O documento discute como a pliometria, uma técnica que envolve exercícios de contração excêntrica e concêntrica rápida, pode aumentar a potência muscular e melhorar o rendimento no futebol, além de ter um papel importante na prevenção e reabilitação de lesões. Explica as bases neuromusculares e mecânicas da pliometria e como os exercícios pliométricos são usados na fase final da reabilitação de lesões e na prevenção de lesões ao melhorar a força re
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...Fernando Farias
Este trabalho tem como objectivo clarificar os conceitos bem como mecanismos fisiológicos,
biomecânicos e neuromusculares intervenientes nas contracções cíclicas de alongamento
encurtamento (CAE).
Este tipo de acções neuro-musculares são usadas na maioria dos movimentos naturais,
aumentando a eficácia ou eficiência dos movimentos, tornando-se por isso decisivas nas
actividades desportivas.
Estas contracções cíclicas podem ter formas completamente distintas. Schmidtbleicher (2003)
divide claramente em dois tipos diametralmente opostos: O CAE curto e o CAE longo. No
entanto, a grande maioria da literatura não faz esta distinção.
Assim, os estudos clássicos demonstram que um CAE rápido e intenso (tipo Drop Jump ou
passada de corrida) permite reutilizar na contracção concêntrica a energia acumulada nos
componentes elásticos do músculo durante a fase de alongamento. Esta acção conta também
com a integração e sincronização de reflexos proprioceptivos que permitem que o músculo
funcione como um elástico, em que a força do alongamento se reflecte na força do
encurtamento, com vantagens para a eficiência muscular. (Komi e Gollhofer, 1997)
Pliometria a ousadia no treinamento desportivoFernando Farias
Nos anos 60, o pesquisador russo Verkhoshansky revolucionou o treinamento desportivo ao criar o
modelo de periodização em blocos, pois confrontou o modelo clássico de Matveev. O modelo tinha
como principal característica as cargas concentradas de força.
Segundo Riehl (2004), "os exercícios desenvolvidos por Verkhoshansky foram amplamente
difundidos como um método de melhoria de força e explosão, cuja fundamentação teórica
desenvolveria a habilidade reativa do aparelho neuromuscular".
Um dos métodos mais difundidos fora o treino pliométrico, sendo "o russo o primeiro investigador
soviético a propor uma fundamentação teórica para a utilização desse tipo de treinamento" (Moura,
1988).
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...Fernando Farias
Este trabalho tem como objectivo clarificar os conceitos bem como mecanismos fisiológicos,
biomecânicos e neuromusculares intervenientes nas contracções cíclicas de alongamento
encurtamento (CAE).
Este tipo de acções neuro-musculares são usadas na maioria dos movimentos naturais,
aumentando a eficácia ou eficiência dos movimentos, tornando-se por isso decisivas nas
actividades desportivas.
Estas contracções cíclicas podem ter formas completamente distintas. Schmidtbleicher (2003)
divide claramente em dois tipos diametralmente opostos: O CAE curto e o CAE longo. No
entanto, a grande maioria da literatura não faz esta distinção.
Assim, os estudos clássicos demonstram que um CAE rápido e intenso (tipo Drop Jump ou
passada de corrida) permite reutilizar na contracção concêntrica a energia acumulada nos
componentes elásticos do músculo durante a fase de alongamento. Esta acção conta também
com a integração e sincronização de reflexos proprioceptivos que permitem que o músculo
funcione como um elástico, em que a força do alongamento se reflecte na força do
encurtamento, com vantagens para a eficiência muscular. (Komi e Gollhofer, 1997)
Pliometria a ousadia no treinamento desportivoFernando Farias
Nos anos 60, o pesquisador russo Verkhoshansky revolucionou o treinamento desportivo ao criar o
modelo de periodização em blocos, pois confrontou o modelo clássico de Matveev. O modelo tinha
como principal característica as cargas concentradas de força.
Segundo Riehl (2004), "os exercícios desenvolvidos por Verkhoshansky foram amplamente
difundidos como um método de melhoria de força e explosão, cuja fundamentação teórica
desenvolveria a habilidade reativa do aparelho neuromuscular".
Um dos métodos mais difundidos fora o treino pliométrico, sendo "o russo o primeiro investigador
soviético a propor uma fundamentação teórica para a utilização desse tipo de treinamento" (Moura,
1988).
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
Material utilizado no curso de Prescrição em treinamento de força". Ministrado pelo professor MS Rogério Fermino no dia 20/03/10. Realização: Laboratório de Fisiologia e Bioquímica.
O curso Gestão de Carreira em Educação Física do Studio Sapienza (www.studiosapienzabrasil.com), visa apresentar as potencialidades da área da Ed. Física, bem como preparar o profissional para planejar e desenvolver sua carreira.
força máxima (Fmáx.) é a maior tensão que pode ser executada, voluntariamente, pelos músculos numa determinada posição, ou seja, é o valor mais elevado de força que o sistema neuromuscular de um indivíduo consegue desenvolver com uma contração máxima.
Material utilizado no curso de Prescrição em treinamento de força". Ministrado pelo professor MS Rogério Fermino no dia 20/03/10. Realização: Laboratório de Fisiologia e Bioquímica.
O curso Gestão de Carreira em Educação Física do Studio Sapienza (www.studiosapienzabrasil.com), visa apresentar as potencialidades da área da Ed. Física, bem como preparar o profissional para planejar e desenvolver sua carreira.
força máxima (Fmáx.) é a maior tensão que pode ser executada, voluntariamente, pelos músculos numa determinada posição, ou seja, é o valor mais elevado de força que o sistema neuromuscular de um indivíduo consegue desenvolver com uma contração máxima.
Papel das ações musculares excêntricas nos ganhos de força e de massa muscularLUCIANO SOUSA FISIOLOGISTA
Os principais ajustes ao treinamento de força são o aumento da massa e da força dos músculos
esqueléticos. O grau de tensão da ação muscular é determinante destes ajustes e ele é influenciado pelo
tipo da ação.
O objetivo principal do treinador esportivo é maximizar o desempenho atlético. A fim de atingir este objetivo, o treinador
deve prescrever cargas de treinamento adequadas, com períodos de recuperação apropriados, visando atingir o maior nível de
adaptação possível antes da competição. Neste contexto, o monitoramento das cargas de treinamento será extremamente útil,
uma vez que, o treinador poderá utilizar as informações obtidas para avaliar a magnitude das cargas implementadas e a partir
disto, ajustar, sistematicamente, a periodização das cargas futuras. Atualmente, existe um grande interesse no
desenvolvimento de métodos válidos e confiáveis para o monitoramento das cargas de treinamento. Este acompanhamento
pode ser realizado de muitas formas, no entanto, um método bastante simples foi proposto, recentemente, por Carl Foster: o
método de PSE da sessão. Nesta revisão, nós investigamos o mérito científico do método de PSE da sessão. Os dados
disponíveis sugerem que o método proposto por Foster é um instrumento confiável para quantificar a magnitude da carga de
treinamento. Em diversos estudos, o comportamento da PSE da sessão apresentou forte relação com outros indicadores
internos de intensidade do exercício, como, por exemplo, o consumo de oxigênio, a frequência cardíaca e a concentração de
lactato. Entretanto, é importante ressaltar que ainda são necessários estudos adicionais para validar o método de PSE da
sessão, sob a perspectiva ecológica, em diferentes esportes.
Todos os dias, em diferentes locais nos quais se pratica
esportes no mundo todo, atletas preparam-se para competir
com um ritual familiar de alongar os principais
grupos musculares requisitados para aquele esporte.
Essas rotinas de pré-exercícios costumam incorporar
uma variedade de técnicas de alongamento e exercícios
de aquecimento. Textos de medicina esportiva, artigos
de periódicos para profissionais de saúde e treinadores,
e publicações leigas promovem o alongamento como
fundamental para diminuir o risco às lesões.
Segundo Verkhoshanski (1998), "o método de choque é destinado ao desenvolvimento da força
rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular".
O método de choque foi criado na ex-União Soviética no final de década de 50, por Iuri
Verkhoshanski, que o idealizou ao observar o enorme potencial da sobrecarga gerada pela energia
cinética dos saltos. O autor cita como exemplo nosso atleta João do Pulo, que desenvolvia, na
segunda passada do salto triplo, um esforço médio de 300 kg em uma das pernas em um período de
apenas 0,125 segundo.
Algum tempo depois de sua criação, o método foi descoberto por treinadores de outros países, com
destaque para pesquisadores importantes e competentes como Carmelo Bosco (Itália), Paavo Komi
(Finlândia) e Dietmar Schimdtbleicher (Alemanha). Após a passagem pela Europa, o método de
choque finalmente chegou aos Estados Unidos onde foi (in)devidamente alterado e mal aplicado,
recebendo o nome genérico de pliometria.
Complex Training: Uma Nova Abordagem no Desenvolvimento dos Gestos Técnicos E...Fernando Farias
Siff & Verkhosansky (2000) afirmam que a elaboração de métodos de treino, com vista a melhorar os gestos desportivos, deve ter em conta que todo o movimento desportivo é específico e com um fim definido. Portanto, a força desenvolvida nesse movimento também é específica e direcionada a um objectivo: o rendimento desportivo.
SALTO EM PROFUNDIDADE: FISIOLOGIA E BENEFÍCIOSFernando Farias
O objetivo da revisão foi explicar a fisiologia do SP e identificar os outros benefícios
dessa sessão para o praticante. As sessões de SP começaram no atletismo por volta
de 1919 a 1930. Verkhoshanski foi o primeiro a publicar artigos sobre os benefícios do
SP para modalidades que possuem salto vertical (SV). O intuito do SP e exercitar a
força reativa dos membros inferiores, ocorrendo uma ação excêntrica na aterrissagem
do atleta ou da pessoa saudável, na etapa de amortização uma ação isométrica e na
fase de impulsão a contração concêntrica, denominado de ciclo de alongamentoisométrico-
encurtamento. Diversas referências comprovam que as sessões de SP
aumentam significantemente (p≤0,05) o SV. Entretanto, recentemente foi evidenciado
que o SP melhora a velocidade, a agilidade e a economia da corrida. Em conclusão, o
SP proporciona um incremento em diversas capacidades físicas.
A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força...Fernando Farias
Os testes padrões crônicos da atividade, tais como o treinamento da força, marcam as adaptações nos
sistemas muscular e nervoso. Nesta revisão, alguns dos mecanismos envolvidos são examinados e revelam a
importância da ação do sistema nervoso central e todas as suas partes constituintes sobre os componentes musculares
no movimento humano e no desenvolvimento da força. Demonstrou-se como as adaptações neurogências e todos os
processos neurofisiológicos envolvidos, apresentam total importância nos incrementos de força e no controle motor de
indivíduos iniciantes, praticantes do treinamento de força. Foram focados tópicos como: ganhos de força no início do
treinamento, desenvolvimento da coordenação intramuscular e intermuscular, fatores neurais e sistema neuromuscular,
co-ativação e déficit bilateral. Concluindo, assim, que os fatores neurais correlacionam-se aos ganhos progressivos de
força, durante as fases iniciais do treinamento de força
A universalidade das Regras do Jogo significa que o jogo é essencialmente o
mesmo em todas as partes do mundo e em todos os níveis. Bem como promover um
ambiente justo e seguro para a sua prática, as Regras também devem promover a
participação e a diversão.
O jogo deve ser jogado e arbitrado da mesma maneira em todos os campos de
futebol pelo mundo, desde a final da Copa do Mundo FIFA™ até um jogo em um
vilarejo remoto. No entanto, as características locais de cada país devem determinar
a duração da partida, quantas pessoas podem participar e como algumas atitudes
inapropriadas devem ser punidas.
Os resultados atuais indicaram que a ocorrência de lesões de isquiotibiais podem estar associadas a uma mudança hierárquica na distribuição da atividade metabólica dentro do complexo muscular do isquiotibial após o trabalho excêntrico em que o Semitendinoso provavelmente deveria tomar a parte principal, seguido pelo BÍceps Femural e Semimembranoso. Quando o BF aumenta sua contribuição e é ativado em uma extensão proporcionalmente maior, o risco de sofrer uma lesão do isquiotibial pode aumentar substancialmente.
Acute effect of different combined stretching methodsFernando Farias
The purpose of this study was to investigate the acute effect of different stretching methods, during a warm-up,
on the acceleration and speed of soccer players. The acceleration performance of 20 collegiate soccer players (body height:
177.25 ± 5.31 cm; body mass: 65.10 ± 5.62 kg; age: 16.85 ± 0.87 years; BMI: 20.70 ± 5.54; experience: 8.46 ± 1.49
years) was evaluated after different warm-up procedures, using 10 and 20 m tests. Subjects performed five types of a
warm-up: static, dynamic, combined static + dynamic, combined dynamic + static, and no-stretching. Subjects were
divided into five groups. Each group performed five different warm-up protocols in five non-consecutive days. The
warm-up protocol used for each group was randomly assigned. The protocols consisted of 4 min jogging, a 1 min
stretching program (except for the no-stretching protocol), and 2 min rest periods, followed by the 10 and 20 m sprint
test, on the same day. The current findings showed significant differences in the 10 and 20 m tests after dynamic
stretching compared with static, combined, and no-stretching protocols. There were also significant differences between
the combined stretching compared with static and no-stretching protocols. We concluded that soccer players performed
better with respect to acceleration and speed, after dynamic and combined stretching, as they were able to produce more
force for a faster execution.
To examine the acute effects of generic (Running Drills, RD) and specific (Small-
Sided Games, SSG) Long Sprint Ability (LSA) drills on internal and external load of male
soccer-players. Methods: Fourteen academy-level soccer-players (mean±SD; age 17.6±0.61
years, height 1.81±0.63 m, body-mass 69.53±4.65 kg) performed four 30s LSA bouts for
maintenance (work:rest, 1:2) and production (1:5) with RD and SSG drills. Players’ external-
load was tracked with GPS technology (20Hz) and heart-rate (HR), blood-lactate
concentrations (BLc) and rate of perceived exertion (RPE) were used to characterize players’
internal-load. Individual peak BLc was assessed with a 30s all-out test on a non-motorized
treadmill (NMT). Results: Compared to SSGs the RDs had a greater effect on external-load
and BLc (large and small, respectively). During SSGs players covered more distance with
high-intensity decelerations (moderate-to-small). Muscular-RPE was higher (small-to-large)
in RD than in SSG. The production mode exerted a moderate effect on BLc while the
maintenance condition elicited higher cardiovascular effects (small-to-large). Conclusion:
The results of this study showed the superiority of generic over specific drills in inducing
LSA related physiological responses. In this regard production RD showed the higher post-
exercise BLc. Interestingly, individual peak blood-lactate responses were found after the
NMT 30s all-out test, suggesting this drill as a valid option to RD bouts. The practical
physiological diversity among the generic and specific LSA drills here considered, enable
fitness trainers to modulate prescription of RD and SSG drills for LSA according to training
schedule.
A evidência apresentada sugere que a variação é um componente necessário do planejamento efetivo do treinamento. Apoiando essa perspectiva, outras pesquisas sugerem que a monotonia de treinamento elevado - que pode ser amplamente percebida como uma falta de variação20 - leva a uma maior incidência de síndromes de overtraining21, um mau desempenho e freqüência de infecções banais.22 Inversamente, as reduções na monotonia têm Tem sido associada a uma maior incidência de melhor desempenho pessoal 22, e os índices de monotonia têm sido defendidos como ferramentas benéficas de treinamento-regulação na elite rowing23 e no sprint24.
Capacidade manter as ações de jogo em alto
padrão de execução durante 90 minutos. É
muito importante no segundo tempo que é
onde ocorre o maior número de gols e
normalmente se decidem as partidas.
A literatura atual que mede os efeitos de SMR ainda está emergindo. Os resultados desta análise sugerem que o rolamento de espuma e a massagem com rolo podem ser intervenções eficazes para melhorar a ROM conjunta e o desempenho muscular pré e pós-exercício. No entanto, devido à heterogeneidade dos métodos entre os estudos, atualmente não há consenso sobre o ótimo programa SMR.
Training Load and Fatigue Marker Associations with Injury and IllnessFernando Farias
This paper provides a comprehensive review of the litera-
ture that has reported the monitoring of longitudinal
training load and fatigue and its relationship with injury
and illness. The current findings highlight disparity in the
terms used to define training load, fatigue, injury and ill-
ness, as well as a lack of investigation of fatigue and
training load interactions. Key stages of training and
competition where the athlete is at an increased risk of
injury/illness risk were identified. These included periods
of training load intensification, accumulation of training
load and acute change in load. Modifying training load
during these periods may help reduce the potential for
injury and illness.
Melhorar ou até mesmo manter o desempenho atlético em jogadores de esportes de equipe competitivos durante o longo período da temporada é um dos maiores desafios para qualquer treinador comprometido. Tempo muito limitado está disponível entre as partidas semanais para introduzir sessões intensivas de treinamento de força e poder, com uma freqüência normal de 1-2 unidades por semana. Este fato estimula a busca de métodos de treinamento mais eficientes capazes de melhorar uma ampla variedade de habilidades funcionais, evitando ao mesmo tempo os efeitos de fadiga.
Actualmente la capacidad de repetir sprints es considerada fundamental en el rendimiento del fútbol por
parecerse al patrón de movimiento que se da en el mismo. De esta manera su entrenamiento resulta fundamental
en cualquier planificación. Así, se deben trabajar aquellos aspectos que la limitan para poder acceder a un mayor
rendimiento. Una vez conocido esto se debería elegir la forma en la que se quiere entrenar, teniendo para ello
métodos analíticos (interválico, intermitente) y contextualizados (espacios reducidos). Por último, se proponen
una series de variables de entrenamiento para el trabajo de repetir sprints, orientándolo no solo al aspecto físico,
sino también al técnico, táctico y psicológico, conformando, por tanto, un entrenamiento integrado en el fútbol.
Maximal sprinting speed of elite soccer playersFernando Farias
Current findings might help individuals involved within the physical preparation of players (e.g. technical coaches, fitness coaches, and sport science staff) when developing training programs and training sessions in line with the playing positions, and with the levels of high speed running targeted to reach during specific training drills like sided-games.
Indeed, the closer to match-play situations regarding the rules with goals, goalkeepers, the larger pitch sizes and greater number of players involved, the higher sprinting speed running players would reach during sided-games. However, coaches are advised to add specific speed drills to sided-games in order to elicit a stimulus of high-speed running high enough to prepare players for competition.
Recovery in Soccer Part I – Post-Match Fatigue and Time Course of RecoveryFernando Farias
In elite soccer, players are frequently required to play consecutive matches
interspersed by 3 days and complete physical performance recovery may not
be achieved. Incomplete recovery might result in underperformance and in-
jury. During congested schedules, recovery strategies are therefore required
to alleviate post-match fatigue, regain performance faster and reduce the risk
of injury. This article is Part I of a subsequent companion review and deals
with post-match fatigue mechanisms and recovery kinetics of physical per-
formance (sprints, jumps, maximal strength and technical skills), cognitive,
subjective and biochemical markers.
Sprint running acceleration is a key feature of physical performance in team sports, and recent
literature shows that the ability to generate large magnitudes of horizontal ground reaction force
and mechanical effectiveness of force application are paramount. We tested the hypothesis that
very-heavy loaded sled sprint training would induce an improvement in horizontal force
production, via an increased effectiveness of application. Training-induced changes in sprint
performance and mechanical outputs were computed using a field method based on velocity-
time data, before and after an 8-week protocol (16 sessions of 10x20-m sprints). 16 male
amateur soccer players were assigned to either a very-heavy sled (80% body-mass sled load)
or a control group (unresisted sprints). The main outcome of this pilot study is that very-heavy
sled resisted sprint training, using much greater loads than traditionally recommended, clearly
increased maximal horizontal force production compared to standard unloaded sprint training
(effect size of 0.80 vs 0.20 for controls, unclear between-group difference) and mechanical
effectiveness (i.e. more horizontally applied force; effect size of 0.95 vs -0.11, moderate
between-group difference)
Hip extension and Nordic hamstring exercise training both promote the elongation of
biceps femoris long head fascicles, and stimulate improvements in eccentric knee
flexor strength.
Hip extension training promotes more hypertrophy in the biceps femoris long head
and semimembranosus than the Nordic hamstring exercise, which preferentially
develops the semitendinosus and the short head of biceps femoris
No sentido de melhor esclarecer esta forma de operacionalizar o processo
de treino procuramos num primeiro momento sistematizar os aspectos
conceptometodológicos que a definem. Contudo, a “Periodização Táctica”
é uma concepção que se encontra pouco retratada na literatura e por isso,
deparamo-nos com escassas referências bibliográficas levando-nos a
reequacionar o teor deste trabalho. Neste seguimento, decidimos incidir
nos fundamentos conceptometodológicos que a definem, a partir de dados
empíricos do processo de treino-competição do treinador José Guilherme
Oliveira
. A escolha deste treinador deve-se ao facto de ser reconhecido pelo
professor Vítor Frade como um dos treinadores que operacionaliza o processo
de treino tendo em conta as premissas da “Periodização Táctica”.
Impact of the Nordic hamstring and hip extension exercises on hamstring archi...Fernando Farias
The architectural and morphological adaptations of the hamstrings in response to training
33 with different exercises have not been explored. PURPOSE: To evaluate changes in biceps
34 femoris long head (BFLH) fascicle length and hamstring muscle size following 10-weeks of
35 Nordic hamstring exercise (NHE) or hip extension (HE) training. METHODS: Thirty
36 recreationally active male athletes (age, 22.0 ± 3.6 years, height, 180.4 ± 7 cm, weight, 80.8 ±
37 11.1 kg) were allocated to one of three groups: 1) HE training (n=10), NHE training (n=10),
38 or no training (CON) (n=10). BFLH fascicle length was assessed before, during (Week 5) and
39 after the intervention with 2D-ultrasound. Hamstring muscle size was determined before and
40 after training via magnetic resonance imaging.
Differences in strength and speed demands between 4v4 and 8v8 SSGFernando Farias
Small-sided games (SSGs) have been extensively used in training
footballers worldwide and have shown very good efficacy in
improving player performance (Hill-Haas, Dawson, Impellizzeri,
& Coutts, 2011). As an example, it has been shown that the
technical performance (Owen, Wong del, McKenna, & Dellal,
2011) and physical performance (Chaouachi et al., 2014; Dellal,
Varliette, Owen, Chirico, & Pialoux, 2012) of footballers can be
enhanced using SSG-based football training programmes.
In the last two decades, extensive research has been pub-
lished on physical and physiological response during SSGs in
football (for refs, see Halouani, Chtourou, Gabbett, Chaouachi,
& Chamari, 2014). It was found that the time-motion charac-
teristics of SSGs could vary greatly depending on certain
structural (e.g., pitch size, number of players, type and number
of goals) and rule (e.g., number of ball touches) constraints.
For example, it was observed that higher maximum speeds are
reached during SSGs played on bigger pitches (Casamichana &
Castellano, 2010). Furthermore, heart rate (HR) and lactate
concentrations were shown to be sensitive to structural and
rule changes in SSGs.
Acute cardiopulmonary and metabolic responses to high intensity interval trai...Fernando Farias
Results from the present study quantify the effects of altering either the intensity of the
work or the recovery interval when performing interval sessions consisting of 60s of work and
60s of recovery for multiple repetitions. The information provided may aid those interested in
designing interval training sessions by providing ranges of values that could be expected for
individuals who possess moderate levels of cardiopulmonary fitness. Using a work intensity of
80% or 100% VGO2peak and a recovery intensity of 0% or 50% VGO2peak, subjects were able to
exercise within the ACSM recommended range for exercise intensity. Based upon the data it
would appear that a protocol such as the 80/0 may be appropriate for those individuals who
are just beginning a program or have little experience with interval-type activity. By contrast, a
100/50 protocol could not be completed by all of the subjects and therefore may be too intense
for some individuals.
The quadriceps femoris is traditionally described as a muscle group com-
posed of the rectus femoris and the three vasti. However, clinical experience
and investigations of anatomical specimens are not consistent with the text-
book description. We have found a second tensor-like muscle between the
vastus lateralis (VL) and the vastus intermedius (VI), hereafter named the
tensor VI (TVI). The aim of this study was to clarify whether this intervening
muscle was a variation of the VL or the VI, or a separate head of the exten-
sor apparatus. Twenty-six cadaveric lower limbs were investigated...
1. Pliometria no futebol
Técnica para aumentar a potência muscular e melhorar o rendimento também
atua na prevenção e na reabilitação de lesões
Thiago Corrêa, Roberto Lampert, Jefferson Loss
Resumo
A pliometria é uma técnica conhecida para aumentar a potência muscular e melhorar o
rendimento atlético, porém, só recentemente, sua importância na prevenção e na
reabilitação de lesões está sendo discutida no âmbito do futebol. Os exercícios
pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico-concêntrico do
músculo esquelético, provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Esse
ciclo refere-se às atividades concêntricas precedidas por uma ação excêntrica rápida,
cujo propósito é aumentar a força reativa do músculo pelo armazenamento de energia
elástica na fase de pré-alongamento e sua reutilização durante a contração concêntrica,
além da ativação do reflexo miotático. Esse trabalho de revisão de literatura tem como
objetivo descrever as bases mecânicas, elásticas e neurofisiológicas da pliometria.
Observa-se que esses exercícios são usados na fase final da reabilitação de vários tipos
de lesões músculo-esqueléticas, tanto dos membros inferiores, quanto dos superiores e
também na prevenção de alguns tipos de lesões, pois, acredita-se que eles são capazes
de desenvolver força reativa, aumentar a resposta muscular e melhorar a coordenação
neuromuscular. Conclui-se, que é fundamental para a comissão técnica de um clube de
futebol conhecer o conceito e a aplicação da pliometria para o treinamento físico, na
prevenção e no tratamento das lesões esportivas para poder elaborar uma periodização
adequada com as necessidades do desporto.
PALAVRAS-CHAVE: Futebol, Pliometria e Treinamento.
INTRODUÇÃO
No futebol ações motoras como saltar e pequenos deslocamentos em altas velocidades
utilizam uma alternância de contrações musculares, denominada de ciclo alongamento-
encurtamento, ou seja, um mecanismo fisiológico cuja função é aumentar a eficiência
mecânica dos movimentos, nos quais ocorre uma contração muscular excêntrica rápida,
seguida, imediatamente, por uma ação concêntrica (VOIGHT et al, 2002).
Um dos meios pelo qual se aperfeiçoa o ciclo alongamento-encurtamento é a pliometria.
A potência representa o componente principal de uma excelente forma física, que pode
ser o parâmetro mais representativo do sucesso no futebol, um desporto que necessita
força reativa e explosiva (BOMPA, 2004).
Os exercícios pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico-
concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potenciação elástica, mecânica e
reflexa (MOURA et al, 2001). O propósito dos exercícios de ciclo alongar-encurtar ou
de contra movimento é melhorar a capacidade de reação do sistema neuromuscular e
2. armazenamento de energia elástica durante o pré-alongamento, para que esta seja
utilizada durante a fase concêntrica do movimento (DESLANDES et al, 2003). Esses
exercícios promovem a estimulação dos proprioceptores corporais para facilitar o
aumento do recrutamento muscular numa mínima quantidade de tempo (WILK et al,
1993).
Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivo descrever as bases mecânicas, elásticas e
neurofisiológicas, formas de treinamento da pliometria, assim como, o seu papel e sua
relevância no futebol, enquanto desporto competitivo.
Exercícios pliométricos
Existe uma grande variedade de exercícios pliométricos, os quais devem ser
combinados e aplicados de acordo com a necessidade de cada esporte, um exemplo é o
futebol, no qual o atleta deverá realizar exercícios para membros inferiores, pois esses
atletas requerem força de impulsão para o salto e aceleração para os deslocamentos. A
pliometria pode ser aplicada de forma simples, utilizando-se materiais de fácil
aquisição, como caixas de madeira, cones, bolas e elásticos (BATISTAet al, 2003).
Os principais tipos de exercícios para membros inferiores são os saltos no lugar, ou seja,
os membros inferiores aterrissam no mesmo lugar de onde saltaram e saltos com
mudança de direção, nos quais os membros inferiores aterrissam em um ponto diferente
de onde saltaram, que pode ser para o lado, para frente ou na diagonal e saltos em
profundidade que utilizam caixas e requerem maior experiência, pois são mais
agressivos, exigindo mais das qualidades reativas e de explosão muscular (BOMPA,
2004; CISSIK, 2004).
Bases fisiológicas do exercício pliométrico
A fisiologia do ciclo alongar-encurtar é baseada na combinação dos reflexos de
estiramento muscular e nas propriedades mecânicas e, principalmente, elásticas do
sistema músculo-tendíneo. Quando o músculo contrai concentricamente a maior parte
da força produzida é proveniente do componente contrátil, ou seja, da interação entre os
filamentos de actina e miosina e pouca energia elástica é armazenada. Como se sabe, a
eficiência mecânica do trabalho muscular é de aproximadamente 25%, ou seja, somente
esse valor da energia química gasta se converte em energia mecânica, movimento, e os
outros 75% são transformados em energia térmica, uma energia que não interessa em
termos de desempenho (MOURA, 1994). Com o ciclo excêntrico-concêntrico, o
rendimento muscular é 25% a 40% maior, devido à "energia gratuita" fornecida pelo
armazenamento e recuperação da energia elástica, contribuindo para a economia do
gesto esportivo (BISCIOTTI et al, 2002). Porém, para que isso aconteça é necessário
que se realize um pré-alongamento de pequena amplitude, grande velocidade e tempo
de amortecimento bastante curto, caso contrário, muita dessa energia será dissipada em
calor(MOURA et al, 2001).
Dessa forma, o exercício pliométrico é um meio que pode melhorar a força e potência
muscular com recrutamento seletivo de fibras tipo IIb, haja visto que essas fibras
respondem melhor ao pré-alongamento de alta velocidade e pequena amplitude
(MOURA et al, 2001; COHEN et al, 2003). Portanto, os atletas de futebol necessitam o
3. recrutamento de fibras musculares de contração rápida, o que lhes confere uma pré-
qualificação importante para o desencadeamento da potenciação muscular através de
exercícios pliométricos (BATISTA et al, 2003).
Segundo Wilk et al (1993), a pliometria é capaz de melhorar a eficiência neural e
aumentar o controle neuromuscular. A utilização do pré-alongamento pode permitir que
o atleta de futebol adquira uma melhor coordenação das atividades de específicos
grupos musculares, a qual causa uma adaptação neural capaz de incrementar a produção
de força reativa. O aumento da força reativa conseguida com o ciclo alongamento-
encurtamento resulta tanto do armazenamento de energia elástica durante o pré-
estiramento e sua reutilização como energia mecânica durante a contração concêntrica,
como da ativação do reflexo miotático, porém, a porcentagem de cada um desses fatores
não é conhecida (VOIGHT et al, 2002).
Utilização da pliometria na reabilitação
Os exercícios pliométricos são usados no treinamento de atletas para desenvolver força
reativa, melhorar a reatividade muscular através da facilitação do reflexo miotático e da
dessenssibilização dos OTGs e melhorar a coordenação intra e extra articular (MYERS
et al, 2000; DESLANDES et al, 2003; HOWARD, 2005). Analisando os efeitos desses
exercícios, acredita-se que estes podem ser benéficos na prevenção de lesões e também
na reabilitação, principalmente de atletas de futebol (HILLBOM et al, 2005).
Esses exercícios passaram a fazer parte dos programas de reabilitação há pouco tempo
(HOWARD, 2005). Os exercícios para membros inferiores, como os saltos em
profundidade, são mais populares e bem mais descritos na literatura do que os para
membros superiores, porém, o uso desses exercícios na reabilitação de atletas é cada vez
mais comum (DAVIES et al, 2004), principalmente para goleiros de futebol. Incorpora,
com isso, movimentos de específicos grupos musculares necessários para o melhor
rendimento do atleta (FRONTERAet al, 2003). Esse treinamento recria o tipo de
contração excêntrico-concêntrica vivida durante atividades atléticas e é parte vital da
reabilitação do ombro do atleta (MYERSet al, 2000).
Bisciotti, Vilardi e Manfio (2002) relataram haver diminuição da capacidade elástica da
musculatura, após lesão muscular, demonstrando a importante perda das características
elásticas da musculatura extensora de joelho após a lesão e cirurgia de reconstrução de
ligamento cruzado anterior, LCA, bem como, afirmaram que o elemento elástico em
série possui função protetora das estruturas articulares e periarticulares em caso de
brusca e repentina contração muscular, portanto, aqueles atletas que não promovem a
potenciação muscular, limitam a estocagem e a restituição da energia elástica, se
expondo a maiores riscos de lesões, principalmente traumáticos e na fase excêntrica do
movimento.
Prentice e Voight (2003) afirmam que um fuso muscular com nível de sensibilidade
baixo possui menor capacidade para superar o estiramento rápido e assim, produz uma
resposta menos vigorosa. Deslandes et al. (2003) relatam que o indivíduo que realiza
atividades com ciclo alongar-encurtar, ocorre uma melhor sincronização da atividade
muscular e da atividade miotática, portanto, um programa de exercícios pliométricos,
aumenta a eficiência neural, corrigindo déficits proprioceptivos e melhorando o
desempenho neuromuscular.
4. Parâmetros para o desenvolvimento do programa de exercícios pliométricos
A especificidade do exercício é um dos principais fatores para se obter um resultado
eficaz com os exercícios pliométricos. Os movimentos específicos de cada esporte
devem ser analisados pelo treinador e um programa de exercícios pliométricos deve
seguir as exigências de cada desporto (PRENTICE et al, 2003; BOMPA, 2004).
Para elaborar um plano de tratamento usando a pliometria, o preparador deve estar
ciente das inúmeras variáveis que afetam esses exercícios e dos objetivos que se quer
alcançar com cada esporte e com cada indivíduo (DAVIES et al, 2004). As principais
variáveis que devem ser estipuladas são: intensidade, volume e freqüência, porém outras
variáveis, como o sentido do movimento corporal, a carga externa e o repouso, devem
ser consideradas (PRENTICE et al, 2003).
O aumento da velocidade de execução do exercício aumenta a demanda de treinamento
sobre ele, portanto, quando um novo exercício pliométrico é iniciado, deverá ser feito
em velocidade e em um tempo de amortização menores, até que o atleta esteja pronto
para progredir (NUTTING, 2004).
Não há consenso quanto ao volume, intensidade e freqüência ideais tanto para
treinamento ou a reabilitação de atletas, porém é sabido que diferentemente do
treinamento desportivo, no qual os exercícios chegam a um nível máximo, os exercícios
pliométricos na reabilitação podem chegar a níveis submáximos (DAVIES et al, 2004).
Andrews, Harrelson e Wilk (2000) orientam a aplicação desses exercícios numa
freqüência de no máximo 2 a 3 vezes por semana. O tempo de repouso é uma variável
muito importante a ser considerada, haja visto que a pliometria pode causar fadiga, que
é o resultado do esgotamento de energia contida nos músculos, como o ATP e o fosfato
de creatina e também pela produção e acúmulo de ácido lático (BOMPA, 2004). No
momento em que ocorre a fadiga, o controle motor fica deficitário e os efeitos do
treinamento se perdem (PRENTICE et al, 2003). Por ser a pliometria um exercício de
impacto, que envolve várias articulações, o alinhamento corporal correto deve ser
orientado e corrigido pelo preparador. O excesso de exercícios sem um período de
repouso adequado, assim como a aplicação da pliometria em fase inicial do tratamento
são fatores que podem piorar a lesão ou até mesmo causar novas lesões (DESLANDES
et al, 2003).
Na pliometria, podem ser geradas cargas biomecânicas extremas e o tecido conjuntivo
dos pés, tornozelo, quadril e discos intervertebrais amortecem o choque para dissipar o
estresse imposto por um salto. As lesões ocorrem quando forças exteriores agem nas
articulações, excedendo a integridade estrutural dos músculos, ossos, e tecidos
conjuntivos, por isso um programa de treinamento de força deve ser realizado antes do
início dos exercícios pliométricos e deve envolver tanto a musculatura dos membros,
como os estabilizadores da postura, como os abdominais e extensores da coluna
(BOMPA, 2004).
Conclusão
A literatura tem demonstrado que o treinamento pliométrico influência na resposta
reativa muscular, melhorando a sincronização da atividade muscular e da atividade
5. miotática. Nesta perspectiva, um programa de exercícios pliométricos, deve aumentar a
eficiência neural, corrigindo déficits proprioceptivos e aprimorando o controle
neuromuscular.
A literatura destaca a pliometria, além de um importante instrumento na reabilitação de
lesões, como efetiva na prevenção destas, pois um bom controle motor atua como um
mecanismo protetor capaz de ativar as vias de estabilização reflexas, feed foward,
ocasionando uma resposta motora mais veloz diante de forças ou traumas inesperados.
A pliometria é, portanto, uma forma de se obter força reativa e melhorar a
propriocepção ao mesmo tempo.
A possibilidade de utilizar a pliometria como atividade estimuladora da potenciação
muscular, surge como uma alternativa interessante aos treinadores de futebol.
Entretanto, é fundamental para o preparador físico conhecer o conceito e a aplicação da
pliometria no treinamento, na prevenção e no tratamento das lesões esportivas, para que
possa elaborar um programa seguro e eficiente.
*Thiago Corrêa Duarte, Acadêmico, ESEF/ UFRGS
Roberto Lampert Ribas, Acadêmico, ESEF/ UFRGS
Jefferson Fagundes Loss, Ph.D., ESEF/ UFRGS
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