O documento descreve o método do Barcelona para treinar jogadores entre 7-10 anos, focando no desenvolvimento de habilidades técnicas individuais como controle de bola, dribles e jogos em pequenos espaços. O objetivo é ensinar fundamentos básicos sem tática e estimular o prazer pelo jogo através de exercícios e jogos simples que envolvam condução e dribles.
Apostila em elaboração para ser utilizada como material de apoio didático nas aulas de educação física escolar com finalidade pedagógica e sem fins lucrativos.
A universalidade das Regras do Jogo significa que o jogo é essencialmente o
mesmo em todas as partes do mundo e em todos os níveis. Bem como promover um
ambiente justo e seguro para a sua prática, as Regras também devem promover a
participação e a diversão.
O jogo deve ser jogado e arbitrado da mesma maneira em todos os campos de
futebol pelo mundo, desde a final da Copa do Mundo FIFA™ até um jogo em um
vilarejo remoto. No entanto, as características locais de cada país devem determinar
a duração da partida, quantas pessoas podem participar e como algumas atitudes
inapropriadas devem ser punidas.
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Apostila em elaboração para ser utilizada como material de apoio didático nas aulas de educação física escolar com finalidade pedagógica e sem fins lucrativos.
A universalidade das Regras do Jogo significa que o jogo é essencialmente o
mesmo em todas as partes do mundo e em todos os níveis. Bem como promover um
ambiente justo e seguro para a sua prática, as Regras também devem promover a
participação e a diversão.
O jogo deve ser jogado e arbitrado da mesma maneira em todos os campos de
futebol pelo mundo, desde a final da Copa do Mundo FIFA™ até um jogo em um
vilarejo remoto. No entanto, as características locais de cada país devem determinar
a duração da partida, quantas pessoas podem participar e como algumas atitudes
inapropriadas devem ser punidas.
Os resultados atuais indicaram que a ocorrência de lesões de isquiotibiais podem estar associadas a uma mudança hierárquica na distribuição da atividade metabólica dentro do complexo muscular do isquiotibial após o trabalho excêntrico em que o Semitendinoso provavelmente deveria tomar a parte principal, seguido pelo BÍceps Femural e Semimembranoso. Quando o BF aumenta sua contribuição e é ativado em uma extensão proporcionalmente maior, o risco de sofrer uma lesão do isquiotibial pode aumentar substancialmente.
Acute effect of different combined stretching methodsFernando Farias
The purpose of this study was to investigate the acute effect of different stretching methods, during a warm-up,
on the acceleration and speed of soccer players. The acceleration performance of 20 collegiate soccer players (body height:
177.25 ± 5.31 cm; body mass: 65.10 ± 5.62 kg; age: 16.85 ± 0.87 years; BMI: 20.70 ± 5.54; experience: 8.46 ± 1.49
years) was evaluated after different warm-up procedures, using 10 and 20 m tests. Subjects performed five types of a
warm-up: static, dynamic, combined static + dynamic, combined dynamic + static, and no-stretching. Subjects were
divided into five groups. Each group performed five different warm-up protocols in five non-consecutive days. The
warm-up protocol used for each group was randomly assigned. The protocols consisted of 4 min jogging, a 1 min
stretching program (except for the no-stretching protocol), and 2 min rest periods, followed by the 10 and 20 m sprint
test, on the same day. The current findings showed significant differences in the 10 and 20 m tests after dynamic
stretching compared with static, combined, and no-stretching protocols. There were also significant differences between
the combined stretching compared with static and no-stretching protocols. We concluded that soccer players performed
better with respect to acceleration and speed, after dynamic and combined stretching, as they were able to produce more
force for a faster execution.
To examine the acute effects of generic (Running Drills, RD) and specific (Small-
Sided Games, SSG) Long Sprint Ability (LSA) drills on internal and external load of male
soccer-players. Methods: Fourteen academy-level soccer-players (mean±SD; age 17.6±0.61
years, height 1.81±0.63 m, body-mass 69.53±4.65 kg) performed four 30s LSA bouts for
maintenance (work:rest, 1:2) and production (1:5) with RD and SSG drills. Players’ external-
load was tracked with GPS technology (20Hz) and heart-rate (HR), blood-lactate
concentrations (BLc) and rate of perceived exertion (RPE) were used to characterize players’
internal-load. Individual peak BLc was assessed with a 30s all-out test on a non-motorized
treadmill (NMT). Results: Compared to SSGs the RDs had a greater effect on external-load
and BLc (large and small, respectively). During SSGs players covered more distance with
high-intensity decelerations (moderate-to-small). Muscular-RPE was higher (small-to-large)
in RD than in SSG. The production mode exerted a moderate effect on BLc while the
maintenance condition elicited higher cardiovascular effects (small-to-large). Conclusion:
The results of this study showed the superiority of generic over specific drills in inducing
LSA related physiological responses. In this regard production RD showed the higher post-
exercise BLc. Interestingly, individual peak blood-lactate responses were found after the
NMT 30s all-out test, suggesting this drill as a valid option to RD bouts. The practical
physiological diversity among the generic and specific LSA drills here considered, enable
fitness trainers to modulate prescription of RD and SSG drills for LSA according to training
schedule.
A evidência apresentada sugere que a variação é um componente necessário do planejamento efetivo do treinamento. Apoiando essa perspectiva, outras pesquisas sugerem que a monotonia de treinamento elevado - que pode ser amplamente percebida como uma falta de variação20 - leva a uma maior incidência de síndromes de overtraining21, um mau desempenho e freqüência de infecções banais.22 Inversamente, as reduções na monotonia têm Tem sido associada a uma maior incidência de melhor desempenho pessoal 22, e os índices de monotonia têm sido defendidos como ferramentas benéficas de treinamento-regulação na elite rowing23 e no sprint24.
Capacidade manter as ações de jogo em alto
padrão de execução durante 90 minutos. É
muito importante no segundo tempo que é
onde ocorre o maior número de gols e
normalmente se decidem as partidas.
A literatura atual que mede os efeitos de SMR ainda está emergindo. Os resultados desta análise sugerem que o rolamento de espuma e a massagem com rolo podem ser intervenções eficazes para melhorar a ROM conjunta e o desempenho muscular pré e pós-exercício. No entanto, devido à heterogeneidade dos métodos entre os estudos, atualmente não há consenso sobre o ótimo programa SMR.
Training Load and Fatigue Marker Associations with Injury and IllnessFernando Farias
This paper provides a comprehensive review of the litera-
ture that has reported the monitoring of longitudinal
training load and fatigue and its relationship with injury
and illness. The current findings highlight disparity in the
terms used to define training load, fatigue, injury and ill-
ness, as well as a lack of investigation of fatigue and
training load interactions. Key stages of training and
competition where the athlete is at an increased risk of
injury/illness risk were identified. These included periods
of training load intensification, accumulation of training
load and acute change in load. Modifying training load
during these periods may help reduce the potential for
injury and illness.
Melhorar ou até mesmo manter o desempenho atlético em jogadores de esportes de equipe competitivos durante o longo período da temporada é um dos maiores desafios para qualquer treinador comprometido. Tempo muito limitado está disponível entre as partidas semanais para introduzir sessões intensivas de treinamento de força e poder, com uma freqüência normal de 1-2 unidades por semana. Este fato estimula a busca de métodos de treinamento mais eficientes capazes de melhorar uma ampla variedade de habilidades funcionais, evitando ao mesmo tempo os efeitos de fadiga.
Actualmente la capacidad de repetir sprints es considerada fundamental en el rendimiento del fútbol por
parecerse al patrón de movimiento que se da en el mismo. De esta manera su entrenamiento resulta fundamental
en cualquier planificación. Así, se deben trabajar aquellos aspectos que la limitan para poder acceder a un mayor
rendimiento. Una vez conocido esto se debería elegir la forma en la que se quiere entrenar, teniendo para ello
métodos analíticos (interválico, intermitente) y contextualizados (espacios reducidos). Por último, se proponen
una series de variables de entrenamiento para el trabajo de repetir sprints, orientándolo no solo al aspecto físico,
sino también al técnico, táctico y psicológico, conformando, por tanto, un entrenamiento integrado en el fútbol.
Maximal sprinting speed of elite soccer playersFernando Farias
Current findings might help individuals involved within the physical preparation of players (e.g. technical coaches, fitness coaches, and sport science staff) when developing training programs and training sessions in line with the playing positions, and with the levels of high speed running targeted to reach during specific training drills like sided-games.
Indeed, the closer to match-play situations regarding the rules with goals, goalkeepers, the larger pitch sizes and greater number of players involved, the higher sprinting speed running players would reach during sided-games. However, coaches are advised to add specific speed drills to sided-games in order to elicit a stimulus of high-speed running high enough to prepare players for competition.
Recovery in Soccer Part I – Post-Match Fatigue and Time Course of RecoveryFernando Farias
In elite soccer, players are frequently required to play consecutive matches
interspersed by 3 days and complete physical performance recovery may not
be achieved. Incomplete recovery might result in underperformance and in-
jury. During congested schedules, recovery strategies are therefore required
to alleviate post-match fatigue, regain performance faster and reduce the risk
of injury. This article is Part I of a subsequent companion review and deals
with post-match fatigue mechanisms and recovery kinetics of physical per-
formance (sprints, jumps, maximal strength and technical skills), cognitive,
subjective and biochemical markers.
Sprint running acceleration is a key feature of physical performance in team sports, and recent
literature shows that the ability to generate large magnitudes of horizontal ground reaction force
and mechanical effectiveness of force application are paramount. We tested the hypothesis that
very-heavy loaded sled sprint training would induce an improvement in horizontal force
production, via an increased effectiveness of application. Training-induced changes in sprint
performance and mechanical outputs were computed using a field method based on velocity-
time data, before and after an 8-week protocol (16 sessions of 10x20-m sprints). 16 male
amateur soccer players were assigned to either a very-heavy sled (80% body-mass sled load)
or a control group (unresisted sprints). The main outcome of this pilot study is that very-heavy
sled resisted sprint training, using much greater loads than traditionally recommended, clearly
increased maximal horizontal force production compared to standard unloaded sprint training
(effect size of 0.80 vs 0.20 for controls, unclear between-group difference) and mechanical
effectiveness (i.e. more horizontally applied force; effect size of 0.95 vs -0.11, moderate
between-group difference)
Hip extension and Nordic hamstring exercise training both promote the elongation of
biceps femoris long head fascicles, and stimulate improvements in eccentric knee
flexor strength.
Hip extension training promotes more hypertrophy in the biceps femoris long head
and semimembranosus than the Nordic hamstring exercise, which preferentially
develops the semitendinosus and the short head of biceps femoris
No sentido de melhor esclarecer esta forma de operacionalizar o processo
de treino procuramos num primeiro momento sistematizar os aspectos
conceptometodológicos que a definem. Contudo, a “Periodização Táctica”
é uma concepção que se encontra pouco retratada na literatura e por isso,
deparamo-nos com escassas referências bibliográficas levando-nos a
reequacionar o teor deste trabalho. Neste seguimento, decidimos incidir
nos fundamentos conceptometodológicos que a definem, a partir de dados
empíricos do processo de treino-competição do treinador José Guilherme
Oliveira
. A escolha deste treinador deve-se ao facto de ser reconhecido pelo
professor Vítor Frade como um dos treinadores que operacionaliza o processo
de treino tendo em conta as premissas da “Periodização Táctica”.
Impact of the Nordic hamstring and hip extension exercises on hamstring archi...Fernando Farias
The architectural and morphological adaptations of the hamstrings in response to training
33 with different exercises have not been explored. PURPOSE: To evaluate changes in biceps
34 femoris long head (BFLH) fascicle length and hamstring muscle size following 10-weeks of
35 Nordic hamstring exercise (NHE) or hip extension (HE) training. METHODS: Thirty
36 recreationally active male athletes (age, 22.0 ± 3.6 years, height, 180.4 ± 7 cm, weight, 80.8 ±
37 11.1 kg) were allocated to one of three groups: 1) HE training (n=10), NHE training (n=10),
38 or no training (CON) (n=10). BFLH fascicle length was assessed before, during (Week 5) and
39 after the intervention with 2D-ultrasound. Hamstring muscle size was determined before and
40 after training via magnetic resonance imaging.
Differences in strength and speed demands between 4v4 and 8v8 SSGFernando Farias
Small-sided games (SSGs) have been extensively used in training
footballers worldwide and have shown very good efficacy in
improving player performance (Hill-Haas, Dawson, Impellizzeri,
& Coutts, 2011). As an example, it has been shown that the
technical performance (Owen, Wong del, McKenna, & Dellal,
2011) and physical performance (Chaouachi et al., 2014; Dellal,
Varliette, Owen, Chirico, & Pialoux, 2012) of footballers can be
enhanced using SSG-based football training programmes.
In the last two decades, extensive research has been pub-
lished on physical and physiological response during SSGs in
football (for refs, see Halouani, Chtourou, Gabbett, Chaouachi,
& Chamari, 2014). It was found that the time-motion charac-
teristics of SSGs could vary greatly depending on certain
structural (e.g., pitch size, number of players, type and number
of goals) and rule (e.g., number of ball touches) constraints.
For example, it was observed that higher maximum speeds are
reached during SSGs played on bigger pitches (Casamichana &
Castellano, 2010). Furthermore, heart rate (HR) and lactate
concentrations were shown to be sensitive to structural and
rule changes in SSGs.
Acute cardiopulmonary and metabolic responses to high intensity interval trai...Fernando Farias
Results from the present study quantify the effects of altering either the intensity of the
work or the recovery interval when performing interval sessions consisting of 60s of work and
60s of recovery for multiple repetitions. The information provided may aid those interested in
designing interval training sessions by providing ranges of values that could be expected for
individuals who possess moderate levels of cardiopulmonary fitness. Using a work intensity of
80% or 100% VGO2peak and a recovery intensity of 0% or 50% VGO2peak, subjects were able to
exercise within the ACSM recommended range for exercise intensity. Based upon the data it
would appear that a protocol such as the 80/0 may be appropriate for those individuals who
are just beginning a program or have little experience with interval-type activity. By contrast, a
100/50 protocol could not be completed by all of the subjects and therefore may be too intense
for some individuals.
The quadriceps femoris is traditionally described as a muscle group com-
posed of the rectus femoris and the three vasti. However, clinical experience
and investigations of anatomical specimens are not consistent with the text-
book description. We have found a second tensor-like muscle between the
vastus lateralis (VL) and the vastus intermedius (VI), hereafter named the
tensor VI (TVI). The aim of this study was to clarify whether this intervening
muscle was a variation of the VL or the VI, or a separate head of the exten-
sor apparatus. Twenty-six cadaveric lower limbs were investigated...
O AUTÊNTICO MÉTODO DO BARÇA PARA DESENVOLVER JOGADORES
1. O
Autêntico
Método
do Barça
Nível 1. Aprender a
Jogar com a Bola
Laureano Ruiz
2. O AUTÊNTICO MÉTODO DO BARÇA PARA DESENVOLVER JOGADORES
Laureano Ruiz
Nível 1 – Aprender a Jogar com a Bola (dos 7 aos 10 anos)
- As crianças não devem começar a praticar futebol (organizado num clube) antes dos
7-8 anos;
- O seu ensino será unicamente técnico, esquecendo-se a tática;
- Durante o Nível 1 (principalmente dos 7 aos 9 anos) só nos devemos preocupar com a
técnica elementar;
- É a partir dos 10 anos que cremos que deve começar um ensino superior e mais
completo;
- Nesta fase de aprendizagem não abordaremos o jogo coletivo, dedicando-nos
exclusivamente ao individual. Isto é, a criança aprende a controlar a bola, a conduzi-la
e a driblar. Queremos dribles e mais dribles, e muitos jogos reduzidos;
- Os campos de Futebol de 3 terão mais ou menos 20x12 metros, com balizas de 1,5
metros;
- Maior erro que os Treinadores podem cometer: dizer às crianças para não
driblarem;
- Pretendemos que não tentem jogar como os adultos (jogar a 1 toque, levantar a
cabeça, utilizar as duas pernas, etc). Chegará esse momento mais tarde;
- O nosso ensino baseia-se em que a criança controle a bola que lhe chega; a conduza;
e que drible o adversário que lhe tenta tirar a bola (ou que o tente pelo menos) e vá
ganhando controlo corporal graças às acelerações, paragens, mudanças de direção,
rotações, etc;
- O objetivo principal deve ser desenvolver nas crianças a sua sensibilidade com a bola,
despertar-lhes ou aumentar-lhes o interesse pelo futebol, desenvolver o seu prazer
por jogar e também proporcionar-lhes fundamentos lógicos para o jogo;
- Para isso provocaremos o jogo pelo jogo, todos contra todos, sem rigidez nem
estruturas táticas;
- As bases serão muito simples: espaço adequado, meínhos, jogos reduzidos, dois
contra dois, três contra três, quatro contra quatro, com balizas e sem elas e também
habilidades, conduções entre cones para conseguir o domínio da bola, das rotações,
acelerações, paragens, etc;
- Nestas idades as crianças costumam chutar a bola à sorte. Para evitar isso e acelerar
a aprendizagem, criamos duas escassas imposições: 1) Não podem chutar a bola à
sorte. Têm que tentar a jogada individual, tendo “intenção” em todas as suas
intervenções; 2) Não podem atirar a bola deliberadamente para fora. Com estas duas
proibições procura-se que as crianças tenham de “utilizar” a bola;
- Utilizam-se balizas de dimensões reduzidas para que driblem, enganem os guarda-redes
e adquiram uma grande habilidade;
- Jogam num terreno reduzido, para não realizarem grandes esforços (muito nocivos
para a sua idade) e as equipas são compostas por poucos jogadores (o ideal são 3
contra 3) para que todos estejam intervindo e aprendendo constantemente;
- Com os jogos reduzidos, para além dos elementos fundamentais do movimento
(corridas, paragens bruscas, rotações, saltos, mudanças de direção, etc.)
conseguiremos que as crianças se familiarizem com a bola;
3. - Também o solo, os ressaltos e a recuperação da bola vão-lhes ensinando a julgar as
situações, as distâncias e as leis do impacto;
- É importante submeter estas crianças a exercícios de malabarismos (de acordo com o
seu nível) e jogos de corridas em que não estará presente a bola, mas nos quais as
crianças trabalharão para além da velocidade de deslocamento, as rotações, as
mudanças de direção, as acelerações curtas, a rapidez de reação, decisão e
antecipação. Isto é, a parte “desconhecida” do futebol mas que é imprescindível e
fundamental durante a sua aprendizagem (mas também nas suas fases de
consolidação e culminação);
- No final deste nível (quando as crianças cumprem 10 anos) começarão a receber
lições táticas simples:
a) Apoiar o portador da bola (não muito afastados);
b) Tentar tirar a bola ao portador da mesma quando ele está perto da área
adversária e não ir para a baliza para defender um remate. Muitas crianças têm medo
de levar com a bola, mas quanto mais afastados estiverem do portador da bola mais
perigo correm (quando o remate é efetuado, ensinar os defensores a virarem-se
ligeiramente para se protegerem, mas nunca se virando de costas, mantendo sempre
os olhos na bola);
c) Sempre que a bola sai do campo de jogo ou é recuperada pelo Guarda-Redes
deve colocá-la em jogo através de um pontapé sem deixar cair a bola ao chão
(importante para melhorar a coordenação olhos-mãos-pés);
- Os treinadores que exigem nestas idades “levanta a cabeça”, “passa ao companheiro”
e “vigia o adversário” desconhecem o futebol, a sua pedagogia e as possibilidades reais
das crianças;
As Regras de jogo e as chuteiras
- Sem conhecer as regras as crianças não devem jogar pois assim produzem-se
discussões e mal entendidos. Os conhecimentos são básicos: quando é golo, quando a
bola está fora, como se efetua o pontapé de baliza, como se efetua o lançamento
lateral, como se efetua o pontapé de canto e as infrações graves, começando pelo
penalti;
- Deve-se marcar sempre as faltas e explicar às crianças as regras, os treinadores que
deixam andar por se tratar de crianças cometem um erro muito grave. As crianças
cometem faltas porque não conhecem as regras e se não os ensinarmos, continuarão a
cometê-las;
- Até aos 12 anos as crianças não deveriam jogar com chuteiras. Em termos de saúde a
criança não deve usar chuteiras para não comprometer a formação dos ossos, tendões
e ligamentos, originado malformações de difícil correção. Em termos técnicos, as
chuteiras não dão nenhuma vantagem (têm muito peso, escassa flexibilidade e os
pitões grandes são um suplício) afetando-lhes o domínio do corpo. Recomendamos
que joguem e treinem com sapatilhas muito usadas, para “sentirem” melhor a bola e
desenvolverem o seu sentido tátil. Para além disso, como o suporte básico do futebol é
a coordenação e o equilíbrio, com as sapatilhas a criança tem de lutar para se
equilibrar, não escorregar e coordenar os gestos técnicos. Isto fará com que atinja –
mais cedo ou mais tarde – um grande avanço na sua habilidade;
Os Guarda-Redes
- Os Guarda-Redes necessitam de um treino especial, porque também eles requerem
umas qualidades especiais, mas tudo tem o seu devido tempo;
4. - As crianças até aos 12 anos devem jogar em todas as posições sem se especializarem
em nenhuma. Isso vai ajudar-lhes a compreender melhor o jogo e tornar a sua
aprendizagem mais completa;
- Outro fator pelo que não se deve especializar as crianças como Guarda-Redes é o
psicológico. O Guarda-Redes deve possuir um grande equilíbrio psíquico. Se defende as
bolas é o herói, se sofre golos é considerado mau. Por isso pode passar facilmente do
êxtase à frustração;
- Neste aspeto é muito mau que as crianças defendam as balizas criadas para os
adultos pois são incapazes fisicamente de chegar a bolas altas. O que não é
compreendido por companheiros e certos pais;
- Quando não há um bom equilíbrio psicológico (o que é normal em idades baixas), o
normal é que abandonem o futebol ou que cheguem a sofrer de problemas psíquicos
de difícil cura;
- No entanto, devem jogar como Guarda-Redes até aos 12 anos e deve ser-lhes
ensinada a técnica manual, exercícios de acrobacia (vitais para eles) e também a
técnica de “atirar-se à bola” (para que não se aleijem quando caem);
- Em relação à técnica manual não recomendamos o uso de luvas de Guarda-Redes até
aos 12 anos. O fortalecimento das mãos, o domínio manual e a segurança no bloqueio
da bola só se podem conseguir com o contato tátil direto com a bola. Só se forem
submetidos a um bombardeamento de remates violentos, e para evitar possíveis
lesões, vemos utilidade em usá-las;
Finalizando o Nível 1:
a) Qualquer criança pequena ainda não conquistou os instrumentos sociais de
compreensão mútua e disciplina que submete o seu EU às regras da reciprocidade; Ele
acha-se o centro do mundo, tanto social como fisicamente. Pouco a pouco, e graças à
convivência com outras crianças, consegue sair de si mesmo e ganhar consciência da
realidade. Isto é, situar-se fora mas entre os outros. Então descobre a sua
personalidade e a dos outros, perdendo o seu egocentrismo. Quando chega a esse
momento, nunca tem menos de 10 anos. Por isso, neste nível as crianças são
totalmente egocêntricas e se os treinadores pretenderem que melhorem o passe e o
sentido de jogo coletivo, perderão o seu tempo;
b) Se os treinadores querem que os principiantes sejam felizes, façam-nos jogar jogos
reduzidos. Com isso, o jogo será para eles muito agradável, atrativo e emocionante, já
que conseguirão: driblar adversários e marcar golos.
5. Jogos de Nível 1
Jogo N.º 1 – (8-9 anos)
Descrição: Espaço de jogo de 10x5 metros e balizas de 1 metro. Jogo individual: numa
mini baliza estão os jogadores 1 e 2, na outra, o 3. Este adianta-se para enfrentar o
jogador 1, quem, com a bola, tenta marcar. Vence o jogador que marcar mais golos.
Pode fazer-se um torneio com 18 jogadores sempre que existam várias fases. Em 15
minutos haverá uma classificação absoluta (3 fases de 5 minutos).
Objetivos: Condução. Driblar. “Roubar a bola”. Passar da defesa ao ataque.
Defeitos mais frequentes: As crianças chutam a golo, quando o que se exige é que
entrem com a bola controlada dentro da mini baliza. Em todos os casos o golo não
contará e terá perdido a posse da bola.
Esquema:
6. Jogo N.º 2 – (8-9 anos)
Descrição: Um jogador com uma bola nas mãos. Outro situado a 4 metros em frente ao
anterior. E um terceiro a 4 metros das costas do segundo. O primeiro faz o lançamento
lateral para o terceiro por cima do segundo. O terceiro controla a bola e avança para o
centro e tenta driblar o segundo. Se o consegue, prossegue para driblar o primeiro (o
que lançou a bola). Vai-se rodando e vence o que mais pontos consiga (cada drible
conseguido dá um ponto).
Objetivos: Lançamento Lateral. Controlo da bola. Drible. “Roubar” a bola. Inteligência.
Concentração.
Defeitos mais frequentes: Lançar mal a bola (tira-se um ponto). Não saber para onde
deve ir quando termina uma ação ou não fazê-lo (em ambos os casos tira-se outro
ponto). Não defender com “vontade”.
Esquema:
7. Jogo N.º 3 – (10 anos)
Descrição: 16 jogadores num terreno de 35x25 metros. Correm a trote, 8 com bola e
vão passando a bola entre si, sempre com passes curtos, primeiro com o interior do pé
e depois com o exterior.
Objetivos: Condução. Receção. Toques. Visão. Resistência.
Defeitos mais frequentes: Alguns fazem-no andando. Outros não utilizam a superfície
exigida. A maioria passa a bola ao mesmo companheiro. Deve-se combinar com todos.
Esquema:
8. Jogo N.º 4 – (8 anos)
Descrição: Todos os jogadores fazem malabarismos com a sua bola. Tocam com a
perna “boa”, ressalta no solo – só uma vez -, voltam a tocar, a bola ressalta e assim
sucessivamente, contando o número de toques. Se a bola ressaltar mais de uma vez no
solo, começa-se a contar de novo. No final do tempo – coloquemos 3 minutos -, os 5
que mais toques derem fazem um ponto. Fazem-se várias repetições e somam-se os
pontos que conseguirem.
Objetivos: Habilidade. Equilíbrio. Coordenação.
Defeitos mais frequentes: Não colocar o pé plano – dedos para baixo –, para que a
bola ressalte “limpa”. Continuar a contar quando a bola ressalta mais de uma vez no
solo. Não contar corretamente.
Esquema:
9. Jogo N.º 5 – (9-10 anos)
Descrição: Idêntico ao jogo anterior, mas neste há que utilizar as duas pernas. Com a
“boa”, devem-se dar 3 toques na bola sem que esta toque o solo, deixa-se que ela
ressalte no solo e então dá-se um toque com a “má", ressaltará novamente no solo, 3
toques com a “boa”, ressalto no solo, um toque com a “má” e assim sucessivamente.
Objetivos: Habilidade. Equilíbrio. Coordenação.
Defeitos mais frequentes: Os mesmos do jogo anterior. Esquecerem-se de utilizar o pé
“mau”.
Esquema: