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O ataque às Torres Gêmeas:
• No dia 11 de setembro de 2001, o mundo 
assistiu boquiaberto um atentado terrorista 
aos Estados Unidos da América. Trata-se do 
ataque as Torres Gêmeas, como são chamados 
os dois edifícios onde funcionava o World 
Trade Center (Centro mundial de Comércio), 
coração financeiro de muitos governos e 
incontáveis empresas, de todos os países do 
mundo.
• Os ataques terroristas do 11 de 
setembro contra as Torres Gêmeas do World 
Trade Center (WTC), em Nova York, e o prédio 
do Pentágono, em Washington, abalaram mais 
que os símbolos do capitalismo. Atingiram 
também a estrutura da economia mundial, 
com reflexos muito presentes até hoje, uma 
década depois dos atentados, em 
praticamente todo o mundo.
Torres Gêmeas:
• Na manhã daquele dia exatamente às 8h48m 
e 9h03m locais, 19 terroristas da Al-Qaeda 
sequestraram quatro aviões comerciais a jato 
de passageiros. Os sequestradores 
intencionalmente bateram dois dos aviões 
contra as Torres Gêmeas do World Trade 
Center em Nova Iorque, o maior edifício do 
mundo.
• Junto com os 110 andares das Torres Gêmeas 
do World Trade Center em si, vários outros 
edifícios no local do World Trade 
Center foram destruídos ou seriamente 
danificados.
• Não se tratava de um mero acidente aéreo – o 
que muitos podem ter pensado após o choque 
do primeiro avião – mas sim da execução de 
um plano encabeçado por Osama Bin Laden. 
Somando-se os dois ataques às Torres, ao 
ataque ao Pentágono e ao avião que caiu na 
Pensilvânia no mesmo dia, quase três mil 
pessoas morreram.
Osama Bin Laden:
• Desde aquela manhã de 11 de setembro de 2001, 
não apenas a história dos Estados Unidos, mas a 
de todo o mundo, nunca mais seria a mesma. 
• Mas para compreender um pouco melhor o que 
foi o “Onze de Setembro” é preciso analisar o 
tipo de relação construída décadas antes entre 
Oriente e Ocidente, fato que causaria o ódio de 
grupos radicais e fundamentalistas.
• Como se sabe, o século XX foi marcado pelo 
pleno desenvolvimento do capitalismo no 
mundo com seu coroamento como sistema 
econômico dominante com o fim da Guerra 
Fria entre os anos 80 e 90. Dessa forma, 
historicamente, as grandes potências mundiais 
localizadas no Ocidente empreenderam cada 
vez mais o projeto de expansão de seus 
poderes econômico, político e ideológico no 
mundo,
• vendo no Oriente uma oportunidade de 
exploração, principalmente pelas 
características regionais: rica em reservas de 
petróleo, além de uma posição estratégica 
geograficamente.
Oriente Médio:
• Tanto pela luta contra a expansão do bloco 
socialista no Oriente Médio (em plena Guerra 
Fria), bem como pelo pretexto de 
proporcionar e financiar o desenvolvimento 
econômico, a presença das potências 
ocidentais – em especial dos Estados Unidos – 
foi se tornando uma realidade nessa região.
• A exploração dos países capitalistas ocidentais 
no Oriente não é algo novo e também não é 
novidade o repúdio e a contestação da 
presença ocidental por grande parte da 
população de vários países dessa região aos 
estrangeiros ocidentais.
• Em outras palavras, ficaria sugerido que a 
presença ocidental prejudicaria os países do 
Oriente, uma vez que estes deveriam 
submeter seus interesses aos do capital 
estrangeiro, ocidental. Além disso, junto com 
o capitalismo vem sua indústria cultural, assim 
como seus valores, que são totalmente 
contrários à cultura e à tradição religiosa do 
Oriente, aumentado as diferenças do ponto 
de vista étnico.
• A Guerra do Golfo revoltou os países árabes e 
a aproximação dos Estados Unidos e sua ajuda 
financeira à Israel revoltou os países árabes. 
País de tradição judaica, Israel é 
historicamente inimigo do povo palestino 
(islâmico em sua grande maioria), fato que o 
colocaria como nação inimiga do Islã.
• Estas seriam as bases de um pensamento que, 
em 2001, causou os ataques ao Word Trade 
Center. O representante maior dessa cultura 
ocidental e de seu sistema econômico gerador 
de exploração e miséria eram os Estados 
Unidos e, dessa forma, a suntuosidade e a 
imponência das duas torres seriam os 
símbolos do inimigo.
Pentágono:
Pentágono:
Pensilvânia:
• Os terroristas planejavam atacar usando um 
quarto avião. Mas os passageiros do voo 93 da 
United Airlines lutaram com os 
sequestradores do avião e conseguiram 
frustrar o plano, que era atingir o Capitólio 
(sede do Poder Legislativo dos EUA) ou a Casa 
Branca. A aeronave levava 37 passageiros, 
sete tripulantes e quatro terroristas.
Pensilvânia:
As Guerras: 
• A reação dos Estados Unidos aos ataques foi 
rápida, resultando nas Guerras do Afeganistão e 
do Iraque, embora a efetividade dos motivos e 
dos resultados desses empreendimentos seja 
discutida até hoje. Quase que de forma 
esquizofrênica, os Estados Unidos declararam 
uma guerra permanente contra o terror, contra 
os países que pudessem fazer parte do chamado 
“eixo do mal”, e que poderiam estar envolvidos 
direta ou indiretamente com o terrorismo, 
apoiando Osama Bin Laden.
Afeganistão:
• Os Estados Unidos se prepararam para 
responder ao ataque terrorista e, em 
de Outubro de 2011, lançou um ataque por 
terra, mar e ar, contra os terroristas, 
bombardeando instalações militares, 
aeroportos e pontos de apoios dos 
muçulmanos, no Afeganistão.
• Num primeiro momento, os esforços se 
concentraram no Afeganistão para a 
desarticulação do regime talibã (apoiadores 
de Bin Laden, logo da Al Qaeda), com um 
projeto, no mínimo contraditório, de impor a 
democracia como regime político para aquele 
país.
• Em seguida, os Estados Unidos redirecionaram 
sua estratégia de guerra, atacando o Iraque do 
ditador Sadam Hussein com o propósito de 
também levar a democracia. Pelo menos em 
tese, a guerra contra o Iraque se deu por conta 
do possível apoio de Sadam às organizações 
terroristas, além de sua suposta propriedade e 
produção de armas nucleares (para destruição 
em massa), acusação esta mais tarde 
desmentida. Assim, eram países que compunham 
o eixo do mal.
• Contudo, olhando criticamente não apenas o 
resultado, mas as condições do 
desenvolvimento dessas ações dos Estados 
Unidos, especialistas afirmam que nas 
entrelinhas desses empreendimentos contra o 
terror estava um projeto de expansão e 
fortalecimento da hegemonia norte-americana 
no mundo e que tinha a questão 
do combate ao terrorismo mais como 
pretexto do que como objetivo.
• Apesar de Osama Bin Laden estar 
“oficialmente” morto desde maio de 2011, e 
apesar de os Estados Unidos terem ocupado 
com relativo sucesso o Afeganistão e o Iraque 
(aliás, com a captura de Sadam e sua 
condenação à morte, posteriormente), a 
vitória americana não necessariamente se 
configurou a contento.
• Alguns trilhões de dólares foram (e ainda 
serão) desembolsados pelo governo norte-americano 
em nome da guerra, o que, se 
somado à política econômica nacional nos 
últimos anos, fez com que os Estados Unidos 
aumentassem muito sua dívida.
• As crises econômicas, como as de 2008 e 
2011, enfrentadas pelo país (e, obviamente, 
pelo mundo) contribuiriam para o 
enfraquecimento da hegemonia americana, 
que agora divide espaço com países em forte 
crescimento econômico como a China (isso 
sem falar no fortalecimento de outros que 
compõem o BRICS, como o Brasil).
• Assim, a obsessão por uma caça aos 
terroristas, mas que tinha como real objetivo 
realçar o poder norte-americano no mundo, 
resultou em um grande fracasso. De tal modo, 
os Estados Unidos saíram diminuídos, 
menores do que quando entraram nas 
guerras.
• Em outras palavras, ocorreu uma fragilização 
do imperialismo norte-americano (embora 
seja incontestável que os EUA são e serão 
poderosos por um bom tempo, dado seu 
poder bélico, tecnológico e financeiro no 
mundo), e uma consequente rearticulação dos 
atores internacionais, com o surgimento de 
novos blocos e da reorientação das relações 
entre os países.
• Além disso, a luta contra o terror promoveu a 
exacerbação do xenofobismo, da intolerância, 
da perseguição ao islamismo, assim como 
práticas polêmicas pelas forças de Estado em 
nome de uma segurança e defesa nacionais. 
Prova disso seria o lamentável equívoco 
cometido pelo governo inglês ao matar um 
brasileiro (Jean Charles de Menezes) em 2005, 
por confundi-lo com um suspeito de 
terrorismo.
Jean Charles:
• De fato, alguns pontos merecem destaque: 
não houve outro ataque de mesmas 
proporções que as do 11 de Setembro, e a Al- 
Qaeda realmente se fragilizou com a morte de 
Bin Laden. Porém, isso não significa, 
infelizmente, que outros eventos de cunho 
terrorista não venham a ocorrer.
• Afinal de contas, a forma como os Estado 
Unidos agiram só piorou o conceito que o o 
Oriente tinha deles, facilitando o discurso de 
grupos radicais e fundamentalistas faça mais 
sentido do que nunca.
• Mesmo assim, pode-se pensar numa avaliação 
menos pessimista quando se olha para a 
“Primavera Árabe” (Revolução Política que tem 
transformado regimes como o Egito e a Líbia), 
uma vez que os jovens do Oriente estariam 
percebendo a importância da luta política, 
desinteressando-se por medidas radicais e de 
violência tão características dos extremismos 
religiosos, fato que poderia diminuir adeptos aos 
grupos fundamentalistas.
Primavera Árabe:
• Assim, menos jovens poderiam estar 
interessados em se tornar pilotos suicidas em 
nome de Alá e do nacionalismo, mas sim 
compreendendo outras possibilidades de luta.
• Em contrapartida, Obama usou seu sucesso 
contra o terrorismo para vencer as eleições de 
2012, a exemplo da morte de Osama bin 
Laden e a ofensiva contra a rede Al-Qaeda, 
mas se o ataque em Boston tiver origem 
estrangeira, certamente haverá reflexos 
negativos sobre a atual administração.
Obama:
• Por enquanto, os Estados Unidos tiveram a 
sua vitória, mas foi uma vitória amarga. As 
perdas causadas pelo atentado das Torres 
Gêmeas foram excessivamente pesadas. Não 
se sabe até quando os EUA – e, por extensão, 
a humanidade – continuarão a ter de suportá-las.
Ataque às Torres Gêmeas: o 11 de Setembro em perspectiva
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Ataque às Torres Gêmeas: o 11 de Setembro em perspectiva

  • 1. O ataque às Torres Gêmeas:
  • 2.
  • 3. • No dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu boquiaberto um atentado terrorista aos Estados Unidos da América. Trata-se do ataque as Torres Gêmeas, como são chamados os dois edifícios onde funcionava o World Trade Center (Centro mundial de Comércio), coração financeiro de muitos governos e incontáveis empresas, de todos os países do mundo.
  • 4. • Os ataques terroristas do 11 de setembro contra as Torres Gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e o prédio do Pentágono, em Washington, abalaram mais que os símbolos do capitalismo. Atingiram também a estrutura da economia mundial, com reflexos muito presentes até hoje, uma década depois dos atentados, em praticamente todo o mundo.
  • 6. • Na manhã daquele dia exatamente às 8h48m e 9h03m locais, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, o maior edifício do mundo.
  • 7.
  • 8. • Junto com os 110 andares das Torres Gêmeas do World Trade Center em si, vários outros edifícios no local do World Trade Center foram destruídos ou seriamente danificados.
  • 9. • Não se tratava de um mero acidente aéreo – o que muitos podem ter pensado após o choque do primeiro avião – mas sim da execução de um plano encabeçado por Osama Bin Laden. Somando-se os dois ataques às Torres, ao ataque ao Pentágono e ao avião que caiu na Pensilvânia no mesmo dia, quase três mil pessoas morreram.
  • 11. • Desde aquela manhã de 11 de setembro de 2001, não apenas a história dos Estados Unidos, mas a de todo o mundo, nunca mais seria a mesma. • Mas para compreender um pouco melhor o que foi o “Onze de Setembro” é preciso analisar o tipo de relação construída décadas antes entre Oriente e Ocidente, fato que causaria o ódio de grupos radicais e fundamentalistas.
  • 12. • Como se sabe, o século XX foi marcado pelo pleno desenvolvimento do capitalismo no mundo com seu coroamento como sistema econômico dominante com o fim da Guerra Fria entre os anos 80 e 90. Dessa forma, historicamente, as grandes potências mundiais localizadas no Ocidente empreenderam cada vez mais o projeto de expansão de seus poderes econômico, político e ideológico no mundo,
  • 13. • vendo no Oriente uma oportunidade de exploração, principalmente pelas características regionais: rica em reservas de petróleo, além de uma posição estratégica geograficamente.
  • 15. • Tanto pela luta contra a expansão do bloco socialista no Oriente Médio (em plena Guerra Fria), bem como pelo pretexto de proporcionar e financiar o desenvolvimento econômico, a presença das potências ocidentais – em especial dos Estados Unidos – foi se tornando uma realidade nessa região.
  • 16. • A exploração dos países capitalistas ocidentais no Oriente não é algo novo e também não é novidade o repúdio e a contestação da presença ocidental por grande parte da população de vários países dessa região aos estrangeiros ocidentais.
  • 17. • Em outras palavras, ficaria sugerido que a presença ocidental prejudicaria os países do Oriente, uma vez que estes deveriam submeter seus interesses aos do capital estrangeiro, ocidental. Além disso, junto com o capitalismo vem sua indústria cultural, assim como seus valores, que são totalmente contrários à cultura e à tradição religiosa do Oriente, aumentado as diferenças do ponto de vista étnico.
  • 18. • A Guerra do Golfo revoltou os países árabes e a aproximação dos Estados Unidos e sua ajuda financeira à Israel revoltou os países árabes. País de tradição judaica, Israel é historicamente inimigo do povo palestino (islâmico em sua grande maioria), fato que o colocaria como nação inimiga do Islã.
  • 19.
  • 20. • Estas seriam as bases de um pensamento que, em 2001, causou os ataques ao Word Trade Center. O representante maior dessa cultura ocidental e de seu sistema econômico gerador de exploração e miséria eram os Estados Unidos e, dessa forma, a suntuosidade e a imponência das duas torres seriam os símbolos do inimigo.
  • 24. • Os terroristas planejavam atacar usando um quarto avião. Mas os passageiros do voo 93 da United Airlines lutaram com os sequestradores do avião e conseguiram frustrar o plano, que era atingir o Capitólio (sede do Poder Legislativo dos EUA) ou a Casa Branca. A aeronave levava 37 passageiros, sete tripulantes e quatro terroristas.
  • 26.
  • 27. As Guerras: • A reação dos Estados Unidos aos ataques foi rápida, resultando nas Guerras do Afeganistão e do Iraque, embora a efetividade dos motivos e dos resultados desses empreendimentos seja discutida até hoje. Quase que de forma esquizofrênica, os Estados Unidos declararam uma guerra permanente contra o terror, contra os países que pudessem fazer parte do chamado “eixo do mal”, e que poderiam estar envolvidos direta ou indiretamente com o terrorismo, apoiando Osama Bin Laden.
  • 28.
  • 30. • Os Estados Unidos se prepararam para responder ao ataque terrorista e, em de Outubro de 2011, lançou um ataque por terra, mar e ar, contra os terroristas, bombardeando instalações militares, aeroportos e pontos de apoios dos muçulmanos, no Afeganistão.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. • Num primeiro momento, os esforços se concentraram no Afeganistão para a desarticulação do regime talibã (apoiadores de Bin Laden, logo da Al Qaeda), com um projeto, no mínimo contraditório, de impor a democracia como regime político para aquele país.
  • 38. • Em seguida, os Estados Unidos redirecionaram sua estratégia de guerra, atacando o Iraque do ditador Sadam Hussein com o propósito de também levar a democracia. Pelo menos em tese, a guerra contra o Iraque se deu por conta do possível apoio de Sadam às organizações terroristas, além de sua suposta propriedade e produção de armas nucleares (para destruição em massa), acusação esta mais tarde desmentida. Assim, eram países que compunham o eixo do mal.
  • 39.
  • 40. • Contudo, olhando criticamente não apenas o resultado, mas as condições do desenvolvimento dessas ações dos Estados Unidos, especialistas afirmam que nas entrelinhas desses empreendimentos contra o terror estava um projeto de expansão e fortalecimento da hegemonia norte-americana no mundo e que tinha a questão do combate ao terrorismo mais como pretexto do que como objetivo.
  • 41. • Apesar de Osama Bin Laden estar “oficialmente” morto desde maio de 2011, e apesar de os Estados Unidos terem ocupado com relativo sucesso o Afeganistão e o Iraque (aliás, com a captura de Sadam e sua condenação à morte, posteriormente), a vitória americana não necessariamente se configurou a contento.
  • 42.
  • 43.
  • 44. • Alguns trilhões de dólares foram (e ainda serão) desembolsados pelo governo norte-americano em nome da guerra, o que, se somado à política econômica nacional nos últimos anos, fez com que os Estados Unidos aumentassem muito sua dívida.
  • 45. • As crises econômicas, como as de 2008 e 2011, enfrentadas pelo país (e, obviamente, pelo mundo) contribuiriam para o enfraquecimento da hegemonia americana, que agora divide espaço com países em forte crescimento econômico como a China (isso sem falar no fortalecimento de outros que compõem o BRICS, como o Brasil).
  • 46. • Assim, a obsessão por uma caça aos terroristas, mas que tinha como real objetivo realçar o poder norte-americano no mundo, resultou em um grande fracasso. De tal modo, os Estados Unidos saíram diminuídos, menores do que quando entraram nas guerras.
  • 47. • Em outras palavras, ocorreu uma fragilização do imperialismo norte-americano (embora seja incontestável que os EUA são e serão poderosos por um bom tempo, dado seu poder bélico, tecnológico e financeiro no mundo), e uma consequente rearticulação dos atores internacionais, com o surgimento de novos blocos e da reorientação das relações entre os países.
  • 48.
  • 49. • Além disso, a luta contra o terror promoveu a exacerbação do xenofobismo, da intolerância, da perseguição ao islamismo, assim como práticas polêmicas pelas forças de Estado em nome de uma segurança e defesa nacionais. Prova disso seria o lamentável equívoco cometido pelo governo inglês ao matar um brasileiro (Jean Charles de Menezes) em 2005, por confundi-lo com um suspeito de terrorismo.
  • 51. • De fato, alguns pontos merecem destaque: não houve outro ataque de mesmas proporções que as do 11 de Setembro, e a Al- Qaeda realmente se fragilizou com a morte de Bin Laden. Porém, isso não significa, infelizmente, que outros eventos de cunho terrorista não venham a ocorrer.
  • 52. • Afinal de contas, a forma como os Estado Unidos agiram só piorou o conceito que o o Oriente tinha deles, facilitando o discurso de grupos radicais e fundamentalistas faça mais sentido do que nunca.
  • 53. • Mesmo assim, pode-se pensar numa avaliação menos pessimista quando se olha para a “Primavera Árabe” (Revolução Política que tem transformado regimes como o Egito e a Líbia), uma vez que os jovens do Oriente estariam percebendo a importância da luta política, desinteressando-se por medidas radicais e de violência tão características dos extremismos religiosos, fato que poderia diminuir adeptos aos grupos fundamentalistas.
  • 54.
  • 56.
  • 57. • Assim, menos jovens poderiam estar interessados em se tornar pilotos suicidas em nome de Alá e do nacionalismo, mas sim compreendendo outras possibilidades de luta.
  • 58. • Em contrapartida, Obama usou seu sucesso contra o terrorismo para vencer as eleições de 2012, a exemplo da morte de Osama bin Laden e a ofensiva contra a rede Al-Qaeda, mas se o ataque em Boston tiver origem estrangeira, certamente haverá reflexos negativos sobre a atual administração.
  • 60. • Por enquanto, os Estados Unidos tiveram a sua vitória, mas foi uma vitória amarga. As perdas causadas pelo atentado das Torres Gêmeas foram excessivamente pesadas. Não se sabe até quando os EUA – e, por extensão, a humanidade – continuarão a ter de suportá-las.