O documento discute o papel e situação das mulheres em diferentes regiões do mundo, destacando: 1) Em muitas sociedades, as mulheres estão presentes em todos os setores da vida, porém enfrentam desigualdades; 2) Na África, as mulheres lutam contra opressões e violações de direitos humanos; 3) Na cultura muçulmana, as leis religiosas conferem menor status às mulheres.
1. A MULHER NO MUNDO
Em numerosas regiões do mundo, as mulheres estão presentes
e agem concretamente em todos os setores da vida – social,
económico, cultural, religioso e político.
Enriquecem a compreensão do mundo e ajudam a fazer com
que as relações entre as pessoas e os povos se tornem mais
honestas e genuínas.
Igualdade autêntica em todos os setores: pagamento equitativo
para um trabalho equitativo, proteção às mães que trabalham,
justiça nas evoluções profissionais, igual tratamento aos cônjuges
em relação aos direitos familiares e o reconhecimento de tudo
aquilo que faz parte dos direitos e dos deveres de todos no seio de
uma sociedade democrática.
2. A MULHER OCIDENTAL
Revolução Francesa: melhoria
das condições de vida e trabalho,
participação política, fim da
prostituição, acesso à instrução e
igualdade de direitos entre os sexos.
Revolução Industrial:
absorção do trabalho feminino,
mas condições insalubres e
submetidas a espancamentos e
humilhações, além de receber
salários até 60% menores que os
dos homens.
Manifestações operárias:
classe feminina conquista mais espaço, provando
competência e força de trabalho.
A cada geração
as mulheres ficam
mais independentes e
estão representadas
junto às causas
sociais, emitindo
opiniões e
reivindicando mudanças nos problemas das minorias.
3. A MULHER AFRICANA
Lutou contra a opressão
colonial, contra a fome, a
miséria, teve que se deslocar
de uma terra para outra à
procura de sobrevivência e
por causa das guerras civis.
Luta por direitos iguais e uma sociedade mais justa.
Grande número de mulheres é
vítima de excisão – mutilação
genital feminina – violação,
apedrejamento, tráfico de mulheres,
lapidação, exclusão social,
violência familiar e cultural,
Direitos Humanos fundamentais
negados (acesso à instrução,
interdição ao direito de voto e de
propriedade)...
Esperança de caminhar
rumo a um futuro de mais
Dignidade, Justiça e Paz.
4. A MULHER MUÇULMANA
Ocupa uma posição de
inferioridade na sociedade muçulmana.
Marcas jurídicas da inferioridade
da mulher:
Só pode ter um marido, o homem
pode ter quatro mulheres ao mesmo
tempo;
Só pode casar com
um muçulmano, o homem pode casar
com uma mulher de outra religião;
Apenas pode pedir o divórcio em casos
extremos, ficando a custódia dos filhos
para o pai e o testemunho do homem
tem o dobro do valor do da mulher;
A sua herança é duas vezes inferior à do
homem;
A maioria vive na reclusão, poucas participam em
questões públicas.
Actualmente: crescente
liberalização do papel das
mulheres fora de casa por
influência ocidental.
5. A MULHER ORIENTAL
Apresentada numa condição de
subserviência e inferioridade ou como um
ser divinal e necessário à existência da
humanidade.
Enfrentam o casamento arranjado;
Ao marido era permitido uma
poligamia relativa (primeira esposa é a
principal e as outras são concubinas);
Ao passar de uma família para outra,
viram filhas dos sogros e a eles devem
servir;
Infanticídio, praticado
por famílias pobres e envolvendo,
muitas vezes, meninas indesejáveis.
Estética do enfaixamento dos pés,
resultado da inevitável busca pela
beleza.
Inserção da mulher no mundo do
trabalho: legislação sobre o número de filhos por casal,
evitando a super população; aborto e uso de contraceptivos
liberados; proibição de exames indicando o sexo da criança
– aborto de meninas, preferência por filhos homens.