SlideShare uma empresa Scribd logo
SETEMBRO AMARELO: PREVENIR
AINDA E A MELHOR ESCOLHA
PREVENÇÃO AO SUICÍDIO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES.
Paula F. O. Santos
SUICIDIO
 Suicídio - modelo de transição de paradigmas de desvio social [pecado/ doença/etc..], status de
sofrimento/doença, ponto de vista do pct – individual e social.
 Deve-se considerar o suicídio como um evento de violência, mas também uma manifestação de
sofrimento psíquico.
SUICIDIO
 Ainda é um evento ocultado no cenário social: tabus, estigmas, notificações
(SUBNOTIFICACOES);
 A prevenção pode ser através do reconhecimento de seus riscos, pelos profissionais da saúde,
em todos os níveis de atenção.
 A Atenção Básica e a emergência são, geralmente, a porta de entrada desses pacientes;
 A escola também pode ter papel importante na prevenção do suicídio.
COMPORTAMENTO SUICIDA
o Comportamento suicida: um conjunto que irá sair da ideação suicida, pelos planejamentos, as ameaças suicidas, as tentativas de suicídio e
o suicídio consumado, suicídio enquanto desfecho fatal.
o Suicídio: é um ato deliberado e executado pelo próprio indivíduo.
o Autolesões não suicidas (também conhecidas como automutilações): É importante identificar, se no caso que está sendo avaliado, é um
comportamento suicida ou de autolesão não suicida – sobreposição - uma autolesão não suicida não tinha intenção de morte clara, mas
que tem um desfecho morte; ou ---- tentativas de suicídio que são acompanhadas de autolesões não suicidas.
Não se pode dizer que uma autolesão não suicida irá evoluir para um comportamento suicida, mas não se pode, descartar que não há também
o comportamento suicida;
Ainda que as autolesões não suicidas sejam muito mais frequentes, poderão ter elementos do comportamento suicidas.
QUAL A INTENCAO DO PCT?
O PUBLICO INFANTO JUVENIL PODE
PENSAR EM SUICIDIO?
• O primeiro ponto é ela entender o que é morte, pois se não tem uma clareza do que seria a
morte, é difícil que a mesma pense em suicídio como um auto aniquilação.
• Tratamento de uma doença (câncer) ou crianças que vivem em comunidades violentas.
CARACTERISTICAS DO
COMPORTAMENTO
• ambivalência (o querer e o não querer);
• impulsividade (muito presente no final da infância e na adolescência)
• rigidez (a inabilidade de ver de uma outra forma, o não flexível).
O pico da incidência desse público será em torno do final da adolescência.
*******Atencao ao sensacionalismo da mídia e redes sociais.
FATORES DE RISCO
Fatores de Risco Principais:
- história de suicídio prévia e transtorno mental
- presença de desesperança e impulsividade
****** sinais de alerta *******
 Pensando em prevenção de suicídio: uma grande estratégia é o acesso ao meio, ou seja, se conseguir dificultar ou impedir o
ou impedir o acesso ao meio, a forma que a pessoa irá tentar suicídio.
 Principais fatores de risco envolvidos:
o História da Suicidalidade – ainda pensa em suicídio/tentativa prévia;
o Demográficos: mais comum no sexo masculino/morar sozinho;
o Estado mental: transtorno de humor/ uso de substância psicoativas/ irritabilidade, agitação.
o História familiar: comunicação frágil com cuidadores/ casos familiares;
o História social: abuso sexual/ minorias sexuais e étnicas/ fragilidade de grupos de apoio;
o Religiosidade: pode ser um fator que ajuda na prevenção, mas também pode ser um dificultador nos casos em que a
em que a religião impede que aquele indivíduo busque ajuda.
PONTOS DISCUTIDOS
• Ideação
• plano
• tentativa de suicídio
É possível ter vetores de intervenção e prevenção.
CENARIO EPIDEMIOLOGICO
 É um tabu na sociedade - necessário uma qualificação dos profissionais para o melhor atendimento a essas crianças e
adolescentes, visto que o comportamento suicida passa a ser um tema mais presente na última década.
 No contexto global, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentam a seguinte informação: dos 803.900
dos 803.900 casos, 75% dos suicídios no mundo, acontecem em países em desenvolvimento, sendo que o maior número
maior número dos casos acontecem na faixa etária de 19 anos.
 Adolescentes e jovens (15 a 19 anos) em países em desenvolvimento são os que mais morrem por suicídio (OMS).
NO BRASIL
 Principais formas de suicídio em adolescentes brasileiros entre os anos de 2006 a 2015: aumento de
13% de adolescentes brasileiros:
o 1° lugar: Enforcamento
o 2° lugar: Uso de pesticida
o 3° lugar: Pular ou se projetar de grandes alturas
o 4° lugar: Armas
ATENCAO
 No contexto da Pandemia, alguns estudos internacionais mostram uma
comparação entre os anos de 2019 e 2020, no que diz respeito ao
comportamento suicida em crianças - em 2020 o quantitativo de crianças que
mostraram comportamento suicida nesse ano, foi maior que no ano anterior.
 de 2006 a 2016 os adolescentes brasileiros têm pensado mais em suicídio.
 Há peculiaridades da assistência pediátrica ----- idealização da criança como
como um pessoa em um ciclo de vida em que a morte por suicídio é algo
inimáginável no contexto cultural.
 Os conflitos geracionais e a postura de alguns profissionais no atendimento
às crianças é um fator determinante na abordagem - profissionais com
a reproduzir o papel das família o que impede de visualizar o embate
geracional/conflitos geracionais.
MIDIAS E REDES SOCIAIS
 Abordagens
o Fronteiras “real vs virtual” ou “online vs off-line”, são mais frágeis
o Conflitos geracionais e limitações tecnológicas
o O espaço digital como promotor de violência e como gatilho para quadros de
o “Desafios online”- modelo para fenômeno de violência, a busca por desafios online
Pandemia COVID-19.
 Mídias e redes sociais são somente fatores de risco - podem também ser fatores de proteção.
COMPORTAMENTO SUICIDA, COMO
PREVENIR
 Aumentar participação nos cenários de prevenção
 Ampliar os desfechos possíveis, ou seja não pensar somente no desfecho do suicídio, mas tudo que o
antecede
 Trabalhar com educação em saúde, falar sobre ambientes virtuais seguros
 Hotlines (linhas telefônicas) no Brasil o Centro de Valorização da Vida (CVV), linhas telefônicas
disponíveis para dar suporte às pessoas em risco de suicídio
 Orientação da mídia e informação: controle Social dos meios de suicídio
 Outro aspecto importante para a prevenção é a discussão sobre a organização das cidades e o uso da
arquitetura segura, construção de prédios seguros, profissionais treinados para a observação das
pessoas nos ambientes públicos.
PREVENCAO
o fortalecimento do vínculo com a comunidade, desmistificar tabu sobre pedidos de ajuda quando em situação de
violência, espaços seguros e escutas acolhedoras na escola.
o Informação sobre comportamento suicida e segurança:
- como acessar um serviço de saúde mental,
- como promover saúde mental e resiliência,
- divulgar os hotlines (linhas de contato para ajuda), r
- ealizar atividade de pósvenção como a escola (ou seja depois de um episódio de suicídio como a escola lidar com
essa situação,
- pensar em arquitetura segura e em profissionais chaves no cuidado, segurança e vigilância desse espaço).
o Cuidado com a exposição a criança/ adolescente.
o GRUPOS DE APOIO ENTRE OS JOVENS.
ENTREVISTA AO PCT
• Observar a importância do escalonamento nas perguntas - profissional deve ter o cuidado para
fazer as perguntas de forma gradativa.
• Utilizar um espaço ético, seguro, e respeitando as vontades da criança e do adolescente.
• Diante de uma tentativa de suicídio o manejo dela nas emergências clínicas/psiquiátrica é
importante.
• Como medida de Saúde Pública pode-se controlar os meios de acesso, pensar a forma que o
suicídio será tentado ou tentar bloquear o acesso a ele é importante para a sua prevenção.
• Caps i, ubs, upa, etc
• Carência de profissionais com formação em saúde mental e psiquiatria
ATENÇÃO
• O sofrimento emocional não significa comportamento suicida, mas é um
grande risco que pode chegar ao comportamento suicida.
• Uma vez que a criança que está com alteração no comportamento,
principalmente manifestações de impulsividade, é preciso ficar cada vez mais
atento.
***** ambientes com uma situação de violência doméstica - a criança se mostra
mais impulsiva, irritada, sem esperança – no ambiente escolar não apresenta
esse comportamento.
PARA PROFISSIONAIS DA SAUDE
• Anamnese completa – independente da profissão – enfermeiro, etc...todos somos agentes ativos.
• Acesso a medicações que a criança/adolescente possui
• Atentar-se a historia pregressa – família e criança/adolescente
• Atentar-se a conflitos na família e núcleo familiar (com quem mora, como mora, como e a relação dos
moradores)
• Escuta e vinculo terapêutico – ou outra forma de comunicação da criança/ adolescente (musicas, escritas,
etc)
• Essencial questionar se tentou suicídio, como tentou e quantas vezes tentou... NAO TENHA MEDO!
• Sala de emergência – atenção especial
OBRIGADA 

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a PALESTRA SETEMBRO AMARELO ENF UNIDA .pptx

SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdfSETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
MatheusMat2
 
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdfPNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
acondoricassocial
 
Slides suicício (2)
Slides suicício (2)Slides suicício (2)
Slides suicício (2)
Catiane HENZ
 
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdfMaterial-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
AnaCarol906587
 
SETEMBRO AMARELO.pptx
SETEMBRO AMARELO.pptxSETEMBRO AMARELO.pptx
SETEMBRO AMARELO.pptx
GabrielleAndrade42
 
suicídio fatores de risco
suicídio fatores de riscosuicídio fatores de risco
suicídio fatores de risco
Eraldo Fonseca
 
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescênciaPrevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Luciana França Cescon
 
Suicídiocompatibilidade
SuicídiocompatibilidadeSuicídiocompatibilidade
Suicídiocompatibilidade
Renata Semann
 
Apresentação Curso de Enfermagem
Apresentação Curso de EnfermagemApresentação Curso de Enfermagem
Apresentação Curso de Enfermagem
Luciana França Cescon
 
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
LulaFerreira1
 
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDDPALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
Levy932163
 
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdftCartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
Uoston Maia
 
Falando abertamente sobre suicidio
Falando abertamente sobre suicidioFalando abertamente sobre suicidio
Falando abertamente sobre suicidio
Robson Peixoto
 
Apresentação soi
Apresentação   soiApresentação   soi
Apresentação soi
Janeide de Gois
 
2011 suicidio
2011 suicidio2011 suicidio
2011 suicidio
Cristina Tristacci
 
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
Jeferson Espindola
 
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene BeatrizPRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
joselene beatriz
 
Perguntas e respostas sobre suicídio
Perguntas e respostas sobre suicídioPerguntas e respostas sobre suicídio
Perguntas e respostas sobre suicídio
MANOELJOSEDEARAUJONE
 
Setembro Amarelo.pptx
Setembro Amarelo.pptxSetembro Amarelo.pptx
Setembro Amarelo.pptx
sara jane matos bezerra
 
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZULORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
Rafael Almeida
 

Semelhante a PALESTRA SETEMBRO AMARELO ENF UNIDA .pptx (20)

SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdfSETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio.pdf
 
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdfPNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
PNAISARI PREVENÇAO AO SUICIDIO 13.07- CAROL.pdf
 
Slides suicício (2)
Slides suicício (2)Slides suicício (2)
Slides suicício (2)
 
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdfMaterial-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
 
SETEMBRO AMARELO.pptx
SETEMBRO AMARELO.pptxSETEMBRO AMARELO.pptx
SETEMBRO AMARELO.pptx
 
suicídio fatores de risco
suicídio fatores de riscosuicídio fatores de risco
suicídio fatores de risco
 
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescênciaPrevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
 
Suicídiocompatibilidade
SuicídiocompatibilidadeSuicídiocompatibilidade
Suicídiocompatibilidade
 
Apresentação Curso de Enfermagem
Apresentação Curso de EnfermagemApresentação Curso de Enfermagem
Apresentação Curso de Enfermagem
 
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
3 - Cartilha automutilação e suicídio para profissionais de saúde e educa...
 
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDDPALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
PALESTRA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.pptxDDDDDDDDDDDDDD
 
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdftCartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
Cartilha prevencao ao_suicidio_mpdft
 
Falando abertamente sobre suicidio
Falando abertamente sobre suicidioFalando abertamente sobre suicidio
Falando abertamente sobre suicidio
 
Apresentação soi
Apresentação   soiApresentação   soi
Apresentação soi
 
2011 suicidio
2011 suicidio2011 suicidio
2011 suicidio
 
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...
 
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene BeatrizPRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
PRIMEIROS SOCORROS EM TENTATIVAS DE SUICÍDIO, Prof, Enf: Joselene Beatriz
 
Perguntas e respostas sobre suicídio
Perguntas e respostas sobre suicídioPerguntas e respostas sobre suicídio
Perguntas e respostas sobre suicídio
 
Setembro Amarelo.pptx
Setembro Amarelo.pptxSetembro Amarelo.pptx
Setembro Amarelo.pptx
 
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZULORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E ADOLESCENTES - JOGO DA BALEIA AZUL
 

Último

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagemSistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
BarbaraKelle
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de espaços    e equipamentoshigienização de espaços    e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
DavyllaVerasMenezes
 
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  FaciaAULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AntonioXavier35
 
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdfaula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
ADRIANEGOMESDASILVA
 
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Lenilson Souza
 
Saúde coletiva para técnicos em enfermagem
Saúde coletiva para técnicos em enfermagemSaúde coletiva para técnicos em enfermagem
Saúde coletiva para técnicos em enfermagem
DavyllaVerasMenezes
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
jhordana1
 
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptxA-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
walterjose20
 

Último (11)

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagemSistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de espaços    e equipamentoshigienização de espaços    e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
 
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  FaciaAULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
 
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdfaula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
aula 06 - Distúrbios Hemodinâmicos ( circulatórios).pdf
 
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
 
Saúde coletiva para técnicos em enfermagem
Saúde coletiva para técnicos em enfermagemSaúde coletiva para técnicos em enfermagem
Saúde coletiva para técnicos em enfermagem
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
 
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptxA-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
 

PALESTRA SETEMBRO AMARELO ENF UNIDA .pptx

  • 1. SETEMBRO AMARELO: PREVENIR AINDA E A MELHOR ESCOLHA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Paula F. O. Santos
  • 2. SUICIDIO  Suicídio - modelo de transição de paradigmas de desvio social [pecado/ doença/etc..], status de sofrimento/doença, ponto de vista do pct – individual e social.  Deve-se considerar o suicídio como um evento de violência, mas também uma manifestação de sofrimento psíquico.
  • 3. SUICIDIO  Ainda é um evento ocultado no cenário social: tabus, estigmas, notificações (SUBNOTIFICACOES);  A prevenção pode ser através do reconhecimento de seus riscos, pelos profissionais da saúde, em todos os níveis de atenção.  A Atenção Básica e a emergência são, geralmente, a porta de entrada desses pacientes;  A escola também pode ter papel importante na prevenção do suicídio.
  • 4. COMPORTAMENTO SUICIDA o Comportamento suicida: um conjunto que irá sair da ideação suicida, pelos planejamentos, as ameaças suicidas, as tentativas de suicídio e o suicídio consumado, suicídio enquanto desfecho fatal. o Suicídio: é um ato deliberado e executado pelo próprio indivíduo. o Autolesões não suicidas (também conhecidas como automutilações): É importante identificar, se no caso que está sendo avaliado, é um comportamento suicida ou de autolesão não suicida – sobreposição - uma autolesão não suicida não tinha intenção de morte clara, mas que tem um desfecho morte; ou ---- tentativas de suicídio que são acompanhadas de autolesões não suicidas. Não se pode dizer que uma autolesão não suicida irá evoluir para um comportamento suicida, mas não se pode, descartar que não há também o comportamento suicida; Ainda que as autolesões não suicidas sejam muito mais frequentes, poderão ter elementos do comportamento suicidas. QUAL A INTENCAO DO PCT?
  • 5. O PUBLICO INFANTO JUVENIL PODE PENSAR EM SUICIDIO? • O primeiro ponto é ela entender o que é morte, pois se não tem uma clareza do que seria a morte, é difícil que a mesma pense em suicídio como um auto aniquilação. • Tratamento de uma doença (câncer) ou crianças que vivem em comunidades violentas.
  • 6. CARACTERISTICAS DO COMPORTAMENTO • ambivalência (o querer e o não querer); • impulsividade (muito presente no final da infância e na adolescência) • rigidez (a inabilidade de ver de uma outra forma, o não flexível). O pico da incidência desse público será em torno do final da adolescência. *******Atencao ao sensacionalismo da mídia e redes sociais.
  • 7. FATORES DE RISCO Fatores de Risco Principais: - história de suicídio prévia e transtorno mental - presença de desesperança e impulsividade ****** sinais de alerta *******  Pensando em prevenção de suicídio: uma grande estratégia é o acesso ao meio, ou seja, se conseguir dificultar ou impedir o ou impedir o acesso ao meio, a forma que a pessoa irá tentar suicídio.  Principais fatores de risco envolvidos: o História da Suicidalidade – ainda pensa em suicídio/tentativa prévia; o Demográficos: mais comum no sexo masculino/morar sozinho; o Estado mental: transtorno de humor/ uso de substância psicoativas/ irritabilidade, agitação. o História familiar: comunicação frágil com cuidadores/ casos familiares; o História social: abuso sexual/ minorias sexuais e étnicas/ fragilidade de grupos de apoio; o Religiosidade: pode ser um fator que ajuda na prevenção, mas também pode ser um dificultador nos casos em que a em que a religião impede que aquele indivíduo busque ajuda.
  • 8. PONTOS DISCUTIDOS • Ideação • plano • tentativa de suicídio É possível ter vetores de intervenção e prevenção.
  • 9. CENARIO EPIDEMIOLOGICO  É um tabu na sociedade - necessário uma qualificação dos profissionais para o melhor atendimento a essas crianças e adolescentes, visto que o comportamento suicida passa a ser um tema mais presente na última década.  No contexto global, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentam a seguinte informação: dos 803.900 dos 803.900 casos, 75% dos suicídios no mundo, acontecem em países em desenvolvimento, sendo que o maior número maior número dos casos acontecem na faixa etária de 19 anos.  Adolescentes e jovens (15 a 19 anos) em países em desenvolvimento são os que mais morrem por suicídio (OMS).
  • 10. NO BRASIL  Principais formas de suicídio em adolescentes brasileiros entre os anos de 2006 a 2015: aumento de 13% de adolescentes brasileiros: o 1° lugar: Enforcamento o 2° lugar: Uso de pesticida o 3° lugar: Pular ou se projetar de grandes alturas o 4° lugar: Armas
  • 11. ATENCAO  No contexto da Pandemia, alguns estudos internacionais mostram uma comparação entre os anos de 2019 e 2020, no que diz respeito ao comportamento suicida em crianças - em 2020 o quantitativo de crianças que mostraram comportamento suicida nesse ano, foi maior que no ano anterior.  de 2006 a 2016 os adolescentes brasileiros têm pensado mais em suicídio.  Há peculiaridades da assistência pediátrica ----- idealização da criança como como um pessoa em um ciclo de vida em que a morte por suicídio é algo inimáginável no contexto cultural.  Os conflitos geracionais e a postura de alguns profissionais no atendimento às crianças é um fator determinante na abordagem - profissionais com a reproduzir o papel das família o que impede de visualizar o embate geracional/conflitos geracionais.
  • 12. MIDIAS E REDES SOCIAIS  Abordagens o Fronteiras “real vs virtual” ou “online vs off-line”, são mais frágeis o Conflitos geracionais e limitações tecnológicas o O espaço digital como promotor de violência e como gatilho para quadros de o “Desafios online”- modelo para fenômeno de violência, a busca por desafios online Pandemia COVID-19.  Mídias e redes sociais são somente fatores de risco - podem também ser fatores de proteção.
  • 13. COMPORTAMENTO SUICIDA, COMO PREVENIR  Aumentar participação nos cenários de prevenção  Ampliar os desfechos possíveis, ou seja não pensar somente no desfecho do suicídio, mas tudo que o antecede  Trabalhar com educação em saúde, falar sobre ambientes virtuais seguros  Hotlines (linhas telefônicas) no Brasil o Centro de Valorização da Vida (CVV), linhas telefônicas disponíveis para dar suporte às pessoas em risco de suicídio  Orientação da mídia e informação: controle Social dos meios de suicídio  Outro aspecto importante para a prevenção é a discussão sobre a organização das cidades e o uso da arquitetura segura, construção de prédios seguros, profissionais treinados para a observação das pessoas nos ambientes públicos.
  • 14. PREVENCAO o fortalecimento do vínculo com a comunidade, desmistificar tabu sobre pedidos de ajuda quando em situação de violência, espaços seguros e escutas acolhedoras na escola. o Informação sobre comportamento suicida e segurança: - como acessar um serviço de saúde mental, - como promover saúde mental e resiliência, - divulgar os hotlines (linhas de contato para ajuda), r - ealizar atividade de pósvenção como a escola (ou seja depois de um episódio de suicídio como a escola lidar com essa situação, - pensar em arquitetura segura e em profissionais chaves no cuidado, segurança e vigilância desse espaço). o Cuidado com a exposição a criança/ adolescente. o GRUPOS DE APOIO ENTRE OS JOVENS.
  • 15. ENTREVISTA AO PCT • Observar a importância do escalonamento nas perguntas - profissional deve ter o cuidado para fazer as perguntas de forma gradativa. • Utilizar um espaço ético, seguro, e respeitando as vontades da criança e do adolescente. • Diante de uma tentativa de suicídio o manejo dela nas emergências clínicas/psiquiátrica é importante. • Como medida de Saúde Pública pode-se controlar os meios de acesso, pensar a forma que o suicídio será tentado ou tentar bloquear o acesso a ele é importante para a sua prevenção. • Caps i, ubs, upa, etc • Carência de profissionais com formação em saúde mental e psiquiatria
  • 16. ATENÇÃO • O sofrimento emocional não significa comportamento suicida, mas é um grande risco que pode chegar ao comportamento suicida. • Uma vez que a criança que está com alteração no comportamento, principalmente manifestações de impulsividade, é preciso ficar cada vez mais atento. ***** ambientes com uma situação de violência doméstica - a criança se mostra mais impulsiva, irritada, sem esperança – no ambiente escolar não apresenta esse comportamento.
  • 17. PARA PROFISSIONAIS DA SAUDE • Anamnese completa – independente da profissão – enfermeiro, etc...todos somos agentes ativos. • Acesso a medicações que a criança/adolescente possui • Atentar-se a historia pregressa – família e criança/adolescente • Atentar-se a conflitos na família e núcleo familiar (com quem mora, como mora, como e a relação dos moradores) • Escuta e vinculo terapêutico – ou outra forma de comunicação da criança/ adolescente (musicas, escritas, etc) • Essencial questionar se tentou suicídio, como tentou e quantas vezes tentou... NAO TENHA MEDO! • Sala de emergência – atenção especial