SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
MUDANÇA PARADIGMÁTICA NO USO DAS TECNOLOGIAS NA
                                      EDUCAÇÃO


                                                      SOFFA, Marilice Mugnaini – PUCPR
                                                                 marilice.soffa@pucpr.br

                                                SANTOS, Vanderlei Siqueira dos – PUCPR
                                                             irvanderlei@marista.org.br

                                                   BEHRENS, Marilda Aparecida – PUCPR
                                                            marilda.aparecida@pucpr.br

                                                Área Temática: Comunicação e Tecnologia
                                      Agência Financiadora: Não contou com financiamento

Resumo

O presente artigo apresenta um estudo realizado em um processo de pesquisa-ação realizado
com 21 docentes que freqüentaram a disciplina de Paradigmas Educacionais na Prática
Pedagógica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Stricto Sensu, de uma
Universidade particular de grande porte. A formação continuada num processo de pesquisa-
ação dentro do Programa teve como objetivo, contribuir em um aprofundamento dos
paradigmas que geram as compreensões de ensino e aprendizagem que se colocam sob postas
à formação dos profissionais que utilizam as tecnologias como uma ferramenta didática e
inovadora. O estudo permitiu questionar a superação de práticas tecnicistas e a busca do
respaldo na abordagem holística. Incluiu também a investigação das condições e da mediação
das tecnologias na educação que podem favorecer processos harmoniosos de construção do
conhecimento. Respaldado em autores como Behrens (1998, 2005, 2007), Cardoso (1995),
Freire (1992), Morin (2000, 2004) e Capra (1996) quando tratam da fragmentação do
conhecimento nos paradigmas conservadores, a busca da visão de totalidade (superação do
pensamento Newtoniano-Cartesiano) e uma contribuição da abordagem holística (Paradigma
Inovador) unido às tecnologias como ferramentas na educação. Autores como Lévy (1999),
Leite (2003) e Oliveira (2001) permitiram versar sobre as tecnologias inseridas em contexto
educativo. Este estudo teve a intenção de provocar uma reflexão sobre o tema e motivar novos
pesquisadores a continuar o debate. Concluiu-se por meio de reflexão individual e coletiva
que, para superar o tecnicismo no uso das tecnologias, na busca da ótica da totalidade e da
abordagem holística há necessidade de transformar estas em recursos potencialmente
favoráveis para a educação, porém solicita do docente, ousadia e coragem para se despir da
velha abordagem educacional cuja ênfase está na fragmentação do conhecimento.

Palavras-chave: Paradigmas; Tecnologias na educação; Prática pedagógica; Formação de
professores.
4256



Introdução

       A presença inegável da tecnologia na sociedade contemporânea constitui a primeira
base para que haja necessidade de sua presença na escola. De forma que “a escola não pode
ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação
transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de
trabalhar, de decidir, de pensar” (PERRENOUD apud OLIVEIRA, 2001, p. 7).
       No entanto, a simples presença desta no processo pedagógico não significa mudança
significativa na prática pedagógica. Significa dizer que a melhoria na prática pedagógica será
determinada pelo uso adequado e crítico que se faz destas. Para melhor contextualizar o tema
optou-se por refletir sobre a inserção das tecnologias na educação a partir dos paradigmas que
a sustentaram historicamente. Nessa perspectiva, localizamos o paradigma newtoniano-
cartesiano representado na abordagem educacional conservadora e tecnicista, modelando o
pensamento e a prática dos professores em relação às tecnologias na educação. O século XXI
apresenta-se como o marco histórico que desafia e indica a insuficiência dos referenciais
conservadores. Assim, por meio das leituras e discussões individuais e coletivas pudemos
fazer uma imersão nas proposições da abordagem holística em educação, a partir do novo
paradigma da complexidade em especial, com uma visão crítica de uma opção pelo trabalho
docente com utilização de tecnologias que ofereçam um processo educativo que propicie a
produção/construção do conhecimento e ofereça qualidade a esta prática pedagógica.
       O trabalho com as tecnologias se constitui fator importante para a passagem do
paradigma conservador ao inovador. O surgimento destas ferramentas permite práticas
docentes respaldadas em um modelo emergente de produção e apropriação de saberes. As
possibilidades oportunizadas pelas tecnologias na educação têm colaborado para avanços
pedagógicos e metodológicos significativos.
       Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa-ação foi realizada dentro do Programa de
Pós-Graduação em Educação de uma Universidade de grande porte, envolvendo os 21
participantes da disciplina-pesquisa de Paradigmas Educacionais na Prática Pedagógica, a
qual tem como objetivo a investigação da prática pedagógica dos professores universitários e
a busca da formação para atuarem de maneira inovadora na docência.
4257



O paradigma newtoniano-cartesiano e a abordagem tecnicista na inserção das
tecnologias na educação


       O modo como as instituições sociais estão organizadas advém da relação dialética que
estas estabelecem com os paradigmas nos diversos períodos históricos. Nessa perspectiva, não
há como apreender a relação entre educação e tecnologia sem compreender os paradigmas que
a sustentam.
       O termo paradigma tem sua origem do grego paradeigma que significa modelo ou
padrão (VASCONCELLOS, 2002). Os paradigmas funcionam como óculos (regulamentos e
regras) pelos quais, o ser humano faz a leitura da realidade, julgando e classificando os
fenômenos. “Assim, os indivíduos conhecem, pensam e agem segundo paradigmas inscritos
culturalmente neles” (MORIN, 2000, p. 25).
       Os paradigmas possuem um sentido relevante, pois fornecem referenciais para a
organização da sociedade. Por outro lado, podem limitar a visão quando o ser humano resiste
aos processos de mudanças e insiste em manter velhas tradições e costumes que lhe garantem
segurança naquele momento e não se atualizam para acompanhar o movimento na história.
       Na década de 1970, o inglês Thomas Kuhn, na obra “A estrutura das revoluções
científicas” conceitua o termo paradigma como sendo “as realizações científicas
universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções
modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (KUHN, 2003, p. 13). Para o
autor, o surgimento de novos paradigmas se deve à crise de antigos valores e às novas
descobertas.
       Na história da ciência, dois paradigmas foram universalmente reconhecidos e durante
vasto período referendaram a ação humana. Até a Idade Moderna, o paradigma universal era o
metafísico, onde a Igreja era concebida como depositária universal da verdade, sendo, a razão,
serva da fé.
       O paradigma cartesiano tem como ponto central a concepção de que os fenômenos
podem ser analisados e compreendidos se forem reduzidos às partes que os constituem. Ao
conhecer uma parte de um sistema, o pesquisador chegará ao conhecimento de seu
funcionamento (CAPRA, 1996). A supervalorização da mente em detrimento do corpo
originou uma avalanche de dicotomias, apoiadas na fragmentação do conhecimento e na
concepção linear e mecanicista da história (VASCONCELLOS, 2002). Nesse paradigma, o
4258



ser humano é senhor do mundo, pois se dá o direito de transformar, explorar, servir-se e
escravizar a natureza (CAPRA, 1996).
       Na área da educação, o paradigma newtoniano-cartesiano levou à fragmentação do
conhecimento e a supervalorização da visão racional. Propôs a primazia da razão sobre a
emoção, dividiu o conhecimento em áreas, cursos e disciplinas e atingiu a prática pedagógica
do professor (BEHRENS; OLIARI, 2007). Esse paradigma apresenta-se bem definido
enquanto orientador de práticas educativas, apresentando idéias e pressuposições muito bem
delineadas. Constitui-se em estruturas mais gerais e determinantes não só da forma de
conceber a educação, mas da forma de agir educacionalmente.
       De acordo com Behrens (2005), o paradigma newtoniano-cartesiano influenciou
fortemente as abordagens educacionais tradicional, escolanovista e tecnicista. Para Saviani
(1985), estas abordagens pedagógicas caracterizam-se como teorias não críticas, cuja crença
reside na idéia de que a educação é a panacéia milagrosa capaz de erradicar a marginalidade
de nossa sociedade.
       Estudar a abordagem tecnicista, portanto, pode ajudar a entender o contexto da
introdução das tecnologias na escola brasileira em 1960 e esclarecer por que se formou sobre
o assunto certo preconceito no meio educacional. A proposta de levar para a sala de aula
qualquer novo equipamento tecnológico que a sociedade industrial vinha produzindo de modo
cada vez mais acelerado foi uma das pontas de um contexto político-econômico mundial
como produtor e consumidor de bens, em perspectiva de um desenvolvimento associado ao
capital estrangeiro. Na educação, isso se traduziu na defesa de um modelo tecnicista,
preconizando o uso das tecnologias como fator de modernização da prática pedagógica e
solução de todos os seus problemas (LEITE et al, 2003).
       A inserção das tecnologias, nessa perspectiva, ocorreu em um contexto marcado pela
racionalidade técnica advindo do paradigma cartesiano. É dentro desse contexto de
racionalidade, de eficiência, de eficácia e de produtividade alinhados com os interesses do
capital que localizamos a teoria pedagógica tecnicista. Esta teoria percebe a sociedade como
um sistema harmônico e funcional, e a escola como a instituição que organiza, por meio de
técnicas específicas, o processo de integração do indivíduo neste sistema.
       No entender de Saviani (1985, p. 16), a pedagogia tecnicista, na busca de neutralidade
científica, procurou “planejar a educação de modo a dotá-la de uma organização racional
capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem por em risco sua eficiência”. A
4259



educação se constitui, assim, um movimento fechado em si mesmo, sem qualquer tipo de
interação com o seu entorno ou com questões sociais. As modernas tecnologias se destinam,
portanto, à resolução de problemas internos, surgidos dentro de um âmbito reduzido.
       No âmbito pedagógico, a ênfase da prática educativa recai na técnica pela técnica,
buscando em manuais, instruções sobre como organizar o processo de ensino. O advento da
revolução industrial exige do ensino uma abordagem técnica, a qual vai ao encontro das
metodologias de reprodução do conhecimento.
       Na abordagem tecnicista, a escola cumpre o papel fundamental de treinar os alunos,
funcionando como modeladora do comportamento humano em decorrência das exigências da
sociedade capitalista. O professor, entendido como um engenheiro comportamental, de acordo
com a teoria behaviorista, caracteriza sua aula pela transmissão e reprodução do
conhecimento e converte sua prática em uma busca incessante dos comportamentos
desejados, utilizando, para isso, o condicionamento arbitrário. O aluno apresenta-se como um
expectador frente à realidade objetiva e aprende mediante as técnicas de estímulo e reforço. É
considerado competente quanto maior a capacidade de seguir à risca os manuais de
instruções. A metodologia assenta na repetição e no treino como forma de retenção de
conteúdos. A avaliação visa o produto e a preocupação é se o aluno alcançou ou não os
objetivos (BEHRENS, 2005).
       Em práticas pedagógicas fundamentadas na teoria tecnicista, cuja ênfase reside na
reprodução do conhecimento, nas aulas expositivas e nos exercícios repetitivos, as tecnologias
na educação aparecem como ferramentas para facilitar a reprodução fiel de conteúdos
auxiliando a assimilação e a repetição. O acento não reside sobre o professor ou o aluno, mas
nos próprios meios sem se questionar suas finalidades. Desse modo, a utilização de
tecnologias na escola tecnicista foi associada a uma visão limitada de educação onde a função
do aluno é aprender a fazer.
       Esse contexto tecnicista levou os professores a desconfiarem da efetiva contribuição
das tecnologias na educação. Autores como Sá Filho e Machado (2003, p. 1) começam a
questionar se a simples inserção das tecnologias na educação, como aconteceu a partir de
1960, significa, de fato, melhoria na prática pedagógica ou se esta será determinada pelo uso
adequado que se faz.
       Nessa perspectiva, a visão tecnicista e os pressupostos do paradigma newtoniano-
cartesiano não respondem mais aos desafios da sociedade contemporânea. Isso motiva
4260



pesquisadores como Capra (1996) e Morin (2000) a sugerirem que o paradigma conservador,
baseado nos velhos hábitos de escutar, ler, decorar e repetir dá lugar a um outro mais
condizente com as necessidades pós-modernas, o qual é nomeado de paradigma da
complexidade e sugere a construção do conhecimento baseado em relações dialética críticas e
reflexivas.
       Sem perder de vista as abordagens progressista e ensino com pesquisa, buscamos
alicerçar a proposta de inserção das tecnologias, enquanto ferramentas pedagógicas, na
educação, a partir dos referenciais também da abordagem holística. Acreditamos que a aliança
entre essas abordagens possibilitam a superação de visões conservadoras e de práticas
tecnicistas na relação da educação com as tecnologias. Embora a investigação tenha
caminhado no tripé da abordagem holística, progressista e do ensino com pesquisa, optamos
pelo aprofundamento da visão holística e seus reflexos na utilização dos recursos tecnológicos
na prática pedagógica.


A abordagem holística e a busca pela visão de totalidade no uso da tecnologia na
educação


       Estamos passando por um processo de transição paradigmática que impõe novas
abordagens na maneira de olhar o mundo. De acordo com Morin (2004), há um crescente
apelo para substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e
une, um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento complexo, tecido na
coletividade.
       Os paradigmas inovadores apresentam uma nova visão de mundo. A teia proposta por
Behrens (2005) para atender um paradigma da complexidade pode ser formada pelas
abordagens progressista, holística ou sistêmica e do ensino com pesquisa. Essas possibilitam a
aproximação de referenciais de amplo valor para uma prática pedagógica mais adequada e que
dê conta dos desafios da sociedade atual.
       Referindo-se à formação de professores, a aliança de pressupostos dessas três
concepções inovadoras supera visões reducionistas e reprodutivistas do antigo paradigma
conservador. A união destas abordagens conectada a um ensino com subsídio das tecnologias,
sendo usada como uma ferramenta de aprendizagem é fundamental na construção de
metodologias e atuações docentes inovadoras.
4261



       Durante o processo de pesquisa-ação optamos por aprofundar a visão holística e suas
possíveis contribuições na prática pedagógica dos docentes que utilizam as tecnologias como
ferramentas inovadoras na educação.
       O entendimento do todo, passou a ser discutido a partir do século XX, quando a
“perspectiva holística tornou-se conhecida como sistêmica, e a maneira de pensar que ela
implica passou a ser conhecida como pensamento sistêmico” (CAPRA, 1996, p. 33). Tudo
gira em torno de uma prática pedagógica que envolve a totalidade das partes, não existindo
mais espaço para uma prática pedagógica isolada, reducionista e fragmentada. Segundo Capra
(1996, p. 45) “na natureza, não há ‘acima’ ou ‘abaixo’, e não há hierarquias. Há somente
redes aninhadas dentro de outras redes”.
       A visão holística de ensino se dispõe a resgatar o ser humano na sua totalidade, por
isso, o aluno é incitado a desenvolver inteligências múltiplas, utilizando os dois lados do
cérebro e a buscar uma formação profissional mais humana e ética. Além do mais, ela se
preocupa com a educação integral do aluno e acredita na possibilidade de que todos os
fenômenos do universo estão intrinsecamente relacionados. Não é por acaso que Cardoso
(1995, p. 51) afirma que “educar holisticamente, portanto, é estimular no aluno o
desenvolvimento harmonioso das dimensões da totalidade pessoal: física, intelectual,
emocional e espiritual”.
       A abordagem holística parte da concepção de que o todo é maior do que a soma das
partes. No âmbito da educação isso implica em conceber o mundo de maneira holística, como
um todo integrado e não como uma coleção de partes dissociadas, numa percepção profunda
que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos (CAPRA, 1996).
       A abordagem holística rejeita a dicotomia entre homem e natureza, e propõe uma
postura de integração entre esses dois pólos que permita um grau de compreensão voltado
para a interação de processos, a multiplicidade das interpretações, a hetoregeneidade de
mundos possíveis, de observadores e leituras possíveis. Nesse sentido, Cardoso (1995, p. 47)
nos lembra que:


                           [...] continua sendo pertinente caracterizar a abordagem holística em educação, uma
                           vez que esta tendência a rigor não se enquadra em nenhuma das classificações
                           conhecidas. Mesmo apresentando pontos semelhantes a outras linhas educacionais,
                           a educação holística atual merece um tratamento independente em razão de certas
                           especificidades.
4262



       Com essa visão, Behrens (2005) caracteriza e apresenta os pontos significativos da
abordagem holística para aluno, professor, metodologia de ensino, avaliação e escola. O aluno
nesta visão é um ser complexo que vive num mundo de relações. Considerado pelas
inteligências múltiplas e pelos dois lados do cérebro, ele vive coletivamente, mas é único,
indiviso, competente e valioso. O aluno como um todo, ao acessar o conhecimento, deve ser
ético, crítico e construtor de uma sociedade justa e igualitária.
       Para Behrens (2005), o professor nesta visão tem papel na superação do paradigma da
fragmentação do conhecimento e busca caminhos alternativos que alicercem uma ação
docente relevante, significativa e competente. Instiga os alunos para a recuperação de valores
perdidos na sociedade moderna e visualiza o aluno como um ser pleno. Igualmente, instiga
seus alunos para o uso dos dois lados do cérebro (ou seja, razão e intuição). Neste contexto,
Cardoso (1995, p. 56) afirma que:


                         A aprendizagem holística não é fruto apenas de estudos interdisciplinares, visando
                         superar a fragmentação curricular. É indispensável também a vivência globalizante
                         dos conteúdos [...] a aprendizagem não está centrada no professor, nem no
                         educando, mas no encontro experencial entre eles.


       A abordagem holística não possui uma única opção metodológica. A prática
pedagógica é crítica, produtiva, reflexiva e transformadora. Há o equilíbrio entre os
pressupostos teóricos e práticos com uma interdependência direta e focalizada na visão de
totalidade. A metodologia possibilita as relações inter-pessoais do ser humano, visando a
busca da ética, da harmonia e da conciliação. Ou seja, a “aprendizagem holística em educação
busca constituir uma teoria da aprendizagem mais sistematizada e consistente que fundamente
a prática de ensino” (CARDOSO, 1995, p. 53).
       A reflexão sobre a prática educativa em sua totalidade não está centrada nem no
educador, nem no educando, nem no conteúdo e nem nos métodos, mas situada nas relações
estabelecidas entre estes vários componentes. O essencial, segundo Freire, é “saber quem
escolhe os conteúdos, a favor de quem e de que estará o seu ensino, contra quem, a favor de
que, contra que” (1992, p. 110).
       A avaliação é realizada durante o processo e está a serviço da construção do
conhecimento e tem como premissa uma melhor qualidade de vida. Nesta visão avaliativa
percebe-se que o erro pode vir a ser um caminho do acerto. O momento da avaliação é
significativo e o erro pode ser pretexto para desafiar o grupo e o próprio aluno a encontrarem
4263



o caminho do sucesso. Consideram-se as inteligências múltiplas no processo avaliativo
holístico.
       Ao analisar a trajetória de inserção das tecnologias na educação e das práticas
pedagógicas com essas ferramentas, partimos do pressuposto de que a adoção de determinada
abordagem ou teoria educacional determina a relação e a função do professor e do aluno no
processo pedagógico. Nessa perspectiva, passamos a refletir sobre a mediação das tecnologias
a partir da abordagem holística em educação.
       Na perspectiva da educação inovadora a inserção das tecnologias na Educação formal
ultrapassa a visão tecnicista propulsora daqueles preconceitos que nos referimos
anteriormente.   As   tecnologias   apresentam-se    como    ferramentas   de   suporte     ao
desenvolvimento cognitivo e afetivo. Não apresentam um fim em si mesmas, mas estão a
serviço do processo pedagógico.
       A primeira contribuição que podemos buscar na abordagem holística, no tocante à
utilização das tecnologias na educação, refere-se à ótica da totalidade. No Brasil,
especificamente, com o crescimento de um pensamento educacional mais crítico a partir de
1980, em questionamento às práticas tecnicistas, a inserção da tecnologia na educação passou
a ser compreendida como uma opção que pode propiciar uma educação contextualizada com
as questões sociais e suas contradições, visando o desenvolvimento integral do ser humano e
sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilizar tecnologia, é
necessário inovar a prática pedagógica. A grande questão para a escola passou a ser a
construção de um projeto pedagógico que permitisse a formação de cidadãos plenos. As
tecnologias estarão inseridas nesse projeto como uma das maneiras de proporcionar aos
professores e alunos uma relação profunda com o conhecimento. Ao trabalhar com as
tecnologias, de forma crítica, o professor estará criando condições para que o aluno consiga
lidar com as tecnologias da sociedade apropriando-se delas como sujeito (LEITE et al, 2003).
       Lévy (1999) recomenda que, quando tratamos de tecnologia é indispensável prestar
atenção para não usá-la a qualquer custo. Antes, porém, sinaliza para que se considere o
entorno da proposta pedagógica. Existem questões sociais, políticas e culturais que precisam
ser consideradas. Um viés que privilegie o todo no processo de ensino e aprendizagem não
pode prescindir da cultura do aluno, da consideração de seus conhecimentos prévios a cerca
dos novos conteúdos, sua relação com as tecnologias fora da escola, tampouco da cultura do
professor e de seu posicionamento em relação aos conteúdos, as tecnologias e a função da
4264



escola.     Trata-se, portanto, de superar o ensino exclusivamente técnico da inserção da
tecnologia na educação.
          Numa segunda contribuição da abordagem holística na inserção das tecnologias na
educação, investigamos sua influência a partir da visão de aluno, professor, metodologia e
avaliação. Tais concepções direcionam a função do professor e aluno na prática pedagógica
com as tecnologias.
          Concebendo o aluno como ser complexo, envolto em um mundo de relações e ao
mesmo tempo, um ser coletivo e individual, social e único a abordagem holística nos convida
a uma visão de totalidade, identificando o contexto da escola, as intencionalidades acerca dos
conteúdos curriculares e a realidade dos próprios sujeitos da aprendizagem. Nessa
perspectiva, percebemos que o aluno de hoje é um sujeito particular, diferente que apresenta
perfis particulares de inteligência. Alfabetizado na linguagem midiática, desde pequeno,
muitas vezes, é mais habilidoso na utilização das tecnologias do que o próprio professor. Isso
nos remete à mudança de concepção da função do professor.
          Na perspectiva da abordagem holística, o professor supera posições hierárquicas e
autoritárias, faz do magistério um momento de inter-relação, de encontro e de troca de
experiência. Enquanto organizador e maestro do processo de ensino e aprendizagem e pessoa
gabaritada e de experiência, acompanha o desempenho dos alunos com as tecnologias,
potencializando oportunidades e corrigindo desvios. As tecnologias podem trazer dados,
imagens, resumos, de forma rápida e atraente. Isso, no entanto, não garante o conhecimento.
O papel do professor é ajudar o aluno a interpretar esses dados, relacioná-los e contextualizá-
los.
          Ao possibilitar a relação entre teoria e prática, a busca de uma visão reflexiva e crítica
a metodologia conduz à transformação social. As tecnologias, pela própria pedagogia que
dispõem enquanto facilitadoras de metodologias colaborativas, favorecem o diálogo e o
encontro das pessoas. Ao favorecer processos de comunicação, as tecnologias conduzem à
transformação social.
          Por conceber a educação de maneira ampla e entender que a aprendizagem tem
precedência ao ensino, a abordagem holística concebe a avaliação de maneira formativa. Ela
acontece durante o processo e no final dele. Serve como diagnóstico para modificar a
intervenção do professor e as próprias ferramentas enquanto ainda existe tempo hábil. A
avaliação formativa permite ao professor identificar se a escolha das ferramentas foi
4265



adequada, permite corrigir rotas de mediação e dá respaldo se os alunos estão ou não
construindo conhecimento.
       Deixamos como indagação para continuarmos a reflexão a seguinte questão: Perante a
superação de práticas tecnicistas e o respaldo na abordagem holística, de que forma e em que
condições a mediação das tecnologias na educação pode favorecer processos harmoniosos de
produção do conhecimento. A visão tecnicista advinda da sociedade capitalista mercadológica
conduziu-nos a uma corrida desenfreada por uma educação pragmática, utilitarista, calcada
em resultados, na maioria, de ordem econômica. Isso esmoreceu a criatividade e aniquilou a
visão de ser humano.
       No texto “Serenidade”, o filósofo alemão Heidegger (2001) nos apresenta uma pista, a
qual pode ajudar a pensarmos essa questão. O autor reflete sobre a essência da técnica
moderna mostrando a necessidade de recuperar aquilo que ele chamou de pensamento
meditativo. Não se trata de negar a técnica, obviamente, mas de repensar a nossa relação com
ela. Trata-se, portando de substituir um pensamento que calcula por um pensamento que
medita. O apelo do filósofo ao longo do texto é para que mantenhamos acordado o
pensamento. Para Heidegger, a técnica não é um instrumento neutro e pode ser usado tanto
para o bem como para o mal. A questão não é, então, a da técnica propriamente dita, mas a da
relação do ser humano com a técnica. O perigo depende do uso que se faz da técnica. É nessa
relação com o mundo que o pensamento meditativo se mostra diferente, não permitindo que a
tecnologia na educação tenha primado absoluto ou que seja concebida de maneira neutra, mas
que esteja a serviço de projetos pedagógicos consistentes, potencializando metodologias e
melhorando as aprendizagens, concebendo o aluno e a educação de maneira holística.


Considerações finais


Concluímos o presente relato de pesquisa realizado ao longo de uma caminhada com 21
professores universitários mediados pela professora-pesquisadora. A partir de uma
problematização (como propor uma ação docente que oportunize aprendizagem criativa,
crítica e transformadora assentada em referências teóricas e práticas que subsidiem a prática
educativa com paradigmas pedagógicos inovadores? Quais os referenciais que caracterizam o
paradigma da complexidade e como aplicá-lo na prática pedagógica?) foi possível construir
um processo individual e coletivo de produção do conhecimento. O caminho percorrido
4266



envolveu paradigmas conservadores e inovadores e suas influências na prática pedagógica de
professores. A intenção foi provocar uma reflexão sobre o tema em questão e motivar novos
pesquisadores a continuar o debate e se possível, reconstruir suas práticas docentes.
       A sociedade aprendente, de modo geral, tornou-se exigente e, conseqüentemente, a
responsabilidade do professor aumentou. Daí, o aprender a aprender tornou-se a condição
básica para quem desejar realmente, sobreviver no mundo de trabalho competitivo. Desta
forma, as mudanças significativas no processo de ensino-aprendizagem, requerem do
professor ousadia e coragem para se despir do velho sistema educacional cuja ênfase está na
fragmentação do conhecimento.
       Isto significa que é importante ultrapassar o pensamento newtoniano-cartesiano. Deste
modo, indagamos: temendo as mudanças, não estaríamos nós alimentando a pedagogia da
certeza, onde o aluno passivamente espera do professor a “verdade absoluta”, sem, contudo,
questioná-la? Chegou a hora de suprir a pedagogia da certeza e dos saberes pré-fixados por
uma pedagogia da pergunta. Em suma, por uma pedagogia da complexidade, que saiba
“trabalhar com conceitos transversáteis, abertos para a surpresa e imprevistos” (ASSMANN,
2003, p. 33). Trata-se de um processo de ensino-aprendizagem que alicerçada na
problematização de temas, transforma a sala de aula em um espaço democrático para debate
de idéias e, por conseguinte, o professor assume de maneira consciente seu papel de mediador
neste processo.
       Neste processo investigativo, foi possível refletir que, as tecnologias na educação,
como afirmado neste estudo, apresentam-se como ferramentas de suporte ao desenvolvimento
cognitivo e afetivo, considerando a inter-relação. Portanto, não pode ser adotada somente
como uma tecnologia potencialmente favorável para a educação, mas, sim, adotá-la como
ferramenta cognitiva importante, especialmente se usada em ambientes que buscam a
produção/construção do conhecimento.
       Em suma pudemos refletir que, mudar com sucesso o paradigma requer convicção,
envolvimento e opção por uma prática pedagógica que possibilite a construção de caminhos
próprios, de professores e alunos, que busquem a autonomia na produção do conhecimento e a
qualidade no processo pedagógico com o uso das tecnologias.
4267



                                     REFERÊNCIAS

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: Rumo à sociedade aprendente. Rio de Janeiro:
Vozes, 2003.

BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação pedagógica e os desafios do mundo moderno.
In: MASETTO, Marcos Tarciso. (org.). Docência na universidade. Campinas, SP. Papirus,
1998.

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

BEHRENS, Marilda Aparecida; OLIARI, Anadir Luiza Thomé. A evolução dos paradigmas
na educação: do pensamento científico tradicional à complexidade. Revista Diálogo
Educacional. Curitiba: Champagnat, v. 7, n. 22, p. 53-66, set/dez, 2007.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São
Paulo: Cultrix, 1996.

CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. A Canção da Inteireza: Uma visão holística da
educação. São Paulo: Summus, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 10
ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Jean Piaget, 2001.

LEITE, Ligia Silva et al. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de
aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

MORIN, Edgar. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 9 ed. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez,
2000.

OLIVEIRA, Celina Couto. Ambientes informatizados de aprendizagem: Produção e
avaliação de software educativo. Campinas, SP: Papirus, 2001.

SÁ FILHO, Clovis; MACHADO, Elian de Castro. O computador como agente
transformador da educação e o papel do objeto de aprendizagem. Disponível em:
<http://www.universia.com.br >. Acesso em: 26 jun. 2008.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 8 ed. São Paulo: Cortez - Autores associados,
1985.
4268



VASCONCELLOS, Maria José Esteves. Pensamento sistêmico: novo paradigma da ciência.
Campinas: Papirus, 2002.

WIKIPÉDIA. Paradigma. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma>. Acesso
em: 5 mai. 2007.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pratica pedagogica baseada em metodologia ativa
Pratica pedagogica baseada em metodologia ativaPratica pedagogica baseada em metodologia ativa
Pratica pedagogica baseada em metodologia ativaElineides Silva
 
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe Assunção
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe AssunçãoPROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe Assunção
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagem
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagemPré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagem
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagemBruno Vieira Borges
 
Dissertação jorge pittan prof história ufsm
Dissertação jorge pittan prof história ufsmDissertação jorge pittan prof história ufsm
Dissertação jorge pittan prof história ufsmOsvander Kiony
 
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdo
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdoAs metodologias ativas na comunicação com aluno surdo
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdoTHIAGO MACIEL
 
O uso do método ativo, aprendizagem baseada em
O uso do método ativo, aprendizagem baseada emO uso do método ativo, aprendizagem baseada em
O uso do método ativo, aprendizagem baseada emhorarioaesa
 
DEFESA DE DISSERTAÇÃO - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...
DEFESA DE DISSERTAÇÃO  - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...DEFESA DE DISSERTAÇÃO  - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...
DEFESA DE DISSERTAÇÃO - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...Marcia Torres
 
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-095 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09Ana Vanessa Paim
 
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof edna
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof ednaProjeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof edna
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof ednaHideane Santana
 
Ler e escrever tecnologias
Ler e escrever tecnologiasLer e escrever tecnologias
Ler e escrever tecnologiastecampinasoeste
 
Novos métodos para uma nova educação
Novos métodos para uma nova educaçãoNovos métodos para uma nova educação
Novos métodos para uma nova educaçãohorarioaesa
 
A planificação didáctica nova apresentação
A planificação didáctica   nova apresentaçãoA planificação didáctica   nova apresentação
A planificação didáctica nova apresentaçãoLourenço Neto
 
Projeto Sala do Educador.pdf
Projeto Sala do Educador.pdfProjeto Sala do Educador.pdf
Projeto Sala do Educador.pdfeminovacao
 
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...hawbertt
 

Mais procurados (18)

Pratica pedagogica baseada em metodologia ativa
Pratica pedagogica baseada em metodologia ativaPratica pedagogica baseada em metodologia ativa
Pratica pedagogica baseada em metodologia ativa
 
Especialização em ead
Especialização em eadEspecialização em ead
Especialização em ead
 
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe Assunção
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe AssunçãoPROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe Assunção
PROJETO DE PESQUISA - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET - RJ- UFF - Prof. Noe Assunção
 
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagem
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagemPré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagem
Pré-Projeto O uso da Tecnologia no processo de ensino/aprendizagem
 
Dissertação jorge pittan prof história ufsm
Dissertação jorge pittan prof história ufsmDissertação jorge pittan prof história ufsm
Dissertação jorge pittan prof história ufsm
 
Ensino com pesquisa
Ensino com pesquisaEnsino com pesquisa
Ensino com pesquisa
 
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdo
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdoAs metodologias ativas na comunicação com aluno surdo
As metodologias ativas na comunicação com aluno surdo
 
O uso do método ativo, aprendizagem baseada em
O uso do método ativo, aprendizagem baseada emO uso do método ativo, aprendizagem baseada em
O uso do método ativo, aprendizagem baseada em
 
DEFESA DE DISSERTAÇÃO - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...
DEFESA DE DISSERTAÇÃO  - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...DEFESA DE DISSERTAÇÃO  - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...
DEFESA DE DISSERTAÇÃO - MESTRADO PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR EM DESENVOLVI...
 
Artigo 7 saberes Andreucci
Artigo 7 saberes  AndreucciArtigo 7 saberes  Andreucci
Artigo 7 saberes Andreucci
 
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-095 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
 
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof edna
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof ednaProjeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof edna
Projeto de pesquisa. mestrado. corrigido prof edna
 
Ler e escrever tecnologias
Ler e escrever tecnologiasLer e escrever tecnologias
Ler e escrever tecnologias
 
Novos métodos para uma nova educação
Novos métodos para uma nova educaçãoNovos métodos para uma nova educação
Novos métodos para uma nova educação
 
Jean piaget
Jean piagetJean piaget
Jean piaget
 
A planificação didáctica nova apresentação
A planificação didáctica   nova apresentaçãoA planificação didáctica   nova apresentação
A planificação didáctica nova apresentação
 
Projeto Sala do Educador.pdf
Projeto Sala do Educador.pdfProjeto Sala do Educador.pdf
Projeto Sala do Educador.pdf
 
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...
Produção de significados sobre roldanas a partir do uso dos aplicativos “Físi...
 

Destaque (10)

Sites Web2.0
Sites Web2.0Sites Web2.0
Sites Web2.0
 
Bondes do Rio
Bondes do RioBondes do Rio
Bondes do Rio
 
05 colombiaprospera-2012
05 colombiaprospera-201205 colombiaprospera-2012
05 colombiaprospera-2012
 
Vortrag InternetWorld 2011
Vortrag InternetWorld 2011Vortrag InternetWorld 2011
Vortrag InternetWorld 2011
 
Perfil España
Perfil EspañaPerfil España
Perfil España
 
Ärgerkontrolle (German)
Ärgerkontrolle (German)Ärgerkontrolle (German)
Ärgerkontrolle (German)
 
Alpenparks Bad Hofgastein
Alpenparks Bad HofgasteinAlpenparks Bad Hofgastein
Alpenparks Bad Hofgastein
 
Expressões Idiomáticas
Expressões IdiomáticasExpressões Idiomáticas
Expressões Idiomáticas
 
Brochure Colcapital 2017
Brochure Colcapital 2017Brochure Colcapital 2017
Brochure Colcapital 2017
 
Presentación Colombia 2017
Presentación Colombia 2017Presentación Colombia 2017
Presentación Colombia 2017
 

Semelhante a Mudança na Educação com Tecnologias

Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovador
Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma InovadorInserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovador
Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovadorvanderleisiqueira
 
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-Tecnológica
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-TecnológicaTeorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-Tecnológica
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-TecnológicaDeise Diana Lava
 
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...ProfessorPrincipiante
 
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educação
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educaçãoTeorias pedagógicas e a cibercultura na educação
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educaçãolemedri
 
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaCibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaFranck Araujo
 
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.PROIDDBahiana
 
ApresentaçãO Tcc Fernanda Ribeiro
ApresentaçãO Tcc Fernanda RibeiroApresentaçãO Tcc Fernanda Ribeiro
ApresentaçãO Tcc Fernanda RibeiroFernanda Ribeiro
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...ProfessorPrincipiante
 
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensino
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensinoA tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensino
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensinoAlexandre Bento
 
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológicaTeorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológicaAngelica Rodrigues
 
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletDocencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletPROIDDBahiana
 
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletDocencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletPROIDDBahiana
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...Seminário Latino-Americano SLIEC
 
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professor
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professorParadigmas, práticas educativas e perfil do professor
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professorAndréa Kochhann
 
Agudo - Debora Schünemann
Agudo - Debora SchünemannAgudo - Debora Schünemann
Agudo - Debora SchünemannCursoTICs
 
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela Melaré
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela MelaréEducação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela Melaré
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela MelaréElizabeth Fantauzzi
 
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...ProfessorPrincipiante
 

Semelhante a Mudança na Educação com Tecnologias (20)

Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovador
Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma InovadorInserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovador
Inserção Das Tecnologias Na Educação A Partir De Um Paradigma Inovador
 
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-Tecnológica
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-TecnológicaTeorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-Tecnológica
Teorias pedagógicas e a cibercultura: Corrente Racional-Tecnológica
 
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...
TÍTULO DO TRABALHO: A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA COLETIVA REFLEXIVA NA FORMAÇ...
 
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educação
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educaçãoTeorias pedagógicas e a cibercultura na educação
Teorias pedagógicas e a cibercultura na educação
 
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaCibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
 
Apostila projeto político pedagógico fak
Apostila projeto político pedagógico   fakApostila projeto político pedagógico   fak
Apostila projeto político pedagógico fak
 
Artigo de tecnologia
Artigo de tecnologiaArtigo de tecnologia
Artigo de tecnologia
 
Artigo de tecnologia
Artigo de tecnologiaArtigo de tecnologia
Artigo de tecnologia
 
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.
Paradigmas e tendencias do ensino universitario Mendonca/Lelis/Cotta/CarvalhoJr.
 
ApresentaçãO Tcc Fernanda Ribeiro
ApresentaçãO Tcc Fernanda RibeiroApresentaçãO Tcc Fernanda Ribeiro
ApresentaçãO Tcc Fernanda Ribeiro
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
 
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensino
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensinoA tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensino
A tecnologia da informação e comunicação aplicada no ensino
 
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológicaTeorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
 
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletDocencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
 
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavalletDocencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
Docencia no-ensino-superior-pimenta-anastasiou-cavallet
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
 
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professor
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professorParadigmas, práticas educativas e perfil do professor
Paradigmas, práticas educativas e perfil do professor
 
Agudo - Debora Schünemann
Agudo - Debora SchünemannAgudo - Debora Schünemann
Agudo - Debora Schünemann
 
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela Melaré
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela MelaréEducação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela Melaré
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela Melaré
 
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 

Último (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

Mudança na Educação com Tecnologias

  • 1. MUDANÇA PARADIGMÁTICA NO USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO SOFFA, Marilice Mugnaini – PUCPR marilice.soffa@pucpr.br SANTOS, Vanderlei Siqueira dos – PUCPR irvanderlei@marista.org.br BEHRENS, Marilda Aparecida – PUCPR marilda.aparecida@pucpr.br Área Temática: Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: Não contou com financiamento Resumo O presente artigo apresenta um estudo realizado em um processo de pesquisa-ação realizado com 21 docentes que freqüentaram a disciplina de Paradigmas Educacionais na Prática Pedagógica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Stricto Sensu, de uma Universidade particular de grande porte. A formação continuada num processo de pesquisa- ação dentro do Programa teve como objetivo, contribuir em um aprofundamento dos paradigmas que geram as compreensões de ensino e aprendizagem que se colocam sob postas à formação dos profissionais que utilizam as tecnologias como uma ferramenta didática e inovadora. O estudo permitiu questionar a superação de práticas tecnicistas e a busca do respaldo na abordagem holística. Incluiu também a investigação das condições e da mediação das tecnologias na educação que podem favorecer processos harmoniosos de construção do conhecimento. Respaldado em autores como Behrens (1998, 2005, 2007), Cardoso (1995), Freire (1992), Morin (2000, 2004) e Capra (1996) quando tratam da fragmentação do conhecimento nos paradigmas conservadores, a busca da visão de totalidade (superação do pensamento Newtoniano-Cartesiano) e uma contribuição da abordagem holística (Paradigma Inovador) unido às tecnologias como ferramentas na educação. Autores como Lévy (1999), Leite (2003) e Oliveira (2001) permitiram versar sobre as tecnologias inseridas em contexto educativo. Este estudo teve a intenção de provocar uma reflexão sobre o tema e motivar novos pesquisadores a continuar o debate. Concluiu-se por meio de reflexão individual e coletiva que, para superar o tecnicismo no uso das tecnologias, na busca da ótica da totalidade e da abordagem holística há necessidade de transformar estas em recursos potencialmente favoráveis para a educação, porém solicita do docente, ousadia e coragem para se despir da velha abordagem educacional cuja ênfase está na fragmentação do conhecimento. Palavras-chave: Paradigmas; Tecnologias na educação; Prática pedagógica; Formação de professores.
  • 2. 4256 Introdução A presença inegável da tecnologia na sociedade contemporânea constitui a primeira base para que haja necessidade de sua presença na escola. De forma que “a escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar” (PERRENOUD apud OLIVEIRA, 2001, p. 7). No entanto, a simples presença desta no processo pedagógico não significa mudança significativa na prática pedagógica. Significa dizer que a melhoria na prática pedagógica será determinada pelo uso adequado e crítico que se faz destas. Para melhor contextualizar o tema optou-se por refletir sobre a inserção das tecnologias na educação a partir dos paradigmas que a sustentaram historicamente. Nessa perspectiva, localizamos o paradigma newtoniano- cartesiano representado na abordagem educacional conservadora e tecnicista, modelando o pensamento e a prática dos professores em relação às tecnologias na educação. O século XXI apresenta-se como o marco histórico que desafia e indica a insuficiência dos referenciais conservadores. Assim, por meio das leituras e discussões individuais e coletivas pudemos fazer uma imersão nas proposições da abordagem holística em educação, a partir do novo paradigma da complexidade em especial, com uma visão crítica de uma opção pelo trabalho docente com utilização de tecnologias que ofereçam um processo educativo que propicie a produção/construção do conhecimento e ofereça qualidade a esta prática pedagógica. O trabalho com as tecnologias se constitui fator importante para a passagem do paradigma conservador ao inovador. O surgimento destas ferramentas permite práticas docentes respaldadas em um modelo emergente de produção e apropriação de saberes. As possibilidades oportunizadas pelas tecnologias na educação têm colaborado para avanços pedagógicos e metodológicos significativos. Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa-ação foi realizada dentro do Programa de Pós-Graduação em Educação de uma Universidade de grande porte, envolvendo os 21 participantes da disciplina-pesquisa de Paradigmas Educacionais na Prática Pedagógica, a qual tem como objetivo a investigação da prática pedagógica dos professores universitários e a busca da formação para atuarem de maneira inovadora na docência.
  • 3. 4257 O paradigma newtoniano-cartesiano e a abordagem tecnicista na inserção das tecnologias na educação O modo como as instituições sociais estão organizadas advém da relação dialética que estas estabelecem com os paradigmas nos diversos períodos históricos. Nessa perspectiva, não há como apreender a relação entre educação e tecnologia sem compreender os paradigmas que a sustentam. O termo paradigma tem sua origem do grego paradeigma que significa modelo ou padrão (VASCONCELLOS, 2002). Os paradigmas funcionam como óculos (regulamentos e regras) pelos quais, o ser humano faz a leitura da realidade, julgando e classificando os fenômenos. “Assim, os indivíduos conhecem, pensam e agem segundo paradigmas inscritos culturalmente neles” (MORIN, 2000, p. 25). Os paradigmas possuem um sentido relevante, pois fornecem referenciais para a organização da sociedade. Por outro lado, podem limitar a visão quando o ser humano resiste aos processos de mudanças e insiste em manter velhas tradições e costumes que lhe garantem segurança naquele momento e não se atualizam para acompanhar o movimento na história. Na década de 1970, o inglês Thomas Kuhn, na obra “A estrutura das revoluções científicas” conceitua o termo paradigma como sendo “as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (KUHN, 2003, p. 13). Para o autor, o surgimento de novos paradigmas se deve à crise de antigos valores e às novas descobertas. Na história da ciência, dois paradigmas foram universalmente reconhecidos e durante vasto período referendaram a ação humana. Até a Idade Moderna, o paradigma universal era o metafísico, onde a Igreja era concebida como depositária universal da verdade, sendo, a razão, serva da fé. O paradigma cartesiano tem como ponto central a concepção de que os fenômenos podem ser analisados e compreendidos se forem reduzidos às partes que os constituem. Ao conhecer uma parte de um sistema, o pesquisador chegará ao conhecimento de seu funcionamento (CAPRA, 1996). A supervalorização da mente em detrimento do corpo originou uma avalanche de dicotomias, apoiadas na fragmentação do conhecimento e na concepção linear e mecanicista da história (VASCONCELLOS, 2002). Nesse paradigma, o
  • 4. 4258 ser humano é senhor do mundo, pois se dá o direito de transformar, explorar, servir-se e escravizar a natureza (CAPRA, 1996). Na área da educação, o paradigma newtoniano-cartesiano levou à fragmentação do conhecimento e a supervalorização da visão racional. Propôs a primazia da razão sobre a emoção, dividiu o conhecimento em áreas, cursos e disciplinas e atingiu a prática pedagógica do professor (BEHRENS; OLIARI, 2007). Esse paradigma apresenta-se bem definido enquanto orientador de práticas educativas, apresentando idéias e pressuposições muito bem delineadas. Constitui-se em estruturas mais gerais e determinantes não só da forma de conceber a educação, mas da forma de agir educacionalmente. De acordo com Behrens (2005), o paradigma newtoniano-cartesiano influenciou fortemente as abordagens educacionais tradicional, escolanovista e tecnicista. Para Saviani (1985), estas abordagens pedagógicas caracterizam-se como teorias não críticas, cuja crença reside na idéia de que a educação é a panacéia milagrosa capaz de erradicar a marginalidade de nossa sociedade. Estudar a abordagem tecnicista, portanto, pode ajudar a entender o contexto da introdução das tecnologias na escola brasileira em 1960 e esclarecer por que se formou sobre o assunto certo preconceito no meio educacional. A proposta de levar para a sala de aula qualquer novo equipamento tecnológico que a sociedade industrial vinha produzindo de modo cada vez mais acelerado foi uma das pontas de um contexto político-econômico mundial como produtor e consumidor de bens, em perspectiva de um desenvolvimento associado ao capital estrangeiro. Na educação, isso se traduziu na defesa de um modelo tecnicista, preconizando o uso das tecnologias como fator de modernização da prática pedagógica e solução de todos os seus problemas (LEITE et al, 2003). A inserção das tecnologias, nessa perspectiva, ocorreu em um contexto marcado pela racionalidade técnica advindo do paradigma cartesiano. É dentro desse contexto de racionalidade, de eficiência, de eficácia e de produtividade alinhados com os interesses do capital que localizamos a teoria pedagógica tecnicista. Esta teoria percebe a sociedade como um sistema harmônico e funcional, e a escola como a instituição que organiza, por meio de técnicas específicas, o processo de integração do indivíduo neste sistema. No entender de Saviani (1985, p. 16), a pedagogia tecnicista, na busca de neutralidade científica, procurou “planejar a educação de modo a dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem por em risco sua eficiência”. A
  • 5. 4259 educação se constitui, assim, um movimento fechado em si mesmo, sem qualquer tipo de interação com o seu entorno ou com questões sociais. As modernas tecnologias se destinam, portanto, à resolução de problemas internos, surgidos dentro de um âmbito reduzido. No âmbito pedagógico, a ênfase da prática educativa recai na técnica pela técnica, buscando em manuais, instruções sobre como organizar o processo de ensino. O advento da revolução industrial exige do ensino uma abordagem técnica, a qual vai ao encontro das metodologias de reprodução do conhecimento. Na abordagem tecnicista, a escola cumpre o papel fundamental de treinar os alunos, funcionando como modeladora do comportamento humano em decorrência das exigências da sociedade capitalista. O professor, entendido como um engenheiro comportamental, de acordo com a teoria behaviorista, caracteriza sua aula pela transmissão e reprodução do conhecimento e converte sua prática em uma busca incessante dos comportamentos desejados, utilizando, para isso, o condicionamento arbitrário. O aluno apresenta-se como um expectador frente à realidade objetiva e aprende mediante as técnicas de estímulo e reforço. É considerado competente quanto maior a capacidade de seguir à risca os manuais de instruções. A metodologia assenta na repetição e no treino como forma de retenção de conteúdos. A avaliação visa o produto e a preocupação é se o aluno alcançou ou não os objetivos (BEHRENS, 2005). Em práticas pedagógicas fundamentadas na teoria tecnicista, cuja ênfase reside na reprodução do conhecimento, nas aulas expositivas e nos exercícios repetitivos, as tecnologias na educação aparecem como ferramentas para facilitar a reprodução fiel de conteúdos auxiliando a assimilação e a repetição. O acento não reside sobre o professor ou o aluno, mas nos próprios meios sem se questionar suas finalidades. Desse modo, a utilização de tecnologias na escola tecnicista foi associada a uma visão limitada de educação onde a função do aluno é aprender a fazer. Esse contexto tecnicista levou os professores a desconfiarem da efetiva contribuição das tecnologias na educação. Autores como Sá Filho e Machado (2003, p. 1) começam a questionar se a simples inserção das tecnologias na educação, como aconteceu a partir de 1960, significa, de fato, melhoria na prática pedagógica ou se esta será determinada pelo uso adequado que se faz. Nessa perspectiva, a visão tecnicista e os pressupostos do paradigma newtoniano- cartesiano não respondem mais aos desafios da sociedade contemporânea. Isso motiva
  • 6. 4260 pesquisadores como Capra (1996) e Morin (2000) a sugerirem que o paradigma conservador, baseado nos velhos hábitos de escutar, ler, decorar e repetir dá lugar a um outro mais condizente com as necessidades pós-modernas, o qual é nomeado de paradigma da complexidade e sugere a construção do conhecimento baseado em relações dialética críticas e reflexivas. Sem perder de vista as abordagens progressista e ensino com pesquisa, buscamos alicerçar a proposta de inserção das tecnologias, enquanto ferramentas pedagógicas, na educação, a partir dos referenciais também da abordagem holística. Acreditamos que a aliança entre essas abordagens possibilitam a superação de visões conservadoras e de práticas tecnicistas na relação da educação com as tecnologias. Embora a investigação tenha caminhado no tripé da abordagem holística, progressista e do ensino com pesquisa, optamos pelo aprofundamento da visão holística e seus reflexos na utilização dos recursos tecnológicos na prática pedagógica. A abordagem holística e a busca pela visão de totalidade no uso da tecnologia na educação Estamos passando por um processo de transição paradigmática que impõe novas abordagens na maneira de olhar o mundo. De acordo com Morin (2004), há um crescente apelo para substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une, um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento complexo, tecido na coletividade. Os paradigmas inovadores apresentam uma nova visão de mundo. A teia proposta por Behrens (2005) para atender um paradigma da complexidade pode ser formada pelas abordagens progressista, holística ou sistêmica e do ensino com pesquisa. Essas possibilitam a aproximação de referenciais de amplo valor para uma prática pedagógica mais adequada e que dê conta dos desafios da sociedade atual. Referindo-se à formação de professores, a aliança de pressupostos dessas três concepções inovadoras supera visões reducionistas e reprodutivistas do antigo paradigma conservador. A união destas abordagens conectada a um ensino com subsídio das tecnologias, sendo usada como uma ferramenta de aprendizagem é fundamental na construção de metodologias e atuações docentes inovadoras.
  • 7. 4261 Durante o processo de pesquisa-ação optamos por aprofundar a visão holística e suas possíveis contribuições na prática pedagógica dos docentes que utilizam as tecnologias como ferramentas inovadoras na educação. O entendimento do todo, passou a ser discutido a partir do século XX, quando a “perspectiva holística tornou-se conhecida como sistêmica, e a maneira de pensar que ela implica passou a ser conhecida como pensamento sistêmico” (CAPRA, 1996, p. 33). Tudo gira em torno de uma prática pedagógica que envolve a totalidade das partes, não existindo mais espaço para uma prática pedagógica isolada, reducionista e fragmentada. Segundo Capra (1996, p. 45) “na natureza, não há ‘acima’ ou ‘abaixo’, e não há hierarquias. Há somente redes aninhadas dentro de outras redes”. A visão holística de ensino se dispõe a resgatar o ser humano na sua totalidade, por isso, o aluno é incitado a desenvolver inteligências múltiplas, utilizando os dois lados do cérebro e a buscar uma formação profissional mais humana e ética. Além do mais, ela se preocupa com a educação integral do aluno e acredita na possibilidade de que todos os fenômenos do universo estão intrinsecamente relacionados. Não é por acaso que Cardoso (1995, p. 51) afirma que “educar holisticamente, portanto, é estimular no aluno o desenvolvimento harmonioso das dimensões da totalidade pessoal: física, intelectual, emocional e espiritual”. A abordagem holística parte da concepção de que o todo é maior do que a soma das partes. No âmbito da educação isso implica em conceber o mundo de maneira holística, como um todo integrado e não como uma coleção de partes dissociadas, numa percepção profunda que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos (CAPRA, 1996). A abordagem holística rejeita a dicotomia entre homem e natureza, e propõe uma postura de integração entre esses dois pólos que permita um grau de compreensão voltado para a interação de processos, a multiplicidade das interpretações, a hetoregeneidade de mundos possíveis, de observadores e leituras possíveis. Nesse sentido, Cardoso (1995, p. 47) nos lembra que: [...] continua sendo pertinente caracterizar a abordagem holística em educação, uma vez que esta tendência a rigor não se enquadra em nenhuma das classificações conhecidas. Mesmo apresentando pontos semelhantes a outras linhas educacionais, a educação holística atual merece um tratamento independente em razão de certas especificidades.
  • 8. 4262 Com essa visão, Behrens (2005) caracteriza e apresenta os pontos significativos da abordagem holística para aluno, professor, metodologia de ensino, avaliação e escola. O aluno nesta visão é um ser complexo que vive num mundo de relações. Considerado pelas inteligências múltiplas e pelos dois lados do cérebro, ele vive coletivamente, mas é único, indiviso, competente e valioso. O aluno como um todo, ao acessar o conhecimento, deve ser ético, crítico e construtor de uma sociedade justa e igualitária. Para Behrens (2005), o professor nesta visão tem papel na superação do paradigma da fragmentação do conhecimento e busca caminhos alternativos que alicercem uma ação docente relevante, significativa e competente. Instiga os alunos para a recuperação de valores perdidos na sociedade moderna e visualiza o aluno como um ser pleno. Igualmente, instiga seus alunos para o uso dos dois lados do cérebro (ou seja, razão e intuição). Neste contexto, Cardoso (1995, p. 56) afirma que: A aprendizagem holística não é fruto apenas de estudos interdisciplinares, visando superar a fragmentação curricular. É indispensável também a vivência globalizante dos conteúdos [...] a aprendizagem não está centrada no professor, nem no educando, mas no encontro experencial entre eles. A abordagem holística não possui uma única opção metodológica. A prática pedagógica é crítica, produtiva, reflexiva e transformadora. Há o equilíbrio entre os pressupostos teóricos e práticos com uma interdependência direta e focalizada na visão de totalidade. A metodologia possibilita as relações inter-pessoais do ser humano, visando a busca da ética, da harmonia e da conciliação. Ou seja, a “aprendizagem holística em educação busca constituir uma teoria da aprendizagem mais sistematizada e consistente que fundamente a prática de ensino” (CARDOSO, 1995, p. 53). A reflexão sobre a prática educativa em sua totalidade não está centrada nem no educador, nem no educando, nem no conteúdo e nem nos métodos, mas situada nas relações estabelecidas entre estes vários componentes. O essencial, segundo Freire, é “saber quem escolhe os conteúdos, a favor de quem e de que estará o seu ensino, contra quem, a favor de que, contra que” (1992, p. 110). A avaliação é realizada durante o processo e está a serviço da construção do conhecimento e tem como premissa uma melhor qualidade de vida. Nesta visão avaliativa percebe-se que o erro pode vir a ser um caminho do acerto. O momento da avaliação é significativo e o erro pode ser pretexto para desafiar o grupo e o próprio aluno a encontrarem
  • 9. 4263 o caminho do sucesso. Consideram-se as inteligências múltiplas no processo avaliativo holístico. Ao analisar a trajetória de inserção das tecnologias na educação e das práticas pedagógicas com essas ferramentas, partimos do pressuposto de que a adoção de determinada abordagem ou teoria educacional determina a relação e a função do professor e do aluno no processo pedagógico. Nessa perspectiva, passamos a refletir sobre a mediação das tecnologias a partir da abordagem holística em educação. Na perspectiva da educação inovadora a inserção das tecnologias na Educação formal ultrapassa a visão tecnicista propulsora daqueles preconceitos que nos referimos anteriormente. As tecnologias apresentam-se como ferramentas de suporte ao desenvolvimento cognitivo e afetivo. Não apresentam um fim em si mesmas, mas estão a serviço do processo pedagógico. A primeira contribuição que podemos buscar na abordagem holística, no tocante à utilização das tecnologias na educação, refere-se à ótica da totalidade. No Brasil, especificamente, com o crescimento de um pensamento educacional mais crítico a partir de 1980, em questionamento às práticas tecnicistas, a inserção da tecnologia na educação passou a ser compreendida como uma opção que pode propiciar uma educação contextualizada com as questões sociais e suas contradições, visando o desenvolvimento integral do ser humano e sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilizar tecnologia, é necessário inovar a prática pedagógica. A grande questão para a escola passou a ser a construção de um projeto pedagógico que permitisse a formação de cidadãos plenos. As tecnologias estarão inseridas nesse projeto como uma das maneiras de proporcionar aos professores e alunos uma relação profunda com o conhecimento. Ao trabalhar com as tecnologias, de forma crítica, o professor estará criando condições para que o aluno consiga lidar com as tecnologias da sociedade apropriando-se delas como sujeito (LEITE et al, 2003). Lévy (1999) recomenda que, quando tratamos de tecnologia é indispensável prestar atenção para não usá-la a qualquer custo. Antes, porém, sinaliza para que se considere o entorno da proposta pedagógica. Existem questões sociais, políticas e culturais que precisam ser consideradas. Um viés que privilegie o todo no processo de ensino e aprendizagem não pode prescindir da cultura do aluno, da consideração de seus conhecimentos prévios a cerca dos novos conteúdos, sua relação com as tecnologias fora da escola, tampouco da cultura do professor e de seu posicionamento em relação aos conteúdos, as tecnologias e a função da
  • 10. 4264 escola. Trata-se, portanto, de superar o ensino exclusivamente técnico da inserção da tecnologia na educação. Numa segunda contribuição da abordagem holística na inserção das tecnologias na educação, investigamos sua influência a partir da visão de aluno, professor, metodologia e avaliação. Tais concepções direcionam a função do professor e aluno na prática pedagógica com as tecnologias. Concebendo o aluno como ser complexo, envolto em um mundo de relações e ao mesmo tempo, um ser coletivo e individual, social e único a abordagem holística nos convida a uma visão de totalidade, identificando o contexto da escola, as intencionalidades acerca dos conteúdos curriculares e a realidade dos próprios sujeitos da aprendizagem. Nessa perspectiva, percebemos que o aluno de hoje é um sujeito particular, diferente que apresenta perfis particulares de inteligência. Alfabetizado na linguagem midiática, desde pequeno, muitas vezes, é mais habilidoso na utilização das tecnologias do que o próprio professor. Isso nos remete à mudança de concepção da função do professor. Na perspectiva da abordagem holística, o professor supera posições hierárquicas e autoritárias, faz do magistério um momento de inter-relação, de encontro e de troca de experiência. Enquanto organizador e maestro do processo de ensino e aprendizagem e pessoa gabaritada e de experiência, acompanha o desempenho dos alunos com as tecnologias, potencializando oportunidades e corrigindo desvios. As tecnologias podem trazer dados, imagens, resumos, de forma rápida e atraente. Isso, no entanto, não garante o conhecimento. O papel do professor é ajudar o aluno a interpretar esses dados, relacioná-los e contextualizá- los. Ao possibilitar a relação entre teoria e prática, a busca de uma visão reflexiva e crítica a metodologia conduz à transformação social. As tecnologias, pela própria pedagogia que dispõem enquanto facilitadoras de metodologias colaborativas, favorecem o diálogo e o encontro das pessoas. Ao favorecer processos de comunicação, as tecnologias conduzem à transformação social. Por conceber a educação de maneira ampla e entender que a aprendizagem tem precedência ao ensino, a abordagem holística concebe a avaliação de maneira formativa. Ela acontece durante o processo e no final dele. Serve como diagnóstico para modificar a intervenção do professor e as próprias ferramentas enquanto ainda existe tempo hábil. A avaliação formativa permite ao professor identificar se a escolha das ferramentas foi
  • 11. 4265 adequada, permite corrigir rotas de mediação e dá respaldo se os alunos estão ou não construindo conhecimento. Deixamos como indagação para continuarmos a reflexão a seguinte questão: Perante a superação de práticas tecnicistas e o respaldo na abordagem holística, de que forma e em que condições a mediação das tecnologias na educação pode favorecer processos harmoniosos de produção do conhecimento. A visão tecnicista advinda da sociedade capitalista mercadológica conduziu-nos a uma corrida desenfreada por uma educação pragmática, utilitarista, calcada em resultados, na maioria, de ordem econômica. Isso esmoreceu a criatividade e aniquilou a visão de ser humano. No texto “Serenidade”, o filósofo alemão Heidegger (2001) nos apresenta uma pista, a qual pode ajudar a pensarmos essa questão. O autor reflete sobre a essência da técnica moderna mostrando a necessidade de recuperar aquilo que ele chamou de pensamento meditativo. Não se trata de negar a técnica, obviamente, mas de repensar a nossa relação com ela. Trata-se, portando de substituir um pensamento que calcula por um pensamento que medita. O apelo do filósofo ao longo do texto é para que mantenhamos acordado o pensamento. Para Heidegger, a técnica não é um instrumento neutro e pode ser usado tanto para o bem como para o mal. A questão não é, então, a da técnica propriamente dita, mas a da relação do ser humano com a técnica. O perigo depende do uso que se faz da técnica. É nessa relação com o mundo que o pensamento meditativo se mostra diferente, não permitindo que a tecnologia na educação tenha primado absoluto ou que seja concebida de maneira neutra, mas que esteja a serviço de projetos pedagógicos consistentes, potencializando metodologias e melhorando as aprendizagens, concebendo o aluno e a educação de maneira holística. Considerações finais Concluímos o presente relato de pesquisa realizado ao longo de uma caminhada com 21 professores universitários mediados pela professora-pesquisadora. A partir de uma problematização (como propor uma ação docente que oportunize aprendizagem criativa, crítica e transformadora assentada em referências teóricas e práticas que subsidiem a prática educativa com paradigmas pedagógicos inovadores? Quais os referenciais que caracterizam o paradigma da complexidade e como aplicá-lo na prática pedagógica?) foi possível construir um processo individual e coletivo de produção do conhecimento. O caminho percorrido
  • 12. 4266 envolveu paradigmas conservadores e inovadores e suas influências na prática pedagógica de professores. A intenção foi provocar uma reflexão sobre o tema em questão e motivar novos pesquisadores a continuar o debate e se possível, reconstruir suas práticas docentes. A sociedade aprendente, de modo geral, tornou-se exigente e, conseqüentemente, a responsabilidade do professor aumentou. Daí, o aprender a aprender tornou-se a condição básica para quem desejar realmente, sobreviver no mundo de trabalho competitivo. Desta forma, as mudanças significativas no processo de ensino-aprendizagem, requerem do professor ousadia e coragem para se despir do velho sistema educacional cuja ênfase está na fragmentação do conhecimento. Isto significa que é importante ultrapassar o pensamento newtoniano-cartesiano. Deste modo, indagamos: temendo as mudanças, não estaríamos nós alimentando a pedagogia da certeza, onde o aluno passivamente espera do professor a “verdade absoluta”, sem, contudo, questioná-la? Chegou a hora de suprir a pedagogia da certeza e dos saberes pré-fixados por uma pedagogia da pergunta. Em suma, por uma pedagogia da complexidade, que saiba “trabalhar com conceitos transversáteis, abertos para a surpresa e imprevistos” (ASSMANN, 2003, p. 33). Trata-se de um processo de ensino-aprendizagem que alicerçada na problematização de temas, transforma a sala de aula em um espaço democrático para debate de idéias e, por conseguinte, o professor assume de maneira consciente seu papel de mediador neste processo. Neste processo investigativo, foi possível refletir que, as tecnologias na educação, como afirmado neste estudo, apresentam-se como ferramentas de suporte ao desenvolvimento cognitivo e afetivo, considerando a inter-relação. Portanto, não pode ser adotada somente como uma tecnologia potencialmente favorável para a educação, mas, sim, adotá-la como ferramenta cognitiva importante, especialmente se usada em ambientes que buscam a produção/construção do conhecimento. Em suma pudemos refletir que, mudar com sucesso o paradigma requer convicção, envolvimento e opção por uma prática pedagógica que possibilite a construção de caminhos próprios, de professores e alunos, que busquem a autonomia na produção do conhecimento e a qualidade no processo pedagógico com o uso das tecnologias.
  • 13. 4267 REFERÊNCIAS ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: Rumo à sociedade aprendente. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação pedagógica e os desafios do mundo moderno. In: MASETTO, Marcos Tarciso. (org.). Docência na universidade. Campinas, SP. Papirus, 1998. BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. BEHRENS, Marilda Aparecida; OLIARI, Anadir Luiza Thomé. A evolução dos paradigmas na educação: do pensamento científico tradicional à complexidade. Revista Diálogo Educacional. Curitiba: Champagnat, v. 7, n. 22, p. 53-66, set/dez, 2007. CAPRA, Fritjof. A teia da vida: Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996. CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. A Canção da Inteireza: Uma visão holística da educação. São Paulo: Summus, 1995. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 10 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Jean Piaget, 2001. LEITE, Ligia Silva et al. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. MORIN, Edgar. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000. OLIVEIRA, Celina Couto. Ambientes informatizados de aprendizagem: Produção e avaliação de software educativo. Campinas, SP: Papirus, 2001. SÁ FILHO, Clovis; MACHADO, Elian de Castro. O computador como agente transformador da educação e o papel do objeto de aprendizagem. Disponível em: <http://www.universia.com.br >. Acesso em: 26 jun. 2008. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 8 ed. São Paulo: Cortez - Autores associados, 1985.
  • 14. 4268 VASCONCELLOS, Maria José Esteves. Pensamento sistêmico: novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus, 2002. WIKIPÉDIA. Paradigma. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma>. Acesso em: 5 mai. 2007.