DO PROJETO
O projeto de pesquisa aconteceu na Escola Estadual Prof. Francisco Alves Brizola, no
decorrer do ano letivo de 2010, com adolescentes da 8ª série/9º Ano do Ciclo Fundamental II,
sempre tendo como enfoque o reaver gráfico particular de cada aluno.
Nesse período o adolescente, passa a ser mais crítico com o que produz e pretende
dominar as técnicas de representação realistas, com domínio de técnicas de luz e sombra,
perspectiva, combinação de cores. O que a princípio seria um agente cultivador, de ampliação
de horizontes, aos poucos, vai se apresentando como limitador à medida que essas habilidades
não são dominadas.
Contemporaneamente compreende-se que a Educação Infantil é a base do
desenvolvimento psíquico superior, sendo assim alicerça a educação em sua totalidade,
portanto, falhas, restrições, poucas experiências e vivências nesse período refletem
dificuldades em todo o processo educacional e na formação integral do indivíduo.
Apresentamos o seguinte problema de pesquisa: seria possível reverter o processo de
abandono do desenho caso haja falhas, restrições, poucas experiências e vivências na
infância?
Acreditamos que sim, desde que se aprenda a observar e ver as formas, e a
desenvolver a percepção, que se trabalhe o hábito de desenhar dentro de um processo
investigativo, sensível com o mundo que privilegia a liberdade do traço.
Segundo o professor Dworecki (1998, p.16) “desenhar na fase adolescente ou adulta,
para quem o abandonou é permitir-se a recuperação[...]” Complementamos o sentido da frase,
pois se trata de recuperação da identidade pessoal, do traço singular de cada um e da
autonomia.
O que se pretende não é ensinar a desenhar corretamente, mas proporcionar a
investigação de um traço que se perdeu em algum momento no intricado processo
educacional, viabilizando também o acesso a essas habilidades que os alunos já possuem, e
que apenas estão à espera de serem liberadas, via o olhar atencioso e pela liberdade de
desenhar enquanto instrumento de reflexão e apreciação da vida.
5. 5
O presente projeto denominado: “Desenho Infantil: desvios e alterações no processo
criativo” vem no sentido de apresentar um novo olhar sobre o desenho, sendo entendido
como habilidade passível de ser adquirida em sala de aula, por meio da busca incessante do
aprimoramento do olhar, da forma e da descoberta gestual de cada educando.
Para tal, o projeto foi apresentado em quatro momentos, com quatro ações respectivas
a cada momento, de forma a ilustrar o que se propõe. Num primeiro momento, cujo tema
será: O que é desenho? Apresentamos as definições do termo e seu entendimento como sendo
um dos instrumentos da linguagem.
No momento seguinte, que denominamos: “Desenho e Educação”, o desenho foi
visualizado no contexto da educação, como vem sendo aplicado e sua funcionalidade na
formação integral do indivíduo.
No terceiro momento, do qual intitulamos “Explorando o Olhar” fizemos alguns
apontamentos da realidade a qual foi desenvolvida o projeto, as expectativas de desenvolver
o projeto e alguns resultados alcançados.
Para finalizar, o quinto momento nomeado de “Reencontrando o Traço Perdido,
traçamos alguns entendimentos do reaver gráfico e sua aplicabilidade na sala de aula e na
vida.
6. 6
A Realidade Encontrada
Acontecem nas escolas, via de regra, aulas de arte nas formas estereotipadas, cuja
avaliação versa segundo critérios de semelhança. Os alunos são nivelados, desconsiderando
seu processo de desenvolvimento particular. A nota apresentada é sempre comparativa entre
os alunos, criando-se uma expectativa e uma ansiedade que acaba por bloquear o processo
criativo dos que não conseguem alcançar as maiores notas, geralmente associadas às
similaridades com o objeto real.
Ouras vezes as aulas de Arte pautam-se no “laissez-faire”, aulas pelo qual os alunos
desenham livremente sem propostas que provoquem a descoberta. Baseiam seus ensinamentos
na livre expressão, são atitudes que condenam a intervenção do professor no processo de
aquisição do conhecimento gráfico. Nessa perspectiva, prevalece o medo de deturpar a
expressão natural da criança, entendem o desenvolvimento gráfico como uma consequência
da evolução natural. Condena-se a oferta de imagens que possam de alguma forma
“corromper” o que entendem como arte pura.
A realidade que encontramos não foi diferente, alunos que afirmavam que não sabiam
desenhar, que não tinham o 1dom para desenhos, que não gostavam de suas produções por a
acharem feias. Muitos alunos não tinham o hábito de levar o caderno de desenho porque não o
utilizavam nas aulas de artes, de modo que a nossa primeira iniciativa foi a de solicitar que o
trouxessem para que o projeto pudesse ser desenvolvido.
Iniciamos o trabalho tendo como preocupação, oferecer um leque de materiais que
despertasse o interesse dos alunos. Conseguimos uma doação de materiais o que viabilizou
trabalharmos com diversidade de suportes e riscadores. Visto que, por meio de determinados
suportes: papéis, cartolinas, lousa, muro, chão, areia, madeira, pano, utilizando os mais
inusitados e diversificados: lápis, cera, giz de lousa, caneta esferográfica e hidrográfica,
carvão, até mesmo com a sombra é possível desenhar, comunicar uma ideia.
.
1
habilidades inatas das pessoas, ou capacidade natural para realizar determinadas atividades. Habilidade
extraordinária
que
algumas
pessoas
têm
ao
ponto
de
merecerem
honra
especial.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Talento_(aptid%C3%A3o) acesso em 14/14/2011
7. 7
1º Momento: O que é o desenho?
Geralmente o desenho é entendido como sendo formas que nascem da ação do lápis
sobre o papel, sendo também associado a esboços que servirão de base para ilustrar outras
atividades, tais como: pintura, arquitetura, designer, dentre outras.
O desenho é visto como um fazer manual, desprovido de intelectualidade ou de
intencionalidade, muitas vezes está associado à ideia de dom, predestinado a um número
limitado de pessoas privilegiadas que conseguem fazê-lo, e fruto de antipatia pela sociedade,
por ser associado ao ócio e ao fazer vagabundo.
O desenho é a primeira forma do ser humano manifestar seu entendimento do mundo,
porém a nossa cultura ocidental muito pouco o valoriza ao mesmo tempo em que, depende
cada vez mais dele. Afinal, tudo parte de desenhos, vivemos a sua cultura. O desenho
reclama sua autonomia, é a mais ancestral relação que uma pessoa possa ter com a
representação.
Nosso projeto revela o desenho, como um fazer pensante que envolve um entendimento
intelectual, e não apenas habilidades manuais desconectadas de um pensamento. Desenho é
linguagem, desígnio, intenção, meta, propósito, é um plano que se concretiza. Não é
coordenação motora, mas fruto do aprimoramento da percepção e da inteligência.
Pois bem, chegamos a um conceito, desenho é linguagem!
A linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos em
sistemas arbitrários de representação, que são compartilhados e que variam
de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade, sendo
sua razão principal, a produção de sentido. (Currículo do Estado de São
Paulo, 2010, p.25,caput PCN 2006)
As linguagens são os códigos pelos quais se comunicam a cultura e o conhecimento de
um povo. Esses códigos são organizados dentro de uma logicidade própria de cada cultura
proporcionando a interação na sociedade. Quanto maior a possibilidade de interpretação
dessas informações, maior a comunicação.
Desse modo, o desenho é a composição de vários elementos plásticos que organizados
transmitem uma produção de sentido, que permite ao indivíduo comunicar um pensamento,
uma ideia, um conceito.
8. 8
Cada elemento plástico, cada signo utilizado em um desenho tem sua narrativa singular,
resultante dos meandros mais profundos do saber particular e social do indivíduo. À medida
que a criança se desenvolve, ela se apropria do mundo que a cerca, e esse saber acumulado vai
sendo refletido no ato de desenhar.
O raciocínio gráfico que se sugere, é o de entender o desenho como sendo reflexo de
um processo 2sinestésico, em que integrando a performance como prática poética, entrelaça a
arte e a vida, fundindo-a de forma multisensorial e intelectual.
Impossível alcançar com inteligência a linguagem do desenho sem perceber as
conexões, que abrangem formas, cores, volumes, texturas, perspectivas, jogos de luz e
sombra; que vão se desencadeando, no complexo processo da percepção visual. É preciso ver
de uma forma diferente, é preciso entender as formas como enigmas a serem decifrados.
2
Diz respeito à capacidade de tradução inter-percepções num grau indicial ( plano semiótico), estabelecendo
relações entre uma percepção de um domínio do sentido e um domínio evocado. ( Noronha, Marcio Pizarro.
Sensibilidades e Sociabilidades: Perspectivas de Pesquisa. Ed. UGG.2008. p. 107)
9. 9
1ª Ação: Vasos e Rostos - Um Exercício Para o Cérebro Duplo
O seguinte exercício foi planejado especificamente para ajudá-los a passar de sua
modalidade dominante, em que impera o hemisfério esquerdo do cérebro, para a modalidade
subordinada do hemisfério direito. O objetivo é proporcionar-lhe os meios de liberar esse
potencial, de ter acesso, a um nível consciente, à sua capacidade inventiva, intuitiva e
imaginativa.
A atividade aconteceu da seguinte maneira: Os alunos dispostos em duplas , tem em
mão um folha de sulfite, num canto da folha o aluno X desenha o perfil do aluno Y, terminado
o desenho a folha é passada para Y que repete a ação.
Quando terminados ambos os perfis, unem-se as bases inferiores e superiores,
formando uma nova imagem.
A seguinte pergunta orienta o olhar:
O que você vê nesta imagem? Dois rostos ou um vaso?
RESULTADO OBTIDO:
Figura 1- desenhos de rostos e vasos (princípio do desenho como 3Gestalt")
3
- relação figura fundo, oras o fundo se faz imagem, ora o contorno é a imagem, numa relação de
interdependência entre as formas.
10. 10
O resultado final, foi uma grande surpresa, quando os alunos conseguiam enxergar duas
formas que se fundiam num jogo imagético de formas que confundiam o olhar, e provocavam
o olhar investigativo de formas que se assemelhassem a algo conhecido.
É um jogo entre as lateralidades hemisféricas do cérebro que ensinar a ver e a conhecer,
ensinar a explorar o mundo pelo olhar, apreender e compreendê-lo; criando novas
possibilidades, inventando novas saídas, percebendo o mundo de forma global.
O saber vai se desenhando num apropriamento sistêmico das múltiplas habilidades do
indivíduo.
2º Momento: Desenho e Educação
“No retrato que me faço - traço a traço Às vezes me pinto nuvem
Às vezes me pinto árvore...
Às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança...
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão
E, desta lida em que busco
- pouco a pouco –
Minha eterna semelhança,
No final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!”
(O Autorretrato, Mario Quintana)
É comum presenciarmos nas aulas de artes desenhos sendo corrigidos, categorizados a
partir de um direcionamento que não privilegia a identidade e o desenvolvimento pessoal, o
traço peculiar de cada aluno. Cada traço é fruto da descoberta da gestualidade individual de
cada indivíduo, dentro de um processo cíclico de aquisição gráfica.
O Arte-educador não um profissional que possui a propriedade da correção, que delega
o que é o certo ou errado em que são válidos apenas pontos de vista de sua semântica, mas
sim um provocador, à medida que propõe indagações que fazem com que o aluno venha a
conscientizar-se do olhar, a pensar de forma diferente, buscando novos ângulos que
estimulem a descoberta de novas possibilidades; viabilize a construção de conhecimento, deve
11. 11
ter bem esclarecido que não trata-se de um momento de lazer ou de pura ludicidade, mas de
um fazer intelectual.
As aulas de Arte devem proporcionar a mudança de hábitos que debilitam a percepção;
e desconstruir pré-conceitos estereotipados que atravancam o gesto de figurar, visto que, são
muito poucos os alunos que conseguem, depois de abandonado o hábito de desenhar,
recuperar a linguagem do desenho, por seus próprios meios, sem a intervenção de professores.
No processo de aprendizagem convencional os alunos compreendem o desenho de
forma fragmentada, quando na verdade desenhar é uma atividade paradoxal, assim como a
própria criatividade. É como se de alguma forma, houvesse um obscurantismo do desenho nas
escolas. Essa ausência de conhecimento sobre a natureza do desenho condiciona a préconceitos e a visões que tendem a diminuir a sua importância mediante as demais atividades
intelectuais.
Desenhar é um fazer global, que transcende num sistema intrínseco que, por sua vez,
engloba a investigação, a procura de novos caminhos, novas possibilidades; a exploração, ou
seja, a posse, o monopólio dessas habilidades; e a experimentação, sendo este momento a
experiência que será refletida no fazer artístico.
O desenho, ao contrário do que pensam muitos, não é uma ação das mãos, é
uma ação do olhar. Não é questão de coordenação motora, mas de
aprimoramento da percepção e da inteligência. (Tiburi e Chuí, 2010, p 19)
Precisa compreender também que dentro dessas habilidades de investigação, exploração
e experimentação, existem momentos que se iniciam no rabiscar e riscar e posteriormente no
traçar; consistindo o riscar e rabiscar, num garatujar desenfreado que vai sendo aos poucos
potencializado a um traçar permeado de intencionalidade, um fazer mental que associa e
relaciona, um fazer carregado de conteúdos e significações, um fazer que traduz um
pensamento.
12. 12
2ª Ação: Professor - provocador
A primeira ação que desenvolvemos foi apresentada no livro “Desenhando com o Artista
Interior”- da pesquisadora Betty Edwards.
Para Edwards (2002), aprender a desenhar é aprender a ver de modo diferente, reeducar o
sistema visual espacial do hemisfério direito do cérebro. A pesquisadora entende que o
cérebro é dividido por duas lateralidades hemisféricas, sendo estas responsáveis por diferentes
áreas do conhecimento.
Essas duas partes são denominadas de lado direito e esquerdo do cérebro ou simplesmente
lados D e E, estes dois lados do cérebro são antagônicos e processam as informações de
formas bem divergentes. O lado esquerdo é o responsável pela logicidade matemática, pensa
linearmente e é baseado na linguagem. No lado direito acontece o pensamento visual, espacial
e relacional, é nele que acontece o pensamento sistêmico que funciona de modo não-verbal,
processando simultaneamente as informações, observa o todo de uma única vez, sendo por
consequência, o lado responsável pela habilidade de desenhar.
Para Edwards ( 2002) para aprender a desenhar é necessário aprender a trabalhar com as
competências do lado direito do cérebro, é preciso aprender a ver; a autora entende que, a
visão está estreitamente ligada ao desenho e ao processo criativo, tudo o que é necessário para
se aprender a desenhar é olhar e ver.
Tínhamos com a atividade, o objetivo de promover o acesso às habilidades que os alunos já
possuem, e que apenas estão à espera de serem liberadas, através do olhar atencioso.
Propondo desenhos com a mão esquerda para os destros e com a mão direita para os canhotos,
no entanto, algo que já esperávamos aconteceu, um aluno se negou a desenhar, disse que
jamais o faria é que se fosse preciso desenhar com a mão esquerda ele o faria com os pés.
O desafio foi aceito, o aluno desenhou com os pés, fixando uma caneta no tênis, começaram
a surgir alguns traços, que lembravam um rosto, foi feita a sugestão de associação com a obra
“O Grito – Edvard Munch”
Posteriormente o desenho foi fotografado e apresentado na aula seguinte, que
complementaram a aula fazendo uma leitura da obra “O Grito -Edvard Munch”. Os alunos
fizeram uma leitura da obra e contextualizaram com a produção do colega de classe.
13. 13
Imagens da Ação:
Figura 2- desenho feito com os pés por
adolescente de 13 anos
Figura 5- estudos feitos no
photoshop sobre desenho do aluno
14. 14
3º Momento: Explorando o olhar
O ato de ver de todo homem antecipa de um modo modesto a
capacidade, tão admirada no artista, de produzir padrões que
validamente interpretam a experiência por meio da forma organizada.
O ver é compreender. (Arheim. 2005, p.39)
Em “New Words” Orwell usou a frase “tornar visível o pensamento (caput Edwards.
2002,p.60), utilizaremos a expressão para sintetizar o nosso parecer sobre o ator de ver e a
representação através do desenho. O desenho tem a função de mostrar o que se entende de
determinadas paisagens, entendamos essas paisagens como tudo o que está diante do olhar,
através da atitude de figurar o que se vê, se expõe o que conhece sobre, e de como ele se
apresenta para cada um.
Ensinar a ver é ensinar a conhecer, ensinar a explorar o mundo pelo olhar, apreender e
compreendê-lo; quem vê, cria novas possibilidades, inventa novas saídas, percebe o mundo de
forma global; o saber vai se desenhando num apropriamento sistêmico das múltiplas
habilidades do indivíduo.
Mas antes de pensar no ato de ver como forma de apropriação de mundo, faremos uma
breve pontuação sobre o ver em si, enquanto habilidade física e sentido tão básico quanto o
ato de respirar.
Rapidamente falando, ver é a capacidade física do corpo de capturar a luz que incide
sobre as retinas dos olhos, sendo que as retinas recebem esta luz e a transformam em impulsos
nervosos que adentram pelo nervo óptico, sendo direcionados ao cérebro, que é quem
interpreta essas reações luminosas, ou seja, os olhos captam as imagens, mas, quem vê é o
cérebro.
Ver com o cérebro o que significam aquelas luzes captadas pelos olhos é interpretar,
analisar e sintetizar as formas, cores, texturas, etc. É a habilidade de explorar o mundo
ativamente, é como se pudéssemos alcançar o mundo com os olhos.
15. 15
...ao olhar para um objeto nós procuramos alcançá-lo. Com um dedo
invisível movemo-nos através do espaço que nos circunda,
transportamo-nos para lugares distantes onde as coisas se encontram,
tocamos, agarramos, esquadrinhamos suas superfícies, traçamos seus
contornos, exploramos suas texturas. O ato de perceber formas é uma
ocupação eminentemente ativa. (Arheim, 2005, p.36)
O objeto ao ser observado, de alguma forma, passa a ser apropriado pelo sujeito
observador, este lhe alcança como se possuísse mãos invisíveis, e seu conhecimento sobre
este objeto, olhado mais atentamente, é específico e único, que ao menor balançar de cabeça,
ou mudança de postura do espectador, se desenhará de forma diferente; mudam-se os ângulos,
mudam-se as perspectivas, muda-se o objeto, e a forma de representá-lo.
Toda vista de um objeto reflete a extensão do que se conhece sobre e de como este se
apresenta a cada um. Por isso, sempre ao observar um objeto é necessário que o faça de uma
forma estrangeira, buscando encontrar novos contornos, novas formas, novos jogos de luz e
sombra, novas possibilidades.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. O ato de ver não é
coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso é afirmou
que a primeira função da educação é ensinar a ver. (Rubem Alves. A
Arte de ver, s/d)
Como afirma Rubem Alves, em citação acima, há muitas pessoas de visão perfeita que
nada vêem, olham despercebidas como se já conhecessem o mundo a sua volta, como se tudo
fosse uma repetição constante, de formas, de cores, de perspectivas. Ao educar o olhar, o
indivíduo torna-se mais sensível para as coisas do mundo. Todo visualidade pressupõe uma
imagem, toda imagem é sempre um mistério, algo a ser compreendido, algo a ser desvendado,
cada elemento, cada signo, tudo supõe uma narrativa, cabe ao leitor de mundo decifrá-la.
16. 16
3º Ação: Desenho de Observação de Campo
Os alunos foram até a área verde da escola e lhes foi solicitado que observassem a
quadra poliesportiva, as árvores, a vegetação de arbustos, o piso; sempre buscando ângulos
inusitados. Foi a primeira vez que trabalharam com carvão estavam muito ansiosos
Alguns resultados obtidos:
Figura 3 - carvão sobre sulfite - técnica de observação
Figura 4 - árvore - técnica carvão sobre sulfite
17. 17
O resultado foi satisfatório com grande adesão e interesse dos alunos.
A técnica proposta dos alunos tinha como finalidade desinibir o traço e ampliar o olhar,
com grande êxito alcançou seus objetivos, visto que muitos alunos desenharam a forma como
lhe era visível, não como estereotipia, a exemplo a imagem da árvore acima, foge
drasticamente da forma convencional de representação.
Muitas vezes a ação individual da criança é desprezada e lhe são apresentados
exercícios motores de adestramento do traço.
A estratégia visual educacional visando apenas o adestramento motor
exclui o entendimento do desenho como forma de construção do
pensamento através de signos gráficos, maneira de apropriação da
realidade e de si mesmo ( Derdick,1994, p. 108)
Essas atividades denigrem o amadurecimento natural do traço e sua significância
particular com o universo da criança e impedem que a criança desenvolva o olhar. As formas
já estão prontas não precisam ser descobertas pelo olhar estrangeiro e curioso da criança.
Essas formas são o início da representação estereotipada que acaba seguindo pela vida afora
do indivíduo e, num dado momento, elas não serão capazes de atender as exigências de
olhares mais amadurecidos , geralmente no período da adolescência , entre os 11 ou 12 anos,
o que acaba fazendo com que o desenho seja deixado de lado.
O desenhar é ensinado de forma desvinculada do ver, do observar o mundo a sua
volta, apresentado em forma de desenho livre ou enquanto imposição. São avaliados
qualitativamente segundo critérios do professor, desencadeando grandes frustrações, quando
não alcançados os padrões figurativos ou estruturais que estabelecem o certo ou o errado, o
bom ou o ruim.
O ensinar a ver, desaliena o olhar e amplie as margens de figuração do aluno , no
processo de investigação da formas.
18. 18
4º Momento: Reencontrando o Traço Perdido
Silvio Dworecki (1998), em sua tese sobre a redescoberta da habilidade de desenhar,
propõe reflexões sobre o papel da Arte enquanto instrumento de imersão no universo criativo,
num percurso de contínua experimentação e pesquisa da representação de formas através de
traços. Sugere a redescoberta do traço ao gesto, até então estagnado, entendendo o desenho
como uma ferramenta reflexiva que capacita expressivamente o conhecimento do educando.
Segundo o professor perde-se a capacidade de figurar na fase adulta porque esta
linguagem está impregnada dos hábitos da escrita, desenham como se escrevessem, da
esquerda para a direita e de cima para baixo, hábitos adquiridos no período da alfabetização.
Objetivando a reencontro do educando com o desenho, Dworecki baseia seu método
de ensino em alguns conceitos que norteiam a sua ação enquanto professor em sala de aula, de
forma a unificar o gesto à relação mão/olho e na relação percepção/expressão. Oportunizando
ao aluno conquistar a cada etapa modos individuais de perceber e figurar tanto pela técnica
quanto por procedimentos pessoais que resultem na mudança de hábitos.
São três os eixos sensíveis que embasam o processo de Ensino do Desenho do
professor: a produção dos alunos, as referências teóricas e sua produção plástica pessoal, que
oportuniza idéias e possíveis soluções para os desafios futuros de representação.
Através de seu método de ensino, o professor busca recuperar conexões que
concatenem do gesto ao traço, da palavra a imagem; de forma a desinibir o traço, estimulando
a produção de desenhos e intervindo, cautelosamente, quando necessário por meio de
procedimentos que deflagrem a transição do desenho de observação para o desenho de
imaginação e de memória.
4ª Ação: Desenhando Modelos Vivos
Iniciando uma brincadeira de estátua, iniciávamos a brincadeira e todos ficavam
inertes, a estátua mais interessante, era escolhida como modelo, o restante da sala se
posicionava no ângulo que mais lhe agradara e desenhava. A brincadeira se reiniciava quando
todos diziam ter terminado.
19. 19
Figura 5- observação com carvão, desenhando modelos vivos
A aluna retratada quando viu seus desenhos retratados pelos colegas chorou, disse que
nunca havia se sentido tão importante.
A atividade proporciona conexões entre os sentidos, visto que, toda imagem produzida é
um texto que sugere uma leitura multisensorial, é sempre uma produção textual, um
embricamento de ideias que constrói um rizoma de significados, uma trama intelectual em
que o autor no momento da criação também 4abstrai dos saberes pré-adquiridos informações
que serão representadas expressivamente.
4
Ab- strair = tirar de; considerar isoladamente ( componentes de um todo). Mini Aurélio escolar Século XXI
20. 20
Nesse momento do processo de reaver gráfico, o desenhar acontece como em uma
grande orquestra, em que todos os instrumentos soam independentes uns dos outros, através
da autonomia, da visão crítica e das referências que alicerçam as fluências que diminuem a
distância entre intenção, gesto e traço.
O aluno ao adquirir autonomia, no sentido de se tornar capaz de desenhar o que
pretende, possui liberdade de transitar entre o que pretende representar, a gestualidade e o
desenho em si.
Considerações Finais
Difícil pensar em concluir um tema tão amplo, visto que muitos teóricos já se
debruçaram em estudos que pudessem de alguma forma elucidar o desenvolvimento ou a
recuperação desta linguagem tão bela, e ainda assim, o desenho permanece um enigma a ser
decifrado.
Organizamos este projeto num sentido de elucidar, num primeiro momento, sobre o
que é o desenho, o que ele representa na formação intelectual de cada um, como surge na
primeira infância, como desenvolvê-lo de forma plena, qual sua função na sociedade atual.
Podemos então constatar que, desenho é mais que a simples ação motora do traçar o lápis
sobre o papel, mas um fazer inteligente resultante de um pensamento que toma forma através
de gestos que são representados por marcadores em determinadas superfícies.
Ao aproximar-se do período da adolescência, quando não incentivada na descoberta
de novas formas e traços, também já alfabetizada, vai abandonando o hábito de desenhar. Por
possuir maior repertório de mundo, reconhece que os desenhos que produz não conseguem
representar de forma fidedigna a realidade que conhecem, afirmando assim que não sabem
desenhar. Quando não incentivados, esses desenhos permanecem estacionados por toda a
vida. Ao se tornarem adultos, podem apesar de altamente letrados, estar nas fases iniciais do
desenvolvimento gráfico, “analfabetos no desenho”.
Um dos fatores apresentados no decorrer deste trabalho que justifica o abandono do
desenho, é a sociedade que não valoriza essa linguagem, como sendo um fazer pensante, que
21. 21
envolve a habilidade de ver o mundo sobre vários vertentes e instrumento de reflexão da
vida.
O desenho é uma fazer criativo muita vezes não compreendido, faz parte de o senso
comum, afirmar que desenhar é dom, um fazer desprovido de intelectualidade, coisa de
criança ou de especialistas. O desenho é relegado a um fazer manual que não envolve o
pensamento, o que o torna uma linguagem muitas vezes não desenvolvida pelas pessoas. Mas
que, segundo os professores Dworecki e Edwards, é possível reaver por meio de pensá-lo de
uma forma diferente, observando sobre ângulos inusitados, explorando uma diversidade de
materiais, praticando sempre, atribuindo ao desenho o status de habilidade passível de ser
adquirida e não de dom, promovendo a observação de desenhos na natureza, nos objetos,
paisagens, etc.
Basta olhar e conseguir ver, adestrar o traço através de técnicas motoras repetitivas, ou
promover desenhos através de desenhos livres, frutos de um espontaneísmo sem critérios, é
desrespeitar o desenvolvimento cognitivo da criança. É impedir-lhe de desenvolver-se na sua
plenitude intelectual.
O desenho é muito mais que a ação das mãos é a ação do olhar, é linguagem, é uma
forma de manifestar e de comunicar um pensamento; a mais antiga forma de comunicação
plástica da humanidade.
O desenho como linguagem é fruto de um conhecimento constituído a partir de
experimentações, acertos e erros, trata-se de um fazer global de apropriação de mundo,
estreitamente ligado ao processo criativo, ao ato de ver e ao pensamento.
Desenhar é investigar, sensibilizar-se com o mundo e comunicar um conceito.
22. 22
Referências:
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Uma psicologia da visão criadora:
nova versão / Rudolf Arnheim; trad. Ivone Terezinha de Faria. São Paulo : Pioneira
Thomson Learning.2005.
BARBOSA, Ana Mae. Ed. Perspectiva. 4ºed. 2001
DWORECKI, Silvio. Em Busca do Traço Perdido. São Paulo. Scipione.
EDUSP.1998
EDWARDS, Betty. Desenhando Com o Artista Interior. Trad. Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Claridade.2002.
TIBURI, Márcia. Diálogo/Desenho. Marcia Tiburi, Fernando Chuí. São Paulo.
Ed.Senac. São Paulo. 2010.
VYGOTSKY, L. S. La Imaginacion Y El Arte En La Infancia (Ensayo
Psicologico). S. de C.V, Hipanicos-Ediciones Y Distribuciones, 1989
São Paulo ( Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/secretaria da Educação; coordenação geral,
Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. São Paulo : SEE, 2010
ALVES,
Rubem.
A
Complicada
Arte
www.rubemalves.com.br Acesso em: 12/10/2011.
de
Ver.
Disponível
em: