Conteúdo elaborado por José Luiz Tejon e Coriolano Xavier apresentado no I Seminário Ciência, Tecnologia e Comunicação: Os Desafios na Agro Sociedade. Durante a apresentação, o Vice-Presidente e Diretor de Comunicação do CCAS José Luiz Tejon comentou os resultados da pesquisa realizada pela ABAG/ESPM sobre a percepção da sociedade urbana sobre o agronegócio.
Importância do Agronegócio para Cidades Brasileiras
1. O AGRONEGÓCIO SOBE NO GOSTO DO POVO.
A POPULAÇÃO URBANA BRASILEIRA CONSIDERA O AGRONEGOCIO MUITO
IMPORTANTE E O PRODUTOR RURAL UMA DAS 5 PROFISSÕES MAIS IMPORTANTES
PARA SUAS VIDAS ( Pesquisa ABAG/ESPM )
Pesquisa é um ingrediente vital na gestão de marketing. E não tínhamos uma pesquisa
em âmbito nacional que desvendasse qual era a “ percepção da população das maiores
cidades brasileiras sobre o agronegócio “. Esta pesquisa foi realizada numa iniciativa da
ABAG – Associação Brasileira de Agribusiness, sob coordenação do Núcleo de
Agronegócio da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo. A
pesquisa foi desenvolvida nas 12 maiores concentrações de população urbana do país:
São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus,
Curitiba, Recife, Porto Alegre, Belém e Goiânia. Adicionalmente, com a ABAG de
Ribeirão Preto, foi conduzida uma pesquisa similar na região da alta Mogiana de São
Paulo. Os principais dados obtidos foram:
. Mais de 80 % da população urbana considera o agronegócio como MUITO
IMPORTANTE. O índice de consideração para
“ nada importante “ foi menor do que 1,8%, como regra geral para todas as regiões.
. As profissões mais importantes para a vida dos brasileiros das cidades são: médico,
professor, bombeiro, policial e agricultor.
. O Brasileiro das cidades considera que o Agronegócio Nacional é o campeão mundial
dentre todos os demais países, somos o mais desenvolvido na imagem popular.
. 40,4% quando perguntados diretamente se já tinham ouvido falar de agronegócio,
declararam “ nunca “, revelando ainda a necessidade de educação mais próxima da
compreensão da visão da cadeia produtiva para o cidadão leigo.
. Quanto maior a educação e mais alta a classe social cresce o conhecimento e o “ já
ter ouvido falar “. 88,8 % da população urbana com 3º. Grau assume “já ter ouvido
falar “.
. A população das cidades deu grande importância a 3 aspectos envolvendo o
agronegócio : Pesquisa cientifica. O estilo do jeito “ country “ de ser. O meio ambiente
. Culinária e música são os dois aspectos culturais que mais aproximam o cidadão
urbano do agronegócio.
. O urbano gosta do campo e valoriza a natureza, o ar puro, a comida artesanal, a paz,
o sossego, mas na grande maioria não trocaria a vida da cidade pelo campo.
. A região do centro oeste é onde o conhecimento e a associação de agronegócio com
a cadeia produtiva como um todo é mais desenvolvida, seguida da região sul.
. O sudeste é a região que apresentou o maior índice de respostas como “não sabe “e “
nunca ouviu falar do agronegócio “, com 58,6% das respostas, evidenciando a
necessidade de esforços de comunicação mais eficazes nas cidades de São Paulo e Rio
de Janeiro.
. Em Ribeirão Preto, por outro lado, o agronegócio é considerado o exemplo de “
orgulho nacional “, dentre os demais setores econômicos do pais, ao lado de
mineração e petróleo. O mesmo ocorre no centro oeste.
2. . Nos possuidores de computador e internet foi observado o melhor índice de
associação do agronegócio com a visão completa da cadeia de valor, do antes, dentro
e pós porteira das fazendas.
. Os jovens são os menos informados, carecendo de ações de comunicação mais
direcionadas em forma e conteúdo, incluindo redes sociais.
As lições extraídas do estudo, permitiram também desenhar uma segmentação
psicográfica, onde 8 tipos de comportamento e atitude : agrolovers; I LOVE ME ;
urbânia; galera do sofá ; turma da malhação ; cowboy off-roads; desligados; e
workaholics.
O agronegócio tem um valor estimativo pela sociedade urbana positivo, essa visão
deve ter mudado fortemente nos últimos 10 anos com o avanço da mídia, e com ações
ainda que não orquestradas, mas pontuais de seus diversos agentes. Os jovens
precisam de uma abordagem diferenciada doravante e a comunicação do segmento
agroindustrial e do varejo de alimentos e bebidas deve reconhecer e interpretar esse
desejo idílico e romântico de adorar a vida no campo, mas de não querer mudar para a
zona rural. Se fôssemos refazer a música de Zé Rodrix, gravada por Elis Regina: Eu
quero uma casa no campo, a releitura seria “eu quero um campo na minha casa “.