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PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS*DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS
PUBLICAÇÃO MENSAL- DEP. LEGAL Nº6711/93 - ANO XXXIV- online nº 2 (Nº 324)- JULHO 2014
O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO
Depois apareceu um grande sinal no céu: Uma mulher revestida de sol, tendo a lua
debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. Estava grávida,
com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.
Ela deu à luz um Filho, um Varão que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro;
e o Filho foi arrebatado para junto de Deus e do Seu trono”. (Ap. 12,1 a 3 e 5)
Menos de 4 anos nos separam da celebração das Bodas de Ouro do
nosso movimento.
Foi nos dias 16 , 17 e 18 de maio de 1968 que no Batalhão de Caçado-
res nº 6 em Castelo Branco , 15 jovens a cumprir o serviço militar
obrigatório desta unidade e do Regimento de Cavalaria nº 8 , tam-
bém desta cidade , sacrificando o seu fim de semana , quiseram fazer a
primeiro convívio – Fraterno. Mal se imaginava que seria o pequeni-
no grão de mostarda de que nos fala o evangelho , que ,lançado a terra
daqueles corações ,germinou , cresceu e, passados estes 46 anos, espa-
lhou os seus ramos por todas as dioceses de Portugal , por Paris , Mo-
çambique , Angola , Suíça, Luxemburgo e Nordeste Brasileiro , nos
1253 Convívios até ao momento realizados e em que participaram
mais de 50 mil jovens.
Ainda perpassa pela tela da minha imaginação o refeitório reservado
só para os participantes . , aquele hangar no parque das viaturas trans-
formado em sala de testemunhos e em capela e aquele monte de VE-
LAS A ARDER NA TARDE DAQUELE DIA 17 DE MAIO,NA PRI-
MEIRA FESTA DE RESSURREIÇÃO ?!...
A equipa coordenadora tinha sido organizada e preparada com 6 jo-
vens militares graduados das duas unidades em que me encontrava
como capelão
A mesma experiência repetiu-se no 3º fim de semana de outubro para
17 militares .altura em que fui novamente mobilizado para nova co-
missão militar em Angola para onde parti em janeiro de 1969.
Tornou-se impossível a concretização de mais convívios em Castelo
Branco .
Regressado de Angola em 1971 fui colocado como capelão , nos
Quarteis de Santa Cruz, Comandos e de Operações especiais . Em La-
mego e Penude.
O meu primeiro desejo foi continuar a concretizar tão bela experiên-
cia que levou os militares que nela participaram a religiosamente se
desinibirem e agora com a sua prática religiosa e com o seu testemu-
nho de vida a serem , os melhores entre os melhores militares , a se-
rem privilegiados colaboradores do Capelão.
Não tendo nos quarteis do CEE, em Lamego, nem militares nem con-
dições logísticas para continuar a realizar os convívios, pedi ao então
Assistente dos cursos de Cristandade na diocese,
(...continua na página 2)
EM CAMINHADA PARA A CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS
DA EXISTÊNCIA DOS CONVÍVIOS FRATERNOS
É com imensa alegria que partilho com todos vós que no dia 13 de Julho fui or-
denado Diácono Permanente na Sé de Santarém, Diocese onde resido desde
1994. A cerimónia, pela sua natureza, depois do meu casamento, foi um dos
maiores momentos da minha vida, pela sua simplicidade, tranquilidade e “sen-
tido”, fez-me viver um momento único de encontro com Deus e os irmãos. Mar-
cou-me essencialmente, receber o Evangeliário das mãos do Bispo como sinal da
aceitação e compromisso com o Ministério, e o ritual da “prostração”, momento
em que me senti muito, muito, unido pela oração a tantos e tantos que ao longo
do tempo marcaram a minha vida.
É um momento de grande emoção, este que ainda vivo e que só é possível, par-
ticularmente pelo apoio incondicional da minha família, a esposa e os dois fi-
lhos, mas igualmente de mui-
tos elementos da minha
comunidade e de alguns pa-
dres, sobretudo de capelães mi-
litares, que ao longo de toda a
formação me foram incenti-
vando e animando na cami-
nhada, de modo particular nos
momentos de alguma inquie-
tude e incerteza.
O caminho de preparação para
o Ministério, começou há cerca
de oito anos, quando numa
conversa com o Sr. D. Manuel
Pelino, Bispo de Santarém, ele
me fez o desafio de pensar em
ser Diácono Permanente. Co-
mecei então a estudar Teologia, e a Licenciatura em Ciências Religiosas que ter-
minei, foi uma óptima base para entender, aprofundar e amadurecer a fé. A for-
mação específica foi desenvolvida ao longo de quase cinco anos de
discernimento vocacional e de preparação para o serviço.
Sim, porque se o Diácono é o que se configura com Cristo servidor (Jo 13, 14), é
para mim motivo de orgulho sentir-me escolhido pelo próprio Deus para poder
participar e entregar a vida ao serviço dos irmãos. Assumir o serviço a Deus e à
Igreja que comecei a conhecer, ainda em adolescente, com outros rapazes, numa
das casas do Opus Dei, no Porto. Depois fiz o meu Convívio Fraterno, o 56º, em
1978, no Porto e foi aí, durante o “3º dia” e no seu “encerramento”, que surgiu
uma outra dimensão, Jesus Cristo, Aquele que está sempre ao nosso lado mas
igualmente em todos os que nos rodeiam e que é por Ele e com Ele que conse-
guiremos ser verdadeiramente felizes. Foi este o “clique” que me fez descobrir
que todo aquele ambiente de emoção e alegria, que então se vivia, só era possível
pela entrega e pelo amor aos outros. A partir dessa data, tive sempre presente o
refrão do nosso hino «vai pelo mundo mostrar a tua herança», pautando a mi-
nha vida em união a Jesus Cristo pela oração e pela vivência da Sua Palavra, na
entrega e no testemunho, quer integrando equipas dos Convívios, quer nas pa-
róquias por onde passei, dando catequese ou cantando, quer nas várias Unida-
des militares onde servi ao longo de cerca de 30 anos. (...continua na página 2)
Quando o Senhor Chama
BALADA DA UNIÃO Julho 20142
É já nos dias 6 e 7 de setembro que
,na Cova da Iria , aos pés da imagem
da Senhora aparecida há 97 anos aos
3 Pastorinhos, que os jovens e casais
dos Convívios Fraternos mais uma
vez se ajoelharão para louvar a Mãe
de Deus e nossa Mãe e pedir a Sua in-
tercessão junto de Jesus Cristo.
Será , estou certo , uma grande mani-
festação de fé e de amor a jesus Cristo
que um dia , num convívio fraterno ,
a todos seduziu e transformou.
Nesta sociedade em que a maioria
dos homens sobretudo dos jovens se
mostram indiferentes a Deus e aos
problemas religiosos , é necessário
que os jovens e casais convivas , sem
medo e sem receios , vivam e teste-
munhem em Fátima a alegria do
evangelho, como nos lembra o Papa
Francisco e a alegria extraordinária
de viverem como jovens e casais
cristãos ao jeito de Jesus Cristo.
SEGUE O PROGRAMA DA NOSSA
PEREGRINAÇÃO:
XLI ENCONTRO NACIONAL DOS
CONVÍVIOS FRATERNOS
PROGRAMA
Sábado, 6 de Setembro de 2014
14:30 - Acolhimento, no Centro Pastoral Paulo VI.
14:45 - Celebração penitencial comunitária e individual, no Centro Pastoral
Paulo VI.
17:00 - Desfile, saudação a Nossa Senhora e Celebração da Palavra na
Capelinha das
Aparições (presidida pelos Convívios Fraternos).
18:00 - Oração, na capela do Anjo da Paz (+- 90 minutos).
18:00 - Oração, na capela da Ressurreição de Jesus (+- 90 minutos).
21:30 - Rosário e procissão de velas:
•	 Meditação do rosário (Mistérios Gloriosos);
•	 Recitação do 1º. mistério;
•	 Transporte do andor de Nossa Senhora durante a procissão de velas
(4 jovens da mesma estatura).
22:45 - Sarau conviva, no Centro Pastoral Paulo VI.
Domingo, 7 de Setembro de 2014
10:00 - Rosário, na Capelinha e procissão para o altar do recinto:
•	 Meditação do Rosário (Mistérios Gloriosos);
•	 Recitação do 1º mistério;
•	 Transporte do andor de Nossa Senhora (4 jovens da mesma estatu-
ra).
11:00 - Missa internacional, no altar do recinto, presidida pelo Senhor D.
António Marto.
•	 Apresentação de uma intenção própria, a enviar ao Santuário, para a
Oração universal;
•	 Encenação após o momento de Ação de Graças, antes da bênção
final, de uma súplica a Nossa Senhora, por todas as dioceses presentes, com
a duração de 5 minutos.
14:00 - Despedida no Parque Auto nº2 até às 16 horas.
Acolher os refugiados
O problema dos refugiados, cujo
número atinge milhões em todo o
mundo é, sem dúvida, um dos
mais graves do nosso tempo. E o
agravamento deste problema é
constituído pelo facto de o número
de refugiados, em vez de diminuir,
estar a aumentar de dia para dia e
as organizações que procuram re-
solver este problema vêem-se a
braços com a incapacidade de
atender os refugiados como dese-
jariam.
A pergunta que surge imediata-
mente é esta: quem são os respon-
sáveis por esta tragédia do nosso
tempo? A resposta, se queremos
ser sinceros e não fugir à questão,
é: somos todos nós, ainda que uns
mais que outros. A todos e cada
um é dirigida a pergunta de Deus a
Caim: «Onde está o teu irmão?»
Onde está o sangue do teu irmão
que chegou até Mim?
Mas, como afirmou o Papa na ho-
milia proferida na ilha de Lampe-
dusa, em 8 de Julho do ano passa-
do: «Ninguém se sente responsável
por este drama. Perdemos o senti-
do da responsabilidade fraterna;
caímos na atitude hipócrita do sa-
cerdote e do levita de que fala Jesus
na parábola do Bom Samaritano».
Nesta mesma homilia, o Santo Pa-
dre chega a falar da «globalização
da indiferença». Com efeito, a ati-
tude mais comum em relação
àqueles que pedem asilo numa na-
ção diferente da sua é uma atitude
hostil. São vistos como alguém que
vem competir com o trabalho de
cada um, obter terras e bens públi-
cos, como criminosos que atentam
contra a segurança social. Tudo
isto constitui um atentado contra
os direitos dos refugiados.
Se a hospitalidade representa sem-
pre um valor profundamente hu-
mano que reconhece no outro um
semelhante a atender e respeitar,
muito mais ainda representa para
o cristão: «Era estrangeiro e tu me
acolheste» (Mt 25, 35). O cristão
deve ver em cada refugiado outro
Cristo, a ser acolhi-do e respeitado
e ao qual devem ser prestados to-
dos os auxílios de que necessita.
apresentado de maneira adequada
às novas gerações, que reflectem as
mudanças rápidas da cultura em
que vivem».
António Coelho, s.j.
«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.» (Mc
16, 15), diz-nos Jesus no Evangelho. Também eu quero continuar “a ir”
ao encontro daqueles que, talvez não conhecendo, estarão à minha espe-
ra. Quero fazê-lo com alegria e o desprendimento de sempre, tendo pre-
sente as palavras de um padre numa das missas de encerramento de um
CF «mantém sempre esta entrega e alegria e serás uma página do Evan-
gelho».
Sei que o caminho não será fácil, os desafios são muitos e agora a expo-
sição é maior. Nos ambientes em que estou inserido, e para além dos
serviços que forem solicitados pelo meu Bispo, quero ser servidor da paz
e despertador do próprio serviço. Não baixar os braços, e mesmo que
surjam contrariedades, quero continuar a permanecer firme e constante
em Jesus Cristo, unido a Ele pela oração e pelos irmãos. Para isso conto
com a ajuda das comunidades ou Movimentos onde for chamado a exer-
cer o Ministério e com a oração de todos os que me rodeiam, de modo
particular de toda a “família conviva”.
Artur Ferreira
o Dr. António Rafael , mais tarde bispo de Bragança , a indicação de cursistas
jovens que pudessem colaborar na formação de uma equipa para a sua rea-
lização Ele achou que os cursistas , se calhar, não eram os elementos mais
indicados para o efeito, e indicou-me, como possibilidade, que falasse com o
Assistente da JAC de Lamego, o P. Manuel Silvestre, que ali encontraria jo-
vens com possibilidade de serem preparados para o que desejava.
Pelo P. Silvestre foram indigitados 6 Jovens, a maioria ex-seminaristas , a que
se juntaram 4 militares, para o efeito. Ele próprio, sempre que estava disponí-
vel, participava nas reuniões semanais que, para o efeito durante 5 meses se
realizaram no Centro Apostólico, em Lamego.
Em maio de 1971 foram convidados esses 10 jovens para passar um fim de
semana na casa de S. José para treinar as palestras que iriam fazer . Como
nenhum destes jovens tinha feito uma experiência destas , pedi ao P. Silvestre
para comigo apresentar os temas que os jovens viriam a dar e ,envolvidos no
ambiente psico - pedagógico que se vive num convívio, fizeram também eles
esta experiência de Deus que os marcou profundamente deixando -se entu-
siasmar e seduzir por Jesus Cristo.
Estava assim concretizado o 3º Convívio Fraterno e criada uma nova equipa
coordenadora para continuar a realização dos convívios agora na diocese de
Lamego e abertos a jovens civis e militares.
Valente de Matos
Fomos percebendo, ao longo da nossa
caminhada na catequese e no seio da fa-
mília que um dia, revestidos de Cristo
ressuscitado, fomos chamados a ser
Igreja, a viver o compromisso de crescer
em comunidade, em Igreja, ajudando a
construí-la com amor e alegria.
No entanto, construir é uma tarefa exi-
gente que implica, antes de mais, esco-
lhas. E essas escolhas nem sempre são
fáceis!
Para que a construção fique segura, é
necessário escolher os melhores mate-
riais. Caso contrário, a casa irá ruir. Para
isso, precisamos da ajuda de Jesus…
para escolhermos as melhores pedras
para a construção da nossa vida, para
sentirmos crescer o edifício da nossa fé,
afastando tudo o resto que nos prejudi-
ca… Tantas vezes somos pedras ocas e
enfraquecidas quando damos lugar à
preguiça ou ao egoísmo, outras vezes so-
mos pedras partidas, esquinadas, com
defeito, pela desobediência à vontade de
Deus… e muitas vezes somos pedras
que não encaixam bem umas com as ou-
tras na construção da comunidade, do
nosso grupo, da nossa turma, da nossa
família, às vezes por causa do nosso or-
gulho ou da nossa vaidade.
É urgente afastar todas estas pedras de-
feituosas da construção da nossa vida
para que possamos todos crescer e cons-
truir em perfeita harmonia uns com os
outros.
A base desta construção é a comunida-
de, o rochedo que nos viu nascer e nos
amparou desde essa altura; é verdade,
sem comunidade nada é possível!
Mas, a base por si só não é suficiente.
Temos de construir a nossa vida com a
ajuda de algumas pessoas que são muito
importantes…
Para que as paredes possam ser erguidas
com segurança precisam de ser susten-
tadas por pilares. Esses pilares, nesta
nossa construção, são os nossos pais, é a
nossa família. Foram eles que, em pri-
meiro lugar, nos ensinaram a amar Jesus
e à Sua Igreja, presente em cada irmão,
em cada gesto de amor e ternura que
sentimos e nos foi comunicado desde
pequeninos.
Nós somos as pedras que construirão as
paredes. Apoiados na comunidade, am-
parados pela família, acompanhados
pelos amigos, sentimo-nos capazes de
realizar uma boa construção… viver-
mos no amor de Cristo!
Mas, uma casa sem telhado é uma casa
inacabada. Por muito firmes que as suas
paredes estejam, está sujeita às chuvas,
ao vento e ao sol quente. Para a proteger
e abrigar falta o telhado... Nas Nossas vi-
das o telhado é Jesus!
É Ele quem nos abriga e protege de to-
dos os males, de todos os ventos e tem-
pestades. Ele é a paz que nos livra de
toda a dor e preocupação e nos dá segu-
rança.
Continuemos a construir sobre rocha
firme uma casa sólida nas nossas vidas,
escolhendo sempre os bons materiais
que a edificam; com Cristo e em Cristo
continuaremos a viver amparados, se-
guros e fortes, em família comprometi-
da e em comunidade de pedras vivas
que somos.
Manuela Pires CF 860
Construir a nossa casa sobre rocha firme
Amar-Te é duro porque muitas vezes, exige transformar o cora-
ção num saco de pancada e ainda assim, seguir. Amar-Te é duro
porque muitas vezes, essas pancadas vêm de mãos que não espe-
ramos.
Gosto muito de ti Jesus. Mas ainda não gosto o suficiente para
aprender a lidar com estas coisas sem me sentir profundamente
magoada. Acho que gostar de Ti a sério, deve ser um antídoto
poderoso contra o veneno do desencanto. Mas eu, ainda me de-
sencanto tanto com a maldade. Por isso, acho que tenho de
aprender a gostar mais de Ti. E amar-Te é duro porque exige
(pelo menos) fazer um esforço por perdoar quem não não gosta
de nós e nos escurece a vida. Mas amar-Te é isso. E esse esforço é
o maior dos esforços. E eu não sei se consigo, mas às vezes, acho
que não. Às vezes, as minhas palavras perdoam mas o meu cora-
ção não. E isto, também me desencanta.
Disseram-me que amar-Te era duro e eu pensei que talvez fosse
exagero. Mas não é. Resta-me a certeza da Tua fidelidade e do teu
amor. E é esse amor, a única força que me permite seguir, mesmo
com o coração transformado num saco de pancada.
Por Ti e SÓ por Ti.
Fabíola Mourinho CF 833
A dureza de Te amar
Inesperadamente fomos sur-
preendidos pela triste notícia de
que havia falecido o residente da
Comunidade de Santa Luzia , o
Ismael,que tinha ido passar o fim
de semana junto de seus pais.
Era a primeira vez que ele fazia a
viagem de automóvel pois só na
ultima 5ª feira , 8 de Agosto, ha-
via feito exame de condução, o
que nos deixou um pouco preo-
cupados. Afinal a notícia corres-
pondia à realidade não vítima de desastre mas de morte re-
pentina. O Ismael , estando num café na sua terra natal ,
sentiu-se mal, teve uma paragem cardíaca e partiu para a casa
do Pai.
Tinha feito o convívio–fraterno nº 1238, convertendo -se ao
catolicismo porque estava ligado, por influência familiar, às
Testemunhas de Jeová . Na vigília de sábado Santo, em Abril,
depois de se preparar recebeu com muita alegria e entusiasmo
o Batismo.. O Senhor que o seduziu no convívio , veio buscá
-lo para que agora goze da plena felicidade junto d' Ele. Até
um dia Ismael !...
PARA A CASA DO PAI
Convívios Rumo ao Futuro
Nos dias 1,2 e 3 de Agosto de 2014
1252 - Em Bragança para jovens desta Diocese
Nos dias 7,8 e 9 de Agosto de 2014
1253 - No Funchal para jovens desta Diocese
Nos dias 22,23 e 24 de Agosto de 2014
1254 - Em Maputo “Camacha” para jovens moçambicanos
Nos dias 12,13 e 14 de Setembro de 2014
1255 - Em São Lourenço do Palmeiral para jovens da Diocese de Faro
JOVENS EM ALERTA Julho 20144
Com o Ideal em Jesus Cristo eis que se
realizou mais um convívio Fraterno na
diocese de Bragança-Miranda, concre-
tamente na aldeia de Caravela em Bra-
gança. Para tal contamos com a casa de
turismo rural "O casarão dos Reis" que
nos dias 31 de Julho, 1, 2 e 3 de Agosto,
nos acolheu, a nós convivas, juntamen-
te com dezanove jovens que souberam
dizer o seu Sim a Jesus Cristo. Deixan-
do as ruas rotinas diárias de lado acei-
taram o desafio de pararem nas suas
vidas, nas ruas rotinas para poderem
abrir os seus corações a Jesus e assim
trilharem um Ideal de fé, esperança,
amor e fraternidade, na certeza de que
somos a Sua igreja viva.
Nesta família conviva e em espírito de
fraternidade concretizamos o CF1252
onde todos fomos chamados a "trilhar
o nosso Ideal", conscientes que somen-
te juntos conseguimos ultrapassar as
barreiras que se nos colocam nesta cor-
rida para a meta, a Santidade. Só a san-
tidade nos leva a Jesus e só com Ele e
em comunhão com o Seu amor conse-
guimos avançar contra a corrente.
Quantas vezes trilhamos caminhos in-
certos, inseguros e difíceis? Quantas
vezes os nossos ideais não são os mais
honestos? Perdidos nas correrias do dia
a dia nos levamos pelo mais fácil, pelo
imediato, pelo supérfluo? O mundo e
os jovens em particular, precisam de
parar, de escutar! Precisam de conhe-
cer Jesus e saber que apenas o ideal do
Amor de Deus nos traz a calma de co-
ração, a felicidade verdadeira e a cora-
gem de remar contra as adversidades.
Que só a oração e a fé são a luz que guia
os nossos passos e as únicas capazes de
nos ajudar na nossa caminhada de jo-
vens Cristãos.
Desta forma todos nós, durantes estes
três dias soubemos trilhar o nosso
Ideal, enraizando as nossas raízes nesta
rocha que é jesus Cristo.
Pela Equipa Coordenadora
Cátia Fernandes
Bragança
"Trilhando o Ideal!"
"O CF 1250 foi vivido de uma forma es-
pecial, diferente daquilo que estamos
habituados a fazer, porém com o mes-
mo sentido de fazer caminhar, em co-
munhão os novos convivas que estive-
ram intensamente a viver as
experiências inesquecíveis próprias de
um Convívio.
Deus quis revelar-se a todos os que
participaram neste Convívio. Novos ou
antigos, Nosso Senhor deu-nos um si-
nal claro de que os baptizados deverão
desempenhar um papel puro de vivên-
cia Cristã. Este papel exige dar um pou-
co mais de si aos outros, para que estes
possam reconhecer a palavra de Deus,
conhecer aquela que é a Sua Igreja, e sa-
ber que existem outros tantos jovens
que partilham de experiências iguais às
suas.
Cristo pede-nos firmemente, desde há
mais de dois mil anos, que nos empe-
nhemos na herança que nos deixou.
Tomando como exemplo um grão de
mostarda, percebemos que a realidade
do Reino de Deus é viver na simplici-
dade, na fraterna união, e no esforço de
cada um dos pequenos passos que Ele
nos vai permitindo dar.
Possamos nós, também, ser como um
pequeno grão, ou como muitos peque-
nos grãos, porque é na pequenez que
Deus se revela grandiosamente."
Alexandre
“Dai-lhes vós de comer” (Lc 9, 13), respondeu Jesus aos jovens apóstolos,
quando estes vendo a multidão, disseram a Jesus para a despedir, para que
pudessem ir percorrer as aldeias e campos em redor e encontrar alimento.
Esta resposta, inesperada e desafiante, por parte de Jesus, deixou os após-
tolos incrédulos perante a escassez daquilo que tinham: cinco pães e dois
peixes. Como poderia Jesus estar a pedir-lhe para alimentar uma multi-
dão sabendo que eles pouco tinham? Jesus toma a iniciativa e diz-lhes
para mandarem sentar a multidão, e “Tomando, então, os cinco pães e os
dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os aos
discípulos, para que os distribuíssem à multidão” (Lc 9, 16). E todos co-
meram, ficaram saciados e ainda sobraram doze cestos cheios. Jesus nun-
ca se coibiu de estar no meio do próximo, de se compadecer dele. Mateus
diz-nos sobre Jesus: “Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão
por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor” (Mt, 9,
36).
Também hoje Jesus continua a compadecer-se de tantas e tantas pessoas
que andam cansadas e abatidas, fatigadas, cansadas, tristes, sem esperan-
ça, mesmo num mundo onde se evoluiu tanto em termos materiais, mas
onde a indiferença continua a matar a esperança de tantos rostos de uma
multidão cansada e abatida. E o apelo desafiante de Jesus, “Dai-lhes vós de
comer” atravessa os tempos e ressoa forte nos dias de hoje, dirigido agora
a cada um de nós, tal como aos discípulos que o acompanhavam naquele
tempo. Talvez nos sintamos tentados a responder como os apóstolos res-
ponderam, sugerindo que essas pessoas devem procurar o alimento, as
razões de viver, o descanso e a esperança nas coisas do mundo, porque
nós, pouco ou nada temos para dar! Mas, se tivermos fé, e acreditarmos
em Jesus, erguendo nós mesmos os olhos ao céu e oferecendo o pouco
que temos a Deus em nome de Jesus, os poucos bens que temos multipli-
car-se-ão pela graça de Deus com grande abundância, e chegarão para
todos.
Podemos então ver que o primeiro passo para respondermos ao apelo de
Jesus será a obediência, que os discípulos tiveram em fazer o que ele disse
(tal como fizeram os serventes nas bodas de Canaã). A obediência (que
parece uma palavra tão pouco fashion nos dias de hoje) é refletida na
perfeição no “SIM” incondicional e alegre de Maria ao plano de Amor de
Deus. A obediência resulta do abandono de nós mesmos à confiança total
em Deus e leva-nos ao segundo passo, que é a consagração do nosso ser e
dos nossos dons a Deus. E a partir daí, veremos milagres a acontecerem:
vidas que se transformam e reconstroem, sorrisos que despontam, novos
horizontes de esperança que surgem, novos planos e novos projetos de
Amor, com a abundância prometida por um Deus que é fiel e infinita-
mente bom!
E o apelo de Jesus não se refere no sentido estrito ao combate à miséria
material das multidões, mas tem um alcance muito maior que esse. O
nosso Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma de 2014, expli-
cou-nos que a miséria tem múltiplas dimensões: material, moral e espiri-
tual. E cada um de nós, com a sua especificidade, personalidade e diversi-
dade de dons, como cristão, tem o dever de responder afirmativamente ao
apelo de Cristo. Não podemos adormecer, ignorar, mudar de canal, desli-
gar, fazer de conta que não é nada connosco! Cada um dos rostos dessa
multidão é a cara do nosso irmão ou irmã é a imagem do próprio Cristo
percorrendo o calvário perante a indiferença de quase todos a esse triste
espetáculo.
“Dai-lhes vós de comer”. Como convivas e cristãos que somos, peçamos a
Jesus que nos ajude a colocarmo-nos humildemente ao Seu serviço, a dar
o nosso “sim” e deixar que por Ele o mundo se encha da abundância do
Seu Amor! Há tanto por onde começar a servir… por que não na nossa
paróquia, no nosso núcleo de convivas, e em tantos outros sítios e de tan-
tas maneiras tão simples e humildes como importantes! É para ti o desafio
de Jesus! Atreves-te a dar o teu SIM? :)
João Mourinho CF 980
Atreves-te a dar o teu SIM?
Setúbal
Deus Revela-se a Todos
JOVENS EM ALERTAJulho 2014 5
No dia 19 de julho o Convívio Frater-
no nº 1223 realizou o seu quarto en-
contro, juntamente com o Convívio
Fraterno nº 1238 que realizou o seu
segundo encontro. Foi um belo dia de
encontro, de festa e de partilha entre
estes dois convívios fraternos da dio-
cese do Porto.
Um convívio Fraterno tem a dura-
ção de um ano, sendo importante após
o Convívio Fraterno, propriamente
dito, alimentar a fé e a vivência em co-
munidade do ser Jovem Cristão Con-
viva. Além do acompanhamento regu-
lar, do esforço de integração dos jovens
na vida da paróquia e da pastoral juve-
nil local, é muito importante a reunião
da família conviva para celebrar a Fé, e
testemunhar as vivências de jovem
conviva no mundo dos nossos dias.
O encontro foi concluído com cha-
ve de ouro na celebração da Eucaristia,
com a participação do senhor Padre
Valente. O evangelho do dia partilhava
a seguinte mensagem «O Reino do
Céu é comparável a um homem que
semeou boa semente no seu campo.
Aquele que semeia a boa semente é o
Filho do Homem; o campo é o mundo;
a boa semente são os filhos do Reino»,
Como Cristãos Convivas, somos con-
vidados a colocar os pés ao caminho e
irmos para o "campo" ser testemunhas
de Jesus. Trabalhar muito no reino,
como filhos de Deus, irmãos de Jesus e
herdeiros do Reino do Céu.
Lembrando a oração de Santa Teresa
de Ávila;
Nada te perturbe.
Nada te espante.
Tudo passa.
A paciência tudo alcança.
A quem tem Deus nada falta.
Só Deus basta.
António Silva
Porto
Revitalizar de Compromissos Convívios-Fraternos
1223 e 1238
No dia 26 de julho Realizou-se a cami-
nhada conviva da diocese do Porto. O
pedy paper teve início no salão paro-
quial de Loureiro até o parque molino-
lógico de Ul, junto da Igreja de Ul.
Os participantes na atividade experien-
ciaram a importância do sentido do
equipa, de comunidade para superar as
tarefas apresentadas, todos os grupos
superaram com distinção os trabalhos
sugeridos. O sentido do caminho e da
peregrinação teve um ponto alto a meio
do percurso, quando na Capela de Nos-
sa senhora do Livramento, celebrou-se a
oração da manhã com uma breve refle-
xão.
Inspirados pela senhora do Livramento,
para que nos livre do desalento, para
que nos livre da tentação de nos deixar-
mos estar derrotados de braços caídos.
Para que nos infunda a fé e a clarividên-
cia, de forma a ter sempre forças para
fazer o que Jesus nos disser, ao jeito das
bodas de Canaã.
Na reflexão compreendeu-se que na in-
timidade do coração perscruta-se que
Jesus nos conhece, até ao mais ínfimo
detalhe. Jesus nos ama, mesmo com as
nossas limitações, nos convida a amar
aquilo que somos, as nossas luzes e som-
bras, nos convida a amar os outros. Jesus
nos incendeia o coração para que seja-
mos testemunhas do seu Amor, a con-
versão dos corações provém da força do
Espirito Santo.
Após a oração, a caminhada (pedy pa-
per) continuou até ao parque molinoló-
gico de Ul pelo trilho do parque, com
visita aos moinhos de Ul e
técnicas de fabrico do pão
de Ul.
Conviva do Porto precisa
de se alimentar e ambicio-
na um pic nic, pelo que o
almoço Conviva foi parti-
lhado no parque, com pro-
va do pão de Ul e outros
petiscos, com a animação
conviva tradicional das
suas músicas e sorrisos.
O encontro terminou com a celebração
da Eucaristia animada pelos convivas
presentes, a qual foi celebrada pelo Pa-
dre de Ul / Loureiro, padre Ricardo
Aguiar, um amigo dos convivas da dio-
cese do Porto.
Porto
Caminhada Conviva
Foi nos passados dias 1, 2 e 3 de Agos-
to que teve lugar o convívio n.º 1251
da diocese Porto Sul em Eirol. Ao
todo 48 jovens fizeram o seu convívio
tendo a oportunidade de se encontra-
rem consigo, com o próximo e com
DEUS.
Estávamos todos ansiosos pelo início
do convívio, os novos convivas sem
saber muito bem o que fazer e a estra-
nhar um pouco o ambiente e as equi-
pas com aquele típico nervoso miudi-
nho, mas sempre com espírito de
missão. Mas a equipa estava bastante
satisfeita pois o número de convivas
tinha superado as expectativas!
A verdade é que desde cedo sentimos
aquela tranquilidade e um amor que
nos unia a todos desde os novos, á
equipa coordenadora até á equipa de
apoio. Era o amor de CRISTO, que
com todo o seu carinho rapidamente
nos envolveu a todos até ser-mos ca-
pazes de o SENTIR, apesar de estar-
mos num mês de férias onde a maior
preocupação é saber para que praia se
vai a seguir ou qual a próxima festa
para “curtir”. Bem, na realidade neste
convívio, á medida que o mesmo se ia
desenrolando aquela felicidade que só
quem vive com CRISTO presente
consegue compreender e juntando á
energia e alegria dos novos convivas,
o que não faltou foi festa e alegria.
Hoje vivemos num mundo cheio de
ruído, onde não se consegue parar
para pensar ou amar, onde as relações
são feitas através de um pequeno ecrã
e onde o materialismo e superficiali-
dade impera, a procura de sensações e
prazeres instantâneos são objectivo de
vida, vida essa que é despojada de
todo o sentido e se torna vazia. Quan-
do paramos para reflectir na nossa
vida, a sua importância, conseguimos
escutar o próximo e a nós mesmos
sem qualquer tipo de hipocrisia ou
ruído muitos não conseguiram conter
as suas emoções.
Muitos não conheciam CRISTO ver-
dadeiramente, julgavam “era uma
quimera que já passou …” e quando
finalmente o SENTIRAM e conhece-
ram a sua mensagem de amor: “Amai-
vos uns aos outros como eu vos amei",
sentiram a alegria de viver nesta Igre-
ja onde todos temos os nossos dons e
defeitos, mas onde todos procuram
ver no outro um irmão.
Se pudessemos todos viveriamos na-
quela casa para sempre, mas os dons
que descobrimos e a luz do Espirito
Santo que se reacende no coração de
cada um de nós, tem que ser partilha-
da com todos os que nos são queridos
e que se cruzam nos caminhos da
nossa vida.
No encerramento, apesar da hora tar-
dia tivemos a surpresa e a alegria de
ter a presença do nosso Bispo do Por-
to, D. António Francisco! Foi muito
bom te-lo connosco a escutar o teste-
munho de todos os jovens que parti-
ciparam no convivio, assim como nós
escutamos com atenção o testemunho
e a força que ele nos transmitiu para
continuar a nossa missão de PROFE-
TAS de CRISTO. A palavra de cari-
nho e apoio que ele nos transmitiu
rapidamente sensibilizou todos os
presentes.
É certo que o quarto dia nem sempre
é fácil, que o mundo nem sempre é
justo, mas somos todos parte da
IGREJA de CRISTO, temos a força
para mudar e transmitir ao mundo a
mensagem de esperança e de amor.
Hélder Pinho
Porto
Jesus Cristo “já não é uma quimera que passou”
JOVENS EM ALERTA Julho 20146
De 11 a 14 de Abril, em final de Quaresma, realizou-se na diocese de Santa-
rém, mais um Convívio Fraterno, na Casa das Irmãs de S. José de Cluny. O
Convívio Fraterno 1241 reuniu trinta e um jovens de várias paróquias da dio-
cese que vieram conhecer o Cristo, Aquele que se entregou na cruz e que
percorreu o caminho do calvário para nos dar a salvação e para nos libertar
todos os dias das nossas vidas. Ao longo dos três dias de Convívio Fraterno
alguns destes jovens vieram para ter um primeiro encontro com Jesus, outros
vieram continuar a sua caminhada na fé e prosseguir em Igreja. Ao longo
destes três dias, nós, jovens convivas pudemos acolher e alegrar-nos com os
sorrisos e com a transformação que só o Amor de Deus e a vivência a partir
d’Ele podia devolver àqueles jovens.
Estar em Convívio Fraterno é viver plenamente em família, no dinamismo do
jovem que vive e que dá testemunho da Ressurreição de Jesus junto dos ou-
tros jovens e junto das Irmãs de S. José de Cluny, que nos acolhem sempre tão
generosamente e com os seus corações carregados de amor.
Que saibamos assemelhar-nos cada vez mais a este Amor e a ter no mundo o
olhar amoroso do Pai.
Liliana Nabais
Santarém
Mais um encontro de jovens com Deus
Convívio-fraterno nº1241, em Santarém
Nos passados dias 26 e 27 de Julho,
30 jovens do Movimento dos Convi-
vas Fraternos rumaram a Covide, no
Gerês, para um fim-de-semana dife-
rente. Naquela que foi a primeira edi-
ção do ‘Conviva Summer Camp’, as
atividades iniciaram-se com um per-
curso pedonal que possibilitou um
maior contacto com a natureza e uma
maior proximidade com Deus.
Esta atividade de verão representou
um momento de paragem divertido
onde se descobriu que a pérola mais
pura a procurar é Jesus e os verdadei-
ros tesouros a encontrar estão espa-
lhados pelo caminho, onde os pesos
supérfluos vão sendo deixados para
trás, tornando a bagagem mais leve e
o caminho mais fácil.
Braga
Conviva Summer Camp
Conviva Summer Camp, em Braga
A aventura, para 14 jovens de Via-
na do Castelo, começou no dia 16
de Julho de 2014, data que certa-
mente figurará para sempre nas
suas memórias. O convívio frater-
no 1249 teve lugar no Seminário
dos Passionistas, em Barroselas,
Viana do Castelo, e acolheu duran-
te os dias 16, 17 e 18 de Julho 30
jovens desta diocese. O slogan pu-
blicitário de uma conhecida marca
portuguesa deu o mote para a cria-
ção do grito que alia o passado e a
consciência de que se trata de uma
actividade realizada por muitos e
há muito tempo com o dinamismo
e alegria do movimento: “CF: a
cantar desde 1249” irá imortalizar
esta experiência.
Um convite para participar nos
Convívios Fraternos faz-se consti-
tuir de palavras como “inesquecí-
vel”, “marcante”, “reflexão”, “para-
gem”, “vai mudar a tua vida”… algo
vago para alguém que se calhar
nunca ouviu falar do movimento e
que tem as suas 24h diárias ocupa-
das com actividades de utilidade
por vezes duvidosa. Por isso mes-
mo, aceitar este chamado exige co-
ragem, ousadia e desprendimento,
características demonstradas pelos
novos convivas ao longo dos três
dias.
As promessas iniciais foram de que
estes seriam dias de encontros. En-
contro com Deus, através de mo-
mentos de profunda e íntima liga-
ção com alguém que muitas vezes
afastamos ou não sabes como abor-
dar; Encontros connosco, para re-
flectirmos acerca das nossas vivên-
cias, ideologias e objetivos de
futuro; Encontros com os outros,
com a sociedade que nos rodeia e,
de um modo muito particular, com
aqueles que ali se apresentaram
como irmãos convivas.
A festa de encerramento foi no
Centro Paulo VI em Darque que
contou com a presença de convi-
vas, familiares e amigos que trans-
formaram o espaço num local bas-
tante acolhedor. Contamos
também com a presença amiga,
sempre muito importante, do D.
Anacleto Oliveira, Bispo desta dio-
cese.
Os jovens transmitiram a sua ale-
gria, trocaram experiências, e o en-
cerramento culminou com a cele-
bração da Eucaristia, onde todos
celebraram as graças concedidas.
No 1249 houve lugar para momen-
tos de comédia, de questionamen-
to, de reflexão e de partilha, e ainda
de crescimento pessoal, de aceita-
ção do outro e de mudança. O que
acontece nos Convívios Fraternos,
fica entre os convivas, mas a verda-
de é que este movimento não só
canta desde 1249 (como relembra
figurativamente o nosso grito) mas
também renova e transforma os
seus membros há muitos e muitos
anos.
Viana do Castelo
CONVÍVIOS FRATERNOS: A CANTAR DESDE 1249
2º NÚMERO DO BALADA DA UNIÃO ONLINE
É hoje editado, em digital , o 2º número do jornal do nosso movimento
que é publicado em papel já há 34 anos e que hoje chega , por este meio,
a todos os jovens e casais convivas.
É mais um esforço que fazemos para uma maior partilha de experiências
de vida entre os convivas de todas as dioceses e também como meio de
união do movimento.
Gostaríamos que houvesse mais colaboração das dioceses neste novo
meio de comunicação, para que Balada da União desperte mais desejo
de ser recebido e mais interesse em ser lido por todos os jovens e casais
dos Convívios-Fraternos e , que assim, de alguma maneira, sentir-se -iam
mais presentes no nosso jornal.
É certo que há hoje muitos meios de comunicação em digital, mas que
não se substituem, antes se complementam.
Continuamos a aguardar a vossa prestigiosa e insubstituível colaboração.
Nota da Redação
BALADA DA UNIÃOJulho 2014 7
“… pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de
Deus!»” (jo 1, 36)
Senhor Jesus, Porta da Fé, que eu saiba reconhecer em ti, como João
Batista, o verdadeiro Filho de Deus, redentor da humanidade.
“Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que
procurais?»” (jo 1, 38)
Senhor Jesus, Porta da Sabedoria, que a Tua interpelação seja uma
constante na minha vida e fomente em mim a vontade firme de apro-
fundar as razões da Fé.
“Eles disseram-lhe: «Rabi – que quer dizer Mestre – onde moras?».
Ele respondeu-lhes: «Vinde ver»” (jo 1, 38 b)
Senhor Jesus, Porta da Confiança, que o desafio da adesão ao teu proje-
to de amor inquiete o meu coração e o fortaleça no propósito sincero de
te servir.
“Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia” (jo
1, 39)
Senhor Jesus, Porta da Fidelidade, ajuda-me a ser perseverante no
cumprimento da tua Palavra e fiel aos teus ensinamentos de amor para,
assim, permanecer na tua graça.
“Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João.
Hás-de chamar-te Cefas» – que significa pedra.” (jo 1, 42)
Senhor Jesus, Porta da Comunhão, derrama sobre mim o poder do teu
espírito de Amor para que ele faça de mim pedra viva da tua Igreja,
comprometida na edificação do teu reino no presente de cada dia.
“Então disse-lhe Natanael: «de Nazaré pode vir alguma coisa boa?»
Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»” (jo 1, 46)
Senhor Jesus, Porta da Fraternidade, quero ser testemunha autêntica e
transfigurada do teu amor junto dos irmãos, anunciador da alegria do
Evangelho.
“Hás-de ver coisas maiores do que estas.” (jo 1, 50 b)
Senhor Jesus, Porta da Eternidade, que pela tua Ressurreição nos tor-
naste participantes da história da salvação, saiba eu reconhecer na mi-
nha vida terrena as manifestações da tua glória, aguardando o teu re-
gresso definitivo.
Sandra do Vale, CF 1225
Bragança-Miranda
Oração da porta
Ainda que eu não VEJA o azul do mar
Mesmo que não CHEIRE o verde da terra
Há uma fé em mim que vive e espera
Nada vai fazer-me duvidar.
Ainda que eu não OUÇA a chuva a cair
Mesmo que não FALE a língua do mundo
Há uma fé em mim que vem do fundo
Nada vai fazer-me desistir.
Como uma só gota de água cura
E dá alimento no deserto
Cristo sorri em notas de partitura
E num abraço Ele é trilho certo.
Ainda que não SINTA o amor dos homens
Mesmo que não haja réstia de esperança
Há “O PURO BRANCO” da cor das nuvens
Que me desafia à mudança.
Os sentidos de acreditar:
um ostinato à Fé
Apresso-me a prevenir os leito-
res: não vou escrever sobre desâ-
nimo, descrença ou abulia. Não o
quero fazer, embora pudesse en-
contrar pretextos nas dificulda-
des diárias. O título destas linhas
quer ser uma simples prevenção,
a pensar nas férias. Não é, de fac-
to, tão raro quanto isso que, ao
fim de uns dias ou semanas au-
sentes do trabalho, regressemos
às ocupações diárias mais cansa-
dos que no momento em que as
suspendemos. Já um velho pro-
fessor meu – o cónego Arlindo
Ribeiro da Cunha – nos dizia, aos
jovens seminaristas, à segunda-
feira: “Depois de um domingo ou
feriado nunca se deveria traba-
lhar. É que a gente também preci-
sa de descanso!..."
Importa, pois, estar de sobreaviso
contra esta eventualidade.
Eu próprio – que já tive a ousadia
de me auto propor para o rol dos
sensatos – tenho de confessar que
isso me aconteceu: acampei, en-
trei no comboio à noite e saltei
dele na madrugada; carreguei
mochilas pesadas e carteira vazia;
comi em andamento e bebi nas
fontes; coleccionei postais e ten-
tativas de entrar de borla em mu-
seus e espectáculos; espreitei noi-
tadas e contei as horas rabujando
no saco cama que não amaciava o
chão das estações…
Ganhei alguma coisa com isso?
Ganhei bastante. Mas também
perdi muito: a sofreguidão nem
sempre me deixou saborear; os
roteiros alguma vez me distraí-
ram da verdade que estava mes-
mo diante dos olhos; a foto rápida
frequentemente me criou a ilusão
de que tinha visto a sério o que,
afinal, apenas fotografara. Mas,
sobretudo, por diversas ocasiões
me aconteceu o que acima apon-
tei: voltei ao trabalho mais cansa-
do que nunca e – o que agora me
parece mais penalizador - com
uma subtil ou incómoda sensa-
ção de desperdício.
Hoje gostaria, por isso, de poder
regressar a muitos sítios, para pe-
dir desculpa de ali haver passado
a correr. Gostaria de sentar-me
em muitas catedrais, igrejas, gale-
rias de arte -- ou mesmo esplana-
das -- sem a sofreguidão de estar
noutro lugar no minuto seguinte.
Realmente, nem tudo tem a pa-
ciência do livro que nos espera
após cada abandono, passem-se
escassas horas ou um mês de poi-
sio…
Sim, hoje reconheço que há ins-
tantes que poderiam ser profun-
dos ou continuados se não me ti-
vesse resignado à sua aparente
instantaneidade.
As férias que alguns de nós (ain-
da) podem ter não são uma espé-
cie de “dinheirinho extra” que
nos veio de uma surpresa e, por
isso, é tentadoramente aceitável
gastar levianamente. Mais que
um tempo extra, as férias podem/
devem ser um tempo extraordi-
nário. Sê-lo-ão, porém, apenas se
nos proporcionarem a oportuni-
dade para o essencial.
Mas como defini-lo? – pergun-
tam.
Numa resposta simples, entendo
que na lista do “essencial” pode-
mos inscrever grande parte das
coisas que sempre dizemos não
fazer “com muita pena”, por “falta
de tempo”. Há, de facto, desculpas
mais frequentes que estas: “Não
tive tempo”, “não tenho tempo”,
“não sei se terei tempo”?.. Apre-
sentamo-las aos amigos e à famí-
lia; apresentámo-las a Deus e a
nós mesmos. E o pior é que o fa-
zemos com grande convicção, tão
habituados que estamos a gerir
mal e a não joeirar, quantas vezes
imersos em contradições: não
tempos tempo e desbaratamo-lo;
não temos saúde e descuidamo
-la; cansamo-nos a descansar…
João Aguiar Campos
Mais cansado que nunca
BALADA DA UNIÃO Julho 20148
BALADA DA UNIÃO
Propriedade Editorial e Administração
Convívios Fraternos
N.I.P.C. 503298689
Tlef: 234 884474 Fax: 234 880904
Email: convivios_fraternos@hotmail.com
Director e Redactor:
P. Valente Matos
Depósito Legal: 634/82 - Nº de Registo
108164
Este Jornal encontra-se em
www.conviviosfraternos.com
Rua Júlio Narciso Neves
nº65 3860-129
Avanca
Há potencial em Portugal para uma duplicação dos nascimentos
nos próximos três anos
De acordo com os dados do INE,
publicados recentemente, cerca de
21% das mulheres e homens em
idade fértil pensam ter um filho
nos próximos três anos.
	 “Em 2013, o ano do inqué-
rito, existiam 2 259 353 mulheres e
2 522 419 homens em idade fértil
em Portugal. Caso 21% desta po-
pulação (21.8% das mulheres e
20% dos homens) venha a ter um
filho nos próximos três anos, o
número total de nescimentos nes-
te período estará próximo dos 500
000, cerca de 165 000 nascimentos
por ano, o que representa o dobro
do actual número de nascimen-
tos”, sublinha a APFN - Associa-
ção Portuguesa de Famílias nume-
rosas em comunicado.
	 Parece à APFN “ficar claro
que caso venham a existir no nos-
so país políticas públicas adequa-
das às necessidades das famílias
que querem ter filhos, será possí-
vel atingir o índice de fecundidade
de 2,1 e assegurar o retorno à sus-
tentabilidade demográfica.
	 O mesmo inquérito relem-
brou que o número desejado de
filhos é de 2,31 filhos mas o núme-
ro médio de filhos registado entre
os inquiridos é de 1,03.
	 “A APFN regozija-se com
estes resultados e espera que, mui-
to em breve, possam ser criadas
condições para que esta intenção
dos portugueses se revele possí-
vel”, conclui o comunicado.
Igreja quer enfrentar crise cultural que atinge as famílias
O Vaticano apresentou, no passado dia 26 de Junho, o
texto de trabalho (instrumentum laboris) da Assem-
bleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, marcada
para Outubro, no qual se alerta para a crise “cultural,
social e espiritual” que atinje as famílias.
	 O documento, citado pela Agência Ecclesia,
realça o “crescente contraste” entre os valores propos-
tos pela Igreja sobre matrimónio e família e a “situação
social e cultural” em todo o planeta.
	 O próximo Sínodo tem como tema os “desafios
pastorais sobre a família” e será seguido por uma As-
sembleia ordinária em 2015.
No texto preparatório alude-se à tendência de acen-
tuar “o direito à liberdade individual”, sem obrigações,
que está a afectar as famílias, e à difusão da ideologia
do género, para além do “positivismo jurídico”, em que
o indivíduo e a sociedade “se tornaram os únicos juízes
para as escolhas éticas”.
	 A relativização do conceito “natureza”, pode
ler-se, reflecte-se também no “conceito de «duração»
estável” em relação à união matrimonial, levando à
“prática maciça do divórcio” e a dissolver “o vínculo
entre amor, sexualidade e fertilidade”.
	 O “instrumentum laboris” fala no desconheci-
mento do magistério católico e assinala que “muitos
aspectos da moral sexual da Igreja hoje não são com-
preendidos”.
Várias Conferências Episcopais recordam a importân-
cia de “desenvolver as intuições” de São João Paulo II
sobre “a teologia do corpo” e pede “um espaço e um
tempo” para que todos possam estar juntos, numa co-
municação “aberta e sincera”, promovendo também
uma “cultura familiar de oração”.
	 Noutro ponto lamenta-se a “perda relevante de
credibilidade moral” da Igreja por causa dos encânda-
los sexuais envolvendo membros do clero e a “percep-
ção de rejeição” em relação a pessoas separadas, divor-
ciadas ou pais solteiros nas comunidades paroquiais.
	 “Neste sentido, sente-se a necessidade de uma
pastoral aberta e positiva, que seja capaz de voltar a dar
confiança na instituição, através de um testemunho
credível de todos os seus membros”, pode ler-se.
	 Agora o documento será objecto de estudo e de
avaliação por parte das conferências episcopais para
apresentar “propostas pastorais” a serem debatidas du-
rante os trabalhos da Assembleia extraordinária e de-
pois na Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos
que vai decorrer de 4 a 25 de Outubro de 2015, cujo
tema será ‘Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da
família’.
	 A conferência de imprensa teve a presença dos
cardeais Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Síno-
do, Péter Erdo, relator-geral da Assembleia extraordi-
nária, e André Vingt-Trois, presidente delegado, bem
como do arcebispo Bruno Forte, secretário
-especial.
Este último afirmou que os trabalhos “não
têm nada a ver com o slogan banalizador
do ‘divórcio católico’, de que alguns falaram
em relação ao que o Sínodo poderá pro-
por”.
	 A Santa Sé vai promover uma jor-
nada de oração pelo Sínodo a 28 de Setem-
bro.
	 A terceira Assembleia extraordiná-
ria do Sínodo dos Bispos vai decorrer no
Vaticano entre os dias 5 a 19 de Outubro,
com a participação de mais de 180 pessoas,
entre presidentes de Conferências Episco-
pais, religiosos, responsáveis da Santa Sé,
peritos e outros convidados.

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  • 1. PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS*DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS PUBLICAÇÃO MENSAL- DEP. LEGAL Nº6711/93 - ANO XXXIV- online nº 2 (Nº 324)- JULHO 2014 O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO Depois apareceu um grande sinal no céu: Uma mulher revestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. Estava grávida, com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz. Ela deu à luz um Filho, um Varão que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro; e o Filho foi arrebatado para junto de Deus e do Seu trono”. (Ap. 12,1 a 3 e 5) Menos de 4 anos nos separam da celebração das Bodas de Ouro do nosso movimento. Foi nos dias 16 , 17 e 18 de maio de 1968 que no Batalhão de Caçado- res nº 6 em Castelo Branco , 15 jovens a cumprir o serviço militar obrigatório desta unidade e do Regimento de Cavalaria nº 8 , tam- bém desta cidade , sacrificando o seu fim de semana , quiseram fazer a primeiro convívio – Fraterno. Mal se imaginava que seria o pequeni- no grão de mostarda de que nos fala o evangelho , que ,lançado a terra daqueles corações ,germinou , cresceu e, passados estes 46 anos, espa- lhou os seus ramos por todas as dioceses de Portugal , por Paris , Mo- çambique , Angola , Suíça, Luxemburgo e Nordeste Brasileiro , nos 1253 Convívios até ao momento realizados e em que participaram mais de 50 mil jovens. Ainda perpassa pela tela da minha imaginação o refeitório reservado só para os participantes . , aquele hangar no parque das viaturas trans- formado em sala de testemunhos e em capela e aquele monte de VE- LAS A ARDER NA TARDE DAQUELE DIA 17 DE MAIO,NA PRI- MEIRA FESTA DE RESSURREIÇÃO ?!... A equipa coordenadora tinha sido organizada e preparada com 6 jo- vens militares graduados das duas unidades em que me encontrava como capelão A mesma experiência repetiu-se no 3º fim de semana de outubro para 17 militares .altura em que fui novamente mobilizado para nova co- missão militar em Angola para onde parti em janeiro de 1969. Tornou-se impossível a concretização de mais convívios em Castelo Branco . Regressado de Angola em 1971 fui colocado como capelão , nos Quarteis de Santa Cruz, Comandos e de Operações especiais . Em La- mego e Penude. O meu primeiro desejo foi continuar a concretizar tão bela experiên- cia que levou os militares que nela participaram a religiosamente se desinibirem e agora com a sua prática religiosa e com o seu testemu- nho de vida a serem , os melhores entre os melhores militares , a se- rem privilegiados colaboradores do Capelão. Não tendo nos quarteis do CEE, em Lamego, nem militares nem con- dições logísticas para continuar a realizar os convívios, pedi ao então Assistente dos cursos de Cristandade na diocese, (...continua na página 2) EM CAMINHADA PARA A CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DA EXISTÊNCIA DOS CONVÍVIOS FRATERNOS É com imensa alegria que partilho com todos vós que no dia 13 de Julho fui or- denado Diácono Permanente na Sé de Santarém, Diocese onde resido desde 1994. A cerimónia, pela sua natureza, depois do meu casamento, foi um dos maiores momentos da minha vida, pela sua simplicidade, tranquilidade e “sen- tido”, fez-me viver um momento único de encontro com Deus e os irmãos. Mar- cou-me essencialmente, receber o Evangeliário das mãos do Bispo como sinal da aceitação e compromisso com o Ministério, e o ritual da “prostração”, momento em que me senti muito, muito, unido pela oração a tantos e tantos que ao longo do tempo marcaram a minha vida. É um momento de grande emoção, este que ainda vivo e que só é possível, par- ticularmente pelo apoio incondicional da minha família, a esposa e os dois fi- lhos, mas igualmente de mui- tos elementos da minha comunidade e de alguns pa- dres, sobretudo de capelães mi- litares, que ao longo de toda a formação me foram incenti- vando e animando na cami- nhada, de modo particular nos momentos de alguma inquie- tude e incerteza. O caminho de preparação para o Ministério, começou há cerca de oito anos, quando numa conversa com o Sr. D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, ele me fez o desafio de pensar em ser Diácono Permanente. Co- mecei então a estudar Teologia, e a Licenciatura em Ciências Religiosas que ter- minei, foi uma óptima base para entender, aprofundar e amadurecer a fé. A for- mação específica foi desenvolvida ao longo de quase cinco anos de discernimento vocacional e de preparação para o serviço. Sim, porque se o Diácono é o que se configura com Cristo servidor (Jo 13, 14), é para mim motivo de orgulho sentir-me escolhido pelo próprio Deus para poder participar e entregar a vida ao serviço dos irmãos. Assumir o serviço a Deus e à Igreja que comecei a conhecer, ainda em adolescente, com outros rapazes, numa das casas do Opus Dei, no Porto. Depois fiz o meu Convívio Fraterno, o 56º, em 1978, no Porto e foi aí, durante o “3º dia” e no seu “encerramento”, que surgiu uma outra dimensão, Jesus Cristo, Aquele que está sempre ao nosso lado mas igualmente em todos os que nos rodeiam e que é por Ele e com Ele que conse- guiremos ser verdadeiramente felizes. Foi este o “clique” que me fez descobrir que todo aquele ambiente de emoção e alegria, que então se vivia, só era possível pela entrega e pelo amor aos outros. A partir dessa data, tive sempre presente o refrão do nosso hino «vai pelo mundo mostrar a tua herança», pautando a mi- nha vida em união a Jesus Cristo pela oração e pela vivência da Sua Palavra, na entrega e no testemunho, quer integrando equipas dos Convívios, quer nas pa- róquias por onde passei, dando catequese ou cantando, quer nas várias Unida- des militares onde servi ao longo de cerca de 30 anos. (...continua na página 2) Quando o Senhor Chama
  • 2. BALADA DA UNIÃO Julho 20142 É já nos dias 6 e 7 de setembro que ,na Cova da Iria , aos pés da imagem da Senhora aparecida há 97 anos aos 3 Pastorinhos, que os jovens e casais dos Convívios Fraternos mais uma vez se ajoelharão para louvar a Mãe de Deus e nossa Mãe e pedir a Sua in- tercessão junto de Jesus Cristo. Será , estou certo , uma grande mani- festação de fé e de amor a jesus Cristo que um dia , num convívio fraterno , a todos seduziu e transformou. Nesta sociedade em que a maioria dos homens sobretudo dos jovens se mostram indiferentes a Deus e aos problemas religiosos , é necessário que os jovens e casais convivas , sem medo e sem receios , vivam e teste- munhem em Fátima a alegria do evangelho, como nos lembra o Papa Francisco e a alegria extraordinária de viverem como jovens e casais cristãos ao jeito de Jesus Cristo. SEGUE O PROGRAMA DA NOSSA PEREGRINAÇÃO: XLI ENCONTRO NACIONAL DOS CONVÍVIOS FRATERNOS PROGRAMA Sábado, 6 de Setembro de 2014 14:30 - Acolhimento, no Centro Pastoral Paulo VI. 14:45 - Celebração penitencial comunitária e individual, no Centro Pastoral Paulo VI. 17:00 - Desfile, saudação a Nossa Senhora e Celebração da Palavra na Capelinha das Aparições (presidida pelos Convívios Fraternos). 18:00 - Oração, na capela do Anjo da Paz (+- 90 minutos). 18:00 - Oração, na capela da Ressurreição de Jesus (+- 90 minutos). 21:30 - Rosário e procissão de velas: • Meditação do rosário (Mistérios Gloriosos); • Recitação do 1º. mistério; • Transporte do andor de Nossa Senhora durante a procissão de velas (4 jovens da mesma estatura). 22:45 - Sarau conviva, no Centro Pastoral Paulo VI. Domingo, 7 de Setembro de 2014 10:00 - Rosário, na Capelinha e procissão para o altar do recinto: • Meditação do Rosário (Mistérios Gloriosos); • Recitação do 1º mistério; • Transporte do andor de Nossa Senhora (4 jovens da mesma estatu- ra). 11:00 - Missa internacional, no altar do recinto, presidida pelo Senhor D. António Marto. • Apresentação de uma intenção própria, a enviar ao Santuário, para a Oração universal; • Encenação após o momento de Ação de Graças, antes da bênção final, de uma súplica a Nossa Senhora, por todas as dioceses presentes, com a duração de 5 minutos. 14:00 - Despedida no Parque Auto nº2 até às 16 horas. Acolher os refugiados O problema dos refugiados, cujo número atinge milhões em todo o mundo é, sem dúvida, um dos mais graves do nosso tempo. E o agravamento deste problema é constituído pelo facto de o número de refugiados, em vez de diminuir, estar a aumentar de dia para dia e as organizações que procuram re- solver este problema vêem-se a braços com a incapacidade de atender os refugiados como dese- jariam. A pergunta que surge imediata- mente é esta: quem são os respon- sáveis por esta tragédia do nosso tempo? A resposta, se queremos ser sinceros e não fugir à questão, é: somos todos nós, ainda que uns mais que outros. A todos e cada um é dirigida a pergunta de Deus a Caim: «Onde está o teu irmão?» Onde está o sangue do teu irmão que chegou até Mim? Mas, como afirmou o Papa na ho- milia proferida na ilha de Lampe- dusa, em 8 de Julho do ano passa- do: «Ninguém se sente responsável por este drama. Perdemos o senti- do da responsabilidade fraterna; caímos na atitude hipócrita do sa- cerdote e do levita de que fala Jesus na parábola do Bom Samaritano». Nesta mesma homilia, o Santo Pa- dre chega a falar da «globalização da indiferença». Com efeito, a ati- tude mais comum em relação àqueles que pedem asilo numa na- ção diferente da sua é uma atitude hostil. São vistos como alguém que vem competir com o trabalho de cada um, obter terras e bens públi- cos, como criminosos que atentam contra a segurança social. Tudo isto constitui um atentado contra os direitos dos refugiados. Se a hospitalidade representa sem- pre um valor profundamente hu- mano que reconhece no outro um semelhante a atender e respeitar, muito mais ainda representa para o cristão: «Era estrangeiro e tu me acolheste» (Mt 25, 35). O cristão deve ver em cada refugiado outro Cristo, a ser acolhi-do e respeitado e ao qual devem ser prestados to- dos os auxílios de que necessita. apresentado de maneira adequada às novas gerações, que reflectem as mudanças rápidas da cultura em que vivem». António Coelho, s.j. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.» (Mc 16, 15), diz-nos Jesus no Evangelho. Também eu quero continuar “a ir” ao encontro daqueles que, talvez não conhecendo, estarão à minha espe- ra. Quero fazê-lo com alegria e o desprendimento de sempre, tendo pre- sente as palavras de um padre numa das missas de encerramento de um CF «mantém sempre esta entrega e alegria e serás uma página do Evan- gelho». Sei que o caminho não será fácil, os desafios são muitos e agora a expo- sição é maior. Nos ambientes em que estou inserido, e para além dos serviços que forem solicitados pelo meu Bispo, quero ser servidor da paz e despertador do próprio serviço. Não baixar os braços, e mesmo que surjam contrariedades, quero continuar a permanecer firme e constante em Jesus Cristo, unido a Ele pela oração e pelos irmãos. Para isso conto com a ajuda das comunidades ou Movimentos onde for chamado a exer- cer o Ministério e com a oração de todos os que me rodeiam, de modo particular de toda a “família conviva”. Artur Ferreira o Dr. António Rafael , mais tarde bispo de Bragança , a indicação de cursistas jovens que pudessem colaborar na formação de uma equipa para a sua rea- lização Ele achou que os cursistas , se calhar, não eram os elementos mais indicados para o efeito, e indicou-me, como possibilidade, que falasse com o Assistente da JAC de Lamego, o P. Manuel Silvestre, que ali encontraria jo- vens com possibilidade de serem preparados para o que desejava. Pelo P. Silvestre foram indigitados 6 Jovens, a maioria ex-seminaristas , a que se juntaram 4 militares, para o efeito. Ele próprio, sempre que estava disponí- vel, participava nas reuniões semanais que, para o efeito durante 5 meses se realizaram no Centro Apostólico, em Lamego. Em maio de 1971 foram convidados esses 10 jovens para passar um fim de semana na casa de S. José para treinar as palestras que iriam fazer . Como nenhum destes jovens tinha feito uma experiência destas , pedi ao P. Silvestre para comigo apresentar os temas que os jovens viriam a dar e ,envolvidos no ambiente psico - pedagógico que se vive num convívio, fizeram também eles esta experiência de Deus que os marcou profundamente deixando -se entu- siasmar e seduzir por Jesus Cristo. Estava assim concretizado o 3º Convívio Fraterno e criada uma nova equipa coordenadora para continuar a realização dos convívios agora na diocese de Lamego e abertos a jovens civis e militares. Valente de Matos
  • 3. Fomos percebendo, ao longo da nossa caminhada na catequese e no seio da fa- mília que um dia, revestidos de Cristo ressuscitado, fomos chamados a ser Igreja, a viver o compromisso de crescer em comunidade, em Igreja, ajudando a construí-la com amor e alegria. No entanto, construir é uma tarefa exi- gente que implica, antes de mais, esco- lhas. E essas escolhas nem sempre são fáceis! Para que a construção fique segura, é necessário escolher os melhores mate- riais. Caso contrário, a casa irá ruir. Para isso, precisamos da ajuda de Jesus… para escolhermos as melhores pedras para a construção da nossa vida, para sentirmos crescer o edifício da nossa fé, afastando tudo o resto que nos prejudi- ca… Tantas vezes somos pedras ocas e enfraquecidas quando damos lugar à preguiça ou ao egoísmo, outras vezes so- mos pedras partidas, esquinadas, com defeito, pela desobediência à vontade de Deus… e muitas vezes somos pedras que não encaixam bem umas com as ou- tras na construção da comunidade, do nosso grupo, da nossa turma, da nossa família, às vezes por causa do nosso or- gulho ou da nossa vaidade. É urgente afastar todas estas pedras de- feituosas da construção da nossa vida para que possamos todos crescer e cons- truir em perfeita harmonia uns com os outros. A base desta construção é a comunida- de, o rochedo que nos viu nascer e nos amparou desde essa altura; é verdade, sem comunidade nada é possível! Mas, a base por si só não é suficiente. Temos de construir a nossa vida com a ajuda de algumas pessoas que são muito importantes… Para que as paredes possam ser erguidas com segurança precisam de ser susten- tadas por pilares. Esses pilares, nesta nossa construção, são os nossos pais, é a nossa família. Foram eles que, em pri- meiro lugar, nos ensinaram a amar Jesus e à Sua Igreja, presente em cada irmão, em cada gesto de amor e ternura que sentimos e nos foi comunicado desde pequeninos. Nós somos as pedras que construirão as paredes. Apoiados na comunidade, am- parados pela família, acompanhados pelos amigos, sentimo-nos capazes de realizar uma boa construção… viver- mos no amor de Cristo! Mas, uma casa sem telhado é uma casa inacabada. Por muito firmes que as suas paredes estejam, está sujeita às chuvas, ao vento e ao sol quente. Para a proteger e abrigar falta o telhado... Nas Nossas vi- das o telhado é Jesus! É Ele quem nos abriga e protege de to- dos os males, de todos os ventos e tem- pestades. Ele é a paz que nos livra de toda a dor e preocupação e nos dá segu- rança. Continuemos a construir sobre rocha firme uma casa sólida nas nossas vidas, escolhendo sempre os bons materiais que a edificam; com Cristo e em Cristo continuaremos a viver amparados, se- guros e fortes, em família comprometi- da e em comunidade de pedras vivas que somos. Manuela Pires CF 860 Construir a nossa casa sobre rocha firme Amar-Te é duro porque muitas vezes, exige transformar o cora- ção num saco de pancada e ainda assim, seguir. Amar-Te é duro porque muitas vezes, essas pancadas vêm de mãos que não espe- ramos. Gosto muito de ti Jesus. Mas ainda não gosto o suficiente para aprender a lidar com estas coisas sem me sentir profundamente magoada. Acho que gostar de Ti a sério, deve ser um antídoto poderoso contra o veneno do desencanto. Mas eu, ainda me de- sencanto tanto com a maldade. Por isso, acho que tenho de aprender a gostar mais de Ti. E amar-Te é duro porque exige (pelo menos) fazer um esforço por perdoar quem não não gosta de nós e nos escurece a vida. Mas amar-Te é isso. E esse esforço é o maior dos esforços. E eu não sei se consigo, mas às vezes, acho que não. Às vezes, as minhas palavras perdoam mas o meu cora- ção não. E isto, também me desencanta. Disseram-me que amar-Te era duro e eu pensei que talvez fosse exagero. Mas não é. Resta-me a certeza da Tua fidelidade e do teu amor. E é esse amor, a única força que me permite seguir, mesmo com o coração transformado num saco de pancada. Por Ti e SÓ por Ti. Fabíola Mourinho CF 833 A dureza de Te amar Inesperadamente fomos sur- preendidos pela triste notícia de que havia falecido o residente da Comunidade de Santa Luzia , o Ismael,que tinha ido passar o fim de semana junto de seus pais. Era a primeira vez que ele fazia a viagem de automóvel pois só na ultima 5ª feira , 8 de Agosto, ha- via feito exame de condução, o que nos deixou um pouco preo- cupados. Afinal a notícia corres- pondia à realidade não vítima de desastre mas de morte re- pentina. O Ismael , estando num café na sua terra natal , sentiu-se mal, teve uma paragem cardíaca e partiu para a casa do Pai. Tinha feito o convívio–fraterno nº 1238, convertendo -se ao catolicismo porque estava ligado, por influência familiar, às Testemunhas de Jeová . Na vigília de sábado Santo, em Abril, depois de se preparar recebeu com muita alegria e entusiasmo o Batismo.. O Senhor que o seduziu no convívio , veio buscá -lo para que agora goze da plena felicidade junto d' Ele. Até um dia Ismael !... PARA A CASA DO PAI Convívios Rumo ao Futuro Nos dias 1,2 e 3 de Agosto de 2014 1252 - Em Bragança para jovens desta Diocese Nos dias 7,8 e 9 de Agosto de 2014 1253 - No Funchal para jovens desta Diocese Nos dias 22,23 e 24 de Agosto de 2014 1254 - Em Maputo “Camacha” para jovens moçambicanos Nos dias 12,13 e 14 de Setembro de 2014 1255 - Em São Lourenço do Palmeiral para jovens da Diocese de Faro
  • 4. JOVENS EM ALERTA Julho 20144 Com o Ideal em Jesus Cristo eis que se realizou mais um convívio Fraterno na diocese de Bragança-Miranda, concre- tamente na aldeia de Caravela em Bra- gança. Para tal contamos com a casa de turismo rural "O casarão dos Reis" que nos dias 31 de Julho, 1, 2 e 3 de Agosto, nos acolheu, a nós convivas, juntamen- te com dezanove jovens que souberam dizer o seu Sim a Jesus Cristo. Deixan- do as ruas rotinas diárias de lado acei- taram o desafio de pararem nas suas vidas, nas ruas rotinas para poderem abrir os seus corações a Jesus e assim trilharem um Ideal de fé, esperança, amor e fraternidade, na certeza de que somos a Sua igreja viva. Nesta família conviva e em espírito de fraternidade concretizamos o CF1252 onde todos fomos chamados a "trilhar o nosso Ideal", conscientes que somen- te juntos conseguimos ultrapassar as barreiras que se nos colocam nesta cor- rida para a meta, a Santidade. Só a san- tidade nos leva a Jesus e só com Ele e em comunhão com o Seu amor conse- guimos avançar contra a corrente. Quantas vezes trilhamos caminhos in- certos, inseguros e difíceis? Quantas vezes os nossos ideais não são os mais honestos? Perdidos nas correrias do dia a dia nos levamos pelo mais fácil, pelo imediato, pelo supérfluo? O mundo e os jovens em particular, precisam de parar, de escutar! Precisam de conhe- cer Jesus e saber que apenas o ideal do Amor de Deus nos traz a calma de co- ração, a felicidade verdadeira e a cora- gem de remar contra as adversidades. Que só a oração e a fé são a luz que guia os nossos passos e as únicas capazes de nos ajudar na nossa caminhada de jo- vens Cristãos. Desta forma todos nós, durantes estes três dias soubemos trilhar o nosso Ideal, enraizando as nossas raízes nesta rocha que é jesus Cristo. Pela Equipa Coordenadora Cátia Fernandes Bragança "Trilhando o Ideal!" "O CF 1250 foi vivido de uma forma es- pecial, diferente daquilo que estamos habituados a fazer, porém com o mes- mo sentido de fazer caminhar, em co- munhão os novos convivas que estive- ram intensamente a viver as experiências inesquecíveis próprias de um Convívio. Deus quis revelar-se a todos os que participaram neste Convívio. Novos ou antigos, Nosso Senhor deu-nos um si- nal claro de que os baptizados deverão desempenhar um papel puro de vivên- cia Cristã. Este papel exige dar um pou- co mais de si aos outros, para que estes possam reconhecer a palavra de Deus, conhecer aquela que é a Sua Igreja, e sa- ber que existem outros tantos jovens que partilham de experiências iguais às suas. Cristo pede-nos firmemente, desde há mais de dois mil anos, que nos empe- nhemos na herança que nos deixou. Tomando como exemplo um grão de mostarda, percebemos que a realidade do Reino de Deus é viver na simplici- dade, na fraterna união, e no esforço de cada um dos pequenos passos que Ele nos vai permitindo dar. Possamos nós, também, ser como um pequeno grão, ou como muitos peque- nos grãos, porque é na pequenez que Deus se revela grandiosamente." Alexandre “Dai-lhes vós de comer” (Lc 9, 13), respondeu Jesus aos jovens apóstolos, quando estes vendo a multidão, disseram a Jesus para a despedir, para que pudessem ir percorrer as aldeias e campos em redor e encontrar alimento. Esta resposta, inesperada e desafiante, por parte de Jesus, deixou os após- tolos incrédulos perante a escassez daquilo que tinham: cinco pães e dois peixes. Como poderia Jesus estar a pedir-lhe para alimentar uma multi- dão sabendo que eles pouco tinham? Jesus toma a iniciativa e diz-lhes para mandarem sentar a multidão, e “Tomando, então, os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem à multidão” (Lc 9, 16). E todos co- meram, ficaram saciados e ainda sobraram doze cestos cheios. Jesus nun- ca se coibiu de estar no meio do próximo, de se compadecer dele. Mateus diz-nos sobre Jesus: “Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor” (Mt, 9, 36). Também hoje Jesus continua a compadecer-se de tantas e tantas pessoas que andam cansadas e abatidas, fatigadas, cansadas, tristes, sem esperan- ça, mesmo num mundo onde se evoluiu tanto em termos materiais, mas onde a indiferença continua a matar a esperança de tantos rostos de uma multidão cansada e abatida. E o apelo desafiante de Jesus, “Dai-lhes vós de comer” atravessa os tempos e ressoa forte nos dias de hoje, dirigido agora a cada um de nós, tal como aos discípulos que o acompanhavam naquele tempo. Talvez nos sintamos tentados a responder como os apóstolos res- ponderam, sugerindo que essas pessoas devem procurar o alimento, as razões de viver, o descanso e a esperança nas coisas do mundo, porque nós, pouco ou nada temos para dar! Mas, se tivermos fé, e acreditarmos em Jesus, erguendo nós mesmos os olhos ao céu e oferecendo o pouco que temos a Deus em nome de Jesus, os poucos bens que temos multipli- car-se-ão pela graça de Deus com grande abundância, e chegarão para todos. Podemos então ver que o primeiro passo para respondermos ao apelo de Jesus será a obediência, que os discípulos tiveram em fazer o que ele disse (tal como fizeram os serventes nas bodas de Canaã). A obediência (que parece uma palavra tão pouco fashion nos dias de hoje) é refletida na perfeição no “SIM” incondicional e alegre de Maria ao plano de Amor de Deus. A obediência resulta do abandono de nós mesmos à confiança total em Deus e leva-nos ao segundo passo, que é a consagração do nosso ser e dos nossos dons a Deus. E a partir daí, veremos milagres a acontecerem: vidas que se transformam e reconstroem, sorrisos que despontam, novos horizontes de esperança que surgem, novos planos e novos projetos de Amor, com a abundância prometida por um Deus que é fiel e infinita- mente bom! E o apelo de Jesus não se refere no sentido estrito ao combate à miséria material das multidões, mas tem um alcance muito maior que esse. O nosso Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma de 2014, expli- cou-nos que a miséria tem múltiplas dimensões: material, moral e espiri- tual. E cada um de nós, com a sua especificidade, personalidade e diversi- dade de dons, como cristão, tem o dever de responder afirmativamente ao apelo de Cristo. Não podemos adormecer, ignorar, mudar de canal, desli- gar, fazer de conta que não é nada connosco! Cada um dos rostos dessa multidão é a cara do nosso irmão ou irmã é a imagem do próprio Cristo percorrendo o calvário perante a indiferença de quase todos a esse triste espetáculo. “Dai-lhes vós de comer”. Como convivas e cristãos que somos, peçamos a Jesus que nos ajude a colocarmo-nos humildemente ao Seu serviço, a dar o nosso “sim” e deixar que por Ele o mundo se encha da abundância do Seu Amor! Há tanto por onde começar a servir… por que não na nossa paróquia, no nosso núcleo de convivas, e em tantos outros sítios e de tan- tas maneiras tão simples e humildes como importantes! É para ti o desafio de Jesus! Atreves-te a dar o teu SIM? :) João Mourinho CF 980 Atreves-te a dar o teu SIM? Setúbal Deus Revela-se a Todos
  • 5. JOVENS EM ALERTAJulho 2014 5 No dia 19 de julho o Convívio Frater- no nº 1223 realizou o seu quarto en- contro, juntamente com o Convívio Fraterno nº 1238 que realizou o seu segundo encontro. Foi um belo dia de encontro, de festa e de partilha entre estes dois convívios fraternos da dio- cese do Porto. Um convívio Fraterno tem a dura- ção de um ano, sendo importante após o Convívio Fraterno, propriamente dito, alimentar a fé e a vivência em co- munidade do ser Jovem Cristão Con- viva. Além do acompanhamento regu- lar, do esforço de integração dos jovens na vida da paróquia e da pastoral juve- nil local, é muito importante a reunião da família conviva para celebrar a Fé, e testemunhar as vivências de jovem conviva no mundo dos nossos dias. O encontro foi concluído com cha- ve de ouro na celebração da Eucaristia, com a participação do senhor Padre Valente. O evangelho do dia partilhava a seguinte mensagem «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo. Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino», Como Cristãos Convivas, somos con- vidados a colocar os pés ao caminho e irmos para o "campo" ser testemunhas de Jesus. Trabalhar muito no reino, como filhos de Deus, irmãos de Jesus e herdeiros do Reino do Céu. Lembrando a oração de Santa Teresa de Ávila; Nada te perturbe. Nada te espante. Tudo passa. A paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta. António Silva Porto Revitalizar de Compromissos Convívios-Fraternos 1223 e 1238 No dia 26 de julho Realizou-se a cami- nhada conviva da diocese do Porto. O pedy paper teve início no salão paro- quial de Loureiro até o parque molino- lógico de Ul, junto da Igreja de Ul. Os participantes na atividade experien- ciaram a importância do sentido do equipa, de comunidade para superar as tarefas apresentadas, todos os grupos superaram com distinção os trabalhos sugeridos. O sentido do caminho e da peregrinação teve um ponto alto a meio do percurso, quando na Capela de Nos- sa senhora do Livramento, celebrou-se a oração da manhã com uma breve refle- xão. Inspirados pela senhora do Livramento, para que nos livre do desalento, para que nos livre da tentação de nos deixar- mos estar derrotados de braços caídos. Para que nos infunda a fé e a clarividên- cia, de forma a ter sempre forças para fazer o que Jesus nos disser, ao jeito das bodas de Canaã. Na reflexão compreendeu-se que na in- timidade do coração perscruta-se que Jesus nos conhece, até ao mais ínfimo detalhe. Jesus nos ama, mesmo com as nossas limitações, nos convida a amar aquilo que somos, as nossas luzes e som- bras, nos convida a amar os outros. Jesus nos incendeia o coração para que seja- mos testemunhas do seu Amor, a con- versão dos corações provém da força do Espirito Santo. Após a oração, a caminhada (pedy pa- per) continuou até ao parque molinoló- gico de Ul pelo trilho do parque, com visita aos moinhos de Ul e técnicas de fabrico do pão de Ul. Conviva do Porto precisa de se alimentar e ambicio- na um pic nic, pelo que o almoço Conviva foi parti- lhado no parque, com pro- va do pão de Ul e outros petiscos, com a animação conviva tradicional das suas músicas e sorrisos. O encontro terminou com a celebração da Eucaristia animada pelos convivas presentes, a qual foi celebrada pelo Pa- dre de Ul / Loureiro, padre Ricardo Aguiar, um amigo dos convivas da dio- cese do Porto. Porto Caminhada Conviva Foi nos passados dias 1, 2 e 3 de Agos- to que teve lugar o convívio n.º 1251 da diocese Porto Sul em Eirol. Ao todo 48 jovens fizeram o seu convívio tendo a oportunidade de se encontra- rem consigo, com o próximo e com DEUS. Estávamos todos ansiosos pelo início do convívio, os novos convivas sem saber muito bem o que fazer e a estra- nhar um pouco o ambiente e as equi- pas com aquele típico nervoso miudi- nho, mas sempre com espírito de missão. Mas a equipa estava bastante satisfeita pois o número de convivas tinha superado as expectativas! A verdade é que desde cedo sentimos aquela tranquilidade e um amor que nos unia a todos desde os novos, á equipa coordenadora até á equipa de apoio. Era o amor de CRISTO, que com todo o seu carinho rapidamente nos envolveu a todos até ser-mos ca- pazes de o SENTIR, apesar de estar- mos num mês de férias onde a maior preocupação é saber para que praia se vai a seguir ou qual a próxima festa para “curtir”. Bem, na realidade neste convívio, á medida que o mesmo se ia desenrolando aquela felicidade que só quem vive com CRISTO presente consegue compreender e juntando á energia e alegria dos novos convivas, o que não faltou foi festa e alegria. Hoje vivemos num mundo cheio de ruído, onde não se consegue parar para pensar ou amar, onde as relações são feitas através de um pequeno ecrã e onde o materialismo e superficiali- dade impera, a procura de sensações e prazeres instantâneos são objectivo de vida, vida essa que é despojada de todo o sentido e se torna vazia. Quan- do paramos para reflectir na nossa vida, a sua importância, conseguimos escutar o próximo e a nós mesmos sem qualquer tipo de hipocrisia ou ruído muitos não conseguiram conter as suas emoções. Muitos não conheciam CRISTO ver- dadeiramente, julgavam “era uma quimera que já passou …” e quando finalmente o SENTIRAM e conhece- ram a sua mensagem de amor: “Amai- vos uns aos outros como eu vos amei", sentiram a alegria de viver nesta Igre- ja onde todos temos os nossos dons e defeitos, mas onde todos procuram ver no outro um irmão. Se pudessemos todos viveriamos na- quela casa para sempre, mas os dons que descobrimos e a luz do Espirito Santo que se reacende no coração de cada um de nós, tem que ser partilha- da com todos os que nos são queridos e que se cruzam nos caminhos da nossa vida. No encerramento, apesar da hora tar- dia tivemos a surpresa e a alegria de ter a presença do nosso Bispo do Por- to, D. António Francisco! Foi muito bom te-lo connosco a escutar o teste- munho de todos os jovens que parti- ciparam no convivio, assim como nós escutamos com atenção o testemunho e a força que ele nos transmitiu para continuar a nossa missão de PROFE- TAS de CRISTO. A palavra de cari- nho e apoio que ele nos transmitiu rapidamente sensibilizou todos os presentes. É certo que o quarto dia nem sempre é fácil, que o mundo nem sempre é justo, mas somos todos parte da IGREJA de CRISTO, temos a força para mudar e transmitir ao mundo a mensagem de esperança e de amor. Hélder Pinho Porto Jesus Cristo “já não é uma quimera que passou”
  • 6. JOVENS EM ALERTA Julho 20146 De 11 a 14 de Abril, em final de Quaresma, realizou-se na diocese de Santa- rém, mais um Convívio Fraterno, na Casa das Irmãs de S. José de Cluny. O Convívio Fraterno 1241 reuniu trinta e um jovens de várias paróquias da dio- cese que vieram conhecer o Cristo, Aquele que se entregou na cruz e que percorreu o caminho do calvário para nos dar a salvação e para nos libertar todos os dias das nossas vidas. Ao longo dos três dias de Convívio Fraterno alguns destes jovens vieram para ter um primeiro encontro com Jesus, outros vieram continuar a sua caminhada na fé e prosseguir em Igreja. Ao longo destes três dias, nós, jovens convivas pudemos acolher e alegrar-nos com os sorrisos e com a transformação que só o Amor de Deus e a vivência a partir d’Ele podia devolver àqueles jovens. Estar em Convívio Fraterno é viver plenamente em família, no dinamismo do jovem que vive e que dá testemunho da Ressurreição de Jesus junto dos ou- tros jovens e junto das Irmãs de S. José de Cluny, que nos acolhem sempre tão generosamente e com os seus corações carregados de amor. Que saibamos assemelhar-nos cada vez mais a este Amor e a ter no mundo o olhar amoroso do Pai. Liliana Nabais Santarém Mais um encontro de jovens com Deus Convívio-fraterno nº1241, em Santarém Nos passados dias 26 e 27 de Julho, 30 jovens do Movimento dos Convi- vas Fraternos rumaram a Covide, no Gerês, para um fim-de-semana dife- rente. Naquela que foi a primeira edi- ção do ‘Conviva Summer Camp’, as atividades iniciaram-se com um per- curso pedonal que possibilitou um maior contacto com a natureza e uma maior proximidade com Deus. Esta atividade de verão representou um momento de paragem divertido onde se descobriu que a pérola mais pura a procurar é Jesus e os verdadei- ros tesouros a encontrar estão espa- lhados pelo caminho, onde os pesos supérfluos vão sendo deixados para trás, tornando a bagagem mais leve e o caminho mais fácil. Braga Conviva Summer Camp Conviva Summer Camp, em Braga A aventura, para 14 jovens de Via- na do Castelo, começou no dia 16 de Julho de 2014, data que certa- mente figurará para sempre nas suas memórias. O convívio frater- no 1249 teve lugar no Seminário dos Passionistas, em Barroselas, Viana do Castelo, e acolheu duran- te os dias 16, 17 e 18 de Julho 30 jovens desta diocese. O slogan pu- blicitário de uma conhecida marca portuguesa deu o mote para a cria- ção do grito que alia o passado e a consciência de que se trata de uma actividade realizada por muitos e há muito tempo com o dinamismo e alegria do movimento: “CF: a cantar desde 1249” irá imortalizar esta experiência. Um convite para participar nos Convívios Fraternos faz-se consti- tuir de palavras como “inesquecí- vel”, “marcante”, “reflexão”, “para- gem”, “vai mudar a tua vida”… algo vago para alguém que se calhar nunca ouviu falar do movimento e que tem as suas 24h diárias ocupa- das com actividades de utilidade por vezes duvidosa. Por isso mes- mo, aceitar este chamado exige co- ragem, ousadia e desprendimento, características demonstradas pelos novos convivas ao longo dos três dias. As promessas iniciais foram de que estes seriam dias de encontros. En- contro com Deus, através de mo- mentos de profunda e íntima liga- ção com alguém que muitas vezes afastamos ou não sabes como abor- dar; Encontros connosco, para re- flectirmos acerca das nossas vivên- cias, ideologias e objetivos de futuro; Encontros com os outros, com a sociedade que nos rodeia e, de um modo muito particular, com aqueles que ali se apresentaram como irmãos convivas. A festa de encerramento foi no Centro Paulo VI em Darque que contou com a presença de convi- vas, familiares e amigos que trans- formaram o espaço num local bas- tante acolhedor. Contamos também com a presença amiga, sempre muito importante, do D. Anacleto Oliveira, Bispo desta dio- cese. Os jovens transmitiram a sua ale- gria, trocaram experiências, e o en- cerramento culminou com a cele- bração da Eucaristia, onde todos celebraram as graças concedidas. No 1249 houve lugar para momen- tos de comédia, de questionamen- to, de reflexão e de partilha, e ainda de crescimento pessoal, de aceita- ção do outro e de mudança. O que acontece nos Convívios Fraternos, fica entre os convivas, mas a verda- de é que este movimento não só canta desde 1249 (como relembra figurativamente o nosso grito) mas também renova e transforma os seus membros há muitos e muitos anos. Viana do Castelo CONVÍVIOS FRATERNOS: A CANTAR DESDE 1249 2º NÚMERO DO BALADA DA UNIÃO ONLINE É hoje editado, em digital , o 2º número do jornal do nosso movimento que é publicado em papel já há 34 anos e que hoje chega , por este meio, a todos os jovens e casais convivas. É mais um esforço que fazemos para uma maior partilha de experiências de vida entre os convivas de todas as dioceses e também como meio de união do movimento. Gostaríamos que houvesse mais colaboração das dioceses neste novo meio de comunicação, para que Balada da União desperte mais desejo de ser recebido e mais interesse em ser lido por todos os jovens e casais dos Convívios-Fraternos e , que assim, de alguma maneira, sentir-se -iam mais presentes no nosso jornal. É certo que há hoje muitos meios de comunicação em digital, mas que não se substituem, antes se complementam. Continuamos a aguardar a vossa prestigiosa e insubstituível colaboração. Nota da Redação
  • 7. BALADA DA UNIÃOJulho 2014 7 “… pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!»” (jo 1, 36) Senhor Jesus, Porta da Fé, que eu saiba reconhecer em ti, como João Batista, o verdadeiro Filho de Deus, redentor da humanidade. “Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que procurais?»” (jo 1, 38) Senhor Jesus, Porta da Sabedoria, que a Tua interpelação seja uma constante na minha vida e fomente em mim a vontade firme de apro- fundar as razões da Fé. “Eles disseram-lhe: «Rabi – que quer dizer Mestre – onde moras?». Ele respondeu-lhes: «Vinde ver»” (jo 1, 38 b) Senhor Jesus, Porta da Confiança, que o desafio da adesão ao teu proje- to de amor inquiete o meu coração e o fortaleça no propósito sincero de te servir. “Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia” (jo 1, 39) Senhor Jesus, Porta da Fidelidade, ajuda-me a ser perseverante no cumprimento da tua Palavra e fiel aos teus ensinamentos de amor para, assim, permanecer na tua graça. “Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» – que significa pedra.” (jo 1, 42) Senhor Jesus, Porta da Comunhão, derrama sobre mim o poder do teu espírito de Amor para que ele faça de mim pedra viva da tua Igreja, comprometida na edificação do teu reino no presente de cada dia. “Então disse-lhe Natanael: «de Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»” (jo 1, 46) Senhor Jesus, Porta da Fraternidade, quero ser testemunha autêntica e transfigurada do teu amor junto dos irmãos, anunciador da alegria do Evangelho. “Hás-de ver coisas maiores do que estas.” (jo 1, 50 b) Senhor Jesus, Porta da Eternidade, que pela tua Ressurreição nos tor- naste participantes da história da salvação, saiba eu reconhecer na mi- nha vida terrena as manifestações da tua glória, aguardando o teu re- gresso definitivo. Sandra do Vale, CF 1225 Bragança-Miranda Oração da porta Ainda que eu não VEJA o azul do mar Mesmo que não CHEIRE o verde da terra Há uma fé em mim que vive e espera Nada vai fazer-me duvidar. Ainda que eu não OUÇA a chuva a cair Mesmo que não FALE a língua do mundo Há uma fé em mim que vem do fundo Nada vai fazer-me desistir. Como uma só gota de água cura E dá alimento no deserto Cristo sorri em notas de partitura E num abraço Ele é trilho certo. Ainda que não SINTA o amor dos homens Mesmo que não haja réstia de esperança Há “O PURO BRANCO” da cor das nuvens Que me desafia à mudança. Os sentidos de acreditar: um ostinato à Fé Apresso-me a prevenir os leito- res: não vou escrever sobre desâ- nimo, descrença ou abulia. Não o quero fazer, embora pudesse en- contrar pretextos nas dificulda- des diárias. O título destas linhas quer ser uma simples prevenção, a pensar nas férias. Não é, de fac- to, tão raro quanto isso que, ao fim de uns dias ou semanas au- sentes do trabalho, regressemos às ocupações diárias mais cansa- dos que no momento em que as suspendemos. Já um velho pro- fessor meu – o cónego Arlindo Ribeiro da Cunha – nos dizia, aos jovens seminaristas, à segunda- feira: “Depois de um domingo ou feriado nunca se deveria traba- lhar. É que a gente também preci- sa de descanso!..." Importa, pois, estar de sobreaviso contra esta eventualidade. Eu próprio – que já tive a ousadia de me auto propor para o rol dos sensatos – tenho de confessar que isso me aconteceu: acampei, en- trei no comboio à noite e saltei dele na madrugada; carreguei mochilas pesadas e carteira vazia; comi em andamento e bebi nas fontes; coleccionei postais e ten- tativas de entrar de borla em mu- seus e espectáculos; espreitei noi- tadas e contei as horas rabujando no saco cama que não amaciava o chão das estações… Ganhei alguma coisa com isso? Ganhei bastante. Mas também perdi muito: a sofreguidão nem sempre me deixou saborear; os roteiros alguma vez me distraí- ram da verdade que estava mes- mo diante dos olhos; a foto rápida frequentemente me criou a ilusão de que tinha visto a sério o que, afinal, apenas fotografara. Mas, sobretudo, por diversas ocasiões me aconteceu o que acima apon- tei: voltei ao trabalho mais cansa- do que nunca e – o que agora me parece mais penalizador - com uma subtil ou incómoda sensa- ção de desperdício. Hoje gostaria, por isso, de poder regressar a muitos sítios, para pe- dir desculpa de ali haver passado a correr. Gostaria de sentar-me em muitas catedrais, igrejas, gale- rias de arte -- ou mesmo esplana- das -- sem a sofreguidão de estar noutro lugar no minuto seguinte. Realmente, nem tudo tem a pa- ciência do livro que nos espera após cada abandono, passem-se escassas horas ou um mês de poi- sio… Sim, hoje reconheço que há ins- tantes que poderiam ser profun- dos ou continuados se não me ti- vesse resignado à sua aparente instantaneidade. As férias que alguns de nós (ain- da) podem ter não são uma espé- cie de “dinheirinho extra” que nos veio de uma surpresa e, por isso, é tentadoramente aceitável gastar levianamente. Mais que um tempo extra, as férias podem/ devem ser um tempo extraordi- nário. Sê-lo-ão, porém, apenas se nos proporcionarem a oportuni- dade para o essencial. Mas como defini-lo? – pergun- tam. Numa resposta simples, entendo que na lista do “essencial” pode- mos inscrever grande parte das coisas que sempre dizemos não fazer “com muita pena”, por “falta de tempo”. Há, de facto, desculpas mais frequentes que estas: “Não tive tempo”, “não tenho tempo”, “não sei se terei tempo”?.. Apre- sentamo-las aos amigos e à famí- lia; apresentámo-las a Deus e a nós mesmos. E o pior é que o fa- zemos com grande convicção, tão habituados que estamos a gerir mal e a não joeirar, quantas vezes imersos em contradições: não tempos tempo e desbaratamo-lo; não temos saúde e descuidamo -la; cansamo-nos a descansar… João Aguiar Campos Mais cansado que nunca
  • 8. BALADA DA UNIÃO Julho 20148 BALADA DA UNIÃO Propriedade Editorial e Administração Convívios Fraternos N.I.P.C. 503298689 Tlef: 234 884474 Fax: 234 880904 Email: convivios_fraternos@hotmail.com Director e Redactor: P. Valente Matos Depósito Legal: 634/82 - Nº de Registo 108164 Este Jornal encontra-se em www.conviviosfraternos.com Rua Júlio Narciso Neves nº65 3860-129 Avanca Há potencial em Portugal para uma duplicação dos nascimentos nos próximos três anos De acordo com os dados do INE, publicados recentemente, cerca de 21% das mulheres e homens em idade fértil pensam ter um filho nos próximos três anos. “Em 2013, o ano do inqué- rito, existiam 2 259 353 mulheres e 2 522 419 homens em idade fértil em Portugal. Caso 21% desta po- pulação (21.8% das mulheres e 20% dos homens) venha a ter um filho nos próximos três anos, o número total de nescimentos nes- te período estará próximo dos 500 000, cerca de 165 000 nascimentos por ano, o que representa o dobro do actual número de nascimen- tos”, sublinha a APFN - Associa- ção Portuguesa de Famílias nume- rosas em comunicado. Parece à APFN “ficar claro que caso venham a existir no nos- so país políticas públicas adequa- das às necessidades das famílias que querem ter filhos, será possí- vel atingir o índice de fecundidade de 2,1 e assegurar o retorno à sus- tentabilidade demográfica. O mesmo inquérito relem- brou que o número desejado de filhos é de 2,31 filhos mas o núme- ro médio de filhos registado entre os inquiridos é de 1,03. “A APFN regozija-se com estes resultados e espera que, mui- to em breve, possam ser criadas condições para que esta intenção dos portugueses se revele possí- vel”, conclui o comunicado. Igreja quer enfrentar crise cultural que atinge as famílias O Vaticano apresentou, no passado dia 26 de Junho, o texto de trabalho (instrumentum laboris) da Assem- bleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para Outubro, no qual se alerta para a crise “cultural, social e espiritual” que atinje as famílias. O documento, citado pela Agência Ecclesia, realça o “crescente contraste” entre os valores propos- tos pela Igreja sobre matrimónio e família e a “situação social e cultural” em todo o planeta. O próximo Sínodo tem como tema os “desafios pastorais sobre a família” e será seguido por uma As- sembleia ordinária em 2015. No texto preparatório alude-se à tendência de acen- tuar “o direito à liberdade individual”, sem obrigações, que está a afectar as famílias, e à difusão da ideologia do género, para além do “positivismo jurídico”, em que o indivíduo e a sociedade “se tornaram os únicos juízes para as escolhas éticas”. A relativização do conceito “natureza”, pode ler-se, reflecte-se também no “conceito de «duração» estável” em relação à união matrimonial, levando à “prática maciça do divórcio” e a dissolver “o vínculo entre amor, sexualidade e fertilidade”. O “instrumentum laboris” fala no desconheci- mento do magistério católico e assinala que “muitos aspectos da moral sexual da Igreja hoje não são com- preendidos”. Várias Conferências Episcopais recordam a importân- cia de “desenvolver as intuições” de São João Paulo II sobre “a teologia do corpo” e pede “um espaço e um tempo” para que todos possam estar juntos, numa co- municação “aberta e sincera”, promovendo também uma “cultura familiar de oração”. Noutro ponto lamenta-se a “perda relevante de credibilidade moral” da Igreja por causa dos encânda- los sexuais envolvendo membros do clero e a “percep- ção de rejeição” em relação a pessoas separadas, divor- ciadas ou pais solteiros nas comunidades paroquiais. “Neste sentido, sente-se a necessidade de uma pastoral aberta e positiva, que seja capaz de voltar a dar confiança na instituição, através de um testemunho credível de todos os seus membros”, pode ler-se. Agora o documento será objecto de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais para apresentar “propostas pastorais” a serem debatidas du- rante os trabalhos da Assembleia extraordinária e de- pois na Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos que vai decorrer de 4 a 25 de Outubro de 2015, cujo tema será ‘Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família’. A conferência de imprensa teve a presença dos cardeais Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Síno- do, Péter Erdo, relator-geral da Assembleia extraordi- nária, e André Vingt-Trois, presidente delegado, bem como do arcebispo Bruno Forte, secretário -especial. Este último afirmou que os trabalhos “não têm nada a ver com o slogan banalizador do ‘divórcio católico’, de que alguns falaram em relação ao que o Sínodo poderá pro- por”. A Santa Sé vai promover uma jor- nada de oração pelo Sínodo a 28 de Setem- bro. A terceira Assembleia extraordiná- ria do Sínodo dos Bispos vai decorrer no Vaticano entre os dias 5 a 19 de Outubro, com a participação de mais de 180 pessoas, entre presidentes de Conferências Episco- pais, religiosos, responsáveis da Santa Sé, peritos e outros convidados.