1) A carta deseja um feliz ano novo às irmãs e fala sobre a paixão missionária de Dom Bosco e Madre Mazzarello.
2) A autora irá oferecer uma reflexão sobre a presença de Maria nas Bodas de Caná nos próximos meses, à medida que se aproximam do XXIV Capítulo Geral.
3) A autora convida as irmãs a contemplarem o coração de Maria, uma mãe presente na vida do filho Jesus e dos filhos, para que nunca falte o "vinho bom" em suas realidades
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
Maria no coração das FDSC
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Roma, 14 de janeiro de 2021.
Queridas Irmãs,
Mais uma vez, votos de Feliz Ano
Novo! Que 2021 seja um ano cheio de saúde,
de serenidade e de muita , apaixão missionária
mesma paixão de Dom Bosco e de Madre
Mazzarello que contagiou o nosso coração e
que, através das suas vidas e do seu
carisma, nos indicou a estrada para
levar Jesus aos jovens e os jovens a
Jesus.
Depois de 2020, um ano totalmente
especial, que nos deu a possibilidade de
revisitar algumas das cartas de Madre
Mazzarello às missionárias, gostaria de lhes
oferecer nos próximos meses uma simples
reflexão sobre a presença de Maria, Mãe de
Jesus, nas Bodas de Caná. Ela, a mulher em
saída, está presente na festa com um olhar
atento às necessidades dos outros.
«Façam tudo o que Ele lhes disser» (Jo 2,5). Comunidades geradoras de vida no coração
da contemporaneidade é o tema que nos move na preparação ao XXIV CG. Nos próximos meses
que nos separam da realização do Capítulo geral, para o dia 14, desejo junto com vocês olhar para
Maria como mulher muito concreta, verdadeira discípula-missionária, que nos ensina a ser não
somente geradoras de vida, mas capazes de cuidar da vida em todas as suas dimensões.
Espero que os nossos próximos encontros nos ajudem a descobrir Maria como Mãe
totalmente imersa na vida do seu Filho e dos seus filhos, ou seja, Maria sempre presente, para que
nunca falte o “vinho bom” nas nossas realidades educativo-missionárias, para que possamos
crescer na consciência da presença real e materna de Maria. Certamente ela, a boa Mãe, nos verá
empenhadas em sermos boas filhas, sempre presentes na vida das pessoas a nós confiadas e irmãs
de todos!
«Como Maria, a Mãe de Jesus, “queremos ser uma Igreja [um Instituto] que serve, que sai de
casa, que sai dos seus templos, que sai das suas sacristias, para acompanhar a vida, sustentar a
esperança, ser sinal de unidade (…) para lançar pontes, abater muros, semear reconciliação”». (FT
n. 276).
O Evangelho de João (2,1-2) começa assim: «Três dias depois, houve um casamento em
Caná da Galileia e estava lá a mãe de Jesus. Jesus e seus discípulos também foram convidados
para o casamento». Com estes dois versículos, convido-as a olharem e a contemplarem o coração
de Maria, um coração de Mãe que participa à vida do filho Jesus e à vida dos seus filhos e filhas.
Maria é a Mãe presente à festa da vida porque sabe ser geradora de vida.
Onde está presente a Mãe, está presente o Filho! Onde está presente Maria, o milagre é
sempre possível porque Ela apresenta continuamente a Jesus as necessidades da humanidade e Ele,
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como Filho, nada pode negar Àquela que, na Anunciação, o acolheu primeiro no coração e depois
no corpo.
Maria é presença que caminha conosco e nos abre às fronteiras sempre novas da missão.
Maria caminha nas nossas casas, nos nossos pátios, ao lado das crianças e dos jovens que nos foram
confiados e daqueles que ainda esperam ser alcançados pelo carisma salesiano. Maria participa das
dores do mundo, mas também das suas alegrias e dos seus progressos.
Na festa da vida, e também nas circunstâncias comuns, Maria precede o Filho. Maria está
presente “três dias depois”, mas também está presente, especialmente, antes e durante cada um dos
nossos dias, antes e durante cada dia da criação de um mundo novo, com a promessa de não deixar
faltar o “vinho bom”, o vinho da esperança, da solidariedade, da justiça e da paz! O “vinho bom” do
Espírito que nos move a novos caminhos de serviço e de comunhão fraterna.
Todas nós sabemos de cor a história das Bodas de Caná... Sabemos que a festa não só vai
terminar bem, mas que a vida será uma festa permanente por causa do “vinho bom” – fruto do
milagre de Jesus e da presença geradora de vida de Maria.
Queridas Irmãs, tomo a liberdade de fazer-lhes dois convites:
O primeiro é aquele de retomar o subtítulo Estarmos no coração da contemporaneidade
com a atitude de Maria da Carta de convocação do XXIV CG (Circular 985).
O segundo é entrar no coração de Maria, a Mãe convidada e presente nas Bodas de Caná,
porque entrando no coração de Maria é mais fácil compreender que «o nosso tempo representa um
desafio e uma oportunidade para entrar com coração evangélico em nossas sociedades [...] uma
oportunidade para “estarmos” com o coração, entendido pela antropologia bíblica, como a
interioridade, a dimensão mais íntima e profunda do ser, a fonte geradora do querer e das ações
humanas, o lugar que se converte em “sede” do Espírito» (Circular 985).
Lucas, em seu Evangelho, diz duas vezes que «Maria conservava todos esses fatos e
meditava sobre eles em seu coração» (Lc 2,19.51). Imagino que Maria, depois de ter visto os
esposos em dificuldade por falta de vinho e, mais ainda, depois de ter visto Jesus devolver a alegria
e a serenidade à festa, conservou tudo isso no seu coração de mãe... Essa sua atitude é para nós a
certeza de que, também no nosso hoje, na história da humanidade atravessada por dificuldades e
sofrimentos, Maria antecipa a hora de Jesus, Maria intervém porque é mãe geradora de vida!
Hoje parabenizamos com grande carinho Madre Yvonne Reungoat pelo seu aniversário,
desejando-lhe muita saúde e a presença constante de Maria, a Mãe do Bom Conselho. Agradecemos
a Deus pelo seu “coração missionário” e pelo generoso serviço de animação e governo,
especialmente neste momento sem precedentes da história. Parabéns, querida Madre!
A todas vocês, queridas Irmãs, um grande abraço e a certeza da lembrança na oração. Juntas,
deixemos o nosso coração no coração de Maria!
Irmã Alaíde Deretti
Conselheira para as Missões