O documento descreve o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Portugal. Durante a reforma da universidade no século 18 sob o Marquês de Pombal, coleções científicas foram criadas em várias disciplinas. O Laboratório Químico, construído entre 1773-1777, abrigava essas coleções e ensino prático de química. Atualmente, o museu reúne mais de 1 milhão de itens dessas coleções históricas em diversas áreas como antropologia, botânica e zool
2. O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra uma Colecção Científica do Século das Luzes
3. Museu da Ciência O Museu da Ciência resulta de um projecto da Universidade de Coimbra de juntar todas as suas colecções científicas e de criar um importante espaço de referência nacional no domínio da ciência e da museologia científica.
7. Candidata a Património Mundial da Humanidade, UNESCO, 2010 . Prémio Europa Nostra, Conservação, 2009
8.
9.
10. Marquês de Pombal (Lisboa, 13 de Maio de 1699 — Pombal, 8 de Maio de 1782)
11. Marquês de Pombal em Coimbra Estatutos da Reforma da Universidade, 1772
12. As figuras do Iluminismo em Coimbra e as colecções científicas da Universidade
13. D. Francisco de Lemos (1735-1822) designado Reitor da Universidade de Coimbra em 1770 pelo Marquês de Pombal
14. Militar e engenheiro Arquitecto designado pelo Marquês em 1773 Projeta os novos edifícios e fachadas da universidade Projeta o Jardim Botânico Só no Museu Machado de Castro existem 127 desenhos da Reforma Pombalina Guilherme Elsden
17. Domingos Vandelli (Pádua, 8 de Julho de 1735, Lisboa, 27 de Junho de 1816) Nomeado lente de História Natural e Química, 1772 Fundou o Jardim Botânico dirigiu as expedições filosóficas portuguesas de finais do século XVIII Director do Laboratorio Chimico Museu Machado de Castro, Coimbra
18. Jardim Botânico Domenico Vandelli e Julio Matiazzi, 1773 “… absorveria os meios pecuniários da Universidade antes de concluir-se . Eu porém entendi até agora, e entenderei sempre, que as cousas não são boas , por que são custosas, e magníficas; mas sim, e tão somente, porque são próprias, e adequadas para o uso que delas se deve fazer.” Marqués de Pombal, Oct. 1773
25. Alexandre Rodrigues Ferreira (Cidade da Bahia, 27 de abril de 1756 — Lisboa, 23 de abril de 1815) naturalista português viagem filosófica (1783-1792) do interior da Amazônia até ao Mato Grosso
30. Uma “coleção raríssima” do século XVIII com 68 exemplares de peixes do Brasil foi descoberta na Universidade de Coimbra (UC) O Museu da Ciência da UC acredita que esses elementos façam parte das recolhas efectuadas pelo naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira para a coroa portuguesa, na bacia do Amazonas entre 1783 e 1792. De acordo com o autor da descoberta, no arquivo do Museu Bocage existe o registo de uma importante remessa de espécimes do Real Museu da Ajuda para a UC datada de 1806, grande parte deles com origem na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira.
31.
32. Real Museu da Ajuda, coleccão Alexandre Rodrigues Ferreira de Amazonia, Brasil Antropologia
35. Dalla Bella (Pádua, 1730- Pádua c.1823) Filosofia e Medicina Professor de Física Experimental na Universidade de Pádua Convidado pelo Marquês, chega a Portugal em 1766 Doutor em Coimbra em 1773 Gabinete de Física Experimental
36. Miguel António Ciera engenheiro italiano vem para Portugal em meados do século XVIII para a demarcação topográfica dos limites das possessões portuguesas na América meridional. convidado pelo Marquês de Pombal para a reforma da Universidade de Coimbra. Em 1772 é responsável pela cadeira de Astronomia Com Dalla Bella, transfere para Coimbra todos os instrumentos científicos que tinham sido comprados e mandados fazer para o ensino da física experimental
42. Padre Monteiro da Rocha (Canavezes, 1734 - Lisboa, 1819) Matemático e astrónomo. Tornou-se jesuíta em 1752. Abandonou a ordem e foi ordenado padre secular na Baía, em 1760. Regressou a Portugal para frequentar a Universidade de Coimbra entre 1766 e 1770. É nomeado pelo Marquês para organizar a nova Faculdade de Matemática. Em 1772 inaugura a Faculdade de Matemática. Em 1783 é responsável pela cadeira de Astronomia. Em 1795 é nomeado director do Observatório Astronómico.
44. O edifício foi demolido nos anos 40 do século XX por ordem expressa de Salazar, aquando das obras de requalificação da Universidade: “ Deitar abaixo aquela excrescência do Observatório Astronómico para deixar intacto aos olhos encantados o panorama maravilhoso do Mondego (…)”. E assim em cerca de 3 meses desaparece o Observatório do Pátio da Universidade (hoje o Observatório situa-se em Santa Clara, do outro lado do rio Mondego).
48. José Bonifácio de Andrada e Silva (Santos, 13 de Junho de 1703, Niterói, 6 de Abril de 1838) Metalúrgico Naturalista Estadista Coimbra, Cátedra de Metalurgia em 1801 Portugal, Guerras peninsulares em 1808: comandou o Batalhão Académico e chegou a comandante Brasil, independência
49.
50.
51. Thomé Rodrigues Sobral (Felgueiras, 1759 – Coimbra, 1829) , Lente de Química na Universidade de Coimbra Director Laboratório Químico em Janeiro de 1791 . Em 1808 combate os franceses produzindo pólvora no Laboratorio Chimico Em 1809 combate a peste em Coimbra com fumigação com gás muriático.
57. O Laboratorio Chimico é o mais importante edifício neoclássico português. Foi construído para o ensino da Química, entre 1773 e 1777, durante a reforma da Universidade de Coimbra iniciada pelo Marquês de Pombal. Esta construção materializa a ideologia iluminista do ensino prático da ciência em que o trabalho laboratorial se tornou central na formação de médicos, farmacêuticos e estudantes da recém criada Faculdade de Filosofia. Foi desenhado pela Casa do Risco, sob orientação do engenheiro militar tenente-coronel Guilherme Elsden, que se salientou como director das Obras da Universidade de Coimbra.
58. Proposta de Elsden ao Marquês de Pombal para o Laboratorio Chimico (1773)
64. Arq. João Mendes Ribeiro . Carlos Antunes . Desirée Pedro Prémio Diogo de Castilho
65.
66. No decurso das obras de adaptação do Laboratório a Museu os trabalhos arqueológicos revelaram que o edifício fora construído aproveitando a grande sala do Refeitório que servia o complexo dos colégios Jesuítas do séc. XVI - o Colégio de Jesus e o Colégio das Artes. O antigo refeitório (em amarelo) coincide com toda a segunda oficina e uma parte da primeira oficina até à fachada. Os elementos encontrados foram integrados na recuperação do edifício: um dos púlpitos que marcava a zona média da sala, uma janela conservada com a cantaria original quase na íntegra, duas janelas no fundo da sala e o vigamento do tecto foi reconstruído por razões de segurança mantendo o desenho e os tirantes originais. Imagem: Planta do Laboratório sobreposta em plantas do complexo jesuíta de G. Elsden 1772, Biblioteca Geral da UC
68. Imagem: Pormenor do refeitório, gravura do complexo jesuíta de Coimbra, Carolus Grandi 1732, Biblioteca Nacional
69. O refeitório jesuíta concluído em 1596 era uma sala rodeada por 25 mesas em pedra para 150 religiosos. Cinco janelas rectangulares em cada fachada eram encimadas por uma janela mais pequena e no topo duas janelas (que actualmente podemos observar) ladeavam um retábulo da ceia de Cristo. Nas janelas centrais foram inseridos dois púlpitos situados frente a frente, com as escadas de acesso na espessura da parede. O púlpito do lado norte, que se conservou, era dedicado à lição da mesa, o do sul para apregoar faltas e descuidos.
81. Parte da recuperação do património compreendia as colecções de química do Séc. XVIII. Retratar a química que se fazia no início do Laboratorio. O Laboratorio Chimico
82. Forno portátil, G. Elsden 1773 (Bib. Nacional do Rio de Janeiro) Filosofia
87. A pia de pedra do Museu da Ciência foi utilizada no fabrico da pólvora aquando das invasões francesas. As tropas de Napoleão tiveram a sua primeira invasão em terras portuguesas em 1807, incursões essas que perduraram até 1814. Coimbra foi ocupada e saqueada em 1 de Outubro de 1810. Esse ataque foi combatido com alguma resistência em todo o país, destacando-se em Coimbra como figura Thomé Rodrigues Sobral (1759-1829), lente de química do Laboratório Chimico que dirigiu o fabrico de pólvora para as tropas defensoras da cidade.
95. Prémios Diogo de Castilho – Prémio de Arquitectura (2007) APOM – Museu do Ano - menção honrosa (2007) Prémio Luigi Micheletti (2008) ENOR – Prémio de Arquitectura (2009) APOM – Melhor serviço de extensão cultural (2010) APOM – Melhor aplicação e gestão multimédia, com a empresa Sistemas do Futuro (2010)
Trata-se de apresentar aos membros do Juri do concurso de arquitectura para a 2ª fase do Museu da Ciência quais são as dificuldades maiores do projecto e a que aspectos deve ser dada maior importância na avaliação das candidaturas. Consideramos determinantes: Circulações de públicos Circulações dentro das exposições Área de Acolhimento Compatibilização entre elementos históricos e apresentação moderna. Área de exposições temporárias. Soluções para as reservas. Abertura ao exterior do edifício.