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BENJAMÍN
MINHA TRIBO
MI TRIBU
BENJAMÍN
MINHA TRIBO
MI TRIBU
2014
Minha Tribo
(Mi Tribu)
Tradutor/Traductor
Jonathan Sánchez de la Blanca Rivero
Revisão Técnica/Revisión Técnica
Jorge Luiz Souza Elias
Editor e Revisor/Edictor y Revisor
Sérgio Rodrigues de Souza
Apresentação/Presentación
Sérgio Rodrigues de Souza
Ensaio Analítico/Ensayo Analítico
Thadeu Togneri Moreira
Minha Tribo
(Mi Tribu)
2014 Benjamín
Copyright by Benjamín
Diagramação:
Edição: Prof. Sérgio Rodrigues de Souza
Revisão Técnica: Jorge Luiz Souza Elias
Revisão Gramatical e Linguística: Prof. Sérgio Rodrigues de Souza
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
Sérgio Rodrigues de Souza (Editor)
M204p
BENJAMÍN.
Manancial (Edição Bilíngüe)/Benjamín –
Vitória (ES), 2014 - 200p.
1. Literatura 2. Poesia 3. Romance - Brasil
I. Título II. Autor
ISBN: 978-85-917332-2-4
CDD - B869.1
CDU - 82
Dedicatória
À minha tribo
Ao meu clã
(em especial ao “Guilo” absurdamente substraído)
Aos meus descendentes
(futuro de meu país)
Dedicatoria
A mi tribu
A mi clan
(en especial al “Guilo” absurdamente substraído)
A mis descendientes
(futuro de mi país)
Apresentação
Apresentar um livro de poesias está entre as tarefas mais severas a que pode ser
submetido um ser humano... E tal é pelo fato de que a poesia caracteriza-se
como a mais sublime expressão do que encontra-se reprimido e que pode ser na
forma de uma nostalgia, um sentimento de raiva, uma necessidade de colocar
para fora tudo aquilo que transforma o ser em um não ser, o intangível e
invisível em algo dotado, não só de vida e pulsão, mas palpável e ainda
compreensível. Mas, eis a questão: “como compreender aquilo que existe para
ser incompreensível?” “Com que autoridade invadimos a privacidade
inconsciente de um indivíduo que faz-se autor por meio da expressão de seu
dáimon?”
Célia Bertin (1990) disse que cada tempo possui sua arte e cada arte a sua
liberdade. A expressão poética é uma relação do “eu” conhecido com um “eu”
supostamente conhecido, ou seja, o artista julga ser conhecedor de seu mundo e
expressa o que sente, mas este sentimento é algo que não pode ser dominado,
porque inconsciente.
O momento político por que atravessa o nosso país pode ter sido a alavanca que
fez brotar no autor, Benjamín, as condições que possibilitaram a criação dos
poemas que ora tem-se à disposição do leitor. O caráter existencialista que as
mesmas possuem, marcadas pela abrangência de surrealismo e, por vezes, um
pessimismo quanto ao futuro, partindo de leituras épicas do presente e de uma
nostalgia dorida com relação a um passado que, mesmo podendo ser restituído,
não teria mais o brilho de outrora, porque faltam os elementos mágicos que
construíram a magnitude de uma nação.
Presentación
Presentar un libro de poesías está entre los quehaceres más severos a los que
puede ser sometido un ser humano… Es así por el hecho de que la poesía se
caracteriza como la más sublime expresión de lo que se encuentra reprimido ya
sea en forma de nostalgia, un sentimiento de rabia, una necesidad de colocar
para fuera todo aquello que transforma el ser en un no ser, lo intocable e
invisible en algo dotado, no sólo de vida y pulso, sino también en algo palpable
y comprensible. Pero, e aquí la cuestión: “¿cómo comprender aquello que existe
para ser incomprensible?” “¿con qué autoridad invadimos la privacidad
inconsciente de un individuo que se hace autor por medio de la expresión de su
espíritu?”
Célia Bertin (1990) dice que cada tiempo posee su arte y cada arte su libertad.
La expresión poética es una relación del “yo” conocido como un “yo”
supuestamente conocido, o sea, el artista juzga ser conocedor de su mundo y
expresa lo que siente, pero ese sentimiento es algo que no puede ser dominado,
porque es algo inconsciente.
El momento político por el que atraviesa nuestro país puede haber sido la
palanca que hizo brotar en el autor, Benjamín, las condiciones que
posibilitaron la creación de los poemas que están a disposición del lector. El
carácter existencialista que los mismos poseen, marcados por la dureza del
surrealismo y, a veces, de un pesimismo en relación al futuro, partiendo de
lecturas épicas del presente y de un recuerdo doloroso con relación a un pasado
que, aunque pudo ser sustituido, no tendría más el brillo de antaño, porque
faltan los elementos mágicos que construyeron la magnitud de una nación.
Partindo da concepção de que os dias passados são lembranças melhores do que
a apreciação do presente, trazendo aqui as palavras de Francesca da Rimini, de
que não há dor maior do que lembrar dos dias felizes nos momentos de
angústia. Os poemas, neste livro, expressos, demonstram a amargura do desejo
do autor em estar em sua terra mãe, a mesma que acolhe os seus. Na Grécia
Clássica, o castigo mais severo a um cidadão era o desterro. Ainda somos
herdeiros deste sentimento nato de ligação fusional com a Terra aonde foi-se
gerado. Com isto não quero dizer que o autor esteja angustiado, apenas um
pouco melancólico, poder-se-ia dizer. Mas é isto, é esta dualidade emocional, o
repouso do guerreiro que, aparentemente, jamais se cansa que faz da poesia
existencialista o que ela é: um encanto que explode do interior para o exterior
sem pedir licença, um ato libidinoso sacralizado, uma paixão em êxtase!
O autor, Benjamín, é um entusiasta da literatura poética clássica e quando eu
tive a grande honra e a oportunidade de conhecê-lo, estava a minha frente um
grande conhecedor nato acerca da physis antropológica. E, ao seguirmos
trabalhando foi-se apresentando, cada vez mais o “ser humano” que habitava
em sua caverna particular: um apaixonado pela vida, pelo trabalho que
exercia... De uma forma que eu jamais tinha visto até então. Suas preleções
eram, já naquele momento, encantadoras. Dotado de uma fé inabalável,
apresentava a religião como um meio pelo qual o homem poderia tornar-se algo
mais, o que Friedrich Nietzsche chamou de uma fé católica.
Partiendo de la idea de que los días pasados son recuerdos mejores que la
apreciación del presente, trayendo aquí las palabras de Francesca da Rimini, de
que no hay dolor mayor que recordar los días felices en los momentos de
angustia. Los poemas, en este libro escritos, demuestran la amargura del deseo
del autor en estar en su tierra natal, la misma que acoge a los suyos. En la
Grecia Clásica, el castigo más severo impuesto a un ciudadano era el destierro.
Aún somos herederos de este sentimiento nato de unión con la tierra donde se
fue creado. Con esto no quiero decir que el autor esté angustiado, sólo un poco
melancólico, podríamos decir. Pero es esto, este duelo emocional, el reposo del
guerrero que, aparentemente, jamás se cansa, lo que hace de la poesía
existencialista lo que es: un encanto que explota de dentro para fuera sin pedir
permiso, un acto libidinoso sagrado, una pasión en éxtasis!
El autor, Benjamín, es un entusiasta de la literatura poética clásica, y cuando
yo tuve la oportunidad de conocerlo, estaba ante mí un gran conocedor nato
sobre la physis antropológica. Y, al seguir trabajando juntos, se fue
presentando cada vez más el “ser humano” que habitaba en su caverna
particular, un apasionado por la vida, por el trabajo que ejercía… De una
forma que yo jamás había visto hasta entonces. Sus exposiciones eran, ya en
aquel momento, encantadoras. Dotado de una fe inamovible, presentaba la
religión como un medio por el cual el hombre podría volverse algo más, lo que
Friedrich Nietzsche llamó de una fe católica.
O que mais encanta nos poemas que ler-se-á a seguir são a leveza que
apresentam ao primeiro instante, mas que em sua essência trazem um peso ad
absurdum caracterizado por esta mesma magia que os escondem num dialeticum
peso-leveza, contrariando as regras [quase] sutis do existencialismo.
Benjó é um poema que trata do devir de um ser que irá liderar os futuros
guerreiros na libertação dos patriotas dos grilhões do pseudo-patriotismo. Em
sua essência prenuncia a ligação fraternal entre aqueles que, por injunção
divina, deixam aflorar o desejo de conceber à luz àquele que, mesmo sem o
saber, detém o poder de despertar e provocar a alegria e a felicidade, primeiro ao
micro cosmo, depois ao macro cosmo, tomando, como suporte as palavras do
autor, ao afirmar que Ele foi
“Concebido pela esperança reprimida Dos que procuravam consagração.
Dos que procuravam consagração.
(...)
Destinado [já desde o início] a reinar pelo amor (BENJAMÍN). [Grifos meus]
O poema Minha Tribo pode ser dividido em três momentos distintos: em sua
entrada uma elegia, um conto nostálgico sobre o que um dia fora a cultura e
todo um povo em sua glória ascendente! Ao seguir as linhas vê-se que todo este
esplendor foi destruído por palavras de carinho que, hoje, ao serem trazidas à
memória, soam mais pesadas que as promessas [que foram] quebradas. Em seu
final, traz o sonho imaculado de voltar à grandeza inocente de outrora que
junto a esta fantasia viria a alegria de uma liberdade construída e, para tanto,
continuam,
Lo que más encanta en los poemas que leeremos a seguir es la ligereza que
presentan al primer instante, pero que en su esencia traen un peso ad absurdum
caracterizado por esta misma magia que los esconde en un dialeticum peso-
ligereza, contrariando las reglas (casi) sutiles del existencialismo.
Benjó es un poema que trata del devenir de un ser que irá a liderar futuros
guerreros en la liberación de los patriotas de los grilletes del pseudo -
patriotismo. En su esencia prevé la unión fraternal entre aquellos que, por obra
divina, dejan aflorar el deseo de concebir la luz a aquel que, mismo sin saberlo,
detiene el poder de despertar y provocar la alegría y la felicidad, primero al
micro cosmos, después al macro cosmos, tomando como soporte las palabras del
autor, al afirmar que Él fue
“Concebido pela esperança reprimida Dos que procuravam consagração.
Dos que procuravam consagração.
(…)
Destinado [ya desde el inicio] a reinar por el amor (BENJAMÍN). [Corchetes
míos]
El poema Mi Tribu puede ser dividido en tres momentos distintos: en el
comienzo un poema triste, un cuento nostálgico sobre lo que un día fue la
cultura y todo un pueblo en su gloria ascendiente. Al seguir las líneas, vemos
que todo este esplendor fue destruido por palabras de cariño que, hoy, al ser
traídas a la memoria, suenan más pesadas que las promesas [que fueron] rotas.
En el final, trae un sueño inmaculado de volver a la grandeza inocente de
antaño que junto a esta fantasía vendría la alegría de una libertad construida
y, por tanto, continúan;
“Atados na espera infinita por voltar a nos encontrar,
Ser de novo nós,
Acampados na espera de um facho de luz
Que faça nossa alegria reluzir
Devolvendo-nos ao mundo, à vida,
Amando uns aos outros,
Convertidos a nós mesmos,
Militando por nós, [agora] libertos.” (BENJAMIN, 2014) (grifo meu)
E assim é toda a obra que tem-se à frente, que pode ser comparada a de Milton,
onde este último coloca seu Adão a vislumbrar o que pode ser visto pela mão do
Anjo, enquanto que em seu subterrâneo encanta-se com as possibilidades
daquilo que foi-lhe negado ver. Este mesmo Adão, ao sair do
Paraíso, mostra-se arrependido... Mas, ao mesmo tempo, ao imaginar o quão
pouco conhece e tem e o quanto pode vir a conhecer e ter, relembra-se sua fala
à sua Eva de que decidido estava a morrer junto a ela, porque a saudade
laceraria seu coração, impiedosamente, por todos os tempos!
Esta obra, Minha Tribo, é uma construção de um homem que superou a
saudade e a dor provocada por esta; que fez dela uma forma de mostrar àqueles
que lêem este escopo/miríade, que a alma humana guarda as belezas que não
podem ser vistas por meios de vistas comuns. Como Freud colocou que a
Psicanálise abriu uma fresta no inconsciente e assim permitiu-se vislumbrar
contornos de alguns elementos antes invisíveis, os poemas de Benjamín nos
permitem ir além de um mundo fantástico: ‘o da possibilidade de enxergar com
maior clareza o que temos e o que conjeturamos’.
Enfim, para todos aqueles que desejam, um dia na vida, ler um clássico...“Eis
um clássico!”
Sérgio Rodrigues de Souza
Atados en la espera infinita por volver a encontrarnos,
Ser de nuevo nosotros,
Acampados en la espera de un haz de luz
Que haga nuestra alegría relucir
Devolviéndonos al mundo, a la vida,
Amando los unos a los otros,
Convertidos a nosotros mismos,
Militando por nosotros, [ahora] libres” (Benjamín,2014)
Y así es toda la obra que tenemos enfrente, que puede ser comparada a la de
Milton, donde éste último coloca su Adán a vislumbrar lo que puede ser visto
por la mano del ángel, mientras que en su interior se maravilla con las
posibilidades de aquello que le fue negado ver. Este mismo Adán, al salir del
Paraíso, se muestra arrepentido… Pero, al mismo tiempo, al imaginar lo poco
que conoce y tiene y cuánto puede llegar a conocer y tener, se recuerdan sus
palabras a Eva de que estaba decidido a morir junto a ella, porque la pérdida
laceraría su corazón, sin piedad, por toda la eternidad!
El poema Mi Tribu puede ser dividido en tres momentos distintos: en el
comienzo un poema triste, un cuento nostálgico sobre lo que un día fue la
cultura y todo un pueblo en su gloria ascendiente. Al seguir las líneas, vemos
que todo este esplendor fue destruido por palabras de cariño que, hoy, al ser
traídas a la memoria, suenan más pesadas que las promesas [que fueron] rotas.
En el final, trae un sueño inmaculado de volver a la grandeza inocente de
antaño que junto a esta fantasía vendría la alegría de una libertad construida
y, por tanto, continúan;
En fin, para todos aquellos que desean, una vez en la vida leer un clásico,
“!Aquí tenéis un clásico!”
Sérgio Rodrigues de Souza
Sumário
1. Minha Tribo....................................................................19
2. Além dos Tempos.............................................................21
3. Paraíso............................................................................23
4. Infinito...........................................................................25
5. Silêncio...........................................................................27
6. Comigo............................................................................29
7. Sonhos Perdidos..............................................................31
8. Origem.............................................................................33
9. Nostalgias.......................................................................35
10. Viagens.........................................................................37
11. Ontem...........................................................................39
12. Hoje...............................................................................41
13. Amanhã.........................................................................43
14. Sempre...........................................................................45
15. Lisura............................................................................47
16. Sinais............................................................................49
17. Refúgio..........................................................................51
18. Desconhecidos...............................................................53
19. Delgados.......................................................................55
20. Êxedo............................................................................57
21. Fuga (KW) ..................................................................59
22. Iluminada.....................................................................61
23. Invasão.........................................................................63
24. Contraste.......................................................................65
25. Truculência...................................................................67
26. Demônios......................................................................69
Sumario
1. Mi Tribu.........................................................................20
2 . Más allá de los tiempos .................................................22
3. Paraíso............................................................................24
4. Infinito...........................................................................26
5. Silencio............................................................................28
6. Conmigo..........................................................................30
7. Sueños Perdidos..............................................................32
8. Origen ...........................................................................34
9. Nostalgias .....................................................................36
10. Viajes...........................................................................38
11. Ayer .............................................................................40
12. Hoy ............................................................................42
13. Mañana.......................................................................44
14. Siempre .......................................................................46
15. Lisura...........................................................................48
16. Señales ........................................................................50
17. Refugio ........................................................................52
18. Desconocidos ...............................................................54
19. Delgados ......................................................................56
20. Éxodo............................................................................58
21. Fuga..............................................................................60
22. Iluminada.....................................................................62
23. Invasión........................................................................64
24. Contraste ......................................................................66
25. Tempestad.....................................................................68
26. Demonios......................................................................70
Sumário
27. Clã.................................................................................71
28. Benjó.............................................................................73
29. José David....................................................................75
30. Rafaela..........................................................................77
Ensaio Analítico.................................................................82
Sumario
27. Clan...............................................................................72
28. Benjó.............................................................................74
29. José David....................................................................76
30. Rafaela..........................................................................78
Ensaio Analítico.................................................................84
1. Minha Tribo
Éramos, antes de eles chegarem
Tínhamos nosso espaço,
Acabamos transformados, singulares
Ao nos misturarmos com eles e com os outros
Resultamos nisso que somos
Criaturas amorosas sequestradas
Ao início por eles, depois, antes e agora por nós mesmos
Ao certo por aqueles que não são nós,
Nossas antíteses,
Inclusive vestido de calça messiânica e luzindo aquela cor sofrível.
Aqui estamos nós, banidos de toda realidade,
Enclausurados, condenados apesar da inocência,
Punidos por sermos inocentes, sem vez, sofridos,
Atados na espera infinita por voltar a nos encontrar,
Ser de novo nós,
Acampados na espera de um facho de luz
Que faça nossa alegria reluzir
Devolvendo-nos ao mundo, à vida,
Amando uns aos outros,
Convertidos a nós mesmos,
Militando por nós, libertos.
1. Mi Tribu
Éramos, antes de que ellos llegasen
Teníamos nuestro espacio,
Acabamos transformados, singulares
Al mezclarnos con ellos y con otros
Resultamos en eso que somos
Criaturas amorosas secuestradas
Al principio por ellos, después, antes y ahora por nosotros mismos
Ciertamente por aquellos que no somos nosotros
Nuestras antítesis,
Inclusive vestido de pantalón mesiánico y luciendo aquel color
insufrible.
Aquí estamos nosotros, borrados de toda realidad,
Encerrados, condenados a pesar de la inocencia,
Multados por ser inocentes, sin vez, sufridos,
Atados en la espera infinita por volvernos a encontrar,
Ser de nuevo nosotros,
Protegidos a la espera de un haz de luz
Que haga nuestra alegría relucir
Devolviéndonos al mundo, a la vida,
Amando unos a los otros,
Convertidos a nosotros mismos,
Militando por nosotros, libres.
2. Além dos tempos
Além dos tempos
Amanhã estaremos
Como pinturas pretéritas
Adornos nos muros domiciliares
Por onde passamos
Entre as marcas que produzimos
Infinitamente acolhidos
Em repouso vertical traremos
Momentos compartilhados,
Alegrias disseminadas
Irredutível ao tempo
Ainda amados
Nós nos perpetuaremos
Entre aqueles que deixamos
Para seguir caminhos
Avanço incontestável
Da vida que, sem parar,
Envolve tudo e todos
Situando cada um,
No momento certo,
Além de si mesmo.
2. Más allá de los tiempos
Más allá de los tiempos
Mañana estaremos
Como pinturas pretéritas
Adornan los muros domiciliares
Por donde pasamos
Entre las marcas que producimos
Infinitamente acogidos
En reposo vertical traeremos
Momentos compartidos
Alegrías diseminadas
Irreductible al tempo
Aún amados
Nosotros nos perpetuaremos
Entre aquellos que dejamos
Para seguir caminos
Avance incontestable
De la vida que, sin parar,
Envuelve todo y todos
Situando a cada uno
En el momento exacto.
Más allá de sí mismo.
3. Paraíso
A viagem que sempre faremos
Ao destino pré-indicado
Trará o fim existencial
De sonhos, planos e ilusões
Irão os amores
Restarão, apenas, lembranças
Os momentos vividos
Amores consentidos
E também os perdidos.
Sobre anjos mensageiros
Viajaremos
Ao além dos caminhos marcados
Distantes ficaremos
No tempo e no espaço
E sem bilhete de retorno
Começaremos a viver
Nova vida,
A delinear outros sonhos
Sabendo que jamais
Esses serão realizados
Na eterna estadia aprenderemos
Amar
E estaremos bem amados.
3. Paraíso
El viaje que siempre haremos
Al destino preindicado
Traerá el fin existencial
De sueños, planes e ilusiones
Irán los amores
Restarán, apenas, recuerdos
Los momentos vividos
Amores consentidos
Y también los perdidos.
Sobre ángeles mensajeros
Viajaremos
Más allá de los caminos marcados
Estaremos distantes
En el tiempo y el espacio
Y sin billete de retorno
Comenzaremos a vivir
Una nueva vida.
A delinear nuevos sueños
Sabiendo que jamás
Éstos serán realizados
En la eterna estadía aprenderemos
A amar
Y estaremos bien amados.
4. Infinito
Cheguei.
Silêncio sepulcral
Similar ao anunciado:
Quietude, paz, solidão.
Vim sem preparo
Faltou tempo,
Sempre falta,
Agora nada mais a fazer.
Figuras assimétricas me recebem,
Aceitam minhas formas
Recebo meu espaço
Personalizo o lugar a mim destinado
Nada poderei alterar,
Estava tudo assinado,
Terei que reiniciar meu percurso
Empreender o voo à próxima parada
Longe, mais distante, sem fim
Pode ser que nunca consiga
Talvez não pare de novo.
4. Infinito
Llegué.
Silencio sepulcral
Similar al anunciado.
Quietud, paz, soledad.
Vine sin preparo
Faltó tempo.
Siempre falta,
Ahora nada más que hacer.
Figuras asimétricas me reciben
Aceptan mis formas
Recibo mi espacio
Personalizo el lugar a mí destinado
Nada podré alterar,
Estaba todo firmado,
Tendré que reiniciar mi camino
Emprender el vuelo a la próxima parada
Lejos, más distante, sin fin
Puede ser que nunca consiga
Tal vez no pare de nuevo.
5. Silêncio
Momentos passados
Tempos vividos
Ilusões perdidas, algumas
Anseios frustrados, outros
Quimeras sofridas, às vezes.
Lembranças mortas e vivendo
Lembradas todas
Ardentemente guardadas
Naquele esconderijo sentimental,
Carinhoso,
Onde nos protegemos
Do juízo crítico dos outros.
Ali nossa história é blindada
Como diário cúmplice de nossas mais
Alegres, tristes e desesperançosas experiências
Por esta passagem enigmática que é a vida.
Nem biógrafos ou cientistas
Penetraram nesse cofre segurado
Cujo prêmio maior é o silêncio.
5. Silencio
Momentos pasados
Tiempos vividos
Ilusiones perdidas, algunas
Anhelos frustrados, otros
Quimeras sufridas, a veces.
Recuerdos muertos y viviendo
Recuerdos todos
Ardientemente guardados
En aquel escondrijo sentimental,
Cariñoso,
Donde nos resguardamos
Del juicio crítico de los otros.
Allí nuestra historia es blindada
Como diario cómplice de nuestras más
Alegres, tristes e incompletas experiencias
Por este camino enigmático que es la vida.
Ni biógrafos ni científicos
Entraron en ese cofre cerrado
Cuyo mayor premio es el silencio.
6. Comigo
Mergulhando no tempo
E nas profundezas das lembranças
Descobre-se o tamanho
A qualidade e o sabor
Daquele que nos recebe
Ao qual nos mantemos colado
Porque transforma tudo em alegria
Recriamos a alma a cada instante
E tornando a existência um idílio.
Na busca célere pela felicidade
Ao encontro da metade sonhada,
Idealizada em fantasias proibitivas
Que ruborizava amanheceres
E iluminava as noites solitárias,
Tal como querubins encantados,
Chega-se ao amor,
Em toda sua realidade,
Para tornar melhor a vida
E sublime a paixão.
6. Conmigo
Buceando en el tiempo
Y en las profundidades de los recuerdos
Se descubre el tamaño
La calidad y el sabor
De aquel que nos recibe
Al cual nos mantenemos pegados
Porque transforma todo en alegría
Recreamos el alma a cada instante
Y volviendo a la existencia un sueño.
En la búsqueda rápida por la felicidad
Al encuentro de la mitad soñada,
Idealizada en fantasías prohibitivas
Que ruborizaba amaneceres
E iluminaba las noches solitarias,
Tal y como querubines encantados,
Se llega al amor,
En toda su realidad,
Para tornar mejor la vida
Y sublime la pasión.
7. Sonhos perdidos
Trás as pegadas indeléveis do tempo
Passam sonhos perdidos,
Grandes momentos de outrora fogem
No horizonte desaparecem
Mas, tu não vás
Nunca te ausentas de minha mente.
Perpetuastes em mim
Deixando me atado
Existo alucinado por ti.
Nada apaga tua presença.
Fostes tão intensa no passado que não vislumbro futuro.
No presente apenas sobrevivo,
Ando alienado,
Busco forças interiores em mim
Irei a me prover a felicidade,
Deterei a máquina do tempo
Para me envolver com sonhos
Apegado ao que foi,
Tratarei de chegar mais longe
Consciente do surrealismo de cavalgar ao futuro em alazã
do passado.
7. Sueños perdidos
Tras las huellas imborrables del tiempo
Pasan sueños perdidos,
Grandes momentos de antaño huyen
En el horizonte desaparecen
Pero, tu no vas
Nunca te ausentas de mi mente.
Penetraste en mí
Dejándome atado
Existo alucinado por ti.
Nada borra tu presencia.
Fuiste tan intensa en el pasado que no vislumbro futuro.
En el presente apenas sobrevivo,
Ando perdido,
Busco fuerzas internas en mí
Iré a me proveer de felicidad,
Pararé la máquina del tiempo
Para envolverme con sueños
Apegado a lo que fue
Trataré de llegar más lejos
Consciente del surrealismo de cabalgar al futuro en yegua
del pasado.
8. Origem
Ainda replicam na musicalidade
A mescla de ancestrais
Que enlaçados no tempo e
Juntados no corpo
Pintaram belas esculturas
E ferozes espigões.
Gente que por nascença
Emitem sons e cantam
A vida
O amor
A amizade
Oh, horizontes!
E ressaltando sua sincrética origem
Vestem naturais casacos
De negro, branco, índio
Que na diversidade ímpar
Fecundam atraente algaravia
E fascinante sonoridade.
Oh, latinos!
8. Origen
Aún replican en la musicalidad
La mezcla de ancestros
Que enlazados en el tempo
Y juntados en el cuerpo
Pintaron bellas esculturas
Y feroces espigones.
Gente que desde que nacen
Emiten sonidos y cantan
La vida
El amor
La amistad
Oh, horizontes!
Y resaltando su origen global
Visten naturales casacas
De negro, blanco, indio
Que en la diversidad impar
Fecundan atrayente confusión
Y fascinante sonoridad.
Oh, latinos!
9. Nostalgias
Andar sem ter teu calor
Torna minha vida fria
Não ver o mar que te molha
Faz de mim um ser seco
Desacompanhado de tua musicalidade
Torno-me um rapaz fora de ritmo
Esquecer tua história
É não ter origem.
Como está longe a vida?
Continua morta, desanimada,
Parada naqueles tempos,
Outrora inocentes
De felicidade eufemista
Em que sonhos existiam e realidades desgastantes nos acordavam
Para empreender saídas, correr,
Em tentativa quimérica de metamorfoses
Desprezando leis que predizem
Que todo câmbio é movido de dentro
E que o mal se converte em mar, se não extirpado.
Quero voltar, fazer, viver e (até) morrer.
9. Nostalgias
Andar sin tener tu calor
Vuelve mi vida fría
No ver el mar que te moja
Hace de mí un ser seco
Desacompañado de tu musicalidad
Me vuelvo un muchacho fuera de ritmo
Olvidar tu historia
Es no tener origen.
Cómo está lejos la vida?
Continúa muerta, desanimada,
Parada en aquellos tiempos,
Otrora inocentes
De felicidad eufemística
En que sueños existían y realidades
Desgastantes nos despertaban
Para emprender salidas, correr,
En tentativa quimérica de metamorfosis
Despreciando leyes que predicen
Que todo cambio es movido desde dentro
Y que el mal se convierte en mar, si no es extirpado.
Quiero volver, hacer, vivir y (hasta) morir.
10. Viagens
Na viagem em busca de se próprio
O mercador ficou no ar estarrecido
Muitos estavam, mas não o viam
Outros nem o ver podiam,
Longos anos apagaram a lavoura , o cotidiano,
a historia por contar,
Tudo havia desaparecido
O mal arrasou até o feio
A tristeza era cor relevante
Desesperanca a saudação comum
Tratado como inesperado estranho
Ele passou sem luzes nem distintivos
Nada se esparava dele
Na realidade de ninguem, mas
Cães do passado deambulavam atônitos, sem encontrarem nada.
Fantasmas tornaram se alvos
Daqueles que se consideram outros,
Enquanto todos dançavam o requiem
Do sonho impossível e de seu criador
Zero refletia a inércia existencial
Dos que ficaram no ostracismo
E daquele que partia vazio
Sem compreender nem dizer.
10. Viajes
En el viaje en busca de sí mismo
El mercader quedó en el aire ensimismado
Muchos estaban, pero no lo veían
Otros ni ver podían,
Largos años apagaron la labor, lo cotidiano,
la historia para contar,
Todo había desaparecido
El mal arrasó hasta lo feo
La tristeza era el color relevante
Desesperanza el saludo común
Tratado como inesperado, extraño
El pasó sin luces ni distintivos
Nada se esperaba de él
En realidad, de nadie, pero
Canes del pasado deambulaban atónitos, sin encontrar nada,
Fantasmas se volvieron objetivos
De aquellos que se consideran otros,
Mientras todos bailaban el réquiem
Del sueño imposible de su creador
El cero reflexionaba la inercia existencial
De los que quedaron en el ostracismo
Y de aquel que viajaba vacío
Sin entender ni decir.
11. Ontem
Avanço em retrospectiva
Procuro sonhos perdidos
Metas por exibir
Chego ao refúgio dos ancestrais
Encontro meus referenciais,
Tem imagens paradigmáticas
Grandes e enigmáticas figuras
Celebres na sua atuação
De ética grandiosa e
Coragem indisponível, verdadeiros
Nascentes da dignidade tribal.
Inerte por deslumbramento
Paraliso me, por decepção,
Ao notar o letargo civilizatório
Em que estamos afogados, dissecados,
Reduzidos a degraus sociais do mal
Que transforma o belo em mínimo
A insolência em estilo
O fracasso em metas
Ao ódio em narrativa oficial.
Espíritos desmedidos responsáveis do naufrágio do lindo Caiman.
11. Ayer
Avanzo en retrospectiva
Busco sueños perdidos
Metas por mostrar
Llego al refugio de los ancestros
Encuentro mis referencias,
Tienen imágenes paradigmáticas
Grandes y enigmáticas figuras
Célebres en su actuación
De ética grandiosa y
Coraje indisponible, verdaderos
Nacientes de la dignidad tribal,
Inerte por deslumbramiento
Me paralizo, por decepción,
Al notar el letargo civilizador
En que estamos ahogados, disecados,
Reducidos a escalones sociales del mal
Que transforma lo bello en mínimo
La insolencia en estilo
El fracaso en metas
Al odio en narrativa oficial.
Espíritus desmedidos responsables del naufragio del lindo Caimán.
12. Hoje
Estamos separados
Não coincidimos em espaço
Nem tempo, andamos longe
Uns com relação aos outros
Somos distantes porque indiferentes
Eu em face a todos
Todos com relação a mim.
Nem existimos, tal parece.
Olhamos coisas distintas porque
Usamos graus diferentes
Nossos destinos não se encontram
Seguimos caminhos paralelos
Vamos a lugar nenhum,
Fomos separados e colocados em barricadas diferentes,
para nos dividir
Vigiando nós mutuamente, tal sicários
Odiando nós reciprocamente, desunidos, sem razão em comum,
Fantasmas anencéfalos
Vácuos de espíritos, apenas seviciais.
Mas não mortos.
Sobreviventes ao dilúvio dinástico
Ergueremos-nos e hoje mesmo,
Começaremos a marcha triunfal.
12. Hoy
Estamos separados
No coincidimos en espacio
Ni tiempo, andamos lejos
Unos con relación a los otros
Somos distantes e indiferentes
Yo hacia todos
Todos con relación a mí.
Ni existimos, eso parece,
Miramos cosas distintas porque
Usamos grados diferentes
Nuestros destinos no se encuentran
Seguimos caminos paralelos
No vamos a ningún lugar,
Fuimos separados y colocados en barricadas diferentes,
Para dividirnos
Vigilándonos mutuamente, como sicarios
Odiándonos recíprocamente, desunidos, sin razón en común,
Fantasmas sin cabeza
Vacíos de espíritus, apenas serviciales.
Pero no muertos.
Supervivientes al diluvio dinástico
Nos levantamos y hoy mismo,
Comenzaremos la marcha triunfal.
13. Amanhã
Indo e andando os dias e dias
Aproxima-se amanhã
Novo, vigoroso, feliz
Olhar para o ontem
Trará uma indesejável lembrança
Um sabor asfixiante do que se pretende esquecer
Uma morte querida porque liberta
Os dias e dias por vir
Trarão um amanhar repleto com
Alegrias, esperanças, desafios
De buscas por aquilo que se pretende ter e se pretende ser.
Escalando futuro e
Submetendo óbices a vocação invencível do amor
Amanhã seremos o que deveríamos sempre ter sido:
Amores dançantes
Reluz musical contagiante
Criaturas coloridas
Sem distinção
Que entregues a uma mesma paixão,
Como anjos galáticos,
Perseguem o bem, a luz, o amor e a paz.
Isso seremos amanhã,
Nós mesmos.
13. Mañana
Yendo y andando los días y días
Se aproxima el mañana
Nuevo, vigoroso, feliz
Mirar para el ayer
Traerá un indeseable recuerdo
Un sabor asfixiante de lo que se pretende olvidar
Una muerte querida porque libera
Los días y días por venir
Traerán un mañana repleto con
Alegrías, esperanzas, desafíos
De búsquedas por aquello que se pretende tener y se pretende ser.
Escalando futuro y
Sometiendo óbices a vocación invencible del amor
Mañana seremos lo que deberíamos haber sido siempre:
Amores danzantes
Reluce música contagiosa
Criaturas coloridas
Sin distinción
Que entregadas a una misma pasión,
Como ángeles galácticos,
Persiguen el bien, la luz, el amor y la paz.
Eso seremos mañana,
Nosotros mismos.
14. Sempre
Sempre, entre nós,
Os caminhos conduziram ao destino
O mar, aos belos atardeceres
As montanhas, ao verde horizonte
A música, ao fogo humano.
Sempre fomos e seremos isso (apesar dos infortúnios)
Uma comunidade sincrética
Racial, religiosa e cultural,
Universalizada pela singularidade
De seus bons filhos, cujas obras (literária, plástica e musical)
Perpetuaram-se na cultura ocidental.
Beleza, simpatia, originalidade e sabor
Formaram o patrimônio nacional
Marcas indeléveis daquilo que cultivamos e forjamos, sempre,
Bem chamada de cubania.
Sobrevivendo a invasões
Continuamos os mesmos, sempre...
(ultrapassando os vilões que rasgaram nossa dignidade e virtude).
Seguiremos aqui, sempre,
na ilha que nos pertence e é nossa para sempre.
14. Siempre
Siempre, entre nosotros,
Los caminos condujeron al destino.
El mar, a los bellos atardeceres
Las montañas, al verde horizonte
La música, al fuego humano.
Siempre fuimos y seremos eso (a pesar de los obstáculos)
Una comunidad sincrética
Racial, religiosa y cultural,
Universalizada por la singularidad
De sus buenos hijos, cuyas obras (literaria, plástica y musical)
Se perpetuarán en la cultura occidental.
Belleza, simpatía, originalidad y sabor
Formaron el patrimonio nacional
Marcas imborrables de aquello que cultivamos y forjamos, siempre,
Bien llamada de cubania.
Sobreviviendo a invasiones
Continuamos los mismos, siempre…
(adelantando a los villanos que rasgaron
Nuestra dignidad y virtud).
Seguiremos aquí, siempre,
en la isla que nos pertenece y es nuestra para siempre.
15. Lisura
Como não pensar nela
Depois de a ter abandonado
Quando precisando de mim
Soltei as velas traz ouro egoístico
Na busca falaciosa do bem
Infortunado raciocínio!
O bem estava nela
Ela é o bem para suas crias.
Impossível arrancá-la de mim
Sou eu mesmo graças a ela
Continua ali por mim, para mim,
Em espera paciente
De braços abertos qual mãe
A perdoar os seus filhos
Cobrindo-os com seu manto maternal.
Sobre outras savanas pastei
Em outros braços foi acolhido
Colmado de abraços sobrevivi
Mas, nada igual sem ti.
És teu calor, oh mãe gentil
Que me faz feliz
Ser eu igual a mim.
15. Lisura
Cómo no pensar en ella
Después de haberla abandonado
Cuando me necesitaba
Solté las velas tras oro egoísta
En la búsqueda engañosa del bien
Desafortunado raciocinio!
El bien estaba en ella
Ella es el bien para sus crías.
Imposible arrancarla de mí
Soy yo mismo gracias a ella
Continúa allí por mí, para mí,
En espera impaciente
De brazos abiertos cual madre
A perdonar a sus hijos
Cubriéndolos con su manto maternal
Sobre otras sabanas pasté
En otros brazos fui acogido
Colmado de abrazos sobreviví
Pero, nada igual sin ti
Es tu calor, oh madre gentil,
Que me hace feliz
Ser yo igual a mí.
16. Sinais
Retocam os sinais da derrota
Assustam os equívocos e seus lastros
Erros institucionalizados desafinam
Enquanto se perpetuam más copias
E histórias tenebrosas são encobertas
Quanto perigo de enfezar!
Como evitar o descalabro e
A generalização da inópia?
Urgência em deter o avance da ignomínia,
a insolência e o inominável.
Dizer não, não mais.
O futuro não pode ser subtraído
Amanhã próspero precisa chegar
Sem eles, os ímpios, andaremos, melhor, mais rápido.
Na proximidade dicotômica
Entre o bem e o mal
A razão e a emoção
Voto à liberdade.
Foi escrito nas tábuas douradas:
Cultive- se hoje o que se sonha legar aos nossos.
Desmaiar seria vil
Empreender é meritório.
16. Señales
Resuenan las señales de la derrota
Asustan los equívocos y sus lastres
Errores institucionalizados desafinan
Mientras se perpetúan más copias
E historias tenebrosas son encubiertas
¡Cuánto peligro de irritar!
¿Cómo evitar el descalabro y
La generalización de la inopia?
Urgencia en detener el avance de la ignominia,
la insolencia y lo indomable,
Decir no, no más.
El futuro puede ser sustraído
Un mañana próspero necesita llegar
Sin ellos, los impíos, andaremos mejor, más rápido,
En la proximidad dicotómica
Entre el bien y el mal
La razón y la emoción
Voto a la libertad.
Fue escrito en las tablas doradas:
Cultívese hoy lo que se sueña llegar a los nuestros
Desmayar sería vil
Emprender es meritorio.
17. Refúgio
Ainda chovem infortúnios no espaço dominado
Eles não desistem na empreitada centenária, quase, de esmagar
A quase todos, exceto eles mesmos
Estou, ainda, no me refugio, espero.
Ao tempo leu, apreendo, cresço.
Acromanias em torrenciais caiam lá,
acompanhados de ventos expansivos
Que atingem o meu distante refugio
Treme aqui dentro e
Alicerces são colocados em risco
Leva- se tudo às canhas.
Em breve choverá, aqui no meu refugio.
Se sair dele entrarei lá, no espaço dominado,
Ficando nele começará tudo de novo.
A Marte não poderei ir,
estou sem mala.
Terei que reinventar espaços,
Transformar- me.
Salvar os meus lá e aqui, isso farei.
Ao inferno todo lugar, irei me imolar
Vou lutar para o melhor,
pela liberdade
para a Felicidade de todos,
aqui e lá.
17. Refugio
Aún llueven infortunios en el espacio dominado
Ellos no desisten en la tarifa centenaria, casi, de aplastar
A casi todos, excepto ellos mismos
Estoy, aún, en mi refugio, espero.
Al tiempo leo, aprendo, crezco.
Locuras en torrenciales callan allí,
acompañadas de vientos expansivos
Que aciertan mi lejano refugio
Tiembla aquí dentro y
Cimientos son puestos en riesgo
Se lleva todo a las cañas.
En breve lloverá, aquí en mi refugio.
Si salgo de él, entraré allí, en el espacio dominado,
Quedándome en él comenzará todo de nuevo.
A Marte no podré ir,
Estoy sin maleta.
Tendré que reinventar espacios.
Transformarme.
Salvar a los míos allí y aquí, eso haré.
Al infierno en todo lugar, iré me inmolar
Voy a luchar para lo mejor,
Por la libertad
Para la felicidad de todos,
Aquí y allá.
18. Desconhecidos
Quem fostes ontem
É hoje, quem eres?
O mesmo sempre serás.
Compões uma tribo da qual não poderás te desligar.
Anjo guardião, zelador do sono de teu povo
Continuidade da obra do melhor dos ancestrais
Orgulho nacional, isso deverias ser tú,
Ao contrário daquilo em que te convertestes
Auxiliar do algoz, ó enemigo.
Sicario que produze mal e defende o lume
Trabalhando para a decadência e a morte dos teus
Daqueles pelos que deverias cuidar, lutar e até morrer,
Se preciso fosse,
Porque tua missão é uma honra incomum para mortais.
Levanta - te soldado, guerreiro insomne,
Desconhecido,
Reveja o rumo, salta de lado, defende a honra assediada,
Engrandece- te
Destruí os maus, liberta teu povo,
Torna teu nome conhecido e o imortaliza.
18. Desconocidos
¿Quién fuiste ayer?
Y hoy, ?quién eres?
El mismo siempre serás.
Compones una tribu de la cual no podrás separarte.
Ángel guardián, celador del sueño de tu pueblo
Continuidad de la obra del mejor de los ancestros
Orgullo nacional, eso deberías ser tú,
Al contrario de aquello en que te convertiste
Auxiliar del torturador, el enemigo.
Sicario que produce mal y defiende el fuego
Trabajando para la decadencia y la muerte de los tuyos
De aquellos por los que deberías cuidar, luchar y hasta morir,
Si fuese preciso,
Porque tu misión es una honra inusual para mortales.
Levántate soldado, guerrero insomne,
Desconocido,
Revela el rumbo, salta de lado, defiende la honra asediada,
Engrandécete
Destruye a los villanos, libera tu pueblo,
Vuelve tu nombre conocido e inmortalízalo.
19. Delgados
Na galáxia resulta difícil saber
Impossível os identificar
Estão em todas as partes
Parecem iguais, são os mesmos
Fazem todos as mesmas coisas
Histórias de laboratórios construídas no tempo
Algumas iguais, outras cópias
Todas com origem e destino comum
Um nada a contar, zero a ouvir.
Os protagonistas aparecem de múltiplos uniformes
Taxistas, porteiros, capitalistas, analistas,
Aparecem em inglês, espanhol, sem palavras
Nada têm a dizer,
Não existem mais ouvidos interessados
Nenhuma contribuição, melodías repetidas
Anunciando o ataque final que nunca acontecerá
Invasões de ovnis de outras inexistentes galaxias,
Mentiras, falácias que justificam sua existência
Razões místicas para não voltar ao solo seu
Ali onde reina epidemia feroz que disseca outrem
Menos àqueles que deveriam eles mesmos combater
Com as armas patrióticas que através dos tempos
Empunham reversamente contra os seus,
Ao final contra se próprios.
19. Delgados
En la galaxia resulta difícil saber
Imposible identificarlos
Están en todas partes
Parecen iguales, son los mismos
Hacen todos las mismas cosas
Historias de laboratorios construidas en el tiempo
Algunas iguales, otras copias
Todas con origen y destino común
Un nada que contar, cero para oír.
Los protagonistas aparecen de múltiples uniformes
Taxistas, porteros, capitalistas, analistas,
Aparecen en inglés, español, sin palabras
Nada tienen que decir,
No existen más oídos interesados
Ninguna contribución, melodías repetidas
Anunciando el ataque final que nunca acontecerá
Invasiones de ovnis de otras inexistentes galaxias,
Mentiras, falacias que justifican su existencia
Razones místicas para no volver al suelo suyo
Allí donde reina la epidemia feroz que diseca a otros
Menos a aquellos que deberían ellos mismos combatir
Con las armas patrióticas que a través de los tiempos
Empuñan inversamente contra los suyos,
Al final contra sí mismos.
20. Êxodo
Detenidos no tempo ainda
Parados no passado usufruído
Aguardando um sinal anunciador
Noticiando que a hora de partir chegou
Indicativo do momento de voltar.
Nesse estado letárgico esta- se mais de meio século
Sem renunciar à vez do retorno
Sobrevive- se entre saudades e nostálgicas horas
Muitos escravos com carimbo de livres
Outros libertos sob marcas da escravatura
Na verdade espera - se que o mar seja aberto
Por tornados da verdadeira liberdade
Que conduzam à terra conquistada pelos ancestrais
À ilha maravilhosa, verde caimã,
Hoje cinzento pela ausência de parte de seus filhos
Despedaçado porque seu amor maternal lhe foi subtraído.
Dias vindouros reluscientes por faíscas patrióticas
Cantarão aquele hino de correr
Ao tempo que a pátria contemple -os orgulhosa
E ao recebê desfaça- se da ignomínia.
20. Éxodo
Detenidos en el tiempo aún
Parados en el pasado disfrutado
Aguardando una señal anunciadora
Informando que la hora de partir llegó
Indicativo del momento de volver.
En ese estado letárgico estamos hace más de medio siglo
Sin renunciar a la hora del retorno
Sobrevivimos entre nostálgicas horas
Muchos esclavos con sello de libres
Otros liberados sobre marcas de esclavitud
En verdad se espera que el mar sea abierto
Por tornados de verdadera libertad
Que conduzcan la tierra conquistada por los ancestros
La isla maravillosa, verde caimán,
Hoy ceniciento por la ausencia de parte de sus hijos
Despedazado porque su amor maternal le fue sustraído.
Días venideros relucientes por chispas patrióticas
Cantarán aquel himno de correr
Al tiempo que la patria los contemple orgullosa
Y al recibir se deshaga de la ignominia.
21. Fuga (KW)
Todos os dias ao acordar a mesma voz chama
Anuncia um novo passo
Um degrau menos dos tantos que separar a chegada
Bem mais que isso a meta.
Sendo o tempo menos longo
Os caminhos largos
A distância curta
Seria tudo fácil e muito rápido
Entraríamos todos no mesmo e único barco,
Veleiro da salvação,
Êxodo geral,
Verdadeira finitude do sofrer
Libertação de tantos e de todos,
Adeus, tchau.
Tras nós ficariam eles, ocupando um espaço nosso
Que usurpam porque de todos é
Que dominam porque fomos
cansados de esperar
Com medo de ser banidos.
A grande fuga foi nossa maior vitória
Libertamo- nos, acabaram os amos
Ficamos sem espaço
Eles com o espaço sem esclavos.
21. Fuga KW)
Todos los días al despertar la misma voz llama
Anuncia un nuevo paso
Un escalón menos de tantos que separan la llegada
Mucho más que eso hasta la meta.
Siendo el tiempo menos largo
Los caminos largos
La distancia corta
Sería todo mucho más fácil y rápido
Entraríamos todos en el mismo y único barco,
Velero de salvación,
Éxodo general,
Verdadera característica del sufrir
Liberación de tantos y de todos,
Adiós, chao.
Tras nosotros estarían ellos, ocupando un espacio nuestro
Que usurpan porque de todos es
Que dominan porque estamos
Cansados de esperar
Con miedo de ser excluidos.
La gran fuga fue nuestra mayor victoria
Nos libramos, acabaron los amos
Quedamos sin espacio
Ellos con el espacio sin esclavos.
22. Iluminada
Beleza que alucina ao te ver
Explicável sedução pelas tuas formas
Os que chegam a ti se sentem iluminados
Resplandeces na plenitude do dia
Mostras -te na integralidade de teu encanto
Aceitas os olhares apaixonados dos que procuram amar.
Possues os espaços cativantes mais sensuais, embora descobertos,
Louças podem atrair dessa maneira,
Ofereces o que tem, tudo é muito
Exibes a limpeza e o verde encantadores
Atraes me e a tantos outros,
Alcanças para todos pela imensidão de tuas estruturas
Na verdade, eres especial.
Como me impedir de te amar
Justo agora depois de te conhecer
Não será possível.
Voltarei até a ti
Virei pelos teus braços
Contigo irei ressurgir
Andarei até a mim e conquistarei meus sonhos.
22. Iluminada
Belleza que ilumina al verte
Explicable seducción por tus formas
Los que llegan a ti se sienten iluminados
Resplandeces en la plenitud del día
Te muestras en la integridad de tu encanto
Aceptas las miradas apasionadas de los que buscan amar.
Posees los espacios cautivadores más sensuales, ahora descubiertos,
Locas pueden atraer de esta manera
Ofreces lo que tienes, todo es mucho
Exhibes la limpieza y el verde encantadores
Me atraes a mí y a tantos otros,
Alcanzas a todos por la inmensidad de tus estructuras
¿Cómo impedirme amarte
Justo ahora, después de conocerte?
No será posible.
Volveré a ti
Vendré por tus brazos
Contigo resurgiré
Andaré hasta mí y conquistaré mis sueños.
23. Invasão
Começa a marcha para novo destino
Uma Missão de conquista teve planejamento excelso
A vitória está garantida, os guerreiros estão preparados
Seu treinamento em epopéias anteriores asegura o triunfo
Voltarão com o escudo e suas aljorras cheias
Trarão novas alegrias ao faraó.
Atrás deixarão desfalques e feridas
Vidas serão colocadas na via do empobrecimento
Com prazo de validade determinada
E tempo de felicidade com data de final
Assim acabará a invasão e o fim dos outros
Novela que se retransmitirá por outra vez.
Os novos vencidos acabarão como os anteriores
Enganados também sem grandes mudanças nas formas:
Um grande cavalo de troia vestindo branco os adormece
Enquanto vampiros sem escrúpulos bebem suas almas
A caminho da usurpação dinástica
Arrasam ilusões e decapitam futuros.
Concluída essa invasão a espertize estratégica
Trazará novas conquistas
Os guerreiros voltarão à nova empreitada
Encobertos com suas grandes capas brancas
Acechando às próximas e inocentes vítimas
Em novo capítulo de macabra façanha.
23. Invasión
Comienza la marcha para el nuevo destino
Una misión de conquista tuvo planes excesivos
La victoria está garantizada, los guerreros están preparados
Su entrenamiento en epopeyas anteriores asegura el triunfo
Volverán con el escudo y sus alforjas llenas
Traerán nuevas alegrías al faraón.
Atrás dejarán desfalques y heridas
Vidas serán colocadas en la vía de la pobreza
Con fecha de caducidad determinada
Y tiempo de felicidad con fecha de final
Así acabará la invasión y el fin de los otros
Novela que se retransmitirá otra vez.
Los nuevos vencidos acabarán como los anteriores
Engañados también sin grandes mudanzas en las formas:
Un gran caballo de Troya vistiendo de blanco los adormece
Mientras vampiros sin escrúpulos beben sus almas
Camino de la usurpación dinástica
Arrasan ilusiones y decapitan futuros.
Concluida esa invasión la inteligencia estratégica
Trazará nuevas conquistas
Los guerreros volverán a la nueva tarifa
Encubiertos con sus grandes capas blancas
Acechando a las próximas e inocentes víctimas
En un nuevo capítulo de macabra hazaña.
24. Contraste
Identificadas pelas belas formas
Diferentes nas vestimentas
A primeira envolvida em choro
Reluz de alegria a segunda.
As duas umedecidas por cálido azul
Embelecidas pelo cubismo da natureza
Ambas coloridas de sol e verde
Unidas pela mesma graça criadora.
Representam contraste inimaginável entre
Modernidade sedutora e decadência lastimável
A liberdade instruída e o sequestro oficializado
Penosa tristeza, realidade de doer para olhos visitantes.
Uma devorada por raposas ineptas
A outra florecente por projeto ilustrado
Elas que próximas no tempo e na história
Ajudam na diferencia do mal e do bem.
Sem aquela acaba o amor cultivado
Com esta se inicia uma aventureira paixão
Ter as duas seria desejável
Escolher por uma criaria impensável dor.
Nesta me multiplico primaveralmente
Naquela eu identifico meu sonhar.
Amarei as sem titubear
Entregar-me-ei para as amar.
24. Contraste
Identificadas por las bellas formas
Diferentes en las vestimentas
La primera envuelta en lloro
Reluce de alegría la segunda.
Las dos humedecidas por cálido azul
Embellecidas por el cubismo de la naturaleza
Ambas coloridas de sol y verde
Unidas por la misma gracia creadora.
Representan contraste inimaginable entre
Modernidad seductora y decadencia lastimera
La libertad instruida y el secuestro oficializado
Penosa tristeza, realidad de doler para ojos visitantes.
Una devorada por raposas ineptas
La otra floreciendo por proyecto ilustrado
Ellas que próximas en el tiempo y la historia
Ayudan en la diferencia entre el mal y el bien.
Sin aquella acaba el amor cultivado
Con ésta se inicia una aventurera pasión
Tener a las dos sería deseable
Escoger sólo una crearía impensable dolor.
En esta me multiplico primaveralmente
En aquella yo identifico mi soñar.
Las amaré sin titubear
Me entregaré para amarlas.
25. Truculência
Indo e vindo ao mesmo lugar
Acabo chegando a sítio distinto
Na verdade estou correndo em círculo
Sem conseguir avançar.
Poderia desmaiar toda aspiração de ti
Mas seria como ficar perdido sem mim
Ai te pediria novamente
Mais uma chance de me enlaçar.
Das duas maneiras que existem de amar
Utilizarei a que favorece melhorar
Justo aquela que me levará a conquistar
A tua companhia para andar.
Claro pretenderia uma reformulação
Uma maneira distinta de teu dominar
Maior aproximação
Sem que eu tivesse que cejar.
25. Tempestad
Yendo y viniendo al mismo lugar
Acabo llegando a un sitio distinto
Sin conseguir avanzar.
Podría desmayar toda la inspiración de ti
Pero sería como estar perdido sin mí
A ti te pediría nuevamente
Una oportunidad de enlazarme.
De las dos maneras que existen de amar
Utilizaré la que favorece mejorar
Justo aquella que me llevará a conquistar
Tu compañía para andar.
Claro que intentaría una reformulación
Una manera distinta de tu dominar
Mayor aproximación
Sin que yo tuviese que cesar.
26. Demônios
Nas penumbras cotidianas
Silhuetas me cercam
Às sombras do dia
Elas vêm sobre mim
Perturbam minha paz.
São demônios.
Apoderam-se do meu tino
Enroscam-me no mal
Tornando meus tempos túrbidos
Extraindo minha pureza.
Demônios que mal guiam.
Mantenho-me inerte na luta contra eles,
Pinto estratégias...
No remorso da derrota
Acolho quatro anjos salvadores.
Vou a mim.
Na solidão da caminhada
Aprisionado nos meus delírios
Apareces angelical,
Fui salvo.
Demônios espalhados
Vitória espúria.
26. Demonios
En las tinieblas cotidianas
Siluetas me cercan
A las sombras del día
Ellas vienen sobre mí
Perturban mi paz.
Son demonios.
Se apoderan de mi tino
Me enroscan en el mal
Volviendo mis tiempos turbios
Extrayendo mi pureza
Demonios que guían mal.
Manteniéndome inerte en la lucha contra ellos,
Dibujo estrategia...
En el remordimiento de la derrota
Acojo cuatro ángeles salvadores.
Voy a mí.
En la soledad de la caminada
Aprisionado en mis delirios
Apareces angelical,
Fui salvado.
Demonios esparcidos
Victoria ilegítima.
27. Clã
Ao amanhecer de um lindo dia
Sob o sol reluzente do lindo Caribe
A colheita começou
Brotos resplandecentes se abriram
Às sombras dos pés de charutos
Sorridentes e iluminados
Sem cabeleiras nem brancura
E com sua linhagem eclética
Abriram as asas
Iniciando o voo da vida.
Ganhando espaços e burlando barreiras avançaram no tempo
Andando unidos e organizados
Sob batuta instruída e doce regência
Tornaram-se indomaveis indo além
Ultrapassando desdéme maus augúrios
Colecionando conquistas e honores
Consciêntes que o louvor é cultivado
Apegando se todos ao Criador
Amando nos iremos até lá
Faremos realidade o clã idealizado e prometido.
27. Clan
Al amanecer de un lindo día
Sobre el sol reluciente del lindo Caribe
La colecta comenzó
Brotes resplandecientes se abrieron
A las sombras de pies de cigarros
Sonrientes e iluminados
Sin cabelleras ni blancura
Y con su linaje eclética
Abrieron sus alas
Iniciando el vuelo de la vida.
Ganando espacios y burlando barreras avanzaron en el tiempo
Andando unidos y organizados
Sobre batuta instruida y dulce regencia
Se tornaron indomables yendo más allá
Adelantando y superando malos augurios
Coleccionando conquistas y honores
Conscientes que la alabanza es cultivada
Apegándose todos al Creador
Amando nos iremos hasta allá
Haremos realidad el clan idealizado y prometido.
28. Benjó
Ainda retundam os sons
Da busca agonizante por ele
Gritos ensurdecedores anunciando sua chegada
Anjo que brotou das profundezas do manancial
Banhado por águas limpas e perfumadas
Embrulhado em mantas de amor germinal .
Presente trazido que faz jus a tempos aprazados
Verdadeiro imperativo do amor
Concebido pela esperança reprimida
Dos que procuravam consagração.
Alma de Rei,
corpo blindado
Destinado a reinar pelo amor
Entre seus irmãos, clã e povo
Anunciado para reger o futuro próprio como o de todos
Transportando o de todos como seu .
Em cavalgada à felicidade
Utilizando galopes audaciosos
Acometendo a barrida de todo mal.
Líder situado ao frente de uma legião patriótica de
Guerreiros briosos cuja incumbência redentora
Não pode ser aprazada
Comprada nem negociada.
28. Benjó
Aún resuenan los sonidos
De la búsqueda agonizante por él
Gritos ensordecedores anunciando su llegada
Ángel que brotó de las profundidades del manantial
Bañado por aguas limpias y perfumadas
Envuelto en mantas de amor germinal.
Regalo traído que hace justicia a tiempos aplazados
Verdadero imperativo del amor
Concebido por la esperanza reprimida
De los que buscaban la consagración.
Alma de Rey,
Cuerpo blindado
Destinado a reinar por el amor
Entre sus hermanos, clan y pueblo
Anunciado para levantar el futuro propio como el de todos
Transportando el de todos como suyo.
En cabalgada hacia la felicidad
Utilizando galopes audaces
Acometiendo la barrida de todo mal,
Líder situado al frente de una legión patriótica de
Guerreros espléndidos cuya incumbencia redentora
No puede ser aplazada,
Comprada ni negociada.
29. José David
Juvenil nas ações, sempre alegre
Aparecendo nas horas sombrias
Quando esperanças acabavam
Irrompe em cena, sorridente
Com a felicidade que o caracteriza.
Não por chegar depois menos amado
Alegria das fontes que o geraram
Bendecido na hora e o momento.
Abra o mundo, ultrapasse infortúnios
Reine entre os seus
Reine em nós.
29. José David
Juvenil en las acciones, siempre alegre
Apareciendo en las horas sombrías
Cuando las esperanzas acababan
Entra en escena, sonriente
Con la felicidad que lo caracteriza.
No por llegar después menos amado
Alegría de las fuentes que lo generaron
Bendecido en la hora y en el momento.
Abra el mundo, ultrapase infortunios
Reine entre los suyos
Reine en nosotros.
30. Rafaela
Razões demais para tua chegada
Amores que te conceberam, sonhos realizados
Felicidade vai reinar por teu existir
Alcanzarás a todos e tudo se rendirá a ti
Eras idilio distante e sonho planejado demais
Lembranças trarás de fêmeas ausentes
Adormecendo os corações que hoje tem veneração por ti.
Ao se pensar em tua vinda
Lágrimas apareciam nos sentimentos
Eramos apaixonados por ti antes de estar
Ansiavam todos teus sorrisos
Festas serão realizadas e jogaremos alegrias ao vento
Alçaremos te em nossos braços para mostrar
Radiantes de orgulho que a rainha está entre nós.
30. Rafaela
Razones demás para tu llegada
Amores que te concibieron, sueños realizados
Felicidad va a reinar por tu existir
Alcanzarás a todos y todo se rendirá a ti
Eras idilio distante y sueño planeado demás
Recuerdos traerás de hembras ausentes
Adormeciendo los corazones que hoy tienen veneración por ti.
Al pensarse en tu llegada
Lágrimas aparecían en los sentimientos
Éramos apasionados por ti antes de estar
Ansiaban todas tus sonrisas
Fiestas serán realizadas y echaremos alegrías al viento
Te alcanzaremos en nuestros brazos para mostrar
Radiantes de orgullo que la reina está entre nosotros.
REFERÊNCIAS
Fonte da imagem: https://www.google.com.br/search
REFERÊNCIAS
Fuente de la imagen https://www.google.com.br/search
Ensaio Analítico
“As vozes da terra: considerações acerca da auto-referencialidade subjetiva na
poética de Minha Tribo”.
Thadeu Togneri Moreira
Este pequeno ensaio busca uma abordagem crítica do livro Minha Tribo, de
Benjamín, autor que no momento, mais que oportuno, dá continuidade à
publicação de seus primeiros textos literários, cuja riqueza poética imanente de
seus versos permite identificar as qualidades de um poeta proeminente.
Objetiva-se neste sucinto cotejo analisar alguns dos poemas mais expressivos da
obra, identificando traços das potencialidades literárias significativas de cada
um, bem como delineando os parâmetros interpretativos de uma primeira
leitura. Nesse sentido, a análise que ora se esboça não busca a apropriação dos
sentidos textuais através de um perfil totalizante e estanque da obra, mas sim
explicitar alguns vieses de leituras abertos ao diálogo com qualquer leitor que
busque uma aproximação mais ampliada do labor com a poesia em foco. Sendo
assim, foram elencados especificamente nesta análise alguns poemas que, pelo
seu nítido encadeamento temático, apresentam elementos passíveis de nortear a
coesão de um caminho interpretativo sobre a obra de Benjamín, enquanto corpo
poético, no reconhecimento da universalidade de sua poesia e da proficuidade
de sua matéria.
Nesta apresentação da obra produzida, perspectivou-se a auto-referencialidade
da voz no eu lírico que se constitui pelo trabalho cotidiano da escrita,
perfilando algumas fronteiras na compreensão subjetiva que
Ensayo analítico
“Las voces de la tierra: consideraciones acerca de la auto-referencialidad
subjetiva en la poética de Mi Tribu”.
Thadeu Togneri Moreira
Este pequeño análisis busca un abordaje crítico del libro Manantial, de
Benjamín, autor que en el momento más que oportuno, da continuidad a la
publicación de sus primeros textos literarios, cuya riqueza poética inseparable
de sus versos permite identificar las cualidades de un poeta excepcional.
El objetivo de las líneas recogidas es analizar alguno de los poemas más
expresivos de la obra, identificando rasgos de la potencia literaria significativa
de cada uno, así como delinear los parámetros interpretativos de una primera
lectura. En ese sentido, el análisis que se esboza no busca la apropiación de los
sentidos textuales a través de un perfil total y crítico de la obra, pero sí
explicitar algunos reveses de lecturas abiertos al debate con cualquier lector que
busque una aproximación más ampliada de labor con la poesía como objetivo.
Siendo así, fueron escogidos específicamente para esta parte algunos poemas
que, por su nítido contraste temático, presentan elementos probables de
garantizar la cohesión de un camino interpretativo sobre la obra de Benjamín,
mientras que el cuerpo poético reconoce la universalidad de su poesía y la
utilidad de su materia.
En esta presentación de la obra producida, es perspectiva la auto-
referencialidad de la voz del “yo” lírico que se constituye por el trabajo
cotidiano de la escrita, perfilando algunas fronteras en la comprensión
subjetiva que
estabelece com o território de sua cultura; um ponto de partida no caminho pelo
país da sua literatura, através do qual os versos nos conduzem, mas também
nos incentivam a percorrer sozinhos.
Este enigmático convite à leitura e constituição coletiva de sua literatura, que
permite ao leitor uma maior proximidade na compreensão do sujeito poético
através de certa entonação autobiográfica, intimista e confessional na captação
da experiência enquanto relato, evidencia também os riscos iminentes de nos
perdermos em meio à recepção deste “dom infinito de si mesmo”1, característica
marcante de poucos escolhidos na modernidade: uma possibilidade de
repotencialização contínua do conteúdo literário, apresentada ao receptor pelo
processo metonímico característico de toda escrita, que instiga uma reflexão
apurada das “imagens” transfiguradas na poesia e que, por isso, requer uma
aproximação com cautelas.
A força significativa do título Minha Tribo, prevalece marcadamente em sua
relação de homonímia com o poema de abertura do livro, singular, mas de
qualitativa universalidade, que traduz muito bem o sentimento de exílio que
perpassa esta obra. As marcas particulares de identificação do indivíduo que se
expressa são abstratas, inexatas, firmando sua referencialidade subjetiva na
tensão do processo de que participa. Independente de sua nacionalidade, credo
ou perspectiva política específica, estabelece uma empatia direta com qualquer
receptor que compartilhe seu incômodo ou descontentamento perante um
processo de dominação cultural opressora. Malefício que se torna uma evidente
conseqüência da chegada de sujeitos indeterminados, expressos apenas pelo
pronome “eles”. O “eu” lírico na primeira pessoa do plural (nós), denota
cumplicidade e uma coletividade subjetiva do indivíduo que se expressa,
irmanando-se aos anseios de seus contemporâneos como porta-voz
1 ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio
de Janeiro: EDUERJ, 2010, p. 156.
establece con el territorio de su cultura; un punto de partida en el camino por
el país de su literatura, a través del cual los versos nos conducen, pero también
nos incentivan a recorrer solos.
Esta enigmática invitación a la lectura y constitución colectiva de su
literatura, que permite al lector una mayor proximidad en la comprensión del
sujeto poético a través de cierta entonación autobiográfica, intimista y
confesional en la captación de la experiencia del relato, evidencia también los
riesgos inminentes de perdernos en medio a la recepción de este “don infinito de
sí mismo”, característica marcante de pocos escogidos en la modernidad: una
posibilidad de potencializar continuamente el contenido literario, presentada al
receptor por el proceso metonímico característico de toda escrita, que instiga
una reflexión apurada de las “imágenes” transformadas en la poesía y que, por
eso, requiere una aproximación cautelosa.
La fuerza significativa del título Mi Tribu prevalece marcadamente en su
relación de homonimia con el poema de apertura del libro, singular, pero de
gran universalidad, que traduce muy bien el sentimiento de destierro que repasa
esta obra. Las marcas particulares de identificación del individuo que se
expresa son abstractas, inexactas, firmando su referencialidad subjetiva en la
tensión del proceso del que participa. Independientemente de su nacionalidad,
creencia o perspectiva política, establece una empatía directa con cualquier
receptor que comparta su desagrado delante de un proceso de dominación
cultural opresora. Maleficio que se vuelve una evidente consecuencia de la
llegada de sujetos indeterminados, expresados apenas por el pronombre “ellos”.
El “yo” lírico en la primera persona del plural (nosotros) denota complicidad y
una colectividad subjetiva del individuo que se expresa, hermanándose a los
anhelos de sus contemporáneos como portavoz
ARFUCH, Leonor. El espacio biográfico: dilemas de la subjetividad contemporánea. Trad. Paloma Vidal.
Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010, p.156
de seus respectivos desejos. Embora haja insatisfação com o presente, a
expectativa de uma “aurora”, que traga nova luz e perspectiva racional de
vida, conforta poeticamente os esperançosos de uma efetiva liberdade, ainda
que futura.
Em “Nostalgias”, a entonação lírica é fiel à densa carga significativa do
sentimento de dor e perda evocados por seu respectivo título, a “saudade”.
Apresenta uma profunda introspecção e sentimentalidade do “eu” lírico com um
traço comovente, cativando o leitor que se compadeça de seu sofrimento. Como
no poema anterior, o grau de impessoalidade do sentimento que se expressa,
pode se referir a uma única pessoa ou a toda uma tribo, nação. Aspecto
evidenciado pelo verso “não ver o mar que a molha”, onde a preposição “a” pode
denotar a saudade em relação a um substantivo feminino indeterminado, em
suspenso, aberto à interpretação do leitor que se sente convidado a enriquecer
os significados do poema. Aqui também a promessa de felicidade mostra-se
ainda distante, restrita ao tempo específico e findo de um passado, no qual se
busca novamente a inspiração para um futuro ideal e tão possível quanto as
metamorfoses de tudo que já se viveu. O desejo do retorno manifesta-se em
função de um fazer, cumprir e viver do indivíduo, comprometido pelo anseio de
uma redenção, para enfim, permitir-se morrer.
O poema, “Origens”, é de riquíssimo valor literário para uma aprofundada
abordagem teórica e crítica. Destaca-se pela presença de elaboradas figuras de
linguagem, provenientes do deslocamento semântico da carga metafórica, e
metonímica em tela – perspectiva coesa de parte pelo todo. Traço evidenciado
pela imagem de seus conterrâneos figurados no ícone do sisonte - polyglottos
mimus, cujo nome composto latino evidencia seu maior dom, cantar em várias
línguas, imitar as vozes de qualquer tribo. Fundando os alicerces de sua origem
pelo sincretismo que estabelece na comunicação com o exotismo das culturas
que lhe encantam. Pode-se
de sus respectivos deseos. Aunque haya insatisfacción con el presente, la
expectativa de un “aura” que traiga nueva luz y perspectiva racional de vida,
conforta poéticamente a los que esperan una efectiva libertad, aunque futura.
En “Nostalgias”, la entonación lírica es fiel a la densa carga del sentimiento de
dolor y pérdida evocados por su respectivo título, la “falta”. Presenta una
profunda introspección y sentimentalismo del “yo” lírico con un rasgo
conmovedor, cautivando al lector para que se compadezca de su sufrimiento.
Como en el poema anterior, el grado de impersonalidad del sentimiento que se
expresa, puede referirse a una única persona o a toda una tribu o nación.
Aspecto evidenciado por el verso “no ver el mar que la moja”, donde la palabra
“la” puede denotar la falta en relación a un sustantivo femenino
indeterminado, en suspense, abierto a la interpretación del lector que se siente
invitado a enriquecer los significados del poema. Aquí también la promesa de
felicidad se muestra lejos aún, restricta al tiempo específico y terminado de un
pasado, en el cual se busca nuevamente la inspiración para un futuro ideal y
tan posible cuanto las metamorfosis de todo lo que ya se vivió. El deseo del
retorno se manifiesta en función de un hacer, cumplir y vivir del individuo,
comprometido por el anhelo de una redención, para al fin, permitirse morir.
El poema “Orígenes”, es de riquísimo valor literario para un profundo abordaje
teórico y crítico. Se destaca por la presencia de elaboradas figuras de lenguaje,
provenientes del desplazamiento semántico de carga metafórica, y metonímica
en pantalla – perspectiva de la parte por el todo. Rasgo evidenciado por la
imagen de sus compatriotas figurados en el icono del sisonte-polyglottos mimus,
cuyo nombre compuesto latín hace evidente su mayor don, cantar en varias
lenguas, imitar las voces de cualquier tribu. Fundando los cimientos de su
origen por la sincronía que establece la comunicación con el exotismo de las
culturas que le encantan. Se puede
vislumbrar neste processo, uma proposta estética e ideológica de composição
cultural semelhante às vanguardas européias no início do século XX, que
também buscavam romper com as mazelas filosóficas de sua tradição pela
incorporação de valores transculturais. Tendência também incorporada pelo
manifesto antropofágico do movimento modernista brasileiro, cuja
interpretação metafórica própria de tal sincretismo incentivava, “é preciso
devorar a cultura de nossos semelhantes a fim de nos tornarmos mais fortes”2.
Ode à riqueza de uma diversidade cultural, mergulho no pitoresco e na cor
local, que compõe o cenário particular e universal focado no quadro nacional
em tela.
Demônios é um poema, caracteristicamente, introspectivo, com profunda
densidade subjetiva. O título “demônios” nos remete aos significados
epistemológicos deste termo no latim, “daemonium”, vozes da consciência.
Manifestação dos sentidos em conflito na interioridade do indivíduo, que busca
solucioná-los exprimindo sua complexidade. Submetendo os pensamentos ao
próprio exame para o autoconhecimento filosófico do indivíduo, como na
tradição platônica do hipomenatas3. O labor cotidiano do indivíduo pela escrita
ethopoiética, que constitui e condiciona suas verdades ao trabalho contínuo de
expressar sua condição, erigindo suas virtudes nos testes da pena, mantendo
aceso o fogo do pensamento contra a dominação sombria do desconhecido.
Daquilo que se teme justamente por não conhecer e, caso ignorado, toma conta
do indivíduo que não conhece a si mesmo. Por isso esta voz justifica seu
mergulho na própria consciência, que revela todos os eus adormecidos,
polifônico pelas quatro vozes antes ocultas. A redenção e permanência da
autoconsciência perseverante que gera a forte
2 ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura brasileira. 4ª ed. São Paulo,
Martins; Brasília, INL, 1972. P.232.
3 FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992.
vislumbrar en este proceso una propuesta estética e ideológica de composición
cultural semejante a las vanguardias europeas en el inicio del siglo XX, que
también buscaban romper con las malezas filosóficas de su tradición por la
incorporación de valores culturales. Tendencia también incorporada por el
manifiesto antropofágico del movimiento modernista brasileño, cuya
interpretación metafórica propia de tal sincretismo incentivaba, “es preciso
devorar la cultura de nuestros semejantes a fin de volvernos más fuertes” 4.
Donde la riqueza de una diversidad cultural, buceo en lo pintoresco y en el
color local, que compone el escenario particular y universal focalizado en el
cuadro nacional en pantalla.
Demonios es un poema característicamente introspectivo, con profunda
densidad subjetiva. El título “demonios” nos remite a los significados
epistemológicos de este término latín, “daemonium”, voces de la consciencia.
Manifestación de los sentidos en conflicto en el interior del individuo, que
busca solucionarlos, exprimiendo su complejidad. Sometiendo los pensamientos
a examen para el autoconocimiento filosófico del individuo, como en la
tradición platónica del hipomenatas5. La labor cotidiana del individuo por la
escritura ethopoiética, que constituye y condiciona sus verdades en las pruebas
de la pena, manteniendo encendido el fuego del pensamiento contra la
dominación sombría de lo desconocido. De aquello que se teme justamente por
no conocer y, si fuese ignorado, toma por completo al individuo que no se
conoce a sí mismo. Por eso esta voz justifica su inmersión en la propia
consciencia, que revela todos sus “yos” adormecidos, polifónico por las cuatro
voces antes ocultas. La redención y permanencia de la autoconsciencia
perseverante que genera la fuerte impresión de individualidad, por el acto
liberador de la poética en la escritura. El enlace
4 ANDRADE, Mário de. El movimiento modernista. In: Aspectos de la literatura brasileña. 4ª ed. São
Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972. P.232.
5 FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992.
polifônico entre os quatro anjos salvadores, aos quais o “eu lírico” atribui vozes
com quem compartilha seu destino, estabelece um elo intrínseco com os poemas
seguintes. Da verdade que surge angelical, a poética dos versos comunica-se
com o “ontem”, o “hoje”, o “amanhã” e o “sempre”, onipresentes no fulgor de
cada instante em que a contemplação da vida se torna escritura.
Os significados imanentes ao título de “Ontem”, sugerem um evidente
encadeamento temático estabelecido entre este poema, e os três posteriores; há
também uma intratextualidade discursiva6 imanente estabelecida entre este e as
quatro vozes dos respectivos poemas enquanto imagens dos quatro anjos
salvadores da consciência, evocados da interioridade reflexiva do indivíduo
constituída no poema “Demônios”. Criativo senso de paradoxo no primeiro
verso, o avançar no retroceder, que revela os sonhos perdidos como metas e
perspectivas para um futuro. Os versos seguintes manifestam um interessante e
criativo contraste entre o ritmo e a sonoridade deste poema em relação aos
analisados anteriormente. São os primeiros que apresentam rimas encadeadas
numa métrica regular, compondo o que poderia ser uma segunda estrofe que não
está demarcada, mas implícita no corpo do poema. As paradigmáticas figuras
com quem se estabelecem as marcas de identificação subjetiva do “eu-lírico”
estão mais uma vez em um passado, distante, nostálgico e, por isso mesmo,
imensurável no traço enigmático das saudosas figuras ancestrais. A
emotividade da voz se afirma novamente coletiva, evoca a herança de uma
dignidade tribal particular, que deslumbra pelo contraste entre o orgulho
passado e a decepção presente. Sua inércia é decorrente do letargo em que se
afoga atualmente perspectiva, vislumbrando um legado civilizatório estanque,
disseminado em degraus sociais de males que não mais compartilham uma idéia
coletiva de dignidade. Assevera uma dissolução absoluta de antigas virtudes
transfiguradas pela consciência do belo como expressão do mínimo,
aparentemente restrito apenas aos individualismos de
6 BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
polifónico entre los cuatro ángeles salvadores, a los cuales el “yo lírico” atribuye
voces con quien comparte su destino, establece un hilo intrínseco con los
poemas siguientes. De la verdad que surge angelical, la poética de los versos se
comunica con el “ayer”, el “mañana” y el “siempre”, omnipresentes en el fulgor
de cada instante en que la contemplación de la vida se vuelve escritura.
Los significados conjuntos al título “Ayer” sugieren un evidente enlace
temático establecido entre este poema y los tres posteriores: hay también una
intertextualidad discursiva7 inminente entre éste y las cuatro voces de los
respectivos poemas como imágenes de los cuatro ángeles salvadores de la
consciencia, invocados de la interioridad reflexiva del individuo constituida en
el poema “Demonios”. Creativo sentido de paradoja en el primer verso, el
avance en el retroceso, que revela los sueños perdidos como metas y perspectivas
futuras. Los versos siguientes manifiestan un interesante y creativo contraste
entre el ritmo y la sonoridad de este poema en relación a los analizados
anteriormente. Son los primeros que presentan rimas encadenadas en una
métrica regular, componiendo lo que podría ser una segunda estrofa que no está
definida, pero sí implícita en el cuerpo del poema. Las paradigmáticas figuras
con quien se establecen las marcas de identificación subjetiva del “yo lírico”
están una vez más en un pasado, distante, nostálgico y, por eso mismo,
inmensurable en el trazo enigmático de las figuras ancestrales. La emotividad
de la voz se afirma nuevamente colectiva, , evoca la herencia de una dignidad
tribal particular, que deslumbra por el contraste entre el orgullo pasado y la
decepción presente. Su inercia es fruto del letargo en que se ahoga actualmente
la perspectiva, vislumbrando un legado civilizado estancado, diseminado en
escalones sociales de males que no comparten más la idea colectiva de dignidad.
Asevera una disolución absoluta de antiguas virtudes transfiguradas por la
consciencia de lo bello
7 BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
cada degrau. Aponta a insolência de um mal que constitui em “estilo” o
fracasso de metas que evidentemente não mais abarcam a felicidade coletiva de
uma tribo, barbárie cultural que violenta até mesmo o ódio imanente traduzido
em narrativas oficiais, sociais.
“Hoje” é um poema que denota em sua perspectiva do presente certa
impossibilidade de efetiva comunicação coletiva. Não por escolha ou ausente
desejo de comunhão da maioria, mas por imposição de um mal forasteiro,
opositor a todos. Novamente o eu lírico atende pelo pronome “nós”, único elo
entre os que mesmo separados, tornam-se iguais na comunidade dos que não se
encontram. Este evidente senso de paradoxo delineia-se pela expressão do mal
que desune, oprime e aniquila a razão e o senso comum. Imagens paradoxais
continuam se desdobrando nos versos posteriores, fantasmas já não têm corpo,
mas a essência do que lhes falta é marcada por imagens subjetivas de ausências
singulares, o cérebro e o pensamento. Embora mortos o desejo, a reflexão e a
liberdade dos seres, a vida não cessou de seus corpos, cuja perseverança dos que
se erguem prossegue em marcha triunfal, pois resiliente.
No poema “Amanhã”, a lírica em foco principia uma entonação mais otimista
na composição de poemas com que este estabelece certo encadeamento
significativo. O tempo futuro é promessa sempre frutífera de uma nova vida,
nascida da transformação do passado, aqui mencionado como indesejada
lembrança e não como a fonte de virtudes dos poemas anteriores. O sabor que
asfixia a memória do ser faz bem querer a morte, pois na condição que se
expressa só ela o liberta. A esperança no devir dos dias, dos anseios e desejos
que prevalecem na vontade de potência da voz, se dirige em tom intimista e
confessional na proximidade que estabelece com o leitor. A lírica retoma a
musicalidade da aliteração na métrica regular dos versos seguintes, oscilando
no ritmo dançante dos amores, iluminados por um som que contagia.
Novamente a metáfora do sincretismo cultural prevalece na imagem de
como expresión de lo mínimo, aparentemente restricto apenas a los
individualismos de cada escalón. Apunta la insolencia de un mal que constituye
en “estilo” o fracaso de metas que evidentemente no abarcan más la felicidad
colectiva de una tribu, barbarie cultural que viola hasta el odio inminente
traducido en narrativas oficiales, sociales.
“Hoy” es un poema que denota en su perspectiva del presente cierta
imposibilidad de efectiva comunicación colectiva. No por escogida o deseo
ausente de comunión de la mayoría, sino por imposición de un mal forastero,
opuesto a todos. Nuevamente el “yo lírico” atiende por el pronombre “nosotros”,
el único posible entre los que, aunque separados, se vuelven iguales en la
comunidad de los que no se encuentran. Este evidente sentido de paradoja se
delinea por la expresión del mal que desune, oprime y aniquila la razón y el
sentido común. Imágenes paradójicas continúan desbordándose en los versos
posteriores, fantasmas ya no tienen cuerpo, pero la esencia de lo que les falta es
marcada por imágenes subjetivas de ausencias singulares, el cerebro y el
pensamiento. Aunque muertos el deseo, la reflexión y la libertad de los seres, la
vida no cesó de sus cuerpos, cuya perseverancia de los que se levantan prosigue
en marcha triunfal, insistente.
En el poema “Mañana”, la lírica focal denota una entonación más optimista en
la composición de poemas con que éste establece cierto enlace significativo. El
tiempo futuro es promesa siempre fructífera de una nueva vida, nacida de la
transformación y no como la fuente de virtudes de los poemas anteriores. El
sabor que asfixia la memoria del ser bien hace querer la muerte, pues en la
condición que se expresa sólo ella lo libera. La esperanza en el devenir de los
días, de los anhelos y deseos que prevalecen en la voluntad de potencia de la
voz, se dirige en tono intimista y confesional en la proximidad que establece
con el lector. La lírica retoma la musicalidad en la métrica regular de los versos
siguientes, oscilando en el ritmo de los amores, iluminados por un sonido que
contagia. De nuevo la metáfora del sincretismo cultural prevalece
criaturas plurais, coloridas, a abundância de cores que inviabiliza qualquer
distinção por sua imanente poética da homogeneidade.
A forte carga significativa do poema “Sempre” evoca o sentimento de plenitude
temporal de Minha Tribo, integra o cerne do livro, a amplitude poética da voz
em manifestação epifânica, marcadamente no plural, coletiva, pois ecoa pelos
caminhos que conduzem ao destino comum. A plenitude temporal do título se
concretiza na perspectiva de um tempo eterno, infinito como os horizontes
naturais e culturais de sua terra, legado de todos reconhecido na música e no
calor humano da comunidade afortunada, apesar de qualquer infortúnio.
Independente das contingências territoriais, manifesta-se o sincretismo étnico
religioso e cultural de uma coletividade que se afirma herdeira orgulhosa de sua
condição singular, expressa nas boas obras literárias, plásticas, musicais.
Perspectiva singular da beleza de seus atributos reconhecidos na cultura
ocidental, patrimônio nacional de marcada simpatia, originalidade e sabor.
Aprecia as marcas indeléveis da vida cultivada sempre no cotidiano, forjada no
seio de cada um que compartilhe o gosto da existência nesta terra, a bem
chamada “cubania”. Sobrevivente de invasões que atravessaram dignidades e
virtudes que prevalecem ao saque de vilões, as riquezas da ilha que pertence a
todos perpetuamente.
No que se refere às considerações teóricas conclusivas que por ora se esboçam, o
presente ensaio visou demonstrar alguns aspectos da visão de mundo na
subjetividade lírica de Minha Tribo. Sua perplexidade com a recordação das
mortes dos desejos e das felicidades, enquanto “fenômeno da consciência
coletiva que atinge seu ápice de clareza conceitual na consciência do escritor” 8,
expande a compreensão da realidade em tela para além de qualquer fronteira,
num encontro interminável com seu tempo. Como intérprete
8 GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no
teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 28-29.
en la imagen de criaturas plurales, coloridas, la abundancia de colores que
inviabiliza cualquier distinción por su inminente poética de la homogeneidad.
La fuerte carga significativa del poema “Siempre” evoca el sentimiento de
plenitud temporal de Mi Tribu, integra el alma del libro, la amplitud poética de
la voz en manifestación epifánica, marcadamente en el plural, colectiva, pues
escora por los caminos que conducen al destino común. La plenitud temporal
del título se concretiza en la perspectiva de un tiempo eterno, infinito con los
horizontes naturales y culturales de su tierra, legado de todos reconocido en la
música y en el calor humano de la comunidad afortunada, a pesar de cualquier
infortunio. Independiente de las contingencias territoriales, se manifiesta el
sincretismo étnico, religioso y cultural de un colectivo que se afirma heredero
orgulloso de su condición singular, expresado en las buenas obras literarias,
plásticas y musicales. Perspectiva singular de la belleza de sus atributos
reconocidos en la cultura occidental, patrimonio nacional de marcada simpatía,
originalidad y sabor. Aprecia las marcas imborrables de la vida cultivada
siempre en lo cotidiano, forjada en el seno de cada uno que comparta el gusto de
la existencia en esta tierra, la bien llamada “cubanía”. Sobreviviente de
invasiones que atravesaron dignidades y virtudes que prevalecen al saque de
villanos, las riquezas de la isla que pertenece a todos perpetuamente.
En lo que se refiere a las consideraciones teóricas conclusivas que ahora se
esbozan, el presente ensayo intentó demostrar algunos aspectos de la visión del
mundo en la subjetividad lírica de Mi Tribu. Su perplejidad con la recordación
de las muertes del deseo y la felicidad, mientras el “fenómeno de la consciencia
colectiva que acierta el ápice de clareza conceptual en la consciencia del
escritor”9,
9 GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no
teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 28-29.
privilegiado de seu presente, o poeta visita os fatos, esmiuçando em suas
ambigüidades latentes todas as possibilidades de representação do seu tempo
que evidenciem a barbárie e, conseqüentemente, as subjetividades fragilizadas,
mas sobreviventes diante dela. Constituindo uma leitura qualificada de sua
contemporaneidade, a poesia de “Minha tribo” constrói espaços onde se
encenam as experiências de uma multiplicidade10 de vozes silenciadas diante da
insatisfação com o presente, evidenciando a falência do mesmo através da
negação ao sofrimento advindo dele. Como um tecido de citações oriundas dos
mil focos da cultura11, a imantação poética da voz nesta obra aponta uma
constatação ou relato que atrai a figura do real para os pontos em que ela deve
se colocar, respondendo ao fascínio de sua sombra.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura
brasileira. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972.
ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade
contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes,
2003.
BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa:
Passagens. 1992.
GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos
Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959.
10 BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes,
2004. p. 62.
11 BARTHES, Roland. Id.
expande la comprensión de la realidad en pantalla más allá de cualquier
frontera, en un encuentro interminable con su tiempo. Como intérprete
privilegiado de su presente, el poeta visita los hechos, asistiendo a todas las
posibilidades de representación de su tiempo que evidencien la barbarie y,
consecuentemente, las subjetividades fragilizadas, pero sobrevivientes delante
de ella. Constituyendo una lectura cualificada de su contemporaneidad, la
poesía “Mi tribu” construye espacios donde se escenifican las experiencias de
una multiplicidad12 de voces silenciadas delante de la insatisfacción con el
presente, evidenciando la quiebra del mismo a través de la negación al
sufrimiento de él. Como un tejido de citaciones oriundas de los mil focos de la
cultura13, la imantación poética de la voz en esta obra apunta una
constatación o relato que atrae la figura de lo real para los puntos en que ella
debe colocarse, respondiendo a lo fascinante de su sombra.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura
brasileira. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972.
ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade
contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes,
2003.
BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa:
Passagens. 1992.
GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos
Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959.
12 BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes,
2004. p. 62.
13 BARTHES, Roland. Id.
Minha Tribo por Benjamnin

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Minha Tribo por Benjamnin

  • 3. Minha Tribo (Mi Tribu) Tradutor/Traductor Jonathan Sánchez de la Blanca Rivero Revisão Técnica/Revisión Técnica Jorge Luiz Souza Elias Editor e Revisor/Edictor y Revisor Sérgio Rodrigues de Souza Apresentação/Presentación Sérgio Rodrigues de Souza Ensaio Analítico/Ensayo Analítico Thadeu Togneri Moreira
  • 4. Minha Tribo (Mi Tribu) 2014 Benjamín Copyright by Benjamín Diagramação: Edição: Prof. Sérgio Rodrigues de Souza Revisão Técnica: Jorge Luiz Souza Elias Revisão Gramatical e Linguística: Prof. Sérgio Rodrigues de Souza DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Sérgio Rodrigues de Souza (Editor) M204p BENJAMÍN. Manancial (Edição Bilíngüe)/Benjamín – Vitória (ES), 2014 - 200p. 1. Literatura 2. Poesia 3. Romance - Brasil I. Título II. Autor ISBN: 978-85-917332-2-4 CDD - B869.1 CDU - 82
  • 5. Dedicatória À minha tribo Ao meu clã (em especial ao “Guilo” absurdamente substraído) Aos meus descendentes (futuro de meu país)
  • 6. Dedicatoria A mi tribu A mi clan (en especial al “Guilo” absurdamente substraído) A mis descendientes (futuro de mi país)
  • 7. Apresentação Apresentar um livro de poesias está entre as tarefas mais severas a que pode ser submetido um ser humano... E tal é pelo fato de que a poesia caracteriza-se como a mais sublime expressão do que encontra-se reprimido e que pode ser na forma de uma nostalgia, um sentimento de raiva, uma necessidade de colocar para fora tudo aquilo que transforma o ser em um não ser, o intangível e invisível em algo dotado, não só de vida e pulsão, mas palpável e ainda compreensível. Mas, eis a questão: “como compreender aquilo que existe para ser incompreensível?” “Com que autoridade invadimos a privacidade inconsciente de um indivíduo que faz-se autor por meio da expressão de seu dáimon?” Célia Bertin (1990) disse que cada tempo possui sua arte e cada arte a sua liberdade. A expressão poética é uma relação do “eu” conhecido com um “eu” supostamente conhecido, ou seja, o artista julga ser conhecedor de seu mundo e expressa o que sente, mas este sentimento é algo que não pode ser dominado, porque inconsciente. O momento político por que atravessa o nosso país pode ter sido a alavanca que fez brotar no autor, Benjamín, as condições que possibilitaram a criação dos poemas que ora tem-se à disposição do leitor. O caráter existencialista que as mesmas possuem, marcadas pela abrangência de surrealismo e, por vezes, um pessimismo quanto ao futuro, partindo de leituras épicas do presente e de uma nostalgia dorida com relação a um passado que, mesmo podendo ser restituído, não teria mais o brilho de outrora, porque faltam os elementos mágicos que construíram a magnitude de uma nação.
  • 8. Presentación Presentar un libro de poesías está entre los quehaceres más severos a los que puede ser sometido un ser humano… Es así por el hecho de que la poesía se caracteriza como la más sublime expresión de lo que se encuentra reprimido ya sea en forma de nostalgia, un sentimiento de rabia, una necesidad de colocar para fuera todo aquello que transforma el ser en un no ser, lo intocable e invisible en algo dotado, no sólo de vida y pulso, sino también en algo palpable y comprensible. Pero, e aquí la cuestión: “¿cómo comprender aquello que existe para ser incomprensible?” “¿con qué autoridad invadimos la privacidad inconsciente de un individuo que se hace autor por medio de la expresión de su espíritu?” Célia Bertin (1990) dice que cada tiempo posee su arte y cada arte su libertad. La expresión poética es una relación del “yo” conocido como un “yo” supuestamente conocido, o sea, el artista juzga ser conocedor de su mundo y expresa lo que siente, pero ese sentimiento es algo que no puede ser dominado, porque es algo inconsciente. El momento político por el que atraviesa nuestro país puede haber sido la palanca que hizo brotar en el autor, Benjamín, las condiciones que posibilitaron la creación de los poemas que están a disposición del lector. El carácter existencialista que los mismos poseen, marcados por la dureza del surrealismo y, a veces, de un pesimismo en relación al futuro, partiendo de lecturas épicas del presente y de un recuerdo doloroso con relación a un pasado que, aunque pudo ser sustituido, no tendría más el brillo de antaño, porque faltan los elementos mágicos que construyeron la magnitud de una nación. Partindo da concepção de que os dias passados são lembranças melhores do que a apreciação do presente, trazendo aqui as palavras de Francesca da Rimini, de
  • 9. que não há dor maior do que lembrar dos dias felizes nos momentos de angústia. Os poemas, neste livro, expressos, demonstram a amargura do desejo do autor em estar em sua terra mãe, a mesma que acolhe os seus. Na Grécia Clássica, o castigo mais severo a um cidadão era o desterro. Ainda somos herdeiros deste sentimento nato de ligação fusional com a Terra aonde foi-se gerado. Com isto não quero dizer que o autor esteja angustiado, apenas um pouco melancólico, poder-se-ia dizer. Mas é isto, é esta dualidade emocional, o repouso do guerreiro que, aparentemente, jamais se cansa que faz da poesia existencialista o que ela é: um encanto que explode do interior para o exterior sem pedir licença, um ato libidinoso sacralizado, uma paixão em êxtase! O autor, Benjamín, é um entusiasta da literatura poética clássica e quando eu tive a grande honra e a oportunidade de conhecê-lo, estava a minha frente um grande conhecedor nato acerca da physis antropológica. E, ao seguirmos trabalhando foi-se apresentando, cada vez mais o “ser humano” que habitava em sua caverna particular: um apaixonado pela vida, pelo trabalho que exercia... De uma forma que eu jamais tinha visto até então. Suas preleções eram, já naquele momento, encantadoras. Dotado de uma fé inabalável, apresentava a religião como um meio pelo qual o homem poderia tornar-se algo mais, o que Friedrich Nietzsche chamou de uma fé católica. Partiendo de la idea de que los días pasados son recuerdos mejores que la apreciación del presente, trayendo aquí las palabras de Francesca da Rimini, de que no hay dolor mayor que recordar los días felices en los momentos de
  • 10. angustia. Los poemas, en este libro escritos, demuestran la amargura del deseo del autor en estar en su tierra natal, la misma que acoge a los suyos. En la Grecia Clásica, el castigo más severo impuesto a un ciudadano era el destierro. Aún somos herederos de este sentimiento nato de unión con la tierra donde se fue creado. Con esto no quiero decir que el autor esté angustiado, sólo un poco melancólico, podríamos decir. Pero es esto, este duelo emocional, el reposo del guerrero que, aparentemente, jamás se cansa, lo que hace de la poesía existencialista lo que es: un encanto que explota de dentro para fuera sin pedir permiso, un acto libidinoso sagrado, una pasión en éxtasis! El autor, Benjamín, es un entusiasta de la literatura poética clásica, y cuando yo tuve la oportunidad de conocerlo, estaba ante mí un gran conocedor nato sobre la physis antropológica. Y, al seguir trabajando juntos, se fue presentando cada vez más el “ser humano” que habitaba en su caverna particular, un apasionado por la vida, por el trabajo que ejercía… De una forma que yo jamás había visto hasta entonces. Sus exposiciones eran, ya en aquel momento, encantadoras. Dotado de una fe inamovible, presentaba la religión como un medio por el cual el hombre podría volverse algo más, lo que Friedrich Nietzsche llamó de una fe católica. O que mais encanta nos poemas que ler-se-á a seguir são a leveza que apresentam ao primeiro instante, mas que em sua essência trazem um peso ad
  • 11. absurdum caracterizado por esta mesma magia que os escondem num dialeticum peso-leveza, contrariando as regras [quase] sutis do existencialismo. Benjó é um poema que trata do devir de um ser que irá liderar os futuros guerreiros na libertação dos patriotas dos grilhões do pseudo-patriotismo. Em sua essência prenuncia a ligação fraternal entre aqueles que, por injunção divina, deixam aflorar o desejo de conceber à luz àquele que, mesmo sem o saber, detém o poder de despertar e provocar a alegria e a felicidade, primeiro ao micro cosmo, depois ao macro cosmo, tomando, como suporte as palavras do autor, ao afirmar que Ele foi “Concebido pela esperança reprimida Dos que procuravam consagração. Dos que procuravam consagração. (...) Destinado [já desde o início] a reinar pelo amor (BENJAMÍN). [Grifos meus] O poema Minha Tribo pode ser dividido em três momentos distintos: em sua entrada uma elegia, um conto nostálgico sobre o que um dia fora a cultura e todo um povo em sua glória ascendente! Ao seguir as linhas vê-se que todo este esplendor foi destruído por palavras de carinho que, hoje, ao serem trazidas à memória, soam mais pesadas que as promessas [que foram] quebradas. Em seu final, traz o sonho imaculado de voltar à grandeza inocente de outrora que junto a esta fantasia viria a alegria de uma liberdade construída e, para tanto, continuam, Lo que más encanta en los poemas que leeremos a seguir es la ligereza que presentan al primer instante, pero que en su esencia traen un peso ad absurdum
  • 12. caracterizado por esta misma magia que los esconde en un dialeticum peso- ligereza, contrariando las reglas (casi) sutiles del existencialismo. Benjó es un poema que trata del devenir de un ser que irá a liderar futuros guerreros en la liberación de los patriotas de los grilletes del pseudo - patriotismo. En su esencia prevé la unión fraternal entre aquellos que, por obra divina, dejan aflorar el deseo de concebir la luz a aquel que, mismo sin saberlo, detiene el poder de despertar y provocar la alegría y la felicidad, primero al micro cosmos, después al macro cosmos, tomando como soporte las palabras del autor, al afirmar que Él fue “Concebido pela esperança reprimida Dos que procuravam consagração. Dos que procuravam consagração. (…) Destinado [ya desde el inicio] a reinar por el amor (BENJAMÍN). [Corchetes míos] El poema Mi Tribu puede ser dividido en tres momentos distintos: en el comienzo un poema triste, un cuento nostálgico sobre lo que un día fue la cultura y todo un pueblo en su gloria ascendiente. Al seguir las líneas, vemos que todo este esplendor fue destruido por palabras de cariño que, hoy, al ser traídas a la memoria, suenan más pesadas que las promesas [que fueron] rotas. En el final, trae un sueño inmaculado de volver a la grandeza inocente de antaño que junto a esta fantasía vendría la alegría de una libertad construida y, por tanto, continúan; “Atados na espera infinita por voltar a nos encontrar, Ser de novo nós, Acampados na espera de um facho de luz
  • 13. Que faça nossa alegria reluzir Devolvendo-nos ao mundo, à vida, Amando uns aos outros, Convertidos a nós mesmos, Militando por nós, [agora] libertos.” (BENJAMIN, 2014) (grifo meu) E assim é toda a obra que tem-se à frente, que pode ser comparada a de Milton, onde este último coloca seu Adão a vislumbrar o que pode ser visto pela mão do Anjo, enquanto que em seu subterrâneo encanta-se com as possibilidades daquilo que foi-lhe negado ver. Este mesmo Adão, ao sair do Paraíso, mostra-se arrependido... Mas, ao mesmo tempo, ao imaginar o quão pouco conhece e tem e o quanto pode vir a conhecer e ter, relembra-se sua fala à sua Eva de que decidido estava a morrer junto a ela, porque a saudade laceraria seu coração, impiedosamente, por todos os tempos! Esta obra, Minha Tribo, é uma construção de um homem que superou a saudade e a dor provocada por esta; que fez dela uma forma de mostrar àqueles que lêem este escopo/miríade, que a alma humana guarda as belezas que não podem ser vistas por meios de vistas comuns. Como Freud colocou que a Psicanálise abriu uma fresta no inconsciente e assim permitiu-se vislumbrar contornos de alguns elementos antes invisíveis, os poemas de Benjamín nos permitem ir além de um mundo fantástico: ‘o da possibilidade de enxergar com maior clareza o que temos e o que conjeturamos’. Enfim, para todos aqueles que desejam, um dia na vida, ler um clássico...“Eis um clássico!” Sérgio Rodrigues de Souza Atados en la espera infinita por volver a encontrarnos, Ser de nuevo nosotros, Acampados en la espera de un haz de luz Que haga nuestra alegría relucir
  • 14. Devolviéndonos al mundo, a la vida, Amando los unos a los otros, Convertidos a nosotros mismos, Militando por nosotros, [ahora] libres” (Benjamín,2014) Y así es toda la obra que tenemos enfrente, que puede ser comparada a la de Milton, donde éste último coloca su Adán a vislumbrar lo que puede ser visto por la mano del ángel, mientras que en su interior se maravilla con las posibilidades de aquello que le fue negado ver. Este mismo Adán, al salir del Paraíso, se muestra arrepentido… Pero, al mismo tiempo, al imaginar lo poco que conoce y tiene y cuánto puede llegar a conocer y tener, se recuerdan sus palabras a Eva de que estaba decidido a morir junto a ella, porque la pérdida laceraría su corazón, sin piedad, por toda la eternidad! El poema Mi Tribu puede ser dividido en tres momentos distintos: en el comienzo un poema triste, un cuento nostálgico sobre lo que un día fue la cultura y todo un pueblo en su gloria ascendiente. Al seguir las líneas, vemos que todo este esplendor fue destruido por palabras de cariño que, hoy, al ser traídas a la memoria, suenan más pesadas que las promesas [que fueron] rotas. En el final, trae un sueño inmaculado de volver a la grandeza inocente de antaño que junto a esta fantasía vendría la alegría de una libertad construida y, por tanto, continúan; En fin, para todos aquellos que desean, una vez en la vida leer un clásico, “!Aquí tenéis un clásico!” Sérgio Rodrigues de Souza Sumário 1. Minha Tribo....................................................................19 2. Além dos Tempos.............................................................21 3. Paraíso............................................................................23
  • 15. 4. Infinito...........................................................................25 5. Silêncio...........................................................................27 6. Comigo............................................................................29 7. Sonhos Perdidos..............................................................31 8. Origem.............................................................................33 9. Nostalgias.......................................................................35 10. Viagens.........................................................................37 11. Ontem...........................................................................39 12. Hoje...............................................................................41 13. Amanhã.........................................................................43 14. Sempre...........................................................................45 15. Lisura............................................................................47 16. Sinais............................................................................49 17. Refúgio..........................................................................51 18. Desconhecidos...............................................................53 19. Delgados.......................................................................55 20. Êxedo............................................................................57 21. Fuga (KW) ..................................................................59 22. Iluminada.....................................................................61 23. Invasão.........................................................................63 24. Contraste.......................................................................65 25. Truculência...................................................................67 26. Demônios......................................................................69 Sumario 1. Mi Tribu.........................................................................20 2 . Más allá de los tiempos .................................................22 3. Paraíso............................................................................24
  • 16. 4. Infinito...........................................................................26 5. Silencio............................................................................28 6. Conmigo..........................................................................30 7. Sueños Perdidos..............................................................32 8. Origen ...........................................................................34 9. Nostalgias .....................................................................36 10. Viajes...........................................................................38 11. Ayer .............................................................................40 12. Hoy ............................................................................42 13. Mañana.......................................................................44 14. Siempre .......................................................................46 15. Lisura...........................................................................48 16. Señales ........................................................................50 17. Refugio ........................................................................52 18. Desconocidos ...............................................................54 19. Delgados ......................................................................56 20. Éxodo............................................................................58 21. Fuga..............................................................................60 22. Iluminada.....................................................................62 23. Invasión........................................................................64 24. Contraste ......................................................................66 25. Tempestad.....................................................................68 26. Demonios......................................................................70 Sumário 27. Clã.................................................................................71 28. Benjó.............................................................................73 29. José David....................................................................75
  • 17. 30. Rafaela..........................................................................77 Ensaio Analítico.................................................................82 Sumario 27. Clan...............................................................................72 28. Benjó.............................................................................74 29. José David....................................................................76
  • 19. Acabamos transformados, singulares Ao nos misturarmos com eles e com os outros Resultamos nisso que somos Criaturas amorosas sequestradas Ao início por eles, depois, antes e agora por nós mesmos Ao certo por aqueles que não são nós, Nossas antíteses, Inclusive vestido de calça messiânica e luzindo aquela cor sofrível. Aqui estamos nós, banidos de toda realidade, Enclausurados, condenados apesar da inocência, Punidos por sermos inocentes, sem vez, sofridos, Atados na espera infinita por voltar a nos encontrar, Ser de novo nós, Acampados na espera de um facho de luz Que faça nossa alegria reluzir Devolvendo-nos ao mundo, à vida, Amando uns aos outros, Convertidos a nós mesmos, Militando por nós, libertos. 1. Mi Tribu Éramos, antes de que ellos llegasen Teníamos nuestro espacio,
  • 20. Acabamos transformados, singulares Al mezclarnos con ellos y con otros Resultamos en eso que somos Criaturas amorosas secuestradas Al principio por ellos, después, antes y ahora por nosotros mismos Ciertamente por aquellos que no somos nosotros Nuestras antítesis, Inclusive vestido de pantalón mesiánico y luciendo aquel color insufrible. Aquí estamos nosotros, borrados de toda realidad, Encerrados, condenados a pesar de la inocencia, Multados por ser inocentes, sin vez, sufridos, Atados en la espera infinita por volvernos a encontrar, Ser de nuevo nosotros, Protegidos a la espera de un haz de luz Que haga nuestra alegría relucir Devolviéndonos al mundo, a la vida, Amando unos a los otros, Convertidos a nosotros mismos, Militando por nosotros, libres. 2. Além dos tempos Além dos tempos Amanhã estaremos
  • 21. Como pinturas pretéritas Adornos nos muros domiciliares Por onde passamos Entre as marcas que produzimos Infinitamente acolhidos Em repouso vertical traremos Momentos compartilhados, Alegrias disseminadas Irredutível ao tempo Ainda amados Nós nos perpetuaremos Entre aqueles que deixamos Para seguir caminhos Avanço incontestável Da vida que, sem parar, Envolve tudo e todos Situando cada um, No momento certo, Além de si mesmo.
  • 22. 2. Más allá de los tiempos Más allá de los tiempos Mañana estaremos Como pinturas pretéritas Adornan los muros domiciliares Por donde pasamos Entre las marcas que producimos Infinitamente acogidos En reposo vertical traeremos Momentos compartidos Alegrías diseminadas Irreductible al tempo Aún amados Nosotros nos perpetuaremos Entre aquellos que dejamos Para seguir caminos Avance incontestable De la vida que, sin parar, Envuelve todo y todos Situando a cada uno En el momento exacto. Más allá de sí mismo.
  • 23. 3. Paraíso A viagem que sempre faremos Ao destino pré-indicado Trará o fim existencial De sonhos, planos e ilusões Irão os amores Restarão, apenas, lembranças Os momentos vividos Amores consentidos E também os perdidos. Sobre anjos mensageiros Viajaremos Ao além dos caminhos marcados Distantes ficaremos No tempo e no espaço E sem bilhete de retorno Começaremos a viver Nova vida, A delinear outros sonhos Sabendo que jamais Esses serão realizados Na eterna estadia aprenderemos Amar E estaremos bem amados.
  • 24. 3. Paraíso El viaje que siempre haremos Al destino preindicado Traerá el fin existencial De sueños, planes e ilusiones Irán los amores Restarán, apenas, recuerdos Los momentos vividos Amores consentidos Y también los perdidos. Sobre ángeles mensajeros Viajaremos Más allá de los caminos marcados Estaremos distantes En el tiempo y el espacio Y sin billete de retorno Comenzaremos a vivir Una nueva vida. A delinear nuevos sueños Sabiendo que jamás Éstos serán realizados En la eterna estadía aprenderemos A amar Y estaremos bien amados.
  • 25. 4. Infinito Cheguei. Silêncio sepulcral Similar ao anunciado: Quietude, paz, solidão. Vim sem preparo Faltou tempo, Sempre falta, Agora nada mais a fazer. Figuras assimétricas me recebem, Aceitam minhas formas Recebo meu espaço Personalizo o lugar a mim destinado Nada poderei alterar, Estava tudo assinado, Terei que reiniciar meu percurso Empreender o voo à próxima parada Longe, mais distante, sem fim Pode ser que nunca consiga Talvez não pare de novo.
  • 26. 4. Infinito Llegué. Silencio sepulcral Similar al anunciado. Quietud, paz, soledad. Vine sin preparo Faltó tempo. Siempre falta, Ahora nada más que hacer. Figuras asimétricas me reciben Aceptan mis formas Recibo mi espacio Personalizo el lugar a mí destinado Nada podré alterar, Estaba todo firmado, Tendré que reiniciar mi camino Emprender el vuelo a la próxima parada Lejos, más distante, sin fin Puede ser que nunca consiga Tal vez no pare de nuevo.
  • 27. 5. Silêncio Momentos passados Tempos vividos Ilusões perdidas, algumas Anseios frustrados, outros Quimeras sofridas, às vezes. Lembranças mortas e vivendo Lembradas todas Ardentemente guardadas Naquele esconderijo sentimental, Carinhoso, Onde nos protegemos Do juízo crítico dos outros. Ali nossa história é blindada Como diário cúmplice de nossas mais Alegres, tristes e desesperançosas experiências Por esta passagem enigmática que é a vida. Nem biógrafos ou cientistas Penetraram nesse cofre segurado Cujo prêmio maior é o silêncio.
  • 28. 5. Silencio Momentos pasados Tiempos vividos Ilusiones perdidas, algunas Anhelos frustrados, otros Quimeras sufridas, a veces. Recuerdos muertos y viviendo Recuerdos todos Ardientemente guardados En aquel escondrijo sentimental, Cariñoso, Donde nos resguardamos Del juicio crítico de los otros. Allí nuestra historia es blindada Como diario cómplice de nuestras más Alegres, tristes e incompletas experiencias Por este camino enigmático que es la vida. Ni biógrafos ni científicos Entraron en ese cofre cerrado Cuyo mayor premio es el silencio.
  • 29. 6. Comigo Mergulhando no tempo E nas profundezas das lembranças Descobre-se o tamanho A qualidade e o sabor Daquele que nos recebe Ao qual nos mantemos colado Porque transforma tudo em alegria Recriamos a alma a cada instante E tornando a existência um idílio. Na busca célere pela felicidade Ao encontro da metade sonhada, Idealizada em fantasias proibitivas Que ruborizava amanheceres E iluminava as noites solitárias, Tal como querubins encantados, Chega-se ao amor, Em toda sua realidade, Para tornar melhor a vida E sublime a paixão.
  • 30. 6. Conmigo Buceando en el tiempo Y en las profundidades de los recuerdos Se descubre el tamaño La calidad y el sabor De aquel que nos recibe Al cual nos mantenemos pegados Porque transforma todo en alegría Recreamos el alma a cada instante Y volviendo a la existencia un sueño. En la búsqueda rápida por la felicidad Al encuentro de la mitad soñada, Idealizada en fantasías prohibitivas Que ruborizaba amaneceres E iluminaba las noches solitarias, Tal y como querubines encantados, Se llega al amor, En toda su realidad, Para tornar mejor la vida Y sublime la pasión. 7. Sonhos perdidos
  • 31. Trás as pegadas indeléveis do tempo Passam sonhos perdidos, Grandes momentos de outrora fogem No horizonte desaparecem Mas, tu não vás Nunca te ausentas de minha mente. Perpetuastes em mim Deixando me atado Existo alucinado por ti. Nada apaga tua presença. Fostes tão intensa no passado que não vislumbro futuro. No presente apenas sobrevivo, Ando alienado, Busco forças interiores em mim Irei a me prover a felicidade, Deterei a máquina do tempo Para me envolver com sonhos Apegado ao que foi, Tratarei de chegar mais longe Consciente do surrealismo de cavalgar ao futuro em alazã do passado. 7. Sueños perdidos
  • 32. Tras las huellas imborrables del tiempo Pasan sueños perdidos, Grandes momentos de antaño huyen En el horizonte desaparecen Pero, tu no vas Nunca te ausentas de mi mente. Penetraste en mí Dejándome atado Existo alucinado por ti. Nada borra tu presencia. Fuiste tan intensa en el pasado que no vislumbro futuro. En el presente apenas sobrevivo, Ando perdido, Busco fuerzas internas en mí Iré a me proveer de felicidad, Pararé la máquina del tiempo Para envolverme con sueños Apegado a lo que fue Trataré de llegar más lejos Consciente del surrealismo de cabalgar al futuro en yegua del pasado. 8. Origem
  • 33. Ainda replicam na musicalidade A mescla de ancestrais Que enlaçados no tempo e Juntados no corpo Pintaram belas esculturas E ferozes espigões. Gente que por nascença Emitem sons e cantam A vida O amor A amizade Oh, horizontes! E ressaltando sua sincrética origem Vestem naturais casacos De negro, branco, índio Que na diversidade ímpar Fecundam atraente algaravia E fascinante sonoridade. Oh, latinos! 8. Origen
  • 34. Aún replican en la musicalidad La mezcla de ancestros Que enlazados en el tempo Y juntados en el cuerpo Pintaron bellas esculturas Y feroces espigones. Gente que desde que nacen Emiten sonidos y cantan La vida El amor La amistad Oh, horizontes! Y resaltando su origen global Visten naturales casacas De negro, blanco, indio Que en la diversidad impar Fecundan atrayente confusión Y fascinante sonoridad. Oh, latinos! 9. Nostalgias
  • 35. Andar sem ter teu calor Torna minha vida fria Não ver o mar que te molha Faz de mim um ser seco Desacompanhado de tua musicalidade Torno-me um rapaz fora de ritmo Esquecer tua história É não ter origem. Como está longe a vida? Continua morta, desanimada, Parada naqueles tempos, Outrora inocentes De felicidade eufemista Em que sonhos existiam e realidades desgastantes nos acordavam Para empreender saídas, correr, Em tentativa quimérica de metamorfoses Desprezando leis que predizem Que todo câmbio é movido de dentro E que o mal se converte em mar, se não extirpado. Quero voltar, fazer, viver e (até) morrer. 9. Nostalgias
  • 36. Andar sin tener tu calor Vuelve mi vida fría No ver el mar que te moja Hace de mí un ser seco Desacompañado de tu musicalidad Me vuelvo un muchacho fuera de ritmo Olvidar tu historia Es no tener origen. Cómo está lejos la vida? Continúa muerta, desanimada, Parada en aquellos tiempos, Otrora inocentes De felicidad eufemística En que sueños existían y realidades Desgastantes nos despertaban Para emprender salidas, correr, En tentativa quimérica de metamorfosis Despreciando leyes que predicen Que todo cambio es movido desde dentro Y que el mal se convierte en mar, si no es extirpado. Quiero volver, hacer, vivir y (hasta) morir. 10. Viagens
  • 37. Na viagem em busca de se próprio O mercador ficou no ar estarrecido Muitos estavam, mas não o viam Outros nem o ver podiam, Longos anos apagaram a lavoura , o cotidiano, a historia por contar, Tudo havia desaparecido O mal arrasou até o feio A tristeza era cor relevante Desesperanca a saudação comum Tratado como inesperado estranho Ele passou sem luzes nem distintivos Nada se esparava dele Na realidade de ninguem, mas Cães do passado deambulavam atônitos, sem encontrarem nada. Fantasmas tornaram se alvos Daqueles que se consideram outros, Enquanto todos dançavam o requiem Do sonho impossível e de seu criador Zero refletia a inércia existencial Dos que ficaram no ostracismo E daquele que partia vazio Sem compreender nem dizer. 10. Viajes En el viaje en busca de sí mismo
  • 38. El mercader quedó en el aire ensimismado Muchos estaban, pero no lo veían Otros ni ver podían, Largos años apagaron la labor, lo cotidiano, la historia para contar, Todo había desaparecido El mal arrasó hasta lo feo La tristeza era el color relevante Desesperanza el saludo común Tratado como inesperado, extraño El pasó sin luces ni distintivos Nada se esperaba de él En realidad, de nadie, pero Canes del pasado deambulaban atónitos, sin encontrar nada, Fantasmas se volvieron objetivos De aquellos que se consideran otros, Mientras todos bailaban el réquiem Del sueño imposible de su creador El cero reflexionaba la inercia existencial De los que quedaron en el ostracismo Y de aquel que viajaba vacío Sin entender ni decir. 11. Ontem Avanço em retrospectiva
  • 39. Procuro sonhos perdidos Metas por exibir Chego ao refúgio dos ancestrais Encontro meus referenciais, Tem imagens paradigmáticas Grandes e enigmáticas figuras Celebres na sua atuação De ética grandiosa e Coragem indisponível, verdadeiros Nascentes da dignidade tribal. Inerte por deslumbramento Paraliso me, por decepção, Ao notar o letargo civilizatório Em que estamos afogados, dissecados, Reduzidos a degraus sociais do mal Que transforma o belo em mínimo A insolência em estilo O fracasso em metas Ao ódio em narrativa oficial. Espíritos desmedidos responsáveis do naufrágio do lindo Caiman. 11. Ayer Avanzo en retrospectiva
  • 40. Busco sueños perdidos Metas por mostrar Llego al refugio de los ancestros Encuentro mis referencias, Tienen imágenes paradigmáticas Grandes y enigmáticas figuras Célebres en su actuación De ética grandiosa y Coraje indisponible, verdaderos Nacientes de la dignidad tribal, Inerte por deslumbramiento Me paralizo, por decepción, Al notar el letargo civilizador En que estamos ahogados, disecados, Reducidos a escalones sociales del mal Que transforma lo bello en mínimo La insolencia en estilo El fracaso en metas Al odio en narrativa oficial. Espíritus desmedidos responsables del naufragio del lindo Caimán. 12. Hoje Estamos separados
  • 41. Não coincidimos em espaço Nem tempo, andamos longe Uns com relação aos outros Somos distantes porque indiferentes Eu em face a todos Todos com relação a mim. Nem existimos, tal parece. Olhamos coisas distintas porque Usamos graus diferentes Nossos destinos não se encontram Seguimos caminhos paralelos Vamos a lugar nenhum, Fomos separados e colocados em barricadas diferentes, para nos dividir Vigiando nós mutuamente, tal sicários Odiando nós reciprocamente, desunidos, sem razão em comum, Fantasmas anencéfalos Vácuos de espíritos, apenas seviciais. Mas não mortos. Sobreviventes ao dilúvio dinástico Ergueremos-nos e hoje mesmo, Começaremos a marcha triunfal. 12. Hoy Estamos separados No coincidimos en espacio
  • 42. Ni tiempo, andamos lejos Unos con relación a los otros Somos distantes e indiferentes Yo hacia todos Todos con relación a mí. Ni existimos, eso parece, Miramos cosas distintas porque Usamos grados diferentes Nuestros destinos no se encuentran Seguimos caminos paralelos No vamos a ningún lugar, Fuimos separados y colocados en barricadas diferentes, Para dividirnos Vigilándonos mutuamente, como sicarios Odiándonos recíprocamente, desunidos, sin razón en común, Fantasmas sin cabeza Vacíos de espíritus, apenas serviciales. Pero no muertos. Supervivientes al diluvio dinástico Nos levantamos y hoy mismo, Comenzaremos la marcha triunfal. 13. Amanhã Indo e andando os dias e dias Aproxima-se amanhã
  • 43. Novo, vigoroso, feliz Olhar para o ontem Trará uma indesejável lembrança Um sabor asfixiante do que se pretende esquecer Uma morte querida porque liberta Os dias e dias por vir Trarão um amanhar repleto com Alegrias, esperanças, desafios De buscas por aquilo que se pretende ter e se pretende ser. Escalando futuro e Submetendo óbices a vocação invencível do amor Amanhã seremos o que deveríamos sempre ter sido: Amores dançantes Reluz musical contagiante Criaturas coloridas Sem distinção Que entregues a uma mesma paixão, Como anjos galáticos, Perseguem o bem, a luz, o amor e a paz. Isso seremos amanhã, Nós mesmos. 13. Mañana Yendo y andando los días y días Se aproxima el mañana Nuevo, vigoroso, feliz
  • 44. Mirar para el ayer Traerá un indeseable recuerdo Un sabor asfixiante de lo que se pretende olvidar Una muerte querida porque libera Los días y días por venir Traerán un mañana repleto con Alegrías, esperanzas, desafíos De búsquedas por aquello que se pretende tener y se pretende ser. Escalando futuro y Sometiendo óbices a vocación invencible del amor Mañana seremos lo que deberíamos haber sido siempre: Amores danzantes Reluce música contagiosa Criaturas coloridas Sin distinción Que entregadas a una misma pasión, Como ángeles galácticos, Persiguen el bien, la luz, el amor y la paz. Eso seremos mañana, Nosotros mismos. 14. Sempre Sempre, entre nós, Os caminhos conduziram ao destino O mar, aos belos atardeceres
  • 45. As montanhas, ao verde horizonte A música, ao fogo humano. Sempre fomos e seremos isso (apesar dos infortúnios) Uma comunidade sincrética Racial, religiosa e cultural, Universalizada pela singularidade De seus bons filhos, cujas obras (literária, plástica e musical) Perpetuaram-se na cultura ocidental. Beleza, simpatia, originalidade e sabor Formaram o patrimônio nacional Marcas indeléveis daquilo que cultivamos e forjamos, sempre, Bem chamada de cubania. Sobrevivendo a invasões Continuamos os mesmos, sempre... (ultrapassando os vilões que rasgaram nossa dignidade e virtude). Seguiremos aqui, sempre, na ilha que nos pertence e é nossa para sempre. 14. Siempre Siempre, entre nosotros, Los caminos condujeron al destino. El mar, a los bellos atardeceres
  • 46. Las montañas, al verde horizonte La música, al fuego humano. Siempre fuimos y seremos eso (a pesar de los obstáculos) Una comunidad sincrética Racial, religiosa y cultural, Universalizada por la singularidad De sus buenos hijos, cuyas obras (literaria, plástica y musical) Se perpetuarán en la cultura occidental. Belleza, simpatía, originalidad y sabor Formaron el patrimonio nacional Marcas imborrables de aquello que cultivamos y forjamos, siempre, Bien llamada de cubania. Sobreviviendo a invasiones Continuamos los mismos, siempre… (adelantando a los villanos que rasgaron Nuestra dignidad y virtud). Seguiremos aquí, siempre, en la isla que nos pertenece y es nuestra para siempre. 15. Lisura Como não pensar nela Depois de a ter abandonado Quando precisando de mim
  • 47. Soltei as velas traz ouro egoístico Na busca falaciosa do bem Infortunado raciocínio! O bem estava nela Ela é o bem para suas crias. Impossível arrancá-la de mim Sou eu mesmo graças a ela Continua ali por mim, para mim, Em espera paciente De braços abertos qual mãe A perdoar os seus filhos Cobrindo-os com seu manto maternal. Sobre outras savanas pastei Em outros braços foi acolhido Colmado de abraços sobrevivi Mas, nada igual sem ti. És teu calor, oh mãe gentil Que me faz feliz Ser eu igual a mim. 15. Lisura Cómo no pensar en ella Después de haberla abandonado Cuando me necesitaba
  • 48. Solté las velas tras oro egoísta En la búsqueda engañosa del bien Desafortunado raciocinio! El bien estaba en ella Ella es el bien para sus crías. Imposible arrancarla de mí Soy yo mismo gracias a ella Continúa allí por mí, para mí, En espera impaciente De brazos abiertos cual madre A perdonar a sus hijos Cubriéndolos con su manto maternal Sobre otras sabanas pasté En otros brazos fui acogido Colmado de abrazos sobreviví Pero, nada igual sin ti Es tu calor, oh madre gentil, Que me hace feliz Ser yo igual a mí. 16. Sinais Retocam os sinais da derrota Assustam os equívocos e seus lastros Erros institucionalizados desafinam Enquanto se perpetuam más copias
  • 49. E histórias tenebrosas são encobertas Quanto perigo de enfezar! Como evitar o descalabro e A generalização da inópia? Urgência em deter o avance da ignomínia, a insolência e o inominável. Dizer não, não mais. O futuro não pode ser subtraído Amanhã próspero precisa chegar Sem eles, os ímpios, andaremos, melhor, mais rápido. Na proximidade dicotômica Entre o bem e o mal A razão e a emoção Voto à liberdade. Foi escrito nas tábuas douradas: Cultive- se hoje o que se sonha legar aos nossos. Desmaiar seria vil Empreender é meritório. 16. Señales Resuenan las señales de la derrota Asustan los equívocos y sus lastres Errores institucionalizados desafinan Mientras se perpetúan más copias E historias tenebrosas son encubiertas
  • 50. ¡Cuánto peligro de irritar! ¿Cómo evitar el descalabro y La generalización de la inopia? Urgencia en detener el avance de la ignominia, la insolencia y lo indomable, Decir no, no más. El futuro puede ser sustraído Un mañana próspero necesita llegar Sin ellos, los impíos, andaremos mejor, más rápido, En la proximidad dicotómica Entre el bien y el mal La razón y la emoción Voto a la libertad. Fue escrito en las tablas doradas: Cultívese hoy lo que se sueña llegar a los nuestros Desmayar sería vil Emprender es meritorio. 17. Refúgio Ainda chovem infortúnios no espaço dominado Eles não desistem na empreitada centenária, quase, de esmagar A quase todos, exceto eles mesmos Estou, ainda, no me refugio, espero. Ao tempo leu, apreendo, cresço.
  • 51. Acromanias em torrenciais caiam lá, acompanhados de ventos expansivos Que atingem o meu distante refugio Treme aqui dentro e Alicerces são colocados em risco Leva- se tudo às canhas. Em breve choverá, aqui no meu refugio. Se sair dele entrarei lá, no espaço dominado, Ficando nele começará tudo de novo. A Marte não poderei ir, estou sem mala. Terei que reinventar espaços, Transformar- me. Salvar os meus lá e aqui, isso farei. Ao inferno todo lugar, irei me imolar Vou lutar para o melhor, pela liberdade para a Felicidade de todos, aqui e lá. 17. Refugio Aún llueven infortunios en el espacio dominado Ellos no desisten en la tarifa centenaria, casi, de aplastar A casi todos, excepto ellos mismos Estoy, aún, en mi refugio, espero. Al tiempo leo, aprendo, crezco. Locuras en torrenciales callan allí,
  • 52. acompañadas de vientos expansivos Que aciertan mi lejano refugio Tiembla aquí dentro y Cimientos son puestos en riesgo Se lleva todo a las cañas. En breve lloverá, aquí en mi refugio. Si salgo de él, entraré allí, en el espacio dominado, Quedándome en él comenzará todo de nuevo. A Marte no podré ir, Estoy sin maleta. Tendré que reinventar espacios. Transformarme. Salvar a los míos allí y aquí, eso haré. Al infierno en todo lugar, iré me inmolar Voy a luchar para lo mejor, Por la libertad Para la felicidad de todos, Aquí y allá. 18. Desconhecidos Quem fostes ontem É hoje, quem eres? O mesmo sempre serás. Compões uma tribo da qual não poderás te desligar. Anjo guardião, zelador do sono de teu povo Continuidade da obra do melhor dos ancestrais Orgulho nacional, isso deverias ser tú,
  • 53. Ao contrário daquilo em que te convertestes Auxiliar do algoz, ó enemigo. Sicario que produze mal e defende o lume Trabalhando para a decadência e a morte dos teus Daqueles pelos que deverias cuidar, lutar e até morrer, Se preciso fosse, Porque tua missão é uma honra incomum para mortais. Levanta - te soldado, guerreiro insomne, Desconhecido, Reveja o rumo, salta de lado, defende a honra assediada, Engrandece- te Destruí os maus, liberta teu povo, Torna teu nome conhecido e o imortaliza. 18. Desconocidos ¿Quién fuiste ayer? Y hoy, ?quién eres? El mismo siempre serás. Compones una tribu de la cual no podrás separarte. Ángel guardián, celador del sueño de tu pueblo Continuidad de la obra del mejor de los ancestros Orgullo nacional, eso deberías ser tú,
  • 54. Al contrario de aquello en que te convertiste Auxiliar del torturador, el enemigo. Sicario que produce mal y defiende el fuego Trabajando para la decadencia y la muerte de los tuyos De aquellos por los que deberías cuidar, luchar y hasta morir, Si fuese preciso, Porque tu misión es una honra inusual para mortales. Levántate soldado, guerrero insomne, Desconocido, Revela el rumbo, salta de lado, defiende la honra asediada, Engrandécete Destruye a los villanos, libera tu pueblo, Vuelve tu nombre conocido e inmortalízalo. 19. Delgados Na galáxia resulta difícil saber Impossível os identificar Estão em todas as partes Parecem iguais, são os mesmos Fazem todos as mesmas coisas Histórias de laboratórios construídas no tempo Algumas iguais, outras cópias
  • 55. Todas com origem e destino comum Um nada a contar, zero a ouvir. Os protagonistas aparecem de múltiplos uniformes Taxistas, porteiros, capitalistas, analistas, Aparecem em inglês, espanhol, sem palavras Nada têm a dizer, Não existem mais ouvidos interessados Nenhuma contribuição, melodías repetidas Anunciando o ataque final que nunca acontecerá Invasões de ovnis de outras inexistentes galaxias, Mentiras, falácias que justificam sua existência Razões místicas para não voltar ao solo seu Ali onde reina epidemia feroz que disseca outrem Menos àqueles que deveriam eles mesmos combater Com as armas patrióticas que através dos tempos Empunham reversamente contra os seus, Ao final contra se próprios. 19. Delgados En la galaxia resulta difícil saber Imposible identificarlos Están en todas partes Parecen iguales, son los mismos Hacen todos las mismas cosas Historias de laboratorios construidas en el tiempo Algunas iguales, otras copias Todas con origen y destino común
  • 56. Un nada que contar, cero para oír. Los protagonistas aparecen de múltiples uniformes Taxistas, porteros, capitalistas, analistas, Aparecen en inglés, español, sin palabras Nada tienen que decir, No existen más oídos interesados Ninguna contribución, melodías repetidas Anunciando el ataque final que nunca acontecerá Invasiones de ovnis de otras inexistentes galaxias, Mentiras, falacias que justifican su existencia Razones místicas para no volver al suelo suyo Allí donde reina la epidemia feroz que diseca a otros Menos a aquellos que deberían ellos mismos combatir Con las armas patrióticas que a través de los tiempos Empuñan inversamente contra los suyos, Al final contra sí mismos.
  • 57. 20. Êxodo Detenidos no tempo ainda Parados no passado usufruído Aguardando um sinal anunciador Noticiando que a hora de partir chegou Indicativo do momento de voltar. Nesse estado letárgico esta- se mais de meio século Sem renunciar à vez do retorno Sobrevive- se entre saudades e nostálgicas horas Muitos escravos com carimbo de livres Outros libertos sob marcas da escravatura Na verdade espera - se que o mar seja aberto Por tornados da verdadeira liberdade Que conduzam à terra conquistada pelos ancestrais À ilha maravilhosa, verde caimã, Hoje cinzento pela ausência de parte de seus filhos Despedaçado porque seu amor maternal lhe foi subtraído. Dias vindouros reluscientes por faíscas patrióticas Cantarão aquele hino de correr Ao tempo que a pátria contemple -os orgulhosa E ao recebê desfaça- se da ignomínia.
  • 58. 20. Éxodo Detenidos en el tiempo aún Parados en el pasado disfrutado Aguardando una señal anunciadora Informando que la hora de partir llegó Indicativo del momento de volver. En ese estado letárgico estamos hace más de medio siglo Sin renunciar a la hora del retorno Sobrevivimos entre nostálgicas horas Muchos esclavos con sello de libres Otros liberados sobre marcas de esclavitud En verdad se espera que el mar sea abierto Por tornados de verdadera libertad Que conduzcan la tierra conquistada por los ancestros La isla maravillosa, verde caimán, Hoy ceniciento por la ausencia de parte de sus hijos Despedazado porque su amor maternal le fue sustraído. Días venideros relucientes por chispas patrióticas Cantarán aquel himno de correr Al tiempo que la patria los contemple orgullosa Y al recibir se deshaga de la ignominia.
  • 59. 21. Fuga (KW) Todos os dias ao acordar a mesma voz chama Anuncia um novo passo Um degrau menos dos tantos que separar a chegada Bem mais que isso a meta. Sendo o tempo menos longo Os caminhos largos A distância curta Seria tudo fácil e muito rápido Entraríamos todos no mesmo e único barco, Veleiro da salvação, Êxodo geral, Verdadeira finitude do sofrer Libertação de tantos e de todos, Adeus, tchau. Tras nós ficariam eles, ocupando um espaço nosso Que usurpam porque de todos é Que dominam porque fomos cansados de esperar Com medo de ser banidos. A grande fuga foi nossa maior vitória Libertamo- nos, acabaram os amos Ficamos sem espaço Eles com o espaço sem esclavos.
  • 60. 21. Fuga KW) Todos los días al despertar la misma voz llama Anuncia un nuevo paso Un escalón menos de tantos que separan la llegada Mucho más que eso hasta la meta. Siendo el tiempo menos largo Los caminos largos La distancia corta Sería todo mucho más fácil y rápido Entraríamos todos en el mismo y único barco, Velero de salvación, Éxodo general, Verdadera característica del sufrir Liberación de tantos y de todos, Adiós, chao. Tras nosotros estarían ellos, ocupando un espacio nuestro Que usurpan porque de todos es Que dominan porque estamos Cansados de esperar Con miedo de ser excluidos. La gran fuga fue nuestra mayor victoria Nos libramos, acabaron los amos Quedamos sin espacio Ellos con el espacio sin esclavos.
  • 61. 22. Iluminada Beleza que alucina ao te ver Explicável sedução pelas tuas formas Os que chegam a ti se sentem iluminados Resplandeces na plenitude do dia Mostras -te na integralidade de teu encanto Aceitas os olhares apaixonados dos que procuram amar. Possues os espaços cativantes mais sensuais, embora descobertos, Louças podem atrair dessa maneira, Ofereces o que tem, tudo é muito Exibes a limpeza e o verde encantadores Atraes me e a tantos outros, Alcanças para todos pela imensidão de tuas estruturas Na verdade, eres especial. Como me impedir de te amar Justo agora depois de te conhecer Não será possível. Voltarei até a ti Virei pelos teus braços Contigo irei ressurgir Andarei até a mim e conquistarei meus sonhos.
  • 62. 22. Iluminada Belleza que ilumina al verte Explicable seducción por tus formas Los que llegan a ti se sienten iluminados Resplandeces en la plenitud del día Te muestras en la integridad de tu encanto Aceptas las miradas apasionadas de los que buscan amar. Posees los espacios cautivadores más sensuales, ahora descubiertos, Locas pueden atraer de esta manera Ofreces lo que tienes, todo es mucho Exhibes la limpieza y el verde encantadores Me atraes a mí y a tantos otros, Alcanzas a todos por la inmensidad de tus estructuras ¿Cómo impedirme amarte Justo ahora, después de conocerte? No será posible. Volveré a ti Vendré por tus brazos Contigo resurgiré Andaré hasta mí y conquistaré mis sueños.
  • 63. 23. Invasão Começa a marcha para novo destino Uma Missão de conquista teve planejamento excelso A vitória está garantida, os guerreiros estão preparados Seu treinamento em epopéias anteriores asegura o triunfo Voltarão com o escudo e suas aljorras cheias Trarão novas alegrias ao faraó. Atrás deixarão desfalques e feridas Vidas serão colocadas na via do empobrecimento Com prazo de validade determinada E tempo de felicidade com data de final Assim acabará a invasão e o fim dos outros Novela que se retransmitirá por outra vez. Os novos vencidos acabarão como os anteriores Enganados também sem grandes mudanças nas formas: Um grande cavalo de troia vestindo branco os adormece Enquanto vampiros sem escrúpulos bebem suas almas A caminho da usurpação dinástica Arrasam ilusões e decapitam futuros. Concluída essa invasão a espertize estratégica Trazará novas conquistas Os guerreiros voltarão à nova empreitada Encobertos com suas grandes capas brancas Acechando às próximas e inocentes vítimas Em novo capítulo de macabra façanha.
  • 64. 23. Invasión Comienza la marcha para el nuevo destino Una misión de conquista tuvo planes excesivos La victoria está garantizada, los guerreros están preparados Su entrenamiento en epopeyas anteriores asegura el triunfo Volverán con el escudo y sus alforjas llenas Traerán nuevas alegrías al faraón. Atrás dejarán desfalques y heridas Vidas serán colocadas en la vía de la pobreza Con fecha de caducidad determinada Y tiempo de felicidad con fecha de final Así acabará la invasión y el fin de los otros Novela que se retransmitirá otra vez. Los nuevos vencidos acabarán como los anteriores Engañados también sin grandes mudanzas en las formas: Un gran caballo de Troya vistiendo de blanco los adormece Mientras vampiros sin escrúpulos beben sus almas Camino de la usurpación dinástica Arrasan ilusiones y decapitan futuros. Concluida esa invasión la inteligencia estratégica Trazará nuevas conquistas Los guerreros volverán a la nueva tarifa Encubiertos con sus grandes capas blancas Acechando a las próximas e inocentes víctimas En un nuevo capítulo de macabra hazaña.
  • 65. 24. Contraste Identificadas pelas belas formas Diferentes nas vestimentas A primeira envolvida em choro Reluz de alegria a segunda. As duas umedecidas por cálido azul Embelecidas pelo cubismo da natureza Ambas coloridas de sol e verde Unidas pela mesma graça criadora. Representam contraste inimaginável entre Modernidade sedutora e decadência lastimável A liberdade instruída e o sequestro oficializado Penosa tristeza, realidade de doer para olhos visitantes. Uma devorada por raposas ineptas A outra florecente por projeto ilustrado Elas que próximas no tempo e na história Ajudam na diferencia do mal e do bem. Sem aquela acaba o amor cultivado Com esta se inicia uma aventureira paixão Ter as duas seria desejável Escolher por uma criaria impensável dor. Nesta me multiplico primaveralmente Naquela eu identifico meu sonhar. Amarei as sem titubear Entregar-me-ei para as amar.
  • 66. 24. Contraste Identificadas por las bellas formas Diferentes en las vestimentas La primera envuelta en lloro Reluce de alegría la segunda. Las dos humedecidas por cálido azul Embellecidas por el cubismo de la naturaleza Ambas coloridas de sol y verde Unidas por la misma gracia creadora. Representan contraste inimaginable entre Modernidad seductora y decadencia lastimera La libertad instruida y el secuestro oficializado Penosa tristeza, realidad de doler para ojos visitantes. Una devorada por raposas ineptas La otra floreciendo por proyecto ilustrado Ellas que próximas en el tiempo y la historia Ayudan en la diferencia entre el mal y el bien. Sin aquella acaba el amor cultivado Con ésta se inicia una aventurera pasión Tener a las dos sería deseable Escoger sólo una crearía impensable dolor. En esta me multiplico primaveralmente En aquella yo identifico mi soñar. Las amaré sin titubear Me entregaré para amarlas.
  • 67. 25. Truculência Indo e vindo ao mesmo lugar Acabo chegando a sítio distinto Na verdade estou correndo em círculo Sem conseguir avançar. Poderia desmaiar toda aspiração de ti Mas seria como ficar perdido sem mim Ai te pediria novamente Mais uma chance de me enlaçar. Das duas maneiras que existem de amar Utilizarei a que favorece melhorar Justo aquela que me levará a conquistar A tua companhia para andar. Claro pretenderia uma reformulação Uma maneira distinta de teu dominar Maior aproximação Sem que eu tivesse que cejar.
  • 68. 25. Tempestad Yendo y viniendo al mismo lugar Acabo llegando a un sitio distinto Sin conseguir avanzar. Podría desmayar toda la inspiración de ti Pero sería como estar perdido sin mí A ti te pediría nuevamente Una oportunidad de enlazarme. De las dos maneras que existen de amar Utilizaré la que favorece mejorar Justo aquella que me llevará a conquistar Tu compañía para andar. Claro que intentaría una reformulación Una manera distinta de tu dominar Mayor aproximación Sin que yo tuviese que cesar.
  • 69. 26. Demônios Nas penumbras cotidianas Silhuetas me cercam Às sombras do dia Elas vêm sobre mim Perturbam minha paz. São demônios. Apoderam-se do meu tino Enroscam-me no mal Tornando meus tempos túrbidos Extraindo minha pureza. Demônios que mal guiam. Mantenho-me inerte na luta contra eles, Pinto estratégias... No remorso da derrota Acolho quatro anjos salvadores. Vou a mim. Na solidão da caminhada Aprisionado nos meus delírios Apareces angelical, Fui salvo. Demônios espalhados Vitória espúria.
  • 70. 26. Demonios En las tinieblas cotidianas Siluetas me cercan A las sombras del día Ellas vienen sobre mí Perturban mi paz. Son demonios. Se apoderan de mi tino Me enroscan en el mal Volviendo mis tiempos turbios Extrayendo mi pureza Demonios que guían mal. Manteniéndome inerte en la lucha contra ellos, Dibujo estrategia... En el remordimiento de la derrota Acojo cuatro ángeles salvadores. Voy a mí. En la soledad de la caminada Aprisionado en mis delirios Apareces angelical, Fui salvado. Demonios esparcidos Victoria ilegítima.
  • 71. 27. Clã Ao amanhecer de um lindo dia Sob o sol reluzente do lindo Caribe A colheita começou Brotos resplandecentes se abriram Às sombras dos pés de charutos Sorridentes e iluminados Sem cabeleiras nem brancura E com sua linhagem eclética Abriram as asas Iniciando o voo da vida. Ganhando espaços e burlando barreiras avançaram no tempo Andando unidos e organizados Sob batuta instruída e doce regência Tornaram-se indomaveis indo além Ultrapassando desdéme maus augúrios Colecionando conquistas e honores Consciêntes que o louvor é cultivado Apegando se todos ao Criador Amando nos iremos até lá Faremos realidade o clã idealizado e prometido.
  • 72. 27. Clan Al amanecer de un lindo día Sobre el sol reluciente del lindo Caribe La colecta comenzó Brotes resplandecientes se abrieron A las sombras de pies de cigarros Sonrientes e iluminados Sin cabelleras ni blancura Y con su linaje eclética Abrieron sus alas Iniciando el vuelo de la vida. Ganando espacios y burlando barreras avanzaron en el tiempo Andando unidos y organizados Sobre batuta instruida y dulce regencia Se tornaron indomables yendo más allá Adelantando y superando malos augurios Coleccionando conquistas y honores Conscientes que la alabanza es cultivada Apegándose todos al Creador Amando nos iremos hasta allá Haremos realidad el clan idealizado y prometido.
  • 73. 28. Benjó Ainda retundam os sons Da busca agonizante por ele Gritos ensurdecedores anunciando sua chegada Anjo que brotou das profundezas do manancial Banhado por águas limpas e perfumadas Embrulhado em mantas de amor germinal . Presente trazido que faz jus a tempos aprazados Verdadeiro imperativo do amor Concebido pela esperança reprimida Dos que procuravam consagração. Alma de Rei, corpo blindado Destinado a reinar pelo amor Entre seus irmãos, clã e povo Anunciado para reger o futuro próprio como o de todos Transportando o de todos como seu . Em cavalgada à felicidade Utilizando galopes audaciosos Acometendo a barrida de todo mal. Líder situado ao frente de uma legião patriótica de Guerreiros briosos cuja incumbência redentora Não pode ser aprazada Comprada nem negociada.
  • 74. 28. Benjó Aún resuenan los sonidos De la búsqueda agonizante por él Gritos ensordecedores anunciando su llegada Ángel que brotó de las profundidades del manantial Bañado por aguas limpias y perfumadas Envuelto en mantas de amor germinal. Regalo traído que hace justicia a tiempos aplazados Verdadero imperativo del amor Concebido por la esperanza reprimida De los que buscaban la consagración. Alma de Rey, Cuerpo blindado Destinado a reinar por el amor Entre sus hermanos, clan y pueblo Anunciado para levantar el futuro propio como el de todos Transportando el de todos como suyo. En cabalgada hacia la felicidad Utilizando galopes audaces Acometiendo la barrida de todo mal, Líder situado al frente de una legión patriótica de Guerreros espléndidos cuya incumbencia redentora No puede ser aplazada, Comprada ni negociada.
  • 75. 29. José David Juvenil nas ações, sempre alegre Aparecendo nas horas sombrias Quando esperanças acabavam Irrompe em cena, sorridente Com a felicidade que o caracteriza. Não por chegar depois menos amado Alegria das fontes que o geraram Bendecido na hora e o momento. Abra o mundo, ultrapasse infortúnios Reine entre os seus Reine em nós.
  • 76. 29. José David Juvenil en las acciones, siempre alegre Apareciendo en las horas sombrías Cuando las esperanzas acababan Entra en escena, sonriente Con la felicidad que lo caracteriza. No por llegar después menos amado Alegría de las fuentes que lo generaron Bendecido en la hora y en el momento. Abra el mundo, ultrapase infortunios Reine entre los suyos Reine en nosotros.
  • 77. 30. Rafaela Razões demais para tua chegada Amores que te conceberam, sonhos realizados Felicidade vai reinar por teu existir Alcanzarás a todos e tudo se rendirá a ti Eras idilio distante e sonho planejado demais Lembranças trarás de fêmeas ausentes Adormecendo os corações que hoje tem veneração por ti. Ao se pensar em tua vinda Lágrimas apareciam nos sentimentos Eramos apaixonados por ti antes de estar Ansiavam todos teus sorrisos Festas serão realizadas e jogaremos alegrias ao vento Alçaremos te em nossos braços para mostrar Radiantes de orgulho que a rainha está entre nós.
  • 78. 30. Rafaela Razones demás para tu llegada Amores que te concibieron, sueños realizados Felicidad va a reinar por tu existir Alcanzarás a todos y todo se rendirá a ti Eras idilio distante y sueño planeado demás Recuerdos traerás de hembras ausentes Adormeciendo los corazones que hoy tienen veneración por ti. Al pensarse en tu llegada Lágrimas aparecían en los sentimientos Éramos apasionados por ti antes de estar Ansiaban todas tus sonrisas Fiestas serán realizadas y echaremos alegrías al viento Te alcanzaremos en nuestros brazos para mostrar Radiantes de orgullo que la reina está entre nosotros.
  • 79. REFERÊNCIAS Fonte da imagem: https://www.google.com.br/search
  • 80. REFERÊNCIAS Fuente de la imagen https://www.google.com.br/search
  • 81. Ensaio Analítico “As vozes da terra: considerações acerca da auto-referencialidade subjetiva na poética de Minha Tribo”. Thadeu Togneri Moreira Este pequeno ensaio busca uma abordagem crítica do livro Minha Tribo, de Benjamín, autor que no momento, mais que oportuno, dá continuidade à publicação de seus primeiros textos literários, cuja riqueza poética imanente de seus versos permite identificar as qualidades de um poeta proeminente. Objetiva-se neste sucinto cotejo analisar alguns dos poemas mais expressivos da obra, identificando traços das potencialidades literárias significativas de cada um, bem como delineando os parâmetros interpretativos de uma primeira leitura. Nesse sentido, a análise que ora se esboça não busca a apropriação dos sentidos textuais através de um perfil totalizante e estanque da obra, mas sim explicitar alguns vieses de leituras abertos ao diálogo com qualquer leitor que busque uma aproximação mais ampliada do labor com a poesia em foco. Sendo assim, foram elencados especificamente nesta análise alguns poemas que, pelo seu nítido encadeamento temático, apresentam elementos passíveis de nortear a coesão de um caminho interpretativo sobre a obra de Benjamín, enquanto corpo poético, no reconhecimento da universalidade de sua poesia e da proficuidade de sua matéria. Nesta apresentação da obra produzida, perspectivou-se a auto-referencialidade da voz no eu lírico que se constitui pelo trabalho cotidiano da escrita, perfilando algumas fronteiras na compreensão subjetiva que
  • 82. Ensayo analítico “Las voces de la tierra: consideraciones acerca de la auto-referencialidad subjetiva en la poética de Mi Tribu”. Thadeu Togneri Moreira Este pequeño análisis busca un abordaje crítico del libro Manantial, de Benjamín, autor que en el momento más que oportuno, da continuidad a la publicación de sus primeros textos literarios, cuya riqueza poética inseparable de sus versos permite identificar las cualidades de un poeta excepcional. El objetivo de las líneas recogidas es analizar alguno de los poemas más expresivos de la obra, identificando rasgos de la potencia literaria significativa de cada uno, así como delinear los parámetros interpretativos de una primera lectura. En ese sentido, el análisis que se esboza no busca la apropiación de los sentidos textuales a través de un perfil total y crítico de la obra, pero sí explicitar algunos reveses de lecturas abiertos al debate con cualquier lector que busque una aproximación más ampliada de labor con la poesía como objetivo. Siendo así, fueron escogidos específicamente para esta parte algunos poemas que, por su nítido contraste temático, presentan elementos probables de garantizar la cohesión de un camino interpretativo sobre la obra de Benjamín, mientras que el cuerpo poético reconoce la universalidad de su poesía y la utilidad de su materia. En esta presentación de la obra producida, es perspectiva la auto- referencialidad de la voz del “yo” lírico que se constituye por el trabajo cotidiano de la escrita, perfilando algunas fronteras en la comprensión subjetiva que
  • 83. estabelece com o território de sua cultura; um ponto de partida no caminho pelo país da sua literatura, através do qual os versos nos conduzem, mas também nos incentivam a percorrer sozinhos. Este enigmático convite à leitura e constituição coletiva de sua literatura, que permite ao leitor uma maior proximidade na compreensão do sujeito poético através de certa entonação autobiográfica, intimista e confessional na captação da experiência enquanto relato, evidencia também os riscos iminentes de nos perdermos em meio à recepção deste “dom infinito de si mesmo”1, característica marcante de poucos escolhidos na modernidade: uma possibilidade de repotencialização contínua do conteúdo literário, apresentada ao receptor pelo processo metonímico característico de toda escrita, que instiga uma reflexão apurada das “imagens” transfiguradas na poesia e que, por isso, requer uma aproximação com cautelas. A força significativa do título Minha Tribo, prevalece marcadamente em sua relação de homonímia com o poema de abertura do livro, singular, mas de qualitativa universalidade, que traduz muito bem o sentimento de exílio que perpassa esta obra. As marcas particulares de identificação do indivíduo que se expressa são abstratas, inexatas, firmando sua referencialidade subjetiva na tensão do processo de que participa. Independente de sua nacionalidade, credo ou perspectiva política específica, estabelece uma empatia direta com qualquer receptor que compartilhe seu incômodo ou descontentamento perante um processo de dominação cultural opressora. Malefício que se torna uma evidente conseqüência da chegada de sujeitos indeterminados, expressos apenas pelo pronome “eles”. O “eu” lírico na primeira pessoa do plural (nós), denota cumplicidade e uma coletividade subjetiva do indivíduo que se expressa, irmanando-se aos anseios de seus contemporâneos como porta-voz 1 ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010, p. 156.
  • 84. establece con el territorio de su cultura; un punto de partida en el camino por el país de su literatura, a través del cual los versos nos conducen, pero también nos incentivan a recorrer solos. Esta enigmática invitación a la lectura y constitución colectiva de su literatura, que permite al lector una mayor proximidad en la comprensión del sujeto poético a través de cierta entonación autobiográfica, intimista y confesional en la captación de la experiencia del relato, evidencia también los riesgos inminentes de perdernos en medio a la recepción de este “don infinito de sí mismo”, característica marcante de pocos escogidos en la modernidad: una posibilidad de potencializar continuamente el contenido literario, presentada al receptor por el proceso metonímico característico de toda escrita, que instiga una reflexión apurada de las “imágenes” transformadas en la poesía y que, por eso, requiere una aproximación cautelosa. La fuerza significativa del título Mi Tribu prevalece marcadamente en su relación de homonimia con el poema de apertura del libro, singular, pero de gran universalidad, que traduce muy bien el sentimiento de destierro que repasa esta obra. Las marcas particulares de identificación del individuo que se expresa son abstractas, inexactas, firmando su referencialidad subjetiva en la tensión del proceso del que participa. Independientemente de su nacionalidad, creencia o perspectiva política, establece una empatía directa con cualquier receptor que comparta su desagrado delante de un proceso de dominación cultural opresora. Maleficio que se vuelve una evidente consecuencia de la llegada de sujetos indeterminados, expresados apenas por el pronombre “ellos”. El “yo” lírico en la primera persona del plural (nosotros) denota complicidad y una colectividad subjetiva del individuo que se expresa, hermanándose a los anhelos de sus contemporáneos como portavoz ARFUCH, Leonor. El espacio biográfico: dilemas de la subjetividad contemporánea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010, p.156
  • 85. de seus respectivos desejos. Embora haja insatisfação com o presente, a expectativa de uma “aurora”, que traga nova luz e perspectiva racional de vida, conforta poeticamente os esperançosos de uma efetiva liberdade, ainda que futura. Em “Nostalgias”, a entonação lírica é fiel à densa carga significativa do sentimento de dor e perda evocados por seu respectivo título, a “saudade”. Apresenta uma profunda introspecção e sentimentalidade do “eu” lírico com um traço comovente, cativando o leitor que se compadeça de seu sofrimento. Como no poema anterior, o grau de impessoalidade do sentimento que se expressa, pode se referir a uma única pessoa ou a toda uma tribo, nação. Aspecto evidenciado pelo verso “não ver o mar que a molha”, onde a preposição “a” pode denotar a saudade em relação a um substantivo feminino indeterminado, em suspenso, aberto à interpretação do leitor que se sente convidado a enriquecer os significados do poema. Aqui também a promessa de felicidade mostra-se ainda distante, restrita ao tempo específico e findo de um passado, no qual se busca novamente a inspiração para um futuro ideal e tão possível quanto as metamorfoses de tudo que já se viveu. O desejo do retorno manifesta-se em função de um fazer, cumprir e viver do indivíduo, comprometido pelo anseio de uma redenção, para enfim, permitir-se morrer. O poema, “Origens”, é de riquíssimo valor literário para uma aprofundada abordagem teórica e crítica. Destaca-se pela presença de elaboradas figuras de linguagem, provenientes do deslocamento semântico da carga metafórica, e metonímica em tela – perspectiva coesa de parte pelo todo. Traço evidenciado pela imagem de seus conterrâneos figurados no ícone do sisonte - polyglottos mimus, cujo nome composto latino evidencia seu maior dom, cantar em várias línguas, imitar as vozes de qualquer tribo. Fundando os alicerces de sua origem pelo sincretismo que estabelece na comunicação com o exotismo das culturas que lhe encantam. Pode-se
  • 86. de sus respectivos deseos. Aunque haya insatisfacción con el presente, la expectativa de un “aura” que traiga nueva luz y perspectiva racional de vida, conforta poéticamente a los que esperan una efectiva libertad, aunque futura. En “Nostalgias”, la entonación lírica es fiel a la densa carga del sentimiento de dolor y pérdida evocados por su respectivo título, la “falta”. Presenta una profunda introspección y sentimentalismo del “yo” lírico con un rasgo conmovedor, cautivando al lector para que se compadezca de su sufrimiento. Como en el poema anterior, el grado de impersonalidad del sentimiento que se expresa, puede referirse a una única persona o a toda una tribu o nación. Aspecto evidenciado por el verso “no ver el mar que la moja”, donde la palabra “la” puede denotar la falta en relación a un sustantivo femenino indeterminado, en suspense, abierto a la interpretación del lector que se siente invitado a enriquecer los significados del poema. Aquí también la promesa de felicidad se muestra lejos aún, restricta al tiempo específico y terminado de un pasado, en el cual se busca nuevamente la inspiración para un futuro ideal y tan posible cuanto las metamorfosis de todo lo que ya se vivió. El deseo del retorno se manifiesta en función de un hacer, cumplir y vivir del individuo, comprometido por el anhelo de una redención, para al fin, permitirse morir. El poema “Orígenes”, es de riquísimo valor literario para un profundo abordaje teórico y crítico. Se destaca por la presencia de elaboradas figuras de lenguaje, provenientes del desplazamiento semántico de carga metafórica, y metonímica en pantalla – perspectiva de la parte por el todo. Rasgo evidenciado por la imagen de sus compatriotas figurados en el icono del sisonte-polyglottos mimus, cuyo nombre compuesto latín hace evidente su mayor don, cantar en varias lenguas, imitar las voces de cualquier tribu. Fundando los cimientos de su origen por la sincronía que establece la comunicación con el exotismo de las culturas que le encantan. Se puede
  • 87. vislumbrar neste processo, uma proposta estética e ideológica de composição cultural semelhante às vanguardas européias no início do século XX, que também buscavam romper com as mazelas filosóficas de sua tradição pela incorporação de valores transculturais. Tendência também incorporada pelo manifesto antropofágico do movimento modernista brasileiro, cuja interpretação metafórica própria de tal sincretismo incentivava, “é preciso devorar a cultura de nossos semelhantes a fim de nos tornarmos mais fortes”2. Ode à riqueza de uma diversidade cultural, mergulho no pitoresco e na cor local, que compõe o cenário particular e universal focado no quadro nacional em tela. Demônios é um poema, caracteristicamente, introspectivo, com profunda densidade subjetiva. O título “demônios” nos remete aos significados epistemológicos deste termo no latim, “daemonium”, vozes da consciência. Manifestação dos sentidos em conflito na interioridade do indivíduo, que busca solucioná-los exprimindo sua complexidade. Submetendo os pensamentos ao próprio exame para o autoconhecimento filosófico do indivíduo, como na tradição platônica do hipomenatas3. O labor cotidiano do indivíduo pela escrita ethopoiética, que constitui e condiciona suas verdades ao trabalho contínuo de expressar sua condição, erigindo suas virtudes nos testes da pena, mantendo aceso o fogo do pensamento contra a dominação sombria do desconhecido. Daquilo que se teme justamente por não conhecer e, caso ignorado, toma conta do indivíduo que não conhece a si mesmo. Por isso esta voz justifica seu mergulho na própria consciência, que revela todos os eus adormecidos, polifônico pelas quatro vozes antes ocultas. A redenção e permanência da autoconsciência perseverante que gera a forte 2 ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura brasileira. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972. P.232. 3 FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992.
  • 88. vislumbrar en este proceso una propuesta estética e ideológica de composición cultural semejante a las vanguardias europeas en el inicio del siglo XX, que también buscaban romper con las malezas filosóficas de su tradición por la incorporación de valores culturales. Tendencia también incorporada por el manifiesto antropofágico del movimiento modernista brasileño, cuya interpretación metafórica propia de tal sincretismo incentivaba, “es preciso devorar la cultura de nuestros semejantes a fin de volvernos más fuertes” 4. Donde la riqueza de una diversidad cultural, buceo en lo pintoresco y en el color local, que compone el escenario particular y universal focalizado en el cuadro nacional en pantalla. Demonios es un poema característicamente introspectivo, con profunda densidad subjetiva. El título “demonios” nos remite a los significados epistemológicos de este término latín, “daemonium”, voces de la consciencia. Manifestación de los sentidos en conflicto en el interior del individuo, que busca solucionarlos, exprimiendo su complejidad. Sometiendo los pensamientos a examen para el autoconocimiento filosófico del individuo, como en la tradición platónica del hipomenatas5. La labor cotidiana del individuo por la escritura ethopoiética, que constituye y condiciona sus verdades en las pruebas de la pena, manteniendo encendido el fuego del pensamiento contra la dominación sombría de lo desconocido. De aquello que se teme justamente por no conocer y, si fuese ignorado, toma por completo al individuo que no se conoce a sí mismo. Por eso esta voz justifica su inmersión en la propia consciencia, que revela todos sus “yos” adormecidos, polifónico por las cuatro voces antes ocultas. La redención y permanencia de la autoconsciencia perseverante que genera la fuerte impresión de individualidad, por el acto liberador de la poética en la escritura. El enlace 4 ANDRADE, Mário de. El movimiento modernista. In: Aspectos de la literatura brasileña. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972. P.232. 5 FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992.
  • 89. polifônico entre os quatro anjos salvadores, aos quais o “eu lírico” atribui vozes com quem compartilha seu destino, estabelece um elo intrínseco com os poemas seguintes. Da verdade que surge angelical, a poética dos versos comunica-se com o “ontem”, o “hoje”, o “amanhã” e o “sempre”, onipresentes no fulgor de cada instante em que a contemplação da vida se torna escritura. Os significados imanentes ao título de “Ontem”, sugerem um evidente encadeamento temático estabelecido entre este poema, e os três posteriores; há também uma intratextualidade discursiva6 imanente estabelecida entre este e as quatro vozes dos respectivos poemas enquanto imagens dos quatro anjos salvadores da consciência, evocados da interioridade reflexiva do indivíduo constituída no poema “Demônios”. Criativo senso de paradoxo no primeiro verso, o avançar no retroceder, que revela os sonhos perdidos como metas e perspectivas para um futuro. Os versos seguintes manifestam um interessante e criativo contraste entre o ritmo e a sonoridade deste poema em relação aos analisados anteriormente. São os primeiros que apresentam rimas encadeadas numa métrica regular, compondo o que poderia ser uma segunda estrofe que não está demarcada, mas implícita no corpo do poema. As paradigmáticas figuras com quem se estabelecem as marcas de identificação subjetiva do “eu-lírico” estão mais uma vez em um passado, distante, nostálgico e, por isso mesmo, imensurável no traço enigmático das saudosas figuras ancestrais. A emotividade da voz se afirma novamente coletiva, evoca a herança de uma dignidade tribal particular, que deslumbra pelo contraste entre o orgulho passado e a decepção presente. Sua inércia é decorrente do letargo em que se afoga atualmente perspectiva, vislumbrando um legado civilizatório estanque, disseminado em degraus sociais de males que não mais compartilham uma idéia coletiva de dignidade. Assevera uma dissolução absoluta de antigas virtudes transfiguradas pela consciência do belo como expressão do mínimo, aparentemente restrito apenas aos individualismos de 6 BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
  • 90. polifónico entre los cuatro ángeles salvadores, a los cuales el “yo lírico” atribuye voces con quien comparte su destino, establece un hilo intrínseco con los poemas siguientes. De la verdad que surge angelical, la poética de los versos se comunica con el “ayer”, el “mañana” y el “siempre”, omnipresentes en el fulgor de cada instante en que la contemplación de la vida se vuelve escritura. Los significados conjuntos al título “Ayer” sugieren un evidente enlace temático establecido entre este poema y los tres posteriores: hay también una intertextualidad discursiva7 inminente entre éste y las cuatro voces de los respectivos poemas como imágenes de los cuatro ángeles salvadores de la consciencia, invocados de la interioridad reflexiva del individuo constituida en el poema “Demonios”. Creativo sentido de paradoja en el primer verso, el avance en el retroceso, que revela los sueños perdidos como metas y perspectivas futuras. Los versos siguientes manifiestan un interesante y creativo contraste entre el ritmo y la sonoridad de este poema en relación a los analizados anteriormente. Son los primeros que presentan rimas encadenadas en una métrica regular, componiendo lo que podría ser una segunda estrofa que no está definida, pero sí implícita en el cuerpo del poema. Las paradigmáticas figuras con quien se establecen las marcas de identificación subjetiva del “yo lírico” están una vez más en un pasado, distante, nostálgico y, por eso mismo, inmensurable en el trazo enigmático de las figuras ancestrales. La emotividad de la voz se afirma nuevamente colectiva, , evoca la herencia de una dignidad tribal particular, que deslumbra por el contraste entre el orgullo pasado y la decepción presente. Su inercia es fruto del letargo en que se ahoga actualmente la perspectiva, vislumbrando un legado civilizado estancado, diseminado en escalones sociales de males que no comparten más la idea colectiva de dignidad. Asevera una disolución absoluta de antiguas virtudes transfiguradas por la consciencia de lo bello 7 BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
  • 91. cada degrau. Aponta a insolência de um mal que constitui em “estilo” o fracasso de metas que evidentemente não mais abarcam a felicidade coletiva de uma tribo, barbárie cultural que violenta até mesmo o ódio imanente traduzido em narrativas oficiais, sociais. “Hoje” é um poema que denota em sua perspectiva do presente certa impossibilidade de efetiva comunicação coletiva. Não por escolha ou ausente desejo de comunhão da maioria, mas por imposição de um mal forasteiro, opositor a todos. Novamente o eu lírico atende pelo pronome “nós”, único elo entre os que mesmo separados, tornam-se iguais na comunidade dos que não se encontram. Este evidente senso de paradoxo delineia-se pela expressão do mal que desune, oprime e aniquila a razão e o senso comum. Imagens paradoxais continuam se desdobrando nos versos posteriores, fantasmas já não têm corpo, mas a essência do que lhes falta é marcada por imagens subjetivas de ausências singulares, o cérebro e o pensamento. Embora mortos o desejo, a reflexão e a liberdade dos seres, a vida não cessou de seus corpos, cuja perseverança dos que se erguem prossegue em marcha triunfal, pois resiliente. No poema “Amanhã”, a lírica em foco principia uma entonação mais otimista na composição de poemas com que este estabelece certo encadeamento significativo. O tempo futuro é promessa sempre frutífera de uma nova vida, nascida da transformação do passado, aqui mencionado como indesejada lembrança e não como a fonte de virtudes dos poemas anteriores. O sabor que asfixia a memória do ser faz bem querer a morte, pois na condição que se expressa só ela o liberta. A esperança no devir dos dias, dos anseios e desejos que prevalecem na vontade de potência da voz, se dirige em tom intimista e confessional na proximidade que estabelece com o leitor. A lírica retoma a musicalidade da aliteração na métrica regular dos versos seguintes, oscilando no ritmo dançante dos amores, iluminados por um som que contagia. Novamente a metáfora do sincretismo cultural prevalece na imagem de
  • 92. como expresión de lo mínimo, aparentemente restricto apenas a los individualismos de cada escalón. Apunta la insolencia de un mal que constituye en “estilo” o fracaso de metas que evidentemente no abarcan más la felicidad colectiva de una tribu, barbarie cultural que viola hasta el odio inminente traducido en narrativas oficiales, sociales. “Hoy” es un poema que denota en su perspectiva del presente cierta imposibilidad de efectiva comunicación colectiva. No por escogida o deseo ausente de comunión de la mayoría, sino por imposición de un mal forastero, opuesto a todos. Nuevamente el “yo lírico” atiende por el pronombre “nosotros”, el único posible entre los que, aunque separados, se vuelven iguales en la comunidad de los que no se encuentran. Este evidente sentido de paradoja se delinea por la expresión del mal que desune, oprime y aniquila la razón y el sentido común. Imágenes paradójicas continúan desbordándose en los versos posteriores, fantasmas ya no tienen cuerpo, pero la esencia de lo que les falta es marcada por imágenes subjetivas de ausencias singulares, el cerebro y el pensamiento. Aunque muertos el deseo, la reflexión y la libertad de los seres, la vida no cesó de sus cuerpos, cuya perseverancia de los que se levantan prosigue en marcha triunfal, insistente. En el poema “Mañana”, la lírica focal denota una entonación más optimista en la composición de poemas con que éste establece cierto enlace significativo. El tiempo futuro es promesa siempre fructífera de una nueva vida, nacida de la transformación y no como la fuente de virtudes de los poemas anteriores. El sabor que asfixia la memoria del ser bien hace querer la muerte, pues en la condición que se expresa sólo ella lo libera. La esperanza en el devenir de los días, de los anhelos y deseos que prevalecen en la voluntad de potencia de la voz, se dirige en tono intimista y confesional en la proximidad que establece con el lector. La lírica retoma la musicalidad en la métrica regular de los versos siguientes, oscilando en el ritmo de los amores, iluminados por un sonido que contagia. De nuevo la metáfora del sincretismo cultural prevalece
  • 93. criaturas plurais, coloridas, a abundância de cores que inviabiliza qualquer distinção por sua imanente poética da homogeneidade. A forte carga significativa do poema “Sempre” evoca o sentimento de plenitude temporal de Minha Tribo, integra o cerne do livro, a amplitude poética da voz em manifestação epifânica, marcadamente no plural, coletiva, pois ecoa pelos caminhos que conduzem ao destino comum. A plenitude temporal do título se concretiza na perspectiva de um tempo eterno, infinito como os horizontes naturais e culturais de sua terra, legado de todos reconhecido na música e no calor humano da comunidade afortunada, apesar de qualquer infortúnio. Independente das contingências territoriais, manifesta-se o sincretismo étnico religioso e cultural de uma coletividade que se afirma herdeira orgulhosa de sua condição singular, expressa nas boas obras literárias, plásticas, musicais. Perspectiva singular da beleza de seus atributos reconhecidos na cultura ocidental, patrimônio nacional de marcada simpatia, originalidade e sabor. Aprecia as marcas indeléveis da vida cultivada sempre no cotidiano, forjada no seio de cada um que compartilhe o gosto da existência nesta terra, a bem chamada “cubania”. Sobrevivente de invasões que atravessaram dignidades e virtudes que prevalecem ao saque de vilões, as riquezas da ilha que pertence a todos perpetuamente. No que se refere às considerações teóricas conclusivas que por ora se esboçam, o presente ensaio visou demonstrar alguns aspectos da visão de mundo na subjetividade lírica de Minha Tribo. Sua perplexidade com a recordação das mortes dos desejos e das felicidades, enquanto “fenômeno da consciência coletiva que atinge seu ápice de clareza conceitual na consciência do escritor” 8, expande a compreensão da realidade em tela para além de qualquer fronteira, num encontro interminável com seu tempo. Como intérprete 8 GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 28-29.
  • 94. en la imagen de criaturas plurales, coloridas, la abundancia de colores que inviabiliza cualquier distinción por su inminente poética de la homogeneidad. La fuerte carga significativa del poema “Siempre” evoca el sentimiento de plenitud temporal de Mi Tribu, integra el alma del libro, la amplitud poética de la voz en manifestación epifánica, marcadamente en el plural, colectiva, pues escora por los caminos que conducen al destino común. La plenitud temporal del título se concretiza en la perspectiva de un tiempo eterno, infinito con los horizontes naturales y culturales de su tierra, legado de todos reconocido en la música y en el calor humano de la comunidad afortunada, a pesar de cualquier infortunio. Independiente de las contingencias territoriales, se manifiesta el sincretismo étnico, religioso y cultural de un colectivo que se afirma heredero orgulloso de su condición singular, expresado en las buenas obras literarias, plásticas y musicales. Perspectiva singular de la belleza de sus atributos reconocidos en la cultura occidental, patrimonio nacional de marcada simpatía, originalidad y sabor. Aprecia las marcas imborrables de la vida cultivada siempre en lo cotidiano, forjada en el seno de cada uno que comparta el gusto de la existencia en esta tierra, la bien llamada “cubanía”. Sobreviviente de invasiones que atravesaron dignidades y virtudes que prevalecen al saque de villanos, las riquezas de la isla que pertenece a todos perpetuamente. En lo que se refiere a las consideraciones teóricas conclusivas que ahora se esbozan, el presente ensayo intentó demostrar algunos aspectos de la visión del mundo en la subjetividad lírica de Mi Tribu. Su perplejidad con la recordación de las muertes del deseo y la felicidad, mientras el “fenómeno de la consciencia colectiva que acierta el ápice de clareza conceptual en la consciencia del escritor”9, 9 GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 28-29.
  • 95. privilegiado de seu presente, o poeta visita os fatos, esmiuçando em suas ambigüidades latentes todas as possibilidades de representação do seu tempo que evidenciem a barbárie e, conseqüentemente, as subjetividades fragilizadas, mas sobreviventes diante dela. Constituindo uma leitura qualificada de sua contemporaneidade, a poesia de “Minha tribo” constrói espaços onde se encenam as experiências de uma multiplicidade10 de vozes silenciadas diante da insatisfação com o presente, evidenciando a falência do mesmo através da negação ao sofrimento advindo dele. Como um tecido de citações oriundas dos mil focos da cultura11, a imantação poética da voz nesta obra aponta uma constatação ou relato que atrai a figura do real para os pontos em que ela deve se colocar, respondendo ao fascínio de sua sombra. REFERÊNCIAS ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura brasileira. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972. ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003. BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004. FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992. GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 10 BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 62. 11 BARTHES, Roland. Id.
  • 96. expande la comprensión de la realidad en pantalla más allá de cualquier frontera, en un encuentro interminable con su tiempo. Como intérprete privilegiado de su presente, el poeta visita los hechos, asistiendo a todas las posibilidades de representación de su tiempo que evidencien la barbarie y, consecuentemente, las subjetividades fragilizadas, pero sobrevivientes delante de ella. Constituyendo una lectura cualificada de su contemporaneidad, la poesía “Mi tribu” construye espacios donde se escenifican las experiencias de una multiplicidad12 de voces silenciadas delante de la insatisfacción con el presente, evidenciando la quiebra del mismo a través de la negación al sufrimiento de él. Como un tejido de citaciones oriundas de los mil focos de la cultura13, la imantación poética de la voz en esta obra apunta una constatación o relato que atrae la figura de lo real para los puntos en que ella debe colocarse, respondiendo a lo fascinante de su sombra. REFERÊNCIAS ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: Aspectos da literatura brasileira. 4ª ed. São Paulo, Martins; Brasília, INL, 1972. ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003. BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004. FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? 3ª Ed. Lisboa: Passagens. 1992. GOLDMANN, Lucien. O deus escondido. Estudos sobre a visão trágica nos Pensamentos de Pascal e no teatro de Racine. Paris: Gallimard, 1959. 12 BARTHES, Roland. A morte do autor (1968). In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 62. 13 BARTHES, Roland. Id.