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Portrait of my heart – Patricia Cabot
                                  (Retrato do meu coração)
                              Seqüência de “A Rosa do Inverno”




Créditos: comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot” http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?
                                            cmm=23073194
Agradecimentos

Meu muito obrigado a Shehira Davezac, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de
Indiana, que me ajudou dando informações sobre a historia da arte que há neste livro.
Também quero agradecer a minha amiga Jennifer Brown, por ler cada palavra; a Jennifer Weis,
minha editora da St. Martin's Press, e mais especialmente a minha agente, Laura Langlie.




                         Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
Primeira parte

Capítulo 1

Yorkshire, maio de 1871

—Diga-me que não é verdade. —rosnou Edward Rawlings, afundando a cabeça entre as mãos
— De Oxford, não, Jeremy.

O jovem ficou olhando para seu tio com preocupação do outro lado da mesa da taberna. Se
perguntou se devia chamar a garçonete e pedir-lhe um copo de algo mais forte que cerveja;
Edward parecia precisar de um gole de uísque. No entanto, ainda era cedo, e estavam no Goat
and Anvil, uma cantina a poucos quilômetros da mansão de Rawlings, e as pessoas
seguramente desaprovariam se o Duque de Rawlings e seu tio tomassem uísque antes do
meio-dia.

—Também não é para tanto, tio Edward. —respondeu com tom despreocupado— Não vai me
dizer que você já não esperava. Afinal, já tive a honra de ser expulso de Eton e Harrow; não
queria negar-lhe o privilégio a tua alma mater.

Edward não riu; embora, na realidade, o rapaz não esperava que o fizesse. Se pôs a observar,
pensativo, a cabeça inclinada do tio. O havia visto pela última vez no Natal, há seis meses, e lhe
parecia que tinha agora a têmpora mais grisalha. Jeremy não acreditava ser tão importante
para supor que era o único culpado por essa mudança; já que, seu tio era um dos cavalheiros
mais influentes da Câmara do Lordes e, em uma posição de tamanha autoridade, era
compreensível que tivesse alguns fios brancos, que inclusive eram essenciais para reafirmar a
posição de um homem a quem, com pouco mais de quarenta anos, os pares* mais
conservadores podiam considerar jovem demais. No entanto, o duque não gostava de
acrescentar mais preocupações as já causativas responsabilidades de seu tio.
*pares: título de nobreza

—Expulso de Oxford — resmungou Edward enquanto sugava a espuma que derramava da
jarra de cerveja.

Desde que Jeremy tinha deixado escapar casualmente a razão de sua súbita reaparição em
Yorkshire, seu tio não parava de repetir essa mesma frase, e o jovem estava começando a se
arrepender de tê-lo contado.


Se dava conta, quando já era tarde, de que deveria ter esperado para anunciá-la durante o
jantar na mansão, na presença de sua tia Pegeen. Ainda que não houvesse ninguém no mundo
a quem detestasse mais decepcionar, ao menos ela, diferentemente de seu esposo, nunca
perdia a esperança diante das muitas e variadas desgraças de seu sobrinho. Pelo fato de lhe
terem expulsado de Oxford, Pegeen sequer levantaria uma sobrancelha. No entanto, quando
soubesse a verdadeira razão de sua expulsão… isso sim a afligiria e, por isso, antes de voltar
para casa, o rapaz havia decidido contar a seu tio.

—Maldito seja! —exclamou Edward, levantando finalmente a cabeça para olhar seu sobrinho



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nos olhos, do mesmo tom cinza claro que os seus— Por que tinha que matá-lo, Jerry? Não
podia simplesmente feri-lo?

— Quando um homem assegura que tem intenção de lutar contigo até a morte, se considera
mais sensato despachá-lo para sempre, se possível.—respondeu Jeremy com certo azedume—
Se só o tivesse ferido, quando se recuperasse viria atrás de mim. Não posso passar minha vida
vigiando se há algum louco assassino nas minhas costas.

—E você diz que nunca tocou na menina? —perguntou Edward balançando a cabeça.

Pela primeira vez, Jeremy pareceu incomodado. O garoto havia crescido até alcançar a mesma
altura e corpulência do tio, que, com seu metro e oitenta de altura, se destacava por cima da
maioria dos homens. Por essa razão, os estreitos bancos do Goat and Anvil se mostravam
pequenos, e era preciso colocar os cotovelos sobre a mesa para poder respirar. Entretanto,
naquele momento essa não era a razão de seu incômodo.

—Bem —disse lentamente— Eu nunca disse que não a havia tocado…

—Jeremy —murmurou seu tio com ameaçadora desaprovação.

—Mas te asseguro que nunca tive intenção de me casar com ela. E esse é o problema.

—Jeremy —repetiu Edward com a voz grave que o jovem sabia que utilizava em suas
intervenções no parlamento e para disciplinar seus filhos— Por acaso não te expliquei mil
vezes que há mulheres com as quais um homem pode… se divertir sem que esperem que se
case com elas, e outras com as quais é melhor não se relacionar a menos que suas intenções
sejam…?

— Eu sei —respondeu Jeremy rapidamente. Queria interromper um sermão que sabia de cor,
pois o havia escutado ao menos duas vezes ao mês desde que começou a barbear-se. — E
posso te assegurar que, com os anos, aprendi a diferença. Mas a esta jovem em particular me
apresentaram de propósito, agora entendo, e a pesar de não poder imaginar algo tão sórdido,
foi seu próprio irmão, e o fez de tal modo que qualquer homem teria acreditado que era mais
que uma grosseria não se dispor a vontade. Te asseguro que a menina aceitou o Pinheiro de
imediato. Mas depois, quando o mal estava feito, esse Pierce veio a mim gritando,
escandalizado que eu houvesse manchado a honra de sua irmã. —Jeremy estremeceu ao
recordar— Insistiu que eu devia me casar com aquela desavergonhada ou me entender com a
ponta de sua espada. É surpreendente que depois ele ergueu a espada? —O jovem levantou a
caneca e tomou um gole de cerveja— Pierce teve azar ao erguer a espada— acrescentou,
assombrado— Creio que ele teria se dado melhor com as pistolas.

—Jeremy… —Edward, que nos onze anos desde que o conhecera havia se tornado mais magro
e atraente ao ter abandonado a vida desregrada, adotou uma expressão severa— Você está
consciente de que cometeu assassinato, não está?




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—Oh, vamos, tio Edward. —o censurou— Foi uma luta justa, inclusive seu próprio padrinho o
disse. Além do mais, devo admitir que apontei para o braço, e não para o coração, mas o
estúpido tentou fazer uma ameaça, e o seguinte que me lembro é que…

—Não aprovo os duelos. —o interrompeu seu tio com tom imperioso — Tentei deixar-lhe bem
claro da última vez que ocorreu. E me lembro perfeitamente de haver te dito que, se queria
lutar, o fizesse no Continente, por Deus santo! Fazer parte da aristocracia não te coloca acima
da lei, e você sabe. Assim, agora não te resta outro remédio a não ser sair do país.

—Eu sei. —respondeu Jeremy revirando os olhos. Aquele sermão também já havia ouvido
dezenas de vezes.

Edward não percebeu o tom de voz cansado de seu sobrinho.

—Suponho que a vila de Portofino será o melhor lugar, ainda que acredite que neste momento
o apartamento de Paris também está desocupado. Como você preferir. Suponho que seis
meses será suficiente. Tem sorte de a universidade não ter tido provas suficientes para
interpor uma ação judicial, pois…

—Sim —o interrompeu o jovem com uma piscadela,—pois agora mesmo estaria atrás das
grades, ao invés de estar desfrutando de um copo de cerveja com meu querido tio Ed.

—Agradeceria se não brincasse sobre isso —lhe repreendeu Edward com severidade—. Você é
um duque, Jerry, e esse fato lhe confere tantos privilégios como responsabilidades, e uma
delas é que deverias tentar não matar os demais cidadãos.
Então foi Jeremy quem se aborreceu. Depois de pousar ruidosamente a jarra de cerveja,
golpeou com força o centro da mesa com o punho tão fechado que os nós dos seus dedos
estavam brancos.
—Por acaso pensa que eu não sei? —explodiu com um tom de voz bastante baixo para não
chamar a atenção dos demais clientes da taberna—. Não lembra que o senhor vem metendo
isso na minha cabeça durante toda a última década? Desde o dia em que o senhor apareceu na
porta de Applesby e informou a Pegeen de que eu era o herdeiro do ducado de Rawlings não
tenho ouvido outra coisa que não seja “Não pode fazer isso, Jerry, lembre-se de que é um
duque”, “Tem que fazer de outro modo, Jerry, pois é duque”. Por Santo Deus, o senhor tem
idéia de que estou farto de que me digam o que devo e o que não devo fazer?
Edward pestanejou, surpreendido diante daquele súbito arrebatamento de cólera.
—Não… mas tenho a impressão de vai me dizer.
—Eu nunca quis ir para outro colégio —continuou o jovem com amargura—. Preferia ter ficado
na escola da vila, aqui, em Rawlingsgate. Mas ainda assim, fui enviado a Eton, e quando me
expulsaram, subornaste os de Harrow, e depois os de Winchester, e logo decidiu que eu
deveria passar os anos seguintes da minha vida na universidade. Eu não tinha nenhum
interesse de ir para Oxford, e o senhor sabia disso, mas continuou insistindo embora soubesse
que manejo muito melhor a espada do que a pena de um tinteiro. Então, agora não fique
surpreso por terem me expulsado de Oxford só por que bati em um colega.
—A quem admites ter assassinado —recapitulou o tio.



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—É claro que eu o matei! —Jeremy levantou as mãos com as palmas viradas para cima, num
gesto de impotência—. Pierce era um canalha parasita, e não sou a única pessoa que se alegra
de que ele esteja morto, mas eu não senti mais satisfação acabando com ele do que teria
sentido esmagando um mosquito. E o senhor ainda tem a ousadia de me acusar de brincar
sobre isso. O que quer que eu faça? Até agora, toda a minha vida não tem sido mais do que
isso, uma brincadeira. Não é verdade? —O jovem olhou seu tio do outro lado da mesa—.
Então, não foi sempre assim?
Edward, cujas feições eram tão finamente talhadas e atraentes quanto as de seu sobrinho,
esboçou uma careta cínica.
—Ah, sim —respondeu com sarcasmo—. Sua existência tem sido verdadeiramente trágica.
Nunca recebeu o amor nem carinho de ninguém. Sua tia Pegeen não sacrificou nada por você
durante todos esses anos que cuidou de ti sem ter a mais remota idéia de que serias herdeiro
de um ducado. Nunca se privou de comer para se assegurar de que você desfrutaria de um
bom desjejum …
—Não meta Pegeen nisso —interrompeu Jeremy de imediato—. Não estou falando dela, mas
sim de como, depois de nos trazer a Rawlings e se casar com ela, o senhor…
Pela primeira vez desde que lhe havia sabido da expulsão, Edward parecia se divertir.
—Se o fato de eu ter me casado com sua tia lhe incomoda, Jerry, temo que seja um pouco
tarde para remediar. Não esqueça de que você já tem quatro primos. Seria difícil convencer o
arcebispo anular a nossa união.
O jovem nem riu.
—Veja bem, tio Edward —disse—. Reformularei a pergunta. Por que o senhor investiu tanto
tempo e dinheiro para me encontrar há onze anos atrás, quando poderia ter dito a todo
mundo que seu irmão mais velho não teve herdeiros, de forma que pudesse o senhor mesmo
ficar com o título?
—Porque isso não seria honesto —respondeu o tio, perplexo—. Eu sabia que John havia tido
um filho antes de morrer, e era justo que essa criança herdasse o título de seu pai.

—Não foi isso que o sir Arthur me contou —respondeu Jeremy negando com a cabeça—. Ele
me disse que o senhor não queria carregar a responsabilidade de ser duque, e que faria
qualquer coisa para evitar herdar o título.
—Bem —respondeu Edward, dando de ombros, incomodado a pesar do impecável caimento
do paletó—. Essa não foi a única razão mas não deixa de ser verdade.
—Pois bem, como acha que me sinto? —inquiriu o jovem—. Eu também não queria!
—E por que não, eu posso saber? —perguntou subindo o tom da voz—. Por acaso não possui
uma das maiores fortunas da Inglaterra? Não tens os melhores cavalos? Não és o proprietário
de uma casa em Londres, de uma das maiores mansões de Yorkshire, de um apartamento em
Paris e de uma vila italiana? Tens mais de setecentos criados, o melhor alfaiate da Europa e um
lugar na Câmara dos Lordes que, agora que alcançaste a maioridade, lhe cederei com muito
gosto. Gozas de todos os privilégios, de todas as prerrogativas que alguém de sua posição
merece…
—Menos a liberdade para fazer o que desejo —interrompeu seu sobrinho com a voz baixa.
—Ah, sim, muito bem —disse de novo Edward com sarcasmo—. Tenho que reconhecer de que
é um preço alto. Mas o que deseja exatamente, Jerry? Quero dizer, fora se deitar com a
mulherada e matar as pessoas.



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Foi uma sorte para o jovem que, nesse mesmo instante, a garçonete se aproximou da mesa,
pois do contrário, talvez tivesse cometido outro homicídio.
—Posso lhe trazer algo, excelência? —Rosalinda, cujas bochechas e a boca rosada faziam
justiça ao seu nome, sorriu com graça para os dois cavalheiros enquanto se inclinava para
limpar a mesa com um pano úmido, oferecendo a Jeremy uma generosa vista do precioso vale
entre seios generosos—. Outra jarra de cerveja, pode ser?
—Não, obrigado, Rosalinda —respondeu o duque fazendo um esforço para desviar o olhar
para o rosto dela—. E o senhor, tio?

O jovem se deu conta, com desgosto, que se tio nem se apercebeu do modo como havia se
aberto o corpete da moça. Pelo que ele sabia, seu tio jamais havia olhado para outra mulher
que não fosse sua esposa.
—Como vai seu pai, Rosalinda? —perguntou Edward educadamente—. Ouvi dizer que ele não
estava muito bem.
—Ah, já está muito melhor. Obrigada, senhor. Ele tomou o tônico que nos mandou sua esposa
e se recuperou em seguida. —Rosalinda conseguiu responder co cortesia a pergunta sem
afastar seu olhar de Jeremy, quem, sentindo-se incapaz de desviar o olhar do decote dela,
havia virado a cabeça para a janela—. Vai ficar mais tempo por aqui, excelência, ou vai voltar
logo para seu estudos?
—Não tenho certeza —respondeu o jovem—. Suponho que ficarei pelo menos uns dias…
Como evitava a todo custo olhar a garçonete, o jovem não viu que ela sorria, nem capturou o
fulgor naqueles olhos azuis.
—Oh, me alegro muito. E certamente a senhorita Maggie também ficará muito contente.
Outro dia mesmo eu a encontrei no mercado, e quando a perguntei quando voltaria a ver sua
excelência, me respondeu que não sabia, mas que havia passado tanto tempo desde a última
vez que se encontraram que nem se reconheceriam.
Jeremy se limitou a assentir educadamente com a cabeça como resposta, mas, ao que parece,
foi suficiente para que Rosalinda se retirasse como se lhe tivesse crescido asas. Quando a
jovem estava longe o bastante para que não os ouvisse, o jovem afastou o olhar do cavalo em
que fixou seu olhar durante todo o tempo em que a garçonete esteve falando e se virou para
encarar o tio.
—Está vendo? —perguntou—. Entende agora do que me refiro? Nem sequer posso estar
tranqüilo na taberna da vila. Onde quer que eu vá, tenho que impor limites às pessoas que tem
interesse em mim.

—Não creio que Rosalinda Murphy tem interesse em ti, Jerry —replicou Edward com
serenidade—. Me pareceu que ela só estava interessada no seu bem-estar.
—Não se interessa por meu bem-estar —corrigiu o jovem—, mas sim por meu dinheiro.
—Ou por tua pessoa —emendou seu tio com uma gargalhada—. A jovem é bastante prendada,
que há de mal nisso?

Jeremy respondeu com impaciência.
- Mas não me desejam! – insistiu – Só o meu dinheiro, e esse maldito título! Todas as mulheres
que conheço, no preciso instante em que sabem que sou duque, não param de repetir “ sua
excelência isso” e “ sua excelência aquilo”, e só pensam no dia em que podem colocar em seu
nome o título de duquesa de Rawlings. Eu vejo em seus olhos; se imaginam com a tiara no


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cabelo e uma pele sobre os ombros.
O que vê em seus olhos, Jerry, é desejo, mas não pelo título – respondeu o cavalheiro
tentando, sem conseguir, conter um sorriso - . Olhe você mesmo. Talvez, na verdade, te
considerem o garoto mirrado que era aos dez anos, mas Rosalinda vê alguém totalmente
diferente. Ela vê um jovem alto e robusto, com o cabelo escuro e os olhos claros, com uns
dentes bonitos...
- Duvido que Rosalinda Murphy tenha observado em algum momento meus dentes –
murmurou o jovem, tentando dissimular a vergonha que lhe provocava as palavras de seu tio.
- Talvez não – riu –. Mas segue sendo um homem bonito, e não podes achar que as mulheres
não te observem. E quando façam, não deveria depreciar essas atenções por acreditar ser
fruto de interesse material.
- Desde cedo ser duque não me facilita as coisas – sussurrou Jeremy incômodo, roçando com
os lábios a espuma da cerveja –. Por Deus, mas se nem posso escolher a pessoa com quem
quero me casar! Tem que ser uma mulher que saiba se comportar como uma duquesa.
- Certo. Mas isso não significa que não podes encontrar a felicidade com uma mulher que além
disso seja uma duquesa perfeita. – E, pensativamente, levantou a jarra -, No fim das contas eu
consegui.
- É uma pena que meu pai não fosse tão sensato – comentou o jovem com amargura –, De
duas irmãs, escolheu a que no final fez com que o matassem.
Surpreendido e incomodado, Edward pigarreou com a garganta e deixou a jarra na mesa.

- Sim, em fim. No entanto, creio que quando John conheceu a sua irmã, Pegeen só tinha dez
anos, assim não estava disponível. Prontamente, como se tivesse lembrado de algo, inclinou-se
para frente e, em um tom de voz totalmente distinto, acrescentou -, Por certo, Jerry, não diga
à sua tia por quê foi expulso desta vez.
- Não ia fazê-lo – replicou o jovem com frieza -. A última coisa que quero é que tia Pegeen
saiba. No entanto, estou seguro de que acabará sabendo de todo modo. Inclusive é possível
que saia nos jornais.
- Desde cedo – respondeu seu tio assentindo brevemente com a cabeça-. Mas não é o mesmo
que se você confessasse. Essa seria a única maneira para Pegeen crer que cometeu um
assassinato.
- Tem razão, - continuou Jeremy com um sorriso tão cínico como o de seu tio momentos antes.
Como eu iria fazer algo assim, um garotinho que chorou durante horas depois de sua primeira
caçada porque sentia pena pela raposa.
- Tampouco choraste tanto – replicou Edward se remexendo no assento, ao recordar aquele
infeliz dia-. Mas tem razão. É difícil conciliar o que eras então com o que é agora.
- E o que sou agora? – Perguntou Jeremy, com a mesma expressão sarcástica no rosto.
- Você saberá – respondeu seu tio antes de tomar outro gole de cerveja. Depois perguntou-.
Que tipo de homem quer ser?
-O que seja, menos duque – disse sem pensar duas vezes.
Mas isso é impossível.
O jovem assentiu, como se esperasse aquela resposta e, sem dizer uma palavras mais, se
levantou.
- Onde vais? – perguntou Edward surpreendido.
- Ao inferno. – respondeu o jovem com indiferença.



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-Ah – assentiu Edward, ficando para trás na mesa. Levantou a jarra de cerveja em direção às
costas de seu sobrinho, como se brindasse solenemente-. Então te esperamos em casa para a
cena.



Capítulo 2



- Oh, Maggie! – exclamou Lady Edward Rawlings depois de retirar o papel de seda que envolvia
um pequeno lenço -. Oh! É magnífico!
De pé atrás da cadeira de Pegeen, Maggie Herbert olhou o quadro e enrugou o nariz com
ceticismo. “Há muito verde – pensou -. Sim, o fundo tem um tom excessivamente verde.”
Enquanto examinava a pintura, uma pétala branca caiu dos ramos que se estendiam por suas
cabeças e, depois de descrever uma espiral, pousou sobre a pintura. A garota pensou que
aquilo melhorava sua obra, mas a dama o retirou em seguida.
- Estou impaciente para mostrá-lo ao meu esposo – adicionou com a vista fixa no quadro -. Vai
encantá-lo. Nenhum dos retratos que temos mandado fazer das crianças os reproduz com
tanta fidelidade...
- Sério? – perguntou a garota com um toque de incredulidade na voz. Inclinou os olhos até ver
confusa a imagem do lenço, mas só conseguiu ver a série de formas e cores que havia pintado
no dia anterior, e não o detalhado retrato que Lady Edward descrevia. Além de que, havia
muito verde.
-Oh sim! – Lhe assegurou -. É como se tivesse conseguido capturar suas jovens almas.
-Oh, não, por favor! – riu Maggie -. Se realmente tivesse conseguido, Lizzie seria
completamente distinta. Assim com está, tem uma expressão muito doce.

- A que você se refere com “demasiado doce”? – Pegeen alcançou a pintura, que media pouco
mais de quinze centímetros de lado, e a manteve no alto com os braços estendidos. Estava tão
emocionada pelo retrato que parecia incapaz de apartar a visão dele -. Lizzie tem um aspecto
adorável, e John também. Oh, e olhe a pose de Mary. E o queixo de Alistair. Você os
reproduziu maravilhosamente! Eu ouvi alguns dizendo que o queixo de Alistair lhe dava a
aparência de teimoso, mas só é firmeza.
Maggie voltou-se para sua mãe, sentada em uma cadeira de jardim de ferro forjado frente a
Pegeen, e trocaram um olhar de cumplicidade. Todos os filhos dos Rawlings tinham um queixo
proeminente, com se, de um modo inconsciente, imitaram a expressão de teimosia de sua
mãe em seus momentos de maior intransigência, e o fato de que a dama se nega a
reconhecer-lo era motivo de zombaria entre seus amigos e vizinhos.
- Oh – suspirou Pegeen, ainda embelezada -. É precioso. Não sei como consegues.
- Eu tampouco – interveio Lady Herbert enquanto se inclinava para servir outra xícara de chá
do jogo de prata colocado na mesinha de centro instalada entre ambas as damas.

Pegeen estava grávida, não tão avançada como a irmã maior de Maggie, Anne, que sentada
em frente a sua mãe sustentava a xícara de chá sobre a volumosa barriga. Por causa do estado
da anfitriã, Lady Herbert havia assumido este papel, mesmo que, de fato, ela e suas filhas eram
convidadas de Pegeen na mansão em que sir Arthur, o pai de Maggie, trabalhava como



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administrador das propriedades do jovem duque. Os Herbert passavam tanto tempo em
Rawlings que Maggie havia chegado a considerar um segundo lar, e tendia a comportar-se
como se fosse. Esta conduta desgostava a recatada Anne, especialmente quando via a sua irmã
menor deslizar-se pelos corrimões, algo que fazia muito desde o ano anterior.
-Desde cedo, não é um talento que foi herdado por mim – afirmou Lady Herbert enquanto
removia o açúcar que acabou de depositar em sua xícara de chá -. Deve ter vindo por parte de
pai.
- De papai? – Anne pareceu incomodada, algo que ocorria sempre que se mencionava o
talento artístico de sua irmã menor -. Nunca. Ninguém da família do papai pegou uma só vez
em um pincel na vida. Por Deus, mamãe. Como podes sugerir uma coisa assim?
Maggie voltou sua atenção ao pequeno retrato que acabou de presentear e meneou a cabeça.
- Não, o sorriso de Lizzie não está bem – murmurou para si mesma -. Nem de longe consegue
ser tão travessa.

Infelizmente a mãe de Lizzie ouviu
- Travessa? - disse Pegeen pressionando o pano contra o seu peito , como se estivesse com
medo que a menina poderia estender a mão para fazer essas mudanças. - Tolice , minha filha
não é nem um pouco travessa , mas é um anjo , todos os meus filhos são! - uma vez que a
menina não tinha a intenção de exigir o dom (? , a mulher jogou um olhar sobre o retrato e
voltou a se alienar novamente em louvor - Oh Anne , veja como pintou os olhos de John! Tinha
visto algo tão incrível?
A filha caçula de Herbert , que ainda não parecia convencida , desviou seu olhar do quadro
para o jardim ,onde os filhos que Pegeen insistia em chamar de 'anjos' se dedicavam a destruir
um canteiro de rosas. Os filhos de Anne colaboravam nessa tarefa , mas eram bastante menos
'revoltados' do que os Rawlings , e tinham quinze garotos da casa Rawlings para órfãos , que
tinham sido convidados por Pegeen para um piquenique no jardim , para celebrar a festa de
primavera em primeiro de maio. Um fugaz relance na filha mais velha de Edward e Pegeen foi
o suficiente para convencer Maggie , que indubitavelmente , tinha pintado uma expressão
muito doce. Elisabeth Rawlings era uma menina linda mas tão teimosa como o pai e a mãe ,
uma característica que foi ilustrada , ao mesmo tempo que jogava uma bola de barro em seu
irmão porque ele se recusou a obedecer suas ordens.
- Por certo Maggie , você conseguiu convencer o seu pai a deixá-la freqüentar uma academia
de arte parisiense da qual eu lhe falei? - indagou Pegeen
- Não - respondeu a jovem sem esconder o ressentimento em sua voz - ele crê que no
momento que sair da Inglaterra me deixarei seduzir e serei levada para o Marrocos , onde
serei vendida como uma escrava para um príncipe Árabe!
- Maggie! - Anne deixou a xícara bater sobre o pires
- Posso saber do que vocês está falando? - exclamou Lady Herbert com a mesma expressão de
espanto que sua filha mais velha , embora com uma voz mais suave. - Seu pai não acredita
nisso!
- Sim ele pensa - respondeu a menina com um suspiro , enquanto se recostava em um tronco
de cerejeira - Papai está consciente de minhas peculiares inclinações carnais.
- Maggie! - exclamou Anne envergonhada , com as bochechas pintadas de um forte carmim -
Quantas vezes tenho que lhe dizer em público que não usam palavras como ... como... - sua
voz se tornou um sussurro - carnal - e dirigindo - se a Pegeen acrescentou no tom de súplica -
Ah! pare de rir Lady Edward , isso só vai incentivá-la a prosseguir!
- Oh! - exclamou Pegeen sobre as lágrimas que escapavam pelos seus olhos verdes - Oh
querida Maggie , é verdade! não pode dizer essas coisas , vai acabar ganhando uma péssima
reputação!
- Entre quem? - questionou a menina enojada - entre os moradores da cidade? duvido que se


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importem que eu use a palavra carnal!
- Não , não se trata deles minha filha - fala suavemente Lady Herbert - mas os jovens
cavalheiros
- Quem está falando? - a menina começou a rasgar pedaços de casca do tronco de cerejeira
com uma vara de ponta afiada que encontrou sobre a erva fresca - os únicos jovens que temos
por aqui são pastores , e duvido que eles saibam muito sobre prazeres carnais!
- Maggie! - Anne parecia a ponto de beliscar a irmã menor , No entanto, a sua barriga
proeminente, não lhe permitem mover com agilidade, e sabia, por experiência que tinha que
ser rápido se quisesse repreender sem receber uma bofetada.- Pelo amor de Deus!
A menina deu de ombros - Bom , é a verdade!
- Sim , mas tem quase dezessete anos querida! - respondeu sua irmão com uma serenidade
forçada - no ano que vem comemorará o seus dezoito anos , e tenho certeza que durante sua
primeira temporada em Londres , os jovens não estarão interessados em suas ... inclinações!
- Na realidade - interveio Pegeen pensativa - creio que eles amariam conhecê-las, mas acho
que não deve espalhar isso aos quatro ventos
- Está vendo? - continua a irmã mais velha - tomemos o caso de Lady Edward , este é o mesmo
que vocês diz , se vocês quer encontrar um marido em Londres , têm que começar a se
comportar como uma dama.
- Mas não quero me comportar como uma dama! - sussurrou a menina encarando um buraco
que estava fazendo no tronco da árvore
se agir como uma dama quer dizer , não fazer nada mais o dia todo além de combinar roupas-
sussurrou enquanto arrancava um bom pedaço da casca da árvore com o bastão - e não fazer
nada mais a noite além de escutar conversas insípidas de barões idiotas!
- O que está fazendo com a árvore? - indagou Lady Herbert - venha , sente-se e largue esse
bastão!
Maggie desceu da árvore , mas não se sentou. Ficou de pé na frente do buraco que tinha feito
- não sei porque se sentiu culpada de ferir uma inocente árvore , mas pensou que era um
melhor ataque a árvore do que a sua irmã mais velha!
- Se não quer se comportar como uma dama Margaret o que quer fazer? - perguntou sua mãe
com humor em sua voz
- Eu te disse mãe - suspirou a menina - Pintar é o que eu quero , e aprender com madame
Bonheur.
Lady Herbert levantou a vista para o céu , mas foi Anne que respondeu.
- Já sabe que é impossível freqüentar a Academia de Arte de Madame Bonheur. - mãe , vocês
tem que ser firme e dizer de uma vez , você não pode permitir que ...
- Mas porquê? - Pegeen perguntou com uma certa impaciência
Maggie não podia deixar de sorrir , Lady Edward parecia estar sempre procurando uma causa
para defender , e naquele dia havia tocado nela.- Porque é impossível? É ridículo não usar os
talentos de sua irmã , é mil vezes melhor que o pintor que Edward chamou ano passado para
me fazer um retrato. Olha as cores do retrato dos meninos! - Pegeen levantou o pano para que
pudessem ver bem o misto de modo que cada um se parece com uma verdadeira jóia. Ela
captou a expressão dos meninos com mais habilidade do que um daguerreótipo.
- Eu concordo plenamente com você - afirmou Lady Herbert com tom cansado , - mas ...
- Eu suponho que Sir Arthur não tenha essa idéia ultrapassada de que educar uma menina é
um desperdício de dinheiro , certo? - indagou Pegeen - Porque se for assim eu vou ser feliz em
dizer quatro coisas para Herbert Park
- Não apenas isso - respondeu Anne severamente - O Papai não aprova mulheres que
trabalham fora de casa, muito menos se o trabalho tem a ver com arte ... Jesus Cristo! A
própria idéia coloca-o à beira de um ataque cardíaco. No entanto, devo dizer que concordo
com ele. É escandaloso que muitas meninas que vão a Londres em busca de uma carreira
como enfermeiras, funcionárias, professoras e sabe Deus o que mais.
Mas acho que elas não têm escolha, porque elas precisam trabalhar para sobreviver. Mas


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Maggie? Ela não precisa trabalhar! Só porque você sente que pretende fazê-lo, e isso é
absolutamente ridículo. Toda a gente sabe que a única ocupação para as mulheres é a
maternidade ...
- Sim querida ... - sua mão a interrompeu com um sorriso condescendente - Todos sabemos a
importância que você dá para ser uma mãe, mas acho que a principal
objeção do seu pai Maggie é que vocês é a mais jovem , e a única que ainda vive conosco. Lady
Herbert sorriu carinhosamente pra sua filha mais jovem que estava olhando para as flores de
cereja que estavam por sobre sua cabeça - Ainda não estamos preparados para deixá-la ir
- Mas tem que fazê-lo - respondeu Pegeen - seu aniversário de 18 é na próxima temporada
A dama deixou sair um curto gemido de dor , enquanto mordia um pedaço da torta
- E conhecendo-a ela irá detestar! - suspirou depois de deixarem o titular na chapa , apoiada
no colo Pegeen não riu.
- Tenho certeza. Uma rapariga como ela...
- Uma menina como ela não vai durar um minuto, em Londres - continuou a menina irritada
por falarem sobre ela como se ela não estivesse lá - grande mundo rapidamente deixado para
trás. As outras meninas riem dela porque ele é muito alta, fala forte , e tem sua unhas
pintadas. E os homens, se eles estão conscientes da sua existência, vão se sentir incomodados
porque ela usa palavras como "carnal" em público.
- Oh não Senhora - disse Lady Edward Claro que não. Você é muito bonita, tem um lindo
cabelo castanho e grandes olhos castanhos. Você está mais bonita que a filha mais velha do
Smythe, e você vai ter um bom casamento.
- O que importa que é bom? - sempre que vocês abre a boca , o quarto começa a esvaziar! Fala
com demasiado descaro.

— Não é bem assim — protestou Pegeen—. Ela só diz o que pensa, sempre foi dessa maneira.
— E, voltando-se para Maggie com um sorriso, acrescentou —. Por isso gosto tanto dela.

—Diz a primeira coisa que lhe vem à cabeça sem pensar nas consequências —continuou Anne,
sem a menor expressão de afeto —. Além do mais, costuma fazê-lo quando ninguém pede sua
opinião.

—Porque é muito honesta. — interveio Lady Herbert, vindo em defesa de sua filha mais nova.

—Mãe, mas não tem o mínimo senso de decoro. Outro dia a encontrei subindo em uma árvore
com a saia do vestido presa no elástico da roupa de baixo.

As três damas se voltaram para Maggie com uma expressão acusadora no olhar.

— Precisava de flores para uma coisa —murmurou, endireitando-se, com toda dignidade que
foi capaz.

—Margaret — sua mãe repreendeu-a —. A verdade é que às vezes você leva as coisas longe
demais. Poderia tê-las pedido ao jardineiro.

—Acho que vou ver o que as crianças estão fazendo. — respondeu a jovem engolindo saliva.

— Melhor assim. — Lady Herbert respondeu com tanta diligência que Maggie logo se deu
conta que queria que se retirasse para falar sobre ela.



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Com um suspiro, ela se afastou da árvore e começou a caminhar em direção ao local do qual
vieram os gritos das crianças.

Foi um dia de maio extraordinariamente quente, a primeira coisa que trouxe a primavera e a
jovem tomou todas as manhãs com certo sentimento de letargia. Ela sabia que parte do seu
torpor era devido ao tédio, uma vez que ela havia concluído o retrato dos filhos dos Rawlings,
agora não tinha nada para fazer, ou de qualquer projeto em perspectiva. Ah, tinha pintura que
a velha dama Ashforth tinha solicitado, mas era de dois gatos, mais isto não a entusiasmara. A
pintar pessoas era muito mais interessante e sempre representou um desafio, tinha que captar
exatamente sua expressão, e obter o máximo da pessoa retratada sem deixá-la ofendida... isso
sim era excitante. Pinturas de gatos eram muito fáceis.

Ao se aproximar das crianças, Maggie viu Elisabeth, cuja expressão tinha sido mostrado com
tanta doçura no retrato, tinha imobilizado seu irmão segurando a cabeça dele debaixo do seu
braço. Sua babá e as funcionárias do orfanato não estavam em qualquer lugar. Conhecendo as
crianças, não teria se surpreendido se encontrasse as pobres mulheres amordaçadas e com os
pés e as mãos amarrados no labirinto de arbustos. Com um suspiro, reuniu saia de musselina
do seu vestido branco e correu para salvar o menino, que chorava com desespero, a tirania de
sua irmã.

-Mas ele ta insistindo que o primeiro-ministro - disse Lizzie quando Maggie a interrompeu. E
assume-se que hoje o primeiro-ministro seja eu. A mamãe que falou.

-Garotas não pode ser o primeiro-ministro - insistiu John. –O papai que disse.

Maggie recordou que havia mantido discussões parecidas, com o Duque de Rawlings, há
muitos anos.

- Por que não jogam outra coisa? - O que pensam em jogar um jogo que seu primo Jerry e eu
inventamos quando éramos pequenos?

Lizzie, que teve de esticar o pescoço para olhar para o rosto da jovem, parecia intrigada.

- Você já foi pequena alguma vez? Ela perguntou, incrédula. Mas você é tão alta!

Não sou tanto –sussurrou Maggie,tentando esconder sua irritação.

Sim, sim, você é – interrompeu John. Mais do que o papai.

-Eu não sou maior que o seu pai, - disse Maggie, cada vez mais chateada. Talvez mais do que
sua mãe, mas não maior que seu pai, tenho certeza.



-Sim você é o garoto insistiu.- Certo, Lizzie?




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-"Não", -respondeu a jovem Elisabeth olhando a jovem Herbert de cima para baixo. Mesmo
assim, você é muito alta. -E acima de tudo, por ser uma menina.

Margaret sentiu que ficou ruborizada, então ficou zangado com ela mesmo por permitir esta
criança inocente a amolentasse, sabia que era muito vulnerável quando se tratava da sua
altura. Mas o que importância tinha que havia sido sempre a menina mais do colégio? Pelo
menos, tinham finalmente parado de crescer. Com quase um e setenta metros de altura, que
ela tinha alcançado quando ela tinha apenas dez anos, era mais alta do que sua mãe e
quaisquer de suas irmãs, e apenas um pouco menor do que o seu pai.

No entanto, não tinha dúvida que ser alto tinha suas vantagens. Ele sabia que o novo meio, a
crinolina que se tornou moda,que tinha a parte frontal plana e a parte traseira grande, lhe
assentava muito bem, e lhe moldava soberbamente à figura. Ela também poderia alcançar o
que precisasse sobre as prateleiras mais altas, tornando-se uma grande vantagem quando
fazia compras.

-Ouça-me – ela disse para crianças dos Rawlings. Quando seu primo Jerry e eu éramos
crianças, jogávamos um jogo chamado Marajó, que era muito divertido. Um fazia o príncipe o
outro a princesa indiana e o outro intrépido explorador Inglês, a quem o marajá captura e
amarra em uma estaca para queimá-lo vivo como uma homenagem a um deus pagão. Os
demais podem ser os soldados britânicos, e vocês devem tentar resgatá-lo dos selvagens
dançando em torno da pira ardente e que dispararam dardos venenosos nos soldados. É ai
parece bom?



Eu vou ser o marajá - disse Lizzie.

Não - disse John. Quero ser eu.

-Você será o intrépido explorador, - disse à irmã dele calmamente.

John se enfureceu tanto quanto Jeremy, quando Maggie insistia que ele seria o explorador. No
entanto, convencida de que tinha feito o seu dever, a jovem deu meia volta e começo a
caminhar para o grupo de senhoras sentadas à sombra da cerejeira. Antes de chegar ao ponto
em que elas estavam pode ouvir suas melodiosas vozes.

-Não há nada impróprio, que uma dama seja uma pintora de retratos Anne. -disse a voz
inconfundível rouca de Pegeen, com esse ligeiro sotaque escocês nas vogais. Têm havido
muitas ao longo da história ...

-Pergunto-me quantos foram casadas – interrompeu sua amiga indignada. Aposto que foram
poucas. Uma mulher não pode ter ambos, o marido e o trabalho.
Talvez não - disse Pegeen, pensativa. A menos se casar com um homem que a entenda ... E
com uma voz alegre ela acrescentou. - O Melhor de tudo é que com o talento que tem, é
provável que Maggie não precisará se casar. A menos que ela queira, claro. Poderá manter se,
retratando as crianças de boa família.


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Ao dar se conta que falavam sobre ela, o jovem sentiu ardiam lhes as bochechas. Ela sabia que
ela deveria fazer sentir a sua presença, mas a tentação de escutar as escondidas era
demasiado forte. Fingindo um súbito interesse por uma platéia de íris, ela aguçou os ouvidos.

Mas isso é o que mais me preocupa Pegeen - disse Anne.
–Você sabe o quão excêntrica que pode ser minha irmã. Imagine se ela apaixona por um
desses poetas franceses mortos de fome e vai viver em um sótão em Montmartre infectado
com um monte de artistas. Estas pessoas não acreditam na instituição do casamento, você
sabe? Dizem que é burguês. Então minha irmã se transforme em uma mulher perdida. O que
as pessoas vão dizer sobre nós, então, hein?

Pegeen inspirou profundamente antes de responder, o que permitiu a Lady Herbert
respondesse antes do que ela.

-A verdade é que eu acho que você é demasiada dura para com a sua irmã. Ela não é uma
menina tola. Duvido que faça algo tão estúpido como se apaixonar por um francês.

Eu tenho certeza que você pode haver coisas piores. -respondeu Anne, que nesse caso, não
concordava com a opinião de sua mãe. Isso você pode ter certeza. Papai e a senhora
permitiram que se tornasse uma garota rebelde. Não tente negá-lo, eu tenho visto com meus
próprios olhos. Vocês a tem estragado. Como você pode explicar isso? Nenhum de nós,
Elisabeth, Fanny, Claire nem eu somos tão teimosas ou obstinadas como ela.

Bem ... "respondeu a Lady, meditando. Nenhuma de vocês tiveram a influência que ela
recebeu...

A voz da senhora morreu, mas Maggie não foi à única que compreendeu o que ela quis dizer.
Pegeen se apresou a sair em defesa de seu sobrinho.

- Oh suponho que se refere a Jerry - disse levianamente. É verdade que eles têm sido
inseparáveis, mas devo dizer-vos que, apesar do fato de que o meu sobrinho era muito maior,
sempre me pareceu que era Margaret que tramava suas travessuras. Por um longo tempo, ela
foi fisicamente superior. Na realidade, uma vez eu a encontrei esfregando o rosto de Jerry na
lama, e ele parecia incapaz de se defender. Ele devia ter uns doze anos, o que significa que sua
filha tinha sete anos, mas mesmo assim, ela era muito mais alta. Imagino que deve ter sido
muito humilhante para ele.

-Eu suponho que não veremos Sua Graça em breve – aventurou Anne com fingido descuido.
Maggie sabia muito bem como a desagradava o duque à sua irmã. – Continua em Oxford,
certo?

-Só ontem à noite, recebemos um telegrama anunciando sua volta hoje mesmo – respondeu a
anfitriã calmamente. De acordo com Lucy disse-me que ela ouviu dizer da cozinheira,
cujo sobrinho tem trabalhado como valete de Jerry e o último trimestre, esta manhã, ele e seu
tio tem uma reunião a ser realizada em segredo, e é por isso que Edward foi ao povoado com a


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carruagem para esperá-lo a uma hora atrás. Suponho que não querem que eu saiba a razão
para o inesperado retorno do meu sobrinho. Estou curiosa para ver quanto tempo eles
conseguem manter segredo desta vez.

Maggie não ficou para ouvir o resto da conversa. No momento em que ela ouviu o nome de
Jeremy e soube que ele estava a caminho de Rawlings, seus lábios abriram em um grande
sorriso e sentiu que seus pés, como que por vontade própria, começaram a andar em direção a
casa. Sabia que o Duque ia subir ao longo da avenida alinhada com carvalhos, e que passaria
por debaixo de uma das antigas arvores, que ficava perto da estrada, apesar dos esforços dos
jardineiros, que durante anos tentaram sustentar o tronco com suportes metálicos. Os ramos
da copa formaram uma espécie de dossel para pouco mais de dois metros do solo.
Seria divertido fazer uma emboscada, igual ao que faziam quando éramos crianças e
assaltavam os visitantes, uma vez em que entravam no caminho para a mansão. Não, seria
difícil fazer-lo cair do cavalo, era o mínimo que merecia por ter sido expulso novamente, se
caso Pegeen tivesse certa.

Ignorando completamente os apelos de sua irmã para se comportar como uma dama, a
menina levantou a sua saia e começou a correr pela relva em frente da mansão dos Rawlings,
sem perceber que, para além das botas sem saltos, mostrava as brancas e torneadas
panturrilhas. Fazia muito tempo que não via Jeremy, já que suas férias escolares não
coincidiam, e quando sim, um deles estava na cidade ou no estrangeiro, por isso não tinha
certeza que ia reconhecê-lo. Segundo contavam seus tios orgulhosamente, o jovem tinha-se
tornado um verdadeiro cavalheiro: ele era um perito cavaleiro, inigualável esgrimista,
excelente nadador e boxeador. Suas irmãs mais velhas, que haviam encontrado com ele em
alguns bailes em Londres, asseguraram que o Duque era um jovem muito bonito, algo que
Maggie achava difícil de acreditar. E o que era ainda mais ridículo: elas insistiam que era muito
alto. Jerry mais alto que ela? Impossível.

A jovem Herbert escalou a árvore, sem qualquer dificuldade, mas ao fazê-lo, ela rasgou a meia,
rasgou a crinolina e soltou um botão de madrepérola do Jugo, sem que ela repara se. Após
alguns instantes, ela estava sentado confortavelmente nuns dos frondosos ramos que cobriam
a estrada. A partir de sua posição privilegiada, a cerca de dois metros acima do solo, teve uma
visão clara da avenida, no início da qual cavalgava um homem sozinho a meio galope. Com
grande decepção, ela descobriu em seguida que não se tratava do seu amigo, uma vez que o
cavaleiro tinha ombros demasiado grandes e era muito alto. Na realidade, parecia muito com
Lorde Edward, mas o seu cavalo era castanho, e o do homem que chegava era negro como o
carvão ... parecido com Rei, o cavalo de Jeremy.

A jovem inclinou-se para frente até deita-se sobre um grosso ramo, e olhou através da
folhagem espessa e viu com grande surpresa, que na verdade, era rei, o primeiro cavalo do
Duque, que manteve como seu favorito. Jerry não deixava ninguém montar nele, de modo que
significa que ...

Não, não podia ser. Ninguém muda tanto, em tão pouco tempo –rapidamente contou nos
dedos o tempo em que não se viam – cinco anos. Nossa, já haviam se passado 5 anos! Ao
levantar a vista, Maggie viu que o cavaleiro e sua montaria já estavam quase debaixo dela, e


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não havia menor duvida, que esse jovem era Jeremy.
E suas irmãs não estavam a mentir, tinha-se tornado um jovem muito bonito. Para as mulheres
que gostam desse tipo de homem byroniano e melancólico devia lhes parecer irresistível. Ela,
no entanto, preferia os homens robustos.
De sua posição privilegiada, Maggie viu que os cabelos encaracolados e escuros, do jovem
saiam inquietos sob o elegante chapéu, e cujo prateado dos olhos tinham um olhar penetrante
e uma expressão de ironia que imediatamente reconheceu. O Duque pareceu irritado, ele
estava apertando mandíbula e queixo elevado, como se quisesse ajeitar o lenço usado ao
redor do pescoço. Os longos dedos agarravam as rédeas da montaria que cavalgava com a
mesma naturalidade como se fosse à extensão do seu próprio corpo. A garota observou com
interesse, e percebeu que ele parecia tão magro e forte como os ferreiros, cujo tronco nu tinha
furtivamente admirado quando forjavam a golpes de martelo as ferraduras para os cavalos de
seu pai.

Meu deus, lá estava ela tendo de novo uma de suas fantasias carnais!

"Mas é o Jerry!" Pensou escandalizada. O que estava acontecendo? Não podia pensar nele
dessa maneira. Havia bombardeado esse garoto com bolas de neve e havia esfregado sua cara
na lama mais vezes que podia se lembrar. Jeremy estava passando naquele justo momento por
debaixo dela, tão perto que poderia remover o chapéu da sua cabeça, sem nenhum problema.
Um segundo mais ia partir a toda pressa, estragando a surpresa.

Sem pensar mais, Maggie esticou o braço em uma tentativa de tirar o chapéu, pois se a rir
antecipando sua reação. No entanto, ao ir para frente perdeu o equilíbrio e escorregou do
ramo em que ela estava encostada. Tentou desesperadamente agarra-se a ele em vão. Um
instante depois caia em direção ao ar.



Capítulo 3

A primeira coisa que Jeremy pensou quando ouviu um guincho e sentiu o impacto de um corpo
contra o dele era que, de uma forma ou de outra, Pierce havia retornado dos mortos e queria
vingar-se dele por haver desflorado sua irmã e telo assassinado. Por isso, sua primeira reação
foi virar-se na sela e empurrar o seu adversário, no entanto, o assaltante tinha colocado seus
braços suaves e morenos ao redor do seu pescoço, e precipitando a queda de ambos.



O rapaz nunca soube determinar com precisão em que ponto ele percebeu que seu atacante
tinha cabelos compridos ate à cintura e generosos seios, mas foi provavelmente quando
colidiram contra o chão e rodaram poucos metros na grama, emaranhadas com a crinolina da
saia. Atordoado pelo golpe, o Duque demorou um momento para perceber que ele estava
deitado em cima de uma mulher, e portanto não poderia ser Pierce, a menos que ele tivesse
crescido no peito após a sua morte. De fato, antes de levantar a cabeça, estava recostada
entre os seios, que pareciam ter sido libertado da opressão do espartilho, e enquanto sua




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dona estava estendida para cima, ainda se situava em direção ao sol.( essa parte ficou meia
confusa para mim)

Ele pelo menos, se sentiu muito confortável nessa posição. Jeremy pensou se ele a havia
deixado sem fôlego, a queda poderia ter deixado a mulher inconsciente, e decidiu se
comportar como um cavalheiro e ir ate ela para ver se podia ajudar.

No entanto, ao alcançá-la encontrou olhos castanhos de expressão sorridente e
estranhamente familiar que o olhavam fixamente.

- Você é um porco! -disse a moça com um tom de zombaria uma voz muito doce e sonora para
pronunciar aquelas palavras.

- Grita como um porco espancado. Eu nunca tinha ouvido nada parecido.

Por alguns momentos, o jovem realmente acreditou que ele tinha na sua frente um fantasma.
Apenas um ser sobrenatural poderia assemelhar tanto a alguém que conhecia, ao mesmo
tempo, parece tão diferente. Parecia que a garota estava deitada sob seu corpo era Maggie
Herbert, que também era a única mulher que ele sabia que podia falar assim. No entanto, não
podia ser ela, pois não era a mesma pessoa que havia lhe atormentado durante a sua infância.
A última vez que viu Maggie Herbert ele conhecia tinha os dentes separados, era magra, usava
os cabelos recolhidos em duas tranças e tinha pernas tão longas que parecia em expansão e
que parecia não saber o que fazer com elas, as quais se assemelham a um potro recém-
nascido, que dá os primeiros passos.

Mas essa mulher via tinha o corpo mais robusto e exuberante que uma cortesã cara, e Jeremy
havia estado com mais de uma, então sabia do que falava. Em nada recordava o potro, e ele
não tinha a menor dúvida de que as pernas em que se recostava não tinha nada de
desajeitadas. Na verdade, as coxas, abertas ao abrigo do seu peso, perfeitamente
harmonizadas com as outras partes de um corpo magro, forte, mas, acima de tudo,
extremamente feminino. Então ele percebeu que a filha caçula de Sir Arthur tinha crescido e
se transformado em uma linda garota, você poderia dizer de seios abundante, mas com os
punhos e tornozelos finos e delgados e a cintura muito estreita. Era a mulher mais linda que
ele tinha conhecido até então, e não parecia perceber a sua recém-adquirida curvas feminina...
ou o efeito que eles possam ter sobre um homem.

Só quando olhou para a cara dela e que percebeu que a menina que conheceu e aquela garota
eram a mesma pessoa. Já não usava tranças, em seu lugar havia um cabelo castanho tão
escuro, contrastando com o verde da grama fresca, parecia quase negro. Também não tinha os
dentes separados, sim bem dispostos e muito brancos. Contudo, ele reconheceu o brilho
daqueles olhos escuros é uma expressão muito gentil para ser mal, mas muito travessa para
parecerem ingênuos. Além disso, a moça fez uma careta com a boca, cujos lábios sempre lhe
haviam parecido demasiados grossos, e agora lhe resultavam sensuais e tentadores, ele se
recordou da pequena Maggie, a menina que o atormentava sem piedade, mas que tinham lhe
avisado que ele não poderia retaliar porque era uma menina.



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E agora, parecia que, pelo simples fato de crescer, Maggie Herbert vencia novamente, porque
Jeremy nunca tinha visto uma mulher tão bela e tão estranha ao seu charme.

- Ah! exclamou a garota, rindo. Que cara você fez. É de morrer de rir!
O duque levantou apoiando-se nos cotovelos, seu rosto a poucos centímetros da aquela jovem
com abundantes seios.

- Você ficou louca? Ele perguntou severamente. Percebendo que a sua única resposta foi um
riso, continuou ele. – Poderia ter me matado.

-Haveria valido a pena - respondeu com entusiasmo. Ria tão forte que o rapaz, ainda deitado
em cima dela, sentia os movimentos espasmódicos dos músculos do estômago sob o
espartilho. Maggie Herbert usava espartilho! Sempre tinha pensado que não viveria para ver
isso.

-Mesmo assim, você não pode andar por aí dando estas pancadas - respondeu sério. Poderia
ter causado muito mais danos.

-Oh, bem. Nunca soubeste encarar uma brincadeira. Já vi que todas estas escolas para crianças
ricas não conseguiram mudar-lo. -Depois de afastar algumas mechas do cabelo escuro para
longe do seu rosto oval, Maggie apoiou-se nos cotovelos. Isso fez com que o corpete do
vestido se abrisse ainda mais e oferecendo ao rapaz uma esplêndida vista do que escondiam o
topo das rendas da camisola. Ao contrário do que aconteceu naquela manhã na taberna, e que
naquele momento era impossível desviar os olhos, e parecia que não podia mover de onde
estava e nem deixar de admirar as curvas daquela pele macia.

Maggie demorou apenas instante em fixar-se nos olhos do duque, que sempre acreditou que
eram de uma cor cinza embasado, mas ao olhar-los naquela posição pareciam mais
expressivos do que recordava, na verdade, a Iris era de uma cor azul clara com reflexos
prateados. Mas seu amigo não olhava-lhe o rosto. Na realidade, parecia enraizado no seu
peito, de repente ela percebeu o botão que havia perdido ao subir a arvore desempenhava
uma função essencial, e que seus exuberantes seios sobressaíam pra fora do decote do vestido
branco.



Imediatamente, Maggie começou a ser debater-se um mar de emoções conflitantes. Por um
lado, mesmo em uma situação tão embaraçosa como essa, a situação parecia realmente
cômica. Estava com os seios desnudos na frente do Duque de Rawlings! Que ia dizer Lady
Herbert? No entanto, por outro lado, a forma como a jovem olhava não era engraçado em
todo. Se tinha alguma duvida de Jeremy havia mudado desde a ultima que o viu a expressão
em seu rosto, nesse momento não deixou margem para dúvidas. Nunca antes tinha visto ele
com um olhar como aquele. Ou pelo menos dirigido para ela.

No entanto, foi o tipo de olhar que atraiu nos últimos meses. Ela tinha visto nos olhos de
alguns desconhecidos, que tinham atravessado na aldeia, era uma expressão de admiração,
mas havia algo mais do que isso, e que só poderia ser descrita como ... desejo.


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Desejo?
De Jeremy?

Naquele momento ela percebeu que aquele já não era um jogo infantil. O rapaz que estava
deitado sobre ela já não era uma criança, mas um homem de mais de vinte anos. E ela era uma
mulher, ou quase, por isso é melhor ser separassem antes que alguém passasse por ali ou visse
uma das janelas da mansão.

-Saia de cima de mim- balbuciou Maggie, voltando a deitar-se no chão. Embora tenha sido
obrigada a baixar a cabeça e os ombros, a situação piorou aparentemente permitido melhor
visão do decote do vestido.
“Acho que você perdeu um botão, Mag“, - disse o duque com um certo divertimento,
desfrutando do embaraço da jovem, tanto como da vista oferecida.
-Acho que eu não vi imbecil? Ela respondeu incapaz de olhar o seu amigo no rosto. Seus olhos,
tudo nele tinha mudado, e agora parecia ter um estranho efeito sobre ela, que contribuíram
para seu rubor tanto como haver perdido o botão.

-Tenho a impressão de que precisa de ajuda, - disse o rapaz, que observava seus esforços com
uma sobrancelha arqueada. – Me permites?

Ante essas palavras, o embaraço de Maggie tornou-se imediatamente em indignação. Com
uma mão, mantendo o decote do vestido, o outro lhe deu um forte tapa nas mãos morenas,
encalecidas, muito maior do que as delas.

- Não, não quero! – falou destacando cada palavra com um novo tapa. - Sai de cima de mim
agora!

Se considerarmos que você foi você que pulou em cima de mim, sua raiva é completamente
fora do lugar, Mags - disse Jeremy.
- Levanta-te! –exclamou a garota, olhando em volta dele. Jesus Cristo, alguém pode nos ver.

-Você devia ter pensado nisso antes de me derrubar do cavalo. -Jeremy, decepcionado por ver
que a garota tinha conseguido fechar o decote, e o observava com punhos fechados cenho
franzido. - Além disso, por que fica assim? Eu vi você nua muitas vezes, embora eu deva
admitir que isso foi antes de que você tivesse essa maravilhosa curvas.

- Eu disse pra você se levantar! -Embaraçada, Maggie lhe golpeou a cabeça com o cotovelo do
braço que ainda estava livre. Embora a cotovelada não poderia ter feito muito dano, Jerry
parecia surpreso. A jovem supôs que ao duque de Rawlings não devia acontecer muitas vezes
de que uma mulher lhe bate-se. Que mulher iria querer ofender um duque, que também era
solteiro? Mas, nesse momento, a Miss Herbert não lhe importava de absoluto o que o Duque
de Rawlings, ou qualquer outro Duque, achava dela.



No entanto, talvez tenha sido melhor assim, porque que o rapaz estava pensando era de que



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ele tinha sido estúpido por passar tanto tempo longe de casa. No entanto, isso não foi o que
ele disse.

-Isso não foi muito simpático da sua parte, - disse ele esfregando a orelha dele e tentando
parecer zangado. Não se tornou em uma dessas garotas tontas que dão bofetadas por tudo,
certo?

-”Oh, santo Deus “, respondeu ela com aspereza. Levanta-te de uma vez. Meu pai poderia ver-
nos.
-”Essa é a única razão sensata que me ocorre para por fim a esse extremamente agradável
interlúdio“, - disse o jovem com veemência.

Pouco a pouco se separou dela, e enquanto ele fazia não se esqueceu de observar à maneira
em que tinha subido a barra do vestido, deixando a mostra às panturrilhas bem torneadas co
tal perfeição, que daria a inveja a qualquer dançarina. E isso não foi tudo o que viu. Uma vez
de pé, ele estendeu a mão para ajudá-la a levantar-se, e isso permitiu-lhe para discernir o
ponto que terminava as meias e começava as ligas, nas coxas brancas e lisas.

Deitado no chão, Maggie estava bem ciente de como Jeremy olhava furtivamente entre as
pernas dela, e, confusa e nervosa, abaixou saia antes de alcançar o seu olhar, desconfiada
diante à mão estendida.

- O que acontece agora? –exclamou o duque ao ver que a garota franzia o cara. – To
estendendo a mão para ajudar-te. Serás tonta... Não me olhe assim, como eu fosse te morder.

Maggie engoliu a saliva. Mordê-la, ou pior era precisamente o que o rapaz parece tentado a
fazer. Seu amigo de infância havia se tornado um homem bonito, e tinha certeza que ele tinha
um monte de garotas que teria oferecido mais do que apenas a mão ... e havia feito muito
mais do que morder.

Jeremy, no entanto,interpretou mal o motivo de sua hesitação.

-Vamos, eu não vou jogar-la na piscina novamente, se é isso que você está pensando – disse
Jeremy. Se esquecer a emboscada que acaba de me dar, creio já somos grandes para continuar
fazendo travessuras.

Percebendo que estava sendo ridícula, Maggie deu-lhe a mão, tendo especial cuidado para não
soltar o decote do vestido que estava segurando com a outra mão. No momento em que
fortes dedos do jovem enlaçaram com os seus, Maggie sabia que estava em apuros, o duque
poderia manter-la sujeita quanto tempo quisesse, e ela não seria capaz de fazer nada sobre
isso.

Mas apesar da força daqueles longos dedos, seu toque foi muito gentil, e nenhum momento
tirou com rudeza como teria feito há muito tempo. Foi sorte que Jerry não a soltara logo,
porque ao se juntar a ele, à garota teve a maior surpresa de todas.




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Jeremy era mais alto que ela.
E não só um pouco, era muito maior, pois apenas atingia-lhe aos ombros. Se o jovem não
tivesse a segurado com mais firmeza quando ela tropeçou, Ela teria batido o seu nariz no seu
peito.
- Você está bem? -O Duque a olhava com uma expressão irônica. Você não quebrou nada,
certo?

Atordoada, balançou a cabeça. Jeremy Rawlings era mais alto do que ela! E quase um palmo.
Quando isso teria acontecido? Na última vez em que ela o tinha visto, ela era um palmo mais
alta do que ele, de modo que seu amigo tinha crescido cerca de meio metro em cinco anos.
Santo Deus, mas ele era tão alto como Lorde Edward!

-O que estava a dizer, - observou o rapaz, surpreendido. Maggie Herbert é uma jovem mulher
que bate em homens e desmaia facilmente. Como havia mudado. Ele nunca teria acreditado
que ela ia se tornar uma flor tão delicada.

Isso foi o que tirou a garota do seu estupor.

- Eu não desmaiei, - disse levantando a cabeça para lhe encarar, algo que eu nunca pensou que
teria que fazer ao olhar para os olhos de Jerry. E tão pouco te bati. Eu dei um empurrão, e eu
fiz porque você mereceu. E agora, solta me.

Jeremy sorriu, e desviou rapidamente a vista.
Para jovem parecia que o seu sorriso tinha o mesmo efeito devastador que seu olhar, ambos
aceleravam o coração.

- Apesar de ter desenvolvido estas deliciosas curvas, continua sendo a mesma, - respondeu o
duque, levando a mão da garota aos lábios com sincera admiração.

Horrorizada pela casual referência ao seu corpo e modo a qual o jovem a observava quando
lhe beijava os dedos, Maggie tentou tirar sua mão em seguida, mas foi em vão. Jeremy, com
um sorriso, ele pressionou vigorosamente os dedos e começou a observar as unhas.

Ah, vermelho, magenta e um pouco ... Ah, sim, branco. Vejo que ainda continua pintando.
Como estão os gatos da Madame Ashforth? A essa altura deve ter retratos suficientes para
forrar o vestíbulo.

Me solta - repetiu a garota, tentando manter a voz firme. No entanto, não foi fácil, porque
estava à beira de um colapso nervoso. – Eu to falando serio, Jeremy. – Me solta já.

-Me solta. Eu to falando serio – imitou o duque. Você acha que isso e maneira de
cumprimentar um amigo que você não ver a quase meia década?

Isso a distraiu, deixando-a de tentar tirar a mão com toda a força.
- Amigos? Repetiu a jovem com desdém. Desde quando somos amigos? Inimigo seria mais
preciso.


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-Era você que abrigava tais sentimentos de animosidade, ele respondeu com um tom de falsa
consternação. Nunca entendi o por que. Fazia da minha vida impossível, mas a única coisa que
eu queria era ...

-A única coisa que eu queria era dar ordens a todos – ela o interrompeu. Depois foi ela quem
imitou ele. Você não pode fazer um capitão pirata, Maggie, sou o Duque, de modo que o
capitão pirata vou ser eu. Não, Maggie, você não pode comer o último Magdalena, Eu sou o
Duque e eu quero para mim. Você tem que fazer o que eu digo porque eu sou ...

- O quê? - replicou Jeremy, aparentando que tudo aquilo não lhe importava. Enfim, nunca fez o
que eu disse.

-Pelo menos, havia alguém que não se intimidava com a sua atitude prepotente, - disse
Maggie. Ou você teria transformado em um canalha, desses que não soltam a mão de uma
jovem quando solicitado.

- Canalha? Então, te pareço um Canalha hein? Ele perguntou com um sorriso, como se o que
Maggie acabara de dizer fosse um elogio. Sem demora, ele soltou sua mão e estava olhar a
garota com uma expressão meditativa. Enquanto se perguntava o que estava pensando, ela
cruzou os braços em atitude defensiva. Então ele gostava de suas curvas, hein? E teve a
coragem de admitir isso na sua cara. Santo Deus! Se a sua irmã Anne tivesse ouvido essa
conversa teria desmaiado.

Mas a irmã Maggie teria feito mais do que apenas desmaiar se soubesse o que o duque estava
pensando naquele exato momento, Jeremy estava repreendendo-se por não ter tentado
seduzi a filha mais nova de Sir Arthur anos atrás. Como era possível que não havia se dado
conta, se perguntava. Por que não tinha previsto que esta menina se tornaria tão deliciosa? A
verdade é que nenhuma das suas irmãs tinha nada de especial, assim naquele sentido não
havia tido nenhuma pista, mas Maggie... Que encontrado! Nunca tinha desfrutado tanto com
uma jovem a quem tivera que pagar. Havia algo nela, que aquela irreprimível impertinência,
que sugeria que mesmo que tivesse ainda acabado de deixar a escola, não era uma garotinha
hipócrita. O jovem pensou que afinal de tudo, talvez sua visita a mansão não seria tão
aborrecida...

A garota, porém, não gostou da virada que haviam tomado os acontecimentos. Ela não
gostava em absoluto. Maggie não estava acostumada a estar perto de pessoas mais altas e
corpulentas do que ela, e Jeremy, a que durante anos havia sido dominado fisicamente por ela,
fez a sentir pequena, o que era extremamente desconfortável. Ou o que era pior, o rapaz era
tão grande que chegava a lhe causar medo. E a Maggie não havia nada lhe desgostava mais do
que o medo. Considerava-se uma pessoa audaz o que diferenciava de suas irmãs, e que não
tinha medo de altura, da água, ratos, insetos, espaços fechados ou do escuro. Não entendia
como ela podia sentir medo de Jeremy Rawlings, mas o sentimento estava lá e ia ter que fazer
algo sobre isso, ou resignar-se a aceitá-lo. No entanto, ainda não tinha certeza se o lhe
provocava esse temor era o duque, ou como ele a fazia sentir.



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A jovem olhou furtivamente o rosto de Jerry e viu que ele continuou com os olhos fixos nela
com a mesma expressão pensativa. Santo Deus ele era realmente atraente! Como era possível
que não tivesse se dado conta? De fato, exceto Lord Edward e seu cunhado, Alistair
Cartwright, a Margaret lhe desagradável os homens atraentes, sempre tinha lhe parecido que
eles estavam demasiado apegados a si mesmo. Supôs Jeremy tinha razões para sentir-se
superior, já que havia se tornado um rapaz muito bonito, e tinha mais dinheiro do que a
rainha. No entanto, tanto seu aspecto como seu dinheiro foram dons da fortuna, (essa parte
ficou confusa) e só um idiota poderia ter orgulho do que ele recebeu de Deus.

-Jerry ... - ela começou a olhar para além do ombro do seu amigo de infância.



- O quê? - Ele pergunto com sobrancelhas arqueadas com expectativa.



- Acho que você deveria ir atrás de seu cavalo. Ele escapou.



Surpreendido, Jeremy virou e viu que o Rei tinha começado a correr para os prados ao sul,
onde as éguas pastavam.
-Maldito seja - balbuciou. Fique aqui, ele acrescentou com um gesto semelhante aos que os
pastores de Yorkshire faziam para os seus cães, para que os esperassem. Certo? Volto em
seguida.

Claro, "respondeu a garota, com sinceridade.

Mas no momento em que o rapaz virou as costas, começou a caminhar para a mansão. Não
correu porque ela achou difícil de fazer, mantendo o jugo do vestido, e porque não queria que
Jeremy pensasse que ela estava fugindo dele, mas andava mais rápido que podia. Nestas
circunstâncias, a retirada parecia ser a melhor estratégia. Precisava colocar em ordem algo
mais do que seu vestido... depois de ser bombardeada com tantas sensações novas de uma só
vez, pensamentos rodavam em sua cabeça. Jeremy Rawlings tão masculino e forte quanto os
filhos do ferreiro, que levou um ano admirando a distância? Jeremy Rawlings olhando-a com
desejo com olhos que sempre lhe haviam parecido apagados, mas agora brilhavam como o
serviço de chá de prata e sua mãe? Jeremy Rawlings mais alto do que ela?



O que estava acontecendo?
Tudo aquilo era mais do que uma garota como Maggie poderia assimilar. Estava acostumada a
vida no campo e não sabia como reagir ante ao giro que haviam tomado os acontecimentos.
Precisava de tempo para refletir, recompor-se - tanto no sentido literal como figurativamente,
- e decidir como lidar com esta descoberta perturbadora: Jeremy Rawlings lhe dava medo.

Não teve a oportunidade de fazê-lo. Tinha acabado de deixar pra traz o distribuidor do
labirinto da mansão de três andares quando ouviu uma voz profunda. Sua voz havia mudado


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muito, a chamava. Maldição! A garota parou em seco, olhou para céu para pedir a Deus que
lhe desse forças e virou lentamente.

- Onde você pensa que vai? - Ele perguntou à jovem. Maggie reconheceu um tom brincalhão
na grave voz. Foi com a mesma inflexão que o rapaz se dirigia a ela, muitas vezes quando seria
vitima de uma de suas travessuras.
- Bem... - respondeu. - A nenhuma parte. A casa. Tenho de encontrar um botão. - “ Brilhante
conversação", reprovou a si mesmo.
Vem comigo, - disse Jerry. Havia alcançado Rei, e ofegava pelo esforço. A Maggie lhe parecia
que era irresistível, ele tinha perdido o chapéu, e os raios de sol davam ao seu cabelo, negro
grafite, reflexos azulado; além disso, usava o lenço levemente desatado, deixando descoberto
alguns cachos de cabelo escuro na base da pescoço

É que.... – começou dizer. A garota, que sempre tinha uma resposta na ponta da língua,
parecia não saber o que dizer. Eu não posso. Sério, eu tenho que ...

-Vamos, me acompanha ate os estábulos para deixar esse animal, - respondeu o rapaz rindo
tão baixo, como se essa renúncia lhe parecesse muito divertida. Logo iremos para dentro e
buscaremos um botão.

-Eu não posso, realmente, Jeremy. Minha mãe ...
-Oh, vá lá, esqueça sua mãe. -O olhos de cor prata acinzentado brilharam com uma expressão
de desafio, e o duque a olhou com um sorriso. O que você tem medo?

- Nada, ela respondeu imediatamente, franzindo o cenho. Parecia que havia recuperado a fala.
-Você não tem medo de mim, não é, Mag? -Os olhos cinzentos piscavam.
- Claro que não!
- Não estar mentindo para mim, Mag?
-Não ...

Os lábios do Duque abriram em um sorriso tão grande que ela podia ver seus dentes brancos e
regulares.

Não, claro que não. Foi uma brincadeira. Venha. Ele disse virando-se para ela para oferecer o
seu braço que estava livre. Venha comigo. Quero que me conte o que te aconteceu ao longo
destes últimos cinco anos. Obviamente continua a pintar. Mas o que mais tem vindo a fazer?

Maggie estava olhando com languidez a entrada principal da mansão, depois daquela porta
dupla estava a segurança de sua sanidade. Mas ela não podia agüentar covardia, muito menos
em si mesmo, assim com um suspiro, ela atravessou a avenida e agarrou o braço de Jeremy.
-Oh, disse rapidamente. Não muito.



Capítulo 4




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Tinha sido muito fácil. Só tinha que estimular seu orgulho, e ela era dele. Na realidade, ainda
não era totalmente sua ... mas estava seguro que não demoraria a consegui-la. O importante
foi ter descoberto a sua fraqueza, ou talvez devesse dizer redescoberto, porque mais tarde,
recordou que sempre podia instigar Maggie com uma frase: Você tem medo, não é, Mags? “

No momento, a garota disfarçava muito bem o seu medo, ela estava sentada com um fingido
desinteresse sobre um fardo de feno na frente do estábulo do Rei, recostada sobre um poste
de madeira, balançando os pés sobre o chão. Infelizmente, ainda segurava cuidadosamente o
decote, impedindo o jovem de contemplar as preciosas e pálidas curvas. No entanto, Jeremy
estava certo de que não demoraria muito tempo antes do que pudesse fazer algo mais do que
só observar. Já sabia o que dizer para conseguir o que queria, assim poderia se vingar todas as
maldades que ela tinha feito com ele quando eram crianças.



Por enquanto, se contentava com apenas olhar, os raios de sol filtrados pela porta entreaberta
do estábulo e que iluminava as costas e os cabelos soltos e macios.

Ele tinha tido sorte de chegar em casa na hora do chá, pois todos que trabalhavam no estábulo
tinham ido a mansão para desfrutar da famosa torta da cozinheira. Maggie e Jeremy estavam
sozinhos no estábulo com os cavalos é algumas aves que tinham ninho nas vigas do teto, e
gorjeavam ao ver invadida sua intimidade.

Por sua parte, Maggie se sentia mais tranqüila. Jeremy tinha parado olhar para ela com
expressão de luxúria, e a jovem estava começando a pensar que tinha se confundido. Afinal,
ele poderia ter todas as mulheres que quisesse. Por que iria desejar ela? Era apenas uma
vizinha, a filha do seu administrador. Sua irmã tinha casado com o melhor amigo do seu tio e
sua tia e sua mãe eram muito amigas, quando crianças tinham brincado juntos muitas vezes.
Nada mais. Com toda certeza, a amabilidade do rapaz se devia a antiga relação, porque era
inconcebível que ele a visse como algo mais do que apenas uma amiga de infância. Pensar
nisso ajudava a apaziguar sua perturbação.

-Então, - disse a garota, enquanto Jeremy desencilhava Rei, Evers continua aqui, em Rawlings,
e seu filho é o mordomo da casa, em Londres, disseram-me o seu neto está em uma escola de
mordomos, e tem a esperança de que seu avô se aposente logo para tomar o seu lugar. De
acordo com a sua tia, Evers disse que não vai se aposentar até que ele morra, e insiste em
continuar a servir as bebidas, porém, quando algo fica mais pesada do que um caneco, as
mãos tremem muitíssimo.

Jeremy, que tinha tirado o casaco para escovar o cavalo, pensou que era melhor remover
também o lenço do pescoço, tentou fazer isso, naturalmente, e deixou a peça de vestuário de
linho sobre o casaco pendurado na porta.

- Sério? – perguntou enquanto se inclinava para frente escovar a crina do seu cavalo.

- Sim. E Lucy, a camareira da sua tia, teve outra filha, a quarta. A quem diga que já deveria ser
o suficiente, mas ela diz que não vai ser feliz ate dar à luz um filho varão.


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- Entendo - disse Jeremy, deixou a escova e ficou olhando para a garota sem que ela se desse
conta, pois percebera que era o sol estava em seu rosto, enquanto ele estava de traz pra luz.

-A senhora Praehurst vai fazer sessenta e cinco no próximo outono, continuou, contente de
poder informá-lo de todos os detalhes da vida privada dos seus criados, - e seus tios querem
lhe dar uma viagem para Itália. Mas aparentemente, ela odeia os italianos, disse que uma
cozinha que é tão dependente de tomates não pode ser boa para a digestão, e que alguém
deveria avisá-los ...

-Maggie – Jeremy a interrompeu. Algo em sua voz dava a entender a garota, que ele não a
interrompia para perguntar algo sobre atitude de sua governanta sobre cozinha mediterrânica.
Jerry havia aberto a porta do estábulo, tinha ido para trás dela e estava a um par de passos de
distância do fardo de feno em que se sentava sua amiga de infância. Ela não podia ver a
expressão em seu rosto, mas pelo seu tom de voz parecia que ele estava alterado.

- Sim? – Perguntou com cautela.

Quando ele estava perto o suficiente para que seu rosto saísse da sombra, Maggie esticou o
pescoço e viu que não que não parecia em absoluto nervoso ou desconfortável. De fato, sua
expressão era descaradamente brincalhona.

- Tem me falado sobre todo mundo relacionado, mesmo que remotamente, com a mansão
Rawlings começou enquanto se sentava ao lado dela sobre o fardo de palha, sem sequer pedir
licença, mas você não disse uma palavra sobre você.

O jovem tinha se sentado muito perto, de modo que seus ombros se rosavam, ou melhor, o
ombro dela rosava com o braço dele. Maggie se moveu pro lado para criar um espaço entre
eles.
-Não tenho muito a dizer ", respondeu com rispidez. Eu fui para a escola.
- Claro, - assentiu ele. Havia sido sua imaginação, ou o duque tinha se aproximado o tanto que
ela tinha se afastado para o lado? -. Agora o que você vai fazer?

-"Bem", - respondeu a garota, se afastando um pouco mais, não sei. Eu queria estudar pintura
em Paris, mas o meu pai não me deixa.

- Sério? - Porque ele tinha a soar tão feliz? E como era possível que Maggie estava
repentinamente à beira do fardo de feno, prestes a cair?

- E então, o que vai fazer?

- “Eu não sei”, respondeu a garota olhando para o chão. Começou a ficar nervosa, não só
porque o jovem tinha se sentado tão próxima, mas porque não entendia por que ele tinha
feito. Como não queria acabar sentada no seu colo, pensou que ele se aproximasse um pouco




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mais seria melhor terminar no chão. No entanto, pensou que talvez se seguisse falando o
manteria distraído. - Suponho que tem que ir a Londres para a temporada. Já sabes...

-Oh, a temporada – repetiu o duque enquanto lhe rodeava os ombros com o braço.
Maggie estava olhando para aquela mão que lhe caia sobre o lado esquerdo e viu com
sobressalto que estava coberta com pelos negros, semelhante ao que se destacava no pescoço
na abertura da sua camisa. Havia algo profundamente masculina na aspereza daquele braço, e
ela sentia que lhe acelerava a pulsação, apenas olhando para ele.

- Você quer ir? - Ele perguntou.
Não muitos, ela respondeu. Então, girou a cabeça até que ficou olhando nos olhos dele, um
gesto que não foi muito difícil, porque seu rosto estava apenas alguns centímetros do seu. No
entanto, ela percebeu que tinha sido um erro, e que seu olhar continuava a ter uma estranha
influência sobre ela. - A verdade é que me sinto muito estúpida – pois se a disser. Novamente
parecia ter esgotado as palavras. - Eu odeio as festas, e eu não gosto de dançar. Então ela viu o
duque baixava a vista. – Jeremy – sussurrou sentindo que novamente lhe ocorria um acesso de
ansiedade. Porque estás a olhar os meus lábios?

O jovem sorriu, e mão esquerda que havia deixado sobre seu ombro a rodeou como se
quisesse abraçá-la.

- Porque eu vou te beijar, Mags - respondeu com uma voz tão doce que parecia uma carícia.
Você gostaria que eu fizesse?
Naquele momento, Maggie sentiu que o coração começava a bater freneticamente.

- Na verdade não - respondeu se colocando para trás , então se deu conta que estava presa ,
como um rato na ratoeira , então estendeu os braços em um gesto defensivo esquecendo do
botão perdido . - Não.
Mas era tarde demais . Ele não era o mesmo rapaz de 5 anos atrás , a quem dominava com
facilidade , era sim um homem muito mais corpulento e forte do que ela , e que não se
importava com a sua opinião sobre a questão . Apesar dos seus protestos , o rapaz caiu em sua
boca.
De repente ela pareceu esquecer a razão dos seus protestos. Era estranho , muito estranho
que Jeremy a beijasse , mas provocava uma sensação muito prazerosa , foi a primeira vez que
um homem a beijava , e a estreitava em seus braços , e nunca esteve tão perto para perceber
que tudo nele era diferente. Tudo . Seu contato era muito diferente do de uma mulher , e lhe
pareceu que suas carícias eram algo bruto o corpo de Jeremy era sólido , onde tocava só sentia
fortes músculos. Nem sequer a pele era suave , Maggie sentiu a aspereza da sua barba mal
feita ao redor de sua boca e o bigode duro como um papel de lixa . Além disso descobriu que
os homens também cheirava, diferente das mulheres , a couro , cavalo e um pouco de tabaco.
Um odor que a desprendera , e ela teria feito de tudo para oculta-lo . No entanto , um homem
lhe parecia agradável , tudo lhe parecia agradável. O braço que lhe rodeava a cintura e a
puxava para mais perto do corpo dele. Incluindo os lábios que exploravam os seus com doçura
e paixão , e a lenta e sedutora exploração da boca onde a língua ... enfim , era agradável.

A única coisa que parecia fora do lugar foi como tudo a fez sentir .Ela sabia que deveria estar
furiosa com Jerry por sua ousadia , e que deveria tentar afastá-lo . Mas ela não podia. Não
sentia nem um pouco de indignação , porque no momento em que começou a beijá-la , ela
sentiu uma deliciosa letargia. O homem a segurava com aqueles fortes braços e a beijava na


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boca com um ardor que a fazia sentir a menina frágil e delicada que sempre quisera ser , a
mulher que precisava cheirar sais para não desmaiar , e não era muito alta e corpulenta para
que um homem a levantasse facilmente nos braços mas não sentia só isso , sentia uma
estranha sensação em suas partes íntimas . Enquanto o resto do corpo sentia um doce langor ,
entre as pernas sentia uma crescente tensão e uma súbita umidade , para qual a única
explicação , para qual sempre havia temido , SUAS INCLINAÇÕES CARNAIS HAVIAM SE
APODERADO DELA! Se sentia como uma gata no cio , e não podia negar que , assim como
Jeremy pressionava seu corpo contra o dela , ela o fazia contra o dele , até o ponto em que
certas partes chegavam a doer , pois desejavam ser acariciadas.
Mas o jovem que estava acariciando a pele do braço com a mão livre , se aventurou a meter a
mão dentro do decote e acariciar um dos generosos seios . Maggie se colocou tensa e supôs de
imediato que aquilo não estava bem . Mas não parecia desagradável , pois nunca teria podido
imaginar como seria bom ter esses dedos calosos deslizando sobre a sua pele desnuda , muito
pelo contrário , aquela carícia era tão prazerosa que ela supôs que se não o impedisse , não
seria mais capaz de fazê-lo.
- Jerry - ela disse quando ele separou sua boca , para beijar-lhe o colo
- Mmm - o menino tinha metido a mão sob as copas de encaixe da camisola , e acariciava com
doçura a pele acetinada. Maggie procurou ar.
- Jerry - repetiu - Para!
- Porque? - perguntou ele com certa curiosidade , sem tirar as mãos dos seios , com os
mamilos intumescido , ele o cobriu com os dedos e apertava a mama com o resto da mão .
Maggie arqueou e deixou sair um gemido , um gesto que a fez parecer ainda mais uma gata no
cio . A menina sentia que sua roupa de baixo se umedecia cada vez mais.

- Jeremy - ela exclamou com voz forte.
Mas a voz do Duque soou letárgica , como se tivesse bebido -
- O quê Maggs? - perguntou antes de colocar os lábios sobre a curva dos seios .
Maggie o agarrou pelo cabelo , em uma tentativa de impedir que ele abaixasse mais a cabeça
m e se surpreendeu pela suavidade dos cabelos negros.
- Jeremy - insistiu . Resistir ao impulso de se entregar às suas carícias era um verdadeiro
calvário , que chegava a sentir como uma dor física - para , por favor...
- Eu não posso! - respondeu ele com o rosto afundado no vale dos seus seios. A chuva de
beijos se aproximava perigosamente do mamilo coberto com a palma da mão - Oh Maggs ,
quando tudo isto aconteceu? - A menina olhou fixamente para a cabeleira preta.
- Quando aconteceu o que? - perguntou ela confusa.
- Tudo isto! - contestou o Duque enquanto passava a mão de um seio a outro , deixando nu o
mamilo duro que havia sido acariciado. No entanto , antes que a menina pudesse cobri-lo , os
lábios de Jeremy o fizeram por ela. Maggie sentiu uma onda de calor e desejo passarem , e
deixou escapar outro gemido , que soou como irreprimível gemido de desejo.

Aquilo era terrível , muito mais do que tinha imaginado. Aquelas alturas além de querer
continuar , sentia a necessidade física de fazê-lo...
Mas o que aconteceria em seguida? Se apenas acariciando o mamilo com a língua ele
conseguia fazê-la gemer de prazer , o que aconteceria se ele lhe levantasse a saia?

Não. O coração batia tão forte que sentia o retumbar do seu peito. Não , o simples
pensamento que aquilo poderia acontecer a causou um verdadeiro pavor . Pensar nesse
homem , que realmente pouco conhecia nu na frente dela , a idéia de que ele a tocaria em
lugares mais íntimos dos que tocava agora , imaginar como reagiria a sua nudez e ao contato
de suas carícias ... era simplesmente demais pra ela! Jerry ha havia acusado de estar
assustada . Mas ela realmente estava . Estava mais assustada do que já esteve em toda sua
vida. Se sentia muita mais viva , do que já havia se sentido... e por isso mesmo estava


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assustada
O medo vencia o desejo, e com ele apareceu por fim a indignação. Como se atrevia? Talvez
estivesse acostumado a remodelação em aves quando ele gostava (não ficou muito claro , mas
foi o melhor que eu consegui) mas ele era um homem!
E não um homem qualquer , mas um Duque! Podia ter quantas aventuras quisesse sem pensar
nas conseqüências . Ela porém , nunca havia beijado um homem antes , Como podia se
aproveitar da sua inexperiência? , sua relativa inocência nos assuntos mundanos?


Maggie, que não havia conseguido converter um impulso sexual em uma incontrolável e
exacerbada raiva, agarrou Jeremy pelos cabelos e tentou afastar sua cabeça com todas as suas
forças.

- Solt... Solta-me! Balbuciou apertando os dentes.

Para sua surpresa, o rapaz levantou a cabeça, e a olhou nos olhos e disse com uma voz forte:

- Ah, não. Você se divertiu muito quando era pequenos e jogávamos, mas agora e a minha vez.
E, logo se apressou para alcançar de novo os seus lábios.

Maggie, não pensou duas vezes. Reagiu instintivamente, tal como havia feito momentos antes,
quando tinha aberto a boca ao abrigo do mesmo, mas desta vez foi a fúria, e não a paixão que
a impulsionou. Soltou os cabelos, jogou o braço para trás e fechando o seu punho, golpeou o
Duque com toda sua força no nariz. Ele mesmo havia explicado cinco anos antes que era um
lugar ideal para se dar um murro, porque a cartilagem do nariz é muito sensível, e não
danificaria os dedos.

Infelizmente, devido ao estreito abraço, não conseguiu atingir o alvo, machucou o punho
batendo nos dentes de Jeremy . Mesmo assim, o soco teve o efeito desejado, o jovem a soltou
e Maggie, sacudindo a mão no ar, pode se levantar e sair do alcance dele.

- Mas que diabos...? Jeremy exclamou, levando a mão à boca. Ao baixá-la, viu que tinha uma
gota de sangue, proveniente com certeza, do momento em que o punho tinha esmagado o
lábio superior contra os dentes. Embora o golpe não tenha feito muito dano, ele havia deixado
atordoado. - Mags, o que você esta fazendo? – exclamou atordoado, olhando- a com uma
expressão de descrença.

- Eu te disse para me soltar, - respondeu com irritação ao mesmo tempo olhava seus dedos,
que haviam começado a inchar. Temia ter deslocado um dedo. O que iria fazer agora? Se
tivesse quebrado a mão contra os dentes do Duque de Rawlings. Como poderia explicar isso
para sua mãe?

- Sim, mas... - O jovem olhava para o sangue em sua mão com uma indescritível expressão de
espanto. Você me pegou.

Com o sol iluminando de cima para baixo, Maggie lhe lançou um olhar de exasperação.



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-Oh,vai - respondeu, tentando soar mais indignada do que estava. Você acha só porque e um
duque, você pode incomodar com impunidade qualquer pessoa? Na próxima vez você pensara
melhor, e será menos convencido. “Eu te disse para me deixar, eu disse a sério”, - respondeu
ao mesmo tempo em que olhava com grande satisfação o fio de sangue que escorria a partir
da comissura da boca. Aliviada, ela percebeu que o coração batia a um ritmo mais tranqüilo, e
a paixão ardente que sentiu pouco antes havia acalmado, pelo menos por agora.

Mas não quis te causar dano... - Objetou Jeremy suavemente. A garota viu no rosto do duque
uma estranha expressão que nunca tinha visto antes em todos os anos em que o conhecia. O
que não sabia era que ninguém tinha visto antes o Duque de Rawlings com um aspecto
semelhante. Essa foi a primeira vez que Jeremy a esboçava. Como era, afinal, a primeira vez
que uma mulher o rejeitava.

- Sei – respondeu Maggie, a sua fúria continuava a arder como uma brasa. - Eu sei exatamente
o que você queria fazer, e te aconselho a pensar duas vezes antes de tentar novamente,
porque eu prometo que voltarei a te bater.
Jeremy não podia acreditar no que ouvia. Tinha na sua frente a mais bela mulher que ele tinha
visto em um longo tempo, a casualidade e que a conhecia desde a infância, e o havia rejeitado!
Nunca em sua longa e variada vida sexual nada semelhante tinha acontecido. Nunca uma
mulher tinha resistido. Nunca. Simplesmente não tinha ocorrido.

Não sabia o que pensar. Ele estava certo de que garota se sentia atraída por ele, pois os seus
beijos tinham sido apaixonados. Não poderia ter entendido mal. Então, por que ela o tinha
parado?

Talvez porque desde pequena haviam lhe ensinado que uma garota deveria ser casada, ou
pelo menos prometida, antes de permitir que um homem fizesse o que Jeremy havia tentado,
sem o beneficio do casamento. Mas esse não foi um obstáculo para muitas senhoras da alta
sociedade que tinha conhecido durante a ultima temporada, em Londres. Por que isso tinha
parado Maggie?

O jovem estava a olhar para ela, iluminada pelo sol, tinha as bochechas coloridas e respirava
entrecortadamente, tentando recuperar o fôlego, que parecia mais uma prova do seu desejo
por ele. Por um instante, não pode evitar admirar a forma com que o decote abria mais com
cada inspiração.

Também foi isso que Edward tinha visto quando chegou ao estábulo um instante mais tarde.
- Jeremy! Vociferou o cavalheiro.

Os pássaros que repousavam sobre as vigas piaram assustados e começaram a voar em bando
ao ouvir a voz grave no silencioso edifício frisado pelos raios de sol. Mas as aves não foram os
únicos que Edward assustou, Maggie soltou um guincho, e com um intenso rubor nas
bochechas, cruzou braços para cobrir os seios semi-desnudos.

- Que diabos está acontecendo aqui? Edward perguntou, irritado.



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-Santo Deus, - contestou Jeremy arrastando as palavras, desde o fardo de feno que ainda
estava deitado. Por que você tem ser sempre tão inoportuno? Maggie e eu estávamos apenas
nos conhecendo um pouco melhor depois de todo este tempo.

-Margaret. –A garota estremeceu ao perceber severidade na voz de Lord Edward. Ela nunca o
tinha visto com tanta raiva, nem mesmo quando os surpreendeu a por bombas na parte
posterior do coche do vigário. Volta para a sua mãe agora mesmo.

- Sim, senhor, - a jovem não precisou que lhe dissesse maia nada. Sem uma única palavra,
virou-se e correu para a porta. Ou tentou, mais teve que parar em seco ao notar que alguém a
segurava por um dos aros metálicos da crinolina na parte de trás da saia. As fitas que seguram
a crinolina à cintura lhe apertaram o estômago e a garota soltou uma breve exclamação antes
de olhar com expressão acusadora por cima do ombro. Mais Jeremy não olhava para ela, sim
para seu tio.

Não é necessário que a mande para sua mãe, - disse o jovem com tom autoritário. Claro,
pensou Maggie como ele devia estar acostumado dar ordens. - Ela não fez nada de errado. Se
você quiser ficar bravo com alguém, fica comigo. Ela é inocente...

-Oh, não tenho nenhuma dúvida de sua inocência, - disse Lord Edward. O medo de a garota
passou a ver que o cavaleiro começou a tirar o seu casaco. O homem, que nunca tinha visto
com um cabelo fora do lugar, estava tirando a roupa nos estábulos! - É você quem vou
despelar vivo. Mas se você quiser que Maggie esteja presente enquanto eu faço isso, não
tenho qualquer problema.

A garota soltou de uma exclamação de alarme, puxou o aro do crinolina das mãos de Jeremy e
fugiu tão rápido que pôde.



Capítulo 5

- Não precisava assustá-la - reclamou Jeremy franzindo o cenho , olhando Maggie correndo a
luz do sol , pela porta do estábulo.
- Oh , não - repulsou Edward com o olhar fixo nos punhos da camisa dobrada com cuidado -
Você estava se encarregando disso não é?
- Eu? - o menino parecia ofendido - Eu não a assustava .
- Ah , não? - disse seu tio com as mangas puxadas até os cotovelos - Então porque sua boca
está sangrando?
O Duque levou uma das mãos aos lábios , havia esquecido do corte feito pelo soco
- Ah , estou - riu entre dentes - Não vai acreditar , fui eu quem a ensinou este gancho. Nunca
pensei que ela ia usá-lo contra mim
- De verdade? - o cavalheiro continuou olhando - e o que acreditava que ela ia fazer Jerry? Se
derreter em seus braços?
- Bom - contestou - Isto é o que freqüentemente é feito. De verdade , isso é a primeira vez que
me acontece . Eu ainda não entendo porque , mas acho...
- Pois pensa um pouco - o interrompeu seu tio com severidade - Talvez vocês tenha alcançado
a maior idade mas a Maggie ainda é uma menina



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- Oh por favor - respondeu o menino indignado - Ela vai fazer dezessete anos. É a idade em que
minha mão me trouxe ao mundo.
Edward surpreendido por Jerry mencionar a sua mãe , de quem falava em poucas ocasiões
apenas disse :
- Maggie Herbert é filha de um cavalheiro. Seu pai é seu assessor financeiro , e meu amigo. -
Jeremy tinha ouvido muitas vezes seu tio queixar-se o quanto enraivecido poderia tornar-se Sir
Arthur. A garota é convidada da minha esposa, e isso significa ficar nesta casa, sob a sua
proteção. Como você pode ser tão sem vergonha, ou melhor, tão estúpido, tentando seduzi-la
nada menos que no estábulo, como se fosse uma camareira qualquer em uma noite de farra?

Isso não é verdade, - respondeu o rapaz com tom de dignidade ferida. Eu nunca tentaria
seduzir uma camareira em um estábulo. Antes de dignar me a deitar com ela, exigiria que no
mínimo me oferecesse um bom quarto com uma boa cama...

Ele viu na hora que golpe veio. No entanto, para a surpresa de Edward, o seu sobrinho não
tentou impedir ou esquivar do soco. Seus dedos se precipitaram com força na mandíbula de
Jeremy, que desabou sobre um monte de fardos de feno.
O cavalheiro sacudiu a mão machucada pela força do impacto, havia muito tempo que não se
envolvia em uma briga corpo a corpo, pois não era bem visto que os membros da Câmara dos
Lordes participassem de brigas de qualquer tipo.


-Lamento ter tido que fazer isso, - disse ele com um tom de indignação. Mas, por bendito
Deus, Jerry...

- Eu sei. - O jovem, com o rebelde cabelo preto cheio de palha, se sentava enquanto acariciava
seu queixo, duplamente penalizados. Eu mereci.

Isso e mais, - respondeu o tio gravemente. Esta noite você irá para Herbert Park e vai pedir
desculpa tanto a Maggie, que duvido que queira ver-te, como aos seus pais. Deixará o
continente, amanhã de manhã na primeira hora. –Aproximando-se do seu sobrinho, Edward
estendeu a mão para ajudá-lo a levantar-se. Quanto mais cedo você for, - disse ele bufando
enquanto puxava Jeremy com força, - mais cedo poderemos esquecer este lamentável
incidente.
Após levantar-se, Jeremy começou a sacudir o calças para que saíssem os pequenos pedaços
de palha.

- Quando se celebrará o casamento? Dentro de seis meses? Acho que vou ter de esperar pelo
menos seis meses antes de regressar, para estar seguro ... Por Pierce, que dizer.

Edward, que tinha sido flexionar seus dedos para verificar que não havia nada quebrado,
permaneceu imóvel, olhando para o seu sobrinho com atitude severa.

- Que casamento? –perguntou com receio.

-O Casamento, - respondeu o rapaz enquanto removia uma lâmina de palha cabelo. Quer
dizer, entre Maggie e eu.




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- Você pediu que Maggie Herbert se casasse com você?

- Bom, na verdade não, - explicou o sobrinho, não antes de soltar um riso desconfortável. Claro
que não! Nenhum homem quer casar. -O riso terminou com a mesma bruscalidade com que
ele tinha começado, e Jeremy nervoso perguntou. Não vai obrigar-me a casar com ela? Tendo
em conta nos pegou ... Como é que você diria? Em flagrante delicio...

-Estou satisfeito de saber que, durante a sua estadia em Oxford tenha aprendido alguma coisa
de latim, - respondeu o seu tio, devo confessar que não, nem tinha passado por minha cabeça
te forçar a casar com Maggie Herbert.

Para surpresa de Edward, o rapaz parecia desapontada.

- Mas eu a comprometi. – replicou. –pensava que...

-A única coisa que eu vi e que estava com o decote desabotoado –o interrompeu antes de
levantar com gesto ameaçante o dolorido punho. Está me dizendo que você a desonrou?

-Jeremy se pegou mirando punho.

"Bem..." respondeu. Não. Mas se ela não tivesse tentado esmagar o meu nariz. E se você não
tivesse chegado, claro.

-Bem uma razão a mais razão para você ir para França –disse o cavaleiro enquanto abaixava o
braço. - Você poderá seduzir as francesas que desejar. Mas esquece as inglesas, especialmente
Maggie Herbert. E agora, vá arrumasse. Sua tia pergunta por ti, por isso vim te buscar.

Edward se dirigiu para a porta do estábulo, onde ele tinha deixado o casaco e o lenço. Quando
se virou para o seu sobrinho, ele encontrou-o de pé na frente dele, com a mandíbula vermelha
e inchada, e com uma expressão de raiva nos olhos cinzentos.

- Porque não? – Perguntou com tom de voz baixa e grave que o seu tio mal reconheceu.

- O quê? – perguntou o cavaleiro desconcertado.

- Porque não pode ser Maggie? -O rapaz tinha os punhos apertados ao lado do corpo. – Por
que você acha que não seria uma boa duquesa? Pensa que ela não esta a altura, né?

Seu tio começou a sacudir o casaco com tranqüilidade.

-Pelo contrário, - respondeu com uma voz amável, em contraste a severidade das suas
palavras. Maggie seria um grande duquesa; é você, meu filho, que não está a sua altura.

Jeremy tencionou o músculo de sua mandíbula.




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- Diz isso por minha mãe? - Ele perguntou com rispidez.

- Santo Deus, claro que não, - disse Edward com um riso forçado. Isto não tem nada a ver com
a sua mãe ter sido uma prostituta. Ao ver que Jeremy não mudava ao ouvir falar assim, sentiu
um profundo respeito por ele. No entanto, continuou no mesmo tom. Você não merece a
Maggie, ou qualquer outra mulher decente, é porque você é um libertino.
O Duque pestanejou.

- Eu sou o quê?

-Jerry, estou surpreso Seu tio negou com a cabeça com uma expressão de decepção, mas
sorriu para si mesma. Não sei se você notou, mas sua tia Pegeen tem dedicado de coração e
alma em trabalhar em seu nome, nas instituições de caridade e fundações beneficentes. Neste
preciso momento, há uma dúzia de órfãos, a quem minha esposa convidou para um
piquenique, estão arrasando as rosas do jardim. Edward viu que Jeremy permaneceu
imperturbável. Tem te criado desde que era um bebê, não aprendeu nada que ela tem te
ensinado? Sua tia vive para tornar este mundo um lugar melhor para as crianças, as mulheres
e os pobres. E é isso que você deveria estar fazendo também.

- Quer que eu faça obras de caridade? - perguntou Jeremy com um tom de voz evidenciava
rejeição que a mera idéia lhe causava.

Não é necessário, - respondeu seu tio impacientemente. Mas você deve fazer algo de útil com
a sua vida.

- Por quê? - Indagou o rapaz em um tom beligerante. Sou um Duque.



-É exatamente por isso. Você tem que provar que merece o título. Você não pode gastar vida
batendo em duelo e seduzindo jovens.

- Porque não? Quando você era a minha idade, fez o mesmo.

- Sim, - respondeu Edward levantando o dedo indicador. Não queria parecer pedante, mas não
pode evitá-lo. - Você está certo. Eu era como você. Pensava que a minha única obrigação na
vida era me divertir. Mas quando eu conheci a sua tia, eu percebi que estava muito errado. Se
você quiser conseguir uma mulher decente, não pode limitar a seduzi-la em um estábulo e
esperar seus pais o forçarem a casar com ela.

- Isso não era o que eu pretendia – respondeu o duque ligeiramente ruborizado.
- E você não pode pretender impressionar a nenhuma mulher que vale a pena só porque você
tem um título. Ao menos deveria conseguir te ame por si mesmo... A verdade é que, quando
eu conheci a sua tia, o homem que eu era não valia nada, além das centenas de libras em
notas de alfaiataria, como ela mesmo me fez ver. Mas eu mudei Jerry, e eu tenho feito algo de
útil com a minha vida. Aperfeiçoei uma das minhas habilidades naturais, discutir, e a converti



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Primeira parte de Portrait of my heart apresenta a expulsão de Jeremy de Oxford e seu duelo fatal
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Primeira parte de Portrait of my heart apresenta a expulsão de Jeremy de Oxford e seu duelo fatal

  • 1. Portrait of my heart – Patricia Cabot (Retrato do meu coração) Seqüência de “A Rosa do Inverno” Créditos: comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot” http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx? cmm=23073194
  • 2. Agradecimentos Meu muito obrigado a Shehira Davezac, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Indiana, que me ajudou dando informações sobre a historia da arte que há neste livro. Também quero agradecer a minha amiga Jennifer Brown, por ler cada palavra; a Jennifer Weis, minha editora da St. Martin's Press, e mais especialmente a minha agente, Laura Langlie. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 3. Primeira parte Capítulo 1 Yorkshire, maio de 1871 —Diga-me que não é verdade. —rosnou Edward Rawlings, afundando a cabeça entre as mãos — De Oxford, não, Jeremy. O jovem ficou olhando para seu tio com preocupação do outro lado da mesa da taberna. Se perguntou se devia chamar a garçonete e pedir-lhe um copo de algo mais forte que cerveja; Edward parecia precisar de um gole de uísque. No entanto, ainda era cedo, e estavam no Goat and Anvil, uma cantina a poucos quilômetros da mansão de Rawlings, e as pessoas seguramente desaprovariam se o Duque de Rawlings e seu tio tomassem uísque antes do meio-dia. —Também não é para tanto, tio Edward. —respondeu com tom despreocupado— Não vai me dizer que você já não esperava. Afinal, já tive a honra de ser expulso de Eton e Harrow; não queria negar-lhe o privilégio a tua alma mater. Edward não riu; embora, na realidade, o rapaz não esperava que o fizesse. Se pôs a observar, pensativo, a cabeça inclinada do tio. O havia visto pela última vez no Natal, há seis meses, e lhe parecia que tinha agora a têmpora mais grisalha. Jeremy não acreditava ser tão importante para supor que era o único culpado por essa mudança; já que, seu tio era um dos cavalheiros mais influentes da Câmara do Lordes e, em uma posição de tamanha autoridade, era compreensível que tivesse alguns fios brancos, que inclusive eram essenciais para reafirmar a posição de um homem a quem, com pouco mais de quarenta anos, os pares* mais conservadores podiam considerar jovem demais. No entanto, o duque não gostava de acrescentar mais preocupações as já causativas responsabilidades de seu tio. *pares: título de nobreza —Expulso de Oxford — resmungou Edward enquanto sugava a espuma que derramava da jarra de cerveja. Desde que Jeremy tinha deixado escapar casualmente a razão de sua súbita reaparição em Yorkshire, seu tio não parava de repetir essa mesma frase, e o jovem estava começando a se arrepender de tê-lo contado. Se dava conta, quando já era tarde, de que deveria ter esperado para anunciá-la durante o jantar na mansão, na presença de sua tia Pegeen. Ainda que não houvesse ninguém no mundo a quem detestasse mais decepcionar, ao menos ela, diferentemente de seu esposo, nunca perdia a esperança diante das muitas e variadas desgraças de seu sobrinho. Pelo fato de lhe terem expulsado de Oxford, Pegeen sequer levantaria uma sobrancelha. No entanto, quando soubesse a verdadeira razão de sua expulsão… isso sim a afligiria e, por isso, antes de voltar para casa, o rapaz havia decidido contar a seu tio. —Maldito seja! —exclamou Edward, levantando finalmente a cabeça para olhar seu sobrinho Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 4. nos olhos, do mesmo tom cinza claro que os seus— Por que tinha que matá-lo, Jerry? Não podia simplesmente feri-lo? — Quando um homem assegura que tem intenção de lutar contigo até a morte, se considera mais sensato despachá-lo para sempre, se possível.—respondeu Jeremy com certo azedume— Se só o tivesse ferido, quando se recuperasse viria atrás de mim. Não posso passar minha vida vigiando se há algum louco assassino nas minhas costas. —E você diz que nunca tocou na menina? —perguntou Edward balançando a cabeça. Pela primeira vez, Jeremy pareceu incomodado. O garoto havia crescido até alcançar a mesma altura e corpulência do tio, que, com seu metro e oitenta de altura, se destacava por cima da maioria dos homens. Por essa razão, os estreitos bancos do Goat and Anvil se mostravam pequenos, e era preciso colocar os cotovelos sobre a mesa para poder respirar. Entretanto, naquele momento essa não era a razão de seu incômodo. —Bem —disse lentamente— Eu nunca disse que não a havia tocado… —Jeremy —murmurou seu tio com ameaçadora desaprovação. —Mas te asseguro que nunca tive intenção de me casar com ela. E esse é o problema. —Jeremy —repetiu Edward com a voz grave que o jovem sabia que utilizava em suas intervenções no parlamento e para disciplinar seus filhos— Por acaso não te expliquei mil vezes que há mulheres com as quais um homem pode… se divertir sem que esperem que se case com elas, e outras com as quais é melhor não se relacionar a menos que suas intenções sejam…? — Eu sei —respondeu Jeremy rapidamente. Queria interromper um sermão que sabia de cor, pois o havia escutado ao menos duas vezes ao mês desde que começou a barbear-se. — E posso te assegurar que, com os anos, aprendi a diferença. Mas a esta jovem em particular me apresentaram de propósito, agora entendo, e a pesar de não poder imaginar algo tão sórdido, foi seu próprio irmão, e o fez de tal modo que qualquer homem teria acreditado que era mais que uma grosseria não se dispor a vontade. Te asseguro que a menina aceitou o Pinheiro de imediato. Mas depois, quando o mal estava feito, esse Pierce veio a mim gritando, escandalizado que eu houvesse manchado a honra de sua irmã. —Jeremy estremeceu ao recordar— Insistiu que eu devia me casar com aquela desavergonhada ou me entender com a ponta de sua espada. É surpreendente que depois ele ergueu a espada? —O jovem levantou a caneca e tomou um gole de cerveja— Pierce teve azar ao erguer a espada— acrescentou, assombrado— Creio que ele teria se dado melhor com as pistolas. —Jeremy… —Edward, que nos onze anos desde que o conhecera havia se tornado mais magro e atraente ao ter abandonado a vida desregrada, adotou uma expressão severa— Você está consciente de que cometeu assassinato, não está? Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 5. —Oh, vamos, tio Edward. —o censurou— Foi uma luta justa, inclusive seu próprio padrinho o disse. Além do mais, devo admitir que apontei para o braço, e não para o coração, mas o estúpido tentou fazer uma ameaça, e o seguinte que me lembro é que… —Não aprovo os duelos. —o interrompeu seu tio com tom imperioso — Tentei deixar-lhe bem claro da última vez que ocorreu. E me lembro perfeitamente de haver te dito que, se queria lutar, o fizesse no Continente, por Deus santo! Fazer parte da aristocracia não te coloca acima da lei, e você sabe. Assim, agora não te resta outro remédio a não ser sair do país. —Eu sei. —respondeu Jeremy revirando os olhos. Aquele sermão também já havia ouvido dezenas de vezes. Edward não percebeu o tom de voz cansado de seu sobrinho. —Suponho que a vila de Portofino será o melhor lugar, ainda que acredite que neste momento o apartamento de Paris também está desocupado. Como você preferir. Suponho que seis meses será suficiente. Tem sorte de a universidade não ter tido provas suficientes para interpor uma ação judicial, pois… —Sim —o interrompeu o jovem com uma piscadela,—pois agora mesmo estaria atrás das grades, ao invés de estar desfrutando de um copo de cerveja com meu querido tio Ed. —Agradeceria se não brincasse sobre isso —lhe repreendeu Edward com severidade—. Você é um duque, Jerry, e esse fato lhe confere tantos privilégios como responsabilidades, e uma delas é que deverias tentar não matar os demais cidadãos. Então foi Jeremy quem se aborreceu. Depois de pousar ruidosamente a jarra de cerveja, golpeou com força o centro da mesa com o punho tão fechado que os nós dos seus dedos estavam brancos. —Por acaso pensa que eu não sei? —explodiu com um tom de voz bastante baixo para não chamar a atenção dos demais clientes da taberna—. Não lembra que o senhor vem metendo isso na minha cabeça durante toda a última década? Desde o dia em que o senhor apareceu na porta de Applesby e informou a Pegeen de que eu era o herdeiro do ducado de Rawlings não tenho ouvido outra coisa que não seja “Não pode fazer isso, Jerry, lembre-se de que é um duque”, “Tem que fazer de outro modo, Jerry, pois é duque”. Por Santo Deus, o senhor tem idéia de que estou farto de que me digam o que devo e o que não devo fazer? Edward pestanejou, surpreendido diante daquele súbito arrebatamento de cólera. —Não… mas tenho a impressão de vai me dizer. —Eu nunca quis ir para outro colégio —continuou o jovem com amargura—. Preferia ter ficado na escola da vila, aqui, em Rawlingsgate. Mas ainda assim, fui enviado a Eton, e quando me expulsaram, subornaste os de Harrow, e depois os de Winchester, e logo decidiu que eu deveria passar os anos seguintes da minha vida na universidade. Eu não tinha nenhum interesse de ir para Oxford, e o senhor sabia disso, mas continuou insistindo embora soubesse que manejo muito melhor a espada do que a pena de um tinteiro. Então, agora não fique surpreso por terem me expulsado de Oxford só por que bati em um colega. —A quem admites ter assassinado —recapitulou o tio. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 6. —É claro que eu o matei! —Jeremy levantou as mãos com as palmas viradas para cima, num gesto de impotência—. Pierce era um canalha parasita, e não sou a única pessoa que se alegra de que ele esteja morto, mas eu não senti mais satisfação acabando com ele do que teria sentido esmagando um mosquito. E o senhor ainda tem a ousadia de me acusar de brincar sobre isso. O que quer que eu faça? Até agora, toda a minha vida não tem sido mais do que isso, uma brincadeira. Não é verdade? —O jovem olhou seu tio do outro lado da mesa—. Então, não foi sempre assim? Edward, cujas feições eram tão finamente talhadas e atraentes quanto as de seu sobrinho, esboçou uma careta cínica. —Ah, sim —respondeu com sarcasmo—. Sua existência tem sido verdadeiramente trágica. Nunca recebeu o amor nem carinho de ninguém. Sua tia Pegeen não sacrificou nada por você durante todos esses anos que cuidou de ti sem ter a mais remota idéia de que serias herdeiro de um ducado. Nunca se privou de comer para se assegurar de que você desfrutaria de um bom desjejum … —Não meta Pegeen nisso —interrompeu Jeremy de imediato—. Não estou falando dela, mas sim de como, depois de nos trazer a Rawlings e se casar com ela, o senhor… Pela primeira vez desde que lhe havia sabido da expulsão, Edward parecia se divertir. —Se o fato de eu ter me casado com sua tia lhe incomoda, Jerry, temo que seja um pouco tarde para remediar. Não esqueça de que você já tem quatro primos. Seria difícil convencer o arcebispo anular a nossa união. O jovem nem riu. —Veja bem, tio Edward —disse—. Reformularei a pergunta. Por que o senhor investiu tanto tempo e dinheiro para me encontrar há onze anos atrás, quando poderia ter dito a todo mundo que seu irmão mais velho não teve herdeiros, de forma que pudesse o senhor mesmo ficar com o título? —Porque isso não seria honesto —respondeu o tio, perplexo—. Eu sabia que John havia tido um filho antes de morrer, e era justo que essa criança herdasse o título de seu pai. —Não foi isso que o sir Arthur me contou —respondeu Jeremy negando com a cabeça—. Ele me disse que o senhor não queria carregar a responsabilidade de ser duque, e que faria qualquer coisa para evitar herdar o título. —Bem —respondeu Edward, dando de ombros, incomodado a pesar do impecável caimento do paletó—. Essa não foi a única razão mas não deixa de ser verdade. —Pois bem, como acha que me sinto? —inquiriu o jovem—. Eu também não queria! —E por que não, eu posso saber? —perguntou subindo o tom da voz—. Por acaso não possui uma das maiores fortunas da Inglaterra? Não tens os melhores cavalos? Não és o proprietário de uma casa em Londres, de uma das maiores mansões de Yorkshire, de um apartamento em Paris e de uma vila italiana? Tens mais de setecentos criados, o melhor alfaiate da Europa e um lugar na Câmara dos Lordes que, agora que alcançaste a maioridade, lhe cederei com muito gosto. Gozas de todos os privilégios, de todas as prerrogativas que alguém de sua posição merece… —Menos a liberdade para fazer o que desejo —interrompeu seu sobrinho com a voz baixa. —Ah, sim, muito bem —disse de novo Edward com sarcasmo—. Tenho que reconhecer de que é um preço alto. Mas o que deseja exatamente, Jerry? Quero dizer, fora se deitar com a mulherada e matar as pessoas. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 7. Foi uma sorte para o jovem que, nesse mesmo instante, a garçonete se aproximou da mesa, pois do contrário, talvez tivesse cometido outro homicídio. —Posso lhe trazer algo, excelência? —Rosalinda, cujas bochechas e a boca rosada faziam justiça ao seu nome, sorriu com graça para os dois cavalheiros enquanto se inclinava para limpar a mesa com um pano úmido, oferecendo a Jeremy uma generosa vista do precioso vale entre seios generosos—. Outra jarra de cerveja, pode ser? —Não, obrigado, Rosalinda —respondeu o duque fazendo um esforço para desviar o olhar para o rosto dela—. E o senhor, tio? O jovem se deu conta, com desgosto, que se tio nem se apercebeu do modo como havia se aberto o corpete da moça. Pelo que ele sabia, seu tio jamais havia olhado para outra mulher que não fosse sua esposa. —Como vai seu pai, Rosalinda? —perguntou Edward educadamente—. Ouvi dizer que ele não estava muito bem. —Ah, já está muito melhor. Obrigada, senhor. Ele tomou o tônico que nos mandou sua esposa e se recuperou em seguida. —Rosalinda conseguiu responder co cortesia a pergunta sem afastar seu olhar de Jeremy, quem, sentindo-se incapaz de desviar o olhar do decote dela, havia virado a cabeça para a janela—. Vai ficar mais tempo por aqui, excelência, ou vai voltar logo para seu estudos? —Não tenho certeza —respondeu o jovem—. Suponho que ficarei pelo menos uns dias… Como evitava a todo custo olhar a garçonete, o jovem não viu que ela sorria, nem capturou o fulgor naqueles olhos azuis. —Oh, me alegro muito. E certamente a senhorita Maggie também ficará muito contente. Outro dia mesmo eu a encontrei no mercado, e quando a perguntei quando voltaria a ver sua excelência, me respondeu que não sabia, mas que havia passado tanto tempo desde a última vez que se encontraram que nem se reconheceriam. Jeremy se limitou a assentir educadamente com a cabeça como resposta, mas, ao que parece, foi suficiente para que Rosalinda se retirasse como se lhe tivesse crescido asas. Quando a jovem estava longe o bastante para que não os ouvisse, o jovem afastou o olhar do cavalo em que fixou seu olhar durante todo o tempo em que a garçonete esteve falando e se virou para encarar o tio. —Está vendo? —perguntou—. Entende agora do que me refiro? Nem sequer posso estar tranqüilo na taberna da vila. Onde quer que eu vá, tenho que impor limites às pessoas que tem interesse em mim. —Não creio que Rosalinda Murphy tem interesse em ti, Jerry —replicou Edward com serenidade—. Me pareceu que ela só estava interessada no seu bem-estar. —Não se interessa por meu bem-estar —corrigiu o jovem—, mas sim por meu dinheiro. —Ou por tua pessoa —emendou seu tio com uma gargalhada—. A jovem é bastante prendada, que há de mal nisso? Jeremy respondeu com impaciência. - Mas não me desejam! – insistiu – Só o meu dinheiro, e esse maldito título! Todas as mulheres que conheço, no preciso instante em que sabem que sou duque, não param de repetir “ sua excelência isso” e “ sua excelência aquilo”, e só pensam no dia em que podem colocar em seu nome o título de duquesa de Rawlings. Eu vejo em seus olhos; se imaginam com a tiara no Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 8. cabelo e uma pele sobre os ombros. O que vê em seus olhos, Jerry, é desejo, mas não pelo título – respondeu o cavalheiro tentando, sem conseguir, conter um sorriso - . Olhe você mesmo. Talvez, na verdade, te considerem o garoto mirrado que era aos dez anos, mas Rosalinda vê alguém totalmente diferente. Ela vê um jovem alto e robusto, com o cabelo escuro e os olhos claros, com uns dentes bonitos... - Duvido que Rosalinda Murphy tenha observado em algum momento meus dentes – murmurou o jovem, tentando dissimular a vergonha que lhe provocava as palavras de seu tio. - Talvez não – riu –. Mas segue sendo um homem bonito, e não podes achar que as mulheres não te observem. E quando façam, não deveria depreciar essas atenções por acreditar ser fruto de interesse material. - Desde cedo ser duque não me facilita as coisas – sussurrou Jeremy incômodo, roçando com os lábios a espuma da cerveja –. Por Deus, mas se nem posso escolher a pessoa com quem quero me casar! Tem que ser uma mulher que saiba se comportar como uma duquesa. - Certo. Mas isso não significa que não podes encontrar a felicidade com uma mulher que além disso seja uma duquesa perfeita. – E, pensativamente, levantou a jarra -, No fim das contas eu consegui. - É uma pena que meu pai não fosse tão sensato – comentou o jovem com amargura –, De duas irmãs, escolheu a que no final fez com que o matassem. Surpreendido e incomodado, Edward pigarreou com a garganta e deixou a jarra na mesa. - Sim, em fim. No entanto, creio que quando John conheceu a sua irmã, Pegeen só tinha dez anos, assim não estava disponível. Prontamente, como se tivesse lembrado de algo, inclinou-se para frente e, em um tom de voz totalmente distinto, acrescentou -, Por certo, Jerry, não diga à sua tia por quê foi expulso desta vez. - Não ia fazê-lo – replicou o jovem com frieza -. A última coisa que quero é que tia Pegeen saiba. No entanto, estou seguro de que acabará sabendo de todo modo. Inclusive é possível que saia nos jornais. - Desde cedo – respondeu seu tio assentindo brevemente com a cabeça-. Mas não é o mesmo que se você confessasse. Essa seria a única maneira para Pegeen crer que cometeu um assassinato. - Tem razão, - continuou Jeremy com um sorriso tão cínico como o de seu tio momentos antes. Como eu iria fazer algo assim, um garotinho que chorou durante horas depois de sua primeira caçada porque sentia pena pela raposa. - Tampouco choraste tanto – replicou Edward se remexendo no assento, ao recordar aquele infeliz dia-. Mas tem razão. É difícil conciliar o que eras então com o que é agora. - E o que sou agora? – Perguntou Jeremy, com a mesma expressão sarcástica no rosto. - Você saberá – respondeu seu tio antes de tomar outro gole de cerveja. Depois perguntou-. Que tipo de homem quer ser? -O que seja, menos duque – disse sem pensar duas vezes. Mas isso é impossível. O jovem assentiu, como se esperasse aquela resposta e, sem dizer uma palavras mais, se levantou. - Onde vais? – perguntou Edward surpreendido. - Ao inferno. – respondeu o jovem com indiferença. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 9. -Ah – assentiu Edward, ficando para trás na mesa. Levantou a jarra de cerveja em direção às costas de seu sobrinho, como se brindasse solenemente-. Então te esperamos em casa para a cena. Capítulo 2 - Oh, Maggie! – exclamou Lady Edward Rawlings depois de retirar o papel de seda que envolvia um pequeno lenço -. Oh! É magnífico! De pé atrás da cadeira de Pegeen, Maggie Herbert olhou o quadro e enrugou o nariz com ceticismo. “Há muito verde – pensou -. Sim, o fundo tem um tom excessivamente verde.” Enquanto examinava a pintura, uma pétala branca caiu dos ramos que se estendiam por suas cabeças e, depois de descrever uma espiral, pousou sobre a pintura. A garota pensou que aquilo melhorava sua obra, mas a dama o retirou em seguida. - Estou impaciente para mostrá-lo ao meu esposo – adicionou com a vista fixa no quadro -. Vai encantá-lo. Nenhum dos retratos que temos mandado fazer das crianças os reproduz com tanta fidelidade... - Sério? – perguntou a garota com um toque de incredulidade na voz. Inclinou os olhos até ver confusa a imagem do lenço, mas só conseguiu ver a série de formas e cores que havia pintado no dia anterior, e não o detalhado retrato que Lady Edward descrevia. Além de que, havia muito verde. -Oh sim! – Lhe assegurou -. É como se tivesse conseguido capturar suas jovens almas. -Oh, não, por favor! – riu Maggie -. Se realmente tivesse conseguido, Lizzie seria completamente distinta. Assim com está, tem uma expressão muito doce. - A que você se refere com “demasiado doce”? – Pegeen alcançou a pintura, que media pouco mais de quinze centímetros de lado, e a manteve no alto com os braços estendidos. Estava tão emocionada pelo retrato que parecia incapaz de apartar a visão dele -. Lizzie tem um aspecto adorável, e John também. Oh, e olhe a pose de Mary. E o queixo de Alistair. Você os reproduziu maravilhosamente! Eu ouvi alguns dizendo que o queixo de Alistair lhe dava a aparência de teimoso, mas só é firmeza. Maggie voltou-se para sua mãe, sentada em uma cadeira de jardim de ferro forjado frente a Pegeen, e trocaram um olhar de cumplicidade. Todos os filhos dos Rawlings tinham um queixo proeminente, com se, de um modo inconsciente, imitaram a expressão de teimosia de sua mãe em seus momentos de maior intransigência, e o fato de que a dama se nega a reconhecer-lo era motivo de zombaria entre seus amigos e vizinhos. - Oh – suspirou Pegeen, ainda embelezada -. É precioso. Não sei como consegues. - Eu tampouco – interveio Lady Herbert enquanto se inclinava para servir outra xícara de chá do jogo de prata colocado na mesinha de centro instalada entre ambas as damas. Pegeen estava grávida, não tão avançada como a irmã maior de Maggie, Anne, que sentada em frente a sua mãe sustentava a xícara de chá sobre a volumosa barriga. Por causa do estado da anfitriã, Lady Herbert havia assumido este papel, mesmo que, de fato, ela e suas filhas eram convidadas de Pegeen na mansão em que sir Arthur, o pai de Maggie, trabalhava como Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 10. administrador das propriedades do jovem duque. Os Herbert passavam tanto tempo em Rawlings que Maggie havia chegado a considerar um segundo lar, e tendia a comportar-se como se fosse. Esta conduta desgostava a recatada Anne, especialmente quando via a sua irmã menor deslizar-se pelos corrimões, algo que fazia muito desde o ano anterior. -Desde cedo, não é um talento que foi herdado por mim – afirmou Lady Herbert enquanto removia o açúcar que acabou de depositar em sua xícara de chá -. Deve ter vindo por parte de pai. - De papai? – Anne pareceu incomodada, algo que ocorria sempre que se mencionava o talento artístico de sua irmã menor -. Nunca. Ninguém da família do papai pegou uma só vez em um pincel na vida. Por Deus, mamãe. Como podes sugerir uma coisa assim? Maggie voltou sua atenção ao pequeno retrato que acabou de presentear e meneou a cabeça. - Não, o sorriso de Lizzie não está bem – murmurou para si mesma -. Nem de longe consegue ser tão travessa. Infelizmente a mãe de Lizzie ouviu - Travessa? - disse Pegeen pressionando o pano contra o seu peito , como se estivesse com medo que a menina poderia estender a mão para fazer essas mudanças. - Tolice , minha filha não é nem um pouco travessa , mas é um anjo , todos os meus filhos são! - uma vez que a menina não tinha a intenção de exigir o dom (? , a mulher jogou um olhar sobre o retrato e voltou a se alienar novamente em louvor - Oh Anne , veja como pintou os olhos de John! Tinha visto algo tão incrível? A filha caçula de Herbert , que ainda não parecia convencida , desviou seu olhar do quadro para o jardim ,onde os filhos que Pegeen insistia em chamar de 'anjos' se dedicavam a destruir um canteiro de rosas. Os filhos de Anne colaboravam nessa tarefa , mas eram bastante menos 'revoltados' do que os Rawlings , e tinham quinze garotos da casa Rawlings para órfãos , que tinham sido convidados por Pegeen para um piquenique no jardim , para celebrar a festa de primavera em primeiro de maio. Um fugaz relance na filha mais velha de Edward e Pegeen foi o suficiente para convencer Maggie , que indubitavelmente , tinha pintado uma expressão muito doce. Elisabeth Rawlings era uma menina linda mas tão teimosa como o pai e a mãe , uma característica que foi ilustrada , ao mesmo tempo que jogava uma bola de barro em seu irmão porque ele se recusou a obedecer suas ordens. - Por certo Maggie , você conseguiu convencer o seu pai a deixá-la freqüentar uma academia de arte parisiense da qual eu lhe falei? - indagou Pegeen - Não - respondeu a jovem sem esconder o ressentimento em sua voz - ele crê que no momento que sair da Inglaterra me deixarei seduzir e serei levada para o Marrocos , onde serei vendida como uma escrava para um príncipe Árabe! - Maggie! - Anne deixou a xícara bater sobre o pires - Posso saber do que vocês está falando? - exclamou Lady Herbert com a mesma expressão de espanto que sua filha mais velha , embora com uma voz mais suave. - Seu pai não acredita nisso! - Sim ele pensa - respondeu a menina com um suspiro , enquanto se recostava em um tronco de cerejeira - Papai está consciente de minhas peculiares inclinações carnais. - Maggie! - exclamou Anne envergonhada , com as bochechas pintadas de um forte carmim - Quantas vezes tenho que lhe dizer em público que não usam palavras como ... como... - sua voz se tornou um sussurro - carnal - e dirigindo - se a Pegeen acrescentou no tom de súplica - Ah! pare de rir Lady Edward , isso só vai incentivá-la a prosseguir! - Oh! - exclamou Pegeen sobre as lágrimas que escapavam pelos seus olhos verdes - Oh querida Maggie , é verdade! não pode dizer essas coisas , vai acabar ganhando uma péssima reputação! - Entre quem? - questionou a menina enojada - entre os moradores da cidade? duvido que se Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 11. importem que eu use a palavra carnal! - Não , não se trata deles minha filha - fala suavemente Lady Herbert - mas os jovens cavalheiros - Quem está falando? - a menina começou a rasgar pedaços de casca do tronco de cerejeira com uma vara de ponta afiada que encontrou sobre a erva fresca - os únicos jovens que temos por aqui são pastores , e duvido que eles saibam muito sobre prazeres carnais! - Maggie! - Anne parecia a ponto de beliscar a irmã menor , No entanto, a sua barriga proeminente, não lhe permitem mover com agilidade, e sabia, por experiência que tinha que ser rápido se quisesse repreender sem receber uma bofetada.- Pelo amor de Deus! A menina deu de ombros - Bom , é a verdade! - Sim , mas tem quase dezessete anos querida! - respondeu sua irmão com uma serenidade forçada - no ano que vem comemorará o seus dezoito anos , e tenho certeza que durante sua primeira temporada em Londres , os jovens não estarão interessados em suas ... inclinações! - Na realidade - interveio Pegeen pensativa - creio que eles amariam conhecê-las, mas acho que não deve espalhar isso aos quatro ventos - Está vendo? - continua a irmã mais velha - tomemos o caso de Lady Edward , este é o mesmo que vocês diz , se vocês quer encontrar um marido em Londres , têm que começar a se comportar como uma dama. - Mas não quero me comportar como uma dama! - sussurrou a menina encarando um buraco que estava fazendo no tronco da árvore se agir como uma dama quer dizer , não fazer nada mais o dia todo além de combinar roupas- sussurrou enquanto arrancava um bom pedaço da casca da árvore com o bastão - e não fazer nada mais a noite além de escutar conversas insípidas de barões idiotas! - O que está fazendo com a árvore? - indagou Lady Herbert - venha , sente-se e largue esse bastão! Maggie desceu da árvore , mas não se sentou. Ficou de pé na frente do buraco que tinha feito - não sei porque se sentiu culpada de ferir uma inocente árvore , mas pensou que era um melhor ataque a árvore do que a sua irmã mais velha! - Se não quer se comportar como uma dama Margaret o que quer fazer? - perguntou sua mãe com humor em sua voz - Eu te disse mãe - suspirou a menina - Pintar é o que eu quero , e aprender com madame Bonheur. Lady Herbert levantou a vista para o céu , mas foi Anne que respondeu. - Já sabe que é impossível freqüentar a Academia de Arte de Madame Bonheur. - mãe , vocês tem que ser firme e dizer de uma vez , você não pode permitir que ... - Mas porquê? - Pegeen perguntou com uma certa impaciência Maggie não podia deixar de sorrir , Lady Edward parecia estar sempre procurando uma causa para defender , e naquele dia havia tocado nela.- Porque é impossível? É ridículo não usar os talentos de sua irmã , é mil vezes melhor que o pintor que Edward chamou ano passado para me fazer um retrato. Olha as cores do retrato dos meninos! - Pegeen levantou o pano para que pudessem ver bem o misto de modo que cada um se parece com uma verdadeira jóia. Ela captou a expressão dos meninos com mais habilidade do que um daguerreótipo. - Eu concordo plenamente com você - afirmou Lady Herbert com tom cansado , - mas ... - Eu suponho que Sir Arthur não tenha essa idéia ultrapassada de que educar uma menina é um desperdício de dinheiro , certo? - indagou Pegeen - Porque se for assim eu vou ser feliz em dizer quatro coisas para Herbert Park - Não apenas isso - respondeu Anne severamente - O Papai não aprova mulheres que trabalham fora de casa, muito menos se o trabalho tem a ver com arte ... Jesus Cristo! A própria idéia coloca-o à beira de um ataque cardíaco. No entanto, devo dizer que concordo com ele. É escandaloso que muitas meninas que vão a Londres em busca de uma carreira como enfermeiras, funcionárias, professoras e sabe Deus o que mais. Mas acho que elas não têm escolha, porque elas precisam trabalhar para sobreviver. Mas Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 12. Maggie? Ela não precisa trabalhar! Só porque você sente que pretende fazê-lo, e isso é absolutamente ridículo. Toda a gente sabe que a única ocupação para as mulheres é a maternidade ... - Sim querida ... - sua mão a interrompeu com um sorriso condescendente - Todos sabemos a importância que você dá para ser uma mãe, mas acho que a principal objeção do seu pai Maggie é que vocês é a mais jovem , e a única que ainda vive conosco. Lady Herbert sorriu carinhosamente pra sua filha mais jovem que estava olhando para as flores de cereja que estavam por sobre sua cabeça - Ainda não estamos preparados para deixá-la ir - Mas tem que fazê-lo - respondeu Pegeen - seu aniversário de 18 é na próxima temporada A dama deixou sair um curto gemido de dor , enquanto mordia um pedaço da torta - E conhecendo-a ela irá detestar! - suspirou depois de deixarem o titular na chapa , apoiada no colo Pegeen não riu. - Tenho certeza. Uma rapariga como ela... - Uma menina como ela não vai durar um minuto, em Londres - continuou a menina irritada por falarem sobre ela como se ela não estivesse lá - grande mundo rapidamente deixado para trás. As outras meninas riem dela porque ele é muito alta, fala forte , e tem sua unhas pintadas. E os homens, se eles estão conscientes da sua existência, vão se sentir incomodados porque ela usa palavras como "carnal" em público. - Oh não Senhora - disse Lady Edward Claro que não. Você é muito bonita, tem um lindo cabelo castanho e grandes olhos castanhos. Você está mais bonita que a filha mais velha do Smythe, e você vai ter um bom casamento. - O que importa que é bom? - sempre que vocês abre a boca , o quarto começa a esvaziar! Fala com demasiado descaro. — Não é bem assim — protestou Pegeen—. Ela só diz o que pensa, sempre foi dessa maneira. — E, voltando-se para Maggie com um sorriso, acrescentou —. Por isso gosto tanto dela. —Diz a primeira coisa que lhe vem à cabeça sem pensar nas consequências —continuou Anne, sem a menor expressão de afeto —. Além do mais, costuma fazê-lo quando ninguém pede sua opinião. —Porque é muito honesta. — interveio Lady Herbert, vindo em defesa de sua filha mais nova. —Mãe, mas não tem o mínimo senso de decoro. Outro dia a encontrei subindo em uma árvore com a saia do vestido presa no elástico da roupa de baixo. As três damas se voltaram para Maggie com uma expressão acusadora no olhar. — Precisava de flores para uma coisa —murmurou, endireitando-se, com toda dignidade que foi capaz. —Margaret — sua mãe repreendeu-a —. A verdade é que às vezes você leva as coisas longe demais. Poderia tê-las pedido ao jardineiro. —Acho que vou ver o que as crianças estão fazendo. — respondeu a jovem engolindo saliva. — Melhor assim. — Lady Herbert respondeu com tanta diligência que Maggie logo se deu conta que queria que se retirasse para falar sobre ela. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 13. Com um suspiro, ela se afastou da árvore e começou a caminhar em direção ao local do qual vieram os gritos das crianças. Foi um dia de maio extraordinariamente quente, a primeira coisa que trouxe a primavera e a jovem tomou todas as manhãs com certo sentimento de letargia. Ela sabia que parte do seu torpor era devido ao tédio, uma vez que ela havia concluído o retrato dos filhos dos Rawlings, agora não tinha nada para fazer, ou de qualquer projeto em perspectiva. Ah, tinha pintura que a velha dama Ashforth tinha solicitado, mas era de dois gatos, mais isto não a entusiasmara. A pintar pessoas era muito mais interessante e sempre representou um desafio, tinha que captar exatamente sua expressão, e obter o máximo da pessoa retratada sem deixá-la ofendida... isso sim era excitante. Pinturas de gatos eram muito fáceis. Ao se aproximar das crianças, Maggie viu Elisabeth, cuja expressão tinha sido mostrado com tanta doçura no retrato, tinha imobilizado seu irmão segurando a cabeça dele debaixo do seu braço. Sua babá e as funcionárias do orfanato não estavam em qualquer lugar. Conhecendo as crianças, não teria se surpreendido se encontrasse as pobres mulheres amordaçadas e com os pés e as mãos amarrados no labirinto de arbustos. Com um suspiro, reuniu saia de musselina do seu vestido branco e correu para salvar o menino, que chorava com desespero, a tirania de sua irmã. -Mas ele ta insistindo que o primeiro-ministro - disse Lizzie quando Maggie a interrompeu. E assume-se que hoje o primeiro-ministro seja eu. A mamãe que falou. -Garotas não pode ser o primeiro-ministro - insistiu John. –O papai que disse. Maggie recordou que havia mantido discussões parecidas, com o Duque de Rawlings, há muitos anos. - Por que não jogam outra coisa? - O que pensam em jogar um jogo que seu primo Jerry e eu inventamos quando éramos pequenos? Lizzie, que teve de esticar o pescoço para olhar para o rosto da jovem, parecia intrigada. - Você já foi pequena alguma vez? Ela perguntou, incrédula. Mas você é tão alta! Não sou tanto –sussurrou Maggie,tentando esconder sua irritação. Sim, sim, você é – interrompeu John. Mais do que o papai. -Eu não sou maior que o seu pai, - disse Maggie, cada vez mais chateada. Talvez mais do que sua mãe, mas não maior que seu pai, tenho certeza. -Sim você é o garoto insistiu.- Certo, Lizzie? Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 14. -"Não", -respondeu a jovem Elisabeth olhando a jovem Herbert de cima para baixo. Mesmo assim, você é muito alta. -E acima de tudo, por ser uma menina. Margaret sentiu que ficou ruborizada, então ficou zangado com ela mesmo por permitir esta criança inocente a amolentasse, sabia que era muito vulnerável quando se tratava da sua altura. Mas o que importância tinha que havia sido sempre a menina mais do colégio? Pelo menos, tinham finalmente parado de crescer. Com quase um e setenta metros de altura, que ela tinha alcançado quando ela tinha apenas dez anos, era mais alta do que sua mãe e quaisquer de suas irmãs, e apenas um pouco menor do que o seu pai. No entanto, não tinha dúvida que ser alto tinha suas vantagens. Ele sabia que o novo meio, a crinolina que se tornou moda,que tinha a parte frontal plana e a parte traseira grande, lhe assentava muito bem, e lhe moldava soberbamente à figura. Ela também poderia alcançar o que precisasse sobre as prateleiras mais altas, tornando-se uma grande vantagem quando fazia compras. -Ouça-me – ela disse para crianças dos Rawlings. Quando seu primo Jerry e eu éramos crianças, jogávamos um jogo chamado Marajó, que era muito divertido. Um fazia o príncipe o outro a princesa indiana e o outro intrépido explorador Inglês, a quem o marajá captura e amarra em uma estaca para queimá-lo vivo como uma homenagem a um deus pagão. Os demais podem ser os soldados britânicos, e vocês devem tentar resgatá-lo dos selvagens dançando em torno da pira ardente e que dispararam dardos venenosos nos soldados. É ai parece bom? Eu vou ser o marajá - disse Lizzie. Não - disse John. Quero ser eu. -Você será o intrépido explorador, - disse à irmã dele calmamente. John se enfureceu tanto quanto Jeremy, quando Maggie insistia que ele seria o explorador. No entanto, convencida de que tinha feito o seu dever, a jovem deu meia volta e começo a caminhar para o grupo de senhoras sentadas à sombra da cerejeira. Antes de chegar ao ponto em que elas estavam pode ouvir suas melodiosas vozes. -Não há nada impróprio, que uma dama seja uma pintora de retratos Anne. -disse a voz inconfundível rouca de Pegeen, com esse ligeiro sotaque escocês nas vogais. Têm havido muitas ao longo da história ... -Pergunto-me quantos foram casadas – interrompeu sua amiga indignada. Aposto que foram poucas. Uma mulher não pode ter ambos, o marido e o trabalho. Talvez não - disse Pegeen, pensativa. A menos se casar com um homem que a entenda ... E com uma voz alegre ela acrescentou. - O Melhor de tudo é que com o talento que tem, é provável que Maggie não precisará se casar. A menos que ela queira, claro. Poderá manter se, retratando as crianças de boa família. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 15. Ao dar se conta que falavam sobre ela, o jovem sentiu ardiam lhes as bochechas. Ela sabia que ela deveria fazer sentir a sua presença, mas a tentação de escutar as escondidas era demasiado forte. Fingindo um súbito interesse por uma platéia de íris, ela aguçou os ouvidos. Mas isso é o que mais me preocupa Pegeen - disse Anne. –Você sabe o quão excêntrica que pode ser minha irmã. Imagine se ela apaixona por um desses poetas franceses mortos de fome e vai viver em um sótão em Montmartre infectado com um monte de artistas. Estas pessoas não acreditam na instituição do casamento, você sabe? Dizem que é burguês. Então minha irmã se transforme em uma mulher perdida. O que as pessoas vão dizer sobre nós, então, hein? Pegeen inspirou profundamente antes de responder, o que permitiu a Lady Herbert respondesse antes do que ela. -A verdade é que eu acho que você é demasiada dura para com a sua irmã. Ela não é uma menina tola. Duvido que faça algo tão estúpido como se apaixonar por um francês. Eu tenho certeza que você pode haver coisas piores. -respondeu Anne, que nesse caso, não concordava com a opinião de sua mãe. Isso você pode ter certeza. Papai e a senhora permitiram que se tornasse uma garota rebelde. Não tente negá-lo, eu tenho visto com meus próprios olhos. Vocês a tem estragado. Como você pode explicar isso? Nenhum de nós, Elisabeth, Fanny, Claire nem eu somos tão teimosas ou obstinadas como ela. Bem ... "respondeu a Lady, meditando. Nenhuma de vocês tiveram a influência que ela recebeu... A voz da senhora morreu, mas Maggie não foi à única que compreendeu o que ela quis dizer. Pegeen se apresou a sair em defesa de seu sobrinho. - Oh suponho que se refere a Jerry - disse levianamente. É verdade que eles têm sido inseparáveis, mas devo dizer-vos que, apesar do fato de que o meu sobrinho era muito maior, sempre me pareceu que era Margaret que tramava suas travessuras. Por um longo tempo, ela foi fisicamente superior. Na realidade, uma vez eu a encontrei esfregando o rosto de Jerry na lama, e ele parecia incapaz de se defender. Ele devia ter uns doze anos, o que significa que sua filha tinha sete anos, mas mesmo assim, ela era muito mais alta. Imagino que deve ter sido muito humilhante para ele. -Eu suponho que não veremos Sua Graça em breve – aventurou Anne com fingido descuido. Maggie sabia muito bem como a desagradava o duque à sua irmã. – Continua em Oxford, certo? -Só ontem à noite, recebemos um telegrama anunciando sua volta hoje mesmo – respondeu a anfitriã calmamente. De acordo com Lucy disse-me que ela ouviu dizer da cozinheira, cujo sobrinho tem trabalhado como valete de Jerry e o último trimestre, esta manhã, ele e seu tio tem uma reunião a ser realizada em segredo, e é por isso que Edward foi ao povoado com a Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 16. carruagem para esperá-lo a uma hora atrás. Suponho que não querem que eu saiba a razão para o inesperado retorno do meu sobrinho. Estou curiosa para ver quanto tempo eles conseguem manter segredo desta vez. Maggie não ficou para ouvir o resto da conversa. No momento em que ela ouviu o nome de Jeremy e soube que ele estava a caminho de Rawlings, seus lábios abriram em um grande sorriso e sentiu que seus pés, como que por vontade própria, começaram a andar em direção a casa. Sabia que o Duque ia subir ao longo da avenida alinhada com carvalhos, e que passaria por debaixo de uma das antigas arvores, que ficava perto da estrada, apesar dos esforços dos jardineiros, que durante anos tentaram sustentar o tronco com suportes metálicos. Os ramos da copa formaram uma espécie de dossel para pouco mais de dois metros do solo. Seria divertido fazer uma emboscada, igual ao que faziam quando éramos crianças e assaltavam os visitantes, uma vez em que entravam no caminho para a mansão. Não, seria difícil fazer-lo cair do cavalo, era o mínimo que merecia por ter sido expulso novamente, se caso Pegeen tivesse certa. Ignorando completamente os apelos de sua irmã para se comportar como uma dama, a menina levantou a sua saia e começou a correr pela relva em frente da mansão dos Rawlings, sem perceber que, para além das botas sem saltos, mostrava as brancas e torneadas panturrilhas. Fazia muito tempo que não via Jeremy, já que suas férias escolares não coincidiam, e quando sim, um deles estava na cidade ou no estrangeiro, por isso não tinha certeza que ia reconhecê-lo. Segundo contavam seus tios orgulhosamente, o jovem tinha-se tornado um verdadeiro cavalheiro: ele era um perito cavaleiro, inigualável esgrimista, excelente nadador e boxeador. Suas irmãs mais velhas, que haviam encontrado com ele em alguns bailes em Londres, asseguraram que o Duque era um jovem muito bonito, algo que Maggie achava difícil de acreditar. E o que era ainda mais ridículo: elas insistiam que era muito alto. Jerry mais alto que ela? Impossível. A jovem Herbert escalou a árvore, sem qualquer dificuldade, mas ao fazê-lo, ela rasgou a meia, rasgou a crinolina e soltou um botão de madrepérola do Jugo, sem que ela repara se. Após alguns instantes, ela estava sentado confortavelmente nuns dos frondosos ramos que cobriam a estrada. A partir de sua posição privilegiada, a cerca de dois metros acima do solo, teve uma visão clara da avenida, no início da qual cavalgava um homem sozinho a meio galope. Com grande decepção, ela descobriu em seguida que não se tratava do seu amigo, uma vez que o cavaleiro tinha ombros demasiado grandes e era muito alto. Na realidade, parecia muito com Lorde Edward, mas o seu cavalo era castanho, e o do homem que chegava era negro como o carvão ... parecido com Rei, o cavalo de Jeremy. A jovem inclinou-se para frente até deita-se sobre um grosso ramo, e olhou através da folhagem espessa e viu com grande surpresa, que na verdade, era rei, o primeiro cavalo do Duque, que manteve como seu favorito. Jerry não deixava ninguém montar nele, de modo que significa que ... Não, não podia ser. Ninguém muda tanto, em tão pouco tempo –rapidamente contou nos dedos o tempo em que não se viam – cinco anos. Nossa, já haviam se passado 5 anos! Ao levantar a vista, Maggie viu que o cavaleiro e sua montaria já estavam quase debaixo dela, e Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 17. não havia menor duvida, que esse jovem era Jeremy. E suas irmãs não estavam a mentir, tinha-se tornado um jovem muito bonito. Para as mulheres que gostam desse tipo de homem byroniano e melancólico devia lhes parecer irresistível. Ela, no entanto, preferia os homens robustos. De sua posição privilegiada, Maggie viu que os cabelos encaracolados e escuros, do jovem saiam inquietos sob o elegante chapéu, e cujo prateado dos olhos tinham um olhar penetrante e uma expressão de ironia que imediatamente reconheceu. O Duque pareceu irritado, ele estava apertando mandíbula e queixo elevado, como se quisesse ajeitar o lenço usado ao redor do pescoço. Os longos dedos agarravam as rédeas da montaria que cavalgava com a mesma naturalidade como se fosse à extensão do seu próprio corpo. A garota observou com interesse, e percebeu que ele parecia tão magro e forte como os ferreiros, cujo tronco nu tinha furtivamente admirado quando forjavam a golpes de martelo as ferraduras para os cavalos de seu pai. Meu deus, lá estava ela tendo de novo uma de suas fantasias carnais! "Mas é o Jerry!" Pensou escandalizada. O que estava acontecendo? Não podia pensar nele dessa maneira. Havia bombardeado esse garoto com bolas de neve e havia esfregado sua cara na lama mais vezes que podia se lembrar. Jeremy estava passando naquele justo momento por debaixo dela, tão perto que poderia remover o chapéu da sua cabeça, sem nenhum problema. Um segundo mais ia partir a toda pressa, estragando a surpresa. Sem pensar mais, Maggie esticou o braço em uma tentativa de tirar o chapéu, pois se a rir antecipando sua reação. No entanto, ao ir para frente perdeu o equilíbrio e escorregou do ramo em que ela estava encostada. Tentou desesperadamente agarra-se a ele em vão. Um instante depois caia em direção ao ar. Capítulo 3 A primeira coisa que Jeremy pensou quando ouviu um guincho e sentiu o impacto de um corpo contra o dele era que, de uma forma ou de outra, Pierce havia retornado dos mortos e queria vingar-se dele por haver desflorado sua irmã e telo assassinado. Por isso, sua primeira reação foi virar-se na sela e empurrar o seu adversário, no entanto, o assaltante tinha colocado seus braços suaves e morenos ao redor do seu pescoço, e precipitando a queda de ambos. O rapaz nunca soube determinar com precisão em que ponto ele percebeu que seu atacante tinha cabelos compridos ate à cintura e generosos seios, mas foi provavelmente quando colidiram contra o chão e rodaram poucos metros na grama, emaranhadas com a crinolina da saia. Atordoado pelo golpe, o Duque demorou um momento para perceber que ele estava deitado em cima de uma mulher, e portanto não poderia ser Pierce, a menos que ele tivesse crescido no peito após a sua morte. De fato, antes de levantar a cabeça, estava recostada entre os seios, que pareciam ter sido libertado da opressão do espartilho, e enquanto sua Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 18. dona estava estendida para cima, ainda se situava em direção ao sol.( essa parte ficou meia confusa para mim) Ele pelo menos, se sentiu muito confortável nessa posição. Jeremy pensou se ele a havia deixado sem fôlego, a queda poderia ter deixado a mulher inconsciente, e decidiu se comportar como um cavalheiro e ir ate ela para ver se podia ajudar. No entanto, ao alcançá-la encontrou olhos castanhos de expressão sorridente e estranhamente familiar que o olhavam fixamente. - Você é um porco! -disse a moça com um tom de zombaria uma voz muito doce e sonora para pronunciar aquelas palavras. - Grita como um porco espancado. Eu nunca tinha ouvido nada parecido. Por alguns momentos, o jovem realmente acreditou que ele tinha na sua frente um fantasma. Apenas um ser sobrenatural poderia assemelhar tanto a alguém que conhecia, ao mesmo tempo, parece tão diferente. Parecia que a garota estava deitada sob seu corpo era Maggie Herbert, que também era a única mulher que ele sabia que podia falar assim. No entanto, não podia ser ela, pois não era a mesma pessoa que havia lhe atormentado durante a sua infância. A última vez que viu Maggie Herbert ele conhecia tinha os dentes separados, era magra, usava os cabelos recolhidos em duas tranças e tinha pernas tão longas que parecia em expansão e que parecia não saber o que fazer com elas, as quais se assemelham a um potro recém- nascido, que dá os primeiros passos. Mas essa mulher via tinha o corpo mais robusto e exuberante que uma cortesã cara, e Jeremy havia estado com mais de uma, então sabia do que falava. Em nada recordava o potro, e ele não tinha a menor dúvida de que as pernas em que se recostava não tinha nada de desajeitadas. Na verdade, as coxas, abertas ao abrigo do seu peso, perfeitamente harmonizadas com as outras partes de um corpo magro, forte, mas, acima de tudo, extremamente feminino. Então ele percebeu que a filha caçula de Sir Arthur tinha crescido e se transformado em uma linda garota, você poderia dizer de seios abundante, mas com os punhos e tornozelos finos e delgados e a cintura muito estreita. Era a mulher mais linda que ele tinha conhecido até então, e não parecia perceber a sua recém-adquirida curvas feminina... ou o efeito que eles possam ter sobre um homem. Só quando olhou para a cara dela e que percebeu que a menina que conheceu e aquela garota eram a mesma pessoa. Já não usava tranças, em seu lugar havia um cabelo castanho tão escuro, contrastando com o verde da grama fresca, parecia quase negro. Também não tinha os dentes separados, sim bem dispostos e muito brancos. Contudo, ele reconheceu o brilho daqueles olhos escuros é uma expressão muito gentil para ser mal, mas muito travessa para parecerem ingênuos. Além disso, a moça fez uma careta com a boca, cujos lábios sempre lhe haviam parecido demasiados grossos, e agora lhe resultavam sensuais e tentadores, ele se recordou da pequena Maggie, a menina que o atormentava sem piedade, mas que tinham lhe avisado que ele não poderia retaliar porque era uma menina. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 19. E agora, parecia que, pelo simples fato de crescer, Maggie Herbert vencia novamente, porque Jeremy nunca tinha visto uma mulher tão bela e tão estranha ao seu charme. - Ah! exclamou a garota, rindo. Que cara você fez. É de morrer de rir! O duque levantou apoiando-se nos cotovelos, seu rosto a poucos centímetros da aquela jovem com abundantes seios. - Você ficou louca? Ele perguntou severamente. Percebendo que a sua única resposta foi um riso, continuou ele. – Poderia ter me matado. -Haveria valido a pena - respondeu com entusiasmo. Ria tão forte que o rapaz, ainda deitado em cima dela, sentia os movimentos espasmódicos dos músculos do estômago sob o espartilho. Maggie Herbert usava espartilho! Sempre tinha pensado que não viveria para ver isso. -Mesmo assim, você não pode andar por aí dando estas pancadas - respondeu sério. Poderia ter causado muito mais danos. -Oh, bem. Nunca soubeste encarar uma brincadeira. Já vi que todas estas escolas para crianças ricas não conseguiram mudar-lo. -Depois de afastar algumas mechas do cabelo escuro para longe do seu rosto oval, Maggie apoiou-se nos cotovelos. Isso fez com que o corpete do vestido se abrisse ainda mais e oferecendo ao rapaz uma esplêndida vista do que escondiam o topo das rendas da camisola. Ao contrário do que aconteceu naquela manhã na taberna, e que naquele momento era impossível desviar os olhos, e parecia que não podia mover de onde estava e nem deixar de admirar as curvas daquela pele macia. Maggie demorou apenas instante em fixar-se nos olhos do duque, que sempre acreditou que eram de uma cor cinza embasado, mas ao olhar-los naquela posição pareciam mais expressivos do que recordava, na verdade, a Iris era de uma cor azul clara com reflexos prateados. Mas seu amigo não olhava-lhe o rosto. Na realidade, parecia enraizado no seu peito, de repente ela percebeu o botão que havia perdido ao subir a arvore desempenhava uma função essencial, e que seus exuberantes seios sobressaíam pra fora do decote do vestido branco. Imediatamente, Maggie começou a ser debater-se um mar de emoções conflitantes. Por um lado, mesmo em uma situação tão embaraçosa como essa, a situação parecia realmente cômica. Estava com os seios desnudos na frente do Duque de Rawlings! Que ia dizer Lady Herbert? No entanto, por outro lado, a forma como a jovem olhava não era engraçado em todo. Se tinha alguma duvida de Jeremy havia mudado desde a ultima que o viu a expressão em seu rosto, nesse momento não deixou margem para dúvidas. Nunca antes tinha visto ele com um olhar como aquele. Ou pelo menos dirigido para ela. No entanto, foi o tipo de olhar que atraiu nos últimos meses. Ela tinha visto nos olhos de alguns desconhecidos, que tinham atravessado na aldeia, era uma expressão de admiração, mas havia algo mais do que isso, e que só poderia ser descrita como ... desejo. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 20. Desejo? De Jeremy? Naquele momento ela percebeu que aquele já não era um jogo infantil. O rapaz que estava deitado sobre ela já não era uma criança, mas um homem de mais de vinte anos. E ela era uma mulher, ou quase, por isso é melhor ser separassem antes que alguém passasse por ali ou visse uma das janelas da mansão. -Saia de cima de mim- balbuciou Maggie, voltando a deitar-se no chão. Embora tenha sido obrigada a baixar a cabeça e os ombros, a situação piorou aparentemente permitido melhor visão do decote do vestido. “Acho que você perdeu um botão, Mag“, - disse o duque com um certo divertimento, desfrutando do embaraço da jovem, tanto como da vista oferecida. -Acho que eu não vi imbecil? Ela respondeu incapaz de olhar o seu amigo no rosto. Seus olhos, tudo nele tinha mudado, e agora parecia ter um estranho efeito sobre ela, que contribuíram para seu rubor tanto como haver perdido o botão. -Tenho a impressão de que precisa de ajuda, - disse o rapaz, que observava seus esforços com uma sobrancelha arqueada. – Me permites? Ante essas palavras, o embaraço de Maggie tornou-se imediatamente em indignação. Com uma mão, mantendo o decote do vestido, o outro lhe deu um forte tapa nas mãos morenas, encalecidas, muito maior do que as delas. - Não, não quero! – falou destacando cada palavra com um novo tapa. - Sai de cima de mim agora! Se considerarmos que você foi você que pulou em cima de mim, sua raiva é completamente fora do lugar, Mags - disse Jeremy. - Levanta-te! –exclamou a garota, olhando em volta dele. Jesus Cristo, alguém pode nos ver. -Você devia ter pensado nisso antes de me derrubar do cavalo. -Jeremy, decepcionado por ver que a garota tinha conseguido fechar o decote, e o observava com punhos fechados cenho franzido. - Além disso, por que fica assim? Eu vi você nua muitas vezes, embora eu deva admitir que isso foi antes de que você tivesse essa maravilhosa curvas. - Eu disse pra você se levantar! -Embaraçada, Maggie lhe golpeou a cabeça com o cotovelo do braço que ainda estava livre. Embora a cotovelada não poderia ter feito muito dano, Jerry parecia surpreso. A jovem supôs que ao duque de Rawlings não devia acontecer muitas vezes de que uma mulher lhe bate-se. Que mulher iria querer ofender um duque, que também era solteiro? Mas, nesse momento, a Miss Herbert não lhe importava de absoluto o que o Duque de Rawlings, ou qualquer outro Duque, achava dela. No entanto, talvez tenha sido melhor assim, porque que o rapaz estava pensando era de que Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 21. ele tinha sido estúpido por passar tanto tempo longe de casa. No entanto, isso não foi o que ele disse. -Isso não foi muito simpático da sua parte, - disse ele esfregando a orelha dele e tentando parecer zangado. Não se tornou em uma dessas garotas tontas que dão bofetadas por tudo, certo? -”Oh, santo Deus “, respondeu ela com aspereza. Levanta-te de uma vez. Meu pai poderia ver- nos. -”Essa é a única razão sensata que me ocorre para por fim a esse extremamente agradável interlúdio“, - disse o jovem com veemência. Pouco a pouco se separou dela, e enquanto ele fazia não se esqueceu de observar à maneira em que tinha subido a barra do vestido, deixando a mostra às panturrilhas bem torneadas co tal perfeição, que daria a inveja a qualquer dançarina. E isso não foi tudo o que viu. Uma vez de pé, ele estendeu a mão para ajudá-la a levantar-se, e isso permitiu-lhe para discernir o ponto que terminava as meias e começava as ligas, nas coxas brancas e lisas. Deitado no chão, Maggie estava bem ciente de como Jeremy olhava furtivamente entre as pernas dela, e, confusa e nervosa, abaixou saia antes de alcançar o seu olhar, desconfiada diante à mão estendida. - O que acontece agora? –exclamou o duque ao ver que a garota franzia o cara. – To estendendo a mão para ajudar-te. Serás tonta... Não me olhe assim, como eu fosse te morder. Maggie engoliu a saliva. Mordê-la, ou pior era precisamente o que o rapaz parece tentado a fazer. Seu amigo de infância havia se tornado um homem bonito, e tinha certeza que ele tinha um monte de garotas que teria oferecido mais do que apenas a mão ... e havia feito muito mais do que morder. Jeremy, no entanto,interpretou mal o motivo de sua hesitação. -Vamos, eu não vou jogar-la na piscina novamente, se é isso que você está pensando – disse Jeremy. Se esquecer a emboscada que acaba de me dar, creio já somos grandes para continuar fazendo travessuras. Percebendo que estava sendo ridícula, Maggie deu-lhe a mão, tendo especial cuidado para não soltar o decote do vestido que estava segurando com a outra mão. No momento em que fortes dedos do jovem enlaçaram com os seus, Maggie sabia que estava em apuros, o duque poderia manter-la sujeita quanto tempo quisesse, e ela não seria capaz de fazer nada sobre isso. Mas apesar da força daqueles longos dedos, seu toque foi muito gentil, e nenhum momento tirou com rudeza como teria feito há muito tempo. Foi sorte que Jerry não a soltara logo, porque ao se juntar a ele, à garota teve a maior surpresa de todas. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 22. Jeremy era mais alto que ela. E não só um pouco, era muito maior, pois apenas atingia-lhe aos ombros. Se o jovem não tivesse a segurado com mais firmeza quando ela tropeçou, Ela teria batido o seu nariz no seu peito. - Você está bem? -O Duque a olhava com uma expressão irônica. Você não quebrou nada, certo? Atordoada, balançou a cabeça. Jeremy Rawlings era mais alto do que ela! E quase um palmo. Quando isso teria acontecido? Na última vez em que ela o tinha visto, ela era um palmo mais alta do que ele, de modo que seu amigo tinha crescido cerca de meio metro em cinco anos. Santo Deus, mas ele era tão alto como Lorde Edward! -O que estava a dizer, - observou o rapaz, surpreendido. Maggie Herbert é uma jovem mulher que bate em homens e desmaia facilmente. Como havia mudado. Ele nunca teria acreditado que ela ia se tornar uma flor tão delicada. Isso foi o que tirou a garota do seu estupor. - Eu não desmaiei, - disse levantando a cabeça para lhe encarar, algo que eu nunca pensou que teria que fazer ao olhar para os olhos de Jerry. E tão pouco te bati. Eu dei um empurrão, e eu fiz porque você mereceu. E agora, solta me. Jeremy sorriu, e desviou rapidamente a vista. Para jovem parecia que o seu sorriso tinha o mesmo efeito devastador que seu olhar, ambos aceleravam o coração. - Apesar de ter desenvolvido estas deliciosas curvas, continua sendo a mesma, - respondeu o duque, levando a mão da garota aos lábios com sincera admiração. Horrorizada pela casual referência ao seu corpo e modo a qual o jovem a observava quando lhe beijava os dedos, Maggie tentou tirar sua mão em seguida, mas foi em vão. Jeremy, com um sorriso, ele pressionou vigorosamente os dedos e começou a observar as unhas. Ah, vermelho, magenta e um pouco ... Ah, sim, branco. Vejo que ainda continua pintando. Como estão os gatos da Madame Ashforth? A essa altura deve ter retratos suficientes para forrar o vestíbulo. Me solta - repetiu a garota, tentando manter a voz firme. No entanto, não foi fácil, porque estava à beira de um colapso nervoso. – Eu to falando serio, Jeremy. – Me solta já. -Me solta. Eu to falando serio – imitou o duque. Você acha que isso e maneira de cumprimentar um amigo que você não ver a quase meia década? Isso a distraiu, deixando-a de tentar tirar a mão com toda a força. - Amigos? Repetiu a jovem com desdém. Desde quando somos amigos? Inimigo seria mais preciso. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 23. -Era você que abrigava tais sentimentos de animosidade, ele respondeu com um tom de falsa consternação. Nunca entendi o por que. Fazia da minha vida impossível, mas a única coisa que eu queria era ... -A única coisa que eu queria era dar ordens a todos – ela o interrompeu. Depois foi ela quem imitou ele. Você não pode fazer um capitão pirata, Maggie, sou o Duque, de modo que o capitão pirata vou ser eu. Não, Maggie, você não pode comer o último Magdalena, Eu sou o Duque e eu quero para mim. Você tem que fazer o que eu digo porque eu sou ... - O quê? - replicou Jeremy, aparentando que tudo aquilo não lhe importava. Enfim, nunca fez o que eu disse. -Pelo menos, havia alguém que não se intimidava com a sua atitude prepotente, - disse Maggie. Ou você teria transformado em um canalha, desses que não soltam a mão de uma jovem quando solicitado. - Canalha? Então, te pareço um Canalha hein? Ele perguntou com um sorriso, como se o que Maggie acabara de dizer fosse um elogio. Sem demora, ele soltou sua mão e estava olhar a garota com uma expressão meditativa. Enquanto se perguntava o que estava pensando, ela cruzou os braços em atitude defensiva. Então ele gostava de suas curvas, hein? E teve a coragem de admitir isso na sua cara. Santo Deus! Se a sua irmã Anne tivesse ouvido essa conversa teria desmaiado. Mas a irmã Maggie teria feito mais do que apenas desmaiar se soubesse o que o duque estava pensando naquele exato momento, Jeremy estava repreendendo-se por não ter tentado seduzi a filha mais nova de Sir Arthur anos atrás. Como era possível que não havia se dado conta, se perguntava. Por que não tinha previsto que esta menina se tornaria tão deliciosa? A verdade é que nenhuma das suas irmãs tinha nada de especial, assim naquele sentido não havia tido nenhuma pista, mas Maggie... Que encontrado! Nunca tinha desfrutado tanto com uma jovem a quem tivera que pagar. Havia algo nela, que aquela irreprimível impertinência, que sugeria que mesmo que tivesse ainda acabado de deixar a escola, não era uma garotinha hipócrita. O jovem pensou que afinal de tudo, talvez sua visita a mansão não seria tão aborrecida... A garota, porém, não gostou da virada que haviam tomado os acontecimentos. Ela não gostava em absoluto. Maggie não estava acostumada a estar perto de pessoas mais altas e corpulentas do que ela, e Jeremy, a que durante anos havia sido dominado fisicamente por ela, fez a sentir pequena, o que era extremamente desconfortável. Ou o que era pior, o rapaz era tão grande que chegava a lhe causar medo. E a Maggie não havia nada lhe desgostava mais do que o medo. Considerava-se uma pessoa audaz o que diferenciava de suas irmãs, e que não tinha medo de altura, da água, ratos, insetos, espaços fechados ou do escuro. Não entendia como ela podia sentir medo de Jeremy Rawlings, mas o sentimento estava lá e ia ter que fazer algo sobre isso, ou resignar-se a aceitá-lo. No entanto, ainda não tinha certeza se o lhe provocava esse temor era o duque, ou como ele a fazia sentir. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 24. A jovem olhou furtivamente o rosto de Jerry e viu que ele continuou com os olhos fixos nela com a mesma expressão pensativa. Santo Deus ele era realmente atraente! Como era possível que não tivesse se dado conta? De fato, exceto Lord Edward e seu cunhado, Alistair Cartwright, a Margaret lhe desagradável os homens atraentes, sempre tinha lhe parecido que eles estavam demasiado apegados a si mesmo. Supôs Jeremy tinha razões para sentir-se superior, já que havia se tornado um rapaz muito bonito, e tinha mais dinheiro do que a rainha. No entanto, tanto seu aspecto como seu dinheiro foram dons da fortuna, (essa parte ficou confusa) e só um idiota poderia ter orgulho do que ele recebeu de Deus. -Jerry ... - ela começou a olhar para além do ombro do seu amigo de infância. - O quê? - Ele pergunto com sobrancelhas arqueadas com expectativa. - Acho que você deveria ir atrás de seu cavalo. Ele escapou. Surpreendido, Jeremy virou e viu que o Rei tinha começado a correr para os prados ao sul, onde as éguas pastavam. -Maldito seja - balbuciou. Fique aqui, ele acrescentou com um gesto semelhante aos que os pastores de Yorkshire faziam para os seus cães, para que os esperassem. Certo? Volto em seguida. Claro, "respondeu a garota, com sinceridade. Mas no momento em que o rapaz virou as costas, começou a caminhar para a mansão. Não correu porque ela achou difícil de fazer, mantendo o jugo do vestido, e porque não queria que Jeremy pensasse que ela estava fugindo dele, mas andava mais rápido que podia. Nestas circunstâncias, a retirada parecia ser a melhor estratégia. Precisava colocar em ordem algo mais do que seu vestido... depois de ser bombardeada com tantas sensações novas de uma só vez, pensamentos rodavam em sua cabeça. Jeremy Rawlings tão masculino e forte quanto os filhos do ferreiro, que levou um ano admirando a distância? Jeremy Rawlings olhando-a com desejo com olhos que sempre lhe haviam parecido apagados, mas agora brilhavam como o serviço de chá de prata e sua mãe? Jeremy Rawlings mais alto do que ela? O que estava acontecendo? Tudo aquilo era mais do que uma garota como Maggie poderia assimilar. Estava acostumada a vida no campo e não sabia como reagir ante ao giro que haviam tomado os acontecimentos. Precisava de tempo para refletir, recompor-se - tanto no sentido literal como figurativamente, - e decidir como lidar com esta descoberta perturbadora: Jeremy Rawlings lhe dava medo. Não teve a oportunidade de fazê-lo. Tinha acabado de deixar pra traz o distribuidor do labirinto da mansão de três andares quando ouviu uma voz profunda. Sua voz havia mudado Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 25. muito, a chamava. Maldição! A garota parou em seco, olhou para céu para pedir a Deus que lhe desse forças e virou lentamente. - Onde você pensa que vai? - Ele perguntou à jovem. Maggie reconheceu um tom brincalhão na grave voz. Foi com a mesma inflexão que o rapaz se dirigia a ela, muitas vezes quando seria vitima de uma de suas travessuras. - Bem... - respondeu. - A nenhuma parte. A casa. Tenho de encontrar um botão. - “ Brilhante conversação", reprovou a si mesmo. Vem comigo, - disse Jerry. Havia alcançado Rei, e ofegava pelo esforço. A Maggie lhe parecia que era irresistível, ele tinha perdido o chapéu, e os raios de sol davam ao seu cabelo, negro grafite, reflexos azulado; além disso, usava o lenço levemente desatado, deixando descoberto alguns cachos de cabelo escuro na base da pescoço É que.... – começou dizer. A garota, que sempre tinha uma resposta na ponta da língua, parecia não saber o que dizer. Eu não posso. Sério, eu tenho que ... -Vamos, me acompanha ate os estábulos para deixar esse animal, - respondeu o rapaz rindo tão baixo, como se essa renúncia lhe parecesse muito divertida. Logo iremos para dentro e buscaremos um botão. -Eu não posso, realmente, Jeremy. Minha mãe ... -Oh, vá lá, esqueça sua mãe. -O olhos de cor prata acinzentado brilharam com uma expressão de desafio, e o duque a olhou com um sorriso. O que você tem medo? - Nada, ela respondeu imediatamente, franzindo o cenho. Parecia que havia recuperado a fala. -Você não tem medo de mim, não é, Mag? -Os olhos cinzentos piscavam. - Claro que não! - Não estar mentindo para mim, Mag? -Não ... Os lábios do Duque abriram em um sorriso tão grande que ela podia ver seus dentes brancos e regulares. Não, claro que não. Foi uma brincadeira. Venha. Ele disse virando-se para ela para oferecer o seu braço que estava livre. Venha comigo. Quero que me conte o que te aconteceu ao longo destes últimos cinco anos. Obviamente continua a pintar. Mas o que mais tem vindo a fazer? Maggie estava olhando com languidez a entrada principal da mansão, depois daquela porta dupla estava a segurança de sua sanidade. Mas ela não podia agüentar covardia, muito menos em si mesmo, assim com um suspiro, ela atravessou a avenida e agarrou o braço de Jeremy. -Oh, disse rapidamente. Não muito. Capítulo 4 Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 26. Tinha sido muito fácil. Só tinha que estimular seu orgulho, e ela era dele. Na realidade, ainda não era totalmente sua ... mas estava seguro que não demoraria a consegui-la. O importante foi ter descoberto a sua fraqueza, ou talvez devesse dizer redescoberto, porque mais tarde, recordou que sempre podia instigar Maggie com uma frase: Você tem medo, não é, Mags? “ No momento, a garota disfarçava muito bem o seu medo, ela estava sentada com um fingido desinteresse sobre um fardo de feno na frente do estábulo do Rei, recostada sobre um poste de madeira, balançando os pés sobre o chão. Infelizmente, ainda segurava cuidadosamente o decote, impedindo o jovem de contemplar as preciosas e pálidas curvas. No entanto, Jeremy estava certo de que não demoraria muito tempo antes do que pudesse fazer algo mais do que só observar. Já sabia o que dizer para conseguir o que queria, assim poderia se vingar todas as maldades que ela tinha feito com ele quando eram crianças. Por enquanto, se contentava com apenas olhar, os raios de sol filtrados pela porta entreaberta do estábulo e que iluminava as costas e os cabelos soltos e macios. Ele tinha tido sorte de chegar em casa na hora do chá, pois todos que trabalhavam no estábulo tinham ido a mansão para desfrutar da famosa torta da cozinheira. Maggie e Jeremy estavam sozinhos no estábulo com os cavalos é algumas aves que tinham ninho nas vigas do teto, e gorjeavam ao ver invadida sua intimidade. Por sua parte, Maggie se sentia mais tranqüila. Jeremy tinha parado olhar para ela com expressão de luxúria, e a jovem estava começando a pensar que tinha se confundido. Afinal, ele poderia ter todas as mulheres que quisesse. Por que iria desejar ela? Era apenas uma vizinha, a filha do seu administrador. Sua irmã tinha casado com o melhor amigo do seu tio e sua tia e sua mãe eram muito amigas, quando crianças tinham brincado juntos muitas vezes. Nada mais. Com toda certeza, a amabilidade do rapaz se devia a antiga relação, porque era inconcebível que ele a visse como algo mais do que apenas uma amiga de infância. Pensar nisso ajudava a apaziguar sua perturbação. -Então, - disse a garota, enquanto Jeremy desencilhava Rei, Evers continua aqui, em Rawlings, e seu filho é o mordomo da casa, em Londres, disseram-me o seu neto está em uma escola de mordomos, e tem a esperança de que seu avô se aposente logo para tomar o seu lugar. De acordo com a sua tia, Evers disse que não vai se aposentar até que ele morra, e insiste em continuar a servir as bebidas, porém, quando algo fica mais pesada do que um caneco, as mãos tremem muitíssimo. Jeremy, que tinha tirado o casaco para escovar o cavalo, pensou que era melhor remover também o lenço do pescoço, tentou fazer isso, naturalmente, e deixou a peça de vestuário de linho sobre o casaco pendurado na porta. - Sério? – perguntou enquanto se inclinava para frente escovar a crina do seu cavalo. - Sim. E Lucy, a camareira da sua tia, teve outra filha, a quarta. A quem diga que já deveria ser o suficiente, mas ela diz que não vai ser feliz ate dar à luz um filho varão. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 27. - Entendo - disse Jeremy, deixou a escova e ficou olhando para a garota sem que ela se desse conta, pois percebera que era o sol estava em seu rosto, enquanto ele estava de traz pra luz. -A senhora Praehurst vai fazer sessenta e cinco no próximo outono, continuou, contente de poder informá-lo de todos os detalhes da vida privada dos seus criados, - e seus tios querem lhe dar uma viagem para Itália. Mas aparentemente, ela odeia os italianos, disse que uma cozinha que é tão dependente de tomates não pode ser boa para a digestão, e que alguém deveria avisá-los ... -Maggie – Jeremy a interrompeu. Algo em sua voz dava a entender a garota, que ele não a interrompia para perguntar algo sobre atitude de sua governanta sobre cozinha mediterrânica. Jerry havia aberto a porta do estábulo, tinha ido para trás dela e estava a um par de passos de distância do fardo de feno em que se sentava sua amiga de infância. Ela não podia ver a expressão em seu rosto, mas pelo seu tom de voz parecia que ele estava alterado. - Sim? – Perguntou com cautela. Quando ele estava perto o suficiente para que seu rosto saísse da sombra, Maggie esticou o pescoço e viu que não que não parecia em absoluto nervoso ou desconfortável. De fato, sua expressão era descaradamente brincalhona. - Tem me falado sobre todo mundo relacionado, mesmo que remotamente, com a mansão Rawlings começou enquanto se sentava ao lado dela sobre o fardo de palha, sem sequer pedir licença, mas você não disse uma palavra sobre você. O jovem tinha se sentado muito perto, de modo que seus ombros se rosavam, ou melhor, o ombro dela rosava com o braço dele. Maggie se moveu pro lado para criar um espaço entre eles. -Não tenho muito a dizer ", respondeu com rispidez. Eu fui para a escola. - Claro, - assentiu ele. Havia sido sua imaginação, ou o duque tinha se aproximado o tanto que ela tinha se afastado para o lado? -. Agora o que você vai fazer? -"Bem", - respondeu a garota, se afastando um pouco mais, não sei. Eu queria estudar pintura em Paris, mas o meu pai não me deixa. - Sério? - Porque ele tinha a soar tão feliz? E como era possível que Maggie estava repentinamente à beira do fardo de feno, prestes a cair? - E então, o que vai fazer? - “Eu não sei”, respondeu a garota olhando para o chão. Começou a ficar nervosa, não só porque o jovem tinha se sentado tão próxima, mas porque não entendia por que ele tinha feito. Como não queria acabar sentada no seu colo, pensou que ele se aproximasse um pouco Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 28. mais seria melhor terminar no chão. No entanto, pensou que talvez se seguisse falando o manteria distraído. - Suponho que tem que ir a Londres para a temporada. Já sabes... -Oh, a temporada – repetiu o duque enquanto lhe rodeava os ombros com o braço. Maggie estava olhando para aquela mão que lhe caia sobre o lado esquerdo e viu com sobressalto que estava coberta com pelos negros, semelhante ao que se destacava no pescoço na abertura da sua camisa. Havia algo profundamente masculina na aspereza daquele braço, e ela sentia que lhe acelerava a pulsação, apenas olhando para ele. - Você quer ir? - Ele perguntou. Não muitos, ela respondeu. Então, girou a cabeça até que ficou olhando nos olhos dele, um gesto que não foi muito difícil, porque seu rosto estava apenas alguns centímetros do seu. No entanto, ela percebeu que tinha sido um erro, e que seu olhar continuava a ter uma estranha influência sobre ela. - A verdade é que me sinto muito estúpida – pois se a disser. Novamente parecia ter esgotado as palavras. - Eu odeio as festas, e eu não gosto de dançar. Então ela viu o duque baixava a vista. – Jeremy – sussurrou sentindo que novamente lhe ocorria um acesso de ansiedade. Porque estás a olhar os meus lábios? O jovem sorriu, e mão esquerda que havia deixado sobre seu ombro a rodeou como se quisesse abraçá-la. - Porque eu vou te beijar, Mags - respondeu com uma voz tão doce que parecia uma carícia. Você gostaria que eu fizesse? Naquele momento, Maggie sentiu que o coração começava a bater freneticamente. - Na verdade não - respondeu se colocando para trás , então se deu conta que estava presa , como um rato na ratoeira , então estendeu os braços em um gesto defensivo esquecendo do botão perdido . - Não. Mas era tarde demais . Ele não era o mesmo rapaz de 5 anos atrás , a quem dominava com facilidade , era sim um homem muito mais corpulento e forte do que ela , e que não se importava com a sua opinião sobre a questão . Apesar dos seus protestos , o rapaz caiu em sua boca. De repente ela pareceu esquecer a razão dos seus protestos. Era estranho , muito estranho que Jeremy a beijasse , mas provocava uma sensação muito prazerosa , foi a primeira vez que um homem a beijava , e a estreitava em seus braços , e nunca esteve tão perto para perceber que tudo nele era diferente. Tudo . Seu contato era muito diferente do de uma mulher , e lhe pareceu que suas carícias eram algo bruto o corpo de Jeremy era sólido , onde tocava só sentia fortes músculos. Nem sequer a pele era suave , Maggie sentiu a aspereza da sua barba mal feita ao redor de sua boca e o bigode duro como um papel de lixa . Além disso descobriu que os homens também cheirava, diferente das mulheres , a couro , cavalo e um pouco de tabaco. Um odor que a desprendera , e ela teria feito de tudo para oculta-lo . No entanto , um homem lhe parecia agradável , tudo lhe parecia agradável. O braço que lhe rodeava a cintura e a puxava para mais perto do corpo dele. Incluindo os lábios que exploravam os seus com doçura e paixão , e a lenta e sedutora exploração da boca onde a língua ... enfim , era agradável. A única coisa que parecia fora do lugar foi como tudo a fez sentir .Ela sabia que deveria estar furiosa com Jerry por sua ousadia , e que deveria tentar afastá-lo . Mas ela não podia. Não sentia nem um pouco de indignação , porque no momento em que começou a beijá-la , ela sentiu uma deliciosa letargia. O homem a segurava com aqueles fortes braços e a beijava na Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 29. boca com um ardor que a fazia sentir a menina frágil e delicada que sempre quisera ser , a mulher que precisava cheirar sais para não desmaiar , e não era muito alta e corpulenta para que um homem a levantasse facilmente nos braços mas não sentia só isso , sentia uma estranha sensação em suas partes íntimas . Enquanto o resto do corpo sentia um doce langor , entre as pernas sentia uma crescente tensão e uma súbita umidade , para qual a única explicação , para qual sempre havia temido , SUAS INCLINAÇÕES CARNAIS HAVIAM SE APODERADO DELA! Se sentia como uma gata no cio , e não podia negar que , assim como Jeremy pressionava seu corpo contra o dela , ela o fazia contra o dele , até o ponto em que certas partes chegavam a doer , pois desejavam ser acariciadas. Mas o jovem que estava acariciando a pele do braço com a mão livre , se aventurou a meter a mão dentro do decote e acariciar um dos generosos seios . Maggie se colocou tensa e supôs de imediato que aquilo não estava bem . Mas não parecia desagradável , pois nunca teria podido imaginar como seria bom ter esses dedos calosos deslizando sobre a sua pele desnuda , muito pelo contrário , aquela carícia era tão prazerosa que ela supôs que se não o impedisse , não seria mais capaz de fazê-lo. - Jerry - ela disse quando ele separou sua boca , para beijar-lhe o colo - Mmm - o menino tinha metido a mão sob as copas de encaixe da camisola , e acariciava com doçura a pele acetinada. Maggie procurou ar. - Jerry - repetiu - Para! - Porque? - perguntou ele com certa curiosidade , sem tirar as mãos dos seios , com os mamilos intumescido , ele o cobriu com os dedos e apertava a mama com o resto da mão . Maggie arqueou e deixou sair um gemido , um gesto que a fez parecer ainda mais uma gata no cio . A menina sentia que sua roupa de baixo se umedecia cada vez mais. - Jeremy - ela exclamou com voz forte. Mas a voz do Duque soou letárgica , como se tivesse bebido - - O quê Maggs? - perguntou antes de colocar os lábios sobre a curva dos seios . Maggie o agarrou pelo cabelo , em uma tentativa de impedir que ele abaixasse mais a cabeça m e se surpreendeu pela suavidade dos cabelos negros. - Jeremy - insistiu . Resistir ao impulso de se entregar às suas carícias era um verdadeiro calvário , que chegava a sentir como uma dor física - para , por favor... - Eu não posso! - respondeu ele com o rosto afundado no vale dos seus seios. A chuva de beijos se aproximava perigosamente do mamilo coberto com a palma da mão - Oh Maggs , quando tudo isto aconteceu? - A menina olhou fixamente para a cabeleira preta. - Quando aconteceu o que? - perguntou ela confusa. - Tudo isto! - contestou o Duque enquanto passava a mão de um seio a outro , deixando nu o mamilo duro que havia sido acariciado. No entanto , antes que a menina pudesse cobri-lo , os lábios de Jeremy o fizeram por ela. Maggie sentiu uma onda de calor e desejo passarem , e deixou escapar outro gemido , que soou como irreprimível gemido de desejo. Aquilo era terrível , muito mais do que tinha imaginado. Aquelas alturas além de querer continuar , sentia a necessidade física de fazê-lo... Mas o que aconteceria em seguida? Se apenas acariciando o mamilo com a língua ele conseguia fazê-la gemer de prazer , o que aconteceria se ele lhe levantasse a saia? Não. O coração batia tão forte que sentia o retumbar do seu peito. Não , o simples pensamento que aquilo poderia acontecer a causou um verdadeiro pavor . Pensar nesse homem , que realmente pouco conhecia nu na frente dela , a idéia de que ele a tocaria em lugares mais íntimos dos que tocava agora , imaginar como reagiria a sua nudez e ao contato de suas carícias ... era simplesmente demais pra ela! Jerry ha havia acusado de estar assustada . Mas ela realmente estava . Estava mais assustada do que já esteve em toda sua vida. Se sentia muita mais viva , do que já havia se sentido... e por isso mesmo estava Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 30. assustada O medo vencia o desejo, e com ele apareceu por fim a indignação. Como se atrevia? Talvez estivesse acostumado a remodelação em aves quando ele gostava (não ficou muito claro , mas foi o melhor que eu consegui) mas ele era um homem! E não um homem qualquer , mas um Duque! Podia ter quantas aventuras quisesse sem pensar nas conseqüências . Ela porém , nunca havia beijado um homem antes , Como podia se aproveitar da sua inexperiência? , sua relativa inocência nos assuntos mundanos? Maggie, que não havia conseguido converter um impulso sexual em uma incontrolável e exacerbada raiva, agarrou Jeremy pelos cabelos e tentou afastar sua cabeça com todas as suas forças. - Solt... Solta-me! Balbuciou apertando os dentes. Para sua surpresa, o rapaz levantou a cabeça, e a olhou nos olhos e disse com uma voz forte: - Ah, não. Você se divertiu muito quando era pequenos e jogávamos, mas agora e a minha vez. E, logo se apressou para alcançar de novo os seus lábios. Maggie, não pensou duas vezes. Reagiu instintivamente, tal como havia feito momentos antes, quando tinha aberto a boca ao abrigo do mesmo, mas desta vez foi a fúria, e não a paixão que a impulsionou. Soltou os cabelos, jogou o braço para trás e fechando o seu punho, golpeou o Duque com toda sua força no nariz. Ele mesmo havia explicado cinco anos antes que era um lugar ideal para se dar um murro, porque a cartilagem do nariz é muito sensível, e não danificaria os dedos. Infelizmente, devido ao estreito abraço, não conseguiu atingir o alvo, machucou o punho batendo nos dentes de Jeremy . Mesmo assim, o soco teve o efeito desejado, o jovem a soltou e Maggie, sacudindo a mão no ar, pode se levantar e sair do alcance dele. - Mas que diabos...? Jeremy exclamou, levando a mão à boca. Ao baixá-la, viu que tinha uma gota de sangue, proveniente com certeza, do momento em que o punho tinha esmagado o lábio superior contra os dentes. Embora o golpe não tenha feito muito dano, ele havia deixado atordoado. - Mags, o que você esta fazendo? – exclamou atordoado, olhando- a com uma expressão de descrença. - Eu te disse para me soltar, - respondeu com irritação ao mesmo tempo olhava seus dedos, que haviam começado a inchar. Temia ter deslocado um dedo. O que iria fazer agora? Se tivesse quebrado a mão contra os dentes do Duque de Rawlings. Como poderia explicar isso para sua mãe? - Sim, mas... - O jovem olhava para o sangue em sua mão com uma indescritível expressão de espanto. Você me pegou. Com o sol iluminando de cima para baixo, Maggie lhe lançou um olhar de exasperação. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 31. -Oh,vai - respondeu, tentando soar mais indignada do que estava. Você acha só porque e um duque, você pode incomodar com impunidade qualquer pessoa? Na próxima vez você pensara melhor, e será menos convencido. “Eu te disse para me deixar, eu disse a sério”, - respondeu ao mesmo tempo em que olhava com grande satisfação o fio de sangue que escorria a partir da comissura da boca. Aliviada, ela percebeu que o coração batia a um ritmo mais tranqüilo, e a paixão ardente que sentiu pouco antes havia acalmado, pelo menos por agora. Mas não quis te causar dano... - Objetou Jeremy suavemente. A garota viu no rosto do duque uma estranha expressão que nunca tinha visto antes em todos os anos em que o conhecia. O que não sabia era que ninguém tinha visto antes o Duque de Rawlings com um aspecto semelhante. Essa foi a primeira vez que Jeremy a esboçava. Como era, afinal, a primeira vez que uma mulher o rejeitava. - Sei – respondeu Maggie, a sua fúria continuava a arder como uma brasa. - Eu sei exatamente o que você queria fazer, e te aconselho a pensar duas vezes antes de tentar novamente, porque eu prometo que voltarei a te bater. Jeremy não podia acreditar no que ouvia. Tinha na sua frente a mais bela mulher que ele tinha visto em um longo tempo, a casualidade e que a conhecia desde a infância, e o havia rejeitado! Nunca em sua longa e variada vida sexual nada semelhante tinha acontecido. Nunca uma mulher tinha resistido. Nunca. Simplesmente não tinha ocorrido. Não sabia o que pensar. Ele estava certo de que garota se sentia atraída por ele, pois os seus beijos tinham sido apaixonados. Não poderia ter entendido mal. Então, por que ela o tinha parado? Talvez porque desde pequena haviam lhe ensinado que uma garota deveria ser casada, ou pelo menos prometida, antes de permitir que um homem fizesse o que Jeremy havia tentado, sem o beneficio do casamento. Mas esse não foi um obstáculo para muitas senhoras da alta sociedade que tinha conhecido durante a ultima temporada, em Londres. Por que isso tinha parado Maggie? O jovem estava a olhar para ela, iluminada pelo sol, tinha as bochechas coloridas e respirava entrecortadamente, tentando recuperar o fôlego, que parecia mais uma prova do seu desejo por ele. Por um instante, não pode evitar admirar a forma com que o decote abria mais com cada inspiração. Também foi isso que Edward tinha visto quando chegou ao estábulo um instante mais tarde. - Jeremy! Vociferou o cavalheiro. Os pássaros que repousavam sobre as vigas piaram assustados e começaram a voar em bando ao ouvir a voz grave no silencioso edifício frisado pelos raios de sol. Mas as aves não foram os únicos que Edward assustou, Maggie soltou um guincho, e com um intenso rubor nas bochechas, cruzou braços para cobrir os seios semi-desnudos. - Que diabos está acontecendo aqui? Edward perguntou, irritado. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 32. -Santo Deus, - contestou Jeremy arrastando as palavras, desde o fardo de feno que ainda estava deitado. Por que você tem ser sempre tão inoportuno? Maggie e eu estávamos apenas nos conhecendo um pouco melhor depois de todo este tempo. -Margaret. –A garota estremeceu ao perceber severidade na voz de Lord Edward. Ela nunca o tinha visto com tanta raiva, nem mesmo quando os surpreendeu a por bombas na parte posterior do coche do vigário. Volta para a sua mãe agora mesmo. - Sim, senhor, - a jovem não precisou que lhe dissesse maia nada. Sem uma única palavra, virou-se e correu para a porta. Ou tentou, mais teve que parar em seco ao notar que alguém a segurava por um dos aros metálicos da crinolina na parte de trás da saia. As fitas que seguram a crinolina à cintura lhe apertaram o estômago e a garota soltou uma breve exclamação antes de olhar com expressão acusadora por cima do ombro. Mais Jeremy não olhava para ela, sim para seu tio. Não é necessário que a mande para sua mãe, - disse o jovem com tom autoritário. Claro, pensou Maggie como ele devia estar acostumado dar ordens. - Ela não fez nada de errado. Se você quiser ficar bravo com alguém, fica comigo. Ela é inocente... -Oh, não tenho nenhuma dúvida de sua inocência, - disse Lord Edward. O medo de a garota passou a ver que o cavaleiro começou a tirar o seu casaco. O homem, que nunca tinha visto com um cabelo fora do lugar, estava tirando a roupa nos estábulos! - É você quem vou despelar vivo. Mas se você quiser que Maggie esteja presente enquanto eu faço isso, não tenho qualquer problema. A garota soltou de uma exclamação de alarme, puxou o aro do crinolina das mãos de Jeremy e fugiu tão rápido que pôde. Capítulo 5 - Não precisava assustá-la - reclamou Jeremy franzindo o cenho , olhando Maggie correndo a luz do sol , pela porta do estábulo. - Oh , não - repulsou Edward com o olhar fixo nos punhos da camisa dobrada com cuidado - Você estava se encarregando disso não é? - Eu? - o menino parecia ofendido - Eu não a assustava . - Ah , não? - disse seu tio com as mangas puxadas até os cotovelos - Então porque sua boca está sangrando? O Duque levou uma das mãos aos lábios , havia esquecido do corte feito pelo soco - Ah , estou - riu entre dentes - Não vai acreditar , fui eu quem a ensinou este gancho. Nunca pensei que ela ia usá-lo contra mim - De verdade? - o cavalheiro continuou olhando - e o que acreditava que ela ia fazer Jerry? Se derreter em seus braços? - Bom - contestou - Isto é o que freqüentemente é feito. De verdade , isso é a primeira vez que me acontece . Eu ainda não entendo porque , mas acho... - Pois pensa um pouco - o interrompeu seu tio com severidade - Talvez vocês tenha alcançado a maior idade mas a Maggie ainda é uma menina Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 33. - Oh por favor - respondeu o menino indignado - Ela vai fazer dezessete anos. É a idade em que minha mão me trouxe ao mundo. Edward surpreendido por Jerry mencionar a sua mãe , de quem falava em poucas ocasiões apenas disse : - Maggie Herbert é filha de um cavalheiro. Seu pai é seu assessor financeiro , e meu amigo. - Jeremy tinha ouvido muitas vezes seu tio queixar-se o quanto enraivecido poderia tornar-se Sir Arthur. A garota é convidada da minha esposa, e isso significa ficar nesta casa, sob a sua proteção. Como você pode ser tão sem vergonha, ou melhor, tão estúpido, tentando seduzi-la nada menos que no estábulo, como se fosse uma camareira qualquer em uma noite de farra? Isso não é verdade, - respondeu o rapaz com tom de dignidade ferida. Eu nunca tentaria seduzir uma camareira em um estábulo. Antes de dignar me a deitar com ela, exigiria que no mínimo me oferecesse um bom quarto com uma boa cama... Ele viu na hora que golpe veio. No entanto, para a surpresa de Edward, o seu sobrinho não tentou impedir ou esquivar do soco. Seus dedos se precipitaram com força na mandíbula de Jeremy, que desabou sobre um monte de fardos de feno. O cavalheiro sacudiu a mão machucada pela força do impacto, havia muito tempo que não se envolvia em uma briga corpo a corpo, pois não era bem visto que os membros da Câmara dos Lordes participassem de brigas de qualquer tipo. -Lamento ter tido que fazer isso, - disse ele com um tom de indignação. Mas, por bendito Deus, Jerry... - Eu sei. - O jovem, com o rebelde cabelo preto cheio de palha, se sentava enquanto acariciava seu queixo, duplamente penalizados. Eu mereci. Isso e mais, - respondeu o tio gravemente. Esta noite você irá para Herbert Park e vai pedir desculpa tanto a Maggie, que duvido que queira ver-te, como aos seus pais. Deixará o continente, amanhã de manhã na primeira hora. –Aproximando-se do seu sobrinho, Edward estendeu a mão para ajudá-lo a levantar-se. Quanto mais cedo você for, - disse ele bufando enquanto puxava Jeremy com força, - mais cedo poderemos esquecer este lamentável incidente. Após levantar-se, Jeremy começou a sacudir o calças para que saíssem os pequenos pedaços de palha. - Quando se celebrará o casamento? Dentro de seis meses? Acho que vou ter de esperar pelo menos seis meses antes de regressar, para estar seguro ... Por Pierce, que dizer. Edward, que tinha sido flexionar seus dedos para verificar que não havia nada quebrado, permaneceu imóvel, olhando para o seu sobrinho com atitude severa. - Que casamento? –perguntou com receio. -O Casamento, - respondeu o rapaz enquanto removia uma lâmina de palha cabelo. Quer dizer, entre Maggie e eu. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 34. - Você pediu que Maggie Herbert se casasse com você? - Bom, na verdade não, - explicou o sobrinho, não antes de soltar um riso desconfortável. Claro que não! Nenhum homem quer casar. -O riso terminou com a mesma bruscalidade com que ele tinha começado, e Jeremy nervoso perguntou. Não vai obrigar-me a casar com ela? Tendo em conta nos pegou ... Como é que você diria? Em flagrante delicio... -Estou satisfeito de saber que, durante a sua estadia em Oxford tenha aprendido alguma coisa de latim, - respondeu o seu tio, devo confessar que não, nem tinha passado por minha cabeça te forçar a casar com Maggie Herbert. Para surpresa de Edward, o rapaz parecia desapontada. - Mas eu a comprometi. – replicou. –pensava que... -A única coisa que eu vi e que estava com o decote desabotoado –o interrompeu antes de levantar com gesto ameaçante o dolorido punho. Está me dizendo que você a desonrou? -Jeremy se pegou mirando punho. "Bem..." respondeu. Não. Mas se ela não tivesse tentado esmagar o meu nariz. E se você não tivesse chegado, claro. -Bem uma razão a mais razão para você ir para França –disse o cavaleiro enquanto abaixava o braço. - Você poderá seduzir as francesas que desejar. Mas esquece as inglesas, especialmente Maggie Herbert. E agora, vá arrumasse. Sua tia pergunta por ti, por isso vim te buscar. Edward se dirigiu para a porta do estábulo, onde ele tinha deixado o casaco e o lenço. Quando se virou para o seu sobrinho, ele encontrou-o de pé na frente dele, com a mandíbula vermelha e inchada, e com uma expressão de raiva nos olhos cinzentos. - Porque não? – Perguntou com tom de voz baixa e grave que o seu tio mal reconheceu. - O quê? – perguntou o cavaleiro desconcertado. - Porque não pode ser Maggie? -O rapaz tinha os punhos apertados ao lado do corpo. – Por que você acha que não seria uma boa duquesa? Pensa que ela não esta a altura, né? Seu tio começou a sacudir o casaco com tranqüilidade. -Pelo contrário, - respondeu com uma voz amável, em contraste a severidade das suas palavras. Maggie seria um grande duquesa; é você, meu filho, que não está a sua altura. Jeremy tencionou o músculo de sua mandíbula. Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”
  • 35. - Diz isso por minha mãe? - Ele perguntou com rispidez. - Santo Deus, claro que não, - disse Edward com um riso forçado. Isto não tem nada a ver com a sua mãe ter sido uma prostituta. Ao ver que Jeremy não mudava ao ouvir falar assim, sentiu um profundo respeito por ele. No entanto, continuou no mesmo tom. Você não merece a Maggie, ou qualquer outra mulher decente, é porque você é um libertino. O Duque pestanejou. - Eu sou o quê? -Jerry, estou surpreso Seu tio negou com a cabeça com uma expressão de decepção, mas sorriu para si mesma. Não sei se você notou, mas sua tia Pegeen tem dedicado de coração e alma em trabalhar em seu nome, nas instituições de caridade e fundações beneficentes. Neste preciso momento, há uma dúzia de órfãos, a quem minha esposa convidou para um piquenique, estão arrasando as rosas do jardim. Edward viu que Jeremy permaneceu imperturbável. Tem te criado desde que era um bebê, não aprendeu nada que ela tem te ensinado? Sua tia vive para tornar este mundo um lugar melhor para as crianças, as mulheres e os pobres. E é isso que você deveria estar fazendo também. - Quer que eu faça obras de caridade? - perguntou Jeremy com um tom de voz evidenciava rejeição que a mera idéia lhe causava. Não é necessário, - respondeu seu tio impacientemente. Mas você deve fazer algo de útil com a sua vida. - Por quê? - Indagou o rapaz em um tom beligerante. Sou um Duque. -É exatamente por isso. Você tem que provar que merece o título. Você não pode gastar vida batendo em duelo e seduzindo jovens. - Porque não? Quando você era a minha idade, fez o mesmo. - Sim, - respondeu Edward levantando o dedo indicador. Não queria parecer pedante, mas não pode evitá-lo. - Você está certo. Eu era como você. Pensava que a minha única obrigação na vida era me divertir. Mas quando eu conheci a sua tia, eu percebi que estava muito errado. Se você quiser conseguir uma mulher decente, não pode limitar a seduzi-la em um estábulo e esperar seus pais o forçarem a casar com ela. - Isso não era o que eu pretendia – respondeu o duque ligeiramente ruborizado. - E você não pode pretender impressionar a nenhuma mulher que vale a pena só porque você tem um título. Ao menos deveria conseguir te ame por si mesmo... A verdade é que, quando eu conheci a sua tia, o homem que eu era não valia nada, além das centenas de libras em notas de alfaiataria, como ela mesmo me fez ver. Mas eu mudei Jerry, e eu tenho feito algo de útil com a minha vida. Aperfeiçoei uma das minhas habilidades naturais, discutir, e a converti Comunidade do orkut “Traduções de Mag Cabot”