O documento descreve a história do desenvolvimento da psicanálise, desde os primórdios com Freud e Breuer até as décadas seguintes. Aborda temas como as técnicas iniciais de Freud, os primeiros discípulos, as dissidências, a expansão da psicanálise e as mudanças ocorridas na década de 1930 devido ao nazismo.

1. FOTO
O desenvolvimento
da Psicanálise
1 /51
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2. FOTO Primórdios
2/51
•O que está por trás da histeria

3. FOTO Primórdios
3/51
•A influência de Charcot
•A constatação da existência de
um “deposito” das emoções
angustiantes: o inconsciente

4. FOTOO Inconsciente
4/51
“Os poetas e os filósofos
descobriram o inconsciente
antes de mim. O que eu
descobri foi o método
cientifico que nos permite
estudar o inconsciente”.

5. FOTO Primórdios
5/51
•A parceria com Breuer
•Estudos sobre a histeria - 1895

6. FOTOPsicanálise
Freud e a descoberta da psicanálise 6/53
O CAMINHO PARA A
CRIAÇÃO DA PSICANÁLISE
Depois de por um ano ou dois tratar de pacientes
com as medidas neurológicas
habituais de repouso, massagem, hidroterapia
e estimulação elétrica, Freud começou a usar
o hipnotismo no final de 1887.

7. FOTOPsicanálise
Freud e a descoberta da psicanálise 7/53
Hipnose
Estava certo de que havia vários segredos
ocultos por trás dos sintomas manifestos.
Mais tarde escreveu que, quando usava o
hipnotismo, empregara-o com o propósito de
remontar a história do sintoma, ou seja, o método
catártico de Breuer, que aliava a hipnose a busca
do trauma originário da neurose.

8. FOTOPsicanálise
8/53
Aos poucos foi abandonando a hipnose por:
• Não era um bom hipnotizador
• Algumas pessoas não são hipnotizáveis
• Os benefícios eram apenas temporários.
• Atuava apenas na atenuação dos sintomas e não
nas causas da patologia
• E mesmo quando sumiam, os sintomas eram
deslocados.

9. FOTOPsicanálise
9/53
Técnica de Concentração
A substituição da hipnose por uma “técnica
de concentração” tinha por objetivo,
ressuscitar lembranças soterradas,
acompanhando detalhadamente as
associações do paciente com os sintomas.

10. FOTOPsicanálise
10/53
Técnica de Concentração
Foi adotada uma atitude passiva, consistindo a única
atividade em, de tempos em tempos, chamar a
atenção do paciente para relações de que ele estava
descuidando.

11. FOTOPsicanálise
11/53
Técnica de Concentração
Dava-se cada vez mais atenção à natureza da
“resistência” e não à busca de lembranças. Com
esse refinamento gradual, Freud forjou um
instrumento com o qual podia penetrar nas camadas
inconscientes da mente.

12. FOTOPsicanálise
12/53
Técnica de Concentração
• Freud pedia à paciente, deitada e de olhos
fechados para que concentrasse sua atenção em
um sintoma específico e tentasse recordar
qualquer lembrança que pudesse esclarecer sua
origem.
• Quando não ocorria nenhum progresso, Freud
pressionava com a mão a testa da paciente e
assegurava que alguns pensamentos ou
lembranças sem dúvida lhe ocorreriam.

13. FOTOPsicanálise
13/53
Técnica de Concentração
Estabelecia para a paciente a prescrição de ignorar
qualquer censura e exprimir qualquer pensamento,
mesmo que ela o considerasse irrelevante, não
importante ou muito desagradável. Este foi o primeiro
passo para o método da associação livre.

14. FOTOPsicanálise
14/53
Técnica de Concentração
Freud ainda insistia em pressionar e indagar,
trabalho que lhe parecia árduo, mas necessário, até
o dia em que uma paciente (Srta. Elisabeth)
reprovou-o por interromper com perguntas seu fluxo
de pensamento. Aproveitou a indicação e assim deu
outro passo em direção à associação livre.

15. FOTOPsicanálise
15/65
Associação Livre
Não se pode determinar exatamente a data da
descoberta do método da
“associação livre”, desenvolveu-se pouco a
pouco entre 1892 e 1895, tornando-se
decididamente refinado e purificado em relação
aos métodos auxiliares
– hipnose, sugestão, pressão e indagação.

16. FOTOTransferência
16/65
Freud observou que em alguns casos a
melhora terapêutica dependia do
relacionamento pessoal entre o paciente e o
médico e que, com frequência, desaparecia
quando essa relação se dissolvia.

17. FOTOTransferência
17/65
Intrapsiquismo
Intersubjetividade

18. FOTOPsicanálise
18/65
Transferência
Certo dia, uma paciente subitamente envolveu com
os braços o pescoço de Freud – contratempo
inesperado.
A partir de então ele compreendeu que o
relacionamento especial, tão eficaz
terapeuticamente, tinha uma base erótica, quer
oculta, quer manifesta.

19. FOTOPsicanálise
19/65
Transferência
Ao contrário do assustado Breuer em ocasião
semelhante, Freud encarou o problema como de
interesse científico geral. Explicou, anos depois,
como este oculta os importantes fenômenos da
resistência e da transferência, elementos
essenciais da prática e teoria psicanalíticas.

20. FOTO Primórdios
20/51
•O rompimento com Breuer

21. FOTOPsicanálise
21/65
O termo “psicanálise” foi empregado pela
primeira vez em um artigo publicado
em francês em 30 de março de 1896 e em
alemão pela primeira vez em 15 de maio do
mesmo ano.

22. FOTOA Interpretação dos Sonhos
22/65
1899/1900

23. FOTO A Primeira Tópica
23/51
•Consciente
•Pré-consciente
•Inconsciente
capítulo VII da Interpretação dos Sonhos

24. FOTO Primeiros discípulos
24/51
1902
•Reuniões de médicos na quarta feira a
noite no apartamento de Freud
•Participam também filósofos, artistas e
educadores
•Esboço do conceito da análise leiga
•Entre os participantes encontram-se
Sandor Ferenczi, Karl Abraham, e Otto
Rank

25. FOTO Primórdios
25/51
•A relação e rompimento com
Fliess
•Neurose nasal reflexa.
• Em 1904 rompem.

26. FOTO Primeiros discípulos
26/51
1904
•Jung passa a utilizar a psicanálise no
tratamento de pacientes no Hospital
Psiquiátrico de Zurique na Suíça.
1906
•Início da correspondência entre Freud e
Jung.
•Freud vê em Jung, o primeiro membro
não judeu do grupo, a possibilidade de
expandir a psicanálise para além de
Viena.

27. FOTO Primeiros discípulos
27/51
1908
•Metade do grupo vienense, cerca de 11
médicos já atuam como psicanalistas.
•Não possuem formação teórica e nem
principio didático.
•Desenvolvem suas bases teóricas a
partir da prática clínica.

28. FOTO Primeiros discípulos
28/51
1908
•As idéias de Freud começam a ficar
conhecidas também nos EUA.
•A psicanálise ganha adeptos entre médicos
e leigos. Por outro lado inicia-se uma forte
resistência contra aos conceitos propostos
por Freud.
•Jung organiza o Primeiro Congresso
Internacional de Psicanálise em Salzburg
(Áustria), reunindo 42 membros de seis
países.

29. FOTO Primeiros discípulos
29/51
1908
•Este primeiro congresso, conta com a
presença de Ernest Jones, primeiro discípulo
inglês de Freud.
•Jones, irá se tornar o principal articulador
político da IPA, (Associação Internacional de
Psicanálise).

30. FOTO Primeiros discípulos
30/51
1908
•Abraham Arden Bill começa sua análise com
Freud tornando-se posteriormente um
grande difusor do freudismo nos EUA.
•No entanto, opunha-se ao mestre na questão
da análise leiga.
•
•Freud transfere o centro do movimento para
Zurique, buscando expandir as ideias para
além do círculo intelectual judaico.

31. FOTO Primeiros discípulos
31/51
1909
•Freud apresenta cinco conferencias na
“Clark University” na Nova Inglaterra nos
EUA.
1910
•Freud funda com Ferenczi a Associação
Internacional de Psicanálise.
A IPA cria regras para a atuação de
psicanalistas.

32. FOTO Dissidências
32/51
1911
•Adler edifica uma teoria psicológica
que na opinião de Freud, rompe com os
conceitos que estruturam a psicanálise.
•(social X sexualidade)
•É convidado a romper com o
movimento.

33. FOTO Dissidências
33/51
1912/1913
•Freud e Jung divergem também sobre a
importância da sexualidade sobre a formação
psíquica.
•Preocupado com as dissidências, Jones cria
um comitê secreto com membros fieis a
Freud.

34. FOTO
34/51
•O rompimento com Jung

35. FOTO Dissidências
35/51
1913
•O IV Congresso de Psicanálise,
realizado em Munique é marcado por
desacordos entre vienenses e os suíços,
acusados pelos primeiros de agregarem
à psicanálise elementos de ocultismo.
•A Associação Psicanalítica de Zurique é
dissolvida.
•Jones funda a Sociedade Psicanalítica
de Londres.

36. FOTO Expansão
36/51
1918
•Freud estimula a criação de clínicas
para pacientes de baixa renda.
•A análise didática passa a ser condição
para se exercer a psicanálise.
1919
•Jones funda a Sociedade Psicanalítica
Britânica.
•Wilhem Reich passa a participar das reuniões
do grupo vienense.

37. FOTO A Segunda Tópica
37/51
1920/1923
Além do Princípio do Prazer (1920) e o Ego
e o Id (1923).
• ID
• Ego
• Superego

38. FOTO Expansão
38/51
1922
•A psicanálise conquista Paris.
1923
•Freud descobre um tumor no palato.
1924
•Klein começa a desenvolver sua próprias teorias sobre o
desenvolvimento sexual. Expõe em Viena suas teorias
sobre psicanálise de crianças, dando início ao debate que a
opõe a Anna Freud.
1926
Instala-se em Londres, revolucionando a psicanálise na
Inglaterra com suas teorias.

39. FOTO Década de 1930
39/51
1933 a 1940
•Com a ascensão do nazismo, todas as
grandes sociedade de psicanálise
europeias, com exceção da inglesa
desaparecem.
•Psicanalistas de ascendência judaica
fogem para os EUA.

40. FOTO Década de 1930
40/51
1933 a 1940
•As ideias de Freud são combatidas
dentro da psiquiatria e da psicologia na
Alemanha.
•Comandada pelo psiquiatra nazista
Mattihas Goring, A Sociedade Médica
Alemã de Psicoterapia tinha como
objetivo varrer a psicanálise por esta ser
considerada uma “ciência judaica”.

41. FOTO Década de 1930
41/51
1933 a 1940
•Reich é excluido da IPA por ser ligado
ao partido comunista e defender a luta
da psicanálise contra o nazismo
abertamente.

42. FOTO
“Uma vez que uma ciência, a
psicanálise deve se manter neutra face
a todas as mudanças da sociedade e
logo, apolítica”. (Freud)
Sociologia 42/53
Década de 1930

43. FOTOFreud e a Política
“Nada era mais avesso ao espírito da
psicanálise do que travesti-la numa
pretensa ciência e mantê-la afastada
de todo engajamento politico”.
(Elisabeth Roudinesco)
Sociologia 43/53

44. FOTO
44/51
As cinco regras técnicas legadas por
Freud
• Livre associação de ideias e emoções
(regra fundamental / paciente)
• Abstinência
• Neutralidade
• Atenção flutuante (analista)
• Amor à verdade
• Uma sexta regra seria a obrigatória
preservação do setting.

45. FOTOÚltimos anos
Freud e a descoberta da psicanálise 45/65
Com a anexação da Áustria pelos nazistas:
• Parte para Londres em 1938, um ano antes
de sua morte.
• Teve a intervenção da diplomacia americana
e de Marie Bonaparte.
• Leva Marta, os filhos e a cunhada.
• Em Londres, instala-se em uma bela casa,
futuro Freud Museum.

46. FOTOÚltimos anos
Freud e a descoberta da psicanálise 46/65
o Após deixar Viena, não soube do destino dado
pelos nazistas às suas irmãs.
o Na verdade, foram exterminadas em campos
de concentração.

47. FOTO Década de 1930
47/51
1939
Freud morre em 23 de
Setembro em Londres.

48. FOTO Pós-Freud
48/51
Enquanto Freud estava vivo, era ele que
dizia o que era ou não psicanálise.
Após sua morte, configura-se uma
situação propícia ao aparecimento de
psicanalistas que contribuem com um
novo olhar às descobertas do médico
austríaco.

49. FOTO Pós-Freud
49/51
As sete escolas

50. FOTO Pós-Freud
50/51
Kleinismo: criado a partir da
obra de Melanie Klein, principal
nome da Escola Inglesa de
psicanálise.

51. FOTO Pós-Freud
51/51
Lacanismo: de Jaques Lacan,
nome mais proeminente da
Escola Francesa de Psicanálise.

52. FOTO Pós-Freud
52/51
Escola Winnicottiana: referente a
Donald Winnicott, classificado como
o maior expoente da Escola
Independente Inglesa.

53. FOTO Pós-Freud
53/51
Bion, cuja contribuição
acabou por levá-lo a ser
reconhecido dentro da
Escola Inglesa como o mais
importante psicanalista pós-
kleiniano.

54. FOTO Pós-Freud
54/51
Psicologia do Ego: estruturada
por Heinz Hartman com a
contribuição de Anna Freud.

55. FOTO Pós-Freud
55/51
Psicologia do Self: de Heinz
Kohut. Prioriza os estudos dos
processos narcisistas.

56. FOTO PSICANÁLISE
CONTEMPORÂNEA
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57. FOTO Na história da psicanálise é
consenso que após a morte de
Freud instalou-se um período
marcado por projetos autorais
que rivalizavam entre si (1940-
1980): escola kleiniana, escola
da psicologia do ego, escola
lacaniana, etc.
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58. FOTO A despeito das contribuições
decisivas trazidas por cada uma
delas, a marca principal desses
quarenta anos foi a rigidez e o
dogmatismo com que defenderam
suas “verdades” psicanalíticas
singulares. Atravessar as fronteiras
teórico-clínicas foi, por muito
tempo, algo bastante raro.
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59. FOTO A partir do final dos anos 1970 o
cenário começou a mudar. Autores
como Green, Pontalis e outros,
começaram a publicar trabalhos em
que as ideias de cada um dos
patronos das diferentes escolas pós-
freudianas apareciam articuladas a
uma nova leitura da obra de Freud,
alinhavadas pelas ideias originais de
seus autores.
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60. FOTO Hoje, podemos reconhecer, as obras
um movimento em direção à
construção de uma visão pluralista da
psicanálise em que o atravessamento
dos dogmas é a tônica.
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