Newsletter licinia de campos 50 metodos de preservacao
1. NEWSLETTER LICINIA DE CAMPOS
SEMANA 51
MÉTODOS PRESERVAÇÃO DE ALIMENTOS
Preservação alimentar envolve ação a fim de manter os alimentos com as propriedades desejadas ou
naturais pelo máximo de tempo possível. O processo atual migrou do artesanato para a ciência
interdisciplinar. Nossa newsletter de hoje pretende dar uma visão geral dos métodos de preservação
com ênfase na inativação, inibição e métodos.
Na maioria dos países, a inovação, a sustentabilidade e a segurança se tornaram o foco principal da
economia e da indústria moderna. A Comissão Mundial das Nações Unidas em Meio-Ambiente e
Desenvolvimento definiu desenvolvimento sustentável como “ir de encontro às necessidades da
geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em cumprir suas próprias
necessidades”. É a maneira sustentável de delinear e desenvolver padrões em produtos alimentícios
com apelo aos consumidores, e fornecer ponto de diferenciação aos competidores e plataforma perfeita
para várias atividades públicas positivas. Inovação é vital para manter o progresso em tecnologia e
engenharia. Segurança alimentar é agora prioridade na produção alimentar e na indústria de
preservação, incorporando inovação e sustentabilidade. A indústria pode se comprometer parcialmente
com alguns aspectos como cor por exemplo, mas não com segurança.
A preservação e o processamento de alimentos já não são tão simples ou retilíneos como o foram no
passado. Numerosas técnicas novas em preservação foram desenvolvidas para satisfazer as demandas
atuais da preservação ecônomica e satisfação do consumidor em aspectos nutricionais e sensoriais,
conveniência, segurança, ausência de preservativos químicos, preço, e segurança ambiental.
Compreender os efeitos de cada método alimentar preservativo se tornou crítico em todos os aspectos.
O que são alimentos?
Alimento é toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer
forma adequada, destinada a fornecer ao organismo vivo, os elementos necessários à sua formação,
manutenção e desenvolvimento.
Geralmente, não há limite na quantidade de alimentos a ser consumida, como há para medicamentos
na forma de dosagem. Isto não significa que podemos consumir qualquer produto alimentício tanto
quanto quisermos. Quantidades excessivas podem ser letais, por exemplo, em sal, gorduras e açúcares.
Quimicamente, os alimentos são compostos primordialmente por água, lipídeos (gorduras), e
carboidratos com pequenas proporções de minerais e compostos orgânicos. Os minerais incluem sais e
substâncias orgânicas incluem vitaminas, emulsificantes, ácidos, antioxidantes, pigmentos, polifenóis e
compostos flavorizantes. As diferentes classes de alimentos abrangem: alimentos perecíveis, não
perecíveis, coletados, frescos, minimamente processados, preservados, manufaturados, formulados,
2. primários, derivativos secundários, sintéticos, funcionais e medicinais. O método de preservação está
baseado principalmente nos tipos de alimentos necessários para serem preparados ou formulados.
Preservação alimentar
Os métodos de preservação começam com a análise completa e compreensão de toda a cadeia
alimentar, inclusive crescimento, colheita, processamento, embalagem e distribuição. Portanto
necessita de integração coordenada aplicada. Em 1º lugar, é importante identificar as propriedades ou
características necessárias a serem preservadas. Uma propriedade pode ser importante para um
produto, mas prejudicial a outro. Por exemplo, durante o dessecamento de alimentos acontece
formação de poros e colapso da matéria sólida. Este aspecto pode ser desejável ou indesejável,
dependendo da qualidade desejável do produto seco, por exemplo, formação de crosta é desejável para
vida de prateleira prolongada no caso de ingredientes dos cereais matinais, e rápida reidratação é
necessária para ingredientes da sopa instantânea. Em outro exemplo, o consumidor espera que o suco
de maçã seja claro ao passo que o suco de laranja seja nebuloso.
Por que preservação?
Outra pergunta importante: por que os alimentos necessitam ser preservados? A razão principal da
preservação é superar a deterioração de um alimento produzido a mais na agricultura, produzir
produtos com valores agregados e fornecer variedade na dieta. A indústria agrícola produz materiais
alimentares crus em diferentes setores. A manipulação inadequada ou planejamento impróprio na
produção agrícola pode ser superada evitando-se áreas, tempos e quantidades inapropriadas de
alimentos crus assim como pelo aumento de vida de prateleira simplesmente utilizando métodos de
preservação. Alimentos com valores adicionados podem representar insumos de melhor qualidade em
termos de propriedades otimizadas nutricionais, funcionais, em conveniência e sensoriais. As demandas
do consumidor para alimentos mais saudáveis e mais convenientes também afetam a maneira de
preservação dos alimentos. Comer deve ser prazeroso ao consumidor, e não maçante. Pessoas gostam
de consumir variedades alimentares com diferentes sabores e qualidades sensoriais. A variedade na
dieta é importante, particularmente nos países subdesenvolvidos. Na preservação alimentar, existem
pontos importantes a serem considerados:
O nível desejado de qualidade
A extensão da preservação
O grupo para o qual os produtos serão preservados
Após o armazenamento de alimentos preservados por um certo período, um ou mais de seus atributos
em qualidade podem ganhar um estado indesejável. Qualidade é um conceito ilusório, sempre mutável.
Em geral, é definido como o grau de cumprimento para o uso ou a condição indicada pelo nível de
satisfação do consumidor. Quanto o alimento deteriora em tal extensão, considerada inadequada para
consumo, diz-se ter alcançado o final de sua vida de prateleira. Em estudos da vida de prateleira dos
alimentos, é importante mensurar a proporção de mudança de um atributo de qualidade essencial. Em
3. todos os casos, segurança é o 1º atributo. Os atributos em qualidade do produto podem ser variados,
como aparência, sensoriais, ou características microbianas. A perda em qualidade é altamente
dependente dos tipos de alimentos e suas composições, formulações (no caso de alimentos
manufaturados), embalagens e condições de armazenamento. A perda em qualidade pode ser
minimizada em qualquer estágio da colheita, processamento, distribuição e armazenamento. Quando a
preservação falha, as consequências variam de pouca deterioração, tal como perda de cor, até o
alimento se tornar extremamente perigoso.
Por quanto tempo preservar?
Após o armazenamento por um certo período, um ou mais atributos em qualidade de um alimento pode
alcançar um estado indesejável. Neste ponto, o alimento é considerado inapropriado para consumo e
dito ter alcançado o final de sua vida de prateleira. Este nível é definido pelos fabricantes de acordo com
critérios do produto vendável. Datas de venda “melhor consumido antes de” são colocadas em tempo
menor que de vida de prateleira com uma boa margem. Portanto, é em geral seguro e palatável
consumir um produto longo tempo após a data de melhor consumo, desde que o produto tenha sido
armazenado nas condições requeridas. Os produtos podem ser comercializados com a data de produção
(data de embalagem) ou melhor consumido antes de. A qualidade do produto final pode ser definida
utilizando muitos fatores, inclusive aparência, rendimento, características de consumo, e características
microbianas, mas o uso final deve representar experiência agradável ao consumidor. Os vários estágios
da produção, manufatura, armazenamento, distribuição e venda são demonstrados na figura 1. Perda
de qualidade pode ser minimizada em qualquer estágio e portanto qualidade depende do controle total
da cadeia processadora. A extensão requerida para preservação depende da proposta. Em muitos casos,
o armazenamento muito prolongado ou vida de prateleira não é necessária, o que simplifica tanto o
transporte como a comercialização do insumo. Por exemplo, refeições preparadas para uma refeição
necessitam de vida de prateleira de somente um ou mesmo meio dia. Neste caso, não há preocupação
em assegurar preservação do produto por semanas ou meses. Em outros casos, vida longa de prateleira
de até 3 – 5 anos pode ser necessária. Por exemplo, alimentos para viajantes espaciais e
armazenamento de alimentos durante guerrras.
Para quem preservar?
É importante saber para quem o alimento preservado está sendo produzido. Necessidades nutricionais e
restrições alimentares se aplicam a diferentes grupos populacionais. A toxinfecção alimentar pode ser
fatal, especialmente em crianças, grávidas, idosos, e os com sistema imune deprimidos. Os aspectos
para consumo animal. Portanto, é necessário considerar o grupo para o qual os produtos serão
destinados.
4. Tabela 1. Mecanismos maiores da perda em qualidade
Microbiológicos Enzimáticos Químicos Físicos Mecânicos
Desenvolvimento de Danos devido à
escurecimento Perda de cor colapso
microrganismos vibração
Qualidades sensoriais
Mudança de cor Perda de sabor Liberação controlada Rachaduras
indesejáveis
Cristalização
Encapsulação
Escurecimento não
sensorial
enzimático
Qualidades sensoriais Mudanças de fase Danos devidos à
Produção de toxinas Perdas de nutrientes
indesejáveis Recristalização pressão
Redução oxidativa
Encolhimento
Rancidez
Transporte de
componentes
Fonte: Gould, G. W., 1989. Em: Mecanismos da Ação dos procedimentos da preservação alimentar. Gould, G.W. Elsevier das
Ciências Aplicadas. Londres; Gould, G. W., 1995. Em: Novos métodos de preservação alimentar. Gould, G. W. Ed. Blackie
Academic and Professional, Glasgow.
FIGURA 1. Fatores que afetam a qualidade, segurança e escolha alimentares
QUALIDADE
SEGURANÇA
Propaganda
Conhecimento público
Fatores sociais
Fatores econômicos Sem segurança
Faixa etária Nível de micro-flora
Impacto na mídia Patógenos
Experiências passadas ESCOLHA Toxinas microbianas
Atitude Parasitas
expectativas Toxicidade química
Riscos em
radioatividade
Sensoriais
Nutritivos Propriedades dos
Funcionais alimentos
Conveniência
Fatores emocionais
5. Causas da deterioração
Efeitos mecânicos, químicos e microbiais são as causas líderes na deterioração alimentar e estrago. Os
danos podem começar em um ponto inicial pela má manipulação de alimentos durante a colheita,
processamento e distribuição, o que pode levar à redução final da vida de prateleira. Outros exemplos
de deterioração podem ser listados: 1 – danos em frutas ou hortaliças durante a colheita e na
manipulação pós-colheita; 2 – túberculos e hortaliças folhosas perdem água quando mantidas em
atmosferas com baixa umidade e, subsequentemente, murcham; 3 - alimentos dessecados mantidos
com baixa umidade podem pegar umidade e se tornar umedecidas. As quatro fontes de contaminantes
microbianos são solo, água, ar e animais (insetos, roedores e humanos). As maiores causas de perda em
qualidade estão demonstradas na Tabela 1. Na preservação, cada fator necessita ser controlado ou
mantido em nível desejado. Alimentos são perecíveis ou deterioráveis por natureza.
Durante o armazenamento e distribuição, os alimentos são expostos às amplas variações das condições
ambientais. Fatores ambientais como pressão, temperatura, umidade, oxigênio, e luz podem catalisar
várias reações, conduzindo à degradação alimentar. Como consequência destes mecanismo, os
alimentos podem ficar alterados de maneira tal, gerando rejeição ou danos ao consumidor. A
condensação de umidade nos alimentos ou atmosfera úmida favorecem o crescimento microbiano,
ocasionalmente promovendo também o desenvolvimento de insetos e podem levar indiretamente à
deterioração, resultando em aquecimento próprio destrutivo. Os danos mecânicos (exemplo:
machucaduras e batidas) conduzem à deterioração, e com frequência causam posterior deterioração
química e microbiológica. Cascas, peles e conchas constituem proteção natural contra este tipo de dano.
Em caso de alimentos congelados, temperaturas flutuantes são destrutivas. Por exemplo: temperaturas
flutuantes causam a recristalização do sorvete, com consequente textura arenosa indesejável. A queima
pelo freezer é o maior defeito em qualidade nos alimentos congelados, causado pela exposição dos
alimentos congelados à flutuação de temperaturas. Grandes flutuações podem causar mudanças pelo
descongelamento ou recongelamento dos alimentos. Da mesma forma, mudanças envolvendo
derretimento ou solidificação de gorduras são prejudiciais à qualidade de doces e outros produtos
confeccionados com adição de lipídeos. Em frutas e hortaliças recém-colhidas, acontece
emurchecimento devido à perda de água.
Cada microrganismo possui uma temperatura ótima na qual se desenvolve melhor, uma temperatura
mínima na qual o desenvolvimento não acontece mais, e uma temperatura máxima acima da qual todo
desenvolvimento é suprimido. As bactérias que crescem particularmente bem em temperaturas baixas
são chamadas de psicrófilas (ou criofílicas) ou organismos de baixas temperaturas. As bactérias com
temperatura ótima de 20 – 45°C são mesófilas e aquelas com temperaturas ótimas acima de 45°C são
termófilas. O crescimento microbiano em alimentos resulta em dano alimentar com o desenvolvimento
de características sensoriais indesejáveis e em certos casos, o alimento pode se tornar inseguro para
consumo. Microrganismos possuem a capacidade de se multiplicar de forma ac quando estão presentes
condições favoráveis. Antes da colheita, frutas e hortaliças geralmente possuem bom mecanismo de
defesa contra ataques microbianos. Contudo, após a separação da planta, podem sucumbir facilmente à
6. proliferação microbiana. De maneira semelhante, a carne após abate fica inapta a resistir ao rápido
crescimento de microrganismos. A patogenicidade de certos microrganismos é a maior preocupação em
segurança no processamento e manipulação de alimentos, pois estes produzem químicas tóxicas aos
humanos nos alimentos. Seu crescimento nos alimentos pode resultar em aparência e qualidades
sensoriais indesejáveis. Os contaminantes microbianos ou químicos são também fonte de preocupação
na deterioração alimentar. A contaminação química resultante dos materiais de embalagem também
podem ser fonte de contaminação alimentar.
Várias mudanças químicas acontecem durante o processamento e armazenamento de alimentos. Estas
mudanças podem causar a deterioração dos alimentos pela redução de sua qualidade sensorial e
nutricional. Muitas reações enzimáticas mudam a qualidade dos alimentos. Por exemplo, as frutas
quando cortadas tendem a escurecer rapidamente à temperatura ambiente, devido à reação da
fenolase com os constituintes celulares liberados na presença do oxigênio. As enzimas como a
lipoxigenase, se não desnaturadas durante o processo de escaldamento, podem influenciar a qualidade
dos alimentos, mesmo em temperaturas de subcongelamento. Além das temperaturas, outros fatores
ambientais como oxigênio, água e pH induzem mudanças deletérias nos alimentos, catalisadas pelas
enzimas.
A presença de ácidos graxos insaturados nos alimentos é razão primária para o desenvolvimento de
rancidez durante o armazenamento na presença do oxigênio. Ao mesmo tempo que o desenvolvimento
de odores indesejáveis são notadamente marcantes em alimentos rançosos, a geração de radicais livres
durante o processo de auto-catálise leva às outras reações indesejáveis, como por exemplo, perda de
vitaminas, alteração na cor, e degradação de proteínas. A presença de oxigênio na vizinhança imediata
do alimento leva às taxas elevadas de oxidação. Da mesma forma, a água exerce papel importante: a
oxidação lipídica acontece em altas taxas nas atividades baixas de água.
Algumas reações químicas são induzidas pela luz, como a perda de vitaminas e o escurecimento das
carnes. O escurecimento não enzimático é a maior causa de mudança em qualidade e degradação de
teor nutricional de muitos alimentos. Este tipo de reação ocorre devido à interação entre açúcares
redutores e aminoácidos, resultando em perda de solubilidade protéica, escurecimento de produtos
secos de cores claras, e desenvolvimento de sabores amargos. Os fatores ambientais como temperatura,
atividade de água e pH exercem influência no escurecimento não enzimático.
Métodos de preservação alimentar
Baseadas no modo de ação, as principais técnicas de preservação alimentar podem ser categorizadas
como retardamento ou inibição da deterioração e crescimento microbiológico, inativando diretamente
as bactérias, fermentos, fungos ou enzimas e evitando a contaminação antes e após o processamento.
Grandes esforços para otimizar a qualidade dos produtos alimentícios são realizados principalmente
para cumprir os requerimentos dos consumidores através da prevenção do uso extremo de qualquer
técnica em particular. A preservação começa quando os alimentos colhidos são separados do meio de
crescimento rápido (planta, solo ou água) ou a carne do animal após abate, ou leite da secreção normal
7. das glândulas mámarias. Alimentos crus são aqueles no estado primário após a colheita, ordenha ou
abate. Não foram submetidos a qualquer tratamento além da limpeza e classificação por tamanho no
caso de alimentos de origem vegetal. A tecnologia pós-colheita se preocupa com a manipulação,
preservação e armazenamento de alimentos colhidos, e na manutenção de sua integridade original, na
frescura e qualidade. Os métodos de preservação dependem da origem dos alimentos – particularmente
se são de origem animal ou vegetal. A manipulação pós-colheita de alimentos de origem vegetal inclui
controle eficiente da atmosfera ambiente, como umidade, composição em gases e temperatura, e a
implementação de embalagens adequadas, armazenamento e sistema de transporte. Os tratamentos
físicos geralmente utilizados são cura, pré-resfriamento, tratamento por temperatura, limpeza,
enceramento, enquanto que os tratamentos químicos são desinfecção, fumigação e mergulho. A carne é
o músculo fresco de numerosas espécies de mamíferos ou aves, tanto selvagens quanto domesticados.
A qualidade final do produto é afetada pelas condições de abate ou estresse antes da morte.
No caso de pescado, os métodos de preservação incluem resfriamento, estimulação elétrica e métodos
de descontaminação, por exemplo, enxague com água quente com ou sem clorificação,
descontaminação com fosfato, peróxido de hidrogênio, dióxido de cloro e ozônio, e tratamento da
superfície por ácidos orgânicos. Pré-tratamentos, como escaldamento, sulfatação e outros pré-
tratamentos físicos e químicos são usados antes da aplicação de métodos de preservação. A proposta
principal do tratamento é otimizar a qualidade do produto e a eficiência do processo. Nos últimos anos,
a estratégia de processamento alterado e pré-tratamento ganharam muita atenção na indústria
alimentícia.
Os passos de limpeza e sanidade são importantes na preservação alimentar. Desinfetantes químicos
variam em sua capacidade de eliminar microrganismos. A efetividade depende dos tipos de
microrganismos, suas ligações mecânicas, e características físicas do produto. Alguns desinfetantes são
apropriados para uso em lavagens de contato direto. Outros somente no processamento com água,
equipamentos processadores ou recipientes e facilidades. É importante conhecer a efetividade dos
mecanismos de ação dos desinfetantes, assim como a bioquímica relevante dos microbianos. Vários
produtos químicos são utilizados, como cloro, dióxido de cloro, peróxido de hidrogênio, ozônio, ácido
peroxiacético, bromina, iodo, fosfato trissódico e compostos de amônia quaternária. Embora os
fumigantes não sejam preservativos, são utilizados para controle de insetos. Metilbromida é um dos
fumigantes utilizado, mas causa potencial dano no ozônio atmosférico e está sendo contemporizado. Há
necessidade de desenvolvimento de novos métodos seguros ao meio ambiente de fumigação.
Tipos de Tratamentos para Conservação de Alimentos
Os processos de conservação têm por objetivo evitar as alterações nos alimentos, sejam elas de origem
microbiana, enzimática, física ou química. Os tipos de tratamento existentes são:
Conservação pelo calor;
Conservação pelo frio;
Conservação pelo controle da umidade;
8. Conservação pela adição de um soluto;
Conservação por defumação;
Conservação por fermentação;
Conservação pela adição de aditivos;
Conservação pelo uso da irradiação.
Em outra newsletter, falaremos de cada um destes métodos e sua dinâmica.
Dra Licinia de Campos
Graduada em Nutrição (Universidade São Judas Tadeu) com formação autodidata em Gastronomia; pós-graduada em Gestão
de Negócios de Serviços de Alimentação (SENAC); curso de especialização em Docência e Didática para Ensino Superior em
Turismo e Hotelaria (SENAC); curso de Auditor Líder ISO 22000 (Food Design); ex-redatora do Suplemento Feminino do jornal
“O Estado de SP” (1984- 1989); especialização em Antropologia Alimentar através de premiação para o Seminário:
“Alimentation et hiérarchies sociales et culturelles” pelo IEHCA na Universidade de Tours, França; participante do programa
“Com Sabor” da Rede Mulher por 3 anos; tradutora de diversos fascículos e livros para a Editora Globo; consultora
gastronômica- nutricional do site www.sic.org.br (Serviço de Informação da Carne) e do site www.lacteabrasil.org.br;
palestrante especializada em Gastronomia e Nutrição; redatora da revista NutriNews há mais de 10 anos com premio Destaque
Food Service 2008; docente em vários cursos das unidades SENAC desde 1998; Coordenadora do curso de Gastronomia da
Faculdade Paschoal Dantas; Consultora e Assessora Especializada em Gestão Operacional Administrativa de Unidades
Alimentares; mestranda pela Universidade de Léon, Espanha do curso Master em Gerontologia – Ciência do Envelhecimento.
Contatos comerciais p/ assessoria gastronômica e nutricional em Serviços de Alimentação; preparo de manuais e receituários
p/ veiculação em internet, revistas, folhetos, etc; tradução de textos culinários e nutricionais; aulas, palestras e treinamentos
em Higiene e Manipulação Alimentar, Cortes e Qualidades das carnes bovinas, suínas e ovinas, Adequação de Métodos de
Procedimentos e Cozimentos em Unidades Alimentares, Características da Culinária Internacional por especificidade (européia,
asiática, oriental, brasileira, etc).
e-mail: liciniadecampos@uol.com.br.
Tel: (11) 97376596
RECEITA ECONÔMICA
Picles de beterraba (60 porções – 10 vidros de ½ litro)
5 kg de beterrabas frescas, pequenas, com talos removidos – 2 xícaras de açúcar refinado – 1 colher
(sopa) de sal grosso – 1 litro de vinagre de vinho branco – ¼ xícara de cravos-da-
índia inteiros
Coloque as beterrabas em um caldeirão com água que cubra. Deixe ferver e
cozinhe até que fiquem maciais, cerca de 15 minutos, dependendo do tamanho
delas. Se forem grandes, corte-as em quartos. Escorra, reservando 2 xícaras de
água de beterraba, deixe esfriar e descasque. Esterilize vidros e tampas por imersão em água fervente
9. por no mínimo 10 minutos. Encha cada vidro com beterrabas e adicione vários cravos em cada vidro. Em
panela grande, misture o açúcar com a água da beterraba, vinagre e sal. Deixe ferver, derrame a
salmoura quente sobre as beterrabas nos vidros, e sele as tampas. Coloque uma grelha no fundo de um
caldeirão e encha-o metade com água. Deixe ferver em fogo alto, e então com cuidado coloque os
vidros no caldeirão usando um pegador. Deixe um espaço de cerca de 6cm entre cada vidro. Derrame
mais água fervente, se necessário, até que o nível da água esteja no mínimo 3 cm acima do topo dos
vidros. Deixe ferver, tampe o caldeirão e processe por 10 minutos.
Informação nutricional: 60 kcal; gorduras totais: 0,2g; colesterol: 0mg.