2. De modo geral, uma tinta de boa qualidade deve apresentar as seguintes
características:
• Pintabilidade: facilidade de aplicação - a tinta deve espalhar-se com
facilidade ser resistir ao deslizamento do pincel ou rolo.
• Nivelamento: as marcas de pincel ou rolo devem desaparecer pouco
tempo após a aplicação da tinta deixando uma película uniforme.
• Secagem: a secagem de uma tinta não deve ser tão rápida, nem tão lenta,
deve permitir o espalhamento e o repasse uniformes, não atrasando a
aplicação das demãos posteriores.
3. • Poder de Cobertura: a tinta deve cobrir completamente a superfície
pintada, com o menor nº de demãos.
• Rendimento: terá maior rendimento a tinta que cobrir a maior área por
galão, com igual poder de cobertura.
• Estabilidade: deve apresentar estabilidade durante o armazenamento; ao
abrir uma lata de tinta pela primeira vez, esta não deve apresentar excesso
de sedimentação, coagulação, separação, formação de nata, que não possa
homogeneizar com uma simples agitação manual.
• Propriedades de Resistência (Durabilidade): Capacidade da tinta em
permanecer por longo tempo igual ao seu aspecto inicial de aplicação,
resistindo à ação de chuva, raios solares, maresia, etc.
4. • Lavabilidade: capacidade de uma tinta resistir à limpeza com agentes
químicos de uso doméstico, por exemplo: sabão, detergente, amoníaco, etc.
• Transferência: capacidade de uma tinta no momento da aplicação, passar
do rolo à parede sem esforço, além de não respingar.
• Cheiro: característica de uma tinta para que seu odor não atrapalhe o
aplicador, e após a aplicação desapareça do ambiente no menor tempo
possível.
5. Conforme a superfície ou substrato a ser pintado, as tintas desempenham
funções específicas, tais como: proteção, acabamento, decoração, distribuição
de luz, sanidade, etc.
Sobre alvenaria e revestimento: externamente a pintura deve evitar o
esfarelamento do material e a absorção da água de chuva, impedindo assim o
desenvolvimento do mofo dentro do edifício. Internamente ela ajuda na
distribuição da luz e facilita a limpeza, além de proporcionar um aspecto
agradável ao ambiente.
Sobre madeira: além de contribuir para um efeito decorativo, a pintura
deve evitar. Absorção de água e de umidade, que causam rachaduras e
apodrecimento;
6. Sobre ferro: a pintura deve evitar a corrosão de acordo com a escolha da
tinta adequada.
Sobre metais galvanizados: a pintura aplicada deverá prolongar a vida
útil desta proteção otimizando a galvanização.
Superfície PVC: neste tipo de superfície a pintura não tem a finalidade
específica de proteção, mais sim de decoração ou sinalização de gases
líquidos específicos, visando oferecer mais segurança em laboratórios,
prédios, empresas, etc.
7. As recomendações de SELMO (2002) para os substratos revestidos em
argamassa, foram adaptadas para atender às exigências dos sistemas de
pintura, conforme segue.
•Aderência à base
A aderência é uma das principais propriedades da argamassa, por ser
inerente às funções estéticas e de proteção atribuída aos revestimentos.
A resistência de aderência dos revestimentos é medida através de
ensaios de arrancamento à tração, previstos na NBR 13.528/95 –
Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Determinação
da resistência de aderência à tração. A aderência à base pode ser controlada de
acordo com os critérios da NBR 13.749/96 – Revestimento de paredes e tetos
de argamassas inorgânicas – Especificação.
8. • Resistência à fissuração
Esse requisito é importante para evitar o comprometimento da função
estética e da estanqueidade.
• Resistência mecânica
Realizada por meio dos ensaios de tração na flexão ou compressão de
corpos-de-prova de argamassa, conforme método normalizado pela NBR
13.279/05 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e
tetos - Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão.
• Acabamento superficial da base em argamassa a ser pintada
São as características específicas exigíveis dos revestimentos em argamassa,
associadas à textura da superfície a serem pintadas, relacionadas com a
porosidade, rugosidade, cor, planeza, nivelamento, prumo, por razões
estéticas e por questões de compatibilidade com o acabamento final
desejado.
9. • Permeabilidade à água
Das especificações das normas nacionais, existem exigências adicionais
quanto à permeabilidade, conforme NBR 13.749/96 – Revestimento de
paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação, apenas para:
o Revestimentos sem pintura: a norma exige que os mesmos tenham
propriedade hidrofugante. Quando não se utilizar argamassa hidrofugante,
deve ser executada pintura específica para este fim, segundo a norma NBR
13.749, item 5.1.
o Revestimentos enterrados ou em contato com o solo: a norma exige
que tenham propriedade impermeabilizante (devem apresentar
estanqueidade à água na forma líquida ou vapor).
• Permeabilidade ao vapor de água
Essa propriedade possibilita a secagem de eventual penetração de água nas
argamassas, além de minimizar os efeitos da umidade de condensação de
vapor gerada no ambiente.
10. •
•
•
•
Óculos de proteção;
Luvas de borracha;
Panos de limpeza: depois de lixar a superfície, retire totalmente a poeira.
Extensor de rolo para pintura em áreas altas: utilize um cabo de
tamanho adequado para que fique confortável e alcance todos os pontos da
área a ser pintada.
• Lona plástica ou qualquer cobertura: para proteger móveis e piso.
Escada: para alcançar os pontos mais altos.
11. •
•
•
•
•
Misturador de tinta: evite os metálicos Garfo para Rolo.
Pincel / Trincha: aplicação de esmaltes, tintas, vernizes e complementos.
Rolo de lã para epóxi: aplicação de tintas à base de resina epóxi.
Rolo de espuma rígida: aplicação de acabamentos texturizados.
Desempenadeira de aço: aplicação de massa corrida e massa acrílica em
grandes superfícies.
• Bandeja ou caçamba: apoio ao rolo de pintura, facilitando sua molhagem
e, assim, a aplicação do produto.
• Lixa: é usada para aumentar a aderência do produto e uniformizar a
superfície.
12. • Rolo de lã de carneiro: aplicação de tintas à base d'água, látex PVA,
vinil-acrílicas e acrílica.
• Rolo de espuma: aplicação de tintas a óleo, esmaltes sintéticos, vernizes e
complementos.
• Espátula: remoção de tintas velhas e aplicação de massa. São vários os
tipos e tamanhos.
• Desempenadeira de plástico: aplicação de massa corrida, massa acrílica
e textura.
• Pistola: aplicação de esmaltes, vernizes e tintas a óleo. A mais utilizada é a
de pressão.
• Air less: aplicação de qualquer tipo de tinta látex (PVA ou acrílica),
esmaltes, vernizes e tinta a óleo em ambientes internos e externos.
13. • Cal - É muito barata e de fácil aplicação, mas não é lavável, usada em muros
e exteriores tem um acabamento muito ruim.
• Tinta a Óleo - Fosco ou brilhante, lavável, de excelente acabamento, muito
durável e serve tanto para o interior quanto exterior. São aplicadas,
geralmente, para proteger a madeira e o ferro.
• Tinta Esmalte - A esmalte comum ou sintética é usada quando se quer um
acabamento de qualidade. São especialmente indicadas para madeiras,
metais e azulejos.
• Epóxi - Resistente à chuva, sol e não se deixa atacar facilmente por produtos
químicos. Estas tintas são muito utilizadas para pintura em locais sujeitos à
ação de produtos químicos agressivos.
14. • Verniz - É um protetor, transparente de várias tonalidades muito usado
em madeira. Com acabamento fosco, acetinado ou brilhante.
• Acrílica - Tinta de alto padrão pelo acabamento. Não ter odor, seca
rapidamente, não amarela com o tempo e são de fácil utilização.
• Látex ou PVA - Tinta à base de água indicada essencialmente para
interiores. É uma opção mais econômica. Indicado para reboco,
fibrocimento, gesso e sobre superfícies com massa corrida.
• Tinta de borracha clorada: Baseadas em resinas de borracha clorada.
Possuem elevada resistência à alcalinidade. São aplicadas com frequência
sobre paredes de pedra e cimento, principalmente em pinturas exteriores e
de piscinas.
15. A preparação das superfícies tem por objetivo deixa-las nas melhores
condições possíveis para receber a tinta. A superfície bem preparada deve ser
limpa, seca, lisa e geralmente plana. Quanto à limpeza, deve a superfície estar
isenta de graxas, óleos, ceras, resinas não secativas, sais solúveis, ferrugem e
poeiras.
A superfície deve estar também absolutamente seca, e ser lisa. A
porosidade, quando muito exagerado, deve ser corrigida. Ondulações na
superfície devem sofrer reparos, a fim de, quando for o caso, deixa-las plana.
Assim, as superfícies de madeira devem ser preparadas pelo emprego
de lixas, cada vez mais finas, até obter-se superfícies planas e lisas. As
superfícies de alvenaria devem ser preparadas com reboco grosso, seguido de
reboco fino e desempeno feltrado.
Quanto às superfícies metálicas, a preparação se faz principalmente
atendendo ao desengraxe e à eliminação de ferrugem.
16. ◊ Metais Ferrosos (Novos, com Ferrugem e Repintura): lixar bem,
removendo todos os pontos de corrosão, após, limpar com estopa
umedecida em solventes.
◊ Madeiras Novas: aplicar uma demão do Fundo selador e após secar, lixar
as farpas e limpar vestígios com estopa umedecida em solvente.
◊ Repintura: retirar tinta solta e fazer limpeza com estopa umedecida em
solventes.
◊ Alumínios Novos: aplicar o Promotor de Aderência.
◊ Repintura: remover a tinta velha e mal aderida, após limpar os vestígios
com estopa umedecida em Solvente.
◊ Galvanizados: aplicar um Promotor de Aderência.
17. Antes e durante a aplicação da pintura
Sedimentação: A parte sólida da tinta se acumula no fundo da embalagem
devido a um longo tempo de armazenamento.
Secagem retardada: Pode ser causada pelo ambiente úmido ou de
temperatura muito baixa impedindo que o solvente evapore.
Cobertura insuficiente: A diluição excessiva da tinta torna a espessura do
filme inferior a ideal.
Escorrimento: Diluição excessiva e utilização
especificados são razões para que a tinta escorra.
de
solventes
não
18. Dificuldades de aplicação: A tinta pode ser tornar “pesada” na aplicação
se não for diluída suficientemente.
Falta de alastramento: A tinta não se espalha ao longo da superfície.
Pode ser decorrente de uma diluição insuficiente ou da aplicação de
camadas muito finas.
Formação de espuma em madeira: Ocorre quando a pintura é feita em
superfície demasiadamente úmida.
19. ∆ Sedimentação: Isso é corrigido homogeneizando-se a tinta
convenientemente, com espátula adequada. Não utilize chave de fenda ou
qualquer objeto arredondado.
∆ Secagem retardada: Por esse razão deve-se evitar a pintura em dias
chuvosos ou muito frios (abaixo de 10º C).
∆ Cobertura insuficiente: Para corrigir, adicionar tinta não diluída. A não
homogeneização adequada da tinta na embalagem também pode causar
uma cobertura deficiente na aplicação, já que os pigmentos tendem a
assentar.
20. ∆ Escorrimento: Evitar diluição excessiva e utilização de solventes não
especificados.
∆ Dificuldades de aplicação: Diluir a tinta de forma certa para não ficar
“pesada”.
∆ Falta de alastramento: Diluir a tinta suficiente e aplicar corretamente as
camadas (nem muito finas, nem muito grossas).
∆ Formação de espuma em madeira: Pintar com a superfície seca.
21. Na escolha das cores para os ambientes, o mais importante é que elas sejam
escolhidas baseadas nas características das pessoas que irão viver neles.
Questionamentos a fazer para a escolha da cor:
- A que se destina o espaço a ser pintado?
- O ambiente é largo e curto ou estreito e longo?
- Qual quantidade de luz natural este ambiente recebe?
- Você quer um ambiente quente ou frio?
- Quais os acabamentos utilizados nos pisos, forros, paredes, etc?
- Você procura por um ambiente que transmita vivacidades e estímulo, ou
calma e tranquilidade?
- O teto é alto ou baixo? Claro ou escuro?
- O piso é claro ou escuro?
- Você quer ampliar este ambiente ou fazer com que ele pareça menor?
22. Banheiros: devemos evitar o preto, exceto ser em
pequenos detalhes. Se optarmos por cores escuras,
podemos colocar plantas ou detalhes claros para
amenizar e dar vida. Como: Rosa, Pêssego, Amarelo
ou Azul.
Cozinha: é um dos lugares mais importantes da casa.
É onde a família se reúne para comer, conversar,
comemorar e por isso devemos fazer dela um
ambiente que propicie descontração e convívio como o
uso de cores alegres e criativas. Rosa e Pêssego,
Vermelha e Verde Oliva, Azul, Amarelo-forte.
Hall e Corredores: o hall é o primeiro lugar por
onde passamos ao entrarmos numa casa. Nos dá as
boas vindas e transmite um pouco do modo de vida
dos donos da casa. A cor é uma linguagem que diz
muito a respeito de nossa personalidade e estilo,
portanto devemos usar uma cor que combine com o
nosso jeito de ser e viver. Como amarelo, verde-maçã,
rosa, azul e etc.
23. Quartos: a cor deve ser fria e relaxante, pois propicia o
descanso antes de dormir. As cores com tonalidades
mais frias ajudam a esfriar as atividades celulares do
cérebro, reduzindo assim, a atividade mental. Como:
Azul-hortênsia e Verde-pálido.
Quarto Infantil: abusar dos tons pastéis e usar cores
mais fortes somente em desenhos, meia parede ou nos
armários. O teto pintado de azul claro ajudaria a criança
a ter um sono mais repousante.
Sala de Estar: a sala de estar deve ter vários padrões
diferentes. Como é um lugar onde se recebe visitas, o
ideal é que tenha vários estímulos visuais para manter a
atmosfera. Pode-se usar o amarelo, laranja, vermelho
com o verde e azul como complemento.
24. Sala de Jantar: Neste ambiente podemos criar
atmosferas diferentes com o uso das cores. Como:
Amarelo, Azul Vermelho, Laranjas pálidos.
Ambientes Comerciais: Magenta: Cor muito
animadora. É viva e dramática e estimula as pessoas a
tomarem decisões. Deve ser usada, pelo menos nos
detalhes, em empreendimentos comerciais.
Lanchonetes: Laranjas nos tons mais pálidos desta cor
estimulam a comunicação das pessoas, bem como a
descoberta e o desenvolvimento da criatividade. É uma
cor de grande vitalidade.
25. Teatros, Restaurantes, Bares e Cassinos: Locais como teatros,
restaurantes, bares e cassinos podem ser deliberadamente decorados com
vermelho, pois esta cor estimula o apetite e nos faz perder a noção do tempo.